NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 18/06/2015 / Airbus amplia parcerias para crescer no Brasil
Airbus amplia parcerias para crescer no Brasil ...
O grupo Airbus está investindo na capacitação de fornecedores da cadeia aeronáutica brasileira como estratégia de acesso ao mercado aeroespacial e de defesa do país, que cada vez mais exige contrapartidas (offset) em compras governamentais. Atualmente, Digicon, Alestis e Liebherr já exportam do Brasil peças para o A320 e o A380. Outras quatro são fornecedoras locais da Helibras, empresa da Airbus Helicopters.
Na sexta-feira, representantes de doze empresas do setor aeroespacial brasileiro terão um encontro com Matthias Gramolla, vice-presidente de estratégia de compras globais do grupo Airbus na França, para conhecer as necessidades da empresa e de que forma poderão se preparar para atender o grupo no futuro.
O primeiro passo nessa direção foi dado no ano passado com o início do treinamento das brasileiras pelo programa "Airbus Business Academy", já realizado em empresas da China, Índia, México e Estados Unidos ...
Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.
Corpos de vítimas de queda de helicóptero são levados para IML de Ouro Preto
Vinte e quatro horas após a queda de um helicóptero que deixou três mortos nessa terça-feira (17), no distrito de Santa Rita, em Ouro Preto, no Centro do Estado, o Corpo de Bombeiros concluíram a remoção das vítimas. Os corpos do piloto Felipe Piroli, de 25 anos, do empresário Roberto Queiroz, de cerca de 50 anos, e o filho dele, Bruno Queiroz, de 23, serão levados para o Instituto Médico Legal (IML) de Ouro Preto, para o reconhecimento da família, mas com possibilidade de transferência para Mariana ou Belo Horizonte.
Após o reconhecimento, os corpos do empresário Roberto Queiroz e o filho dele, Bruno Queiroz, serão levados para Conselheiro Lafaiete, onde serão velados a partir das 19h, na capela da funerária São Jorge. Após a cerimônia, eles serão levados para Belo Horizonte, onde serão cremados. Já o piloto Felipe, deverá ser velado e sepultado na capital mineira.
A Polícia Civil também vai investigar a queda do helicóptero. A delegada responsável pelo inquérito é Adriana Ferreira, da delegacia de Ouro Preto. A investigação ocorre simultaneamente com a apuração do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa). A perícia no local de ambos os órgãos foi realizada durante a manhã desta quarta-feira.
O acidente
Três pessoas morreram na queda de um helicóptero em uma localidade conhecida como Mata dos Palmitos, em Ouro Preto, na Região Central do Estado.
Conforme o Corpo de Bombeiros, o chamado foi recebido durante a tarde dessa terça, após agricultores terem ouvido uma explosão e visto fumaça. A localização dos destroços só ocorreu a noite.
Quem pilotava o helicóptero era o piloto Felipe Piroli, de 25 anos. A aeronave acidentada é um jet Ranger 206, de prefixo PT-YDY. Ele partiu de Macaé, no Rio de Janeiro, com destino à Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, e parou em Ubá para reabastecimento.
Felipe transportava o patrão, dono da empresa Lotear Empreendimento Imobiliária Ltda, o empresário Roberto Queiroz, de aproximadamente 50 anos, e o filho dele, Bruno Queiroz, de 23. Uma das possíveis causas para o acidente pode ser o mau tempo no local, no momento da queda.
Após o reconhecimento, os corpos do empresário Roberto Queiroz e o filho dele, Bruno Queiroz, serão levados para Conselheiro Lafaiete, onde serão velados a partir das 19h, na capela da funerária São Jorge. Após a cerimônia, eles serão levados para Belo Horizonte, onde serão cremados. Já o piloto Felipe, deverá ser velado e sepultado na capital mineira.
A Polícia Civil também vai investigar a queda do helicóptero. A delegada responsável pelo inquérito é Adriana Ferreira, da delegacia de Ouro Preto. A investigação ocorre simultaneamente com a apuração do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa). A perícia no local de ambos os órgãos foi realizada durante a manhã desta quarta-feira.
O acidente
Três pessoas morreram na queda de um helicóptero em uma localidade conhecida como Mata dos Palmitos, em Ouro Preto, na Região Central do Estado.
Conforme o Corpo de Bombeiros, o chamado foi recebido durante a tarde dessa terça, após agricultores terem ouvido uma explosão e visto fumaça. A localização dos destroços só ocorreu a noite.
Quem pilotava o helicóptero era o piloto Felipe Piroli, de 25 anos. A aeronave acidentada é um jet Ranger 206, de prefixo PT-YDY. Ele partiu de Macaé, no Rio de Janeiro, com destino à Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, e parou em Ubá para reabastecimento.
Felipe transportava o patrão, dono da empresa Lotear Empreendimento Imobiliária Ltda, o empresário Roberto Queiroz, de aproximadamente 50 anos, e o filho dele, Bruno Queiroz, de 23. Uma das possíveis causas para o acidente pode ser o mau tempo no local, no momento da queda.
Rússia começa produção dos sistemas antimísseis President-S
O consórcio russo KRET informou em seu site que já iniciou a produção dos sistemas antimísseis onboard President-S.
O sistema é capaz de neutralizar mísseis da classe terra-ar bem como sistemas portáteis de defesa antiaérea.
"Nos conflitos locais e nas guerras das últimas décadas, a maioria dos aviões (entre 80 e 90%) foram abatidos por sistemas portáteis com navegação ótica", declarou o vice-presidente da empresa, Igor Nasenkov. O President-S detecta automaticamente o lançamento do míssil inimigo e emite sinais infravermelhos e de microondas, interrompendo a navegação do foguete.
Nasenkov explicou que devido à simplicidade do uso, a facilidade de transporte e o baixo custo em comparação com sistemas semelhantes não-portáteis, sistemas assim "se propagaram por todo o mundo, incluindo o Oriente Médio e a África."
"Atualmente, existe mais do que nunca a ameaça de ataques de mísseis a aeronaves civis", completou ao comentar que o President-S é capaz de proteger qualquer avião.
Governo quer ampliar aviação regional para 270 aeroportos
Yara Aquino
O ministro da Secretaria de Aviação Civil, Eliseu Padilha, disse hoje (17) que o Programa de Aviação Regional democratizará o acesso ao transporte aéreo e reduzirá o custo das viagens no interior do país. O programa prevê investimentos de R$ 7,3 bilhões para adequar e ampliar para 270 o número de aeroportos regionais disponíveis para voos regulares. Atualmente, cerca de 80 aeroportos operam aviação regular, de acordo com a secretaria.
“O programa diz que vamos subvencionar, garantir para as empresas aéreas 50% dos assentos. O governo subsidia, paga 50%, com isso a gente garante o voo e garante o passageiro. As pessoas sabendo que tem o voo, começam a habituar-se a viajar de avião e começam a fazer disso sua rotina. Estamos conseguindo democratizar a viagem aérea, o custo da viagem aérea e, com isso, fazer com que todos os brasileiros tenham acesso”, explicou o ministro. Segundo Padilha, a expectativa é que no segundo semestre deste ano sejam iniciadas as primeiras licitações para o programa.
O ministro participou nesta quarta-feira do programa Bom Dia, Ministro, produzido pela EBC Serviços em parceria com a Secretaria de Comunicação da Presidência da República. Padilha destacou a concessão dos aeroportos de Fortaleza, Porto Alegre, Florianópolis e Salvador anunciada no dia 9 na nova etapa do Programa de Investimento em Logística e falou sobre a reestruturação da Infraero. A reestruturação vai resultar na criação de duas subsidiárias, a Infraero Participações e a Infraero Serviços.
