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NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 30/07/2015 / Suécia reduz taxa e Brasil fecha acordo de compra de caças

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Suécia reduz taxa e Brasil fecha acordo de compra de caças ...


A Suécia concordou em reduzir o custo de financiamento para a venda de 36 caças Gripen NG à Força Aérea Brasileira (FAB) por 5,4 bilhões de dólares, disse o ministro da Defesa, Jaques Wagner, nesta quarta-feira.

As demoradas negociações sobre o acordo de financiamento atrasaram o acordo final para a compra dos caças, fabricados pela sueca Saab .

Em meio a um esforço de reequilíbrio das contas públicas, o governo brasileiro tentava reduzir a taxa de juros, acordada inicialmente no ano passado em 2,54 por cento ao ano com a agência de crédito à exportação da Suécia, a SEK, como parte dos esforços de ajuste fiscal do ministro da Fazenda, Joaquim Levy.

Wagner disse que as duas partes concordaram em reduzir as taxas de juros do financiamento para 2,19 por cento, que serão pagas pelo Brasil em 25 anos, com oito anos e meio de carência.

"A solução foi boa para ambos os países. Vamos entrar em um mundo de tecnologia avançada. Dentro de 10 a 12 dias, vamos ratificar o contrato e teremos mais de 200 brasileiros indo à Suécia para treinamento", disse o ministro em entrevista coletiva em Ladário, no Mato Grosso do Sul, onde acompanha as atividades da Operação Ágata 9, das Forças Armadas, segundo o ministério.

"O governo não poderia assinar em 2015 um contrato com a taxa de 2014", acrescentou o ministro.

Os primeiros caças devem ser entregues à FAB em 2019. A Saab planeja estabelecer uma linha de montagem no Brasil até 2024 em parceria com a Embraer .

O contrato prevê total transferência de tecnologia e a produção de 15 caças no Brasil, incluindo oito modelos de dois lugares, pedidos pela FAB, informou o ministério.

O Brasil tomou a decisão sobre os caças em dezembro de 2013, escolhendo o Gripen, da Saab, em vez do F-18 Super Hornet, da norte-americana Boeing, e do Rafale, da francesa Dassault, que também estavam na disputa.

O Brasil também assinou um acordo adicional para a compra de 245 milhões de dólares em armas para os Gripens.




Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.




REVISTA ÉPOCA NEGÓCIOS


Brasil fecha acordo financeiro com Suécia para pagamento de 36 caças da Saab

A previsão é de que as aeronaves sejam entregues ao país entre 2019 e 2024. O negócio é de R$ 18 bilhões

O governo brasileiro chegou a um acordo com a Suécia para reduzir os custos de financiamento da compra de 36 caças Gripen NG por US$ 5,4 bilhões (R$ 18 bilhões) para a Força Aérea Brasileira (FAB). Pelo acordo, a direção do SEK aceitou a redução da taxas de juros de 2,54% ao ano para 2,19% ao ano para o financiamento de 100% do projeto, que é da ordem de 39 bilhões de coroas suecas, algo em torno de US$ 5 bilhões. A economia estimada com a redução dos juros pode chegar a R$ 600 milhões.
"Chegamos a um denominador comum, bom para todos. Agora, o projeto vai seguir o seu ritmo normal", disse à reportagem o ministro da Defesa, Jaques Wagner, que esteve no Palácio do Planalto na manhã desta quarta-feira (29/07) para comunicar à presidente Dilma Rousseff o resultado das conversas com os suecos. "A presidente ficou satisfeita com a negociação bem sucedida", prosseguiu o ministro, ao lembrar que a concordância dos suecos em reduzir a taxa de juros contribuiu para que o negócio chegasse "a bom termo".
Após comunicar à presidente de que o acordo fechado com os suecos será assinado nos próximos dias, aguardando apenas a sua formalização, Jaques Wagner embarcou, ao lado dos três comandantes militares para Ladário, em Mato Grosso do Sul, para acompanhar a realização da 9ª Operação Ágata.
O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, também foi informado dos novos termos do contrato de financiamento e concordou com a proposta de 2,19% de juros ao ano. O contrato deveria ter sido assinado até 24 de junho, mas Levy, bateu o pé e rejeitou os juros previstos na primeira versão porque embutiam taxas que estavam em vigor há sete meses.
Quando o contrato foi assinado, em outubro do ano passado, as taxas eram de 2,54%. Em maio deste ano tinham caído para 1,54%, mas em junho já tinham subido para 1,95% ao ano. Levy queria que as taxas fossem renegociadas, pelo menos, para 1,98% ao ano porque, agora, já tinham repassado os 2% de novo. Inicialmente, os suecos não concordaram com a redução, mas cederam mediante acréscimo de uma taxa de administração de 0,35%, a ser cobrada depois do 11º ano de vigência do contrato, que é de 25 anos. Tentaram, ainda, reduzi-la para 0,17% e por fim, concordaram em excluí-la.
O governo brasileiro não classifica o valor obtido de taxas de juros de 2,19% uma vitória, mas sim, um acordo possível e bom para ambas as partes. A intenção do ministro Levy é usar a redução dos juros com a Suécia como precedente para negociar outros acordos internacionais que estão sendo firmados por outras pastas. As últimas negociações levaram mais de um mês.
Negociações
As demoradas negociações sobre o acordo de financiamento atrasaram o acordo final para a compra dos caças, fabricados pela sueca Saab.
Caso as duas partes não tivessem conseguido chegar a um acordo sobre os termos do financiamento do contrato, o governo brasileiro e a Saab teriam de renegociar o acordo para compra dos caças.
As duas partes têm pressa na assinatura do contrato de financiamento para que seja possível cumprir o cronograma de embarque, ainda em agosto, dos 100 engenheiros da Embraer e oficiais da Força Aérea que se mudarão para a Suécia para trabalhar no desenvolvimento do projeto de construção do Gripen NG. Pelo contrato, o banco sueco de fomento financiará 100% do projeto, com oito anos de carência e 15 anos para pagamento. Todas as 36 aeronaves serão entregues antes de o financiamento começar a ser pago. A previsão é que os primeiros Gripens sejam entregues ao Brasil em 2019. A Saab planeja instalar uma linha de montagem para os caças até 2024 em parceria com a brasileira Embraer.
O Brasil tomou a decisão sobre os caças em dezembro de 2013, escolhendo o Gripen, da Saab, em vez do F-18 Super Hornet, da norte-americana Boeing, e do Rafale, da francesa Dassault, que também estavam na disputa.

PORTAL G-1


Imagens mostram aviões quase se chocando em rota no Paraná

Vídeo foi feito por moradora de Quedas do Iguaçu, no sudoeste. Autoridades aéreas afirmam que distância obedece a regulamentação.

Imagem Imagens registradas por uma moradora de Quedas do Iguaçu, no sudoeste do Paraná, mostram o momento em que dois aviões se cruzam no céu e parece quase se chocarem. O risco de acidente impressiona os espectadores, entre eles a autora do vídeo feito na tarde de domingo (26), Thais Parteka.
A gravação feita com um telefone celular foi analisada por autoridades do Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo 2 (Cindacta 2) em Curitiba. Em nota, o órgão informou que um dos aviões é da companhia espanhola Iberia e fazia a rota Madri-Buenos Aires, na Argentina. A segunda, é da Gol e seguia de Buenos Aires para Brasília (DF).
Um dos aviões estava voando a 38 mil pés e o outro a 37 mil pés. A diferença de mil pés, equivalente a cerca de 300 metros, afirmam as autoridades, estava de acordo com a regulamentação aeronáutica e não oferecia risco.
“A imagem registrada, trata-se de uma operação normal, com o cruzamento de duas aeronaves em um mesmo ponto e separados regulamentarmente, através da aplicação de métodos de controle do Centro de Controle de Área de Curitiba, situado no Centro Integrado de Defesa e Controle de Tráfego Aéreo 2, e que se mantém vigilante e detém o controle através do uso de radar”, explica.
A distância de onde as imagens foram feitas - cerca de 10 km dos aviões -, no entanto, dá a impressão de que as aeronaves estavam bastante próximas e poderiam se chocar.
“O cenário a partir da posição do observador de fato impressiona, pois, devido à distância entre o ponto de observação e o ponto da ocorrência ter mais de 10 km (considerando apenas a projeção vertical), 300 metros acabam sendo distância pouco perceptível, dando a impressão que ambos estão muito próximos, além do erro de paralaxe se fazer presente”, aponta o nota.
Paralaxe é o deslocamento aparente de um objeto, quando se muda o ponto de observação.

