NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 25/06/2015 / Governo pede à Suécia redução da taxa de juros para compra do Gripen
Governo pede à Suécia redução da taxa de juros para compra do Gripen ...
Brasil quer mais prazo para assinar contrato de financiamento dos caças. FAB assinou em 2014 compra de 36 jatos que só chegam a partir de 2019...
A presidente Dilma Rousseff pediu ao governo sueco a renegociação da taxa de juros previsto no contrato de financiamento da compra dos caças Gripen, que só devem começar a chegar ao país a partir de 2019. O pedido foi feito em uma ligação realizada pela presidente na terça-feira (23) ao premiê sueco, Stefan Löfven, que é amigo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e também foi metalúrgico antes de chegar ao poder.
A informação foi divulgada na noite de terça-feira pela versão online do jornal "O Estado de S. Paulo" e confirmada pelo G1.
A assessoria do Planalto confirmou que a presidente Dilma conversou com Löfven na terça-feira, mas disse que não poderia falar sobre o conteúdo da ligação, afirmando que os contatos entre os dois são frequentes devido às negociações envolvendo o intercâmbio e a transferência de tecnologia na aquisição dos caças e que, inclusive, o premiê convidou Dilma para uma visita em breve a Suécia.
A assessoria do Planalto confirmou que a presidente Dilma conversou com Löfven na terça-feira, mas disse que não poderia falar sobre o conteúdo da ligação, afirmando que os contatos entre os dois são frequentes devido às negociações envolvendo o intercâmbio e a transferência de tecnologia na aquisição dos caças e que, inclusive, o premiê convidou Dilma para uma visita em breve a Suécia.
O prazo para a assinatura do contrato de financiamento termina nesta quarta-feira (24) e, devido ao ajuste fiscal, caso não haja acordo neste momento, o governo brasileiro ... haja um adiamento no prazo para assinatura do contrato até outubro de 2015. O governo sueco ficou, segundo o G1 apurou, de dar uma resposta nesta quarta-feira, e, pela conversa, caso não houvesse um acordo, poderia ser estendido o prazo para a assinatura do contrato até outubro deste ano.
O contrato para a compra de 36 jatos de combate Gripen NG (New Generation) foi assinado em outubro de 2014, ao preço de 39,3 bilhões de coroas suecas (cerca de US$ 4,75 bilhões). A compra será garantida por instituições financeiras suecas.
O contrato para a compra de 36 jatos de combate Gripen NG (New Generation) foi assinado em outubro de 2014, ao preço de 39,3 bilhões de coroas suecas (cerca de US$ 4,75 bilhões). A compra será garantida por instituições financeiras suecas.
Questionada sobre o financiamento, a Força Aérea disse que as negociações estão sendo conduzidas pela área econômica do governo.
Ajuste fiscal
O pedido de revisão da taxa de juros surgiu dos ministros da Defesa, Jacques Wagner, e da Fazenda, Joaquim Levy, após analiserem os documentos e concluirem que, diante da atual situação de ajuste fiscal, seria necessário a redução da taxa de juros.
A proposta sueca, analisada anteriormente pelo Brasil no momento da assinatura do contrato de compra dos jatos, era de que a taxa de juros do contrato de financiamento ficasse em 2,54% ao ano. A solicitação agora do governo é de que a taxa seja reduzida para 1,98% ao ano, gerando economia aos cofres públicos.
A construtora sueca Saab diz que "o financiamento é uma discussão entre Brasil e autoridades suecas, desta forma, a Saab não tem nenhum papel nessa discussão”. A Aeronáutica escolheu o Gripen após dez anos de discussões, em uma disputa que envolveu também o F-18, da norte-americana Boeing, e o Rafale, da construtora francessa Dassault.
No último dia 10, o ministro Jacques Wagner conheceu um protótipo do caça em uma exposição em Brasília e afirmou, na ocasião, que a compra está garantida.
Em abril, o G1 divulgou com exclusividade que o Ministério Público da União (MPF) abriu um inquérito para apurar o preço dos caças e pedidos da Aeronáutica feitos durante a negociação do contrato, como um display panorâmico que teria encarrecido o valor final da transação.
O pedido de revisão da taxa de juros surgiu dos ministros da Defesa, Jacques Wagner, e da Fazenda, Joaquim Levy, após analiserem os documentos e concluirem que, diante da atual situação de ajuste fiscal, seria necessário a redução da taxa de juros.
A proposta sueca, analisada anteriormente pelo Brasil no momento da assinatura do contrato de compra dos jatos, era de que a taxa de juros do contrato de financiamento ficasse em 2,54% ao ano. A solicitação agora do governo é de que a taxa seja reduzida para 1,98% ao ano, gerando economia aos cofres públicos.
A construtora sueca Saab diz que "o financiamento é uma discussão entre Brasil e autoridades suecas, desta forma, a Saab não tem nenhum papel nessa discussão”. A Aeronáutica escolheu o Gripen após dez anos de discussões, em uma disputa que envolveu também o F-18, da norte-americana Boeing, e o Rafale, da construtora francessa Dassault.
No último dia 10, o ministro Jacques Wagner conheceu um protótipo do caça em uma exposição em Brasília e afirmou, na ocasião, que a compra está garantida.
Em abril, o G1 divulgou com exclusividade que o Ministério Público da União (MPF) abriu um inquérito para apurar o preço dos caças e pedidos da Aeronáutica feitos durante a negociação do contrato, como um display panorâmico que teria encarrecido o valor final da transação.
Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.
Aeroporto de Guarulhos receberá sistema para pouso inédito no Brasil
ILS III garante pouso com altura de decisão menor do que 30 metros. Tecnologia é comum em países europeus e nos EUA, mas é nova no Brasil.
Do G1 São Paulo
O Aeroporto de Guarulhos, na Grande São Paulo, irá instalar um novo sistema de pouso por instrumentos inédito no Brasil. A equipe do aeroporto confirmou nesta quarta-feira (24) que aguarda a homologação pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para divulgar uma data em que o sistema começará a funcionar.
O aeroporto será o primeiro do Brasil a ter a tecnologia. Em países europeus, como a França e a Suécia, e nos Estados Unidos, o ILS III A já está instalado em diferentes cidades.
O sistema se chama ILS III A (Instrument Landing System) e garante que o piloto realize um pouso com altura de decisão menor do que 30 metros (100 pés) e contato visual com a pista de até 200 metros. Altura de decisão é a altitude mínima para o pouso ser abortado, caso haja neblina, chuva ou qualquer empecilho e a pista esteja sem visão para o piloto.
Em todo o Brasil, diferentes aeroportos utilizam o ILS I e o ILS II, que garantem alturas de decisão diferentes. O piloto, em algumas situações climáticas, acaba tendo de adiar o pouso ou evitar decolagem. O ILS funciona a partir de dois sistemas: um mostra a orientação lateral em relação à pista e, o outro, a orientação vertical.
A Dassault voa longe
Concorrente da Embraer, a fabricante francesa investe US$ 2 bilhões na produção de dois novos jatos executivos, que podem voar sem escalas entre as principais cidades do mundo
Sérgio Pardellas
O primeiro vôo do Falcon 5X está programado para outubro deste ano. O preço do jato está estimado em US$ 45 milhões – US$ 5 milhões mais barato do que o Global 5000, da canadense Bombardier, um de seus concorrentes. A aeronave ainda compete com os 600 e 650, da Embraer, e com o G450, da americana Gulfstream. “O 5X foi desenhado para suprir a demanda de operadores que desejavam uma aeronave de excelente alcance e que oferecesse mais espaço e conforto do que os modelos atualmente disponíveis nessa categoria”, disse Trappier.
A Dassault mantém relações comerciais com o Brasil há 45 anos, quando em maio de 1970 o Brasil encomendou à companhia francesa 17 caças, sendo 13 do modelo Mirage IIIEBR e 4 do modelo IIIDBR, que foram entregues à Força Aérea Brasileira (FAB), em outubro de 1972. Dez anos depois, o primeiro avião privado Falcon da Dassault começou a operar no País. No ano passado, depois de intensas negociações, que se arrastavam desde o segundo mandato do presidente Fernando Henrique Cardoso, por muito pouco o governo federal não adquiriu os caças Rafale, fabricado pela empresa francesa, para integrar a frota da FAB. Apostando no sucesso do negócio, a companhia chegou a firmar mais de 50 parcerias com universidades brasileiras para transferência de tecnologia.
