NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 11/10/2015 / “Não sei se defesa é prioridade de Dilma”, diz Nelson Jobim
“Não sei se defesa é prioridade de Dilma”, diz Nelson Jobim ...
Ministro da Defesa do governo Lula afirma que é perigoso atrasar implantação do Sisfron, programa que vigia as fronteiras brasileiras e tem como objetivo principal coibir o tráfico internacional de drogas ...
Em meio às restrições orçamentárias pelas quais passa o país, projetos estratégicos das Forças Armadas, como o Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron), estão ameaçados. Em audiência ontem na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado (CRE), o ex-ministro da Defesa Nelson Jobim disse não ter certeza se esse ministério é uma prioridade para a presidente Dilma Rousseff:
— No governo Lula, eu tinha clareza que a questão de defesa estava dentro da perspectiva governamental. Clareza eu já não tenho em relação ao governo da presidente Dilma. Não sei se isso é um tema fundamental — disse Jobim.
Mesmo com cortes de mais de R$ 5 bilhões no orçamento da pasta, o ex-ministro acredita ser possível manter as prioridades do setor. Ele reconheceu que está afastado do tema desde que deixou o Ministério da Defesa, em 2011, no começo do governo Dilma. Ele assumiu o cargo em 2007, na gestão Lula.
— A situação orçamentária naquela época era melhor do que é hoje. A questão é compatibilizar a manutenção do projeto e distensioná-lo, considerando a situação orçamentária, mas não abandoná-lo.
Uma das preocupações manifestadas por Jobim e pelos senadores durante a reunião é com o atraso na implantação do Sisfron. O programa, que visa coibir especialmente o tráfico de drogas e armas, começou a ser instalado em 2013, com prazo de conclusão de dez anos, mas sofre com os baixos repasses do governo. Disse Delcídio do Amaral (PT-MS):
— O problema da violência nasce nas fronteiras. Se não tivermos uma política competente, não vamos nunca resolver o problema das drogas e da violência nas grandes cidades. A preocupação com a proteção das fronteiras também foi manifestada por Ricardo Ferraço (PMDB-ES), Tasso Jereissati (PSDB-CE), Ronaldo Caiado (DEM-GO), Jorge Viana (PT-AC), José Pimentel (PT-CE) e Sérgio Petecão (PSD-AC).
Sobre o tema, Jobim disse:
— Não há como ter ocupação do solo [de fronteira] de 17.719 quilômetros. É impossível. Daí a necessidade do monitoramento, daí o Sisfron. haveria uma fórmula de monitoramento dos acessos de fronteira. E não seria só a entrada pelo ar, seriam também as entradas pelos rios e pelo solo. Assim, teria como avisar às autoridades quando fosse necessário obstruir [a fronteira]. Mas tem que ter investimento.
— No governo Lula, eu tinha clareza que a questão de defesa estava dentro da perspectiva governamental. Clareza eu já não tenho em relação ao governo da presidente Dilma. Não sei se isso é um tema fundamental — disse Jobim.
Mesmo com cortes de mais de R$ 5 bilhões no orçamento da pasta, o ex-ministro acredita ser possível manter as prioridades do setor. Ele reconheceu que está afastado do tema desde que deixou o Ministério da Defesa, em 2011, no começo do governo Dilma. Ele assumiu o cargo em 2007, na gestão Lula.
— A situação orçamentária naquela época era melhor do que é hoje. A questão é compatibilizar a manutenção do projeto e distensioná-lo, considerando a situação orçamentária, mas não abandoná-lo.
Uma das preocupações manifestadas por Jobim e pelos senadores durante a reunião é com o atraso na implantação do Sisfron. O programa, que visa coibir especialmente o tráfico de drogas e armas, começou a ser instalado em 2013, com prazo de conclusão de dez anos, mas sofre com os baixos repasses do governo. Disse Delcídio do Amaral (PT-MS):
— O problema da violência nasce nas fronteiras. Se não tivermos uma política competente, não vamos nunca resolver o problema das drogas e da violência nas grandes cidades. A preocupação com a proteção das fronteiras também foi manifestada por Ricardo Ferraço (PMDB-ES), Tasso Jereissati (PSDB-CE), Ronaldo Caiado (DEM-GO), Jorge Viana (PT-AC), José Pimentel (PT-CE) e Sérgio Petecão (PSD-AC).
Sobre o tema, Jobim disse:
— Não há como ter ocupação do solo [de fronteira] de 17.719 quilômetros. É impossível. Daí a necessidade do monitoramento, daí o Sisfron. haveria uma fórmula de monitoramento dos acessos de fronteira. E não seria só a entrada pelo ar, seriam também as entradas pelos rios e pelo solo. Assim, teria como avisar às autoridades quando fosse necessário obstruir [a fronteira]. Mas tem que ter investimento.
Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.
Jogos Mundiais Militares terminam amanhã; Brasil está em 3º no quadro geral
Juliana Andrade
A um dia do término da sexta edição dos Jogos Mundiais Militares, o Brasil segue na terceira posição no quadro geral de medalhas, mas está à frente da China se forem consideradas apenas as medalhas de ouro.
Neste ano, a competição ocorre na Coreia do Sul e tem a Rússia como primeira colocada com a marca de 135 medalhas – 59 de ouro, 43 de prata e 33 de bronze. Já os chineses têm 96, sendo 32 de ouro, 29 de prata e 35 de bronze.
No quadro que classifica os resultados de acordo com o maior número de vitórias, o Brasil passou à frente da China, com 34 medalhas de ouro. Ao todo, porém, os brasileiros conseguiram 84 medalhas, incluindo as 26 de prata e as 24 de bronze.
Neste sábado (10), o Brasil conquistou uma medalha de ouro e uma de prata em diferentes modalidades. O time feminino de futebol chegou ao primeiro lugar do pódio após vencer a França por 2 a 1 em um jogo equilibrado que só foi decidido na prorrogação.