Prefeitura de Natal lança campanha nas redes sociais pelo hub da TAM

Vídeo foi compartilhado nas redes sociais e convida população a se engajar. Além do RN, Ceará e Pernambuco estão na disputa pelo hub.

 A Prefeitura de Natal lançou nesta terça-feira (28) uma campanha nas redes sociais a favor do hub da TAM/Latam. Com a hashtag #NatalPeloHub, um vídeo foi lançado no Facebook incentivando as pessoas a se engajarem em prol da escolha do aeroporto de São Gonçalo do Amarante para sediar o hub. Além do Rio Grande do Norte, Ceará e Pernambuco estão na disputa.
Hub é o aeroporto onde uma companhia aérea possui a sua sede, hangares ou terminais. Aeroportos com esses equipamentos se destacam na região pela dimensão e pela capacidade de atração de um grande número de voos, abrindo maiores possibilidades de receber visitantes.
No vídeo da campanha, os benefícios da chegada do hub são listados como a geração de empregos e o valor total do investimento. Ao final, é pedido para que as pessoas compartilhem o vídeo com a hashtag #NatalPeloHub e também façam o próprio vídeo, que será compartilhado pelas redes sociais da Prefeitura do Natal. Uma versão menor para o Instagram também foi lançada.
"O objetivo é usar as redes sociais para criar engajamento e mostrar aos investidores que não só o poder público, mas a população da nossa cidade compreende e defende a atração desse investimento", afirma o secretário de Comunicação Social, jornalista Heverton de Freitas.
Estima-se que o hub possa gerar cerca de 10 mil empregos, num investimento que pode chegar a R$ 4 bilhões. O prefeito Carlos Eduardo já disse que a Prefeitura do Natal está a disposição para colaborar dentro das suas competências no que for preciso para trazer o hub para o Aeroporto Internacional Aluízio Alves, em São Gonçalo do Amarante.
Escolha
Para a escolha do destino de seu primeiro hub no Nordeste, a TAM detalhou ao G1 que as exigências técnicas passam pela "localização geográfica, a infraestrutura aeroportuária adequada e seu potencial de desenvolvimento". No estudo de viabilidade que está em andamento e previsto para ser concluído no fim de 2015, a companhia aérea avaliará também outros fatores que contribuam para "otimizar os custos, capilarizar a malha aérea e oferecer a melhor experiência ao passageiro".
Todos os candidatos avaliados, segundo a TAM, possuem pontos fortes e de melhorias. Em visita técnica no último dia 2 de julho ao Aeroporto Internacional Aluízio Alves, o grupo conheceu a estrutura do terminal de passageiros, incluindo áreas de embarque, desembarque, torre de controle e a própria pista de pouso e decolagem. A equipe também sentou com representantes do governo e da prefeitura de São Gonçalo do Amarante para ouvir as propostas do estado e da cidade para receber o hub, no entanto os detalhes do encontro não foram revelados.
O centro de conexões do Nordeste deve trazer investimentos da ordem de R$ 3,9 bilhões e uma geração de oito a 12 mil empregos.

Drone pode transportar amostra de sangue para exame em zonas remotas

Conclusão é que percurso no drone não altera amostras de sangue. Projeto piloto com drones poderá ser lançado em regiões remotas da África.

ImagemUm estudo demonstrou que é possível transportar amostras de sangue em drones pequenos para a realização de exames sem alterar a qualidade da amostra. A estratégia pode ajudar a tornar exames de rotina mais acessíveis em regiões isoladas, com pouco acesso por estrada, por exemplo.
A pesquisa que chegou a essa conclusão - feita pela Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos - foi publicada na revista científica "PLOS ONE" nesta quarta-feira (29).
O que os cientistas queriam avaliar era se as amostras não perdem a qualidade depois de jornadas de até 40 minutos a bordo do drone. Além do tempo do percurso, preocupava os pesquisadores a aceleração no lançamento do veículo e o impacto quando o drone pousa em seu destino.
"Tais movimentos poderiam destruir células do sangue ou fazer com que o sangue coagulasse, então eu pensava que todo o tipo de teste de sangue poderia ser afetado, mas nosso estudo mostra que eles não foram afetados e isso foi legal", disse o médico patologista Timothy Amukele, da Escola de Medicina da Universidade Johns Hopkins.
Os pesquisadores coletaram 6 amostras de sangue de cada um dos 56 voluntários recrutados para o experimento. Parte das amostras foi submetida a um voo de drone com duração de cerca de 40 minutos até o laboratório e a outra parte foi levada de carro.
As amostras passaram por uma bateria de 33 exames de laboratório. A comparação entre os resultados obtidos nas amostras que passaram pelo drone e nas amostras que foram de carro mostrou que não houve diferença.
Projeto piloto na África
Os resultados devem levar ao desenvolvimento de um projeto piloto na África, onde os laboratórios muitas vezes ficam a muitos quilômetros de distância das comunidades."Um drone pode percorrer 100 km em 40 minutos", diz Amukele.
"Eles são mais baratos que motocicletas e não estão sujeitos a atrasos relativos ao trânsito, e a tecnologia já existe para o drone ser programado para ir voltar para a casa, com algumas coordenadas de GPS, como um pombo-correio."

JORNAL DE BRASÍLIA


MPF quer garantir reserva de vagas para negros e pardos em concursos das Forças Armadas

Segundo o Ministério, após uma denúncia feita por um cidadão sobre a omissão do edital em relação aos cotistas, o órgão instaurou um inquérito civil público para apurar o caso e enviou pedidos de informações a EsPCex

