NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 24/06/2015 / Assinada a venda da TAP, “uma história anunciada desde finais dos anos 90”
Assinada a venda da TAP, “uma história anunciada desde finais dos anos 90” ...
David Neeleman afirmou que os trabalhadores terão "um grande orgulho nessa tradição de 70 anos".
Foi concluído nesta quarta-feira o conturbado processo de privatização da maioria do capital da TAP, uma venda que o Governo só conseguiu fazer à segunda tentativa e que motivou muitos protestos por parte dos trabalhadores da empresa e da oposição.
Os contratos de venda de 61% da companhia ao consórcio Gateway, dos empresários Humberto Pedrosa e David Neeleman, foram assinados nesta manhã, no Ministério das Finanças, em Lisboa. Na cerimónia estiveram ainda a ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, e o ministro da Economia, António Pires de Lima, que descreveu a privatização como "uma história anunciada desde finais dos anos 90”.
Nas declarações que acompanharam a assinatura, Neeleman, dono da Azul, uma transportadora aérea brasileira, delineou os planos que tem para a companhia: comprar novos aviões, “expandir muito para os EUA” e apostar no mercado brasileiro. Pôs também uma fasquia para o mercado europeu: "O serviço a bordo da TAP pode ser o melhor da Europa".
“A gente vai fazer todo o esforço para usar o capital que a gente vai colocar nessa empresa para criar uma grande empresa”, afirmou o empresário, que é norte-americano e tem também nacionalidade brasileira, num português carregado de sotaque americano. Acrescentou ainda que os trabalhadores – alguns dos quais fizeram greves em protesto contra a venda – vão ter “um grande orgulho nessa marca, nessa tradição de 70 anos”.
A operação significa um encaixe de dez milhões de euros para o Estado português, bem como um investimento de 354 milhões para capitalizar a TAP. O Governo tem a intenção de vender o restante capital nos próximos anos.
Por seu lado, Humberto Pedrosa, dono da empresa de transportes rodoviários Barraqueiro, afirmou que “a TAP continuará a ser uma empresa portuguesa”, que o consórcio fará “crescer sustentadamente num projecto de longo prazo”. A venda implica que a sede e a direcção da TAP se mantenham em Portugal pelos próximos dez anos.
Já a ministra das Finanças afirmou que “a privatização é a única solução que assegura a viabilidade da TAP tal como a conhecemos hoje” e classificou a venda como “mais uma prova de que o empenho reformista do Governo se mantém com a mesma força”.
Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.
Falha em radar força todos aviões a pousarem na Nova Zelândia
Problema deixa milhares nos aeroportos, à espera de voos. Airways New Zealand ainda trabalha para corrigir defeito.
Uma falha num radar fez com que todos os aviões comerciais que sobrevoavam o espaço aéreo da Nova Zelândia pousassem nesta terça-feira (23). As aeronaves estão em terra.
Os especialistas da Airways New Zealand, órgão responsável por vigiar o espaço aéreo do país, ainda trabalham para tentar descobrir o que aconteceu e corrigir o problema. A companhia informou através das redes sociais que o problema foi detectado por volta de 14h48 (23h48 de Brasília de segunda, 22).
Todos os voos internacionais e domésticos foram afetados pela medida.
O problema foi resolvido uma hora e meia depois e o tráfego aéreo começou a recuperar a normalidade.
O incidente foi provocado por uma falha na rede interna, afirmou uma fonte da agência. De acordo com o governo, o sistema foi examinado de maneira minuciosa antes do reinício dos voo.
A Airways New Zealand controla 30 milhões de quilômetros quadrados de espaço aéreo e administra quase um milhão de voos por ano.
O Aeroporto Internacional de Christchurch confirmou que a Airways New Zealand teve um problema com seus sistemas em todo o país.
A imprensa local indicou que os aviões que estavam no ar puderam aterrissar, mas milhares de passageiros se espalham pelos diversos aeroportos do país à espera que os voos sejam retomados.
As fontes do aeroporto de Queenstown citadas pela emissora local "TVNZ" confirmaram que nenhuma aeronave decolou devido a "problemas de comunicação".
Após acidente, mulher será levada de MG ao PA por avião da FAB
Paraense ficou 15 dias internada em Uberaba após fraturar a coluna. Atendimento humanizado possibilitou volta para a casa com segurança.
Gabriela Almeida Do G1 Triângulo Mineiro
Nesta terça-feira (23), a assistente administrativa Waleska Monteiro irá voltar para a casa, em Belém (PA), após 15 dias ausente. A viagem dela, no entanto, não será muito comum: a paraense será levada de Uberaba, no Triângulo Mineiro, até a região Norte por um avião da Força Aérea Brasileira (FAB). O voo é a melhor forma de transporte para Monteiro, que sofreu uma lesão na coluna após um acidente automobilístico.
Durante viagem de passeio com marido e duas filhas para Joinville (SC), o carro da família capotou na rodovia BR-050, entre Uberaba e Uberlândia. Waleska quebrou o braço e cinco vértebras, e foi atendida junto com o marido no Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (HC-UFTM), em Uberaba, no dia 9 deste mês. Um dia depois, as filhas que estavam no Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândiax (UFU) foram transferidas para junto dos pais.
Após cinco dias em acompanhamento médico, ela recebeu alta. Foi quando uma batalha se iniciou na busca por um meio de transporte que não oferecesse riscos à paciente. O responsável pelo setor de ortopedia do hospital, Murilo Antônio Rocha, relata que a situação requeria muitos cuidados.
“A situação dela é de que a fratura da coluna inspira um cuidado. O risco que se corria ao fazer algum tipo de movimento brusco na cervical, onde existe uma fratura. A medula espinhal é uma estrutura nobre que não pode ser estirada ou lesada, com risco de perder movimento e sensibilidade de membros. Então, ela corria risco”, afirmou.
A assistente social Ana Paula de Andrade Fernandes foi uma das profissionais que, através de atendimento humanizado, viabilizou a volta de Waleska para casa. “São mais de 2 mil quilômetros até a casa da família, então buscamos junto a todos os órgãos responsáveis e tudo que foi possível viabilizar o transporte adequado. Por intermédio da Força Aérea Brasileira, conseguimos um sim”, disse.