“Com as concessões a Infraero perdeu receita e temos que reestruturar a empresa. Vamos criar a Infraero Serviços com uma empresa alemã para sermos um player de operação aeroportuária no Brasil e fora daqui. Vamos concorrer fora nas concessões também. Aqui no país vamos ter 270 aeroportos regionais e precisamos ter um ente do estado que tenha experiência para garantir a manutenção das operações no Brasil”, afirmou Padilha.
Delegado diz que helicóptero não desacelerou antes da queda em Santa Rita de Ouro Preto
Militares do Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes (Seripa III) não revelarem as evidências colhidas no local
João Henrique Do Vale E Landercy Hemerson
Os trabalhos de perícia para identificar as causas do acidente com um helicóptero na Mata do Palmito, em Santa Rita de Ouro Preto, na Região Central de Minas Gerais, foram encerrados no final da tarde desta quarta-feira. Apesar de os militares do Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes (Seripa III) não revelarem as evidências colhidas no local, o delegado Regional Rodrigo Mustamonte, que participou dos levantamentos, afirmou que a aeronave não teve desaceleração antes da queda.
Os corpos das três vítimas o piloto Felipe Piroli, 24 anos, enteado do sócio da HeliBH, empresa de aluguel de helicópteros, sediada em Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte; o empresário Roberto Queiroz, 63, dono da empresa Lotear Empreendimentos Imobiliários Ltda. e o filho dele, Bruno Queiroz, 26, foram retirados da aeronave quase 24 horas depois do acidente. Como o local era de difícil acesso, o helicóptero dos bombeiros foi usado para retirar os corpos.
Os cadáveres serão levados para o Instituto Médico Legal (IML) de Ouro Preto por uma funerária da cidade. Roberto e Bruno Queiroz serão velados em Conselheiro Lafaiete, na Região Central do Estado e depois cremados no Cemitério Renascer, em Contagem. Já o corpo do piloto vai ser encaminhado diretamente para Belo Horizonte.
O delegado Rodrigo Mustamonte ainda vai avaliar se vai abrir um inquérito para apurar a queda em paralelo as apurações do Ceripa. “Fizemos o levantamento de perícia e agora vamos estudar se vamos abrir ou não inquérito, se há ou não indício de crime”, explicou logo ao fim dos trabalhos.
Dados da queda
O chefe de proteção do Seripa 3, capitão Erick Cheve, não quis dar detalhes sobre as possíveis possibilidades da queda da aeronave. “Se eu apresentar alguma hipótese agora para o acidente seria uma tolice. O que nós fizemos foi recolher informações, evidências, a partir de equipamentos, posições encontradas da aeronave, fotos, para podermos analisar as causas do acidente. O objetivo do Seripa não é apontar culpados, mas apenas investigar os motivos que levaram a ocorrência para evitar novos acidentes”, afirmou.
Sobre as possibilidades levantadas, como o tempo ruim, a cerração e a possibilidade de haver falha mecânica, o capitão informou que não dá para dar hipótese no momento. Segundo ele, a aeronave vai ficar a disposição do Ceripa até quando o órgão julgar necessário.
Embora o Seripa não tenha revelado as evidências colhidas no local, o delegado regional de Ouro Preto confirmou que a aeronave não teve desaceleração antes da queda. Segundo Mustamonte, um morador diz ter avistado uma manobra da aeronave. Ela vai prestar depoimento nos próximos dias. “Uma testemunha que já está identificada e vai ser ouvida, informou que viu o helicóptero fazendo um retorno em um local conhecido como pedreira, o que pode indicar que o piloto estaria tentando fazer um pouso”, comentou.
O acidente
Moradores da comunidade de Bandeirantes acionaram a corporação às 16h30, depois de ouvir um estrondo e, em seguida, fumaça saindo da mata. De acordo com o subcomandante da Guarda Civil de Ouro Preto, Geovanni Mapa, chovia no local no momento do acidente. O piloto teria tentado realizar o pouso em uma área aberta, mas bateu a cauda em uma árvore e a aeronave girou.
Conforme o Corpo de Bombeiros, a aeronave seguia de Macaé, no Rio de Janeiro, com destino a Nova Lima e parou em Ubá, na Zona da Mata mineira, para abastecer. O helicóptero decolou por volta das 16h com tempo nublado. Em Ouro Preto, ele "guardou" - expressão usada pelos pilotos quando a aeronave voa dentro de uma nuvem -, e bateu contra uma montanha.
O modelo Jet Ranger 206-Bell tem capacidade para cinco pessoas, incluindo o piloto. No site da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a aeronave PT-YDY está matriculada em nome da Lotear Empreendimentos Imobiliários. O helicóptero teria de fazer nova Inspeção Anual de Manutenção (IAM) a partir de 14 de novembro deste ano, quando venceria a atual documentação. O Certificado de Aeronavegabilidade da aeronave tem validade até 17 de novembro de 2018.
Embraer inicia montagem do primeiro E-190
A primeira entrega de um E190-E2 está prevista para o primeiro semestre de 2018
A Embraer anunciou ontem o início da produção do primeiro jato comercial da nova família de aeronaves, batizada de E-Jets E2, lançada há dois anos.
Um modelo E-190-E2 começou a ser montado na fábrica da empresa em São José dos Campos.
Em nota, a fabricante informou que “recebeu os primeiros sub-conjuntos de fornecedores de vários países e a montagem do primeiro protótipo segue conforme planejado”.
A primeira entrega de um E190-E2 está prevista para o primeiro semestre de 2018. Os demais jatos da nova família estão programados para 2019 (E195-E2) e 2020 (E175-E2).
Um modelo E-190-E2 começou a ser montado na fábrica da empresa em São José dos Campos.
Em nota, a fabricante informou que “recebeu os primeiros sub-conjuntos de fornecedores de vários países e a montagem do primeiro protótipo segue conforme planejado”.
A primeira entrega de um E190-E2 está prevista para o primeiro semestre de 2018. Os demais jatos da nova família estão programados para 2019 (E195-E2) e 2020 (E175-E2).
Pedidos. Os novos aviões acumulam 210 encomendas firmes e 380 opções e intenções de compra, de acordo com a Embraer.
Eles foram anunciados pela primeira vez em 17 de junho de 2013, durante a maior feira de aviação do mundo, a Paris Air Show, na França.
Foi no mesmo local que a fabricante comunicou anteontem o início da produção do novo jato comercial.
“É emocionante ver o E2 tomando forma com a grande quantidade de sub-conjuntos que chegam às nossas instalações em São José dos Campos, onde a montagem final começará nos próximos meses”, disse, em nota, Luís Carlos Affonso, vice-presidente de Operações e COO da Embraer Aviação Comercial.
Eles foram anunciados pela primeira vez em 17 de junho de 2013, durante a maior feira de aviação do mundo, a Paris Air Show, na França.
Foi no mesmo local que a fabricante comunicou anteontem o início da produção do novo jato comercial.
“É emocionante ver o E2 tomando forma com a grande quantidade de sub-conjuntos que chegam às nossas instalações em São José dos Campos, onde a montagem final começará nos próximos meses”, disse, em nota, Luís Carlos Affonso, vice-presidente de Operações e COO da Embraer Aviação Comercial.