Os concursos para ingresso nas Forças Armadas devem prever reserva de vagas para negros e pardos, de acordo com o Ministério Público Federal (MPF). Segundo o orgão, uma ação civil pública foi solicitada à União para alterar o edital vigente para a admissão na Escola Preparatória de Cadetes do Exército (EsPCEx).
A medida visa garantir que 20% das vagas sejam oferecidas para negros e pardos, conforme determina a Lei 12.990/2014. O MPF pede, ainda, que o prazo de inscrição seja reaberto para esses candidatos.
Ainda segundo o Ministério, após uma denúncia feita por um cidadão sobre a omissão do edital em relação aos cotistas, o órgão ministerial instaurou um inquérito civil público para apurar o caso e enviou pedidos de informações ao comandante da EsPCex, questionando sobre as razões pelas quais não havia a previsão da reserva de vagas.
Em resposta, a escola alegou que a norma não menciona a reserva de vagas para o provimento de vagas no âmbito militar, e que a própria Constituição Federal exclui a classe do conceito de servidores e que há uma lei específica que estabelece as regras para o ingresso nas Forças Armadas.
Na ação enviada à Justiça, a procuradora da República Ana Carolina Roman explica que o concurso caracteriza o meio para o ingresso nas Formas Armadas, ou seja, é uma forma de preenchimento de cargos efetivos da União. O MPF entende que a lei 12.990/2014 prevê expressamente a cota para negros e pardos no provimento de vagas na Administração Pública Federal, o que é aplicável aos militares.
“Apesar de a Constituição referir-se aos integrantes das Forças Armadas apenas como militares, sem utilizar a expressão "servidores públicos", a categoria não integra uma milicia privada e não presta serviços a um particular. Os militares são servidores públicos na acepção mais ampla da expressão, exatamente porque prestam serviços de natureza permanente ao Estado”, descreve um dos trechos da ação.
Além disso, segundo o MPF, os Comandos do Exército, da Marinha e da Aeronáutica fazem parte da Administração Pública Federal, já que são órgãos integrantes do Ministério da Defesa.
O Ministério Público argumenta, também, que a aplicação da lei aos concursos de ingresso nas carreiras militares é tão clara que a própria União, por meio do Comando da Marinha, já cumpre a norma. Por isso, na ação, a procuradora pede que o percentual de reserva de vagas para cotistas seja aplicado em todos os certames para admissão nas Forças Armadas (escolas do Exército, Marinha e Aeronáutica).
No caso do concurso em andamento para a seleção cadetes do Exército, as provas estão marcadas para o dia 3 de outubro. Para garantir o percentual de 20% reservado a negros e pardos e a reabertura do prazo para inscrição desses candidatos, o MPF pede a antecipação da tutela e, consequentemente, o ajustamento do calendário das próximas etapas do certame.

PORTAL EXAME.COM


Suécia reduz taxa e Brasil fecha acordo de compra de caças


ImagemA Suécia concordou em reduzir o custo de financiamento para a venda de 36 caças Gripen NG à Força Aérea Brasileira (FAB) por 5,4 bilhões de dólares, disse o ministro da Defesa, Jaques Wagner, nesta quarta-feira.
As demoradas negociações sobre o acordo de financiamento atrasaram o acordo final para a compra dos caças, fabricados pela sueca Saab .
Em meio a um esforço de reequilíbrio das contas públicas, o governo brasileiro tentava reduzir a taxa de juros, acordada inicialmente no ano passado em 2,54 por cento ao ano com a agência de crédito à exportação da Suécia, a SEK, como parte dos esforços de ajuste fiscal do ministro da Fazenda, Joaquim Levy.

Wagner disse que as duas partes concordaram em reduzir as taxas de juros do financiamento para 2,19 por cento, que serão pagas pelo Brasil em 25 anos, com oito anos e meio de carência.
"A solução foi boa para ambos os países. Vamos entrar em um mundo de tecnologia avançada. Dentro de 10 a 12 dias, vamos ratificar o contrato e teremos mais de 200 brasileiros indo à Suécia para treinamento", disse o ministro em entrevista coletiva em Ladário, no Mato Grosso do Sul, onde acompanha as atividades da Operação Ágata 9, das Forças Armadas, segundo o ministério.
"O governo não poderia assinar em 2015 um contrato com a taxa de 2014", acrescentou o ministro.
Os primeiros caças devem ser entregues à FAB em 2019. A Saab planeja estabelecer uma linha de montagem no Brasil até 2024 em parceria com a Embraer .
O contrato prevê total transferência de tecnologia e a produção de 15 caças no Brasil, incluindo oito modelos de dois lugares, pedidos pela FAB, informou o ministério.
O Brasil tomou a decisão sobre os caças em dezembro de 2013, escolhendo o Gripen, da Saab, em vez do F-18 Super Hornet, da norte-americana Boeing, e do Rafale, da francesa Dassault, que também estavam na disputa.
O Brasil também assinou um acordo adicional para a compra de 245 milhões de dólares em armas para os Gripens.

JORNAL DO COMMERCIO (PE)


Brasil e Suécia acertam nova taxa de juros na aquisição de caças


Depois de três dias de intensas negociações, o governo do brasileiro e da Suécia conseguiram fechar na manhã desta quarta-feira (29) um acordo sobre nova taxa de juros do financiamento da compra de 36 caças Gripen NG para a Força Aérea Brasileira (FAB). Segundo a assessoria de imprensa do Ministério da Defesa, a nova taxa ficou em 2,19% contra um percentual firmado no contrato original de 2,54%.
A nova taxa foi uma solução intermediária em relação à proposta defendida pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, de 1,54%. Ontem, O GLOBO mostrou que a negociação ficou ameaçada. O ministro da Defesa, Jaques Wagner, que conduziu as negociações com a comissão sueca com representantes da fabricante Saab, que chegou ao país na segunda-feira, tentou baixar o percentual para 1,98%, de acordo com assessoria de imprensa, mas os suecos não aceitaram.
Fechado no fim do ano passado, o negócio de US$ 5,4 bilhões prevê a entrega do primeiro caça em 2019 e o último em 2024. A aquisição prevê a transferência de tecnologia para a indústria nacional, além de acordo entre os dois países para formação de pilotos e mecânicos.
Nos bastidores, a Aeronáutica temia um retrocesso nas negociações, depois de espera de mais de uma década pela escolha dos caças. A Força aposentou faz tempo o caça Mirage e conta atualmente com uma frota de F-5, que foi revitalizado, mas é considerada uma aeronave obsoleta.

PORTAL UOL


UPP no Alemão fracassou porque Estado promove lógica da guerra, diz coronel


Hanrrikson De Andrade

Na contramão das típicas declarações oficiais de agentes públicos do Estado do Rio de Janeiro, o coronel da Polícia Militar Ibis Silva Pereira, que já foi comandante-geral da corporação, afirmou nesta quarta-feira (29) que as forças de segurança estadual e federal cometeram erros graves na tomada das favelas do Complexo do Alemão, zona norte da capital fluminense, em 2010.
Segundo ele, o processo de ocupação das comunidades --fase que antecede a implantação das UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora)-- ocorreu sob o que chamou de "lógica da guerra", legitimada pela "falta de sensibilidade democrática da sociedade" e reforçada com a espetacularização feita pelos meios de comunicação. A declaração foi dada durante o Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
"Admitimos que, em plena vigência de uma Constituição democrática, fosse feita uma operação de guerra com anfíbios [tanques do Exército], blindados e tudo mais dentro de uma parte do nosso próprio país. (...) Como se concebe uma coisa dessa? É por isso que está dando errado, porque começou errado. Começou como uma guerra e não poderia dar certo em hipótese alguma", afirmou.
Pereira declarou ainda que os problemas mais centrais da segurança pública, principalmente o alto número de homicídios dolosos, tem raízes históricas. "A questão está na própria gênese do Estado. O Brasil nunca teve o monopólio da violência. A aplicação do direito penal sempre foi dividida com o direito de propriedade. Já na época do descobrimento, Portugal determinou que as leis penais fossem aplicadas aqui como se bem entendesse, desde que não envolvessem os fidalgos".
Após séculos de mudanças nas configurações do Estado e transformações político-administrativas, o resultado dessa "tragédia social", na visão do policial militar, pode ser observada com os recortes das estatísticas e índices de criminalidade. "Temos o negro matando o negro, o pobre matando o pobre e o excluído matando o excluído", afirmou.
"Quem é o coveiro?"
Ibis disse ainda que, em toda a sua carreira militar, mesmo quando exerceu cargos de comando em batalhões da PM, nunca foi "inspecionado" por órgãos de controle da atividade policial (internos e externos). Para o coronel, a falta de transparência contribui com a lógica de guerra promovida pelo Estado, o que resulta em cada vez mais mortes.
"São quase 60 mil brasileiros que perdem a vida em homicídios dolosos. São crimes motivados pela vontade de destruir e matar. Nós precisamos entender e cuidar disso", declarou. "Quem é o coveiro? Se a polícia mata e morre, se o traficante mata e morre, quem enterra? Será que é a polícia que enterra? Existe um grande coveiro no Brasil."
"Porta do tráfico está sempre aberta"
O ativista Raull Santiago, que faz parte do coletivo Papo Reto e é morador do Complexo do Alemão, afirmou que, nas favelas da região, mesmo com a presença da Polícia Militar com as UPPs, os jovens continuam sendo vítimas de várias formas de violência, tanto do tráfico quanto do Estado. Segundo ele, há uma "bola de ódio", que é alimentada todos os dias com casos de abusos policiais, mortes de inocentes, entre outros fatos.
Santiago declarou também que o ciclo de racismo e a falta de perspectiva dos jovens que moram nas favelas fazem com que o tráfico de drogas seja uma opção para alguns, principalmente os que carecem de estrutura familiar. "Todo jovem que mora em favela sabe que o tráfico é uma porta que está sempre aberta", disse.