Ana também conseguiu localizar uma tia da paciente. A militar aposentada Jocenyr Teixeira Monteiro embarcou de Belém para acompanhar a sobrinha e agilizar toda o retorno para casa. “Fui ajudada por várias pessoas. Todos foram muito humanos, porque eu não conhecia nada na cidade”, contou.
Antes de embarcar para o Pará, no aeroporto Mário de Almeida Franco, Waleska se emociona ao despedir e agradecer a todos os cuidados que recebeu durante os 15 dias longe de casa. “Todo mundo ia no quarto do hospital falar comigo, viam seu eu estava precisando e alguma coisa. Se a titia não viesse, eu acho continuaria sendo bem tratada. Ela assumiu esse papel, mas eu estava sendo muito bem tratada”, lembrou.
Força de Pacificação teve avanços na Maré, mas ainda enfrenta dificuldades
Presença militar reduziu homicídios e desbloqueou vias fechadas, mas população reclama da insegurança, dos tiroteios e da morte de inocentes.
Bom Dia Brasil
A ocupação das Forças Armadas no Conjunto de Favelas da Maré está marcada para terminar no fim deste mês. Em 14 meses, a presença militar conseguiu reduzir os índices de homicídio e desbloquear vias fechadas pelos traficantes, mas a população ainda reclama da insegurança, dos tiroteios no meio da rua e da morte de inocentes. Veja na reportagem de Mônica Teixeira e Felipe Wainer.
A voz no vídeo é de um militar da Força de Pacificação da Maré. O palco do confronto: a comunidade Vila do João. Imagens exclusivas mostram uma troca de tiros entre soldados e traficantes em março deste ano.
No meio do fogo cruzado, a população tenta chegar em casa. “Eles estão sentando o dedo aqui. Volta, por segurança de vocês, vai. Por favor, colaborem. Obrigado, boa noite”, diz o militar.
O Complexo de Favelas da Maré fica do lado do Aeroporto Internacional do Rio. As principais vias expressas da cidade passam por ele. Ao todo são 15 favelas, onde moram 140 mil pessoas. Uma área de sete quilômetros quadrados disputada por três facções criminosas.
“É uma área muito complexa, com muitos grupos armados, com milícia em conflitos e confrontos. Então é uma área que realmente é um desafio para a segurança”, afirma o sociólogo da UERJ Ignacio Cano.
Mais de um ano depois da ocupação militar, traficantes armados continuam na região e os confrontos têm se repetido. Em outro tiroteio, no início do ano, um grupo de militares foi atacado por traficantes. Era tanto tiro que eles tiveram que parar o carro para se abrigar.
Na quarta-feira passada, mais uma vez, a tropa foi recebida a bala durante um patrulhamento na Vila dos Pinheiros. Três militares ficaram feridos.
Na noite seguinte, novo tiroteio. Um morador foi atingido e morreu. A família de Vanderley Conceição de Albuquerque, de 34 anos, diz que ele era inocente e acusa os homens do Exército de não prestarem socorro. “No meio do caminho eu encontrei o Exército, pedi ajuda a eles para que eles viessem socorrer meu irmão. Eles negaram, não foram socorrer meu irmão. Mais à frente encontrei outro comboio, encontrei blindado e mais uma vez negaram socorrer meu irmão”, afirma Sidney Conceição de Albuquerque, irmão da vítima.
“Com o Exército ainda dentro aqui, está muito tendo confronto ainda deles com os bandidos”, diz um morador.
“Sai para trabalhar e não sabe se consegue entrar. Ou se sai para buscar a criança na escola, uma troca de tiro. Estamos todos apreensivos. A esperança é que tudo se normalize e fique bem”, afirma outra moradora.
Apesar dos confrontos, o comandante da Força de Pacificação da Maré diz que a área está controlada. “É possível que após a passagem de uma patrulha eles possam retornar a uma determinada área, mas são incapazes de enfrentar as forças federais que estão aqui presentes”, diz o general Sérgio da Costa Negraes.
A ocupação da região pelas forças armadas começou em abril do ano passado. Em 14 meses, o Exército tirou de circulação 59 armas, fez 550 apreensões de drogas e 675 prisões. Nove pessoas morreram neste período, entre elas um militar, mas a taxa de homicídios caiu: antes da ocupação era de 21 por 100 mil habitantes. Hoje é de 5 por 100 mil.
Ruas antes bloqueadas foram abertas. O Bom Dia Brasil acompanhou os militares até um local recém-conquistado. Ao todo, 14 famílias que moram em uma fábrica abandonada conviviam com a violência dos traficantes.
O prédio, até pouco tempo, era um lugar estratégico para o tráfico, que servia como ponto de observação, porque esse é um dos prédios mais altos da Maré. Mesmo com os moradores, era um espaço usado pelo tráfico. “Vocês podem observar que aqui existe uma posição que era utilizada pelos traficantes para atirar contra as forças policiais que vinham pela rua. Em todos os andares a gente vai encontrar situações como essas, buracos na parede de onde eles atiravam”, diz um militar.
Depois de subir seis andares, no topo do prédio é possível ter uma visão de 360º da Maré. E lá que se entende a importância desse lugar para o tráfico, e também porque a ocupação desse espaço pelo Exército é tão emblemática. Agora, quem observa todo o movimento da Maré é a Força de Pacificação. “Além da observação que é feita pela tropa que ocupa o terraço do prédio 24 horas, nós temos uma câmera que nos permite gravar imagens em tempo real e transmiti-las para nosso centro de operações e que nos permitiu inibir essa ação dos traficantes”, diz o tenente-coronel Castro.
Mas o custo da operação é alto: para manter uma estrutura com três mil militares na Maré o gasto é de R$ 1 milhão por dia. As tropas federais devem deixar o Complexo da Maré no dia 30 de junho, e a Polícia Militar vai assumir a área.
“Que o legado das Forças Armadas durante este período de 14 meses seja útil para o andamento, o prosseguimento do processo de pacificação”, diz o general Negraes.
E pacificar essa região é um dos maiores desafios para a segurança. “O desafio é primeiro conter a violência e os tiroteios. E em segundo lugar, construir uma relação de respeito e confiança progressiva entre a comunidade e as forças de segurança”, diz o sociólogo.