O sargento da Marinha Paulo Santos Carvalho levou a prata nas finais do boxe após perder a última batalha para o coreano Jeong Ung Park. Segundo o brasileiro, o objetivo agora é manter o foco e continuar treinando. "Foi uma experiência muito boa ter participado de um mundial militar como esse. O nível dos lutadores é altíssimo. Não tenho a menor dúvida de que eu fui campeão", disse.
Neste domingo (11), o Brasil concorre nas maratonas masculina e feminina e participa da cerimônia de premiação das competições de tiro.
Nos Jogos Mundias Militares do Rio de Janeiro, em 2011, o Brasil ficou em primeiro lugar no quadro de medalhas. Para a edição coreana, o objetivo é ficar entre os cinco primeiros colocados.
Neste ano, a competição ocorre na Coreia do Sul e tem a Rússia como primeira colocada com a marca de 135 medalhas – 59 de ouro, 43 de prata e 33 de bronze. Já os chineses têm 96, sendo 32 de ouro, 29 de prata e 35 de bronze.
No quadro que classifica os resultados de acordo com o maior número de vitórias, o Brasil passou à frente da China, com 34 medalhas de ouro. Ao todo, porém, os brasileiros conseguiram 84 medalhas, incluindo as 26 de prata e as 24 de bronze.
Neste sábado (10), o Brasil conquistou uma medalha de ouro e uma de prata em diferentes modalidades. O time feminino de futebol chegou ao primeiro lugar do pódio após vencer a França por 2 a 1 em um jogo equilibrado que só foi decidido na prorrogação.
O sargento da Marinha Paulo Santos Carvalho levou a prata nas finais do boxe após perder a última batalha para o coreano Jeong Ung Park. Segundo o brasileiro, o objetivo agora é manter o foco e continuar treinando. "Foi uma experiência muito boa ter participado de um mundial militar como esse. O nível dos lutadores é altíssimo. Não tenho a menor dúvida de que eu fui campeão", disse.
Neste domingo (11), o Brasil concorre nas maratonas masculina e feminina e participa da cerimônia de premiação das competições de tiro.
Nos Jogos Mundias Militares do Rio de Janeiro, em 2011, o Brasil ficou em primeiro lugar no quadro de medalhas. Para a edição coreana, o objetivo é ficar entre os cinco primeiros colocados.
Bombeiros encontram corpos de pilotos vítimas de acidente na Serra do Caraça
Os restos mortais dos pilotos resgatados serão encaminhados para o IML de Itabira, na Região Central do Estado
O Corpo de Bombeiros informou neste sábado que foram resgatados no fim da tarde de hoje os corpos dos pilotos Fausto Mesquita e João Paulo Gomes Araújo, que morreram na queda do monomotor Corisco prefixo PT-NKU, ocorrido na última terça-feira (6). O acidente aconteceu na Serra do Caraça, localizada na Região Central do Estado.
Os destroços do avião foram localizados nessa sexta-feira (9) na Serra do Caraça, entre os municípios de Santa Bárbara e Catas Altas, na Região Central de Minas. A aeronave era pilotada por Fausto Mesquita, que estava acompanhado de João Paulo Gomes Araújo, de 26 anos, proprietário do monomotor e que também era piloto.
O avião decolou do Aeroporto de Caratinga às 11h30 de terça-feira com destino a Pará de Minas, no Centro-Oeste do Estado, onde deveria ter chegado às 13h. Somente às 17h, o Comando Aéreo Regional (Comar), de Belo Horizonte, foi informado do desaparecimento.
Familiares das vítimas disseram que o impacto da queda foi forte. Fato demonstrado pelo localização dos destroços do avião. A cauda da aeronave foi parar a aproximadamente 500 metros do local. As peças encontradas estavam em fendas da montanha, o que dificultou o trabalho das equipes dos Bombeiros para o resgate dos corpos. As causas do acidente serão apuradas pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidente Aeronáuticos (Cenipa) e a Polícia civil.
O avião decolou do Aeroporto de Caratinga às 11h30 de terça-feira com destino a Pará de Minas, no Centro-Oeste do Estado, onde deveria ter chegado às 13h. Somente às 17h, o Comando Aéreo Regional (Comar), de Belo Horizonte, foi informado do desaparecimento.
Familiares das vítimas disseram que o impacto da queda foi forte. Fato demonstrado pelo localização dos destroços do avião. A cauda da aeronave foi parar a aproximadamente 500 metros do local. As peças encontradas estavam em fendas da montanha, o que dificultou o trabalho das equipes dos Bombeiros para o resgate dos corpos. As causas do acidente serão apuradas pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidente Aeronáuticos (Cenipa) e a Polícia civil.
Eduardo Dias da Costa Villas Bôas: "Não há possibilidade de intervenção militar"
Natural de Cruz Alta, aos 63 anos o general lidera um efetivo de mais de 200 mil homens
Por: Guilherme Mazui, Rbs Brasília
Ao escolher o general Eduardo Dias da Costa Villas Bôas para comandar o Exército, a presidente Dilma Rousseff optou por um militar de perfil conciliador e de posições firmes. VB, como lhe chamam os amigos, é franco ao dizer que o Brasil “não se deu conta” da relevância da Amazônia, tampouco esconde preocupações com os cortes de orçamento que ameaçam projetos estratégicos das Forças Armadas. E assegura que não há chance de intervenção militar.
Natural de Cruz Alta, casado, três filhos e três netos, aos 63 anos Villas Bôas lidera um efetivo de mais de 200 mil homens. Desde fevereiro, exerce a principal função de uma carreira eclética, que se iniciou em 1967. Com origem na arma de Infantaria, foi instrutor, adido militar na China, chefe da assessoria parlamentar do Exército e Comandante Militar da Amazônia. Em 2014, respondia pelo Comando de Operações Terrestres, com atuação na estratégia de defesa da Copa do Mundo.