Quando as tratativas pareciam estar próximas de um desfecho positivo, o governo preteriu o modelo francês ao fechar a compra de 36 caças Gripen NG, da sueca Saab. Até o final do ano, a Dassault planeja novos investimentos no País. O foco é no aumento da capacidade do centro de manutenção e atendimento ao cliente inaugurado, em 2009, em Sorocaba, no interior paulista. Em outubro de 2014, a empresa investiu US$ 10 milhões para conseguir atender seis aeronaves simultaneamente. Com o aumento da procura por serviços de manutenção da frota, a Dassault pretende ampliar o hangar, hoje com três mil metros quadrados de área. O centro de manutenção em Sorocaba foi o primeiro a ser construído fora dos EUA e da Europa.
Sem confusão, nova comitiva brasileira chega à Venezuela
Senadora Vanessa Graziotin destacou que preocupação é mostrar que Brasil não quer interferir na luta política interna do país
Erich Decat Enviado Especial - O Estado De S. Paulo
O grupo de senadores integrado pelo PT e outros partidos voltados à esquerda desembarcaram por volta da meia noite (horário de Brasília), desta quinta-feira em Caracas. Na chegada ao aeroporto de Maiquetia, os parlamentares foram recebidos pelo embaixador brasileiro em Caracas, Rui Pereira, alvo de criticas dos senadores de oposição na malsucedida viagem realizada na última quinta-feira (18). Na ocasião, o grupo de senadores liderados pelo presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG) e pelo senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) não conseguiram deixar o terminal auxiliar do aeroporto, que fica a cerca de 21 km do centro de Caracas. Na agenda deles, estavam programados encontros com opositores ao governo de Nícolas Maduros, que se encontram presos.
"Fundamentalmente não viemos aqui para dar apoio politico a grupos. Vamos conversar com todas as tendencias", afirmou o senador Roberto Requião (PMDB-PR) na saída do aeroporto. Questionado sobre a diferença comitiva anterior liderada pelos tucanos, Requião respondeu: "Não somos Black Blocs para influir num processo eleitoral venezuelano. Nós viemos buscar informações".
Presente no grupo, a senadora Vanessa Grazziotin (PcdoB-AM) também realçou o que entende como diferença entre as duas comitivas. "Temos uma avaliação de que a primeira comitiva veio com objetivo muito claro de reforçar a oposição [local]. Nós estamos aqui para ouvir todos os lados", afirmou a senadora. "A preocupação é mostrar que o Senado brasileiro não tem objetivo de interferir na luta política interna da Venezuela. Esse é um problema da Venezuela. Nosso objetivo é tão somente dialogar com todos os lados porque é somente o que nos cabe", ressaltou.
Também fazem parte da nova comitiva o senador senador Lindbergh Faria(PT-RJ) e Telmário Mota (PDT-RR).
Na saída do aeroporto, o grupo seguiu acompanhado por batedores da polícia local até o hotel em Caracas. Em razão do horário não havia congestionamento na região. Mas ao contrário do ocorrido na vinda dos senadores opositores, os batedores foram abrindo caminho e impedindo a rota em algumas vias laterais para que o comboio pudesse passar.
A chegada do grupo de parlamentares brasileiros, ocorre um dia após o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela marcar a data das eleições parlamentares para 6 de dezembro. A definição do calendário era uma das principais reivindicações dos opositores locais.
O tom que deve ser a tônica dos próximos meses foi dado pelo presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, deputado Diosdado Cabello (PSUV), em discurso realizado nesta quarta-feira em comemoração à Batalha de Carabobo. "A oposição diz ter a data, 6 de dezembro, mas nós temos os votos", disse Cabello que deve receber o grupo de senadores brasileiros na tarde nesta quinta-feira.
Na agenda dos parlamentares brasileiros também prevista uma visita às Vítimas da Guarimba, às esposas de políticos opositores presos, à representantes da Mesa de la Unidad Democrática (MUD), composta pelos partido de oposição, e ao Ministério Público.
No perfil do Twitter, a deputada venezuelana cassada Maria Corino Machado deu as boas vindas ao grupo de senadores. "Estamos às ordens para transmitir-lhes a informação sobre o estado de Direitos Humanos na Venezuela, autonomia dos poderes e condições eleitorais", tuitou Machado. Ela foi inserida, no dia hoje, na lista da MUD para disputar a próxima eleição parlamentar. "É necessário que na visita à Venezuela, senadores escutem testemunhos de sindicalistas perseguidos, jornalistas censurados e estudantes torturados", ressalta Machado. Ela integrou o grupo de políticos de oposição que recebeu a comitiva de senadores liderada por Aécio Neves (PSDB-MG) e Aloysio Nunes (PSDB-SP), que tentou visitar presos políticos na última quinta-feira em Caracas.
Visita de Dilma aos EUA prevê avanços na defesa
Governo brasileiro quer aprovação no Congresso de acordos assinados em 2010, mas não implementados, para ampliar cooperação bilateral
Cláudia Trevisan
A visita que a presidente Dilma Rousseff fará aos Estados Unidos na próxima semana simbolizará uma mudança fundamental na postura de seu governo em relação à cooperação na área de defesa com os americanos, com aumento na troca de informações sigilosas, expansão de exercícios militares, aproximação das Forças Armadas e ampliação das possibilidades de compra e venda de equipamentos para esse setor.
Como preparação para o encontro de Dilma com o presidente americano, Barack Obama, o governo brasileiro decidiu enviar ao Congresso dois acordos que haviam sido assinados com os EUA em 2010, mas nunca implementados. Ambos foram aprovados pela Câmara anteontem e devem receber o aval do Senado hoje.
Mesmo com atraso de cinco anos, a adoção dos tratados é vista como um dos mais importantes pontos da visita de Dilma por autoridades em Washington. O governo brasileiro se empenhou para que os documentos fossem ratificados antes da reunião de trabalho que a presidente terá com Obama, na terça-feira.
Os dois países estão sem um Acordo de Cooperação em Defesa (ACD) desde 1978, quando o tratado existente foi denunciado pelo Brasil, em reação às tentativas dos EUA de bloquear a transferência de tecnologia nuclear ao País pela Alemanha.
Um dos acordos que deve ser ratificado hoje pelo Senado é o novo ACD, que regerá a cooperação entre as duas Forças Amadas. O outro é o Acordo Geral de Segurança de Informação Militar, conhecido pela sigla GSOMIA, em inglês. Esse documento estabelece regras para a proteção de dados sigilosos e proíbe o seu compartilhamento com terceiros países -uma precondição dos americanos para fornecer informações militares secretas ao Brasil.
A ratificação dos tratados terá impacto positivo para a indústria de defesa dos dois países, já que ampliará a possibilidade de comercialização de produtos e cooperação em pesquisa e desenvolvimento. O ministro da Defesa, Jaques Wagner, chega hoje a Washington e, amanhã, se reunirá com empresas brasileiras e americanas do setor. Na segunda-feira, ele terá um encontro no Pentágono com o secretário de Defesa americano, Ashton Carter.
Limitações. A ausência de um ACD não impediu que as duas Forças Armadas realizassem exercícios conjuntos ou troca de pessoal, mas representa uma limitação para o tipo de cooperação que os dois países podem ter. Com sua ratificação, Brasil e EUA poderão avançar em áreas como apoio logístico, tecnologia e treinamento. O GSOMIA é visto como um acordo militar de nova geração, com foco na segurança das informações compartilhadas.
O encontro de Wagner com o setor privado terá representantes do departamento de defesa da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e da Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança (Abimde). Entre os principais interessados na maior cooperação militar está a Embraer, que fechou um contrato de US$ 428 milhões com o Departamento de Defesa dos EUA para venda de 20 Super Tucanos que serão usados no Afeganistão.
Entre os potenciais beneficiários do lado americano está a Boeing, que perdeu a concorrência dos novos caças da Aeronáutica após a revelação de que a Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês) espionou comunicações da presidente brasileira. Em protesto, Dilma cancelou visita de Estado que faria aos EUA em outubro de 2013.
Mãe e bebê de um ano sobrevivem a acidente aéreo na Colômbia
Os dois foram encontrados com ferimentos leves após sobreviverem a acidente aéreo e ficarem cinco dias perdidos na selva na região de Chocó, na Colômbia. Exército chamou o episódio de "milagre".
Uma mãe e seu bebê de um ano foram encontrados praticamente ilesos nesta quarta-feira (24/06) após sofrerem um acidente de avião na selva do departamento de Chocó, oeste colombiano. Fontes militares informaram que os dois teriam passado cinco dias no meio da selva.
"É um milagre. É uma área selvagem e o acidente foi uma catástrofe", disse o coronel Hector Carrascal.
Segundo comunicado da Força Aérea Colombiana, o avião em que mãe e filho viajavam era um bimotor Cessna 303, que caiu no sábado quando voava de Quibdo, capital do departamento, a Nuquí, município turístico na costa do Oceano Pacífico.