Sobre a morte do morador em um dos confrontos da semana passada, a Força de Pacificação disse que que está prestando o apoio à polícia nas investigações. A Secretaria de Segurança Pública do Rio disse que o planejamento para substituição total da tropa da força de pacificação pela PM ainda está sendo montado.
Câmara aprova projeto de aeroporto de cargas em Pouso Alegre, MG
Votação de vereadores em 2º turno aconteceu na tarde desta terça-feira. Projeto que autoriza usar modelo de PPP foi aprovado por 10 votos a 5.
Daniela Ayres
A Câmara de Vereadores de Pouso Alegrre (MG) aprovou no início da noite desta terça-feira (23) em 2º turno o projeto de lei que autoriza a prefeitura a adotar o modelo de Parceria Público Privada (PPP) para a construção do primeiro aeroporto internacional de cargas do Sul de Minas. O projeto foi aprovado por 10 votos a 5 e atingiu o quórum qualificado de 2/3 da Câmara, conforme exige a lei.
Para a aprovação, os vereadores fizeram uma emenda à proposta original. Ela exige que a cessão do terreno do atual aeroporto do município só ocorra quando a empresa concessionária conseguir comprar a área destinada ao aeroporto internacional. O terreno de 350 mil m², localizado no Bairro Jardim Aeroporto, é a contrapartida dada pelo município para firmar a Parceria Público Privada (PPP) que vai viabilizar a construção do novo empreendimento, orçado em mais de R$ 500 milhões.
Como a compra da nova área poderá ser feita por meio de financiamento bancário, parte dos vereadores temia que houvesse a possibilidade do atual aeroporto ser usado como garantia. Assim, a emenda tem como objetivo impedir o uso desse terreno para a compra da área do novo aeroporto.
Com a aprovação, o projeto segue agora para sanção do prefeito Agnaldo Perugini. Após isso, o prefeito deverá marcar uma audiência pública e uma consulta pública em um prazo de até 30 dias. Somente após esse processo, será feita a licitação para a escolha da empresa que irá operar o aeroporto.
O projeto
A proposta de construção do empreendimento, que deverá receber o nome de Aeroporto Internacional Senador José Bento Ferreira de Mello, começou a ser discutida em 2012, mas a outorga por parte da SAC só saiu em maio de 2014. No entanto, essa autorização para que o município construa e administre o aeroporto, não garante que o empreendimento saia do papel.
A proposta de construção do empreendimento, que deverá receber o nome de Aeroporto Internacional Senador José Bento Ferreira de Mello, começou a ser discutida em 2012, mas a outorga por parte da SAC só saiu em maio de 2014. No entanto, essa autorização para que o município construa e administre o aeroporto, não garante que o empreendimento saia do papel.
Com a aprovação do modelo do PPP pelos vereadores e a relaização da licitação para a escolha da empresa que irá operar o empreendimento, uma das preocupações passa a ser a obtenção do licenciamento ambiental.
O aeroporto
Com investimento inicial orçado em R$ 541.366.703,55, o aeroporto internacional planejado para Pouso Alegre deve ocupar uma área de pouco mais de 5 milhões de m² próxima à Rodovia Fernão Dias. A empresa que ganhar a licitação, vai receber em troca a área de 350 mil m² ocupada pelo atual aeroporto do município, que faz transporte de passageiros em aviões de pequeno porte, e ter direito a explorar outras atividades no entorno do novo aeroporto por um período de 30 anos.
Com investimento inicial orçado em R$ 541.366.703,55, o aeroporto internacional planejado para Pouso Alegre deve ocupar uma área de pouco mais de 5 milhões de m² próxima à Rodovia Fernão Dias. A empresa que ganhar a licitação, vai receber em troca a área de 350 mil m² ocupada pelo atual aeroporto do município, que faz transporte de passageiros em aviões de pequeno porte, e ter direito a explorar outras atividades no entorno do novo aeroporto por um período de 30 anos.
O aeroporto deverá ficar próximo aos bairros Cidade Vergani, Curralinho, Fazendinha e Cajuru, declarados como zonas aeroportuárias em projeto de lei aprovado pela Câmara em outubro de 2013. Neste local, o município calcula gastar R$ 205.874.576 em desapropriações, medida também autorizada pelos vereadores por meio de projeto que tramitou no Legislativo em fevereiro de 2013.
Vídeo feito por piloto mostra laser usado contra aeronave no ES
Voo seguia do Rio a Vitória e raio pode ser visto a três mil metros de altura. Uso dessa luz contra aviões é crime no Brasil, com pena de até 12 anos.
Andressa Missio (tv Gazeta)
Um vídeo gravado por um piloto em um voo do Rio de Janeiro para Vitória, no Espírito Santo, mostra que canetas de raio laser foram usadas para atrapalhar o trabalho dos tripulantes. No Brasil, essa prática é considerada crime com pena de até 12 anos de reclusão.
Desde janeiro de 2015, foram realizados 63 registros do crime no Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa).
Desde janeiro de 2015, foram realizados 63 registros do crime no Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa).
Nas imagens é possível observar as luzes de cor verde sendo apontadas para a direção da câmera e da aeronave. O voo seguia do Rio de Janeiro para Vitória, e, no momento do vídeo, sobrevoava Guarapari.
No momento do pouso em Vitória, a aeronave estava a 3 mil metros de altura e, mesmo assim, as luzes eram fortes o bastante para incomodar a tripulação do voo.
O brinquedo aparentemente inofensivo pode causar distração, ofuscamento da visão, e até cegueira temporária nos pilotos.
O brinquedo aparentemente inofensivo pode causar distração, ofuscamento da visão, e até cegueira temporária nos pilotos.
As canetas de raio laser podem ser compradas em papelarias ou mesmo na internet, sem restrições. São úteis em palestras ou apresentações de trabalhos. No entanto, se apontadas diretamente para os olhos dos pilotos, são capazes de derrubar um avião.
“É irresponsabilidade dessas pessoas, às vezes está até na mão de crianças e adolescentes. Os adultos têm que tomar conta disso, até porque o aeroporto de Vitória é próximo à cidade”, opinou a comerciante Silvana Matei.
“É ignorância. São jovens, isso tem que ser combatido. Tem que ter fiscalização. Os pilotos reclamam sobre isso, jogares de futebol reclamam, isso tem que ser proibido”, disse o engenheiro Paulo Roberto Lamo.