Governo mobiliza Alepe para pressionar governo federal a ceder áreas da Aeronáutica ao Hub da Latam
Secretário de Turismo, Felipe Carreras, afirma que espaços da Base Aérea e Parque Aeronáutico são fundamentais para vencer disputa
Maior projeto de investimento econômico desejado pelo governo estadual, em 2015, Pernambuco está em desvantagem e não conseguirá o seu objetivo caso o governo federal - através da Aeronáutica - não ceda as áreas do Parque Aeronáutico e da Base Aérea Recife à Infraero, que administra o Aeroporto dos Guararapes Gilberto Freyre, para a instalação do Hub (centro de conexões de voos) da Latam, o grupo aeroviário formado pela associação da empresa chilena LAN e a brasileira TAM.
O alerta foi dado pelo secretário de Turismo de Pernambuco, Felipe Carreras (PSB), na Assembleia Legislativa, nesta terça-feira (17), ao expor as negociações com o grupo e as articulações politicas para atrair o empreendimento, conclamando os deputados estaduais a se engajarem na mobilização e a utilizarem sua influência junto ao governo federal para defender a cessão das áreas e ao grupo para a vinda do Hub. Carreras revelou que a decisão da Latam sairá nos próximos dois meses.
O assunto foi tratado em Grande Expediente Especial da Alepe solicitado pelo deputado Aluísio Lessa (PSB), que reuniu deputados do governo e da oposição.
"Se não forem cedidas as áreas pela Aeronáutica não conseguiremos trazer o Hub. É fundamental que o governo federal atenda a este pleito. Tudo que foi dito pelo grupo é que precisa de uma área maior para terminais e cargas. É o apelo que faço a esta Casa, que se incorpore para conseguirmos esta área. O governador Paulo Câmara (PSB) já conclamou os ex-goverandores e as bancadas federais do Estado. Temos entendimentos e já enviamos carta de compromisso à presidência da TAM, mas é fundamental o envolvimento político", destacou Carreras.
A conclamação ocorreu depois de exposição do secretário de Desenvolvimento Econômico, Thiago Norões, em que pontuou as vantagens econômicas, de infraestrutura e de localização do aeroporto de Pernambuco sobre os Estados concorrentes, o Ceará e o Rio Grande do Norte. Um centro regional de conexões de voos da Latam será instalado no Nordeste, estando na disputa os três Estados. A estimativa é de que o Hub de voos nacionais e internacionais gere 8 mil a 12 mil empregos diretos e indiretos, num investimento de R$ 3,9 bilhões.
Restrições em concursos do Exército
Edital exige resultado negativo para exames de HIV e sífilis. Janot diz que restrição deve ser prevista em lei.
Frederico Vasconcelos
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, recorreu da decisão do Supremo Tribunal Federal de liberar a inclusão, no edital dos concursos para admissão na carreira militar, de cláusulas restritivas quanto à altura e à qualidade da saúde bucal, além da exigência de resultado negativo para exames de HIV e sífilis.
O recurso foi apresentado na ação de suspensão de tutela antecipada (STA) 795, sob relatoria do ministro Ricardo Lewandowski.
O Departamento de Ensino e Pesquisa do Comando do Exército impôs restrições à matrícula de portadores de doença autoimune, imunodepressora ou sexualmente transmissível, com resultados positivos para o vírus HIV e sífilis, além das exigências de o candidato ter mais de 20 dentes naturais e altura mínima de 1,60m para homens e 1,55m para mulheres. As normas foram questionadas pelo Ministério Público Federal em ação civil pública.
Segundo informa o MPF, o STF reverteu decisão do Tribunal Regional da 1ª Região, que havia reconhecido a ilegalidade das normas do edital. O Supremo alegou risco de lesão à ordem pública decorrente da impossibilidade de as Forças Armadas prosseguirem com o concurso, além de danos aos cofres aos cofres públicos, em razão de o militar, portador de HIV, ter direito à reforma por incapacidade definitiva independente do grau de desenvolvimento da síndrome.
Quanto à limitação de altura, Janot defende que só será legítima quando plenamente justificada pelas atribuições do cargo a ser preenchido. No recursos, o PGR lembra que a exigência de o candidato possuir pelo menos 20 dentes naturais já deixou de ser reconhecida pelo próprio Comando do Exército como causa de incapacidade, desde que passível de correção. Em relação às doenças, o procurador-geral lembra que eventuais restrições devem ser previstas explicitamente em lei, não podendo ser veiculadas por edital de concurso.
No recurso, o procurador-geral argumenta que, assim como os meios de tratamento para os portadores do vírus HIV evoluíram, a jurisprudência deve seguir o mesmo caminho. “Independentemente do grau de desenvolvimento da doença, embora pareça ampliar o grau de proteção social a tais pessoas, acaba por configurar um meio de discriminação, de exclusão da vida social, por condenar à inatividade mesmo aqueles que apresentam condição física para o regular desenvolvimento de suas atividades”, sustenta.
Segundo o PGR, os candidatos soropositivos que tiverem sua condição física alterada poderão vir a ser individualmente excluídos da seleção, desde que de forma motivada. “É importante que se afirme que a exclusão sumária, que desconsidera a condição física específica, individual, de determinado candidato portador do vírus HIV não atende ao estágio atual do tratamento da doença, assim como pode ter o condão de reafirmar equívocos e preconceitos.”
Airbus amplia parcerias para crescer no Brasil
Virgínia Silveira
O grupo Airbus está investindo na capacitação de fornecedores da cadeia aeronáutica brasileira como estratégia de acesso ao mercado aeroespacial e de defesa do país, que cada vez mais exige contrapartidas (offset) em compras governamentais. Atualmente, Digicon, Alestis e Liebherr já exportam do Brasil peças para o A320 e o A380. Outras quatro são fornecedoras locais da Helibras, empresa da Airbus Helicopters.
Na sexta-feira, representantes de doze empresas do setor aeroespacial brasileiro terão um encontro com Matthias Gramolla, vice-presidente de estratégia de compras globais do grupo Airbus na França, para conhecer as necessidades da empresa e de que forma poderão se preparar para atender o grupo no futuro.
O primeiro passo nessa direção foi dado no ano passado com o início do treinamento das brasileiras pelo programa "Airbus Business Academy", já realizado em empresas da China, Índia, México e Estados Unidos.
A ida das empresas para a França, com passagem pela feira aeroespacial de Le Bourget, em Paris, se encaixa também no esforço de internacionalização empreendido pelo Cecompi (entidade que gerencia o arranjo produtivo aeroespacial no Vale do Paraíba) e a Apex-Brasil.
"A cadeia produtiva local tem buscado aumentar a participação em um mercado que é globalizado e a inserção dela entre os fornecedores do Airbus Group pode representar grandes avanços em competitividade e qualidade, assim como em aumento de produção", afirma o coordenador do cluster aeroespacial do Cecompi, Carlos Mateus.
O principal projeto do grupo Airbus no Brasil hoje é o desenvolvimento dos helicópteros H225M para as três Forças Armadas, mas sua presença no setor aeroespacial e de defesa no país inclui também o fornecimento de aviões civis e militares, construção de um centro de manutenção de aviões militares no Rio de Janeiro e o fornecimento de sistemas e equipamentos para o programa espacial.
"O objetivo do grupo é manter a cadeia atualizada, preparando as empresas para se tornarem um fornecedor direto dos programas Airbus em dois a três anos", disse o gerente de compras da Airbus no Brasil, Éder Dias. Algumas empresas, como a Alestis do Brasil, fornecedora de material composto, segundo ele, está aumentando em cerca de 30% a produção para 2015 para atender a cadência da nova versão do jato A320 Neo.