Quando o avião desapareceu, uma aeronave de busca e resgate da Força Aérea Colombiana foi enviada para sobrevoar a área onde se suspeitava que havia ocorrido a queda.
As equipes de resgate localizaram o avião e o corpo do piloto, capitão Carlos Mario Ceballos, e continuaram as buscas pelos outros três passageiros: Maria Nelly Murillo, de 18 anos, seu bebê de menos de um ano de idade, e outra criança, da qual ainda não se tem informações.
Mãe e filho foram encontrados na selva do Chocó. A região é uma das mais chuvosas do planeta e tem forte presença do Exército da Liberação Nacional (ELN) e das Forcas Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).
Autoridades colombianas enviaram os sobreviventes de helicóptero ao hospital mais próximo, em Quibdo, para serem examinados. Maria Nelly Murillo foi encontrada com ferimentos e queimaduras leves, o bebê saiu aparentemente ileso.
Sobe e desce
Sonia Racy
Pela primeira vez, um aeroporto brasileiro – o JK, de Brasília – poderá operar ao mesmo tempo duas pistas, para decolagem e aterrissagem.
A autorização, pela Aeronáutica, poderá fazer dele o primeiro em movimento – hoje o JK só perde de Cumbica.
Aprovado em turno suplementar projeto que regulamenta transporte de órgãos
Da Redação
Os órgãos públicos civis, as instituições militares e as empresas públicas ou privadas que usem veículos de transporte de pessoas e cargas, por via terrestre, aérea ou aquática, serão obrigados a dar prioridade ao transporte de órgãos, tecidos e partes do corpo humano para fins de transplante e tratamento, assim como aos integrantes da equipe de captação e distribuição de órgãos que acompanhará o material. É o que determina o substitutivo ao Projeto de Lei do Senado (PLS) 39/2014, adotado definitivamente pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS) nesta quarta-feira (24). O item é terminativo na comissão.
— O projeto de lei disciplina o transporte de órgãos e tecidos, e regulamenta o que já é feito na prática — defendeu mais uma vez o relator na CAS, senador Waldemir Moka (PMDB-MS)
Pelo texto aprovado, o transporte será gratuito e coordenado pelo Sistema Nacional de Transplantes, por meio da Central Nacional de Transplantes (CNT), realizado de forma articulada entre o remetente, o transportador e o destinatário, sempre observando o tempo adequado para a preservação de cada tipo de órgão, tecido ou parte do corpo.
O texto também diz que será classificado como “justa causa” um possível cancelamento de reserva de passageiro na aviação privada, em virtude de lotação esgotada no veículo, para o transporte de órgãos. Isso isentará a empresa de responder por descumprimento de contrato de transporte.
As empresas e as instituições que se recusarem, sem justa causa, a fazer o transporte de órgãos, tecidos ou partes do corpo humano para fins de transplante e tratamento estão sujeitas a penalidades de 100 a 150 dias-multa. E se, por essa recusa, o material para transplante for perdido, a multa passa a ser de 150 a 360 dias-multa. Além disso, ao não observarem os requisitos previstos em lei para o transporte, essas empresas incorrerão em pena que varia de advertência, interdição e multa.
Em seu substitutivo, Moka modificou pontos do projeto original já aprovado na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), como o item que reservava espaço em todos os voos à acomodação do material a ser transportado. Para o senador, a medida poderia resultar em ônus excessivo para as empresas, uma vez que elas estariam impedidas de comercializar tais vagas ou espaços mesmo quando inexistir órgão ou tecido a ser transportado.
Originalmente, o projeto também determinava que o transporte fosse feito a título oneroso, quando, hoje, ele é feito de forma gratuita, mediante acordo e adesão voluntária das empresas privadas. Segundo Moka, não seria justo cobrar por isso a partir de agora.
Dia-multa
Dia-multa
De acordo com o Código Penal, o "dia-multa" é o valor unitário a ser pago pelo réu a cada dia de multa determinado pelos magistrados. o máximo permitido é de 360 dias-multa. O valor do dia-multa, a ser recolhido ao Fundo Penitenciário Nacional, pode chegar a 15 salários mínimos, a depender da situação econômica do réu.
Nova comitiva de senadores terá agenda intensa na Venezuela
Tércio Ribas Torres
Os senadores Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), Telmário Mota (PDT-RR), Lindbergh Farias (PT-RJ) e Roberto Requião (PMDB-PR) terão uma intensa agenda nesta quinta-feira (25). Eles compõem a comitiva externa do Senado que visita a Venezuela e viajaram ao país vizinho nesta quarta-feira (24), em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB). O objetivo da visita, segundo Lindbergh, é conversar com representantes do governo e da oposição para entender a situação política atual da Venezuela. A comitiva também vai defender a democracia, com a realização de eleições livres e isentas.
Logo no início da manhã, a comitiva de senadores vai se reunir com o Comitê de Familiares Vítimas das Guarimbas – como são chamadas as ações de guerrilha na Venezuela. Está prevista para as 13h uma reunião com partidos de oposição. As legendas oposicionistas acusam o governo do presidente de Nicolás Maduro de tomar posições antidemocráticas e limitar a liberdade de imprensa. Logo depois, às 15h, os senadores vão se encontrar com representantes do Ministério Público e da Defensoria Pública.
Para as 17h, está prevista a última reunião oficial do dia. A comitiva vai se encontrar com o presidente da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello, e com a ministra de Relações Exteriores, Delcy Rodrigues. Ao fim do dia, os senadores retornam para o Brasil.
A constituição de uma comitiva para visitar a Venezuela foi aprovada pelo Plenário do Senado na semana passada. O requerimento pedia a verificação in loco da situação política, social e econômica da Venezuela. O presidente do Senado, Renan Calheiros, disse esperar que a comitiva tenha uma recepção civilizada. Segundo o presidente, a comitiva atual representa o Senado, assim como a comitiva anterior.
Primeira visita
Esta é a segunda comissão de senadores que visita a Venezuela em duas semanas. Na quinta-feira passada (18), um grupo de senadores desembarcou no país vizinho com a intenção de conversar com presos políticos. No entanto, a van que conduzia os senadores foi parada por manifestantes. Depois do incidente, a comitiva enfrentou problemas no trânsito e teve de voltar ao aeroporto, sem cumprir a missão.
No retorno ao Brasil, os senadores criticaram a Venezuela e o governo brasileiro – que, segundo eles, não apoiou a comitiva de forma devida. O senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) chegou a dizer que os parlamentares brasileiros foram para uma “arapuca armada pelo governo venezuelano”, com a cumplicidade do governo brasileiro. Como reação, os senadores integrantes da comitiva anunciaram ações que visam a exclusão da Venezuela do Mercosul.
A senadora Ana Amélia (PP-RS) apresentou um voto de repúdio – que foi enviado à Venezuela, mesmo sem ter o apoio da maioria dos colegas. A constituição de outra comissão também foi motivo de discussão entre os senadores. Para Aécio Neves (PSDB-MG), a nova comitiva é “chapa branca”. Na visão de Lindbergh, porém, a comissão anterior teve um papel incendiário na Venezuela e atuou com um viés político, de olho na política interna do Brasil.
- Queremos ter uma posição equilibrada. A última coisa que queremos é que a Venezuela entre em uma guerra civil – afirmou Lindbergh.
Frente parlamentar é lançada para defender indústria aeronáutica
Foi lançada nesta quarta-feira (24), na Câmara dos Deputados, a Frente Parlamentar em Defesa da Indústria Aeronáutica e Espacial, com o objetivo de defender os interesses das empresas sediadas no Brasil. Composta por 252 deputados, a frente terá como presidente o deputado Jose Stédile (PSB-RS) e discutirá assuntos como tecnologia e investimentos no setor.
Durante o lançamento, deputados e representantes do governo e da indústria ressaltaram a importância de um setor considerado estratégico para a soberania de um país, mas prejudicado pela falta de investimentos em pesquisa e tecnologia e em formação de profissionais. “Precisamos enfrentar os problemas da tributação, da desoneração da folha, da falta de investimento do governo na área tecnológica”, resumiu Stédile.
Presidente da Associação das Indústrias Aeroespaciais do Brasil (Aiab), Walter Bartels acrescentou que é preciso melhorar a competitividade do Brasil. “A atividade espacial é muito controlada pelo mundo afora. Ou você tem o seu produto ou você vai comprar dos outros sem saber em que ele pode estar sendo controlado pelo país que o fabricou”, disse.
Bartels defendeu a isenção de impostos para a produção no Brasil e ainda uma regulamentação para o programa de aviação regional, do governo federal, criado para atender cidades isoladas, como as da Amazônia.