Crime
Outro vídeo, enviado pela Associação Brasileira de Pilotos da Aviação Civil mostra um grupo que também usava o raio laser contra uma aeronave. Após o aviso dos pilotos, os rapazes foram identificados e detidos.
O uso de raio laser contra aviões é crime no Brasil, a pena pode chegar a 12 anos de prisão.
Crime
Outro vídeo, enviado pela Associação Brasileira de Pilotos da Aviação Civil mostra um grupo que também usava o raio laser contra uma aeronave. Após o aviso dos pilotos, os rapazes foram identificados e detidos.
O uso de raio laser contra aviões é crime no Brasil, a pena pode chegar a 12 anos de prisão.
Renan pede avião da FAB para levar nova comitiva do Senado à Venezuela
Fazem parte do grupo liderado por Lindbergh Farias (PT-RJ) os senadores Roberto Requião (PMDB-PR), Telmário Mota (PDT-RR) e Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM)
BRASÍLIA – O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse nesta terça-feira que já pediu avião da Força Aérea Brasileira ( FAB) para que os senadores liderados por Lindbergh Farias (PT-RJ) façam uma viagem oficial à Venezuela.
"Igualmente solicitamos um avião da Força Aérea e espero que, da forma da delegação anterior, esta também seja atendida. Não se trata de autorizar, mas de dar andamento a um requerimento que foi aprovado", disse Renan.
Lindbergh Farias disse que o avião já está confirmado e que a nova comitiva será composta por quatro senadores: Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), Roberto Requião (PMDB-PR), Telmário Mota (PDT-RR), além do próprio Lindbergh.
Segundo Lindbergh, o grupo viajará na quarta-feira, às 17h30, para ter encontros na quinta-feira, tanto com governistas como oposicionistas.
"São quatro senadores. Estamos tentando trazer para a viagem um desgarrado da oposição, mas não está fácil", disse Lindbergh.
O senador petista disse que quer se reunir com governistas, com as mulheres dos líderes da oposição — como ocorreu com a comitiva liderada por Aécio Neves (PSDB-MG), com o governador do estado de Miranda, Henrique Capriles, e com o comitê de vítima de barricadas.
Novo avião agrícola da Embraer faz primeiro vôo público nesta 4ª feira
O novo avião agrícola desenvolvido pela Embraer, o Ipanema 203, fará seu primeiro voo público de demonstração nesta quarta-feira, 24, em Luís Eduardo Magalhães, no oeste da Bahia. A iniciativa está programada para a abertura do congresso anual promovido pelo Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag). As demonstrações aéreas estão marcadas para as 7 horas e às 9 horas. A aeronave ficará em exposição estática no estande da Embraer, até o encerramento do evento, na sexta-feira, 26.
Lançado durante a Agrishow, em abril, o Ipanema 203 é uma evolução do produto que é líder em seu segmento, com mais de 60% de market share no Brasil e mais de 1.360 unidades vendidas, informa a Embraer, em comunicado. O novo modelo tem 2 metros a mais de envergadura de asa em relação ao anterior e é produzido na unidade da empresa, em Botucatu, oeste de São Paulo.
Segundo a Embraer, trata-se da primeira reformulação do produto desde 2005, quando o Ipanema 202 se tornou a primeira aeronave produzida em série no mundo a sair de fábrica certificada para voar com etanol (álcool hidratado), mesmo combustível utilizado em automóveis.
No campo
Líder no mercado de aviação agrícola no Brasil, o Ipanema é utilizado principalmente na pulverização de fertilizantes e defensivos agrícolas. As principais culturas que têm demandado o avião são: algodão, arroz, cana-de-açúcar, citros, eucalipto, milho, soja e café. Ele também pode ser utilizado para espalhar sementes, combater vetores e larvas, no combate primário a incêndios e povoamento de rios.
O diretor da Unidade da Embraer em Botucatu, interior paulista, Alexandre Solis, informa que, além de maior produtividade na lavoura, o Ipanema 203 oferece mais conforto e segurança ao piloto. Segundo ele, o equipamento tem um novo sistema de ar condicionado, além de cinto de segurança com air bag e cabine com novos conceitos ergonômicos, como alavancas de comando mais acessíveis e pedais com ângulos mais suaves.
Frente Aeronáutica
Será lançada hoje na Câmara do Deputados, em Brasília, a Frente Parlamentar em Defesa da Indústria da Aeronáutica e Espacial. Autor do requerimento, deputado José Stédile (PSB/RS), reconhece a comissão com um canal para estimular e defender os interesses das indústrias aeronáutica e espacial no Brasil.
Dilma pede à Suécia revisão de juros de financiamento dos 36 caças Gripen
Diante da pressão do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, para que o contrato de financiamento dos 36 caças gripen tenha seus juros rebaixados, para ajudar no ajuste fiscal, a presidente Dilma Rousseff, conversou, por telefone na manhã desta terça-feira, 23 com o primeiro ministro da Suécia, Stefan Löfven. Dilma pediu a Löfven adiamento do prazo para a assinatura do contrato de financiamento, que expira nesta quarta-feira, dia 24 de junho, para que se possa renegociar as taxa de juros.
Levy tem alegado que a alteração da taxa representará uma redução de gasto da ordem de R$ 1 bilhão, em 25 anos. O ministro quer usar ainda este contrato como modelo para renegociar outros acordos internacionais já assinados por outros ministérios, sob a alegação de que os juros na Europa caíram e o Brasil pode ser beneficiado com isso.
O Comando da Aeronáutica está muito preocupado com esta alteração dos termos da proposta já assinada com a SAAB, fabricante dos aviões. A FAB teme que outras cláusulas importantes do contrato possam sofrer correção e atrapalhe o projeto de construção conjunta dos aviões, com transferência de tecnologia Para a FAB a economia é muito pequena para um período tão longo de 25 anos, pelo desgaste da alteração dos termos da proposta. Os suecos alegavam que o contrato já foi assinado e que os seus termos já foram aprovados pelo congresso daquele país.
Assim, qualquer alteração, necessitaria de nova aprovação pelo plenário do congresso sueco. O governo brasileiro, no entanto, acha que poderá contar com a boa vontade dos suecos porque eles também têm interesse no projeto e o sinal disso foi que eles já aceitaram um pedido do Levy de redução de R$ 1 bilhão para R$ 200 milhões do desembolso da primeira parcela, em função do forte ajuste fiscal que está em curso no País.