"Independentemente do cenário econômico desfavorável precisamos ter empresas preparadas para fornecer para o grupo em caso de necessidade. O Airbus Group considera o Brasil um mercado estratégico", disse Dias. Segundo ele, as empresas possuem um bom conhecimento aeronáutico, porque já fornecem para empresas como a Embraer.
Impulsionada pela parceria com a Saab (que detém hoje 15% da companhia), a Akaer prospecta oportunidades de negócios na empresa sueca para garantir sua permanência no restrito e competitivo mercado aeroespacial mundial.
O presidente da Akaer, Cesar Silva, disse que a busca pela internacionalização é uma forma de reduzir a dependência do mercado nacional. Atualmente, segundo ele, a Embraer responde por 50% do faturamento, que em 2014 foi de R$ 60 milhões. A Akaer integra a lista de empresas brasileiras que visitarão a fábrica da Airbus em Tolouse.
"As exportações representam hoje 40% da receita da Akaer, sendo 30% da Saab e 15% da belga Sonaca, da francesa Latécoère e da UTC Aerospace Systems, associação entre Hamilton Sundstrand e Goodrich. O restante fornecemos para a Helibras e a Avibras", explicou Silva.
Na semana passada, o presidente da Akaer esteve na Saab para conhecer de perto as áreas de negócio da companhia no segmento aeroespacial e de defesa. "Como braço técnico da Saab no Brasil, temos planos de expandir nossa atuação e oferecer soluções completas na área de defesa", disse. A estratégia, segundo o executivo, prevê o envolvimento da empresa nacional e através dela fomentar a base industrial de defesa do país.
Na sexta-feira, representantes de doze empresas do setor aeroespacial brasileiro terão um encontro com Matthias Gramolla, vice-presidente de estratégia de compras globais do grupo Airbus na França, para conhecer as necessidades da empresa e de que forma poderão se preparar para atender o grupo no futuro.
O primeiro passo nessa direção foi dado no ano passado com o início do treinamento das brasileiras pelo programa "Airbus Business Academy", já realizado em empresas da China, Índia, México e Estados Unidos.
A ida das empresas para a França, com passagem pela feira aeroespacial de Le Bourget, em Paris, se encaixa também no esforço de internacionalização empreendido pelo Cecompi (entidade que gerencia o arranjo produtivo aeroespacial no Vale do Paraíba) e a Apex-Brasil.
"A cadeia produtiva local tem buscado aumentar a participação em um mercado que é globalizado e a inserção dela entre os fornecedores do Airbus Group pode representar grandes avanços em competitividade e qualidade, assim como em aumento de produção", afirma o coordenador do cluster aeroespacial do Cecompi, Carlos Mateus.
O principal projeto do grupo Airbus no Brasil hoje é o desenvolvimento dos helicópteros H225M para as três Forças Armadas, mas sua presença no setor aeroespacial e de defesa no país inclui também o fornecimento de aviões civis e militares, construção de um centro de manutenção de aviões militares no Rio de Janeiro e o fornecimento de sistemas e equipamentos para o programa espacial.
"O objetivo do grupo é manter a cadeia atualizada, preparando as empresas para se tornarem um fornecedor direto dos programas Airbus em dois a três anos", disse o gerente de compras da Airbus no Brasil, Éder Dias. Algumas empresas, como a Alestis do Brasil, fornecedora de material composto, segundo ele, está aumentando em cerca de 30% a produção para 2015 para atender a cadência da nova versão do jato A320 Neo.
"Independentemente do cenário econômico desfavorável precisamos ter empresas preparadas para fornecer para o grupo em caso de necessidade. O Airbus Group considera o Brasil um mercado estratégico", disse Dias. Segundo ele, as empresas possuem um bom conhecimento aeronáutico, porque já fornecem para empresas como a Embraer.
Impulsionada pela parceria com a Saab (que detém hoje 15% da companhia), a Akaer prospecta oportunidades de negócios na empresa sueca para garantir sua permanência no restrito e competitivo mercado aeroespacial mundial.
O presidente da Akaer, Cesar Silva, disse que a busca pela internacionalização é uma forma de reduzir a dependência do mercado nacional. Atualmente, segundo ele, a Embraer responde por 50% do faturamento, que em 2014 foi de R$ 60 milhões. A Akaer integra a lista de empresas brasileiras que visitarão a fábrica da Airbus em Tolouse.
"As exportações representam hoje 40% da receita da Akaer, sendo 30% da Saab e 15% da belga Sonaca, da francesa Latécoère e da UTC Aerospace Systems, associação entre Hamilton Sundstrand e Goodrich. O restante fornecemos para a Helibras e a Avibras", explicou Silva.
Na semana passada, o presidente da Akaer esteve na Saab para conhecer de perto as áreas de negócio da companhia no segmento aeroespacial e de defesa. "Como braço técnico da Saab no Brasil, temos planos de expandir nossa atuação e oferecer soluções completas na área de defesa", disse. A estratégia, segundo o executivo, prevê o envolvimento da empresa nacional e através dela fomentar a base industrial de defesa do país.
Mulheres poderão participar do serviço militar
Comissão aprova projeto de lei que garante às mulheres a prestação voluntária do serviço aos 18 anos. Modelo vigora em países como Moçambique e Israel
As mulheres poderão escolher prestar o serviço militar ao completarem 18 anos, a exemplo dos jovens do sexo masculino, mas sem o caráter obrigatório. É o que prevê o PLS 213/2015, aprovado nesta quarta-feira (17) pela Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH). A matéria segue para a Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE), onde receberá decisão terminativa.
O texto altera a Lei do Serviço Militar (Lei 4.375/1964) para garantir às mulheres a prestação voluntária do serviço, desde que manifestem essa opção no período de apresentação determinado para o resto da população. Para a autora, senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), o projeto tem o caráter de ação afirmativa, pois dá às mulheres a oportunidade de participar da realização do serviço militar e, dali, extrair lições de cidadania.
O relator, senador Paulo Paim (PT-RS), considerou a proposta relevante, pois trata da equidade entre os gêneros, buscando a realização do preceito constitucional da igualdade e caminhando no sentido de dotar homens e mulheres de igual visibilidade, poder e participação em todas as esferas da vida privada e pública. Ele lembrou ainda que o modelo já vigora em países como Moçambique e Israel.
“De acordo com a experiência desses lugares, a possibilidade de ingresso das mulheres certamente requer algumas mudanças nas instituições militares para recebê-las, mas o resultado é riquíssimo, de convivência entre ambos os sexos e, mais importante, da abertura de mais um espaço para a atuação da mulher”, defendeu.
Famílias esperam quase 24 horas por resgate de corpos de vítimas de acidente aéreo
Corpos foram retirados por volta das 15h30 desta quarta-feira (17) em Ouro Preto
Enzo Menezes
Os corpos dos três ocupantes do helicóptero que caiu na Mata dos Palmitos, em Ouro Preto, na região central de Minas, foram retirados da aeronave na tarde desta quarta-feira (17), segundo a FAB (Força Aérea Brasileira). A retirada ocorreu 22 horas depois do acidente.
O piloto Felipe Piroli, de 25 anos, o empresário Roberto Queiroz, de 50 anos, e o filho dele, Bruno Queiroz, de 23, não resistiram à queda. Segundo a FAB, o dispostivo que registra impacto na aeronave foi acionado às 17h28, o que confirma o horário do acidente.
