NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 19/06/2015 / Salão de Le Bourget tem vendas menores este ano
Salão de Le Bourget tem vendas menores este ano ...
Boeing e Airbus receberam este ano metade das encomendas fechadas na última edição do salão de Le Bourget, em 2013 ...
O 51º Salão Aeronáutico de Le Bourget, nos arredores de Paris, maior evento mundial do setor e que existe há mais de um século, termina domingo totalizando negócios de mais de US$ 115 bilhões. Apesar dos números serem impressionantes, não se pode dizer que houve chuva de encomendas. Isso porque as gigantes do setor, Boeing e Airbus, que juntas somaram US$ 107,2 bilhões em vendas no salão, receberam neste ano menos da metade dos pedidos firmes feitos na feira francesa anterior, em 2013 (o evento é realizado a cada dois anos). O mesmo ocorreu com a brasileira Embraer. A americana Boeing anunciou ontem 145 encomendas firmes por um montante de US$ 20,2 bilhões a preço de lista. Com as opções de compra, são 331 aviões, que totalizam US$ 50,2 bilhões ...
Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.
Dirigente critica fechamento da pista do Engenhão: "Ninguém nos avisou"
Presidente da Federação de Atletismo do Rio, Carlos Alberto Lancetta afirma que foi pego de surpresa com início das obras e que busca novo local de treino para atletas
Flávio Dilascio/programa Globo Esporte
A interdição da pista de atletismo do campo anexo do Engenhão pegou de surpresa a Federação de Atletismo do Estado do Rio. Presidente da entidade, Carlos Alberto Lancetta criticou o fato de a Prefeitura do Rio - responsável pelas obras no Estádio Olímpico Nilton Santos - não ter comunicado sobre o início das intervenções. Chateado com o episódio, o dirigente afirmou que tem trabalhado incessantemente para buscar um novo local de treinamento para os cerca de 100 atletas que ficaram órfãos de uma pista adequada para treino desde a última terça.
- Ninguém nos avisou. Fomos pegos de surpresa, assim como o Botafogo também foi. Não tinha necessidade alguma de iniciar essa obra agora. Como o futebol do Botafogo vai ficar com o estádio até novembro, e o clube utiliza o campo anexo para treinos, não vão poder instalar a nova pista agora. Para que começar a desmontar em junho então? Poderiam esperar um pouco. Estamos sendo prejudicados desde o Pan de 2007. São obras e interdições que não acabam mais - afirmou Lancetta.
A crise no atletismo do Rio começou em 2013. Principal equipamento esportivo do estado, o estádio Célio de Barros foi fechado em janeiro daquele ano. Por iniciativa da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt), os principais atletas da cidade passaram a treinar num dos Centros Nacionais de Treinamento nas instalações da Aeronáutica, em Campos dos Afonsos, Zona Oeste do Rio. O contrato para a utilização tem vigência até dia 31 de julho
Os demais competidores - cerca de 100 pessoas das cinco categorias do atletismo - foram abrigados na pista do campo anexo do Estádio Olímpico Nilton Santos. Clubes como Vasco, Mangueira, Santa Mônica e Vale utilizavam o Engenhão como local para treinamento até a última terça-feira, quando chegaram para treinar e foram surpreendidos com o início das obras e a consequente destruição da pista.
- As perdas para o atletismo do estado do Rio têm sido enormes nos últimos anos. Muitos atletas estão migrando para outras federações, principalmente para São Paulo. Com o Célio de Barros e o Engenhão fechados, não temos mais pistas na cidade. O Miécimo da Silva (em Campo Grande) está abandonado. As vilas olímpicas não possuem pistas do tamanho adequado - desabafou Lancetta.
Segundo o dirigente, suas últimas 24 horas foram dedicadas à procura de um novo local de treinamento para os clubes e atletas. Lancetta visitou o Centro de Educação Física Almirante Adalberto Nunes (Cefan), e a primeira conversa agradou o dirigente. Outros locais estudados são a Escola de Educação Física do Exército, na Urca, e a própria Aeronáutica, em Campo dos Afonsos.
- Nossa única opção agora são as instalações militares. O problema é que muitas dessas estruturas já possuem atividades esportivas diárias. As próximas competições devem acontecer no Cefan, mas a questão do local para treinamento segue em aberto - revelou Lancetta.
De acordo com a Prefeitura, "na última sexta-feira, dia 12, a RioUrbe informou ao Botafogo, administrador do Estádio Olímpico João Havelange, que as obras de readequação da pista externa de atletismo começariam na segunda-feira, dia 15, o que acarretaria a interdição da pista de aquecimento". A Prefeitura também ressalta: "é importante esclarecer que a RioUrbe não gerencia o uso dessas pistas e cabe ao clube, que tem a concessão de uso do espaço, comunicar a seus usuários sobre intervenções nos equipamentos".
Entenda o caso
Palco do atletismo do Rio 2016, o estádio Nilton Santos está sendo reformado pela Prefeitura do Rio, que contratou a construtora Augusto Veloso para executar a obra sob um investimento municipal de R$ 52 milhões. Além da troca das pistas principal, anexa e de aquecimento, todas fora do padrão determinado para receber provas olímpicas e paralímpicas de atletismo, a Augusto Veloso terá a incumbência de fazer uma revisão do sistema de distribuição de energia e da iluminação das pistas, além de adequar a infraestrutura para passagem dos cabos do sistema de cronometragem, energia e transmissão.
O edital prevê ainda a instalação de bebedouros, a construção de banheiros acessíveis nas áreas médicas, a recuperação da pintura e limpeza, adequações de acessibilidade para o público e para atletas cadeirantes, a implantação de infra estrutura para atendimento ao overlay, o reforço estrutural para receber arquibancadas, a recuperação de pinturas e elementos de concreto, a execução de banheiros nos oito postos médicos e a recuperação de paredes e pisos.
Inaugurado em 2007 sob o custo de R$ 380 milhões o estádio Nilton Santos foi fechado em março de 2013 pelo prefeito do Rio, Eduardo Paes, após uma inspeção técnica constatar deslocamentos além do normal na cobertura dos setores leste e oeste. Desde a sua inauguração, o estádio recebeu poucas competições de atletismo, como o Troféu Brasil de Atletismo, em 2009, e o GP Brasil, em 2011.
Governo diz que são inaceitáveis atos hostis contra senadores brasileiros
Grupo com 8 parlamentares foi a Caracas pressionar governo de Maduro. Eles retornaram ao Brasil sem cumprir agenda após serem alvo de protesto.
Em nota divulgada nesta quinta-feira (18), o Ministério das Relações Exteriores disse que o governo brasileiro lamenta os "incidentes" que frustaram a visita de senadores brasileiros a opositores presos do regime do presidente Nicolás Maduro. No texto, a pasta diz também que são "inaceitáveis" atos hostis praticados contra eles por manifestantes.
Senadores brasileiros em visita à Venezuela nesta quinta foram cercados por manifestantes em Caracas. O grupo de oito parlamentares foi ao país vizinho para pressionar o governo de Maduro a libertar presos políticos e marcar eleições parlamentares. Eles visitariam políticos presos em uma penitenciária nos arredores de Caracas.
Diante da dificuldade para sair do aeroporto da capital venezuelana, a comitiva de senadores decidiu retornar ao Brasil sem cumprir a agenda planejada.
Diante da dificuldade para sair do aeroporto da capital venezuelana, a comitiva de senadores decidiu retornar ao Brasil sem cumprir a agenda planejada.
"O Governo brasileiro lamenta os incidentes que afetaram a visita à Venezuela da Comissão Externa do Senado e prejudicaram o cumprimento da programação prevista naquele país. São inaceitáveis atos hostis de manifestantes contra parlamentares brasileiros", diz a nota do Itamaraty.
A pasta também informou que pedirá informações ao governo venezuelano sobre o ocorrido. "À luz das tradicionais relações de amizade entre os dois países, o Governo brasileiro solicitará ao Governo venezuelano, pelos canais diplomáticos, os devidos esclarecimentos sobre o ocorrido", informou o ministério.
O Itamaraty também informou que solicitou e recebeu do governo venezuelano a garantia de custódia policial para a delegação durante sua estada no país. De acordo com a pasta, o embaixador do Brasil na Venezuela recebeu os senadores na sua chegada ao aeroporto. O ministério também informou que os parlamentares embarcaram em veículo da embaixada brasileira.
Após o episódio com os senadores brasileiros em Caracas, a presidente Dilma Rousseff se reuniu no Palácio do Planalto com o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira. Da Venezuela, o senador Aécio Neves (PSDB-MG), cobrou de Dilma que o embaixador brasileiro no país vizinho, Rui Pereira, seja chamado de volta a Brasília para dar explicações sobre o incidente.
Os presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmaram na tarde desta quinta que cobrariam do governo brasileiro reação ao episódio de hostilidade relatado pelos senadores. Renan chegou a falar por telefone com Dilma. Segundo ele, a ligação seria para cobrar uma reação “altiva” do governo brasileiro em relação ao ocorrido com os parlamentares.
Eduardo Cunha afirmou que a Casa “não concorda com nenhum tipo de agressão ou retaliação” contra quem quer que seja e que irá se “associar a qualquer tipo de reação”. No plenário da Câmara, os deputados aprovaram uma moção de repúdio contra o episódio de hostilidade relatado pelos senadores.
Eduardo Cunha afirmou que a Casa “não concorda com nenhum tipo de agressão ou retaliação” contra quem quer que seja e que irá se “associar a qualquer tipo de reação”. No plenário da Câmara, os deputados aprovaram uma moção de repúdio contra o episódio de hostilidade relatado pelos senadores.
