NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 12/12/2015 / Feira do setor de aviação reúne empresas de 20 países em São José dos Campos

Na contramão da crise econômica, o setor aeroespacial comemora os bons resultados e faz prospectivas para o próximo ano. Uma feira em São José dos Campos reuniu nesta semana cerca de 250 empresas de 20 países com o objetivo de prospectar novos negócios.

Durante os três dias de evento, iniciado nesta terça-feira (8), foram realizadas 5 mil reuniões de negócio. As empresas oferecem novas tecnologias para a construção de aviões e para trazer mais conforto para os passageiros.

A "Aerospace Meetings" é uma das maiores feiras do setor aeronáutico mundial e é realizado nesta semana pela primeira vez no Brasil. Entre as empresas participantes está a Boeing, a Airbus e a Embraer e outras fornecedoras de equipamentos.

A aviação promete dar ainda muitos lucros ao Brasil. Segundo a organização do evento, nos próximos 20 anos, 20 mil aviões serão construídos no planeta e os fabricantes precisam encontrar novos fornecedores.

O empresário Amaury Acatauassu está empolgado. “Na minha agenda tenho 20 reuniões e com certeza faremos negócios com algumas empresas presentes nesta feira”, disse.

Um programa desenvolvido por uma das empresas participantes do evento calcula qual conforto o avião deverá oferecer para um passageiro muito alto ou muito baixo, por exemplo.

A consultora Cássia Cintra vende óculos que prometem ajudar as empresas a reduzir erros e a economizar. “Nem sempre nos temos as condições de conversar com várias empresas em uma mesma oportunidade e os lucros são bem interessantes”, disse.

 A Academia da Força Aérea (AFA) formou 181 aspirantes a oficiais nesta sexta-feira (11), em Pirassununga (SP). Após quatro anos de estudos, os cadetes entregaram os espadins e receberam a espada durante a cerimônia, que emocionou parentes e amigos. O ministro da Defesa, Aldo Rebelo, esteve no evento.

A banda sinfônica da AFA comandou a abertura da cerimônia. Os aspirantes a oficiais são de toda parte do país. Willian de Lima Costa é de Duque de Caxias, na baixada fluminense. “Não é fácil estar aqui, nós sabemos que tantas lutas vieram e agradeço muito, principalmente a minha mãe que me acompanhou esse período todo, estou muito feliz”, disse.

Caio está realizando o sonho do pai, o engenheiro elétrico Caio Ottoni. “Meu sonho era ser aviador. Eu passei para a AFA, mas fui reprovado no exame de vista. Eu nunca pressionei ele a seguir essa carreira, foi uma decisão única e exclusiva dele. Então para mim é um orgulho enorme”, disse o pai.

O filho já pensa nos planos para o futuro. “Ano que vem eu vou para Natal fazer o curso de caça, meu próximo sonho agora, minha próxima conquista”, disse.

Espadim e espada
O momento mais simbólico da formatura é a troca de armas. Primeiro os militares entregam os espadins, que são as armas menores. Em seguida, eles recebem as espadas dos padrinhos que escolheram. “A espada simboliza todo esse trabalho, essa dedicação que ele teve nos quatro anos”, explicou o capitão da AFA Thiago Diógenes Ribeiro Daniel.

O ministro da Defesa, Aldo Rebelo, também participou da cerimônia e falou da importância. “Essa instituição garante a sua continuidade formando essas jovens e esses jovens oficiais”, afirmou.

No meio de tantos formandos há 22 mulheres. “A gente está em um ambiente que não é nosso. É um ambiente que nós conquistamos espaço e a gente tem que cada dia mais mostrar o nosso valor aqui dentro”, disse a formanda Julia Presoti de Oliveira.

Dois aviadores peruanos também estavam na turma. “É um intercâmbio que tem entre Peru e Brasil para manter o laço diplomático entre os países. Eu estou muito agradecido de ter me formado nesta academia”, afirmou o aviador Carlos Cancela.

Esquadrilha da Fumaça
O encerramento foi com o show aéreo da Esquadrilha da Fumaça, que inspirou Gabriel Cruz Ferreira a ser aviador. Depois de se formar, agora o militar de Mococa também sonha ser um fumaceiro. “Quando eu resolvi ser, aposto que quem estava lá em cima falou: eu devo estar inspirando alguma criança ali embaixo. Se eu puder fazer isso com mais uma pessoa eu já vou ser uma pessoa realizada profissionalmente”, destacou.

O vestibular do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) de São José dos Campos atraiu cerca de 12.500 candidatos que concorrem a 140 vagas. As provas começam na próxima terça-feira (15) e seguem até a sexta (18).