JORNAL FOLHA DE SÃO PAULO


Brasil e Suécia chegam a acordo sobre taxa de juros na compra de caças


Valdo Cruz

 Os governos do Brasil e da Suécia chegaram a um acordo sobre a taxa de juros do financiamento da compra dos 36 caças Gripen NG para a FAB (Força Aérea Brasileira). Com isso, o caminho está aberto para o fechamento do negócio, o que deve ocorrer em dez dias.
Segundo o Ministério da Defesa, os suecos aceitaram cobrar juros anuais de 2,19% no financiamento oferecido pela SEK (agência de promoção de exportações do país escandinavo), como o Brasil queria.
O negócio foi acertado em 2014 por US$ 5,4 bilhões (hoje mais de R$ 18 bilhões), mas o valor deve cair porque a moeda utilizada é a coroa sueca, que perdeu valor recentemente. O pagamento do financiamento só começa em oito anos e meio, e deve durar 15 anos.
Estocolmo queria cobrar 2,54% de juros, valor da taxa em outubro de 2014, quando foi assinada a compra -a escolha do Gripen, fabricado pela Saab, ocorreram em dezembro de 2013 após 12 anos de negociações.
Só que a taxa, ditada aos países integrantes da Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico, flutua. Agora, está em 2,19%.
Na prática, a diferença é ínfima dentro do tamanho do contrato: US$ 180 milhões (R$ 600 milhões nesta quarta-feira, 29), mas a equipe econômica brasileira insistiu em ter algum argumento político de que buscou o melhor negócio em tempos de crise.
O ministro da Defesa, Jaques Wagner, afirmou que o acordo foi "um excelente negócio para as duas partes". Ele disse que, ao fim, os suecos abriram mão de uma compensação pelo valor que perderão com a mudança nas taxas. "Acordamos, ao final, que não haverá compensação", disse.
O acordo teve a aprovação da presidente Dilma e do ministro da Fazenda, Joaquim Levy. Procurada em Estocolmo, a SEK informou que não faria comentários sobre o negócio.
SEM RISCO
A compra dos caças, apesar da crise econômica, não esteve sob risco. A possibilidade era aventada por executivos suecos, mas prevaleceu a pressão do governo e o argumento de que os valores envolvidos com a diferença nas taxas era baixa.
Se houvesse revés, contudo, para o Planalto o desgaste internacional seria enorme, já que as tratativas para a aquisição e transferência de tecnologia para o Brasil já estão adiantadas.
Também haveria uma péssima reação na FAB, que esperou 12 anos pela decisão.
Pilotos brasileiros treinam com o Gripen na Suécia, e a Saab já está trabalhando com Embraer e outras empresas para capacitar a indústria nacional a fornecer peças e, no futuro, montar o caça no Brasil. O último lote de aeronaves deverá sair, em 2024, da fábrica da Embraer.
Os primeiros caças, se o cronograma for mantido, deverão chegar ao Brasil em 2019. Havia a expectativa do aluguel temporário de modelos anteriores do Gripen, para adaptação dos pilotos brasileiros e para melhorar a defesa do espaço do Brasil central, hoje nas mãos de antigos caças F-5 modernizados. Mas a crise econômica praticamente enterrou essa possibilidade, levando o foco para a compra dos aviões em si.

Procuradoria cobra cotas em concurso do Exército


Flávia Foreque

A Procuradoria da República no Distrito Federal entrou com uma ação na Justiça para obrigar o Exército a reservar 20% de vagas para negros em concurso público para formação de cadetes.
Para o Ministério Público, as Forças Armadas estão sujeitas à lei, de 2014, que prevê cotas em toda disputa da "administração pública federal". A própria Marinha, afirma, já adotou a medida.
O Exército, no entanto, pondera que a norma não faz referência direta aos militares e que a Constituição prevê "tratamento diverso" dos demais servidores civis.
A ação pede ainda a "imediata retificação" do edital do concurso, publicado em maio.
A intenção é permitir a reabertura do prazo de inscrição, para garantir a participação de candidatos autodeclarados negros ou pardos. Com 500 vagas disponíveis, a primeira etapa acontece em outubro
-as inscrições foram encerradas no início deste mês.
O Exército informa que o edital tem respaldo de sua consultoria jurídica e disse que "sempre cumpre as ordens emanadas da Justiça".
ITAMARATY
A reserva de vagas para candidatos negros em concursos federais também gerou polêmica no Itamaraty.
A lei afirma que a cota é garantida "àqueles que se autodeclararem pretos ou pardos no ato da inscrição no concurso público" e prevê eliminação da disputa caso se identifique "declaração falsa". Mas não é explicitado de que forma isso ocorreria.
A ONG Educafro, que combate o racismo, defende que o edital do concurso do Itamaraty preveja um "mecanismo de verificação de autodeclaração". Diante do impasse, a Procuradoria no DF pediu informações sobre o concurso. A disputa oferece 30 vagas, seis delas para negros.
Ao todo, 5.271 pessoas se inscreveram para as cadeiras da ampla concorrência (671, para as cotas). O salário inicial da vaga é de R$ 15.005,26.
Ao Ministério Público, o Itamaraty deve enviar um representante que argumentará que seu edital segue modelo semelhante ao de concursos de outros ministérios.

PORTAL BRASIL


Brasil prepara nova tropa para missão de paz no Haiti

Soldados atuarão em ações de patrulha e apoio à população; novo contingente contará com 970 homens do Batalhão Brasileiro de Força de Paz (Brabat) e da Companhia de Engenharia (Braengcoy)

Uma nova tropa de 970 soldados brasileiros desembarca no Haiti em novembro para atuar em missões de paz no país caribenho. O grupo está em preparação para substituir, em dezembro, o contingente atual da Missão das Nações Unidas para Estabilização do Haiti (Minustah).
Os integrantes participam, nesta semana, de uma série de palestras e atividades preparatórias no Ministério da Defesa sobre a conjuntura econômica, política, social e cultural do país. Os soldados também serão instruídos em assuntos de logística, inspeção sanitária, entre outros.
Os militares participarão de um curso no Centro Conjunto de Operações de Paz do Brasil (CCOPAB). A instituição prepara brasileiros e estrangeiros para missões no Exterior. Segundo o subchefe de Operações de Paz, brigadeiro Tarcisio Veloso, a principal preocupação é a proteção dos civis. A tropa estará sob a coordenação do coronel do Exército Ricardo Pereira Araujo Bezerra. É a primeira vez que o novo comandante passará pelo Haiti.
De acordo com o general José Carlos De Nardi, chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA), em suas oito idas ao país, pôde perceber a evolução dos oficiais e praças empregados no local. “A tropa está muito bem. Evoluímos para melhor e ao final do período vemos que contribuímos positivamente”, afirmou.
Com pouco mais de 10 milhões de habitantes, o Haiti é hoje a nação mais pobre do hemisfério ocidental e recebe missões brasileiras desde 2004. O país possui 10,3 milhões de habitantes (54% deles vivem em extrema pobreza e 80% abaixo da linha de pobreza).