Na avaliação da secretária-executiva do Ministério da Ciência e Tecnologia, Emília Curi, a indústria aeroespacial brasileira tem chance de se renovar, inclusive com a aprovação de propostas em análise na Câmara dos Deputados.
Entre os projetos, Curi destacou o do Código Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (PL 2177/11), que prevê desde isenção fiscal até flexibilização das regras de licitação como forma de impulsionar a pesquisa no País. O projeto está pronto para entrar na pauta do Plenário.
Representante da Anac defende modelo de liberdade tarifária para empresas aéreas
Karla Alessandra
O superintendente de Regulação Econômica e Acompanhamento de Mercado da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Ricardo Bisinotto, afirmou que o modelo de liberdade tarifária, liberado pela agência em 2009 para todos os voos que saem do País, garantiu o acesso de milhões de brasileiros ao transporte aéreo.
Ele destacou que não existiam passagens abaixo dos R$ 100 até 2005, ano em que foi publicada a lei que criou a Anac (11.182/05).
Já a presidente da Comissão de Viação e Transportes, deputada Clarissa Garotinho (PR-RJ), disse que é preciso mudar a legislação vigente para que a troca de passagens não seja tão onerosa como é atualmente para a população.
Os dois participaram de audiência pública, encerrada há pouco, sobre o preço dos bilhetes aéreos. O evento foi organizado pelas comissões de Turismo; de Defesa do Consumidor; e de Viação e Transportes da Câmara dos Deputados.
Companhias aéreas defendem redução do ICMS sobre o querosene de avião
Karla Alessandra
O presidente da Associação Brasileira de Empresas Aéreas (Abear), Eduardo Sanovicz, afirmou há pouco que, apesar de contarem com um número maior de passageiros, as companhias do setor continuam atuando com dificuldades econômicas.
Ele participa neste momento, na Câmara dos Deputados, de audiência pública sobre o preço das passagens aéreas no Brasil.
Sanovicz destacou que, proporcionalmente, as tarifas hoje são quase a metade dos valores praticados em 2002, quando havia um tabelamento no preço.
De qualquer forma, o dirigente pediu que a Câmara trabalhe para que o ICMS incidente sobre o querosene de avião seja reduzido porque, segundo ele, o combustível é responsável por 40% do valor da passagens.
Consumidores
A representante da Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste), Sônia Amaro, destacou que um dos maiores problemas enfrentados pelos consumidores acontece na hora de trocar a passagem, quando é cobrado um valor muito alto, ou no cancelamento dos bilhetes, pois as empresas desrespeitam o Código de Defesa do Consumidor e não reembolsam integralmente os valores pagos.
A representante da Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste), Sônia Amaro, destacou que um dos maiores problemas enfrentados pelos consumidores acontece na hora de trocar a passagem, quando é cobrado um valor muito alto, ou no cancelamento dos bilhetes, pois as empresas desrespeitam o Código de Defesa do Consumidor e não reembolsam integralmente os valores pagos.
No caso dos planos de fidelidade, disse Sônia Amaro, falta transparência sobre o prazo de prescrição dos pontos e as constantes mudanças nas regras dos programas de milhagem.
Artista plástico publica livro sobre lição de vida de crianças em tratamento de câncer
Lúria Rezende
Engajado nas lutas sociais, o artista plástico João Evangelista acredita que seu papel é retratar de forma verdadeira todas as formas do homem e tudo aquilo que o cerca. Para levar isso ao pé da letra, ele captou parte da coragem de crianças em tratamento de câncer. Assim nasceu o livro Vida – Superação: Arte e Poesia, com lançamento hoje, às 19h, na Livraria Cultura do Shopping Iguatemi (Lago Norte).
Mineiro radicado em Curitiba, Evangelista tirou fotos das crianças do Hospital Pequeno Príncipe pelo período de quase dois anos, quando ministrou oficina de arte aos pacientes e acompanhantes do complexo na capital paranaense.
O trabalho reúne 180 fotos com técnica de interferência de pintura a óleo sobre a fotografia, além de textos que propõem uma reflexão humana sobre o tema.
“Esses meninos com câncer enfrentam problemas gravíssimos com muita dignidade, rindo. Além disso, a forma como o hospital lida sem distinção com pessoas de todas as classes sociais também me toca”, observa o artista.
Ação social
Parte das vendas dos livros será revertida para o Hospital Pequeno Príncipe e para outras instituições no Brasil. “Toda a arte que faço é feita em busca de justiça social. Nesse caso, vou destinar 5% das vendas para as entidades que tratam a doença em cada cidade de lançamento. Não é muito pelo dinheiro, mesmo porque é muito pouco, mas pela visibilidade da causa. Nós, seres humanos somos responsáveis pelo meio em que vivemos. Somos capazes de mudar o mundo”.
Sonhando entre nuvens
Graças a uma parceria com a Força Aérea Brasileira (FAB), foi possível oferecer a algumas das crianças fotografadas um voo sobre Curitiba. “O objetivo era despertar um encantamento ao demonstrar que existe um horizonte amplo e sem obstáculos – assim como aquele retratado no best-seller O Pequeno Príncipe, de Antoine de Saint-Exupéry”, explica.
Sobre o resultado do ensaio, João Evangelista se emociona. “Algumas crianças chegaram a ver o livro, e uma delas escreveu um poema em forma de coração para mim”, recorda. “Não existe preço para a gratificação de poder fazer a diferença”, encerra.
JORNAL DE UBERABA
Apoio da FAB ajuda a viabilizar alta de paciente
O Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (HC-UFTM) contou com o apoio da Força Aérea Brasileira (FAB) para viabilizar a alta de uma paciente que reside em Belém/PA e necessitava de cuidados especiais de transporte.
A mulher, uma cabeleireira de 35 anos, estava internada no setor de Ortopedia desde o dia 6 de junho, após sofrer um acidente de automóvel na MG-050, entre Uberaba e Uberlândia. Com fraturas em cinco vértebras, a paciente não precisou de cirurgia e se recupera com o uso de um colete.
A mulher, uma cabeleireira de 35 anos, estava internada no setor de Ortopedia desde o dia 6 de junho, após sofrer um acidente de automóvel na MG-050, entre Uberaba e Uberlândia. Com fraturas em cinco vértebras, a paciente não precisou de cirurgia e se recupera com o uso de um colete.
De acordo com o médico responsável pelo setor de Ortopedia do HC-UFTM, Murilo Antônio Rocha, a paciente recebeu alta médica no dia 10, não necessitando permanecer em internação hospitalar. “Com o uso do colete durante três meses e repouso absoluto, a paciente pode se restabelecer sem necessidade de internação, apenas tratamento ambulatorial”, avaliou.
Contudo, a chamada alta social, que depende de fatores como a possibilidade de retornar para casa com segurança e atendendo às necessidades de recuperação, estava comprometida devido à distância de mais de 2 mil quilômetros entre Uberaba e Belém. “O quadro da paciente impossibilitaria uma viagem rodoviária tão longa, sujeita a posições desconfortáveis por períodos prolongados e com risco de sofrer impactos”, disse Rocha.
Atenção multiprofissional - “A missão do hospital não se limita a tratar as questões da saúde; inclui o cuidado com o contexto externo para que o paciente possa se recuperar. Por isso, entramos em contato com a Secretaria de Saúde Pública do Pará e com a Secretaria Municipal de Saúde de Belém, entre outras instâncias daquele Estado, mas a ajuda mais rápida surgiu da Força Aérea Brasileira, que afirmou poder conduzir a paciente em aeronave com apoio médico. Isso foi possível porque já existia itinerário previsto de São Paulo a Belém, em missão humanitária, havendo possibilidade de pouso em Uberaba. A resposta positiva foi bastante rápida e ficamos muito felizes por encontrar uma solução eficaz para essa paciente”, relatou a assistente social Ana Paula de Andrade Fernandes.
No início da tarde de 23 de junho, após 17 dias de internação, a paciente foi conduzida em ambulância dos Bombeiros até o aeroporto de Uberaba, acompanhada por equipe de médicos do HC-UFTM, e embarcou na aeronave do 1º Esquadrão de Transporte Aéreo da FAB. A tia da paciente, que viajara durante três dias de ônibus de Belém a Uberaba e passou as últimas semanas como acompanhante, também embarcou.
EL PAÍS (Espanha)
O futuro está chegando do céu... em drones
Serão necessários pilotos, designers, engenheiros de manutenção, analistas de dados. Um novo mundo profissional, impensável para a maioria das pessoas há apenas uma década.