Na conversa com o primeiro ministro da Suécia, a presidente Dilma tentou tranquilizá-lo avisando que o governo brasileiro não tem interesse em romper o contrato, mas apenas renegociar as taxas de financiamento. Lembrou ainda que é tradição brasileira a segurança jurídica em relação aos contratos e explicou os benefícios para o País, em momento de dificuldades econômicas. Segundo apurou a reportagem, a reação do primeiro ministro foi "propositiva" e ele ficou de dar uma resposta ao governo brasileiro.
Para Levy, as taxas de juros do contrato podem ser alteradas. Já os suecos, consideram que não. O diretor da Saab no Brasil, Bengt Janér, ao falar sobre as dificuldades de qualquer tipo de alteração no contrato, informou que "no ato da assinatura do acordo comercial os juros estabelecidos foram congelados". Para ele, a discussão é que o Brasil quer baixar ainda mais as taxas, que os bancos suecos dizem que já estão de menores que a da OCDE. "Só que os suecos têm de seguir as regras escritas, que são claras e dizem que os juros são congelados quando da assinatura do contrato porque senão vira subsídio à indústria de defesa da Suécia".
De acordo com Bengt Janér, não tinha como baixar os juros "a não ser que o contrato voltasse ao parlamento sueco e se iniciasse toda uma nova discussão e negociação e, neste caso, o atraso será irreversível".
Por ora estão mantidos os prazos de entrega do primeiro dos 36 aviões em 2019, completando dez no fim de 2021, para que se forme um esquadrão e eles comecem a operar. A previsão de entrega do último avião é 2024. Desde a primeira sinalização da compra, em dezembro de 2013, o contrato subiu 12% do preço e preços de hoje, segundo a FAB, agora está em US$ 4,8 bilhões. Cada dia de demora na assinatura do contrato de financiamento adia a ida dos 100 engenheiros brasileiros para começar a trabalhar na construção da nova geração do Gripen.
Até agora, foi assinado um pré-contrato, em outubro de 2014, e um dos seus itens prevê que, em até oito meses, tem de ser ratificado o financiamento com o banco de fomento sueco SEK. Caso isso não ocorra, todo o processo de negociação perde efeito e todos os termos do acordo da compra dos aviões terão de ser reavaliados. Outro problema é que, no caso de adiamento, de acordo com técnicos da Força Aérea e da empresa fabricante do caça, "a transferência de tecnologia é afetada de forma irreversível".
O Comando da Aeronáutica está muito preocupado com esta alteração dos termos da proposta já assinada com a SAAB, fabricante dos aviões. A FAB teme que outras cláusulas importantes do contrato possam sofrer correção e atrapalhe o projeto de construção conjunta dos aviões, com transferência de tecnologia Para a FAB a economia é muito pequena para um período tão longo de 25 anos, pelo desgaste da alteração dos termos da proposta. Os suecos alegavam que o contrato já foi assinado e que os seus termos já foram aprovados pelo congresso daquele país.
Assim, qualquer alteração, necessitaria de nova aprovação pelo plenário do congresso sueco. O governo brasileiro, no entanto, acha que poderá contar com a boa vontade dos suecos porque eles também têm interesse no projeto e o sinal disso foi que eles já aceitaram um pedido do Levy de redução de R$ 1 bilhão para R$ 200 milhões do desembolso da primeira parcela, em função do forte ajuste fiscal que está em curso no País.
Na conversa com o primeiro ministro da Suécia, a presidente Dilma tentou tranquilizá-lo avisando que o governo brasileiro não tem interesse em romper o contrato, mas apenas renegociar as taxas de financiamento. Lembrou ainda que é tradição brasileira a segurança jurídica em relação aos contratos e explicou os benefícios para o País, em momento de dificuldades econômicas. Segundo apurou a reportagem, a reação do primeiro ministro foi "propositiva" e ele ficou de dar uma resposta ao governo brasileiro.
Para Levy, as taxas de juros do contrato podem ser alteradas. Já os suecos, consideram que não. O diretor da Saab no Brasil, Bengt Janér, ao falar sobre as dificuldades de qualquer tipo de alteração no contrato, informou que "no ato da assinatura do acordo comercial os juros estabelecidos foram congelados". Para ele, a discussão é que o Brasil quer baixar ainda mais as taxas, que os bancos suecos dizem que já estão de menores que a da OCDE. "Só que os suecos têm de seguir as regras escritas, que são claras e dizem que os juros são congelados quando da assinatura do contrato porque senão vira subsídio à indústria de defesa da Suécia".
De acordo com Bengt Janér, não tinha como baixar os juros "a não ser que o contrato voltasse ao parlamento sueco e se iniciasse toda uma nova discussão e negociação e, neste caso, o atraso será irreversível".
Por ora estão mantidos os prazos de entrega do primeiro dos 36 aviões em 2019, completando dez no fim de 2021, para que se forme um esquadrão e eles comecem a operar. A previsão de entrega do último avião é 2024. Desde a primeira sinalização da compra, em dezembro de 2013, o contrato subiu 12% do preço e preços de hoje, segundo a FAB, agora está em US$ 4,8 bilhões. Cada dia de demora na assinatura do contrato de financiamento adia a ida dos 100 engenheiros brasileiros para começar a trabalhar na construção da nova geração do Gripen.
Até agora, foi assinado um pré-contrato, em outubro de 2014, e um dos seus itens prevê que, em até oito meses, tem de ser ratificado o financiamento com o banco de fomento sueco SEK. Caso isso não ocorra, todo o processo de negociação perde efeito e todos os termos do acordo da compra dos aviões terão de ser reavaliados. Outro problema é que, no caso de adiamento, de acordo com técnicos da Força Aérea e da empresa fabricante do caça, "a transferência de tecnologia é afetada de forma irreversível".