Natural de Cruz Alta, casado, três filhos e três netos, aos 63 anos Villas Bôas lidera um efetivo de mais de 200 mil homens. Desde fevereiro, exerce a principal função de uma carreira eclética, que se iniciou em 1967. Com origem na arma de Infantaria, foi instrutor, adido militar na China, chefe da assessoria parlamentar do Exército e Comandante Militar da Amazônia. Em 2014, respondia pelo Comando de Operações Terrestres, com atuação na estratégia de defesa da Copa do Mundo.
Na última terça-feira, oito meses depois de assumir o Comando do Exército, Villas Bôas recebeu ZH para uma conversa em seu gabinete, em Brasília. Chimarrão à mão, falou sobre Comissão Nacional da Verdade, mudanças no Ministério da Defesa e a crise política que o país vive.
Qual o futuro do Exército?
O Brasil tem uma problemática de defesa complexa. Em pleno século 21, metade do território não está integrada ao desenvolvimento, com espaços vazios onde as Forças Armadas são a única presença do Estado, única alternativa de atendimento básico da população. Atuamos com a estratégia da presença. Por outro lado, o Brasil é uma das maiores economias do mundo, pleiteia assento no Conselho de Segurança da ONU (cinco países – China, França, Rússia, Estados Unidos e Reino Unido – têm cadeira permanente no colegiado voltado à resolução de conflitos, com direito a veto) e precisa de capacidade de projetar poder e influência. O país precisa de Forças Armadas com alto conteúdo tecnológico. Ao mesmo tempo em que temos de ser um Exército moderno, temos de ser um Exército de colonização.
Para ser moderno é preciso investimento. Os cortes de orçamento afetaram projetos estratégicos, como o Guarani (compra de blindados) e o Sisfron (Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras)?
Os projetos estratégicos foram afetados com cortes de 40%. Nenhum foi cancelado, mas o ritmo foi alongado. Se imaginou que seria um soluço, mas hoje se sabe que o ano que vem será difícil, talvez 2017 também. No caso do Guarani, a empresa se preparou para produzir cem blindados por ano, mas se reestruturou para fazer 60. Se a gente não conseguir manter isso, perderemos recursos humanos. A tecnologia não fica em prateleira.
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O Sisfron é um sistema para melhorar o controle da fronteira (era previsto investir R$ 12 bilhões em 10 anos). Sua implementação será alongada?
Estima-se que 80% da criminalidade urbana seja ligada ao tráfico de drogas. Pagamos o preço que nenhuma guerra cobra. Morrem por ano 54 mil pessoas assassinadas no Brasil, cem mulheres são estupradas por dia. É impressionante. Para mudar o quadro, é fundamental melhorar o controle da fronteira, que tem quase 17 mil quilômetros. Fisicamente, é impossível vigiar a fronteira, é preciso muita tecnologia aplicada. E o Sisfron foi a resposta para isso.
Mas quando o sistema de monitoramento estará pronto?
A previsão inicial era implementar em 10 anos, a partir de 2012. No ritmo que vinha, a conclusão seria em 2035, mas, com o ritmo de orçamento desse ano, vai para 2060. O Sisfron é resposta para muitos problemas que as autoridades precisam dar solução. De todos os projetos estratégicos, é o mais necessário para sociedade.
O período do país é conturbado por causa de uma crise política, algumas pessoas pedem intervenção militar constitucional. Isso existe?
Até queria saber como se faz uma intervenção militar constitucional. Isso não existe. Não interpreto isso como desejo de volta do governo militar, mas como a volta dos valores que as instituições militares representam. A sociedade perdeu disciplina social, senso de autoridade. O professor deve entrar na sala investido de autoridade, mas isso não é reconhecido, por exemplo. Ainda pesa uma imposição do politicamente correto.
Um novo golpe não está em gestação?
No aspecto legal, não há possibilidade de intervenção militar, golpe, nada disso. Quando me perguntam o que os militares vão fazer, digo: está escrito no artigo 142 da Constituição. Pautamos a postura do Exército para contribuir na estabilidade. Nossa crise é de caráter econômico, político e ético, mas as instituições funcionam, vamos sair da crise. Pautamos também a legalidade, todo e qualquer emprego do Exército tem de estar respaldado na legislação, e a legitimidade. Por fim, exigimos coesão, o Exército como um bloco monolítico. Não podemos permitir qualquer tipo de fissura na estrutura e no pessoal da ativa ou reserva.
Há coesão mesmo na reserva, que costuma ter posicionamentos mais polêmicos?
Muita, mas sempre há uma declaração ou outra, o universo é grande. Há pluralidade. O Brasil tem instituições consolidadas, é um país complexo, com sistema de pesos e contrapesos que dispensa a sociedade de ser ter tutelada.
No ano passado, saiu o relatório da Comissão Nacional da Verdade. Há críticas de que as Forças Armadas não cooperaram com as investigações, e avaliações de que foi uma comissão da “meia verdade”. Qual a sua opinião?
No início, houve um entusiasmo para esclarecer tudo o que ocorreu. Depois, houve uma frustração da nossa parte quando a comissão se limitou no tempo em relação ao que foi criada (para apurar violações de direitos humanos entre 1946 e 1988) e no campo de atuação, investigando somente os órgãos de Estado. O Exército cooperou, tudo o que foi instado a fornecer foi feito dentro do limite da lei. Apresentaram o relatório e consideramos o assunto superado.
O relatório reconciliou o país?
Espero que sim. Como não houve apuração dos dois lados, sempre ficam questões latentes. A gente considera superado. Veja só, temos um ministro da Defesa do partido comunista (Aldo Rebelo, do PC do B), já vencemos essas etapas históricas. A expectativa é a mais positiva possível para o ministro Aldo, que teve atuação parlamentar ligada a temas que nos dizem respeito, como Amazônia e soberania. Ele tem um viés nacionalista que nos identifica.