Uma hipótese provável para a queda, segundo a polícia, seria condição climática adversa.
Os moradores acionaram os bombeiros no fim da tarde de terça-feira (16) quando perceberam um estrondo e uma fumaça em uma área de montanha. Como o local é de difícil acesso, os militares só chegaram ao trecho por volta das 21h, e não puderam mexer nos corpos porque as vítimas não tinham mais sinais vitais.
Uma equipe dos bombeiros e policiais militares passou a noite para preservar o local intacto e a perícia da Polícia Civil, da 5ª Delegacia de Ouro Preto, só chegou no fim da manhã, poucas horas antes do Seripa, que tem prioridade na investigação para prevenir acidentes.
A equipe do do Seripa III (Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes), órgão do Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), saiu do Rio de Janeiro e chegou ao local por volta de 13 horas desta quarta-feira (17).
Vítimas
A aeronave modelo Jet Ranger 206-B, de matrícula PT-YDY saiu de Macaé (RJ) com destino a Nova Lima, na região metropolitana de Belo Horizonte. Três pessoas estavam a bordo: o piloto Felipe Piroli, de 25 anos, o empresário e proprietário da Lotear Empreendimentos Imobiliários, Roberto Queiroz, de 50, e o filho dele, Bruno Queiroz, de 23. A aeronave caiu em uma área da Mata do Palmito, no distrito de Santa Rita de Ouro Preto.
A documentação da aeronave estava em dia, segundo a Anac. A inspeção anual de manutenção só venceria em novembro e o certificado de aeronavegabilidade era válido até 2018.
Investigação
Em nota enviada à reportagem, o Cenipa explicou que a prioridade é identificar fatores da queda para prevenir futuros acidentes. A partir de evidências (fotos, indícios, partes da aeronave, documentos, relatos), os investigadores emitem recomendações de segurança. Ao fim do processo, um relatório público é divulgado no site do órgão.
"É importante ressaltar que os acidentes aeronáuticos ocorrem por uma sequência de fatores contribuintes encadeados. Esses fatores são divididos em Operacional, Material e Humano. (...) A necessidade de descobrir todos os fatores contribuintes garante a liberdade de tempo para a investigação. Dessa forma, não há prazo definido para a conclusão de qualquer investigação conduzida pelo CENIPA, dependendo sempre da complexidade do acidente".
"É importante ressaltar que os acidentes aeronáuticos ocorrem por uma sequência de fatores contribuintes encadeados. Esses fatores são divididos em Operacional, Material e Humano. (...) A necessidade de descobrir todos os fatores contribuintes garante a liberdade de tempo para a investigação. Dessa forma, não há prazo definido para a conclusão de qualquer investigação conduzida pelo CENIPA, dependendo sempre da complexidade do acidente".
O Mais Caminhos está na Academia da Força Aérea
Neste sábado (20), Pedro Leonardo e Aline Lima apresentam o programa na companhia de cadetes e aeronaves na cidade de Pirassununga (SP)
Neste sábado (20) o Mais Caminhos te convida a levantar voo. Pedro Leonardo e Aline Lima apresentam o programa na Academia da Força Aérea (AFA), na cidade de Pirassununga, interior de São Paulo.
Mas antes de você conferir todos estes detalhes, conheça um pouco das curiosidades sobre a AFA.
A Academia da Força aérea é uma verdadeira universidade, onde os cadetes que se formam seguem carreira militar. Lá, três cursos são oferecidos aos alunos ingressantes: curso de oficial de aviador (para quem quer voar), de intendência (atuação na área de logística e administração) e de infantaria (conhecimento necessário para dar apoio de solo para a movimentação aérea).
Quem pode cursar na AFA? O primeiro requisito é ter ensino médio completo e ter entre 17 e 23 anos. Os interessados são submetidos a um concurso público, como um vestibular normal, com prova de língua portuguesa, língua inglesa, matemática, física e redação. Além disso, os candidatos devem fazer testes psicotécnico, físico, psicológico e avaliação de saúde.
As inscrições ocorrem todos os anos, geralmente são abertas nos meses de abril ou maio, portanto, é necessário ficar atento ao site da AFA, para não perder a oportunidade.
Visitantes
Para quem não quer seguir carreira militar, mas gosta de aviação e quer conhecer melhor a academia, ver as aeronaves de perto e saber um pouco da rotina dos cadetes, é importante saber de algumas informações.
O local é aberto para visitas aos fins de semana, nos sábados, domingo e feriados. Exceto feriados prolongados.
Horários: das 8h30 às 11h30 e das 13h às 16h30
Telefone: (19) 3565-7282. É aconselhável ligar antes para conferir a viabilidade da visita.
GUARULHOS HOJE (SP)
Aeroporto registra 52 ocorrências com aves somente nos cinco primeiros meses do ano
Gustavo Criscuolo
O Aeroporto Internacional de Guarulhos já registrou, somente nos cinco primeiros meses deste ano, 52 ocorrências com aves nas decolagens ou pousos, de acordo com dados do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa). Deste total, 48 foram colisões, três avistamentos e uma quase colisão. No mesmo período de 2014, foram apenas 24 ocorrências, e 93 em todo o ano.
De acordo com o tenente-coronel Henrique Rubens Balta de Oliveira, assessor de Gerenciamento do Risco de Fauna do Cenipa, este é um problema que foge do setor aeronáutico. “São vários fatores que influenciam na aparição de animais, como a falta de um saneamento básico eficiente, lixo descoberto ou insetos ou animais nas proximidades dos aeroportos”, contou.
Para ele, o principal problema no Aeroporto de Guarulhos são os lagos que estão próximos à pista. “Os lagos ao lado do aeroporto estão cheios de capivaras, que além de representar um risco de invasão às pistas, carregam insetos que atraem garças, ou quando morrem chamam os urubus”, explicou o tenente-coronel.
Em média, acontecem dois incidentes aéreos graves por ano causados por aves no Brasil, e existem três vitimas fatais comprovadas por este tipo de acidente. “Não é sempre que podemos detectar que uma ave causou o acidente, normalmente precisamos de testemunhas. Em muitos casos, cerca de 20%, não podemos excluir a possibilidade”, afirmou Henrique Rubens Balta de Oliveira, que ressaltou que, na história da aviação mundial, mais de 450 pessoas morreram decorrentes de choques com animais.
Os levantamentos feitos pela equipe de meio ambiente do Aeroporto de Guarulhos aeroporto identificaram mais de 40 espécies de aves presentes no sítio aeroportuário, e as mais frequentes são urubu de cabeça preta, quero-quero, carcará e o pombo-doméstico.
Monitoramento de aves no aeroporto é feito 24 horas por diaDe acordo com o tenente-coronel Henrique Rubens Balta de Oliveira, assessor de Gerenciamento do Risco de Fauna do Cenipa, este é um problema que foge do setor aeronáutico. “São vários fatores que influenciam na aparição de animais, como a falta de um saneamento básico eficiente, lixo descoberto ou insetos ou animais nas proximidades dos aeroportos”, contou.
Para ele, o principal problema no Aeroporto de Guarulhos são os lagos que estão próximos à pista. “Os lagos ao lado do aeroporto estão cheios de capivaras, que além de representar um risco de invasão às pistas, carregam insetos que atraem garças, ou quando morrem chamam os urubus”, explicou o tenente-coronel.