Jorge Marirrodriga
A aprendizagem das palavras, mais ainda quando não acontece na infância, costuma nos remeter a situações e objetos concretos. Milhões de pessoas em todo o mundo souberam o que era um drone antes mesmo de conhecer a palavra. Descobriram na poltrona de um cinema no início dos anos 80. Os protagonistas de Guerra nas Estrelas começavam sua segunda aventura em um planeta hostil e gelado, tentando se esconder das tropas imperiais. O filme se chamava O Império Contra-Ataca. E como contra-atacava. Para procurar os rebeldes lançavam umas cápsulas contra o planeta e de dentro saía uma espécie de medusa voadora equipada com câmeras e raios laser que localizavam e, se pudessem, destruíam as posições dos insurgentes. Seus pilotos? Instalados comodamente a milhares de quilômetros dali.
Jorge Marirrodriga
A aprendizagem das palavras, mais ainda quando não acontece na infância, costuma nos remeter a situações e objetos concretos. Milhões de pessoas em todo o mundo souberam o que era um drone antes mesmo de conhecer a palavra. Descobriram na poltrona de um cinema no início dos anos 80. Os protagonistas de Guerra nas Estrelas começavam sua segunda aventura em um planeta hostil e gelado, tentando se esconder das tropas imperiais. O filme se chamava O Império Contra-Ataca. E como contra-atacava. Para procurar os rebeldes lançavam umas cápsulas contra o planeta e de dentro saía uma espécie de medusa voadora equipada com câmeras e raios laser que localizavam e, se pudessem, destruíam as posições dos insurgentes. Seus pilotos? Instalados comodamente a milhares de quilômetros dali.
De maneira que, para muitas pessoas, foi difícil não evocar aqueles fascinantes aparelhos – George Lucas adora todos seus personagens: faz com que os malvados sejam terríveis, mas, em compensação, elegantes e sofisticados – quando os drones começaram a aparecer no mundo real com fins militares. Os aparelhos que podem bombardear posições dos talibãs no Afeganistão são pilotados a partir de instalações em Nevada; os céus do Iraque são patrulhados a partir de uma base militar em Djibuti. Os drones se converteram em uma aplicação militar tão importante que houve quem afirmasse que daqui a alguns anos a maioria dos pilotos militares dos EUA só terá voado em sua vida a partir de uma instalação em terra. Depois veio a economia para corrigir essas previsões. O certo é que hoje a Força Aérea dos EUA tem problemas para encontrar pilotos de drones. O motivo? Ganham muito menos e trabalham muito mais que seus companheiros que voam fora das telas.
Seguindo o caminho trilhado por outras invenções, o passo seguinte na evolução – e rentabilização – do drone é sua aplicação civil. Vigilância de incêndios, busca de vitimas de catástrofes em lugares remotos, controle de pragas, estudos topográficos, vigilância de redes elétricas, fumigação... o céu é o limite, literalmente. Do envio de desfibriladores em caso de infarto a encomendas de livros e até pizzas. Tudo que puder ser levado, será levado. E serão necessários pilotos, designers, engenheiros de manutenção, analistas de dados... Um novo mundo profissional, impensável para a maioria das pessoas há apenas uma década, vai aparecendo na difícil paisagem do emprego.
Também surgirão as complicações. Os drones ainda não podem voar sobre regiões habitadas, mas isso vai acabar acontecendo. Teremos engarrafamentos? Advogados especialistas em acidentes de drones? Uma carteira de motorista e uma drone-escola? Seguros contra objetos que caem do céu? No fundo, tudo isso tão novo nos leva de volta à antiguidade. O direito romano já previa indenizações se caíssem em cima do transeunte resíduos humanos líquidos (effusum) ou sólidos (deiectum). Avançamos um pouco: agora é uma pizza de quatro queijos que pode nos matar. E tudo isso é culpa do Darth Vader.
PORTAL DEFESA NET
Entrevista Exclusiva com o Comandante da Aeronáutica
“Assim como times que ganham, tem mais torcedores, um avião como esse [Gripen] vai trazer mais gente interessada na Força Aérea” - Tenente-Brigadeiro do Ar Nivaldo Luís Rossato
Tenente-Brigadeiro do Ar Nivaldo Luís Rossato falou com exclusividade sobre o Gripen, seu papel na defesa da soberania nacional, o apoio do Ministério da Defesa, e os efeitos do caça sobre a busca pela carreira de piloto militar.
por Vianney Junior
Em meio às comemorações pelos 16 anos do Ministério da Defesa, Brasília deu o ponta pé inicial das exibições programadas pela Força Aérea para levar para próximo dos contribuintes um de seus programas de modernização. O caça sueco-brasileiro Gripen NG (Nova Geração), mais que uma máquina destinada à assegurar a proteção dos 22 milhões de quilômetros quadrados sob responsabilidade da FAB, é uma peça integradora de tecnologias, que busca incorporar capacitação e conhecimento à indústria nacional, utilizáveis também, em outras aplicações de uso civil.
Sua escolha visou igualmente os ganhos educacionais técnicos e acadêmicos, a geração de postos de trabalho no país, e oportunidades de empregos de alta qualificação.
Agora, ao aproximar-se a conclusão de todos os trâmites contratuais envolvendo os dois países e as duas Forças Aéreas, um grupo de técnicos suecos com apoio de militares brasileiros excursionam pelo Brasil com uma réplica da aeronave, que está sendo desenvolvida pela Saab com a participação de empresas brasileiras da base industrial de defesa. Na ocasião do lançamento do tour, conversamos com o Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Nivaldo Luís Rossato. Confira a seguir:
Vianney Junior – Brigadeiro Rossato, neste ano de forte restrição orçamentária, cada Força busca assegurar a continuidade de seus programas estratégicos. A FAB traz para o centro do país, na Esplanada dos Ministérios, e em seguida para outras cidades, um modelo em escala real do Gripen NG Brasil. Qual o significado desta ação? Qual a importância de trazer para perto da população uma peça como essa, estratégica no arsenal da Força Aérea Brasileira?
Brigadeiro Rossato – Bom, trazer este programa para perto da população é importantíssimo. A divulgação do quê que é a Força Aérea, do que são as Forças Armadas é fundamental para que o povo brasileiro entenda qual é a razão de ser destas instituições, e ver que equipamentos compõem estas Forças. Então o momento, no ano que se comemora 16 anos da criação do Ministério da Defesa, no centro da Esplanada dos Ministérios é um momento ímpar. Quanto a isso, o pessoal do CeComSAer foi ágil e hábil em conseguir a concessão para instalação do modelo do avião aqui, já que normalmente é proibido a utilização desta área. Talvez por ser um avião tão importante e tão falado nos últimos anos, o Governo Federal e o Governo do DF concordaram com esta exibição.
VJ – O caça é provavelmente dentre os ativos de uma força aérea, o que mais desperta o interesse de jovens para a carreira de piloto militar. Como o senhor avalia o efeito do Gripen, incorporando estas novas tecnologias, representando uma nova geração, sobre a procura de candidatos para ingresso na Força?
Brigadeiro Rossato – A carreira militar sempre foi atrativa no Brasil, até porque a área militar é bastante organizada, é um dos exemplos dentro da sociedade. Então o jovem sempre teve um grande interesse em entrar nas atividades militares, e a aviação certamente atrai bastante. E quando vê um avião com a tecnologia do Gripen, com a divulgação que tem, a juventude logicamente se interessa mais. Assim como times que ganham, tem mais torcedores, um avião como esse vai trazer mais gente interessada na Força Aérea.
VJ – O Ministro da Defesa, Jaques Wagner, manifestou recentemente sua boa impressão acerca das tecnologias embarcadas, em particular sobre a modernidade do visor único de tela larga, o Wide Area Display, que é um diferencial do Gripen NG Brasil, como um dos requerimentos da FAB. Como o senhor avalia essa manifestação de aprovação do Ministro da Defesa?
Brigadeiro Rossato – O Ministro Jaques Wagner sempre foi incentivador do Gripen. Ele jamais deixou de nos dar o apoio integral para este nosso programa estratégico. E quando ele recebeu de um capitão nosso que participou do treinamento na Suécia, um briefing sobre a capacidade dos armamentos, sobre a capacidade do radar, na capacidade da eletrônica em geral, ele toma consciência da importância disso. Inclusive dentro do cenário moderno, para domínio do espaço aéreo, é fundamental que a gente tenha um avião como esse, e o nosso Ministro está perfeitamente alinhado com a nossa posição.
VJ – O Brasil diz buscar seu reconhecimento como ator global. Já há tempos vem pleiteando um assento definitivo no Conselho de Segurança da ONU, mas é óbvio que para cada bônus há equivalente ônus. Com a incorporação do Gripen na Força Aérea Brasileira, um caça que já participou de Forças de Coalisão autorizadas pelas Nações Unidas, e envolvendo a própria indústria nacional na produção deste nível de tecnologia, como o senhor avalia os avanços que o Brasil possa ter quanto a sua influência regional e eventualmente global, estando equipado apropriadamente para atender uma convocação da ONU?