JORNAL VALOR ECONÔMICO


Suécia aceita reduzir juros e Dilma dá aval à compra dos caças Gripen


Daniel Rittner

Após uma dura negociação nos bastidores, o governo da Suécia concordou em reduzir as taxas de juros cobradas no financiamento para a venda de 36 caças Gripen NG à Força Aérea Brasileira (FAB). O acordo foi conduzido nos últimos três dias pelo ministro da Defesa, Jaques Wagner, com representantes da Saab, fabricante dos caças, e da SEK, a agência sueca de crédito às exportações. A presidente Dilma Rousseff deu sinal verde nesta quarta-feira à costura final. Uma nota do ministério deverá explicar os detalhes do acordo.
A divergência girava em torno da taxa CIRR, usada por todos os países que fazem parte da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) no financiamento às suas exportações. Quando o negócio foi fechado, em 2014, a taxa estava em 2,54%. Nos últimos meses, porém, ela entrou em queda. O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, liderou as articulações no governo para exigir da Suécia uma repactuação. Dilma chegou a telefonar ao primeiro-ministro, Stefan Löven, para discutir o assunto. Jaques Wagner vinha insistindo na aplicação de uma taxa anual de 1,98%. Ficou fechado um índice de 2,19%. Os suecos aceitaram abrir mão da cobrança de uma taxa de administração no valor de 0,35 ponto percentual. Pode haver ainda alguma forma de compensação
entre os dois países.
A falta de entendimentos colocava em risco a concretização do negócio. O contrato comercial para a venda dos caças foi assinado em outubro do ano passado, mas faltava a assinatura do contrato de financiamento. O valor é definido na moeda sueca — 39 bilhões de coroas — e ficará mais barato, em dólares, por causa de desvalorização recente. São 25 anos de financiamento, mas com oito anos e meio de carência. Ou seja, o Brasil só deverá começar a pagar em 2024.
Para as duas partes, a ausência de um acordo seria vista como fracasso. A Suécia nunca havia feito uma venda tão importante, no exterior, dos caças Gripen. O Brasil, por outro lado, ficaria em delicada posição caso recuasse da compra porque pilotos da FAB já foram enviados a Linköping — sede da Saab — e as tratativas para transferência de tecnologia estão adiantadas.

PORTAL CAMPO GRANDE NEWS


Prejuízo milionário, calote na Base e "armadilhas" na licitação de avenida


Aline Do Santos

Irregularidades antes, durante e depois ditaram o ritmo na Avenida Lúdio Martins Coelho, a marginal do Córrego Lagoa, em Campo Grande, no trecho executado pelo governo do Estado em parceria com o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). Relatório da CGU (Controladoria-Geral da União) aponta prejuízo de R$ 4,8 milhões. A maior parcela coube ao governo federal, que ficou praticamente sem compensação financeira de R$ 4 milhões por permuta de terreno pertencente à Base Aérea.
A concorrência foi cercada por idas e vindas da empresa Moviterra Construções e Comércio Ltda. O edital 089/2008 para a obra de saneamento integrado e urbanização de favela na avenida Duque de Caxias e rua Antônio Bandeira foi lançado em 4 de dezembro de 2008. O valor máximo era R$ 12.018,960,23 e a Moviterra venceu com proposta de R$ 11.777.827,36. O contrato foi firmando em janeiro de 2009. Contudo, quatro meses depois, acabou rescindido a pedido da empresa. A Moviterra alegou que os preços não estavam condizentes.
Em 26 de junho de 2009, foi lançada a concorrência 017/2009 para a execução da mesma obra. Dessa vez, sagrou-se vencedor o Consórcio Lagoa, formado pela Moviterra e a Proteco Construções Ltda, empresa de João Amorim, apontado como cabeça do esquema investigado na operação Lama Asfáltica. O custo da obra aumentou para R$ 16.661.847,58.
Entre o lançamento e o fim da concorrência, o novo edital passou por uma mudança que fez muita diferença. No meio do caminho, foi retirada a proibição à participação de consórcios, sendo liberada associação de até duas empresas. Porém, mais uma vez, a Moviterra desistiu, alegando problema na capacidade financeira. Desta forma, a avenida ficou toda para a Proteco.
Conforme a CGU, não há explicação para a Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos) não ter aplicado multa à Moviterra em nenhuma das desistência.
O edital revela ainda uma série de exigências exorbitante, segundo a CGU: visita técnica, comprovação do recolhimento da garantia de participação, capital social integralizado, prazo mínimo de vínculo permanente entre as licitantes e seus responsáveis técnico, visto do Crea/MS nas certidões apresentadas pelas licitantes sediadas em outros Estados e comprovante de recolhimento da taxa de fornecimento do edital.
Sarjeta, muro e terreno – Vistoria apontou pagamento de R$ 482.170,56 em serviços sem a correspondente execução física. Os valores são relativos ao meio-fio com sarjeta, poço de visita e muro.
Para a obra, o governo do Estado deveria custear serviços de urbanização dentro das instalações da Base Aérea em troca de área de 56.618,957 metros quadrados. O terreno pertencia à União e foi doado ao Poder Executivo estadual. Entretanto o governo desembolsou somente R$ 1.108.941,11. Enquanto o valor da planilha de compensação era de R$ 5,2 milhões.
Parte da compensação foi executada com o dinheiro da própria União, por meio do valor disponível para a avenida. “Ou seja, esse serviço que deveria ser custeado com recursos do Governo do Estado de Mato Grosso do Sul como compensação na área permutada, na realidade, foi executado pela empresa contratada na Concorrência 017/2009”. Foi apontado prejuízo de R$ 4,4 milhões.
Inaugurada em dezembro de 2011, a avenida já tinha buracos um mês depois, em janeiro de 2012. Ao todo, a obra custou R$ 55 milhões e foi realizada por meio de parceria entre prefeitura, governo do Estado e União.
A operação Lama Asfáltica, deflagrada em 9 de julho pela PF (Polícia Federal), CGU e Receita Federal, cumpriu 19 mandados de busca e apreensão. O nome da ação faz referência ao insumo usado nas obras identificadas, como pavimentação e ações de tapa-buracos.