Em média, acontecem dois incidentes aéreos graves por ano causados por aves no Brasil, e existem três vitimas fatais comprovadas por este tipo de acidente. “Não é sempre que podemos detectar que uma ave causou o acidente, normalmente precisamos de testemunhas. Em muitos casos, cerca de 20%, não podemos excluir a possibilidade”, afirmou Henrique Rubens Balta de Oliveira, que ressaltou que, na história da aviação mundial, mais de 450 pessoas morreram decorrentes de choques com animais.
Os levantamentos feitos pela equipe de meio ambiente do Aeroporto de Guarulhos aeroporto identificaram mais de 40 espécies de aves presentes no sítio aeroportuário, e as mais frequentes são urubu de cabeça preta, quero-quero, carcará e o pombo-doméstico.
No Aeroporto Internacional de Guarulhos, o monitoramento das aves é realizado 24 horas por dia nas áreas operacionais e no sítio aeroportuário. São registradas as quantidades e as espécies de animais presentes, além de, quando necessário, em casos de grandes concentrações nas proximidades do sistema de pistas, é realizado também o afugentamento dos animais.
As principais ações envolvem o afastamento de fatores de atração de aves, identificação de fatores atrativos e busca por soluções. Também são feitas intervenções na infraestrutura, como a manutenção do corte de grama, de recolhimento de aparas, o manejo de árvores e arbustos, a retirada de colônias de insetos atrativos de aves, a desobstrução de valas de drenagem e galerias e a manutenção de cercas patrimoniais e operacionais.
As principais ações envolvem o afastamento de fatores de atração de aves, identificação de fatores atrativos e busca por soluções. Também são feitas intervenções na infraestrutura, como a manutenção do corte de grama, de recolhimento de aparas, o manejo de árvores e arbustos, a retirada de colônias de insetos atrativos de aves, a desobstrução de valas de drenagem e galerias e a manutenção de cercas patrimoniais e operacionais.
GAZETA ONLINE (ES)
Aeroporto terá megalojas
A empresa GJP (do grupo CVC) desistiu de construir um hotel na área do aeroporto de Vitória alegando problemas junto à Prefeitura para obter licenças. O prefeito Luciano Rezende (PPS) se reunirá novamente com a Infraero esta semana para tratar do cancelamento, mas a estatal diz que reavaliará o planejamento do edifício ante o destrato da CVC. Localizado a 3 km do terminal na avenida Dante Michelini, o hotel licitado teria 5 mil m2, com café da manhã incluso na diária, lavanderia e traslado até o aeroporto.
Essa obra está fora do contrato para fazer os novos pátio, pista e terminal de passageiros. Fora desse contrato também está a construção de um home center no terminal - o edital será aberto hoje para propostas, e lojas como Leroy Merlin, Dicico e TendTudo podem se instalar na área comercial, que será alugada pela Infraero ao arrematante.
A Secretaria de Aviação Civil (SAC) confirmou que o ministro Eliseu Padilha estará em Vitória no próximo dia 25 para assinar a ordem de serviço do aeroporto. As obras de R$ 523 milhões começam imediatamente. Segundo o Planalto, não há previsão de Dilma ir ao Estado para o evento.
Já a nova torre de controle, pronta há dois anos, é um dilema: a Aeronáutica reafirmou ontem a previsão de funcionamento para o 2º semestre de 2016. A Infraero, porém, reitera que fez as adequações solicitadas pelos Bombeiros na estrutura e agora depende da vistoria do CINDACTA III no final de julho. Se estiver tudo ok, a torre muda de lugar e começa a operar, diz a estatal.
AERO MAGAZINE
Wi-fi de alta velocidade para aeronaves
Teste a bordo e confirma alta velocidade de conectividade Ka-Band
A Honeywell Aerospace e a Inmarsat concluíram com sucesso a primeira fase de testes para o uso de conexão banda larga a bordo de aviões comerciais, através da rede da GX Aviation. A proposta é oferecer acesso com velocidade compatível as conexões em terra.
O sistema utiliza o hardware JetWave da Honeywell que permite as aeronaves se conectarem a constelação de satélites Global Inmarsat Xpress aos serviços de wi-fi e Ka-Band da GX Aviation.
Os testes, que incluem vídeos streaming no Youtube, rádio ao vivo, conferências online, download de arquivos e etc, foram conduzidos no Reino Unido em junho de 2015 validando a capacidade do GX Aviation de entregar alta velocidade de wi-fi enquanto a aeronave sobrevoa a água ou o solo. Durante os ensaios foi comprovada a qualidade da conexão entre o hardware da JetWave e o primeiro satélite da Inmarsat Global Xpress, o I-5 F1, que gera serviços da GX Aviation para a Europa, Oriente Médio, África e Ásia. Os testes seguem o mesmo padrão de alta velocidade e performance completados em 2015.
“Estamos no limiar de uma nova era de conectividade e o teste bem sucedido do hardware da Inmarsat com a rede GX Aviation é um passo importante para deixar esse serviço pronto para o uso do público”, afirma Jack Jacobs, vice-presidente de segurança e conectividade da Honeywell Aerospace. “Aeronaves, passageiros e pilotos continuam pedindo por um wi-fi a bordo melhor, mais consistente e cada vez mais rápido para facilitar seu trabalho e melhorar a experiência de voo”.
A rede de satélites GX Aviation já está operando atualmente na região do Oceano Índico para o governo, clientes da marinha e outras empresas e utiliza o primeiro satélite Global Xpress. O lançamento bem sucedido do segundo satélite, em fevereiro de 2015, permitirá que a rede Ka-band Inmarsat também cubra as regiões das Américas e do Oceano Atlântico.
Durante a primeira fase do programa de qualificação e certificação completa, a Honeywell utilizou um Boeing 757 equipado com o sistema JetWave incluindo antena oferecida as companhias aéreas comerciais. O hardware é comum entre a aviação geral e executiva com versões do sistema JetWave para transportes aéreos.
BEM PARANÁ (PR)
Aeronave cai no interior do Paraná e deixa dois feridos
Dois homens ficaram feridos durante a queda de uma aeronave de pequeno porte nesta quarta-feira (17) na área rural de Siqueira Campos, no norte do Paraná. Segundo a Polícia Militar (PM), as vítimas foram levadas para a Santa Casa de Misericórdia da cidade, e não correm risco de morte.
A queda foi às 17h25 desta quarta a cerca de 300 metros do Aeroporto Municipal Aguinaldo Pereira Lima. A aeronave, que é um girocóptero, decolou do aeroporto e, em seguida, apresentou falhas.
Conforme a PM, o piloto forçou a aterrissagem em uma plantação. O local foi isolado pelos policiais, que comunicaram o acidente à Polícia Civil e ao Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta).
Segundo o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que atendeu as vítimas, o piloto é morador de Siqueira Campos, e o passageiro é um policial civil do interior de São Paulo.
Conforme a PM, o piloto forçou a aterrissagem em uma plantação. O local foi isolado pelos policiais, que comunicaram o acidente à Polícia Civil e ao Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta).
Segundo o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que atendeu as vítimas, o piloto é morador de Siqueira Campos, e o passageiro é um policial civil do interior de São Paulo.
PORTALBRAGANCA.COM.BR
Nacional – ALESP: Brasil comemora 107 Anos da Imigração Japonesa – 18/06/2015
Comemoramos em 18/6 os 107 anos da Imigração Japonesa no Brasil. Desde que assumi o meu primeiro mandato na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, fiz questão de realizar esta homenagem que é dedicada à comunidade nipo-brasileira como um todo, mas principalmente aos nossos pioneiros, a quem devemos tão importante data.