O desafio de entrar no ITA ficou mais complicado esse ano. A concorrência é de quase 90 candidatos por vaga. Ao todo, são oferecidas 140 vagas - 30 a menos do que na edição anterior - para os seis cursos de graduação em engenharia (aeronáutica, mecânica-aeronáutica, eletrônica, civil-aeronáutica, computação e aeroespacial).

De acordo com o ITA, a redução de vagas é devido às reformas para ampliação das salas de aulas e laboratórios, previstas para serem concluídas no primeiro semestre de 2016.

Sem estresse!

Uma semana antes das provas, depois de um ano de lições, turmas de cursinhos voltadas especificamente para o vestibular do ITA aplicam aulas de revisão do conteúdo. Para muitos estudantes, esta é a hora de tentar realizar um sonho: entrar em uma das instituições de ensino mais disputadas do país.

“Faço provas semanais e são muitas horas de estudo em casa fora as aulas”, conta o estudante Guilherme Marinot.

Jovens de outros estados fazem parte de um grupo de cursinho em São José dos Campos. Hugo Bittencourt é de Minas Gerais e conta que tem tentado controlar a ansiedade. “Relaxar não dá, só no último dia de prova. Mas é preciso se controlar porque a ansiedade não ajuda em nada. Temos que confiar no esforço feito até agora”, diz.

Nesta sexta-feira (11) eles encararam a última aula antes da semana de provas. Hora de repassar o conteúdo. E depois de tanto estudo, dizem os professores, a formula prefeita para se dar bem no vestibular é concentração. Estudante do ITA há dois anos, Adauto Braz garante que vale a pena o esforço. “As pessoas que você vai encontrar aqui são excepcionais. Apenas ter contato com elas durante cinco anos agrega muito”, diz.

Durante reunião/almoço com o ministro da Defesa, Aldo Rebelo, na sede do Ministério, em Brasília, no início da tarde desta quinta-feira, o governador Marconi Perillo apresentou a proposta que busca viabilizar um Complexo Aeronáutico em Anápolis. A ideia é ter o apoio do Ministério da Aeronáutica para a viabilização de um Complexo Aeronáutico que pudesse complementar a Base Aérea de Anápolis. “Nós ainda não podemos adiantar o que seria este complexo aeronáutico, mas eu tenho a oferecer ao Governo Federal, um complexo que já está pronto, que é a Plataforma Logística e o aeroporto de cargas, que tem uma pista de 3.300 metros já pronta, construída pelo governo do Estado e que poderá servir como base para um projeto desta envergadura. Isso daria um upgrade muito grande para o nosso Estado e a cidade de Anápolis”, adiantou o governador.

O ministro manifestou-se favorável ao projeto. Aldo Rebelo comentou em entrevista coletiva à imprensa que “a recepção à proposta do governador Marconi Perillo é a melhor possível, porque Anápolis tem uma múltipla vocação pela sua localização geodésica, ou seja, é uma cidade que tem um polo farmacêutico importante e que já dispõe da Base Aérea”.

Disse que a proposta será analisada pelo Ministério da Defesa e pelo comando da aeronáutica, dentro da vocação natural que Anápolis já tem para acolher centros de logística. “Vou defender esta ideia com toda a simpatia que tenho pela administração do governador Marconi Perillo, pela trajetória que ele tem como homem público, pelo respeito e pela nossa já longa amizade”, salientou.

A Embraer premiou anteontem oito fornecedores em sete categorias de um grupo de 70 empresas que compõem a cadeia aeronáutica brasileira.

Segundo a fabricante, a avaliação é realizada anualmente por meio de uma pontuação que todos os fornecedores recebem ao longo do ano, em quesitos como qualidade, entrega no prazo, gestão ambiental e competitividade técnica.

A cadeia de fornecedores nacional entregou à Embraer 5 milhões de peças em 2015, em razão do início da produção do protótipo do novo jato comercial E-2 e o avanço do cargueiro KC-390. O volume é aproximadamente três vezes maior em comparação ao que foi produzido em 2010.

Neste ano, a cadeia nacional de suprimentos para a indústria aeroespacial ampliou a sua infraestrutura em 15.400 metros quadrados, investimento de R$ 167 milhões. A geração de empregos no período foi de 648 postos de trabalho.

A base dos fornecedores está distribuída nas regiões de São José, Botucatu, Campinas e São Paulo, além das empresas localizadas nos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Estima-se que a demanda nacional movimente cerca de US$ 7 bilhões ao ano.