Badminton depende de vaquinha para ir a Mundial Pré-Olímpico
Atletas bancam suas próprias viagens para os torneios oficiais
Demétrio Vecchioli
Campanhas online de arrecadação de fundos para que atletas participem de competições já se tornaram recorrentes. O badminton, entretanto, chegou a um novo patamar. A um ano de levar um jogador aos Jogos Olímpicos pela primeira vez, a Confederação Brasileira de Badminton (CBBd) não tem condições de pagar a ida de nenhum brasileiro ao Mundial de Jacarta (Indonésia), evento mais importante do ciclo olímpico. Quem quiser participar terá de pagar sua viagem, estadia, e todos os demais custos relacionados.
"A passagem já está paga e para o Mundial eu vou de qualquer jeito. Mas, para os outros torneios que preciso ir, o valor começa a ficar muito alto para eu poder bancar sozinho. E conseguir patrocínio ultimamente tem sido bem difícil. O crowdfunding (arrecadação pela internet com quem quer ajudar) foi a melhor ideia que tive", conta Tjong, número 97 do ranking mundial, que vai pela segunda vez aos Jogos Pan-Americanos.
Ele quer usar os R$ 10 mil que pretende arrecadar com o "financiamento coletivo" para ajudar a pagar a ida a sete torneios até o fim do ano e recuperar parte dos R$ 5 mil que gastou só com a passagem até a Indonésia. No ano passado, Alex torrou R$ 9 mil para ir a duas etapas do Circuito Mundial. Dinheiro que saiu da sua pouca renda: o soldo de sargento da Força Aérea (cerca de R$ 3.000 por mês) e a Bolsa Talento Esportivo, oferecida pelo Governo do Estado de São Paulo, de pouco menos de R$ 2.500. Ele não tem Bolsa Atleta.
OPÇÕES
A CBBd alega que até teria recursos para levar os sete atletas classificados ao Mundial, em agosto, mas optou por usar a mesma verba para bancar a participação em dois eventos menores, na Guatemala e no México, mas que oferecem mais oportunidade aos brasileiros de pontuarem no ranking mundial. "A gente tem de fazer o custo-benefício. A CBBd está disponibilizando dinheiro para competições que vão gerar mais pontos. A gente tem um indicador de quanto vai custar cada ponto. O Mundial é outro nível, temos de ser extremamente racionais. Para o atleta, é sensacional disputar o Mundial, mas não ganhamos pontos", argumenta José Roberto Santini, diretor técnico da entidade.
De acordo com ele, a ida ao Mundial custaria até R$ 130 mil à CBBd, que depende exclusivamente dos R$ 2 milhões que recebe da Lei Piva. "Não tivemos aporte do Ministério do Esporte, não temos patrocínio. Estamos fazendo planejamento de equipe olímpica com os mesmos recursos que nossos atletas eram número 500 do ranking. Hoje, classificaríamos dois atletas para a Olimpíada sem precisar de convite.
"A CBBd passou por intervenção jurídica em 2011 e só conseguiu certidão negativa de débito em meados do ano passado. Até então, não poderia firmar convênios com o governo. A entidade alega que, depois, chegou a enviar projetos ao Ministério do Esporte, que foram recusados. "Essa coisa de que a meta é ser Top 10 (do quadro de medalhas da Olimpíada do Rio) está fazendo com que os recursos sejam destinados para quem tem chance de medalha. A gente não tem", reclama Santini. O Ministério do Esporte diz que não foi procurado pela CBBd para apoiar a participação de atletas no Circuito Mundial ou em outros torneios.
VAGA OLÍMPICA
Além de Alex, Daniel Paiola, número 66 do ranking, também está inscrito no Mundial. O Brasil tem direito a dois convites nos Jogos do Rio (um na chave masculina de simples e outro na feminina), mas pretende não precisar usufruí-los, classificando ambos pelos critérios universais. O jovem Ygor Coelho subiu ao 103.º lugar do ranking e entrou na briga depois de viajar à Europa por conta própria para competir na Polônia, na Finlândia e na França.
Nas duplas, vai o melhor time das Américas em cada uma das três disciplinas: masculina, feminina e mista. Únicas brasileiras com chances, as irmãs Lohaynny e Luana Vicente, têm 30.203 pontos, contra 37.341 de Eva Lee/Paula Obanana (EUA). As Vicente foram a 10 torneios nas últimas 52 semanas e por isso não têm descartes no ranking. As norte-americanas disputaram 18 competições, computando os 10 melhores resultados.
Até maio de 2016, o planejamento da CBBd é que as atletas participem de no máximo 15 eventos. "Não podemos chegar nunca em 20. Não temos dinheiro", admite Santini. O Brasil nunca disputou uma Olimpíada no badminton. Também nunca venceu uma partida de Mundial. No Pan, ganhou um bronze em 2007 e outro em 2011. A meta para Toronto é subiu ao pódio em todas as cinco disputas.
Cai chefe do Exército da Argentina
Acusado de violar direitos humanos, general César Milani dividia cúpula kirchnerista
Rodrigo Cavalheiro
BUENOS AIRES- O general César Milani, um dos personagens mais controvertidos do governo de Cristina Kirchner, renunciou ontem ao cargo de chefe do Exército argentino. Proveniente do setor de inteligência das Forças Armadas, ele é acusado de violar direitos humanos durante a ditadura (1976-1983). Ele ocupava a função desde 2013, em um governo que cativa eleitores por ter avançado no julgamento de militares por crimes no período.
Ele argumentou que sua renúncia está ligada a "razões estritamente pessoais" e foi substituído pelo general Ricardo Cundom. Aos 60 anos, Milani é acusado do desaparecimento do soldado Alberto Ledo em 1976, na província nordestina de Tucuman. "Esperamos que a saída dele do poder ajude a apressar o julgamento. Claramente, houve lentidão pelo cargo que ele ocupava", disse ao Estado a irmã do soldado, Graciela Ledo. Milani também é acusado de torturar dois membros de uma família na província de La Rioja.
A decisão de Cristina de nomeá-lo comandante do Exército foi criticada por grupos de defesa dos direitos humanos, mas as entidades kirchneristas da área o apoiaram. O caso mais paradoxal é o da líder das Mães da Praça de Maio, Hebe de Bonafini, que surpreendeu parte de seu próprio movimento ao apoiar Milani, a quem foi apresentada por Néstor Kirchner.
Graciela Fernández Meijide, opositora que teve um filho sequestrado pelos militares, interpretou a saída de Milani como uma forma de o governo se livrar de um quadro inconveniente, a quatro meses da eleição presidencial. "Nem o ministro da Defesa o queria", afirmou ao canal TN, do Grupo Clarín.