Leia abaixo a íntegra da nota do Itamaraty:
O Governo brasileiro lamenta os incidentes que afetaram a visita à Venezuela da Comissão Externa do Senado e prejudicaram o cumprimento da programação prevista naquele país. São inaceitáveis atos hostis de manifestantes contra parlamentares brasileiros.
O Governo brasileiro cedeu aeronave da FAB para o transporte dos Senadores e prestou apoio à missão precursora do Senado enviada na véspera a Caracas.
Por intermédio da Embaixada do Brasil, o Governo brasileiro solicitou e recebeu do Governo venezuelano a garantia de custódia policial para a delegação durante sua estada no país, o que foi feito.
O Embaixador do Brasil na Venezuela recebeu a Comissão na sua chegada ao aeroporto de Maiquetía, onde os Senadores e demais integrantes da delegação embarcaram em veículo proporcionado pela Embaixada, enquanto o Embaixador seguiu em seu próprio automóvel de retorno à Embaixada.
Ambos os veículos ficaram retidos no caminho devido a um grande congestionamento, segundo informações ocasionado pela transferência a Caracas, no mesmo momento, de cidadão venezuelano extraditado pelo Governo colombiano.
O incidente foi seguido pelo Itamaraty por intermédio do Embaixador do Brasil, que todo o tempo se manteve em contato telefônico com os Senadores, retornou ao aeroporto e os despediu na partida de Caracas.
À luz das tradicionais relações de amizade entre os dois países, o Governo brasileiro solicitará ao Governo venezuelano, pelos canais diplomáticos, os devidos esclarecimentos sobre o ocorrido.
Pilotos só poderão voar 2 madrugadas seguidas e conquistam folgas
Aeronautas brasileiros aprovaram aditivo à convenção coletiva que traz benefícios à categoria; empresas consideram texto um avanço
Mônica Reolom
SÃO PAULO - Aeronautas brasileiros aprovaram, em assembleia nesta semana, uma proposta de aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) que limita a duas madrugadas consecutivas o que os pilotos podem voar, aumenta o número de folgas mensais e determina um tempo máximo de permanência em solo durante a jornada de trabalho.
O aditivo foi construído por uma comissão formada por aeronautas (pilotos comissários) e empresas aéreas, e pelo ministro Ives Gandra Filho, vice-presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST). O texto vai começar a valer 90 dias após a assinatura do acordo. O presidente do Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA), Adriano Castanho, disse que já assinou e encaminhou o documento ao sindicato patronal, representado pela Associação Brasileiras das Empresas Aéreas (Abear).
Castanho destacou os pontos mais importantes da proposta: “A limitação das madrugadas é importante porque estava ficando insuportável voar até seis madrugadas seguidas. Além disso, agora também temos limite de tempo em solo (entre um voo e outro) de três horas durante o dia e duas horas à noite. Ficávamos às vezes até cinco horas, seis horas à disposição da empresa sem voar”. O número de folgas mensais vai aumentar de oito para nove ou dez, dependendo do porte da aeronave usado pelo profissional (a categoria pedia 12).
O presidente do SNA destacou, no entanto, que a negociação não está encerrada. “A maioria dos aeronautas, na assembleia, ficou satisfeita, mas o sindicato entende que não chegou onde precisa chegar. Entendemos que podemos alcançar ainda mais benefícios de maneira gradativa. O próximo passo será projeto de lei em andamento, que vai trazer outras melhorias”, explicou, referindo-se ao Projeto de Lei 4824/2012, em tramitação na Câmara, que altera lei de 1984 sobre o exercício da profissão do aeronauta.
A Abear informou que aguarda o envio a ata final aprovada pelo SNA para a formalização do acordo. O presidente da entidade, Eduardo Sanovicz, enfatizou que o debate foi “longo, complexo e de elevado nível técnico” e que “os resultados garantem a manutenção da excelência nos níveis de segurança do transporte aéreo no Brasil e a constante busca por melhor qualidade de vida pra pilotos, copilotos e comissários de bordo.”
O texto aditivo valerá até novembro de 2016, quando termina a vigência da Convenção Coletiva de Trabalho de 2014/2015.
Dono da Avianca nuncia pedido de aviões da Airbus avaliado em R$ 20 bilhões
O grupo Synergy, controlador da companhia aérea Avianca Brasil, assinou um memorando de entendimentos com a Airbus para comprar 62 aeronaves A320neo, informou, na quarta-feira,17, a companhia europeia. O pedido, se confirmado, é avaliado em cerca de R$ 20 bilhões no câmbio atual (ou quase US$ 6,6 bilhões), considerando o preço de tabela do avião. O grupo Synergy também é dono da Avianca colombiana, mas, de acordo com o comunicado da Airbus, os novos aviões serão usados para renovar a frota da companhia aérea brasileira.
"A Airbus se orgulha pelo fato de que a Avianca Brasil confiará na produtividade sem igual e na economia de combustível do A320neo para renovar sua frota em crescimento e ampliar sua rede na América do Sul", destaca John Leahy, executivo chefe da área de operações da Airbus, em comunicado enviado pela fabricante de aviões europeia. "Essas 62 aeronaves A320neo permitirão à Avianca Brasil dar um salto importante em direção ao crescimento e à modernização de sua frota, ao mesmo tempo em que melhora a experiência dos passageiros", afirmou Germán Efromovich, presidente do grupo Synergy, no mesmo comunicado.
A intenção de compra de aviões para a Avianca Brasil foi anunciada uma semana após o grupo Synergy perder a disputa pela aquisição da companhia aérea portuguesa TAP, que está na fase final de privatização. O governo português optou pela proposta do consórcio do empresário David Neeleman, controlador da Azul. Procurada, a Avianca Brasil não se manifestou.
Expansão
Tradicionalmente, as companhias aéreas e as fabricantes de avião assinam, primeiramente, memorandos de entendimento sobre a intenção de comprar determinada aeronave. Muitos desses anúncios costumam ser divulgados durante as feiras de aviação - o memorando de entendimento de Avianca e Airbus foi divulgado ontem na França, durante a feira Paris Air Show. Nos meses seguintes, as negociações seguem até as empresas firmarem o contrato.
O A320neo é o modelo da Airbus com até 189 assentos, que substituirá o A320. A entrega do primeiro modelo do A320neo da Airbus está prevista para 2016. A Airbus, no entanto, informou que a data de entrega dos aviões contemplados no memorando de entendimentos da Avianca é confidencial.
A Avianca Brasil voa hoje com 41 aeronaves, uma frota composta por modelos A318, A319 e A320 e o Fokker MK 28 (mais conhecido como Fokker 100). Com cerca de 9% de participação de mercado nos voos domésticos, a empresa é a quarta maior companhia aérea brasileira, atrás de TAM, Gol e Azul. A empresa atende 22 cidades e faz cerca de 200 voos diários, especialmente entre as capitais.
Criada em 2002 com o nome de OceanAir, a empresa adotou a marca Avianca depois que os seus controladores compraram a Avianca colombiana, a companhia aérea mais antiga da América. Hoje é a empresa brasileira que mais cresce - entre janeiro e abril, a demanda da Avianca cresceu 18,7% na comparação com o mesmo período de 2014, segundo dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Salão de Le Bourget tem vendas menores este ano
Boeing e Airbus receberam este ano metade das encomendas fechadas na última edição do salão de Le Bourget, em 2013
O 51º Salão Aeronáutico de Le Bourget, nos arredores de Paris, maior evento mundial do setor e que existe há mais de um século, termina domingo totalizando negócios de mais de US$ 115 bilhões. Apesar dos números serem impressionantes, não se pode dizer que houve chuva de encomendas. Isso porque as gigantes do setor, Boeing e Airbus, que juntas somaram US$ 107,2 bilhões em vendas no salão, receberam neste ano menos da metade dos pedidos firmes feitos na feira francesa anterior, em 2013 (o evento é realizado a cada dois anos). O mesmo ocorreu com a brasileira Embraer.
A americana Boeing anunciou ontem 145 encomendas firmes por um montante de US$ 20,2 bilhões a preço de lista. Com as opções de compra, são 331 aviões, que totalizam US$ 50,2 bilhões.
O Le Bourget, como sempre, foi dominado pela disputa entre as rivais Boeing e Airbus. Difícil saber quem venceu neste ano, afinal tudo dependo do critério de comparação escolhido. A Airbus anunciou ontem 124 pedidos firmes durante o evento (ou seja, pouco menos do que a americana), com valor de US$ 16,3 bilhões. Um acordo inesperado, segundo o próprio fabricante, anunciado com a companhia de baixo custo europeia Wizz Air para a compra de 110 A321neo - da nova geração da família A320 para voos de média distância - contribuiu para reforçar, de última hora, os números da Airbus.
A americana Boeing anunciou ontem 145 encomendas firmes por um montante de US$ 20,2 bilhões a preço de lista. Com as opções de compra, são 331 aviões, que totalizam US$ 50,2 bilhões.
O Le Bourget, como sempre, foi dominado pela disputa entre as rivais Boeing e Airbus. Difícil saber quem venceu neste ano, afinal tudo dependo do critério de comparação escolhido. A Airbus anunciou ontem 124 pedidos firmes durante o evento (ou seja, pouco menos do que a americana), com valor de US$ 16,3 bilhões. Um acordo inesperado, segundo o próprio fabricante, anunciado com a companhia de baixo custo europeia Wizz Air para a compra de 110 A321neo - da nova geração da família A320 para voos de média distância - contribuiu para reforçar, de última hora, os números da Airbus.
O consórcio europeu, por sua vez, superou a americana quando são incluídas as opções de compras: 421 aviões no total (quase cem a mais do que a Boeing), por um montante de US$ 57 bilhões.
Mas qualquer que seja o resultado da disputa entre as duas empresas, o fato é que ambas, neste salão do Le Bourget, não apenas tiveram a metade de pedidos firmes como também encerraram o evento com vários bilhões de dólares a menos do que em 2013 no volume total de negócios, quando se incluem as opções de compras: quase US$ 12 bilhões a menos para a Airbus e, no caso da Boeing, a redução foi de cerca de US$ 16 bilhões.
Isso não impediu o principal executivo da Airbus, Fabrice Brégier, considerar os resultados do salão positivos. "Foi além do que eu previa. Isso prova que a tendência do mercado é favorável", disse ele, que estimou o desempenho semelhante ao do evento em 2013.
Alguns analistas já estimavam que este salão do Le Bourget poderia ser menos animado em termos de vendas. A grande discussão no setor hoje é sobre o aumento no ritmo de produção. Boeing e Airbus têm uma carteira de pedidos tão repleta, de 12 mil aviões, que é preciso esperar sete ou oito anos para a entrega de uma aeronave.
A Airbus, disse seu presidente, tem planos de aumentar a cadência de produção do A320 de 42 unidades por mês atualmente para 60 mensais em 2018. A decisão será tomada até o fim do ano. "Há potencial para isso", disse Brégier.
O consultor Stéphane Albernhe, da Archery Strategy Consulting, em Paris, afirma que o longo prazo para a entrega é um problema para os gigantes do setor. Ele diz que a forte queda nos pedidos firmes neste salão não é devida à conjuntura econômica. "As carteiras de encomendas estão tão cheias que as companhias aéreas questionam se vale a pena fazer pedidos e esperar tanto para receber o avião. Quando ele for entregue, já haverá outras tecnologias", afirma.
Segundo o consultor, em vez de ficar em uma longa lista de espera, algumas companhias aéreas estariam preferindo aguardar os novos aviões que estão sendo desenvolvidos por outros fabricantes, como os da CSeries da Bombardier, de maior porte, com até 160 lugares (que irá competir com os aviões menores da Boeing e da Airbus) ou o C919 da chinesa Comac (neste caso, por não ter certificações ocidentais, só seria vendido na China e região), e que poderiam ser entregues mais rapidamente.
A Bombardier, no entanto, não registrou nenhuma nova encomenda da CSeries no Le Bourget. O programa já sofreu vários atrasos, o que talvez ainda cause reticências. Sete anos após seu lançamento, a CSeries registra uma carteira de 242 pedidos.
A Embraer também vendeu menos. Foram 103 novas encomendas, sendo 50 firmes. Os negócios, com as opções de compra, somaram US$ 5,4 bilhões. Em 2013, a brasileira havia recebido pouco mais de 160 pedidos firmes no Le Bourget e 370 encomendas no total, com as opções de compra.
O franco-italiano ATR, que se diz líder mundial no segmento de turboélices, encerrou o evento com 81 pedidos (46 firmes) por um total de US$ 2 bilhões, considerado um bom desempenho pela imprensa especializada. A Comac recebeu 78 encomendas no salão.
Mas qualquer que seja o resultado da disputa entre as duas empresas, o fato é que ambas, neste salão do Le Bourget, não apenas tiveram a metade de pedidos firmes como também encerraram o evento com vários bilhões de dólares a menos do que em 2013 no volume total de negócios, quando se incluem as opções de compras: quase US$ 12 bilhões a menos para a Airbus e, no caso da Boeing, a redução foi de cerca de US$ 16 bilhões.
Isso não impediu o principal executivo da Airbus, Fabrice Brégier, considerar os resultados do salão positivos. "Foi além do que eu previa. Isso prova que a tendência do mercado é favorável", disse ele, que estimou o desempenho semelhante ao do evento em 2013.
Alguns analistas já estimavam que este salão do Le Bourget poderia ser menos animado em termos de vendas. A grande discussão no setor hoje é sobre o aumento no ritmo de produção. Boeing e Airbus têm uma carteira de pedidos tão repleta, de 12 mil aviões, que é preciso esperar sete ou oito anos para a entrega de uma aeronave.
A Airbus, disse seu presidente, tem planos de aumentar a cadência de produção do A320 de 42 unidades por mês atualmente para 60 mensais em 2018. A decisão será tomada até o fim do ano. "Há potencial para isso", disse Brégier.
O consultor Stéphane Albernhe, da Archery Strategy Consulting, em Paris, afirma que o longo prazo para a entrega é um problema para os gigantes do setor. Ele diz que a forte queda nos pedidos firmes neste salão não é devida à conjuntura econômica. "As carteiras de encomendas estão tão cheias que as companhias aéreas questionam se vale a pena fazer pedidos e esperar tanto para receber o avião. Quando ele for entregue, já haverá outras tecnologias", afirma.
Segundo o consultor, em vez de ficar em uma longa lista de espera, algumas companhias aéreas estariam preferindo aguardar os novos aviões que estão sendo desenvolvidos por outros fabricantes, como os da CSeries da Bombardier, de maior porte, com até 160 lugares (que irá competir com os aviões menores da Boeing e da Airbus) ou o C919 da chinesa Comac (neste caso, por não ter certificações ocidentais, só seria vendido na China e região), e que poderiam ser entregues mais rapidamente.
A Bombardier, no entanto, não registrou nenhuma nova encomenda da CSeries no Le Bourget. O programa já sofreu vários atrasos, o que talvez ainda cause reticências. Sete anos após seu lançamento, a CSeries registra uma carteira de 242 pedidos.
A Embraer também vendeu menos. Foram 103 novas encomendas, sendo 50 firmes. Os negócios, com as opções de compra, somaram US$ 5,4 bilhões. Em 2013, a brasileira havia recebido pouco mais de 160 pedidos firmes no Le Bourget e 370 encomendas no total, com as opções de compra.
O franco-italiano ATR, que se diz líder mundial no segmento de turboélices, encerrou o evento com 81 pedidos (46 firmes) por um total de US$ 2 bilhões, considerado um bom desempenho pela imprensa especializada. A Comac recebeu 78 encomendas no salão.
Médico morre ao cair de skate em alta velocidade
Profissional usava os equipamentos de segurança na hora do acidente e estava acompanhado da filha e da mulher
Agência Globo
O médico Leonardo Alves de Mendonça Junior, de 43 anos, morreu na noite de domingo, após sofrer uma queda com skate na cidade de Jundiaí, interior de São Paulo. Médico desde 1997, o ortopedista era especialista em cirurgia da mão e fazia parte de corpo clínico dos hospitais Albert Einstein, Oswaldo Cruz, 9 de Julho e São Luiz.
Skatista de DownhillSpeed (modalidade de alta velocidade) há anos, o ortopedista sofreu o acidente em uma ladeira no Vale Azul, no bairro de Caxambu, em Jundiaí, no fim da manhã de domingo. Ele foi levado inconsciente pelo Corpo de Bombeiros para o Hospital São Vicente de Paula, mas não resistiu aos ferimentos no tórax e morreu na noite de domingo. O médico estava acompanhado da mulher, que também praticava o esporte, e da filha de 12 anos. Seu corpo foi cremado na Vila Alpina, na segunda-feira. Parentes e dezenas de amigos compareceram ao velório do médico, para as últimas homenagens. Ele estava a 70 Km, informa a equipe médica que o atendeu.
Formado pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, ele havia relatado aos amigos recentemente que estava feliz por integrar o Grupo de Cirurgia da Mão e Microcirurgia da instituição. O ortopedista chefiou o setor de emergência do Hospital da Base Aérea de São Paulo – Força Aérea Brasileira e – também o plantão do pronto-socorro de Ortopedia e Traumatologia da Santa Casa. Era membro do conselho consultor executivo da Ramses – RoboticAssistedMicrosurgeryandEndoscopySociety (Sociedade Internacional de Microcirurgia Robótica e Endoscópica).
LADEIRAS
LADEIRAS
A Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia e o presidente da Associação Pernambucana de Downhill, Wilson Wanderley, lamentaram a mortedo médico.
A DownhillSpeed é a modalidade praticada em ladeiras de diferentes comprimentos e o objetivo é descer o mais rápido possível. O médico usava os equipamentos de segurança na hora do acidente.
Nova estratégia militar da China
Hugo César Fraga
Já que recentemente a China assinou acordos com o Brasil no campo militar e de vultosos investimentos em diversos setores da economia – de ferrovias a hidrelétricas, passando por autopeças, agronegócios, mineração, siderurgia e TI (tecnologia da informação), cabe-nos contribuir com uma breve análise sobre o que consideramos a verdadeira história por trás da nova estratégia militar chinesa.
O observador um pouco mais atento às questões geopolíticas internacionais vai verificar que os chineses gradativamente estão se tornando “mais dispostos e capazes” de participarem e de defenderem seus interesses no exterior.
A partir dessa observação, constatamos que a China esforça-se para surgir no contexto internacional como uma das principais potências do globo, apenas o tipo de ator que ela vai representar no palco mundial é que se tornou um assunto de intenso debate entre os analistas especializados. Com a tensão crescente com o que podemos chamar de um “ponto de inflexão” nas relações EUA-China, o governo chinês lançou suas cartas sobre uma nova estratégia militar, pouco antes da décima quarta sessão anual do Diálogo de Shangri-La, realizado em Cingapura neste fim-de-semana passado. Desde 2012, Pequim tornou-se realmente mais assertiva em relação às suas águas marítimas próximas e o novo papel que deseja assumir ressalta a determinação do governo chinês em reforçar a “gestão estratégica do mar”, que se depreende das expressões da vontade chinesa em relação a pontos atuais de contenção, como da recuperação de terras disputadas no Mar do Sul da China. Mais recentemente – na seqüência das previsões do Pentágono – a guarda costeira da China parece estar aumentando sua atividade perto de Luconia Shoals (grande extensão de recifes complexos no Mar do Sul da China), a cerca de 60 milhas ao norte de Bornéu, na zona econômica exclusiva da Malásia. Acontece que existem vastos recursos de petróleo e gás natural sob o fundo do mar, nessa área.
Mas o pensamento estratégico que a China acaba de publicar também reflete um esforço muito maior de mudanças profundas na política externa chinesa.
Esta questão em si é relativamente simples: a participação da China na globalização catalisou uma explosão irreversível de interesses no exterior. Isso também provocou na China a inversão de mais recursos e a busca da capacidade necessária para avançar e defender tais interesses. Esta combinação tem levado a China inexoravelmente para fora de suas fronteiras, para tornar-se mais eficaz – isto é, protagonista em assuntos de segurança internacional. Na verdade, em muitos aspectos, a prioridade dessa estratégia chinesa de defesa deve ser o estabelecimento de uma política oficial para aproximar-se da realidade internacional. E, em relação a esta tendência, os estudiosos e decisores governamentais norte-americanos devem entender que eles deverão também moldar políticas que podem aproveitar os benefícios e administrar os desafios gerados pela China no novo cenário caracterizado pela sua necessidade de aumentar seu ativismo na segurança internacional.
Em particular, essa “Nova Estratégia Militar da China” articula publicamente inovações na maneira de pensar a segurança nacional da China em três áreas fundamentais: uma nova compreensão do quadro político para a força militar; as parcerias de segurança a serem aprimoradas; e capacidades de projeção de poder global para o Exército Popular de Libertação (EPL). Várias dessas idéias são anteriores à atual administração chinesa, datando de 2004 as chamadas “novas missões históricas” de Hu Jintao, mas estão sendo ratificadas e tendo maior ênfase atualmente, devendo permanecer além do mandato do atual presidente chinês, Xi Jinping. No seu conjunto, esta estratégia consolidará uma China que vai ser muito mais ativa sobre questões que refletem a realidade de seus interesses econômicos e políticos num novo escopo global.
Dentro desse contexto, uma ênfase específica está sendo colocada sobre a segurança de acesso chinês à energia e demais recursos no exterior, às infra-estruturas e também aos recursos humanos que deem o suporte necessário ao seu desenvolvimento, além das rotas marítimas que essas matérias-primas atravessam. Não há mais alternativa para a China a não ser participar e, para tal, precisará ter uma “visão holística da segurança nacional” em que seus interesses vão agora potencialmente substituir ideologias antigas, como oposição doutrinária de “ingerência nos assuntos internos de outros países”, no que poderá entender melhor e conviver com o papel americano na segurança internacional.
Na realidade, a China ao longo da última década já não vinha cumprindo a ladainha de dogmas históricos de não-interferência, chamados de Os Cinco Princípios de Coexistência Pacífica, eis que se envolveu em várias atividades que excedem os limites de não-ingerência tradicional, incluindo a mediação política, sanções econômicas unilaterais e multilaterais, além de implantações de suas forças de segurança em outros países. De uma forma ou de outra, envolveu-se no Sudão, Sudão do Sul, Líbia, Síria, Irã, Mianmar, Coréia do Norte e outros lugares. Nos últimos meses, o governo chinês enviou navios de guerra para águas territoriais do Iêmen para evacuar os cidadãos chineses e também intermediou conversações de paz entre o governo afegão e os talibãs.
Atualmente, a política oficial chinesa é de recuperar o atraso com mudanças estruturais profundas, corrigindo as improvisações de gestões anteriores.
No geral, a China se compromete a “assumir responsabilidades e obrigações internacionais, oferecendo seus produtos de segurança pública e contribuindo mais intensamente para a paz mundial e o desenvolvimento comum”.
Com efeito, a segunda grande inovação na nova estratégia da China é o profundo reconhecimento do governo chinês de que a China não pode operar globalmente sem a ajuda de outros países. Esta nova abordagem, especialmente em comparação com os seus planos de defesa anteriores, prevê parcerias militares estratégicas e operacionais robustas com os Estados Unidos, Rússia e outros países através da Europa, África e Ásia-Pacífico. Há também as aspirações de estabelecer mecanismos de segurança coletiva equitativos e eficazes, continuar a aumentar a voz da China nos diálogos multilaterais de segurança, e participar mais em ações de segurança cooperativa.
Além de reforçar a mensagem de ascensão pacífica da China, uma cooperação mais profunda fornecerá a experiência operacional muito necessária para as suas Forças Armadas sob a forma de exercícios conjuntos ou implantações multilaterais, podendo fornecer acesso à tecnologia avançada, treinamento ou mesmo facilitar as operações distantes.
Ocorre que a China – após seu relativo isolamento antes da década de 2000 – agora tenta aprofundar suas relações de defesa em todo o mundo. Pequim tem agora “parcerias estratégicas” com cerca de 60 países em todo o globo, e seus interesses comerciais também sustentam vínculos aprofundados: os chineses são, hoje, o terceiro maior exportador mundial de armas e estão vendendo cada vez mais sistemas sofisticados e complexos nas áreas de defesa, inteligência e em outras áreas.
Nesse sentido, a China vai tentar fortalecer os laços com os países que já gozam de cooperação consolidada na área de segurança com os Estados Unidos, como a Arábia Saudita. No entanto, essa busca de parceiros também levará a China para um maior alinhamento com países como o Irã e a Rússia, cuja relação com Washington é mais turbulenta. Os pontos de interação estratégica é que irão criar um maior potencial tanto para a cooperação quanto para a competição.
Em relação ao aspecto de Projeção de Poder, as Forças Armadas (Exército de Libertação Popular) chinesas já têm feito progressos em quase todos os principais fatores determinantes do poder militar expedicionário e há muito espaço ainda para crescerem. No entanto, os analistas do Centro para uma Nova Segurança Americana chegaram à conclusão de que o ELP ainda possui uma incipiente projeção de poder em cinco campos principais: Projeção de Força; Sustentação; Capacidade; Comando e Controle; e Proteção da Força.
E sabemos que cada um desses campos é uma condição necessária, mas não suficiente para o uso eficaz do poder militar longe das bases e das costas marítimas de um país.
Conscientes disso, os chineses contemplam, na nova estratégia da China, cada categoria dessas vulnerabilidades como um objetivo específico de aperfeiçoamento a ser alcançado em diferentes domínios, o que pode ser adquirido com as parcerias estratégicas internacionais que lhes fornecerão a experiência operacional e mesmo a tecnologia necessária para a suficiência das suas Forças Armadas no contexto da segurança internacional.
Voltando ao Brasil, o que significa, finalmente, esse interesse repentino da China por nosso país? Será que a Dilma pode considerar que o acordo firmado deveu-se ao seu prestígio pessoal ou à identidade ideológica de Pequim com o atual governo brasileiro? Infelizmente, presidenta (sic), nem de longe isso passou pela cabeça dos chineses. Trata-se, apenas, do andamento da execução de um plano de implantação da “Nova Estratégia Militar” chinesa, uma visão ambiciosa para um maior envolvimento nos assuntos de segurança global proporcionais ao renovado status de grande potência da China e seus interesses agora indeléveis em todos os continentes. Nada mais que isso.
Outrossim, não podemos desconhecer que a atuação global da China, apesar de acentuar algumas áreas de competição com os Estados Unidos da América, também vai apresentar novas oportunidades de cooperação entre ambos.
Neste momento histórico de intensos conflitos regionais que estamos presenciando no mundo, torna-se de vital importância realçar o esforço sino-americano de multiplicar as medidas de confiança recíproca e o diálogo entre as hierarquias militares dos dois países, para melhor se compreenderem nas intenções e nas iniciativas dos dois lados.
Falha em helicóptero e neblina podem ser causas da acidente em Ouro Preto
Peritos não antecipam possíveis causas para queda de helicóptero, mas depoimentos sobre neblina intensa, manobra e ruído do motor podem ajudar a esclarecer o que motivou acidente
Mais de 24 horas de tensão, espera, empenho, solidariedade, angústia e dor. Os trabalhos de perícia para tentar identificar as causas do acidente com o helicóptero Jet Ranger 206-B, prefixo PT-YDY, na Mata do Palmito, em Santa Rita de Ouro Preto, em Ouro Preto, Região Central de Minas, só foram encerrados no fim da tarde de ontem, possibilitando o resgate dos corpos dos três ocupantes e encerrando a angustiante espera de familiares e amigos das vítimas. Apesar de os militares do Terceiro Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes (Seripa III) não falarem sobre as evidências colhidas no local, o delegado regional da Polícia Civil, Rodrigo Bustamante, que participou dos levantamentos, afirmou que aparentemente a aeronave não teve desaceleração antes da queda. Outros fatores que devem ser considerados são testemunhos sobre a intensa neblina na hora do desastre, sobre a suposta interrupção do ruído do motor e sobre uma espécie de retorno que teria sido feito pelo piloto, o que pode indicar uma tentativa de pouso de emergência.
O desastre ocorreu por volta das 16h30 de terça-feira, mas a remoção dos corpos das três vítimas – o piloto Felipe Piroli, filho do sócio da HeliBH, empresa de aluguel de hangares; o empresário Roberto Queiroz, dono da empresa Lotear Empreendimentos Imobiliários Ltda., e o filho dele, Bruno Queiroz – somente ocorreu no fim da tarde de ontem. Como o local era de difícil acesso, o helicóptero dos Bombeiros foi usado para o resgate. Roberto e Bruno Queiroz serão velados em Conselheiro Lafaiete, na Região Central do estado. Já o corpo do piloto vai ser encaminhado diretamente para Belo Horizonte. Familiares e amigos das vítimas, que horas depois da queda já estavam no local, preferiram manter o silêncio.
O desastre ocorreu por volta das 16h30 de terça-feira, mas a remoção dos corpos das três vítimas – o piloto Felipe Piroli, filho do sócio da HeliBH, empresa de aluguel de hangares; o empresário Roberto Queiroz, dono da empresa Lotear Empreendimentos Imobiliários Ltda., e o filho dele, Bruno Queiroz – somente ocorreu no fim da tarde de ontem. Como o local era de difícil acesso, o helicóptero dos Bombeiros foi usado para o resgate. Roberto e Bruno Queiroz serão velados em Conselheiro Lafaiete, na Região Central do estado. Já o corpo do piloto vai ser encaminhado diretamente para Belo Horizonte. Familiares e amigos das vítimas, que horas depois da queda já estavam no local, preferiram manter o silêncio.
O tenente Júlio César Teixeira, do Corpo de Bombeiros de Ouro Preto, disse que a corporação recebeu o chamado relativo à queda por volta das 19h. “O local é de difícil acesso, mas por volta das 20h já estávamos perto da aeronave e confirmamos que os três ocupantes haviam morrido”, afirmou. O oficial passou a madrugada no local, que foi isolado para o trabalho da perícia, somente partindo no começo da manhã, após a chegada de outra equipe. Tinha início então a dolorosa espera pelos peritos da Aeronáutica, que teriam saído do Rio de Janeiro às 6h. No fim da manhã, por volta das 10h, a chegada de policiais civis trouxe nova expectativa para as famílias. Porém, o delegado Ramon Sandoli, chefe do Núcleo de Operações Aéreas, foi ao local apenas para criar condições que facilitassem o acesso dos profissionais da perícia, que apenas às 13h15 chegaram para dar início aos levantamentos.
EVIDÊNCIAS - O chefe de Proteção do Seripa III, capitão Erick Cheve, não quis antecipar detalhes sobre as eventuais causas da queda ou sobre as hipóteses levantadas, como o tempo ruim ou falha mecânica. “O que nós fizemos foi recolher informações, evidências, a partir de equipamentos, posições encontradas da aeronave, fotos, para analisar as causas do acidente. O objetivo do Seripa não é apontar culpados, apenas investigar os motivos que levaram à ocorrência, para evitar novos desastres.”
O major Farley Rocha, subcomandante do 1º Batalhão dos Bombeiros e um dos comandantes do Helicóptero Arcanjo, ouviu de populares que na tarde de terça-feira um nevoeiro intenso tomou conta da Mata do Palmito, onde ocorreu a queda. “O piloto pode ter sido surpreendido e entrado inadvertidamente nessa área de mau tempo. Nesse caso, sem visibilidade, pode ter acontecido um choque com alguma montanha. A aeronave não é homologada pela Agência Nacional de Aviação Civil para voar por instrumentos”, explicou o militar. A capacidade de operar apenas com contato visual inviabilizaria o voo dentro de uma nuvem.
SOLIDARIEDADE - Desde a confirmação da queda do helicóptero, o distrito de Santa Rita de Ouro Preto, com cerca de 7 mil habitantes, teve sua rotina de tranquilidade quebrada. Nas ruas, normalmente desertas depois das 22h, podiam ser vistos até tarde pequenos grupos falando sobre a tragédia. Até o começo da madrugada as luzes das casas, normalmente apagadas bem cedo, continuvam acesas, à espera de notícias. Logo pela manhã, pessoas já estavam paradas diante da estrada de acesso ao local do acidente.
Em meio à tragédia, não faltou solidariedade por parte dos moradores. Na noite de terça e madrugada de ontem, pessoas da comunidade, além de providenciar lanches para parentes e amigos das vítimas, tentavam de alguma forma consolar o pai do piloto, identificado apenas como Henrique, que, desolado, se sentou próximo a uma igreja para buscar forças. Na hora do almoço, as irmãs Eizabeth Aparecida da Costa, de 34 anos, e Magna Crispi da Costa, de 38, e a prima delas Maria do Carmo Silva, de 38, se uniram para preparar comida não apenas para as pessoas próximas das vítimas, mas também para policiais, bombeiros e profissionais de imprensa, que, distantes nove quilômetros do restaurante mais próximo, não arredavam pé do local.
REPERCUSSÃO - Um dia após o acidente, amigos e colegas de trabalho das vítimas continuaram prestando homenagens e oferecendo condolências aos familiares pelas redes sociais. Na página de um parente de Roberto e Bruno, amigos ofereceram consolo pela perda de pai e filho. “Queria poder te abraçar neste momento tão difícil. Que Deus conforte o coração de vocês”, dizia uma postagem. “Não existem palavras para dizer neste momento. Sei que nada se compara à sua dor. Que Deus, em sua infinita bondade, console seu coração e te dê muita força para suportá-la”, desejava outra publicação.
Nas próprias páginas, colegas de trabalho trocavam as suas fotos por uma fita de luto e demonstravam a dor pela perda de Felipe Piroli, piloto considerado experiente, com mais de mil horas de voo. “É com muita tristeza que vemos um amigo partir assim, tão jovem e de forma tão súbita. Difícil encontrar palavras. Descanse em paz, Piroli! Sua alegria de viver estará sempre presente em nossas lembranças! Que Deus possa consolar sua família e amigos neste momento de profunda dor.”
Três perguntas para Gilmar Eurélio Santana, pedreiro que encontrou a aeronave
1 - Você viu o helicóptero antes da queda?
Não, só ouvi o som do motor, mas não parecia diferente. Depois, já não ouvi o motor, só um zumbido, parecendo uma turbina, e mais nada. Pensei que o helicóptero ou avião – não sabia o que era – tinha caído na mata.
2 - Qual foi sua reação?
Eu e outros moradores entramos na mata, mesmo sem noção de onde podia ter sido o acidente. Sentimos um cheiro forte, parecendo de querosene. E foi esse cheiro que serviu para nos guiar, pois já estava escuro e tínhamos apenas lanternas.
3 - Qual foi o sentimento quando você encontrou os destroços?
Tínhamos nos dividido em duplas. Depois de abrir caminho na mata fechada, quando vi o helicóptero fui logo correndo e gritando que tinha encontrado. Pensei que podia ajudar as pessoas feridas, mas pareciam mortas. Então ligamos para os Bombeiros.
Incidente com senadores provoca tensão entre Brasil e Venezuela
O governo brasileiro pedirá esclarecimentos a Caracas pelos "inaceitáveis atos hostis" registrados nesta quinta-feira contra um grupo de senadores que viajou à Venezuela para interceder por políticos opositores detidos, no que provocou um desgaste diplomático entre os dois países.
"O governo brasileiro solicitará ao governo venezuelano, pelos canais diplomáticos, os devidos esclarecimentos sobre o ocorrido", destacou uma nota oficial do Itamaraty, que "lamenta" os incidentes que prejudicaram a visita dos legisladores a Caracas.
O grupo de senadores da oposição, incluindo Aécio Neves (PSDB), foi hostilizado na região de Caracas. A van em que viajavam acabou cercada por manifestantes, que bateram nas janelas do veículo.
A nota do Itamaraty ameniza o tom, ao ressaltar que pedirá tais esclarecimentos "à luz das tradicionais relações de amizade entre os dois países".
"Lamentamos os incidentes que afetaram a visita à Venezuela da Comissão de Relações Exteriores do Senado e que prejudicaram o cumprimento da programação prevista naquele país. São atos hostis inaceitáveis de manifestantes contra parlamentares brasileiros", destacou o Itamaraty
A nota lembra que os senadores viajaram para Caracas a bordo de um avião da Força Aérea Brasileira e que, por intermédio da embaixada do Brasil em Caracas, solicitou e recebeu garantia de proteção policial para a delegação.
Aécio visitou o país com outros cinco senadores, em uma missão política e, ao mesmo tempo, "humanística". O objetivo era pedir a libertação dos opositores presos Leopoldo López, Antonio Ledezma e Daniel Ceballos.
O avião oficial da FAB pousou no Aeroporto Simón Bolívar - localizado a 40 km da capital - por volta do meio-dia. A partir de então, a delegação tentou seguir para Caracas e chegar à prisão onde López está recluso. Por volta das 17h local (18h30 de Brasília), a comitiva decidiu embarcar na aeronave e voltar ao Brasil.
"O que assistimos em Caracas hoje está acima de qualquer das piores expectativas que tínhamos (...). Fomos simplesmente impedidos de avançar para visitar Leopoldo (López), para encontrarmos os líderes da oposição", disse Aécio antes de regressar ao Brasil.
"Fomos sitiados em uma via pública (...). Nossa van foi atacada por um grupo de simpatizantes do governo" venezuelano, acrescentou.
"Tentamos ir para a penitenciária novamente. Mas o tráfego, mesmo sem a influência dos bloqueios, o tornou impossível", escreveu Aécio no Twitter.
O fluxo de veículos entre o aeroporto e a capital foi interrompido por um protesto e por uma operação de limpeza dos túneis, situados na autoestrada que liga os dois pontos.
A AFP constatou, na tarde desta quinta-feira, a presença de membros da Guarda Nacional bloqueando a via.
No Brasil, o Congresso reagiu.
"Há relatos de cerco à delegação brasileira, hostilidade, intimidação, ofensas e apedrejamentos do veículo onde estão os senadores", destacou uma nota oficial.
"O presidente do Congresso Nacional repudia os acontecimentos narrados e pedirá uma reação altiva do governo brasileiro", acrescentou o comunicado.
Um grupo da oposição também convocou um protesto em frente ao consulado venezuelano em São Paulo.
Líder da ala radical da oposição, López está detido em uma prisão militar nos arredores de Caracas há quase 16 meses. Ele é acusado de incitar à violência em protestos contra o governo que deixaram 43 mortos entre fevereiro de maio de 2014, assim como Ceballos, ex-prefeito de San Cristóbal (Táchira, oeste).
Ceballos está em uma dependência do serviço secreto, e Antonio Ledezma, prefeito de Caracas, acusado de conspiração e detido em 19 de fevereiro deste ano, está em prisão domiciliar, após ser submetido a uma cirurgia.
Em entrevista concedida à emissora americana CNN, a presidente Dilma Rousseff chegou a manifestar seu desejo de que o governo venezuelano liberte os opositores presos. Em nenhum momento, Dilma criticou explicitamente o governo de Nicolás Maduro.
Nos últimos meses, várias personalidades políticas, entre elas o ex-presidente da Colômbia Andrés Pastrana; o do Chile Sebastián Piñera; o da Bolívia Jorge Quiroga; e o da Espanha Felipe González, visitaram o país caribenho. Eles também não tiveram autorização para ver López, o que gerou críticas da comunidade internacional ao governo Maduro.
FAB prepara novo astronauta brasileiro
Estudante Pedro Nehme foi o vencedor de um concurso da companhia KLM que vai formar um astronauta
Thiago Vinholes
O estudante Pedro Henrique Dória Nehme, de 23 anos, realizou nessa quarta-feira (17) seu primeiro treinamento com a Força Aérea Brasileira (FAB) para se tornar astronauta. O jovem, que é bolsista da Agência Espacial Brasileira (AEB), venceu um concurso internacional da companhia aérea holandesa KLM e, como prêmio, vai se tornar, até o final deste ano, o segundo brasileiro a ir ao espaço, depois do astronauta militar Marcos Pontes.
Nehme participou de um voo de 50 minutos a bordo de um caça F-5 EM, do Esquadrão Pampa, em Canoas (RS). “Foi muito impressionante. É a primeira vez que senti gravidade zero. Foi indescritível ver o braço voando, o corpo leve, mesmo que ele não estivesse solto”, revela o estudante, em comunicado da FAB. A missão foi encerrada com o tradicional “batismo” dos pilotos da FAB, um banho de água fria.
O voo em aeronaves supersônicas faz parte da rotina de preparação para uma viagem suborbital. Durante o treinamento, Nehme voou a 12 mil metros de atitude a velocidade supersônica de 1.400 km/h.
Nesse mesmo dia, Pedro também passou por orientações técnicas da FAB. Foram aulas teóricas sobre o caça F-5, com direito a apresentação da aeronave, treinamento de ejeção, simulador para conhecer o painel da aeronave, e aula de fisiologia humana, acompanhado por uma médica especialista em medicina aeroespacial.
Em abril deste ano, Pedro passou por um treinamento fisiológico no Instituto de Medicina Aeroespacial Brigadeiro Médico Roberto Teixeira (IMAE), onde executou atividades no assento ejetável, na câmara de altitude e na cadeira de Barany, um instrumento giratório que prova as aptidões mentais sob forte movimentação e desorientação.
Em abril deste ano, Pedro passou por um treinamento fisiológico no Instituto de Medicina Aeroespacial Brigadeiro Médico Roberto Teixeira (IMAE), onde executou atividades no assento ejetável, na câmara de altitude e na cadeira de Barany, um instrumento giratório que prova as aptidões mentais sob forte movimentação e desorientação.
Além dos exercícios no IMAE, o estudante já realizou treinamento no Nastal Center, na Pensilvânia, nos Estados Unidos, onde teve aulas sobre ambiente espacial, veículos espaciais, efeitos fisiológicos e psicológicos, aceleração e atuação de diferentes tipos de forças no organismo. Em agosto, Pedro viaja para Star City, na Rússia, na segunda unidade de referência espacial no mundo depois da Nasa. E em outubro, o futuro astronauta vai para Holanda para acompanhar um voo acrobático novamente a bordo de um caça.
Para ir ao espaço o estudante já teve que emagrecer 15 kg. Para suportar as condições de um voo espacial suborbital, Pedro teve de iniciar atividades físicas diárias e adotou uma nova alimentação. “Tive que readaptar minha vida e minha alimentação por recomendação médica”, acrescenta.
O voo espacial vai ser realizado na nave Lynx Mark II, da empresa XCOR Aeroespace. A duração prevista é de uma hora, mas lá em cima serão só cinco minutos. Por enquanto, a viagem ainda não está agendada, mas a previsão é que aconteça até o final deste ano. O estudante será o segundo brasileiro a voar até o espaço. O primeiro foi o astronauta militar Marcos Pontes, que visitou a Estação Espacial Internacional em 2006.
Concurso
Concurso
Pedro, que é aluno de engenharia elétrica da Universidade de Brasília (UnB), venceu um curioso concurso da KLM, que consistia em acertar a altitude exata em que um balão inflado de hidrogênio, liberado da terra, explodiria. O estudante acertou ao responder 31 mil metros e levou a melhor entre 129 mil participantes do mundo todo.
Moradores não concordam em arcar com sinalização de imóveis
Quem não colocar lâmpadas nos telhados de casas e prédios estará passível de multa
Jornal Tribuna Hoje (alagoas)
Foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) no último dia 16 a Lei nº 13.133 que altera o artigo 44 do Código Brasileiro de Aeronáutica (CBA). Esse artigo trata das sinalizações de imóveis localizados próximo a aeroportos.
As sinalizações devem ser colocadas pelos proprietários dos imóveis e em caso de descumprimento, eles estarão passiveis de multa. O órgão fiscalizador é o Ministério da Aeronáutica, segundo o CBA.
Nas proximidades do Aeroporto Internacional Zumbi dos Palmares, os moradores já estão acostumados com o tráfego de aviões. O comerciante Gustavo Souza diz nem sentir mais os incômodos causados pela passagem de aeronaves a poucos metros de sua residência ou ponto comercial. “Já moro aqui há 22 anos e já me acostumei com o barulho e com a tremedeira que dá às vezes nos móveis e objetos de casa”.
Embora concorde com a instalação das sinalizações, o comerciante reclama de ter que pagar por elas. Para Gustavo, o poder público era que deveria arcar com as lâmpadas a serem postas nos telhados das casas e prédios.
Quem tem a mesma posição de Gustavo é Virgínia Ferreira. Moradora da região há 10 anos, ela também não se incomoda mais com o tráfego de aviões, também concorda com a instalação das sinalizações e reclama de ter de pagar por isso. “Os aviões não incomodam mais. Inclusive sei os horários em que eles passam”, brinca.
Virgínia acertou em cheio a hora que o avião passou quando a equipe da Tribuna Independente esteve nas casas que ficam próxima à cabeceira da pista do Aeroporto Internacional Zumbi dos Palmares: 16h10.
Ambos os entrevistados afirmaram que jamais viram alguma equipe do Ministério da Aeronáutica no local, mesmo quando imóveis estavam sendo construídos. “Quando estava levantando a loja, quem veio aqui foi gente da Prefeitura de Rio Largo. Isso aconteceu há quatro anos. Do Ministério nunca veio ninguém”, garante Gustavo.
A equipe da Tribuna Independente tentou entrar em contato com o Ministério da Aeronáutica para saber como seria feita a fiscalização e a possível cobrança de multas, porém não obteve sucesso. O primeiro contato foi realizado com a estrutura do órgão em Alagoas que disse que a atribuição prevista em Lei era da unidade de Recife, em Pernambuco.
Por sua vez, os funcionários do órgão na capital pernambucana afirmaram que a fiscalização dos imóveis era de responsabilidade da Infraero, que retificou a informação e certificou o que está no texto do CBA, através de sua assessoria de comunicação da em Brasília.
Nenhum dos três telefones do Ministério da Aeronáutica na capital federal atendeu aos telefonemas. Os números foram passados pela Infraero.
JORNAL MEIO NORTE (MA)
Justiça determina interdição definitiva do Aterro da Ribeira
Em decisão, o juiz auxiliar Clésio Coelho Cunha, atualmente respondendo pela Vara de Interesses Difusos e Coletivos de São Luís, determinou ao Município a interdição definitiva do Aterro da Ribeira. De acordo com a decisão, a interdição deve se dar no dia 25 de julho do corrente. Além de interditar o Aterro, o Município deve ainda impedir “a colocação de quaisquer espécies de resíduos sólidos ou líquidos, ou rejeitos, naquele equipamento público, devendo exercer seu poder de polícia para impedir e reprimir o lançamento desses resíduos por terceiros em um raio de 3 km do Aterro, a contar do centro do mesmo. A multa diária para o não cumprimento das determinações é de R$ 10 mil.
Consta ainda da decisão que o Município tem o prazo de 90 dias para apresentar a Licença Ambiental necessária à desativação do Aterro da Ribeira, devidamente instruída com os estudos ambientais necessários, incluídos aí o tratamento de gases e resíduos líquidos gerados pelo Aterro, bem como “a segurança da contenção de taludes e a redução do equipamento como foco atrativo de pássaros”.
Município e Estado devem dar ampla publicidade à decisão judicial, informando a interdição do Aterro a todos os usuários, sob pena de multa de R$ 10 mil.
Ordem judicial - A decisão judicial atende a cumprimento de sentença de Ação Civil Pública promovido pelo Ministério Público Estadual contra o Município de São Luís, Coliseu – Companhia de Limpeza e Serviços Urbanios - e Estado do Maranhão. De acordo com a decisão, a condenação judicial transitou em julgado, conforme certidão datada de 18 de novembro de 2009. No último dia 12 de junho, o MPE protocolou petição alegando o não cumprimento da ordem judicial e requerendo as medidas determinadas pelo magistrado (prazo para interdição, apresentação de licença ambiental para a desativação, ampla publicidade da decisão por parte do Município e Estado).
Em seu relatório, Clésio Cunha cita o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado consagrado no art. 225 da Constituição Federal de 1988 e a definição de meio ambiente como bem de uso comum da sociedade humana constante da Carta Magna, bem como o disposto no Estatuto da Cidade (Lei nº 10.257/2001), cujo art. 2º garante expressamente o direito ao saneamento ambiental como garantia do direito às cidades sustentáveis.
O magistrado ressalta o objetivo maior do direito ambiental, o de tutelar a vida saudável, destacando que o mesmo merece ser defendido tanto pelo Poder Público quanto por toda a coletividade. E complementa: “verifica-se, no caso em tela, a existência do meio ambiente artificial a ser tutelado, compreendido este pelo espaço urbano construído, exteriorizado pelo equipamento público”.
Colisão - Destacando o desequilíbrio ambiental decorrido do aterro sanitário com o aumento exagerado da população de aves no entorno do Aeroporto de São Luis, e já constatado em sentença judicial, o juiz cita ofício encaminhado ao MPE pelo chefe do Primeiro Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos do Ministério da Defesa, no qual é relatada a colisão de aeronave da TAM com um urubu-de-cabeça-preta, ingerido pelo motor do avião, que obrigou o piloto a desligar o motor atingido.
Segundo o magistrado, consta do documento que, apesar do pouso em segurança, o fato, ocorrido em 23 de agosto de 2014, causou transtornos aos passageiros e à Infraero, além de prejuízos para a TAM Linhas Aéreas. Clésio Cunha destaca ainda a afirmação do chefe do Serviço constante do ofício de que, apesar de relativamente raros, “os acidentes aeronáuticos causados por colisão com fauna já vitimaram mais de 450 pessoas no mundo”.
“Sendo assim, considerando a recalcitrância do Município de São Luís em cumprir a condenação judicial, bem como por ter mantido em funcionamento o Aterro Sanitário da Ribeira, mesmo com a licença ambiental invalidada pelo Poder Judiciário, sem que tenha procedido a necessária revalidação com a realização de estudos ambientais necessários, é imperioso o acolhimento das medidas de apoio solicitadas pelo órgão ministerial, sem prejuízo da posterior execução da multa por descumprimento”, conclui o magistrado.
Avio News - World Aeronautical Press Agency (ITÁLIA)
Selex ES: contratto installazione radar Gabbiano T20 per aereo KC-390 della brasiliana Fab
Roma, Italia - Un apparato ideoneo ad ogni configurazione del velivolo militare
(WAPA) - Finmeccanica-Selex ES ha firmato un contratto con Embraer Defense & Security, per fornire sistemi radar Gabbiano T20 per l"aereoda trasporto KC-390, acquistato dall"aeronautica militare brasiliana (Força Aérea Brasileira Fab). La consegna dei sistemi inizierà già da quest"anno.
l Gabbiano è un radar in banda X in grado di supportare vari tipi di missioni, da quelle per l"intelligence, la sorveglianza ed il riconoscimento (Isr), a quelle di ricerca e soccorso nonché di pattugliamento sia su mare che su terra che in zone costiere. Basato su un trasmettitore a stato solido, garantisce immagini ad alta risoluzione ed un notevole raggio d"azione. E" dotato di una serie di modalità tra cui la sorveglianza aria-mare e aria-aria con Track While Scan (Tws), la mappatura del suolo ad alta risoluzione (Spot / Strip-Sar) con l"indicazione di bersagli mobili a terra (Gmti), il riconoscimento delle unità navali (Target Imaging) e la sua classificazione grazie allamodalità radar ad apertura sintetica inversa (Isar- Inverse Synthetic Aperture Radar), la navigazione con la mappatura del suolo, la rivelazione di ostacoli sulla traiettoria di volo e le indicazioni meteorologiche per evitare condizioni meteo avverse.
Il Gabbiano è stato scelto da dieci diversi clienti internazionali. La versione che equipaggerà l"aereo da trasporto militare KC-390 incorpora modalità radar ottimizzate per i velivoli militari da trasporto.
Il contratto per la produzione del sistema radar segue la precedente selezione che Embraer aveva effettuato scegliendo il Gabbiano come il radar di base per il KC-390. L"aereo, che ha volato per la prima volta a
febbraio, è destinato a svolgere un ruolo importante sui mercati internazionali dei velivoli da trasporto aereo tattico. Diversi Paesi sono infatti interessati al velivolo e numerose campagne commerciali sono in corso in tutto il mondo.
febbraio, è destinato a svolgere un ruolo importante sui mercati internazionali dei velivoli da trasporto aereo tattico. Diversi Paesi sono infatti interessati al velivolo e numerose campagne commerciali sono in corso in tutto il mondo.
Al di là dell"acquisizione di questo contratto per il KC-390, Selex ES è fortemente impegnata in Brasile, sia nell"ambito delle Forze Armate sia nell’industria per la difesa. L"azienda è presente a bordo di tutte le
piattaforme principali dell"aeronautica militare brasiliana e della marina tra cui l"AMX, F-5, P95 e Lynx, con oltre 140 radar di controllo del tiro e di sorveglianza aerea (M-Scan e Aesa) in servizio nel paese. L"azienda è anche il principale fornitore della suite di sensori del Gripen NG della Saab, aereo che è stato selezionato dal Brasile nell"ambito del Programma FX-2. Selex ES ha lavorato anche con la marina brasiliana per modernizzare le fregate classe Niteroi e le corvette classe Barroso, oltre ad aver contribuito a sviluppare le capacità di rete dell"Esercito brasiliano attraverso la partecipazione al programma SIistac (Sistema Tatico de Comunicacoes). Sempre in Brasile è anche presente la controllata "Selex ES do Brasil" nata per creare una capacità di supporto nazionale indipendente e per sviluppare le relazioni con le imprese locali al fine di presidiare le opportunità presenti nei mercati della difesa e della sicurezza. (Avionews) (Cla/Mos)
piattaforme principali dell"aeronautica militare brasiliana e della marina tra cui l"AMX, F-5, P95 e Lynx, con oltre 140 radar di controllo del tiro e di sorveglianza aerea (M-Scan e Aesa) in servizio nel paese. L"azienda è anche il principale fornitore della suite di sensori del Gripen NG della Saab, aereo che è stato selezionato dal Brasile nell"ambito del Programma FX-2. Selex ES ha lavorato anche con la marina brasiliana per modernizzare le fregate classe Niteroi e le corvette classe Barroso, oltre ad aver contribuito a sviluppare le capacità di rete dell"Esercito brasiliano attraverso la partecipazione al programma SIistac (Sistema Tatico de Comunicacoes). Sempre in Brasile è anche presente la controllata "Selex ES do Brasil" nata per creare una capacità di supporto nazionale indipendente e per sviluppare le relazioni con le imprese locali al fine di presidiare le opportunità presenti nei mercati della difesa e della sicurezza. (Avionews) (Cla/Mos)
EURONEWS
Boeing vs Airbus no Salão de Aeronáutica Le Bourget
A Boeing ultrapassou a Airbus em termos de encomendas no Salão Internacional de Aeronáutica Le Bourget, em Paris. Mas se incluirmos também as intenções de compra, a empresa europeia ficou à frente da rival norte-americana.
Mas não foi feita qualquer encomenda para o A380, o maior avião de passageiros do mundo.
A Airbus prevê que a crescente procura por viagens aéreas exija 1550 aparelhos muito grandes até ao final de 2030. Uma previsão duas vezes e meia mais elevada que a da rival Boeing. Por que razão a Airbus tem tanta fé no A380? John Leahy, diretor comercial da Airbus, responde: “Como é que vamos duplicar o tráfego em 15 anos se apenas conseguimos duplicar o número de aviões? Não é possível. Precisamos de aviões maiores e o A380 é um aparelho maior no qual as pessoas preferem voar. É mais silencioso, mais suave, com assentos maiores, consome menos combustível por passageiro em cada uma das viagens e tem menos impacto no ambiente”.
A Boeing tem garantida a venda de 145 aviões, num valor de 18,6 mil milhões de dólares ao preço de catálogo. A rival europeia fechou apenas negócios para a venda de 124 aparelhos, por 16,3 mil milhões de dólares.
Incluindo intenções de compra, os números sobem para 331 aviões para a Boeing e 421 para a Airbus.
EURONEWS
Drones e aviões elétricos são a grande novidade em Paris
Na capital francesa decorre o Salão Internacional de Aeronáutica. Mais de 2,200 expositores mostram os avanços mais recentes no setor da aviação. A tecnologia dos drones é um dos destaques do evento. Graças aos recentes avanços qualquer um pode agora captar imagens aéreas. Há uns anos tal apenas seria possível utilizando helicópteros. No stand da empresa francesa Parrot, os visitantes assistiram a uma demonstração na qual os drones efetuaram manobras aéreas ao som de música eletrónica. Esta empresa, que se orgulha de ter sido a primeira a nível mundial a lançar drones para consumidores, afirma que o sucesso deste produtos se explica facilmente.
“Os drones permitem fazer viagens fantásticas de forma muito fácil. Agora é possível voar sobre montanhas ou edifícios e captar imagens incríveis. É por isso que se tornaram tão populares”, diz Henri Seydoux, presidente executivo da Parrot.
Os aviões elétricos são outra das novidades. A Airbus exibe o modelo E-Fan que a empresa reclama produz zero emissões de dióxido de carbono. Os motores do aparelho são elétricos e têm um alcance de 200km por hora durante 90 minutos. Recarregar as baterias, dizem, custa apenas 2 euros o que é muito pouco se compararmos com os 30 a 40 euros de combustível num modelo clássico da mesma categoria.
Didier Esteyne é piloto de testes do avião elétrico. Ele adianta que “a partir de agora e nos próximos anos seremos capazes de produzir aviões 100% elétricos, sem emissões de CO2 e de reduzido impacto sonoro, trata-se de um desafio ambiental muito importante”.
A Airbus está atualmente a desenvolver versões de dois e quatro lugares. Prevê-se que o modelo de dois lugares esteja disponível em 2017, o primeiro avião elétrico a cumprir padrões de certificação internacionais.
MONITOR MERCANTIL
Polemólogos-estrategos, estudiosos em tendências político-militares, e especialistas em fricções geopolíticas apostam que, no transcorrer do ano em curso e provavelmente nos anos subsequentes, continuarão ocorrendo conflitos armados na África, na Europa, e principalmente no Oriente Médio.
O continente europeu continuará sendo palco de controvérsias e confrontações. A crise que envolve a Ucrânia atingirá seu zênite com grande possibilidade de continuar persistindo. Em contrapartida, a pressão desencadeada pelo Ocidente no sentido de expandir a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) às fronteiras da Rússia certamente ocorrerá com maior ênfase.
Vislumbra-se, claramente, no tabuleiro do poder mundial, o notório interesse norte-americano no sentido de evitar que a Rússia se erija como potência hegemônica na Eurásia (incluindo a Armênia, o Cazaquistão, o Quirguistão e a Bielorrússia), riquíssima em petróleo e possuidora de vários recursos naturais.
Como contraponto, por sua parte, a Rússia insistirá freneticamente em seu objetivo de contar com um amplo espaço territorial, além de suas fronteiras, que lhe sirva de escudo protetor frente ao Ocidente. Obviamente não se trata de uma reedição dos tempos da Guerra Fria, porém a cooperação entre a Rússia e o Ocidente, particularmente com os Estados Unidos, paulatinamente vem se esfriando. Como decorrência natural, lamentavelmente, isto tenderá a afetar os programas conjuntos de redução de armas nucleares, carreando sérios prejuízos ao desejável equilíbrio do poder mundial.
O continente africano continuará sendo foco de graves conflitos internos. A Líbia se apresenta dividida em dois grupos radicais, cada um com seu governo e suas forças militares. Acrescente-se a esse complicado cenário a existência de variados grupos de milícias, dotadas das mais diversas inclinações ideológicas e sectárias que competem ferozmente entre si na disputa por território e poder. Consequentemente, o Estado se encontra completamente desintegrado e, em que pesem os esforços no sentido de redigir uma nova constituição, provavelmente será muito difícil, neste momento, fazê-la valer.
Faz-se mister ressaltar que o que vem ocorrendo na Líbia certamente afetará os países vizinhos. O grupo terrorista Al Qaeda que opera na região do Magreb Islâmico, que se formou utilizando substancial armamento obtido após a queda do ditador Muammar Kadafi, em 2011, prossegue tendo uma forte influência na região norte da República do Mali.
O Boko Haram, outro grupo radical que luta para impor a Sharia (lei islâmica) em toda a Nigéria, repotenciou seu arsenal bélico com o derrocamento do líder líbio Kadafi, tem expandido significativamente sua presença e, na atualidade, também aterroriza as populações do Chad e de Camarões. Por sua vez, o grupo Al-Shabab, uma ramificação da Al-Qaeda, fundada em 2006, vem impondo uma versão radical do Islã na Somália, implementando uma sangrenta batalha contra o frágil Estado somali.
A República do Sudão do Sul, um país que adquiriu sua independência do Sudão somente em 2011, encontra-se envolvida em uma terrível guerra civil entre dois rivais políticos, com sequelas desastrosas para o futuro do país. De modo análogo, a República Centro-Africana está sendo dilacerada pelo sangrento conflito inter-religioso que envolve cristãos e muçulmanos.
A guerra que ocorre na República Democrática do Congo, a mais sangrenta da história africana, com aproximadamente 5 milhões de mortos, além de milhões de refugiados e deslocados internos. O que lamentavelmente vem ocorrendo nesses países africanos causam estupefação e imensa preocupação à Organização das Nações Unidas e entidades congêneres, voltadas para a conquista e manutenção da paz mundial.
O Oriente Médio com toda certeza seguirá sendo palco de inúmeros conflitos e frequentes fricções geopolíticas no transcorrer dos próximos anos. A situação do Yemen, ao Sul da Arábia Saudita, nos passa a imagem de estar se deteriorando aceleradamente. O grupo Al-Qaeda tem presença ativa e protagonista de varias ações no país há vários anos, porém o grupo xiita Houthis surge como a principal ameaça ao governo central.
Eles alegam não se sentir representados pela Assembleia Constituinte que redige uma nova Constituição e cada vez mais propõem maior influência utilizando a via armada. O movimento secessionista do sul do país aproveita as circunstâncias para também avançar por sua causa.
Na Síria e no Iraque assistimos, estupefatos, a consolidação do Estado Islâmico cujo líder, Abu Bakr al-Bagdadi, se autoproclama califa, ou seja, um sucessor do profeta Maomé. Isto lhe confere o título de autoridade máxima nas esferas política, militar e religiosa de todos os muçulmanos no mundo.
O interminável conflito palestino-israelense deverá se prolongar por mais alguns anos devido ao fato de o atual governo de Israel, capitaneado pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, inclinar-se para os postulados da direita radical, sendo frontalmente contrário à criação do Estado Palestino. Desta maneira, não vislumbramos qualquer possibilidade de negociação entre as partes, a curto e médio prazos.
Diante deste cenário mundial nada promissor, concluímos que, lamentavelmente, os conflitos e fricções geopolíticas seguirão presentes, em várias regiões do planeta, por mais alguns anos.
Manuel Cambeses Júnior
Coronel-aviador; membro emérito do Instituto de Geografia e História Militar do Brasil e conselheiro do Instituto Histórico-Cultural da Aeronáutica.
BONDENEWS (PR)
Prefeitura tem menos de um mês para obter recurso de desapropriação do aeroporto
Thamiris Geraldini
Londrina corre o risco de não conseguir investimentos no Aeroporto Governador José Richa, caso não consiga retomar a desapropriação até o dia 14 de julho. O processo depende de um empréstimo no valor de R$30 milhões, provenientes do programa Paranacidade, que aguarda por liberação há 10 meses.
De acordo com o presidente do Instituto de Desenvolvimento de Londrina (Codel), Bruno Veronesi, que esteve na quarta-feira (17) em Brasília na tentativa de dar celeridade ao processo, ainda não existe nada de concreto em relação a liberação.
"Tudo o que podíamos fazer já foi feito. O que está sob análise pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN) é a capacidade de Londrina contrair esta dívida com o Governo do Estado. Fomos muito bem recebidos em Brasília, o secretário Marcelo Barbosa Saintive entendeu o problema e garantiu que analisaria a parte documental para dar andamento ao processo". Assim que o empréstimo for liberado, a Justiça inicia o processo de compra dos imóveis que precisarão ser desapropriados. Restam 50 unidades, todas localizadas na face norte do aeroporto. "Na parte que compete a Justiça está tudo encaminhado, inclusive todas as intimações já estão impressas. Nossa programação, caso a verba seja liberada, é realizar as audiência no dia 29 de junho e 1º de julho. Sabemos da necessidade de dar andamento neste processo o quanto antes, sob risco do município perder este prazo", afirmou o juiz federal Márcio Augusto Nascimento, responsável pelo processo.
Caso o município não consiga a liberação do empréstimo antes do prazo do decreto de utilidade expirar, as negociações só poderão ser retomadas daqui um ano. "O prazo preocupa, mas estamos confiantes de que tudo vai dar certo. Não estamos nem considerando a possibilidade de isso não acontecer, mas caso ocorra, com toda certeza tentaremos um acordo amigável, já que todas as partes reconhecem a necessidade do município", disse Veronesi.
A desapropriação, que segue suspensa desde outubro de 2013, é necessária para que a Infraero invista R$ 80 milhões em melhorias no aeroporto. O tão aguardado ILS, por exemplo, faz parte do pacote de investimentos no local.
Caso o município não consiga a liberação do empréstimo antes do prazo do decreto de utilidade expirar, as negociações só poderão ser retomadas daqui um ano. "O prazo preocupa, mas estamos confiantes de que tudo vai dar certo. Não estamos nem considerando a possibilidade de isso não acontecer, mas caso ocorra, com toda certeza tentaremos um acordo amigável, já que todas as partes reconhecem a necessidade do município", disse Veronesi.
A desapropriação, que segue suspensa desde outubro de 2013, é necessária para que a Infraero invista R$ 80 milhões em melhorias no aeroporto. O tão aguardado ILS, por exemplo, faz parte do pacote de investimentos no local.
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