Em 2011, nos 104 anos da imigração fizemos um grande evento trazendo cerca de 1.500 convidados que prestigiaram uma sessão solene em reverência a todas as províncias japonesas representadas em São Paulo através de entrega de honrarias aos Kenjinkais (associações representativas das províncias).
Homenageamos também, na mesma oportunidade, os representantes da imprensa nipônica.
A partir de então, temos reunido os parlamentares nikeis das três esferas legislativas: municipal, estadual e federal para, juntos, realizarmos eventos comemorativos que homenageiam entidades e grandes expoentes na comunidade.
Na última segunda-feira, dia 15, às 20h em sessão solene, homenageamos os 107 anos da Imigração.
A solenidade foi realizada conjuntamente entre os vereadores Aurélio Nomura (PV), George Hato (PMDB) e Masataka Ota (PROS); deputados estaduais Hélio Nishimoto (PSDB) e Jooji Hato (PMDB) – proponentes da sessão solene nesta Casa – e os deputados federais Keio Ota (PSB), Walter Ihoshi (PSD) e William Woo (PV).
Também estiveram presentes os deputados estaduais Jorge Caruso (Líder do PMDB) e Itamar Borges (PMDB).
O evento homenageou a empresária Chieko Aoki da Rede Blue Tree Hotels, o ex-presidente do Bunkyo – senhor Kihatiro Kita, o embaixador da Boa Vontade de Okinawa – senhor Shinji Yonamine, o empresário André Maeda, do Parque Maeda localizado na cidade de Itu, a atual presidente do Bunkyo, senhora Harumi Arashiro Goya, o presidente da Associação Wakayama Kenjinkai do Brasil, senhor José Taniguti, o judoca Charles Chibana e o delegado da Polícia federal Yokio Oshiro.
O tenente-brigadeiro-do-ar Juniti Saito, ex-Comandante da Força Aérea Brasileira, também recebeu uma honraria especial. Ele foi o primeiro nipo-brasileiro a ocupar posto máximo de um dos três braços das Forças Armadas do Brasil.
A história de vida de cada um dos nossos homenageados, os objetivos alcançados, sua garra e determinação são motivos que nos fazem acreditar cada vez mais no potencial da nossa comunidade e no quanto podemos ajudar na construção e transformação do nosso país, que há 107 anos acolheu os pioneiros.
O atual cônsul do Japão em São Paulo, Takahiro Nakamae, fez parte da mesa que coordenou o evento e lembrou em seu discurso que São Paulo abriga a maior população japonesa fora do Japão.
Atualmente existe no Brasil 1,5 milhão de japoneses e descendentes, sendo 80% no Estado de São Paulo e a maioria na capital. Da comunidade japonesa no Brasil, 90% vivem nas cidades.
A imigração japonesa no Brasil teve início oficialmente em 18 de junho de 1908, quando o navio Kasato Maru aportou em Santos, trazendo 781 lavradores que foram encaminhados para trabalhar em fazendas do interior paulista.
Várias outras autoridades descendentes e não descendentes prestigiaram o evento, que contou também com cerca de 400 convidados.
Quero aproveitar a oportunidade e, com imenso sentimento de gratidão, agradecer aos que deixaram seus afazeres para reverenciar nossos ancestrais.
*Jooji Hato é deputado estadual pelo PMDB.
TECNOLOGIA & DEFESA
Comandando o futuro
A revista Tecnologia & Defesa entrevistou o comandante do 1°/12°GAv, “Esquadrão Hórus”, unidade responsável pela operação de aeronaves não tripuladas Hermes 450 e 900 na Força Aérea Brasileira.
Tecnologia & Defesa - Coronel, como é comandar um esquadrão aéreo sem pilotos embarcados onde o relacionamento entre esses e as aeronaves acontece à distância?
Tenente-Coronel Renato Alves de Moraes - O desafio em comandar qualquer unidade aérea da Força Aérea Brasileira é grandioso e motivante. Estar à frente de uma equipe com diferentes capacitações e competências, extraindo de cada um de seus integrantes o melhor que cada um pode proporcionar para, então, uni-los e direcioná-los ao cumprimento da missão, com o máximo de operacionalidade e segurança, sintetiza o trabalho de um comandante de esquadrão.
Quando a missão se volta ao controle de aeronaves remotamente pilotadas (ARP), um tema singular que, sobretudo nos últimos tempos, tem provocado enorme interesse de diversos segmentos no meio militar e civil, faz-nos refletir continuamente sobre a maneira como empregamos nossos vetores.
Ao mesmo tempo em que tais equipamentos permitem a preservação do elemento humano, atuando distante do cenário de emprego e sem os naturais riscos inerentes à atividade aérea, oferecem menos recursos de se ter a consciência situacional acerca do voo e do que há no ambiente ao seu redor.
Assim, esse “gap” necessita ser extremamente trabalhado: as informações apresentadas exigem análise apurada para a exata interpretação, a coordenação a bordo da estação de controle e com equipes de apoio deve ser precisa, as emergências insistentemente treinadas, entre outros aspectos doutrinários que nos permitem a operação com similar padrão de operacionalidade e segurança às demais aeronaves.
Em complemento, as funções técnicas e operacionais necessárias para a operação dos sistemas requerem diferentes “expertises”. Para algumas, a aprendizagem no domínio cognitivo é mais expressiva, em outras, a psicomotricidade tem predomínio. Com pilotos da unidade oriundos de diversos segmentos: Aviação de Caça, Reconhecimento, Patrulha, entre outras; temos um grupo heterogêneo em conhecimento e habilidades, no entanto, sinérgico e unido em propósitos. Os resultados apresentados nas operações e exercícios ao longo dos anos falam “per si”. Estar à frente de uma equipe diferenciada, com foco em resultados, é um privilégio e traz-me muito orgulho disso.
T&D – Quais as principais mudanças culturais, de doutrina e estruturais (instalações) observadas desde a introdução e operação de ARPs em Santa Maria(RS), nesses quatro anos de existência da unidade (balanço)?
Ten Cel Renato – O advento de uma unidade aérea que desenvolve uma nova vertente de emprego do Poder Aeroespacial traz em seu bojo a necessidade de adaptações em diversos segmentos da Força. As adequações ocorreram e, com o conhecimento cada vez mais amplo de seu emprego, ainda poderão acontecer.
A princípio, os ajustes legais com relação ao espaço aéreo. Sabemos que, não somente no Brasil, mas também nas nações mais desenvolvidas, essa questão suscita muitas discussões e deve ser muito bem analisada. Para isso, na Força Aérea Brasileira, o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) vem tratando do assunto. Para o 1º/12º GAV, por ser militar, existe uma legislação específica, mas que requer acordos operacionais que permitam a operação.
Nesse contexto, os órgãos de controle de tráfego aéreo, especialmente em Santa Maria, onde estamos sediados, necessita compreender muito bem as características e, sobretudo, as limitações de operação de nosso sistema. Esse conhecimento mostra-se fundamental para a prestação do serviço com fluidez e segurança, o que, até o presente momento, indubitavelmente, tem ocorrido.
Antes da criação do 1º/12º GAv, em 2011, foi estabelecido o chamado Grupo de Trabalho Victor, que analisou a implantação e operação dessas aeronaves na Força Aérea. Naquele momento, muito foi estudado, avaliado e alicerçado para que, com o desenvolver da atividade, a capacidade operacional fosse cada vez mais aprimorada.