Ao falar da fronteira, o senhor citou números de uma guerra urbana. O Exército deve auxiliar na segurança pública?
A Constituição e as leis complementares são claras sobre e o emprego das Forças Armadas quando se verifica incapacidade e falência dos órgãos com responsabilidade para atuar. Esse emprego deve ser episódico e limitado no tempo, porque a estrutura e o preparo do Exército não são moldados para isso. No Complexo da Maré e do Alemão, no Rio, ou mesmo no Haiti, não é o Exército que vai resolver. A Força visa criar estabilidade e proporcionar condições para que outros órgãos implementem medidas que mudem a realidade do ambiente.
A presença no Rio deu resultado?
Na Maré, quase nada foi feito por outros órgãos de Estado, até por dificuldades que todos os governos vivem. O que vai resolver não é o Exército. Os outros vetores mudam a realidade.
No Haiti, qual o saldo depois de 11 anos de missão (Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti, a Minustah)?
A contribuição é enorme, mas será que o Haiti está em condições de andar pelas próprias pernas? Pegamos a fase inicial, que foi muito violenta, pegamos dois furacões e o terremoto. Muito foi feito, mas não o suficiente. Estão ocorrendo eleições no Haiti, e espera-se que se consolide uma normalidade política. No próximo ano, a previsão é sair do Haiti.
O Exército vai atuar na estratégia de defesa da Olimpíada. Muda muito em relação à Copa?
A Olimpíada é muito mais complexa. Cada modalidade é uma Copa do Mundo. Temos muitas Copas simultâneas em um espaço de tempo restrito. A questão do terrorismo preocupa. O Brasil não tem tradição de terrorismo, mas os Jogos Olímpicos têm.
Como evitar um ataque terrorista?
Exige atenção redobrada. A essência do terrorismo não é o combate ao terrorista, mas impedir que o terrorismo ocorra. Todas as medidas de segurança e inteligência são tomadas. Haverá um trabalho intenso na fronteira. Estamos preparados, devemos empregar entre 18 mil e 20 mil homens só do Exército.
Alguns especialistas dizem que o Brasil não teria condições de responder a uma guerra. É uma constatação correta?
É preciso entender o papel das Forças Armadas. O papel essencial é da dissuasão. Quando a Força é empregada é porque algo falhou. A dissuasão não pode ser um blefe, exige capacidade operacional reconhecida. Daí, a necessidade de prosseguirmos com os grandes projetos estratégicos, como o submarino nuclear, a aviação de caça, os blindados.
Seu pai era militar (Antônio Villas Bôas foi coronel do Exército). Pesou na escolha da carreira?
Influenciou, porque vivi um ambiente militar. Também tive infância ligada ao campo, em Cruz Alta, onde a família da minha mãe tinha fazenda. O papa João Paulo II dizia que ninguém é universal se não amar a própria aldeia. Minha aldeia é Cruz Alta, meu lastro afetivo vem de lá.
O senhor ingressou no Exército em 1967. Pegou o início do regime militar, a redemocratização, governos tucanos e petistas. O Exército mudou em quase 50 anos?
Tem gente que diz que o Exército mudou, mas sempre foi o mesmo porque os valores de hierarquia e patriotismo são os mesmos. O Exército tem cultura apegada às tradições e valores, e isso estabelece o desafio de preservar a cultura e evoluir ao mesmo tempo.
Sua trajetória ficou marcada pela atuação na Amazônia. O que aprendeu lá?
Minha carreira tem dois períodos. A primeira parte foi em torno da Academia das Agulhas Negras, onde fui instrutor, e, depois, em torno da Amazônia. O exercício da profissão militar na Amazônia tem sabor diferente. A Amazônia é um passivo geo-histórico que o Brasil tem. Ela tem papéis importantes, e o Brasil não se deu conta.
Por que não seu deu conta?
Inicialmente, pelas dificuldades de caráter econômico e pela área de difícil acesso. Hoje, tem o problema do politicamente correto, o país se deixou aprisionar, não viabiliza ações na Amazônia para explorar recursos preservando, com foco no desenvolvimento da população. A história mostra que subdesenvolvimento é sinônimo de dano ambiental. Enquanto não se oferecer alternativas à população para que deixe de derrubar, vai ser difícil.
É um risco quando organizações internacionais dizem como proceder na Amazônia?
Há uma tentativa de quase congelar a Amazônia, um ambientalismo fundamentalista. Ficamos imobilizados para qualquer investimento. O Brasil é um país com dificuldades na produção de energia, nosso grande potencial ainda está na Amazônia, só que não se pode construir grandes reservatórios. As usinas não produzem energia no potencial máximo. Com isso, continuamos queimando carvão e petróleo e emitindo gases de efeito estufa.
O senhor foi adido militar na China. Trouxe boas ou más lições?
Morei há 21 anos na China, quando o PIB do Brasil era maior. Veja o que é o sentido de projeto, a capacidade de planejamento. O Brasil das décadas de 30 a 80 foi o país do mundo que mais cresceu, mas cometemos um erro. Durante a Guerra Fria, permitimos que o Brasil perdesse a coesão. É urgente recuperar o sentido de projeto. É plausível que a gente volte a viver uma Guerra Fria, não mais com base em ideologias tradicionais. Qualquer confronto tem fundo econômico, mas se reveste de outros aspectos para ter legitimidade.
Uma nova Guerra Fria?
Podemos ver China e Estados Unidos disputando recursos naturais. O Brasil precisa recuperar a coesão e impor os nossos projetos. Daí, a importância da Lei de Anistia, da Comissão da Verdade. Essas coisas precisam ser superadas para termos coesão nacional.