O ex-ministro de Defesa Horacio Jaunarena, que ocupou o cargo três vezes, afirmou que é raro um militar do setor de inteligência chefiar o Exército. "Ele estava a serviço de uma facção do governo fazendo espionagem contra adversários políticos, o que é inadmissível", afirmou.
A deputada opositora Elisa Carrió ironicamente pediu em fevereiro a Milani que não a matasse. Ela o acusou de participação na morte do promotor Alberto Nisman, encontrado com uma bala na cabeça em janeiro depois de denunciar Cristina por encobrir iranianos acusados de atacar uma entidade judaica em 1994. Segundo a deputada, o militar, que sabia detalhes da investigação feita por Nisman com espiões, teria desmobilizado os guarda-costas dele no dia em que foi encontrado morto. Ela não apresentou provas.
Os organizadores da visita do papa Francisco ao Paraguai, de 10 a 12 de julho, esperam que um milhão de argentinos cruzem a fronteira para vê-lo. O pontífice começará sua viagem à América do Sul pelo Equador, dia 5, e vai dia 8 para a Bolívia. A Argentina ficou fora do roteiro porque Francisco já disse que não quer influir na eleição de outubro. Ele visitará seu país em 2016, além de Uruguai e Chile.
Descrito em biografias como peronista conservador, Francisco recebeu quatro vezes a presidente Cristina Kirchner no Vaticano - a última no dia 7, a duas semanas da definição das candidaturas na Argentina. Estudiosos da vida do papa, como Sergio Rubin, argumentam que seria difícil ele se recusar a receber a presidente. Em março, Francisco reclamou que se sentia usado pela política. Críticos do papa, porém, dizem que políticos de pouca expressão - kirchneristas ou opositores - voltaram de visitas ao Vaticano com fotos ao lado de Francisco e as transformaram em outdoors de campanha.
Brasil registra 2,3 casos por dia de raio laser contra aviões; ES lidera
Márcio Neves
Canetas de raio laser parecem ser um brinquedo inofensivo, mas preocupam pilotos de aviões e de helicópteros em todo o país. Somente de janeiro deste ano até a sexta-feira (19) foram registradas 399 ocorrências de apontamento de raio laser contra aviões no Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), uma média de 2,3 por dia.
O espaço aéreo compreendido pelo aeroporto de Vitória (ES) foi o recordista, com 63 registros somente neste ano. O aeroporto de Guarulhos (SP) ocupa o segundo lugar, com 30 casos. Em comparação, 2014 teve no total 1.283 ocorrências, uma média de 3,5 por dia.
As canetas de raio laser podem ser compradas sem restrições, em estabelecimentos comuns. Sua luz, se apontada diretamente para os olhos de pilotos, é um perigo para a segurança de voo, já que se espalha por toda a cabine e pode confundir a leitura de equipamentos e os indicadores luminosos no painel do avião e até mesmo atrapalhar um procedimento de voo em condições visuais.
"O laser pode causar a simples distração, o ofuscamento da visão, uma cegueira temporária e até mesmo provocar uma hemorragia na retina", explica o piloto de aeronaves Mateus Ghisleni.
Segundo o Sindicato dos Aeronautas, o problema não é exclusivo do Brasil. Diversos países fazem campanhas para reduzir esse tipo de ocorrência. Nos Estados Unidos, por exemplo, o FBI (Polícia Federal americana) oferece em seu site recompensa para quem fornecer informações que levem à captura de pessoas que apontam raios laser para as aeronaves --a pena norte-americana é de 20 anos de prisão e multa de até US$ 250 mil.
Em 2013, o piloto de uma aeronave da Asiana que fez um pouso de emergência no aeroporto de San Francisco (EUA) relatou ter sua visão dentro da cabine prejudicada por flashes e reacendeu a discussão sobre o tema. Na ocasião, duas pessoas morreram e 182 ficaram feridas.
No Brasil, o uso de raio laser contra aeronaves também é crime, com pena que pode chegar a 12 anos de prisão.
Subsidiária da Etihad compra quatro jatos da Embraer
São Paulo - A fabricante aeronáutica brasileira Embraer anunciou nesta terça-feira a venda de quatro jatos Phenom 100E e a opção de aquisição de outras três aeronaves do mesmo modelo à Etihad Flight College, subsidiária da companhia aérea Eithad Airways.
Em comunicado, a Embraer indicou que se todas as opções de aquisição forem confirmadas, o negócio chegará a US$ 30 milhões, segundo a atual lista de preços disponíveis no mercado.
A entrega das quatro aeronaves que se somarão a outras 16 do mesmo tipo que integram a frota da Etihad Flight College, está prevista para começar no primeiro trimestre de 2016.
As aeronaves de Embraer fazem parte do programa para treino de pilotos da Etihad Airways.
A C Flight College opera na cidade de Al Ain e oferece capacitação permanente para cerca de 120 pilotos do país e do exterior.
Itaipu testa 1º avião elétrico tripulado da América do Sul
Assunção - A usina de Itaipu realizou nesta terça-feira, na cidade de Hernandarias, no leste do Paraguai, um teste com a aeronave "Sora-e", apresentada como "o primeiro avião elétrico tripulado da América do Sul".
Com lugar para o piloto e um acompanhante, o avião é movido exclusivamente com baterias que fornecem energia elétrica e possui autonomia de uma hora e meia de voo, indicou Itaipu em nota.
A aeronave, que tem oito metros de comprimento e pesa 650 quilos, é feita de fibra de carbono e pode alcançar uma velocidade de cruzeiro de 190 km/h, com um máximo de 340 km/h.
"Para Itaipu é um avanço enorme. Estamos sempre pesquisando e tentando desenvolver veículos elétricos que tenham uma autonomia maior", afirmou Salim Morínigo, engenheiro do setor de Mobilidade Sustentável de Itaipu.
A empresa investiu US$ 90 mil no desenvolvimento do protótipo, custo muito inferior ao preço de venda das aeronaves semelhantes, que custam cerca de US$ 900 mil.
O diretor-geral de Itaipu, Jorge Samek, afirmou que o avião reforça o compromisso do Paraguai e do Brasil no desenvolvimento de tecnologias limpas, sem impacto no meio ambiente.
"Itaipu já é referência na área de mobilidade elétrica sustentável com carros, ônibus e sistemas inteligentes para monitoração. Agora também se torna referência no setor aeronáutico", destacou.
O avião "Sora-e" foi desenvolvido graças a um convênio entre a empresa de aviação ACS, vinculada ao Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação, e Itaipu, que trabalham em conjunto em um Programa de Veículo Elétrico (VE).
Itaipu é a segunda maior hidrelétrica do mundo com uma potência instalada de 14.000 megawatts, da que o Paraguai só aproveita 10% apesar ter direito à metade. O restante é vendido ao Brasil.
Coluna Começo de Conversa
Fernando Albrecht
Que país é este? II
É uma coisa de louco. Somente de janeiro deste ano até o dia 19, foram registradas 399 ocorrências de apontamento de raio laser contra aviões no Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), média de 2,3 por dia. Chegamos ao ponto de irresponsabilidade criminosa. Tentativa de homicídio.
PORTAL MAXPRESS (SP)
"Jornal da Band" exibe série especial sobre o risco dos balões
Nesta semana, o Jornal da Band exibe a série especial “Balões: Risco no Ar”. O mês de junho - quando os brasileiros se animam com as festas populares para homenagear São João, Santo Antonio e São Pedro - é repleto de muitos balões no céu. O que muita gente acha bonito, na verdade, significa risco de acidentes, queimaduras e incêndios.
A reportagem da Band acompanhou cada etapa da soltura de um balão, que pode ser o começo de uma tragédia. O perigo aparece antes mesmo de ele sair do chão. Há sempre uma grande concentração de gente, bujões de gás, rojões e fogos de artifício quando o grupo de baloeiros se reúne. Um acidente pode acontecer a qualquer momento.
Estima-se que um milhão de pessoas sofrem queimaduras no Brasil no espaço de um ano. Na época das festas juninas, o número de acidentes é 30% maior do que nos outros meses.
Estima-se que um milhão de pessoas sofrem queimaduras no Brasil no espaço de um ano. Na época das festas juninas, o número de acidentes é 30% maior do que nos outros meses.
Quando o balão decola, leva junto o perigo. Há graves riscos para a navegação aérea e não são poucos os incêndios provocados pela queda de um balão. No ano passado, só em São Paulo, os bombeiros atenderam 48 casos. Um deles provocou devastação ambiental nas matas da Serra da Cantareira.
Por causa desse risco, as indústrias - principalmente as petroquímicas - são obrigadas a montar complicados esquemas de prevenção, além de deixar brigadas emergenciais de vigilância em plantões de 24 horas por dia.
Há quase duas décadas é ilegal fabricar, transportar, vender ou soltar balões. Quando a polícia consegue chegar a tempo, todo o material é recolhido e os baloeiros são detidos, mas basta pagar uma fiança para que fiquem em liberdade.
Com imagens impressionantes e depoimentos exclusivos, as reportagens mergulham no mundo clandestino dos baloeiros para tentar desvendar essa estranha paixão por uma atividade ilegal e tão perigosa.
Há quase duas décadas é ilegal fabricar, transportar, vender ou soltar balões. Quando a polícia consegue chegar a tempo, todo o material é recolhido e os baloeiros são detidos, mas basta pagar uma fiança para que fiquem em liberdade.
Com imagens impressionantes e depoimentos exclusivos, as reportagens mergulham no mundo clandestino dos baloeiros para tentar desvendar essa estranha paixão por uma atividade ilegal e tão perigosa.
A série de reportagens “Balões: Risco no Ar” será exibida de terça a quinta-feira durante o Jornal da Band, que vai ao ar de segunda a sábado, às 19h20, na tela da Band. Saiba mais em www.band.com.br/jornaldaband e curta nossa página no Facebook: https://www.facebook.com/assessoriaband
PORTAL PÚBLICO (Portugal)
Assinada a venda da TAP, “uma história anunciada desde finais dos anos 90”
David Neeleman afirmou que os trabalhadores terão "um grande orgulho nessa tradição de 70 anos".
João Pedro Pereira
Foi concluído nesta quarta-feira o conturbado processo de privatização da maioria do capital da TAP, uma venda que o Governo só conseguiu fazer à segunda tentativa e que motivou muitos protestos por parte dos trabalhadores da empresa e da oposição.
Os contratos de venda de 61% da companhia ao consórcio Gateway, dos empresários Humberto Pedrosa e David Neeleman, foram assinados nesta manhã, no Ministério das Finanças, em Lisboa. Na cerimónia estiveram ainda a ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, e o ministro da Economia, António Pires de Lima, que descreveu a privatização como "uma história anunciada desde finais dos anos 90”.
Nas declarações que acompanharam a assinatura, Neeleman, dono da Azul, uma transportadora aérea brasileira, delineou os planos que tem para a companhia: comprar novos aviões, “expandir muito para os EUA” e apostar no mercado brasileiro. Pôs também uma fasquia para o mercado europeu: "O serviço a bordo da TAP pode ser o melhor da Europa".
“A gente vai fazer todo o esforço para usar o capital que a gente vai colocar nessa empresa para criar uma grande empresa”, afirmou o empresário, que é norte-americano e tem também nacionalidade brasileira, num português carregado de sotaque americano. Acrescentou ainda que os trabalhadores – alguns dos quais fizeram greves em protesto contra a venda – vão ter “um grande orgulho nessa marca, nessa tradição de 70 anos”.
A operação significa um encaixe de dez milhões de euros para o Estado português, bem como um investimento de 354 milhões para capitalizar a TAP. O Governo tem a intenção de vender o restante capital nos próximos anos.
Por seu lado, Humberto Pedrosa, dono da empresa de transportes rodoviários Barraqueiro, afirmou que “a TAP continuará a ser uma empresa portuguesa”, que o consórcio fará “crescer sustentadamente num projecto de longo prazo”. A venda implica que a sede e a direcção da TAP se mantenham em Portugal pelos próximos dez anos.
Já a ministra das Finanças afirmou que “a privatização é a única solução que assegura a viabilidade da TAP tal como a conhecemos hoje” e classificou a venda como “mais uma prova de que o empenho reformista do Governo se mantém com a mesma força”.
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