JORNAL ESTADO DE MINAS


Brasil sela acordo com Suécia para financiamento de caças


Uma última reunião na manhã desta quarta-feira, 29, no Ministério da Defesa selou, com o banco de fomento sueco SEK, os termos para assinatura do contrato de financiamento da compra dos 36 caças Gripen entre Brasil e Suécia. Pelo acordo, a direção do SEK aceitou a redução da taxas de juros de 2,54% ao ano para 2,19% ao ano para o financiamento de 100% do projeto, que é da ordem de 39 bilhões de coroas suecas, algo em torno de US$ 5 bilhões. A economia estimada com a redução dos juros pode chegar a R$ 600 milhões (reais).
"Chegamos a um denominador comum, bom para todos. Agora, o projeto vai seguir o seu ritmo normal", disse à reportagem o ministro da Defesa, Jaques Wagner, que esteve no Palácio do Planalto na manhã desta quarta-feira para comunicar à presidente Dilma Rousseff o resultado das conversas com os suecos. "A presidente ficou satisfeita com a negociação bem sucedida", prosseguiu o ministro, ao lembrar que a concordância dos suecos em reduzir a taxa de juros contribuiu para que o negócio chegasse "a bom termo".
Após comunicar à presidente de que o acordo fechado com os suecos será assinado nos próximos dias, aguardando apenas a sua formalização, Jaques Wagner embarcou, ao lado dos três comandantes militares para Ladário, em Mato Grosso do Sul, para acompanhar a realização da 9ª Operação Ágata.
O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, também foi informado dos novos termos do contrato de financiamento e concordou com a proposta de 2,19% de juros ao ano. O contrato deveria ter sido assinado até 24 de junho, mas Levy, bateu o pé e rejeitou os juros previstos na primeira versão porque embutiam taxas que estavam em vigor há sete meses.
Quando o contrato foi assinado, em outubro do ano passado, as taxas eram de 2,54%. Em maio deste ano tinham caído para 1,54%, mas em junho já tinham subido para 1,95% ao ano. Levy queria que as taxas fossem renegociadas, pelo menos, para 1,98% ao ano porque, agora, já tinham repassado os 2% de novo. Inicialmente, os suecos não concordaram com a redução, mas cederam mediante acréscimo de uma taxa de administração de 0,35%, a ser cobrada depois do 11º ano de vigência do contrato, que é de 25 anos. Tentaram, ainda, reduzi-la para 0,17% e por fim, concordaram em excluí-la.
O governo brasileiro não classifica o valor obtido de taxas de juros de 2,19% uma vitória, mas sim, um acordo possível e bom para ambas as partes. A intenção do ministro Levy é usar a redução dos juros com a Suécia como precedente para negociar outros acordos internacionais que estão sendo firmados por outras pastas. As últimas negociações levaram mais de um mês.
As duas partes têm pressa na assinatura do contrato de financiamento para que seja possível cumprir o cronograma de embarque, ainda em agosto, dos 100 engenheiros da Embraer e oficiais da Força Aérea que se mudarão para a Suécia para trabalhar no desenvolvimento do projeto de construção do Gripen NG. Pelo contrato, o banco sueco de fomento financiará 100% do projeto, com oito anos de carência e 15 anos para pagamento. Todas as 36 aeronaves serão entregues antes de o financiamento começar a ser pago. Os primeiros aviões devem chegar em 2019.

JORNAL O ESTADO DE SÃO PAULO


Brasil sela acordo com Suécia para financiamento de caças

Banco de fomento sueco aceitou a redução de taxas de juros de 2,54% para 2,19% ao ano para o financiamento total do projeto; economia com negociação pode chegar a R$ 600 milhões

Tânia Monteiro

Uma última reunião na manhã desta quarta-feira, 29, no Ministério da Defesa selou, com o banco de fomento sueco SEK, os termos para assinatura do contrato de financiamento da compra dos 36 caças Gripen entre Brasil e Suécia. Pelo acordo, a direção do SEK aceitou a redução da taxas de juros de 2,54% ao ano para 2,19% ao ano para o financiamento de 100% do projeto, que é da ordem de 39 bilhões de coroas suecas, algo em torno de US$ 5 bilhões. A economia estimada com a redução dos juros pode chegar a R$ 600 milhões (reais).
“Chegamos a um denominador comum, bom para todos. Agora, o projeto vai seguir o seu ritmo normal”, disse ao Estado o ministro da Defesa, Jaques Wagner, que esteve no Palácio do Planalto na manhã desta quarta-feira para comunicar à presidente Dilma Rousseff o resultado das conversas com os suecos. “A presidente ficou satisfeita com a negociação bem sucedida”, prosseguiu o ministro, ao lembrar que a concordância dos suecos em reduzir a taxa de juros contribuiu para que o negócio chegasse “a bom termo”. Após comunicar à presidente de que o acordo fechado com os suecos será assinado nos próximos dias, aguardando apenas a sua formalização, Jaques Wagner embarcou, ao lado dos três comandantes militares para Ladário, em Mato Grosso do Sul, para acompanhar a realização da 9ª Operação Ágata.

Visão triplicada

Pesquisadores apostam que olhos compostos, como os dos insetos, podem ajudar drones a se orientar no espaço

The Economist

Dotar os robôs de visão é um objetivo importante, mas problemático. A maioria das tentativas recorre a câmeras que produzem imagens semelhantes àquelas com que os seres humanos estão acostumados e então as processam a fim de simplificá-las (realçando, por exemplo, as bordas dos objetos), de maneira a dizer ao robô aquilo que ele precisa saber (isto é: "não tropece nesta aresta").
Dario Floreano, do Instituto Federal de Tecnologia de Lausanne, na Suíça, optou por uma abordagem diferente. Se o que é preciso é simplicidade, a questão é, antes de mais nada, oferecer simplicidade. Floreano buscou no mundo natural um grupo de animais - os insetos -, que frequentemente tem servido de inspiração aos fabricantes de robôs, com o intuito de copiar o modo como eles organizam a visão. Como o pesquisador italiano e seus colegas informam no Journal of the Royal Society Interface, o resultado é uma versão artificial da visão composta dos insetos.
Os olhos dos insetos são formados por milhares de suportes hexagonais chamados omatídios, cada um dos quais faz a luz passar por uma lente e atravessar um tubo transparente chamado rabdoma, direcionando-a para um grupo de células fotossensíveis em sua base. Olhos desse tipo não têm o poder de resolução dos olhos vertebrados de lente única, mas são muito melhores para detectar movimentos - um dom particularmente valioso quando boa parte do mundo enxerga você como um belo almoço, de modo que qualquer objeto em movimento pode representar uma ameaça. Mas também é verdade que, do ponto de vista de um animal em movimento, o próprio ambiente parece estar se movendo. A capacidade de detecção de movimento dos omatídios pode ser empregada para analisar essa locomoção aparente.
Cada um dos omatídios artificiais de Floreano pesa apenas dois miligramas. Cada um deles também é dotado de uma minúscula lente polímera que faz a luz passar por um vaso de vidro transparente (que faz as vezes do rabdoma), apontando-a para um conjunto de três fotodetectores dispostos no formato de um triângulo equilátero. As paredes do vaso são opacas, para que a luz não penetre os vasos vizinhos, de modo que os omatídios artificiais de Floreano podem, assim como os naturais, serem agrupados em olhos compostos.
Os omatídios naturais detectam movimento por meio de um fenômeno conhecido como "fluxo óptico". Trata-se do padrão de movimentação aparente que afeta os objetos incluídos em seu campo de visão, causado pelo deslocamento real do inseto a que eles estão presos. Os objetos mais próximos, por exemplo, dão a impressão de estar se movendo mais velozmente do que os mais distantes (é só pensar na visão que se tem da janela de um trem em movimento). Um predador se deslocará angularmente em relação à maior parte das outras coisas que compõem o campo de visão, por isso é mais fácil de ser notado.
A ideia de usar o fluxo óptico na visão dos drones não é nova, mas a abordagem de Floreano é. Tentativas anteriores empregavam câmeras tradicionais (miniaturizadas), que padeciam do mesmo problema da complexidade inicial das imagens - enfrentado pelas câmeras robóticas que operam buscando as extremidades dos objetos -, ou adotavam omatídios rudimentares, capazes de medir o fluxo óptico somente numa direção (da esquerda para a direita, de cima para baixo, de perto para longe) por vez.
Uma dessas versões antiquadas de omatídios funciona estabelecendo um emparelhamento entre dois omatídio vizinhos, a fim de analisar o movimento ao longo do eixo que se estende entre o par. Por meio da associação das imagens geradas por vários pares próximos, alinhados em várias direções, consegue-se que o fluxo óptico de uma parte do campo visual seja completamente analisado. No arranjo de Floreano, porém, cada um dos vértices do triângulo de detectores embutidos num omatídio se emparelha com os demais, formando três pares no total, alinhados a 120º uns dos outros. Assim, um único omatídio é capaz de captar (por meio de sutis artifícios computacionais) tudo que está se passando - segundo o padrão visual dos fluxos ópticos - no trecho do campo de visão para o qual ele está apontado.
A equipe de Floreano testou os novos omatídios fazendo-os girar individualmente no interior de uma sala com paredes decoradas com desenhos e também fixando um conjunto deles numa plataforma sobre rodas que percorria um corredor de decoração semelhante. As imagens geradas pelos olhos artificiais foram mensuradas e comparadas com aquilo a que, pelos cálculos dos pesquisadores, essas imagens deveriam corresponder, tendo em vista os desenhos estampados nas paredes e a velocidade em que os omatídios estavam se deslocando. O resultado foi positivo: os omatídios se comportaram conforme o esperado. Isso indica que os sinais gerados por eles serão suficientes para manobrar ao menos um robô terrestre, assim que os algoritmos necessários à interpretação desses sinais forem finalizados.
A etapa seguinte serão os testes com drones, em que a maior restrição é o peso do computador necessário ao processamento dos dados. Mas se o computador puder ser miniaturizado, os pesquisadores terão dado um passo importante para produzir aeronaves robóticas capazes de ver aonde estão indo.