Em momento de corte de gastos, é adequado manter o pagamento de pensões como as pagas a filhas de militares?
Quando foi concedido o benefício, era outro contexto social e econômico. Hoje, só mantém as pensões quem tem direito adquirido, que não se pode mexer. As novas gerações já não têm essa pensão. Então, a tendência é equilibrar contribuição e gasto médio.
A Justiça Militar justifica seu custo? E necessário um foro para militares?
Algumas pessoas acusam que é muito cara, pois a comparam com a Justiça comum. Mas é fundamental para a preservação da disciplina e precisa existir em razão de questões da atuação do Exército. Se trabalha no sentido de aumentar o escopo de atuação da Justiça Militar. Um militar é transferido, ele entra na Justiça comum para não ser transferido e a decisão leva um tempo enorme. A ideia é de que esse tipo de caso vá para a Justiça Militar.
O senhor é descrito como um militar de diálogo. É o seu jeito de comandar?
O general Leônidas (Leônidas Pires Gonçalves, ex-ministro do Exército, morto em junho) costumava dizer que hoje o exercício da profissão é mais difícil porque mecanismos de controle são maiores. Só hierarquia não é suficiente para tocar um empreendimento militar. Tem aquele estereótipo do militar carrancudo, para o qual durante a história os militares contribuíram, mas é um estereótipo que não corresponde mais à realidade.
Costuma-se falar na “solidão do comando”. É solitário comandar o Exército?
O comandante carrega a mochila da responsabilidade. Digo ao pessoal que trabalha comigo “não me deixem errar”, mas sei que a decisão é minha. É um peso, mas não sinto solidão. Sempre há grande receptividade. O único problema é orçamento e vencimento (folha salarial).
Há perspectiva de reajuste nos salários?
Havia perspectiva de escalonar um aumento a partir de janeiro, que foi postergada em sete meses. O problema é que a situação econômica é grave, isso nos aflige.
O Rio Grande do Sul tem forte presença militar. O futuro do Exército no Estado indica manter a presença ou levar unidades para outros lugares do país?
A confrontação estratégica do Prata, que ocorreu na colonização e após os processos de independência, resultou em um adensamento do dispositivo militar no Sul. Com o advento do Mercosul, a prioridade estratégica mudou para Amazônia. Em 1986, tínhamos efetivo de 6 mil militares na Amazônia, hoje temos 28 mil. No Sul, estamos preocupados com orçamento, talvez tenhamos de cortar unidades.
Vão fechar unidades no Estado?
Fechar unidades, o que é um processo traumático e doloroso. Temos de nos adequar ao limite do orçamento. O Comando Militar do Sul se diz “A Elite do Combate Convencional”, nossa força de blindados está lá. Santa Maria está se tornando um polo de defesa em razão da proatividade das lideranças, prefeito, empresas, universidades. Podemos diminuir quantitativamente no Estado, mas vamos evoluir qualitativamente.
Os cortes estão definidos?
São estudos em andamento. Definimos que o Exército fará redução de efetivo paulatina na ordem de 5% ao ano, mas não definimos até onde vai a diminuição. Mudanças importantes vão acontecer, e até o próximo ano teremos as definições.
Dilma Rousseff chega ao Estado para visitar a família
Avião onde estava a presidente pousou no final da tarde na Base Aérea de Canoas
A presidente Dilma Rousseff chegou no final da tarde deste sábado ao Rio Grande do Sul. Da Base Aérea de Canoas, ela deve seguir a Porto Alegre, para aproveitar o começo do feriadão com o neto Gabriel, de 5 anos. Dilma deve retornar ainda no domingo a Brasília, segundo informações da Rádio Gaúcha.
Pela manhã, antes de embarcar, Dilma se reuniu com os ministros Jaques Wagner (Casa Civil), Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo) e José Eduardo Cardozo (Justiça).
Na semana que passou, Dilma viu suas contas de 2014 serem rejeitadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU). O Tribunal Superior Eleitoral também decidiu reabrir uma ação que investiga a campanha da petista e que pode levar à cassação do seu mandato. No Congresso, mesmo depois da reforma ministerial, o governo sequer conseguiu garantir quórum para que fossem apreciados os vetos presidenciais.
Drones e lasers não são brinquedos
Apontar raios laser para aviões e circular com drones próximo ao Aeroporto Internacional de Brasília Juscelino Kubitschek são crimes e podem causar uma tragédia em casos extremos. As interferências chegam a atrapalhar o piloto, principalmente nos procedimentos mais críticos, como pouso e decolagem. O feixe de luz dificulta a visão do comandante e pode provocar cegueira instantânea e queimaduras na retina. No caso do drone, se o objeto entrar em contato com a aeronave, o efeito é semelhante à colisão com um pássaro. O motor corre o risco de parar de funcionar, caso a turbina seja afetada. A lei prevê pena de 2 a 5 anos de prisão para quem dificulta ou impede a circulação de transportes aéreos ou marítimos.
Em todo o ano passado, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipe) da Força Aérea Brasileira (FAB) registrou 45 ocorrências com laser próximo ao aeroporto. Em 38 casos, o piloto estava em procedimento de pouso e em sete situações se preparava para a decolagem. De janeiro até o último dia de setembro deste ano, foram 14 registros. Ao todo, nove em processo de descida. O Cenipa não contabilizou nenhuma ocorrência com drones até agora.
Segundo o oficial de investigação em segurança de voo da Divisão Operacional do Cenipa, major aviador Murillo Boery, o pouso e a decolagem são dois dos momentos que mais exigem atenção do comandante. “Nesses casos, o laser faz o piloto parar de enxergar em algum momento que pode ser crítico. Em casos extremos de ofuscamento da visão, é possível até a queda da aeronave, em razão de o flash ser muito forte. Em outras situações, o piloto não tem condições de pousar”, explica.
O major ressaltou que, na maioria dos casos, o feixe de luz é usado por crianças como brincadeira. Os de maior potência são os verdes, mas o vermelho também causa dano. “O objeto é comprado por um valor muito baixo, então, acaba sendo usado como brincadeira. A maioria não tem noção do que isso pode causar”, lamenta. O Cenipa trabalha com prevenção e conscientização, além de dados estatísticos. Em 2013, o órgão fez uma campanha para atingir o público infantil por meio de gibis que tratavam dos perigos dos raios. Este ano, o trabalho é alertar as crianças sobre os perigos de aves próximas ao aeroporto.
Até agora, segundo Boery, não foi registrada nenhuma ocorrência com os drones. O piloto e consultor em aviação Marcelo Camargo esclarece que, se o laser pode chegar a situação extrema de cegar o piloto, esse tipo de equipamento oferece risco do motor sugar o objeto. “Nas duas circunstâncias, um avião menor, pilotado por um único comandante, pode cair”, conta. Camargo destaca que os vidros de aviões não blindados podem ser estilhaçados, em caso de choque com o veículo não tripulado.
Regras
Qualquer interferência no tráfego aéreo, seja com drones ou outro tipo de equipamento ou ação, é de responsabilidade do Departamento do Controle do Espaço Aéreo (Decea) da Aeronáutica. Sobre os drones, segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), há duas possibilidades no Brasil para operar o equipamento. Uma delas é o manuseio enquadrado na regulamentação que trata de aeromodelismo, que permite o uso de forma recreativa ou em competições. A outra trata de experimentos para pesquisa e desenvolvimento.
No primeiro caso, os equipamentos devem respeitar a restrição de não operar em zonas de aproximação e decolagem de aeródromos, além de nunca ultrapassar altura superior a 120 metros (400 pés), mantendo o equipamento na visão do piloto. Já para a utilização de operações experimentais é necessária a autorização da Anac. O procedimento resulta em um Certificado de Autorização de Voo Experimental (Cave). Entretanto, tal documento permite apenas voos sobre áreas não densamente povoadas — ou seja, nada de ações em regiões urbanas.
Problemas com os aventureiros
O radialista Fausto Dalledone, 44 anos, começou a operar equipamentos aéreos há quase cinco anos, com um helicóptero não tripulado. Há cerca de dois anos e meio, ele adquiriu um veículo aéreo não tripulado (Vant) de quatro hélices e deixou o hobby de lado para investir em negócios de filmagem e fotografia. Dalledone garante que faz tudo dentro das normas de segurança. “Coloquei proteção nas hélices para não machucar ninguém, atualizei o software que gerencia a placa-mãe e voo, no máximo, a 100m de altura. Enxergo a regulamentação como uma boa saída para amparar os profissionais que trabalham com imagem”, ressalta.
Dalledone teme os aventureiros. “O problema são as pessoas sem habilidade e noção do equipamento querem pilotar um drone. Com a regulamentação, esperamos nos adequar, seremos credenciados e habilitados a operar o equipamento”, destacou. Segundo ele, a diferença está na qualidade. “O drone permite a aproximação de imagens. Um voo de helicóptero sai a R$ 6 mil, já fotos brutas com drone podem chegar a R$ 1,5 mil”, contou.
PORTAL MÍDIA NEWS (MT)
Aldo: um comunista na Defesa
Com clara visão da geopolítica, ele sempre defendeu o fortalecimento das Forças Armadas
Ante ao anuncio da reforma ministerial, confirmando a indicação pela presidenta Dilma do camarada Aldo Rebelo para o Ministério da Defesa, muita gente ficou estupefata.
Ante ao anuncio da reforma ministerial, confirmando a indicação pela presidenta Dilma do camarada Aldo Rebelo para o Ministério da Defesa, muita gente ficou estupefata.
Já para uma minoria de reacionários e anticomunistas empedernidos, a indicação suou como uma provocação, o que lhes têm causado calafrios e ataques coléricos.
Entretanto, tal indicação certamente foi a mais acertada entre todas.
Primeiramente, porque o camarada Aldo Rebelo é um verdadeiro craque na política. No início do Governo Lula ocupou o importante cargo da Articulação Política.
A seguir, no bojo do escândalo do “Mensalão” e a renúncia do presidente da Câmara, Severino Cavalcante, quando a “oposição” já ultimava o roteiro do impeachment, via presidência da Câmara, Aldo foi escalado e decidiu aquele jogo: mesmo pertencendo a um partido, o PCdoB, com apenas 10 deputados, conseguiu abocanhar a maioria dos votos de seus pares, derrotando o forte candidato do conluio oposicionista, Thomas Nono (PFL), e se tornando presidente da Câmara dos Deputados, terceira pessoa da linha sucessória, “salvando” o Governo Lula.
Posteriormente, relatou o Novo Código Florestal, tema espinhoso e que estava na iminência de provocar uma deflagração de grandes proporções no campo.
Com inteligência e maestria, enfrentou o setor mais atrasado e reacionário do ruralismo e, por outro, os setores do ambientalismo “santuarista”, do preservacionismo estático da natureza que defendem a paralização do crescimento.
Alguns deles, inclusive, ligados à ONGs financiadas por empresas forâneas que competem com o Brasil. O texto “possível” teve aprovação quase consensual.
Já na véspera da Copa do Mundo, quando a oposição e a mídia apostavam todas as fichas para que a mesma fosse um fiasco e quando atacavam ferozmente o então ministro dos Esportes Orlando Silva, transformando um deslize da compra de uma tapioca de R$ 7,00 com cartão coorporativo (valor imediatamente devolvido aos cofres públicos) em um “escândalo nacional”, além de acusá-lo por supostos contratos irregulares, posteriormente (e tardiamente) inocentado pela Comissão de Ética Pública e pelo MP, coube novamente ao Aldo assumir aquela pasta que estava no “olho do furação”.
Desenvolveu um trabalho exemplar, transformado o pretendido fiasco em uma das copas mais bem organizadas.
Transitou em meio à gente da Fifa e da CBF, muitos dos quais hoje presos e banidos do futebol por corrupção, sem se misturar com aquela gente ou ser seduzido por benesses.
Saiu limpo, ileso, sem nenhuma mácula. Assim como tem sido toda sua história de vida política.
Com o novo mandato, a presidenta o escalou para o importante ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.
Inicialmente, a mídia hegemônica e a “oposição” torceram o nariz, acusando-o de despreparado e ter posição contrária aos avanços que essa área tem que promover.
Editoriais, matérias desconexas e artigos foram produzidos procurando desqualificar a indicação e tentar jogar a comunidade científica contra o Ministro.
Calaram rapidamente, pois o Novo Ministro, ao contrário, entabulou diálogo com todos os setores e segmentos ligados à área, aproximando a comunidade científica do Ministério.
Prova disso foi o clamor geral, com divulgação de um manifesto de renomados cientistas, pesquisadores, professores, intelectuais, servidores, etc., exigindo sua permanência à frente do MCTI.
Um segundo aspecto, talvez pouco conhecido do grande público, é o fato da ligação histórica do camarada Aldo Rebelo com a área da Defesa.
Com uma clara visão da geopolítica, Aldo sempre defendeu o fortalecimento e a modernização das Forças Armadas, por considera-las imprescindíveis à soberania nacional.
Por conta disso, sempre contou com a simpatia dos novos comandantes da geração pós Ditadura Militar.
Este fato o transformou num dos conferencistas mais requisitados pela Escola Superior de Guerra (ESG), instituto responsável para promover altos estudos de política, defesa e estratégia.
Em sua mais recente conferência na ESG, proferida em julho, para o curso superior de Defesa, defendeu com ênfase a necessidade de mais investimentos em pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&i) em áreas estruturantes, ocasião em onde informou importantes inciativas do MCTI “estabelecemos pontos estratégicos para o País, dentre eles, as tecnologias ligadas a áreas de defesa, as tecnologias não transferíveis, tecnologias ligadas à área espacial e ao Programa Espacial Brasileiro e, principalmente, a segurança cibernética”.
Também reforçou a importância de o Brasil desenvolver e fabricar sua própria base de lançamento de satélites e foguetes, ressaltando a importância do Programa Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres “nosso compromisso é completar esse ciclo com a fabricação do nosso lançador e reorganizar a área de pesquisa e ciência.
Não basta projetar e construir, é preciso que haja um grupo de pesquisa que mantenha a atualização dos equipamentos e informações para o andamento do programa”.
O fato de vários medalhistas simbolicamente “prestarem continências ” quando da premiação nos Jogos Pan-americanos, que alguns desinformados chegaram a interpretar erroneamente como uma defesa da “volta do Regime Militar”, era apenas um reconhecimento às Forças Armadas, cuja parceria com o COB e o Ministério dos Esportes, permitiu que vários atletas utilizassem seus modernos centros de treinamentos.
Parceria que foi intensificada quando Aldo Rebelo ocupava o Ministro dos Esportes.
Se no futebol ou em outros esportes coletivos é quase impossível ter um craque jogando em várias posições, na política, o camarada Aldo Rebelo tem tirado isso de letra: é um craque tanto no ataque, no meio campo e, agora, na Defesa!
MIRANDA MUNIZ é agrônomo, bacharel em Direito, oficial de Justiça-avaliador federal, dirigente da CTB/MT e do PCdoB-MT.
BAHIA NO AR (BA)
Agricultores do extremo- sul garantem ter visto queda de avião na Bahia
Continua, neste sábado, 10, as buscas, no litoral de Prado, extremo-sul do estado, para tentar localizar um avião de pequeno porte que, de acordo com dois agricultores da região, o avião teria caído no mar, no fim da tarde de quinta- feira, 08.
As buscas, para localização da aeronave, começaram na sexta- feira, logo após denúncias.
De acordo com uma das testemunhas o avião teria caído a cerca de 1.500 metros da praia de Cumuruxatiba – próximo ao Rio Japara Grande, em Prado.
A Marinha enviou uma embarcação de Porto Seguro e um navio-patrulha de Salvador, por volta das 18h de sexta- feira, 09, quando as buscas foram iniciadas. Segundo informações iniciais, o avião seria de cor branca
De acordo com o Portal a Força Aérea Brasileira (FAB) relatou que foi informada pela polícia sobre o relato do morador e que, durante as apurações iniciais, não identificou registro de aeronaves desaparecidas.
JORNAL CORREIO DA BAHIA
Continua buscas por aeronave que caiu no mar do litoral da Bahia
As buscas serão retomadas na manhã deste domingo (11)
As buscas pela aeronave que desapareceu depois de, segundo relatos de testemunhas, ter caído no mar continuam, segundo o Comando do 2º Distrito Naval (Com2ºDN). O acidente aconteceu na quinta-feira, perto da praia de Cumuruxatiba, litoral sul da Bahia. As buscas serão retomadas na manhã deste domingo (11).
Coordenados pelo Serviço de Busca e Salvamento Marítimo do Leste (Salvamar), os trabalhos de busca estão sendo executados pelo Navio-Patrulha “Guaratuba” e por uma equipe de Inspeção Naval da Delegacia da Capitania dos Portos em Porto Seguro, que durante o dia de hoje realizaram mergulhos na zona do suposto desaparecimento e uma varredura na área marítima e nas praias situadas entre aquele local e a cidade de Prado, localizada a cerca de 32 km ao sul. As ações também contaram com o apoio de uma embarcação particular.
Um alerta foi encaminhado às colônias de pesca e a embarcações que navegam pela região, solicitando que contribuam com os esforços, mantendo atenção a possível situação de perigo no mar. Ainda não há informações sobre vítimas.
Um alerta foi encaminhado às colônias de pesca e a embarcações que navegam pela região, solicitando que contribuam com os esforços, mantendo atenção a possível situação de perigo no mar. Ainda não há informações sobre vítimas.
DIÁRIO DE CANOAS
Rio sobe na Prainha do Paquetá - Demonstração da Esquadrilha da Fumaça foi cancelada
Em Canoas, a chuvarada do fim de semana cancelou a demonstração aérea da Esquadrilha da Fumaça prevista para o Dia das Crianças. A preocupação é com a subida dos rios da região, o Caí e o Sinos.
Conforme o secretário da Defesa Civil de Canoas, Coronel Rodolfo Pacheco, em 24 horas, as águas da Prainha do Paquetá passaram de 2,7 metros para 3,18. Cobriram desde a entrada até adiante da imagem de Nossa Senhora, tradicional ponto de encontro de religiosos. Em outro local, na Rua da Barca, a água estava pela canela, mas não há desabrigados. Com o vento, as águas do Jacuí estão entrando com força e sobrecarregando a cabeceira. A previsão é que o Sinos suba mais ainda neste domingo.
Conforme o secretário da Defesa Civil de Canoas, Coronel Rodolfo Pacheco, em 24 horas, as águas da Prainha do Paquetá passaram de 2,7 metros para 3,18. Cobriram desde a entrada até adiante da imagem de Nossa Senhora, tradicional ponto de encontro de religiosos. Em outro local, na Rua da Barca, a água estava pela canela, mas não há desabrigados. Com o vento, as águas do Jacuí estão entrando com força e sobrecarregando a cabeceira. A previsão é que o Sinos suba mais ainda neste domingo.
CORREIO DO BRASIL
Com um gol no último minuto da prorrogação, o Brasil venceu a França por 2 a 1 e conquistou neste sábado, penúltimo dia dos 6º Jogos Mundiais Militares, disputados na Coreia do Sul, o bicampeonato de futebol feminino. O gol decisivo foi marcado pela atacante Bárbara Chagas, no último lance da partida.
O jogo começou com o time brasileiro partindo para o ataque e com maior domínio de bola. Mas, em uma bobeada da defesa, a seleção francesa abriu o placar com Lea Garrec. O empate veio ainda no primeiro tempo com a atacante Daniele Batista.
Na etapa complementar, o jogo seguiu equilibrado, com poucas chances de gols.
A partida continuou equilibrada na prorrogação até que, no lance final, a atacante Bárbara acertou um chute forte, definindo o placar e a vitória brasileira. “Estou muito emocionada. Nosso grupo estava muito unido desde a saída do Brasil. Viemos com a meta de ser campeãs,” disse Bárbara Chagas após o jogo.
Outras modalidades
As provas de atletismo foram realizadas no Kafac Sports Complex, em Mungyeong e a equipe do revezamento feminino 4X100 levou o ouro. O sargento do Exército Aldemir Gomes ficou com o terceiro lugar nos 200m individual masculino e a sargento Rosângela Santos, além do ouro no revezamento, ganhou medalha de bronze nos 200m feminino. Na última quarta-feira, Rosângela já havia conquistado o ouro nos 100m.
– Este é o meu primeiro mundial como militar e conquistei três medalhas. Mesmo sendo uma competição fora de época, nunca deixei de treinar e me dedicar. Estou fechando essa temporada muito feliz – comemora a atleta.
Os atletas do taekwondo conseguiram três medalhas nos tatames do complexo esportivo Kafac: duas de ouro e uma de prata. A sargento do Exército Iris Silva Tang Sing, ficou em primeiro lugar na categoria menos de 46 kg. Ela derrotou a iraniana Nahid Kiyanichandeh e conseguiu somar mais 20 pontos rumo à classificação para os Jogos Olímpicos.
No masculino, categoria até 54kg, o sargento da Marinha Venilton Torres Teixeira bateu o iraniano Mahdi Eshaghi, em uma luta de recuperação e também levou ouro. Na terceira decisão, o sargento da Marinha Guilherme Dias Alves não conseguiu superar o iraniano Abolfazl Yaghoubijoubai e ficou em 2º lugar, na categoria até 63 kg.
Já no ciclismo, as atletas brasileiras tiveram muito que comemorar: além do ouro por equipes, o Brasil também conquistou, na prova de resistência, as medalhas de prata e bronze, no individual, com a dobradinha das irmãs Clemilda e Janilde Fernandes. A vencedora da prova foi a russa Natália Boyarskaya.
Nos Jogos mundiais Militares realizados no Rio de Janeiro, em 2011, o Brasil ficou em primeiro lugar no quadro de medalhas. Para a edição coreana, o objetivo é ficar entre os cinco primeiros países.
PAÍS AO MINUTO
Empresas de segurança querem usar drones nos serviços
O objetivo, referem, é automatizar rondas de vigilância interior, utilizá-los em zonas de difícil acesso e na prevenção de incêndios florestais.
Porém, ao contrário do que já acontece em Espanha, a utilização desta tecnologia enfrenta limitações legais em Portugal.
“Estamos neste momento a trabalhar nos formalismos necessários que permitam às autoridades competentes avaliar a adoção destas soluções em Portugal”, afirma, ao Jornal de Notícias, João Gaspar Silva, diretor-geral da Prosegur. Já o Grupo 2045 considera que ainda há “um longo caminho a percorrer”.
A Comissão Nacional de Proteção de Dados deverá ter uma última palavra a dizer sobre o assunto, até porque em causa estão também questões relativas à preservação da imagem e privacidade das pessoas.
As empresas de segurança privada querem dar um pontapé na legislação para que seja possível, em breve, a utilização de drones nos seus serviços.
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