Brigadeiro Rossato – Bem, eu entendo que qualquer país tem interesse em ter maior presença na ONU. O Brasil talvez por ser um país gigantesco, com o tamanho que nós temos, é mais do que natural que tenhamos essas ambições. Quanto a ter o Gripen, ou qualquer outro armamento moderno que nós estamos incorporando às Forças Armadas, isso ajuda em alguma coisa, mas nós estamos principalmente interessados na defesa da nossa soberania.
Todas as Forças estão interessadas nisso. Nós víamos há muitos anos, praticamente vinte anos atrás, ou até mais, que nós precisávamos de um caça desta geração, porque ele é o ponto central da defesa da soberania, e todos nós sabemos que o poder aéreo é fundamental. Se nós não tivermos poder aéreo não adianta termos outras coisas. Todas as guerras recentes mostram essa predominância do poder aéreo. Posteriormente, depois de ter o domínio do espaço aéreo, é que vem as ações decorrentes, mas esta é fundamental.
PORTAL DEFESA NET
China quer produzir de foguetes até carros elétricos no Brasil
Júlio Ottoboni
O Parque Tecnológico de São José dos Campos e o governo da China selaram uma parceria de cooperação tecnológica que deve envolver diversos setores produtivos, desde o automotivo até o espacial. O entendimento ocorreu durante a visita de uma comitiva liderada pelo ministro de Ciência e Tecnologia chinês, Wan Gang, ao Parque Tecnológico da cidade no último final de semana.
A China quer entrar como parceira integral do programa espacial brasileiro, pois já produz a série Cbers e pretende ocupar o lugar deixado pela Ucrânia e produzir os foguetes lançadores. O encontro no Vale do Paraíba evidenciou o interesse no desenvolvimento e a produção de veículos elétricos.
A delegação chinesa foi recebida pelo diretor geral do Parque Tecnológico, o ex-ministro da ciência, tecnologia e inovação Marco Antonio Raupp. Também participaram da reunião o presidente da AEB (Agência Espacial Brasileira), José Raimundo Braga Coelho e representantes da Boeing, da Embraer e da empresa chinesa BYD, líder mundial em produção de baterias e que também desenvolve veículos elétricos.
Durante a visita, a comitiva chinesa apresentou a política de parques tecnológicos do país, criada por Raupp no começo dos anos 2000, e as perspectivas de cooperação com o Brasil. O diretor do Parque de São José mostrou a estrutura disponível em São José e a evolução tecnológica da cidade desde a década de 60, além de lembrar que a China já mantém uma parceria com a cidade, por meio do Inpe, na produção de satélites.
Como existe o interesse na área de veículos elétricos, segmento que a China é um dos países líderes nessa tecnologia, o encontro potencializou esse tema. É dado como certo que a fábrica da GM deixará a região até 2017, conforme seu planejamento mundial.
A empresa de capital misto Urbam, que é controlada pela prefeitura de São José, tem um projeto para desenvolvimento de um carro elétrico para prestação de serviços públicos. O projeto, batizado de Muriqui, foi apresentado aos chineses durante a reunião.
“Nós temos várias trocas bilaterais profundas. Há interesse governamental de fazer negócios com vocês. Agora temos que escolher a direção correta dos projetos”, afirmou Wan Gang, antes de sinalizar que "muitas empresas chinesas têm grandes expectativas em relação a investimentos no Brasil."
O ministro chinês convidou o diretor do Parque, o prefeito e empresários locais a visitarem a China em setembro, quando será realizada uma conferência sobre parques tecnológicos no país.
Brasil e China assinaram no dia 19 de junho, em Brasília, um memorando de entendimento (MdE) entre MCTI e o Ministério da Ciência e Tecnologia da China (MOST) para cooperação bilateral em ciência, tecnologia e inovação (CT&I) na área de parques tecnológicos. "Este acordo constitui um marco legal para nossa colaboração tecnológica. Temos agora amparo para ações concretas", finalizou Raupp.
PORTAL NE 10 (PE)
Brasil e Índia fecharam acordo de cooperação aeroespacial
Paulo Floro
Brasil e da Índia se reuniram para formular uma série de cooperações em áreas científicas e tecnológicas. Na área militar, a força-tarefa criada se voltará para projetos de defesa, em especial o aerospacial e da construção naval.
Algumas propostas foram apresentadas pelos representantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica de forma a compartilhar conhecimentos e trocar experiências.
Para a Força Aérea foi estabelecida uma maior aproximação no setor espacial pelo Programa Estratégico de Sistemas Espaciais (Pese), intercâmbios nas áreas de defesa cibernética, de medicina aeroespacial e de defesa química, biológica e nuclear. Também foi acertado o envio de oficiais para cursos na Índia e visitas exploratórias de indianos ao Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), em São José dos Campos (SP).
Quanto ao Exército foi definida a realização de um curso Internacional de Estudos Estratégicos em 2016, intercâmbios de pesquisadores e professores entre as escolas, centros de estudos estratégicos e em segurança e defesa cibernética, além de um curso doutrinário sobre segurança e defesa cibernética.
No caso da Marinha ficou acertado um intercâmbio acadêmico de aspirantes entre as Academias Navais em 2016. Também ficou acordado a continuidade dos entendimentos para a futura cooperação em projetos e construções de submarinos “Scorpène” e navio-aeródromo, junto com um acordo que prevê troca de informações sobre o tráfego marítimo. [Via EAB]
CAMPO GRANDE NEWS (MS)
Piloto que salvou apresentadores globais volta a voar só em setembro
Antônio Marques
Um mês depois do acidente com o bimotor EMB 820 C – Caraja, da MS Taxi Aéreo, que transportava a família do apresentador Luciano Huck e fez um pouso forçado em uma fazenda próxima a rodovia MS 080, em Campo Grande, o piloto Osmar Frattini, 52 anos, considerado herói por ter evitado uma tragédia, está contando os dias para voltar a voar, o que deve acontecer a partir de setembro. Sem salário para cobrir as despesas mensais de casa, ele vai devolver o carro ao banco.
Em entrevista ao Campo Grande News, Frattini disse que não indica a profissão de piloto a ninguém, pelo fato de ser uma carreira mal remunerada e sem reconhecimento no mercado. Citou que um comandante de uma empresa comercial de um avião de passageiro bimotor, como o modelo ATR, recebe cerca de R$ 6,4 mil mensais, enquanto um piloto de um Boeing recebe pouco mais de R$ 18 mil e passa maior parte da vida longe da família.
Osmar Frattini, que tem 31 anos de carreira, disse que continua funcionário da empresa MS Taxi Aéreo recebendo o salário base de R$ 2.312,00 mensais e aguardando os procedimentos exigidos pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) para poder voltar a voar, o que deve acontecer a partir de setembro. “Já realizei todos os exames de saúde e fui aprovado. Está tudo normal. Agora aguardo a definição do agendamento do treinamento e check para retornar ao trabalho”, explicou.
Segundo o piloto, que já acumulou mais de 9 mil horas de voo, trabalhando normalmente conseguia um salário de pouco mais de R$ 13 mil mensais, que era suficiente para manter a família e seus dois filhos nas faculdades de Medicina e Direito. Porém, parte do valor correspondia a comissão conforme o número de horas voadas no mês. “A maior parte dos pilotos de táxi aéreo tem o valor do piso e o cargo em comissão, que varia de acordo com a escala de voo e horas voadas”, comentou.
Sem voar, Frattini teve redução no vencimento em mais de 82%, o que o deixou bastante preocupado, considerando que deve esperar pelo menos mais dois meses para voltar ao trabalho. “Estou devolvendo o carro, que é financiado ao banco”, revelou. Ele ficou sem condições de pagar a parcela de R$ 1.036 mensais e hoje venceria a segunda parcela em atraso.
Para poder voltar a voar, Osmar Frattini aguarda a Anac agendar a data do treinamento, que ele acredita acontecer a partir de 20 de julho. Por conta do acidente, Osmar teve a carteira profissional suspensa, medida normal na aviação. Então, ele faz treinamento como piloto novato e deve enfrentar 12 de voo sob a supervisão de um instrutor. Concluída esta parte, que deve ser oficializada pela empresa à Anac, Osmar poderá solicitar o check à Agência, que enviará um checador para realizar um voo, um tipo de exame prático. “Sendo aprovado, aí sim estarei liberado a voar de novo”, reiterou.