AGÊNCIA REUTERS


Brazil reaches deal with Sweden on financing Saab fighter planes


Brazil has reached agreement with the Swedish government to reduce the cost of financing a $5.4 billion sale of 36 Gripen fighter jets to the Brazilian Air Force, a Brazilian Defense Ministry spokeswoman said on Wednesday.
Protracted talks over the terms of the financing had delayed a final agreement on the Gripen NG fighter jets made by Swedish planemaker Saab AB.
In the midst of a fiscal crunch, the Brazilian government had sought to reduce the 2.54 percent interest rate initially agreed to last year with Sweden"s export credit agency SEK, as part of an austerity drive by Finance Minister Joaquim Levy.
The ministry planned to release details on the new agreement later in the day.
The Folha de S.Paulo newspaper reported on Wednesday that the Swedish government has agreed to lower the interest rate to 2.19 percent, on the condition that Brazil partly compensates it for lost interest.
If the two sides had been unable to agree on financing terms for the contract, Brazil and Saab would have had to renegotiate the jet deal.
The first Gripens should be delivered to Brazil in 2019. Saab plans to set up a Brazilian assembly line producing the fighter jets through 2024 in partnership with Brazilian planemaker Embraer SA.
Brazil awarded the contract in December 2013, choosing Saab"s fighter over Boeing Co."s F-18 Super Hornet and the Rafale made by France"s Dassault Aviation SA.

OUTRAS MÍDIAS


Poder Aéreo


Papéis soltos na cabine causaram a queda do F-16 da OTAN em Albacete

El País
Um descuido aparentemente insignificante, que deixou alguns documentos soltos na cabine, pode ter causado a queda do F-16 grego em 26 de janeiro passado na base aérea Los Llanos (Albacete) a maior catástrofe da OTAN em tempo de paz, na qual morreram dois pilotos gregos e nove franceses. Assim, conclui o relatório final da comissão de inquérito presidida pela Grécia com a participação de Espanha, França, Alemanha, Itália e os EUA, divulgado pelo Ministério da Defesa francês.
A causa foi a “modificação acidental” da posição do compensador que controla o leme, provavelmente, esfregando um documento com ordens de missão e gráficos do exercício, o que afetou o avião e causou sua descompensação, afetando a aeronavegabilidade consideravelmente. O giro do botão de roda completamente no sentido horário deveria ter sido detectado na checagem anterior ao voo, mas esta foi de 20 minutos antes da decolagem, quando a aeronave ainda estava no estacionamento e não no taxiway, como é obrigatório.
Além disso, o F-16 não possui um alerta para avisar que o compensador está em posição incorreta, e esta circunstância passou despercebida pelos pilotos até que fosse tarde demais. As tentativas de corrigi-lo em voo foram insuficientes para controlar o dispositivo.
Apenas 7,8 segundos após a decolagem, o F-16 caiu em um hangar no caminho onde outros participantes aguardavam decolagem no Programa de Liderança Tática (TLP) da OTAN. O vento cruzado, a configuração assimétrica da aeronave ou a presença de tanques de combustível externos agravou a situação.
Em contrapartida, a investigação conclui que todos os auxílios à navegação e de comunicações funcionaram normalmente. Os dois pilotos gregos eram experientes e tinham 1527 e 1.140 horas de voo, respectivamente. Um deles foi ejetado do avião, mas não conseguiu salvar a sua vida.
Além dos 11 mortos, outros 17 militares (10 italianos e 7 franceses) ficaram gravemente feridos e mais 16 levemente feridos. Além do F-16 grego, um Mirage 2000 e um Alpha Jet franceses foram totalmente destruídos, enquanto seis outros caças sofreram vários danos.

Rondônia ao vivo


Funcionário de tercerizada viaja trancado em bagageiro de avião

O caso que quase custou a vida de um funcionário do setor de cargas da empresa terceirizada In Solo, responsável por arrumar bagagens nos aviões que embarcam e desembarcam no aeroporto Internacional Governador Jorge Teixeira em Porto Velho, aconteceu no último final de semana, quando a vítima foi esquecida no bagageiro de malas de uma aeronave e viajou por mais de 1h.
De acordo com informações obtidas junto a uma testemunha, que preferiu não se identificar por medo de sofrer represálias, o trabalhador estava arrumando as malas no compartimento da aeronave, quando retiraram a esteira e fecharam a porta do local, deixando o homem preso.
O funcionário ficou trancado no compartimento e logo o avião embarcou, possivelmente para a cidade de Manaus (AM). Depois de quase 1h de vôo e já com a aeronave taxiada, uma equipe encontrou o trabalhador desacordado e logo socorreram o mesmo para uma unidade médica em Manaus. O homem por muita sorte não morreu em decorrência de hipotermia ou outras complicações. A vítima foi levada para uma unidade médica e ficou internado, porém fora de risco de morte.
O caso foi registrado no aeroporto de Porto Velho, porém nossa equipe de reportagem tentou entrar em contato com o superintendente do órgão público que por estar em uma sessão de videoconferência não pode receber o jornalista.

Brasil Post


Acampados em Brasília há mais de 130 dias, eles pedem a intervenção militar no Brasil