Assim, foram identificadas não somente questões relacionadas ao tráfego aéreo, mas também, estabelecidos requisitos para exercer as funções operacionais, a bordo e fora da estação de controle; analisados critérios fisiológicos para o exercício da atividade e limites de jornada para os tripulantes, bem como realizado o levantamento das capacidades necessárias às equipes de voo e de apoio técnico, entre outras.
Com isso, novas missões foram atribuídas à unidade, intensificou-se a integração com as demais aeronaves militares, de maneira a permitir o emprego conjunto em um mesmo cenário tático; houve o aprimoramento doutrinário em operações conjuntas com as demais Forças Armadas e com a Polícia Federal e, de maneira mais recente, estamos experimentando uma reformulação em nosso programa de formação de tripulantes, o que, até o presente momento, tem trazido maior fluxo e treinamento mais focado no desempenho esperado.
As mudanças estruturais também tiveram que ser consideradas: houve a necessidade de se estabelecer um sítio operacional que abrigasse todos os equipamentos empregados na operação rotineira e, a despeito de ainda utilizarmos instalações provisórias, as quais possuem suas naturais limitações, a atividade é bem conduzida e, para os próximos meses, está programada a inauguração do novo hangar, sede da unidade aérea, uma construção moderna que já vem com a filosofia de emprego desse tipo de vetor.Enfim, considerando as múltiplas possibilidades de aplicação dos sistemas não tripulados, não há que considerar o trabalho de implantação encerrado. Por isso, sempre há ensinamentos em cada operação ou exercício de que participamos. Nossa grande preocupação é a síntese desse conhecimento e o registro em manuais de maneira a perpetuá-lo e permitir aos novos integrantes aperfeiçoá-lo incessantemente.
T&D – O que acrescenta à estrutura já existente no Hórus, a introdução de um vetor tão sofisticado quanto o Hermes 900?
Ten Cel Renato – A aeronave remotamente pilotada RQ-900 tem em sua configuração um novo sistema sensor, o SkEye, o que exigiu o acréscimo de novas funções operacionais à unidade, ou seja, o “commander”, que atua como um gerente de missão; o “controller”, que envia comandos ao equipamento, monitora seus parâmetros e faz a interface com os pilotos; e os “operators”, que se utilizam das imagens geradas, em tempo real, para enviá-las, sob a coordenação do “commander”, ao Centro de Operações. Tudo isso ocorre a bordo de um novo módulo de controle denominado “SkEye Control and Management Center” (SCMC).
O Sistema SkEye consiste na integração de 16 câmeras eletro-ópticas de boa resolução espacial, que operam com um “Field of View” (FOV) estreito, mais pontual, e uma câmera “Wide View”, a qual abrange toda a área coberta pelo campo de visada das anteriores, porém, com uma resolução espacial inferior. Ao mesmo tempo em que há o “downlink” dos “streams” de vídeo, estes são gravados a bordo da “Mass Storage Unit” (MSU), o que introduz o conceito de “Video on Demand” (VOD). Segundo ele, múltiplos usuários acessam os vídeos e eventos marcados pelos operadores do sistema de maneira simultânea e independente, podendo, inclusive, um ou vários “operators” realizarem um “playback” para análise mais apurada, enquanto os demais prosseguem na vigilância de outras áreas.
O sistema RQ-900 também incorpora o sensor eletro-óptico DCoMPASS (“Digital Compact Multipurpose Payload Advanced Stabilized System”), idêntico ao do sistema RQ-450. No entanto, para pilotos e operadores desse sistema, houve a necessidade de adaptá-los à nova interface, mais moderna e interativa, que também equipará, em breve, a estação de controle do RQ-450.
O RQ-900 possui autonomia de até 30 horas, o que, associado à capacidade de enlace de dados via satélite (SATCOM) na banda “Ku”, potencializa o emprego do vetor. Considerando o “uplink” e “downlink” em linha de visada na banda “C” restrito a 350 km, não restam dúvidas de que o emprego satelital é um recurso que proporciona versatilidade e pronta-resposta.
Com tantos recursos, o sistema RQ-900 mostra-se tecnológico e inovador para os profissionais da unidade, que têm a oportunidade de cumprir a missão com maior nível de operacionalidade.
N. da R.: Matéria sobre o Esquadrão Hórus está publicada na edição 141 de Tecnologia & Defesa, que está chegando às bancas.
RFI (FRANÇA)
Que impacto pode ter o crescimento do setor da aviação para o meio ambiente?
O setor da aviação é responsável hoje por 2% das emissões de gás carbônico e 3% de gases de efeito estufa: um número que pode triplicar nas próximas décadas. A situação se tornou mais preocupante ainda com o anúncio de 35 mil novas aeronaves que devem entrar em circulação nos próximos 20 anos. A informação foi divulgada no Salão Aeronáutico de Le Bourget, realizado na periferia de Paris até o dia 21 de junho.
Daniella Franco
Para Alexandre Filizola, gerente técnico de Análise Ambiental da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a entrada em circulação dessas aeronaves no futuro esse número não representa um grande risco para o meio ambiente. "Incluir 35 mil novas aeronaves no sistema significa também que um número expressivo de aviões antigos e menos eficientes serão retirados de circulação", avalia.
Uma das preocupações dos expositores do Salão Aeronáutico esse ano é o engajamento das empresas pela redução de gases poluentes. Até 2050, os contrutores pretendem diminuir essas emissões pela metade. Para isso, as empresas apresentam novas soluções como aeronaves elétricas, motores híbridos, biocombustíveis, entre outros.
Brasil evolui no setor de biocombustíveis
Embora o Brasil não conte até o momento com uma política sobre biocombustíveis para a aviação, o país vem evoluindo nesse setor. Filizola destaca alguns deles : "A plataforma mineira de bioquerosene é um projeto muito interessante para o reflorestamento das cabeceiras do rio São Francisco com a macaúba, que serve de matéria-prima do diesel verde. Além disso, a empresa Amyris já produz localmente biocombustível que tem sido utilizado em voos ecológicos da Gol Linhas Aéreas".
Mas nem todos são tão otimistas sobre a evolução dos biocombustíveis na aviação. "É preciso considerar que não encontramos nada melhor até agora do que o jet fuel, feito de petróleo", pondera Pascal Pincemin, responsável do setor aeronáutica da empresa de auditoria francesa Deloitte.
Pincemin ressalta, no entanto, que os progressos na área, como a modernização dos motores, têm ajudado a diminuição do consumo de combustível. "Fizemos evoluções importantes nos últimos 30 anos e cada vez mais vamos reduzir a utilização de carburantes", reitera.
Transporte marítimo polui mais
O avião, no entanto, não é o meio de transporte que mais polui. O especialista em aviação Kerley Oliveira, do Centro Universitário UNA e da UniBH, lembra que, em 2013, os meios de transporte marítimos emitiram 460 milhões de toneladas de gás carbônico contra 360 milhões pela aviação. "Se compararmos os aviões até mesmo com os meios de transporte terrestres, como o automóvel, que comporta 5 pessoas e um Boeing, que leva cerca de 300 pessoas, a eficiência deste último é muito maior", analisa.
7 bilhões de passageiros
O Grupo internacional de Ação para o Transporte Aéreo (Atag, sigla em inglês), impõe a melhora de 1,5% na eficácia energética dos aviões para daqui a cinco anos. Um objetivo que deve enfrentar como obstáculo o próprio crescimento do setor, vítima do próprio sucesso. Até 2035, o número de passageiros aéreos deve passar dos atuais 3 bilhões por ano para 7 bilhões.
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