Sobre o acidente, Osmar disse que as investigações do Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronaúticos) vão apontar as causas e que ele não pode comentar o assunto, mas tem certeza que agiu com responsabilidade para evitar uma tragédia. “Consegui pousar em um único espaço disponível nas proximidades e em menos de 150 metros. Pena que havia uma curva de nível no pasto e o impacto foi mais forte do que o esperado, o que provocou alguns ferimentos”, lembrou.
Em relação aos passageiros, os apresentadores globais Luciano Huck, Angélica e seus três filhos, as babás Marcileia Eunice Garcia, Francisca Clarice Canelo Mesquita, Osmar disse que não teve mais contato com eles, diferente da relação com o co-piloto, José Flávio de Souza Zanatto, com quem ele tem conversado frequentemente e está na mesma situação que ele, “tocando a vida, graças a Deus que nos deu nova oportunidade”, concluiu.
Investigação - De acordo com a assessoria da FAB (Força Aérea Brasileira) as investigações estão em fase inicial e ainda não é possível apresentar conclusões, considerando a necessidade de descobrir todos os fatores contribuintes para o evento garante a liberdade de tempo para a investigação. Dessa forma, segundo a FAB, não há prazo definido para a conclusão de qualquer investigação conduzida pelo CENIPA, dependendo sempre da complexidade do acidente.
“É importante ressaltar que os acidentes aeronáuticos ocorrem por uma sequência de fatores contribuintes encadeados. Esses fatores são divididos em operacional, material e humano”, explica a nota da assessoria da Aeronáutica, acrescentando que por ter a missão de prevenir acidentes aeronáuticos, à medida que identifica um fator contribuinte, o Cenipa emite uma Recomendação de Segurança para evitar novos acidentes
De acordo com a FAB, o documento oficial de uma investigação é o Relatório Final, que resgata o histórico da ocorrência, apresenta as informações factuais, análise dos elementos de investigação, conclusões e as recomendações de segurança. Ao término, esse documento é divulgado no site do órgão (www.cenipa.aer.mil.br) para acesso público.
PORTAL A TRIBUNA (MT)
Estação de tráfego aéreo começa a funcionar
O Aeroporto Municipal Maestro Marinho Franco, em Rondonópolis, começou a operar, desde esta segunda-feira (22/06), com a Estação Prestadora de Serviços de Telecomunicações e de Tráfego Aéreo (EPTA), o que significa que está operando por meio de aparelhos. A autorização para esta operação foi emitida pelo Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta). A EPTA tem como função fornecer informações meteorológicas e prestar serviços de informação de voo às aeronaves que pousam e decolam no aeroporto ou cruzam seu espaço aéreo, aumentando as condições de segurança.
O início desse serviço era esperado pelos administradores do aeroporto, pelas empresas que prestam serviço no local e pelos passageiros. O secretário municipal de Transporte e Trânsito, Argemiro Ferreira, explica que a EPTA vai proporcionar mais segurança para as empresas e que o serviço faz parte de um pacote de melhorias que o prefeito Percival Muniz pretende implantar. “Por determinação do prefeito, estamos adquirindo um aparelho de raio-x para que possamos oferecer mais segurança e conforto aos passageiros. Aos poucos estamos proporcionando melhorias para todos que precisam usar os serviços,” conclui.
O início desse serviço era esperado pelos administradores do aeroporto, pelas empresas que prestam serviço no local e pelos passageiros. O secretário municipal de Transporte e Trânsito, Argemiro Ferreira, explica que a EPTA vai proporcionar mais segurança para as empresas e que o serviço faz parte de um pacote de melhorias que o prefeito Percival Muniz pretende implantar. “Por determinação do prefeito, estamos adquirindo um aparelho de raio-x para que possamos oferecer mais segurança e conforto aos passageiros. Aos poucos estamos proporcionando melhorias para todos que precisam usar os serviços,” conclui.
O comandante da empresa Azul Linhas Aéreas, Daniel Long Borsato, garante que com o funcionamento da EPTA o aeroporto se tornou mais seguro e moderno. “É uma evolução, pois os serviços garantem segurança para o piloto e passageiros. É legal quando a administração tem a visão de investir em infraestrutura e Rondonópolis está inovando neste sentido.”
Já o comandante Rezende Habib afirma que, antes do funcionamento da EPTA, os pilotos tinham que “se virar” sozinhos. “Antes ficávamos isolados. Com a EPTA nós vamos conseguir fazer plano de voo on-line e também serão agregados ao voo mais qualidade e segurança. Saberemos se a temperatura está adequada, se a meteorologia e o vento estão de acordo para que possamos pousar”, diz.
A Estação Prestadora de Serviços de Telecomunicações e de Tráfego Aéreo (EPTA) proporciona aos comandantes um boletim meteorológico de hora em hora e condições de segurança de voo, pois a aeronave passa a ser de competência de Rondonópolis com até 27 milhas de distância.
Novos voos
A Passaredo Linhas Aéreas começará a operar com voo direto entre Rondonópolis e Brasília (DF). Incialmente, a empresa pretendia iniciar esse voo em maio de 2015, mas vem adiando desde então. Agora, no site da empresa na internet, os voos diretos para Brasília estão previstos para começar a partir de agosto próximo. Hoje a Passaredo já atua com voo direto entre Rondonópolis e Ribeirão Preto (SP).
Novos voos
A Passaredo Linhas Aéreas começará a operar com voo direto entre Rondonópolis e Brasília (DF). Incialmente, a empresa pretendia iniciar esse voo em maio de 2015, mas vem adiando desde então. Agora, no site da empresa na internet, os voos diretos para Brasília estão previstos para começar a partir de agosto próximo. Hoje a Passaredo já atua com voo direto entre Rondonópolis e Ribeirão Preto (SP).
MONITOR MERCANTIL
Crise no ar
Colunista Sérgio Barreto Motta
Após dez anos de análise – incluindo uma afirmação precipitada de Lula, como presidente, de que a compra seria feita na França – o Brasil rejeitou os modelos francês (Dassault) e norte-americano (Boeing) e anunciou aquisição de 36 caças suecos, Gripen, ao preço de US$ 4,8 bilhões.
No entanto, como sempre ocorre, a formalização pelo Brasil é complicada. Nos últimos dias, o ministro Joaquim Levy convenceu Dilma Rousseff a pedir redução dos juros – logo quem – ao primeiro-ministro da Suécia, Stefan Lofven. A cúpula da FAB está preocupada, achando que qualquer atraso nas negociações poderia inviabilizar a operação.
Dilma lembrou a “tradição brasileira da segurança jurídica em relação a contratos” e garantiu que não se deseja rasgar os acordos. Nos bastidores, no entanto, o que se comenta é que o governo brasileiro, com dificuldades até para quitar o Bolsa Família, não ficaria muito triste se surgissem divergências e o contrato fosse para o espaço. Se isso for superado, o primeiro avião será entregue em 2019, e o último, em 2021.
No entanto, como sempre ocorre, a formalização pelo Brasil é complicada. Nos últimos dias, o ministro Joaquim Levy convenceu Dilma Rousseff a pedir redução dos juros – logo quem – ao primeiro-ministro da Suécia, Stefan Lofven. A cúpula da FAB está preocupada, achando que qualquer atraso nas negociações poderia inviabilizar a operação.
Dilma lembrou a “tradição brasileira da segurança jurídica em relação a contratos” e garantiu que não se deseja rasgar os acordos. Nos bastidores, no entanto, o que se comenta é que o governo brasileiro, com dificuldades até para quitar o Bolsa Família, não ficaria muito triste se surgissem divergências e o contrato fosse para o espaço. Se isso for superado, o primeiro avião será entregue em 2019, e o último, em 2021.
FOLHA VITÓRIA (ES)
Depois de 12 anos de paralisação, obra do Aeroporto de Vitória deve sair do papel
Investimentos previstos são de R$ 523,5 milhões, a ser aplicado na construção de novo terminal de passageiros, pátio de aeronaves, pontes de embarque e aumento do estacionamento
Redação Folha Vitória
Paralisada desde 2005, depois do Tribunal de Contas da União questionar os valores empenhados na construção, as obras do Aeroporto Eurico Aguiar Salles deverão ser retomadas. A ordem de serviço será assinada no hangar da BR Aviation, nesta quinta-feira (25), às 10 horas, pelo ministro da Aviação Civil, Eliseu Padilha, e o presidente da Infraero, Gustavo do Vale.
Os investimentos previstos para a retomada das obras são de R$ 523,5 milhões, que será aplicado na construção de um novo terminal de passageiros, pátio de aeronaves, pontes de embarque e aumento do estacionamento para veículos. O novo terminal de passageiros deverá atender 6,5 milhões de passageiros.