Imagem"O acampamento fica até o governo cair.”
Enquanto isso não acontece, quem passa pela Esplanada brasiliense que abriga as sedes dos três poderes da República se depara com um grupo que contesta sua legitimidade. São barracas, tendas e carros com cartazes que pedem a intervenção militar constitucional. Algo que, segundo o ex-empresário Ronaldo Brasileiro, 67, é a única solução para o País. Até mesmo o impeachment da presidente Dilma Rousseff, como alguns integrantes da oposição defendem, é mal visto.
O acampamento está montado em frente ao Congresso Nacional há 130 dias e o grupo continua firme, "à espera de um milagre”. Isso porque a sonhada intervenção só se concretiza, de acordo com Ronaldo, quando a população se mobilizar. O que ele não acredita que vá ocorrer.
"A população não quer ser alertada, tem uma letargia, ela está totalmente adormecida e não está como outras vezes ocorreu de ter situações que foram superadas. Eles acreditam que essa também poderá ser superada e acreditam que bandido uma hora pode ser mocinho e resolver o assunto.”
Pelos trâmites descritos pelos intervencionistas, é preciso que os brasileiros, ou patriotas, como eles preferem chamar, se reúnam e peçam para os militares “limparem o poder”. “Está tudo no artigo 142 e no 144 da Constituição. É algo previsto pelos constitucionalistas.”
Apesar do afinco na luta pela causa, Ronaldo não vê na intervenção militar a melhor das alternativas para o País, mas se considera pragmático: "É a única alternativa". Na visão do grupo, não existe ninguém em evidência que teria condições de conduzir o País, "ou de tirar o País da atual situação que está nem manter a ordem”.
O cenário previsto pelo grupo, que conta com quase 50 mil apoiadores no Facebook, é desolador.
“Até o fim do ano, vai faltar energia, por falta de água, e toda atividade agropecuária do País será comprometida, causando um forte dano na economia brasileira. Com todo mundo sem dinheiro a sociedade se desestabiliza e precisa da ordem.”
Saudosismo
Professor do Departamento de Direito da Universidade de Brasília, Pedro Paulo Castelo Branco rechaça essa hipótese nos dias atuais. "O dispositivo existe, está na Constituição, mas só é válido quando as instituições não estão funcionando. Não é o caso. Quem quiser questionar a presidente, que acione o Congresso, como vem sendo feito."
Os artigos da Constituição que tratam do tema, segundo o professor, deixam claro que o intervencionismo seria um momento sem volta, do início de uma revolução, como houve em 1964. De acordo com Castelo Branco, a intervenção poderia significar uma nova ditadura. "Ou os militares poderiam chamar uma nova eleição."
Outro pleito, entretanto, não resolve o problema dos intervencionistas. Afinal, eles não conseguem apontar um nome, além das Forças Armadas, para dar rumo ao País.
"Esse é um saudosismo natural daqueles que querem desconstruir o ordenamento jurídico. Aparentemente, nem a população de forma geral nem os militares têm esse interesse", diz o professor.
 "Otário" x "Patriota"
Na capital, o acampamento é composto de pelo menos cinco barracas, ocupadas 24 horas por dia. Em dias de manifestações, a área chega a ficar totalmente cheia. Segundo os organizadores, mais de 5.000 intervencionistas já chegaram a ocupar o local. Em um dia normal, cerca de três pessoas se revezam para marcar presença.
A estratégia é chamar a atenção da população e mostrar que existe uma saída (mesmo que bastante questionada).
A tática tem dado certo. Não há quem passe pelo local e não tenha a atenção chamada pela placa: “Otário pede impeachment, patriota, intervenção militar constitucional”.
Ronaldo foi escolhido pelos outros dois colegas que o acompanham nessa empreitada para ser o porta-voz do movimento e falar com o Brasil Post. Ele se define como um ex-empresário desiludido. "Não vale mais a pena ser empreendedor neste País."
Desesperançoso, o Ronaldo abandonou o mundo dos negócios no ramo de ventilação industrial em 2008, saiu de São Paulo e diz que vive sem renda. Assegura que gasta todas as economias para sustentar o movimento. "É tudo pago com a minha poupança. O aluguel dos carros, as confecção das placas, as barracas... Mas eu não sou de São Paulo, sou do Brasil, sou brasileiro, por isso acho que compensa", explica o ex-empresário.
Um dos motivadores da luta de Ronaldo é a violência. "Quando uma pessoa sai de casa hoje, ela leva o bilhete da loteria da morte. Se for sorteada, não volta mais", acrescenta. Ele foi vítima de três assaltos à mão armada na empresa, teve 17 carros roubados e ficou sete horas sob a mira de um revólver em um sequestro. "As pessoas precisam perceber que é hora de resgatar a ordem, restaurar a natureza", defende.
Centro do poder
Quando o acampamento foi montado, no fim de março, a polícia insistia em retirar os intervencionista do local. “A gente montava de manhã e eles tiravam de noite. Todo dia até que desistiram”, conta Ronaldo. A desistência, porém, não foi tão simples. De acordo com ele, alguns militares ajudaram a convencer a Administração de Brasília a dar sossego ao grupo.
Ao Brasil Post, a administração alegou que o acampamento é legítimo.
"Quando se trata de manifestação, a própria Constituição em seu artigo 5º garante ao cidadão o direito ao ato, desde que comunicado aos órgãos responsáveis, e que aconteça de forma pacífica. Este procedimento cabe sim a qualquer cidadão.”
A administração, entretanto, reconheceu que as faixas são proibidas na Esplanada. O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) também ressaltou que não é permitido fixar barracas e faixas no local, "pois o Iphan não autoriza. Cabe ao Governo do Distrito Federal a fiscalização”.

Jornal do Comércio (RS)


Fronteiras vigiadas são estratégia fundamental

Editorial
Há um consenso generalizado de que a violência aumentou demais no Brasil, apesar dos avanços significativos no combate à exclusão social. As classes D e E estão em uma situação de emprego e poder aquisitivo como pouco observada - se é que foi - no passado. No entanto, muitos especialistas dizem que a violência é consequência do uso indiscriminado, e em todas as camadas sociais, das drogas e seus efeitos danosos à saúde e que, geralmente, levam à prática desde pequenos delitos até frios assassinatos.
No entanto, combater apenas o consumo está claro que é um modelo falido. É imperioso evitar a chegada do mal, das drogas, das armas e do tráfico de veículos furtados ou roubados - a moeda de troca com a cocaína, principalmente. Por isso, é importante que o governo federal tenha implantado o Plano Estratégico de Fronteiras, trabalho conjunto dos ministérios da Justiça e da Defesa. Hoje, o Exército está atuando, junto com a Polícia Federal, nos pontos de controle das nossas fronteiras. Mas também rodovias, rios e descampados isolados devem ter monitoramento, inclusive por satélites. A Marinha e a Força Aérea, com efetivos menores, porém recursos de longo alcance, também estão presentes. Esse trabalho é uma antiga reivindicação da população, que vê entrarem no País, além de armas e drogas, muito contrabando, inclusive de medicamentos.
Daí a importância da 9ª edição da Operação Ágata. O objetivo é reduzir a ocorrência de crimes fronteiriços e transnacionais na faixa de fronteira terrestre e aumentar a presença do Estado na região. A operação Ágata envolve 25 mil militares distribuídos nos 16.886 quilômetros de fronteira que o Brasil compartilha com nove países sul-americanos, além da Guiana Francesa. Os militares focarão os esforços no combate a atividades como narcotráfico, contrabando, tráfico de armas e munição, crimes ambientais, contrabando de veículos, imigração ilegal, conflitos indígenas e mineração ilegal. A operação também levará assistência médica às muitas comunidades carentes.
Trata-se de algo estratégico e que não pode apenas ser feito em função de eventos esportivos, como ocorreu na Copa do Mundo de 2014 ou nos Jogos Olímpicos de 2016. O Brasil tem que bloquear as suas extensas fronteiras pelas quais entra tudo o que não queremos. E o Rio Grande do Sul deixou de arrecadar R$ 500 milhões em ICMS por conta dos ilícitos na fronteira.
Todos os países que fazem fronteira com o Brasil foram alertados da operação e solicitada a total cooperação, o que é fundamental para o êxito da empreitada. A integração com os países vizinhos e a troca de informações são importantes para que a operação surta efeito. Neste caso, muito além do Mercosul, a integração é fundamental.
As nossas fronteiras não podem servir para dar proteção ao crime, mas ser usadas para combatê-lo. Apesar de algumas críticas ao emprego das Forças Armadas neste trabalho, a rigor, típico das polícias, ele também servirá para o adestramento dos efetivos da Marinha, Exército e da Força Aérea Brasileira (FAB). É que, para colhermos uma verdade, às vezes tropeçamos em uma centena de erros.
Espera-se que o reforço militar, com o rodízio, consiga minorar bastante estes dois flagelos, contrabando de mercadorias as mais diversas e a chegada de drogas em quantidades tais que surpreendem mesmo os policiais mais experientes. Além de armas, é claro. Em época de crise, o crime ganha muitos adeptos, com pouca estrutura de caráter.



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