Além do ministro e do presidente da autarquia, também participam da assinatura da ordem de serviço o governador Paulo Hartung (PMDB), o prefeito de Vitória, Luciano Rezende (PPS), e a senadora Rose de Freitas (PMDB), líder da bancada capixaba que articulou a garantia das obras do aeroporto. O vice-presidente da República, Michel Temer, que era aguardado na cerimônia, cancelou sua vinda e justificou que tem um compromisso inadiável em Brasília.
“Ao longo dos últimos 12 anos, muitas vezes as pessoas não acreditaram que o novo aeroporto se tornaria realidade. Mas nós mantivemos a esperança e hoje temos o início das obras e uma conquista para o Espírito Santo. Na presidência da Comissão Mista de Orçamento (CMO) do Congresso Nacional, vou ainda trabalhar para que esse aeroporto comece e termine no prazo estimado”, afirmou Rose.
A previsão é de que as obras se prolonguem por 28 meses. A senadora Rose de Freitas acredita que o novo aeroporto irá favorecer o avanço da infraestrutura local e incentivar o desenvolvimento econômico do Espírito Santo, principalmente os setores hoteleiro e comercial.
“Nós teremos a oportunidade de atrair várias empresas e de criar novos empregos”, assinalou Rose de Freitas.
Pousos e Instrumentos
O sistema de pouso por instrumentos, conhecido como ILS (sigla em inglês para Instrument Landing System), do aeroporto Eurico de Aguiar Salles, em Vitória (ES), voltou a ter o seu funcionamento normalizado nesta segunda-feira (22/06). O equipamento estava sem operar desde de dezembro de 2014 devido à interferências eletromagnéticas que estavam prejudicando a qualidade de seu sinal.
Segundo o coordenador-geral de Gestão da Navegação Aérea Civil da Secretaria de Aviação Civil, Max Carvalho Dias, o sistema permite maior precisão ao piloto e torre no procedimento de pouso por instrumento das aeronaves, principalmente em dias de mau tempo.
“Com o ILS do Aeroporto de Vitória em funcionamento é possível reduzir em até 75% o tempo de suspensão das operações em condições meteorológicas adversas”, relata o coordenador-geral. Ele acrescenta que o sistema funciona em outros 35 aeroportos brasileiros e está presente em praticamente todas as capitais.
HISTÓRICO
A operação do ILS no aeroporto teve início em agosto de 2014 com uma alta expectativa em relação à redução de horas de fechamento do aeroporto sob condições meteorológicas desfavoráveis. Em dezembro do mesmo ano, o equipamento foi retirado de funcionamento devido à interferências eletromagnéticas.
Por esse motivo, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e o Comando da Aeronáutica (Comaer) foram acionados para verificar a origem daquela interferência. Após seis meses e o fechamento de algumas fontes de emissão não autorizadas pela agência reguladora, o sinal do ILS se normalizou e o equipamento pôde ser disponibilizado à aviação.
SITE PANROTAS (SP)
Veja diferenciais do Ceará para escolha de hub da Tam
Danilo Teixeira Alves
Durante o evento realizado pelo governo do Ceará em prol da escolha do Estado como hub da Tam no Nordeste, o “Todos Unidos pelo Hub no Ceará”, o governador Camilo Santana apontou alguns diferenciais da região em relação as outras duas concorrentes, Natal e Recife.
Segundo Santana, Fortaleza embarcou 1,3 milhão de passageiros da Tam em 2014, contra 1,1 milhão embarcados em Recife e 530 mil em Natal. A capital cearense também lidera no ranking de voos da companhia, com 9.793 decolagens contabilizadas no ano passado, contra 7.495 em Recife e 3.488 em Natal.
O Aeroporto Internacional Pinto Martins, em Fortaleza, conta em média com 150 voos domésticos por dia e 14 voos internacionais por semana. Com esses números, o aeroporto hoje é o sétimo em movimentação de passageiros no País, o nono em movimentação de aeronaves e o terceiro em movimentação de carga aérea.
Em relação aos meios de hospedagem, Fortaleza também está alguns passos à frente de suas concorrentes. A cidade conta com 225 meios de hospedagens, 11,1 mil unidades habitacionais e 27,5 mil leitos. Natal, por sua vez, oferece 208 meios de hospedagens, 9,7 mil UH´s e 27.490 leitos. Já Recife tem 93 meios de hospedagens, 6,9 mil UH´s e 15,5 mil leitos.
“A Tam sabe que pode confiar no Governo do Estado do Ceará e na prefeitura de Fortaleza. Temos uma grande infraestrutura, pronta para receber o hub da empresa no nosso Estado”, concluiu Santana.
FOLHA VITÓRIA (ES)
Temer cancela presença no início das obras do aeroporto de Vitória
Esperado para a cerimônia de inauguração das obras do aeroporto de Vitória, o vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), cancelou a visita que faria ao Estado nesta quinta-feira feira. Nos bastidores, a informação é de que ele deve ficar em Brasília para acompanhar votação que acontece na Câmara Federal sobre projeto que envolve o orçamento. A viagem de Temer já tinha sido confirmada pela assessoria da senadora Rose de Freitas (PMDB). Mas o vice da presidente Dilma Rousseff não vai mais participar desse momento histórico para os capixabas.
Comitiva
Sem Temer, quem estará na cerimônia é o ministro da Aviação Civil, Eliseu Padilha, representando o Governo Federal. No avião da Força Aérea Brasileira (FAB) vem de carona o deputado federal Lelo Coimbra (PMDB). A comitiva desembarca no aeroporto de Vitória e de lá segue para o Palácio Anchieta para encontro com governador Paulo Hartung.
Sem Temer, quem estará na cerimônia é o ministro da Aviação Civil, Eliseu Padilha, representando o Governo Federal. No avião da Força Aérea Brasileira (FAB) vem de carona o deputado federal Lelo Coimbra (PMDB). A comitiva desembarca no aeroporto de Vitória e de lá segue para o Palácio Anchieta para encontro com governador Paulo Hartung.
JORNAL DO COMÉRCIO (RS)
Primeiro avião elétrico tripulado faz voo inaugural na usina de Itaipu
Ocorreu, na tarde desta terça-feira (23), o voo inaugural da Sora-e, primeira aeronave elétrica tripulada da América Latina. O voo durou 15 minutos e foi considerado um sucesso, entrando para a história do Brasil e do Paraguai.
O modelo pode levar duas pessoas (piloto e passageiro) e tem autonomia de 45 minutos de voo, expansível para uma hora e meia, com velocidade máxima de 340 km/h. Ele decolou da pista do aeroporto de Itaipu, já na margem paraguaia.
O avião foi certificado pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Ele foi desenvolvido pela Itaipu Binacional, em parceria com a ACS Aviation, de São José dos Campos (SP), e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.
A decolagem aconteceu às 14h28, na pista do aeroporto da Itaipu Binacional, localizado na margem paraguaia da usina, no município de Hernandarias. A aeronave sobrevoou o entorno do reservatório da usina Itaipu e quebrou uma roda do trem de pouso na aterrissagem, que ainda assim ocorreu sem problemas.
A estrutura da aeronave é de fibra de carbono e ela pesa cerca de 400 quilos, contando com baterias de íon polímero de lítio que totalizam 400 volts e dois propulsores de 35 kw cada um. O investimento da Itaipu foi de R$ 900 mil, a maior parte financiada pela Finep.
O avião elétrico ainda não foi homologado, mas já é produzido em série usando combustíveis fósseis. Agora a meta é melhorar a bateria, para que dure mais e o avião obtenha maior velocidade.
O modelo pode levar duas pessoas (piloto e passageiro) e tem autonomia de 45 minutos de voo, expansível para uma hora e meia, com velocidade máxima de 340 km/h. Ele decolou da pista do aeroporto de Itaipu, já na margem paraguaia.
O avião foi certificado pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Ele foi desenvolvido pela Itaipu Binacional, em parceria com a ACS Aviation, de São José dos Campos (SP), e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.
A decolagem aconteceu às 14h28, na pista do aeroporto da Itaipu Binacional, localizado na margem paraguaia da usina, no município de Hernandarias. A aeronave sobrevoou o entorno do reservatório da usina Itaipu e quebrou uma roda do trem de pouso na aterrissagem, que ainda assim ocorreu sem problemas.
A estrutura da aeronave é de fibra de carbono e ela pesa cerca de 400 quilos, contando com baterias de íon polímero de lítio que totalizam 400 volts e dois propulsores de 35 kw cada um. O investimento da Itaipu foi de R$ 900 mil, a maior parte financiada pela Finep.
O avião elétrico ainda não foi homologado, mas já é produzido em série usando combustíveis fósseis. Agora a meta é melhorar a bateria, para que dure mais e o avião obtenha maior velocidade.
Leia também: