NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 06/05/2015 / SAAB diz que vitória no Brasil fez o Gripen ‘virar o jogo’ no mercado mundial
SAAB diz que vitória no Brasil fez o Gripen ‘virar o jogo’ no mercado mundial ...
A corporação sueca SAAB está comemorando até agora – decorridos 17 meses da escolha do caça Gripen NG pela Força Aérea Brasileira (FAB) – sua vitória no disputadíssimo programa FX-2. De acordo com o articulista Christopher P. Cavas, do respeitado site noticioso americano defensenews.com, em função da compra fechada pela FAB, em outubro, de 36 unidades das versões E e F, e da encomenda de mais 60 feita pela própria aviação militar sueca, o Gripen, de ator “coadjuvante” passou a protagonista no sofisticado cenário dos modernos caças supersônicos ...
Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.
Comunidade protesta contra desocupação e interdita avenida no PA
Famílias bloquearam trecho da avenida Pedro Álvares Cabral nesta terça, 5. Aeronáutica disse que irá apurar ocupação de terreno e tomar medidas.
As famílias que ocupam um terreno que pertence à Aeronáutica interditaram na manhã desta terça-feira (5) as duas pistas da avenida Pedro Álvares Cabral, no bairro da Marambaia, em Belém. Após negociação com policiais militares, a via foi liberada para tráfego após ter sido bloqueada de meio-dia até às 12h45.
A Polícia Militar tenta fazer a desocupação da área desde a última segunda (4), mas as pessoas estariam se recusando a deixar o local.
De acordo com o Comando da Aeronáutica, os ocupantes teriam quebrado o muro e ocupado o terreno, localizado na passagem Haroldo Veloso, na esquina com a avenida Pedro Álvares Cabral, na segunda-feira. O caso será apurado para que sejam tomadas as medidas legais cabíveis.
A Aeronáutica informou que o local abriga um radar meterológico, que garante a segurança de pousos e decolagens de aviões no aeroporto internacional de Belém. Ainda segundo a Aeronáutica, essa é a segunda invasão da área em menos de uma semana.
Exército entra no combate à dengue em Sumaré, SP, nesta terça-feira
Cidade tem cerca de 7 mil casos positivos em 2015, segundo relatório. Bairro Maria Antônia concentra dez por cento dos registros neste ano.
Dezesseis soldados do Exército começam, nesta terça-feira (5), a combater a epidemia de dengue em Sumaré (SP), que tem 6.833 casos positivos confirmados, sendo 604 deles no bairro Maria Antônia. A região é uma das que mais cresce na cidade e recebe novos moradores de várias partes do país.
De acordo com a Secretaria de Saúde, a expectativa é vistoriar quatro mil imóveis em 76 quadras. O trabalho será feito em duas semanas nas terças, quartas e quintas-feiras. Além da procura por criadouros do mosquito Aedes aegypti, o trabalho dos agentes de saúde prevê orientação sobre a dengue nas escolas e indústrias.
Dengue em 2015
O número de casos de dengue aumentou 10% em Sumaré e chegou a 6.833, divulgou nesta segunda-feira (4) a Secretaria de Saúde. No balanço anterior, de 23 de abril, eram 6.208. A cidade está em estado de emergência desde fevereiro por causa da epidemia e três pessoas já morreram em decorrência da doença este ano. Outro óbito ainda aguarda resultado de exames.
O número de casos de dengue aumentou 10% em Sumaré e chegou a 6.833, divulgou nesta segunda-feira (4) a Secretaria de Saúde. No balanço anterior, de 23 de abril, eram 6.208. A cidade está em estado de emergência desde fevereiro por causa da epidemia e três pessoas já morreram em decorrência da doença este ano. Outro óbito ainda aguarda resultado de exames.
Em 2014, a cidade teve, nos 12 meses, 3.216 casos, e quatro pessoas faleceram em decorrência da dengue. Assim como no ano passado, o tipo de dengue que circula na cidade é o 1.
Corpo de piloto de ultraleve continua na Serra da Canastra em MG
FAB ainda não teve acesso ao local da queda devido ao mau tempo. Piloto saiu de São Paulo no sábado (2) quando perdeu contato com família.
Anna Lúcia Silva - Do G1 Centro-oeste De Minas
O corpo do piloto que morreu após a queda de um ultraleve permanece na Serra da Canastra, por causa das dificuldades de acesso da Força Aérea Brasileira (FAB) ao local. A vítima perdeu contato com a família no sábado (2), quando saiu de Pirassununga (SP) com destino à Pousada da Limeira, em Vargem Bonita, município próximo de São Roque de Minas, no Centro-Oeste do estado.
Ainda conforme a Força Aérea, o helicóptero que fará o resgate do corpo ainda está em Pirassununga e não decolou devido ao mau tempo na região. A assessoria da FAB disse que após a decolagem o tempo de voo até a Serra da Canastra será de 1h10. Contudo, só será possível chegar ao destino se o tempo permitir e se manter estável.
A assessoria da Força Aérea também informou que o homem que não teve a idade confirmada e nem o nome, mas que ele pilotava uma aeronave experimental, de matrícula PU-BIK. Em casos de aeronaves experimentais a FAB não investiga quedas e todo trabalho fica ao cargo da Polícia Civil, pois não segue padrões específicos de segurança aérea.
Acesso
Como o local onde o acidente ocorreu é um trecho de mata fechada, o acesso por terra é difícil e não é possível descer de aeronave.
Como o local onde o acidente ocorreu é um trecho de mata fechada, o acesso por terra é difícil e não é possível descer de aeronave.
Peritos da Polícia Civil cidade de Passos, no Sul do estado, deveriam ser levados na manhã desta terça-feira (5), de carona no helicóptero da FAB. Entretanto, segundo o delegado Fernando Henrique Turini Berdugo, isso não será ais possível.
"Em conversa com o comandante, ele nos disse que não seria possível que os peritos descessem no local. Por isso, a ida dos peritos não ocorrerá. A própria FAB descerá com pessoas especializadas para remover o corpo e encaminhá-lo para a polícia que o levará para o Instituto Médico Legal de Passos", contou o delegado.
Acidente
Durante todo o sábado, parentes do piloto tentaram contato com ele por celular, em vão. Somente por volta das 14h30 de domingo (3) é que o serviço de salvamento da FAB foi acionado para iniciar as buscas pelos destroços.
Durante todo o sábado, parentes do piloto tentaram contato com ele por celular, em vão. Somente por volta das 14h30 de domingo (3) é que o serviço de salvamento da FAB foi acionado para iniciar as buscas pelos destroços.
Um avião e um helicóptero foram usados nas buscas. Os destroços foram achados às 8h50 desta segunda-feira (4) pela equipe da FAB, que confirmou a morte do piloto, único ocupante do ultraleve.
O piloto saiu de São Paulo com destino a Pousada Limeira, que pertence a um amigo da vítima, Waine de Castro.
Segundo informações de Waine, ele era experiente e os voos para a Serra da Canastra eram constantes. "Além de ter uma casa no distrito de São Roque de Minas, ele gostava muito de ficar na minha pousada, já estava combinado de recebê-lo no fim de semana", contou.
Waine também é piloto há 27 anos e acredita na hipótese de queda da aeronave. "O ultraleve dele era mais simples e não tinha horizonte artificial, o que favorece voar dentro da camada de nuvens e evita desorientação espacial. Não havia também GPS, que detecta a altitude do terreno. Ele pode ter entrado numa nuvem e colidido com a Serra da Babibilônia, que fica dentro do Parque Nacional da Serra da Canastra", explicou.
Voos comerciais são adiados em Divinópolis e nova previsão é junho
Aeroporto passou por adequações e está apto a operar, diz Prefeitura. Caminhão de combate a incêndio foi a última exigência a ser atendida.
Pela sexta vez os voos comerciais com previsão de início nesta segunda-feira (4) em Divinópolis, foram adiados.
Segundo o secretário de Desenvolvimento Econômico de Divinópolis, Paulo César, a nova previsão estipulada para começar a oferecer conexões com Campinas, em São Paulo, é junho. Contudo, o secretário afirma que o aeroporto está apto a operar.
Na última quinta-feira (30), um caminhão de combate a incêndio chegou ao aeroporto. O veículo foi uma últimas das exigências da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). A máquina de raio-x também já está no aeroporto.
Ainda segundo o secretário de Desenvolvimento, a liberação para o início das atividades depende da Anac. "O terminal já está pronto com as salas de embarque e desembarque. Uma empresa privada que presta serviço com bombeiros civis já foi contratada para atuar no aeroporto. Foram construídos banheiros, entre outras adequações. Está tudo pronto", destacou.
Uma aeronave com capacidade para 70 passageiros foi disponibilizada para a linha comercial. "A princípio, seriam voos diários. A aeronave sairá de Campinas, irá para Divinópolis, pegará os passageiros e voltará para Campinas, exceto às quintas-feiras e domingos", afirmou Paulo.
A empresa que venceu a licitação para gerenciar o aeroporto é de São Paulo e vai receber R$ 165 mil pela administração e operação do aeroporto de Divinópolis. Cerca de 40 novos empregos serão gerados com o início das atividades comerciais no município.
O G1 entrou em contato com a Anac para saber o que de fato falta para a liberação dos voos no município e aguarda retorno da agência.
Corpo de piloto morto em acidente na Serra da Canastra é resgatado
João Ferreira, 64, era piloto reformado da Força Aérea Brasileira (FAB). Equipe da própria FAB removeu corpo após perícia da Polícia Civil.
Ricardo Welbert
Foi resgatado na tarde desta terça-feira (5) o corpo do piloto do avião que caiu sábado (2) na região da Serra da Canastra, em Minas Gerais. João Ferreira tinha 64 anos, era piloto reformado da Força Aérea Brasileira (FAB) e único ocupante da aeronave. O acidente ocorreu em um local de mata fechada e acesso difícil.
A comerciante Idelsuita Silveira de Castro conhecia o piloto e lamentou a morte. "Ele era muito bom. Uma pessoa realizada na vida. Ele só falava coisas boas", disse.
"Estamos muito tristes com o que aconteceu. Ele frequentava muito a nossa pousada e gostávamos dele", comentou o também comerciante Wainne de Castro.
Um helicóptero da própria FAB foi usado para levar uma equipe de perícia da Polícia Civil até a área de mata fechada onde o acidente ocorreu. O acesso ao local por terra é difícil.
Os policiais civis analisaram a cena do acidente, anotaram e gravaram imagens dos destroços. Somente depois, a equipe da FAB pode remover o corpo do piloto, que foi transportado para o Institito Médico Legal (IML) de Passos, no Sul de Minas.
Destino
A aeronave experimental, de matrícula PU-BIK, decolou por volta das 7h de sábado de Pirassununga, no interior de São Paulo, com destino à Pousada da Limeira, em Vargem Bonita, na Serra da Canastra. De acordo com o plano de voo, a queda ocorreu 12 km antes de a aeronave chegar ao destino.
A aeronave experimental, de matrícula PU-BIK, decolou por volta das 7h de sábado de Pirassununga, no interior de São Paulo, com destino à Pousada da Limeira, em Vargem Bonita, na Serra da Canastra. De acordo com o plano de voo, a queda ocorreu 12 km antes de a aeronave chegar ao destino.
A comerciante Idelsuita, dona da pousada, disse que João Ferreira era um hóspede frequente.
A região da Serra da Canastra onde o avião caiu tem grandes formações montanhosas. Alguns paredões estão a 1.500 metros de altitude acima do nível do mar. O local é conhecido como Babilônia. Para ir até lá, é preciso veículo traçado e ajuda de moradores da região. A neblina costuma ser intensa na região durante a manhã.
Destroços
Os destroços do avião e o corpo do piloto foram encontrados pela equipe da FAB 48 horas após o acidente. Uma das asas do avião ficou pendurada numa encosta.
Os destroços do avião e o corpo do piloto foram encontrados pela equipe da FAB 48 horas após o acidente. Uma das asas do avião ficou pendurada numa encosta.
MPF vai recorrer da absolvição de acusados no acidente da TAM
Para a Justiça Federal de São Paulo, ex-diretores da companhia aérea e da Anac não têm responsabilidade criminal na tragédia
O Ministério Público Federal de São Paulo (MPF-SP) irá recorrer da decisão que absolveu três acusados no acidente do voo da TAM que matou 199 pessoas. A informação foi confirmada na tarde desta terça-feira pela assessoria de imprensa do órgão.
A Justiça Federal paulista absolveu, na última quinta-feira, dois ex-diretores da companhia aérea e uma ex-diretora da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) de responsabilidade criminal no acidente ocorrido no aeroporto de Congonhas, em 2007, com a aeronave que saiu de Porto Alegre com destino a São Paulo. A decisão tornou-se pública apenas na segunda-feira.
Para o Judiciário, não há provas de que Marco Aurélio dos Santos de Miranda, então diretor de segurança de voo da TAM, Alberto Fajerman, vice-presidente de operações da empresa, e Denise Maria Ayres Abreu, então diretora da Anac, tenham contribuído diretamente para o acidente. A denúncia havia sido apresentada pelo MPF que, em abril do ano passado, pediu 24 anos de prisão para Miranda e Denise por considerar que ambos assumiram o risco de expor a perigo os aviões que operavam em Congonhas. O órgão pediu a absolvição de Fajerman.
A Associação dos Familiares e Amigos das Vítimas do Voo TAM JJ3054 (Afavitam) recebeu "muito mal" a notícia da absolvição, conforme relato do presidente da entidade, Dário Scott.
— Esperávamos que houvesse a condenação. Vamos analisar, agora, o que é cabível de ser feito para que realmente se tenha a punição dessas pessoas que, no nosso entender, são responsáveis por não evitar que o acidente acontecesse — disse.
Ao jornal Folha de S. Paulo, os advogados dos acusados se disseram satisfeitos por ter sido feita "justiça". À publicação, Denise afirmou que quer ingressar com ação contra danos morais ao governo federal por "assassinato de reputação".
Em 17 de julho de 2007, um Airbus A320 da TAM não conseguiu frear a tempo na pista do terminal de Congonhas, em São Paulo, atravessou uma avenida e bateu em um posto de combustíveis e em um prédio da companhia.
Exército cancela ação na fronteira do Estado
VERBA 40% MENOR causa suspensão no RS e em SC de ofensiva contra tráfico de drogas e armas
José Luís Costa
A crise financeira que o levou o governo federal a enxugar o orçamento da União poderá reduzir em 40% as verbas para o Exército em 2015. Uma das consequências é a suspensão de ações de fronteira no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, afetando o combate ao ingresso de drogas.
O tema preocupa o Comando Militar do Sul (CMS), que atua em uma faixa de 2,4 mil quilômetros nos limites com Argentina, Uruguai e Paraguai – principal "exportador" de maconha para o Brasil.
– Com menos recursos, treinaremos menos, estaremos menos capacitados e com menos verba para manutenção. É como uma bola de neve – lamentou o general de Exército Antônio Hamilton Martins Mourão, comandante do CMS, em encontro com jornalistas na manhã de ontem na Capital.
O CMS definiu que a nona edição da Operação Ágata será realizada apenas no Paraná. Criada em 2011, é uma das principais ofensivas das Forças Armadas em parceria de 13 ministérios com 20 organismos, como Receita Federal e Polícia Federal, para reprimir o tráfico de drogas e de armas na fronteira com 10 países.
Questionado sobre o impacto da medida no combate ao tráfico no Estado, o general disse que pretende reforçar outras ações, como a Operação Fronteira Sul, contando com efetivos menores, alocados nas cidades fronteiriças.
– Ficamos sem capacidade de cumprir uma parcela das atividades. Mas é importante destacar que a missão do Exército neste processo é secundária, esporádica. O combate às drogas é uma questão de saúde pública, de investimentos em comunidades e também está ligado aos organismos de segurança pública. O Estado tem de agir como um todo. Se não fizer isso, vamos enxugar gelo indefinidamente – enfatizou Mourão.
DESPESAS DE CUSTEIO DEVEM PERDER R$ 880 MILHÕES
O corte deve tirar dos cofres do Exército R$ 880 milhões dos R$ 2,2 bilhões até então previstos para despesas de custeio neste ano nos oito comandos regionais. O governo federal também incorporou ao orçamento cerca de R$ 190 milhões relativos a receitas próprias do Exército.
A redefinição de gastos em cada comando será decidida em uma reunião da cúpula, na próxima semana, em Brasília. Alimentação, saúde e material de consumo como fardamento são prioridades. O CMS estuda medidas como redução do horário de expediente para gastar menos com água e luz.
Passageiros estão mais satisfeitos com aeroportos do País
Dos 15 terminais avaliados, Brasília (DF) foi o que mais melhorou em relação a si mesmo – 21% – na nota de satisfação de passageiro
A Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República (SAC-PR), divulgou nesta terça-feira (5) o resultado da Pesquisa de Satisfação do Passageiro. Segundo levantamento, o aeroporto Juscelino Kubitschek passou de uma nota média de 3,52 no primeiro trimestre de 2014 para 4,21, no primeiro trimestre de 2015, ficando em quarto lugar entre os 15 aeroportos responsáveis por 80% da movimentação no País e que fazem parte da pesquisa. O aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP) foi eleito o melhor pelos passageiros.
A moradora de Recife (PE), professora Maria da Conceição Alves de Andrade, aprecia o conforto durante suas viagens. Gosta de ser bem tratada e fica atenta à prestação de serviços nos aeroportos. Ela admira, também, itens como organização, limpeza e informação. Tais aspectos levam a professora a considerar o Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek, em Brasília (DF) um dos melhores aeroportos do País.
Pesquisa
Entre os meses de janeiro, fevereiro e março foram entrevistadas,, um total de 13.384 pessoas, que deram notas de 1 a 5 para 48 indicadores. No item Satisfação Geral do Passageiro, 81% das notas foram 4 e 5. No primeiro trimestre de 2014, a frequência dessas notas foi de 68%.
“Na primeira vez que passei por aqui (Brasília), na época em que o aeroporto ainda não havia sido concedido, as acomodações eram muito ruins. Eu me sentia incomodada com a bagunça. Agora, me sinto bem no aeroporto. Com a reforma, ele ficou perfeito, um dos melhores que já frequentei. Acho tudo organizado no check-in, no embarque, no desembarque”, conta a professora.
Melhorias
As ampliações e reformas que contribuíram para o crescimento constante do terminal incluem aumento no número de vagas do estacionamento, que passou de 1.234 para 3.300 vagas, sendo 250 cobertas; chegada de três novos carros de bombeiros da empresa Rosembauer, modelo Panther, num investimento de R$ 5 milhões do consórcio em segurança; implementação dos totens compartilhados de autoatendimento; balcão de Informações 24 horas com atendimento bilíngue; reforma completa do Terminal 2; entrega das principais obras de expansão – o Píer Sul e o Píer Norte, salas de embarque com 10 e 8 novos fingers, respectivamente; construção do novo posto médico; e nova área para os taxistas.
O Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek teve outras melhorias, como o conserto e manutenção de escadas rolantes e elevadores – os equipamentos passaram por avaliação técnica e foram investidos R$ 450 mil em reposição de peças; a chegada de mais 1.500 carrinhos de bagagem – foram entregues mil novos carrinhos e outros 500 que estavam fora de circulação foram reformados. Desse modo, o total de carrinhos passa de 2.500 para 4 mil.
Além disso, houve a reforma e construção de novos sanitários; a reforma do embarque internacional; a construção de novo canal de controle de inspeção de embarque doméstico – agora, os 8 equipamentos de raios-x ficam agrupados com o objetivo de reduzir o tempo de fila; a reforma e modernização do Terminal de Cargas; a construção da Sala VIP de 1.500m² e capacidade para atender até 300 passageiros simultaneamente; a revitalização e implantação de pistas e taxiways; e a construção de novos sanitários nas áreas de desembarque, check-in e saguão de embarque, entre muitas outras obras.
Recursos
O investimento total previsto durante a concessão – que começou em 1º de dezembro de 2012 – no Aeroporto de Brasília é de R$ 2,85 bilhões. Até a Copa do Mundo de 2014 foram investidos cerca de R$ 900 milhões.
Durante todo o ano passado o investimento foi de R$ 1,5 bilhão. Com tanta obra, a capacidade do Aeroporto de Brasília passou de 16 milhões de passageiros por ano para 21 milhões em 2014 e deverá chegar a 41 milhões na última fase da concessão, em 2037.
No ano passado, a média no aeroporto foi de 15.322 pousos e decolagens por mês, 510 por dia. Foram 183.874 pousos e decolagens em 2014 – 96.5% voos domésticos e 3.5% voos internacionais. A média de movimento diário foi de 49 mil passageiros: 28,5% de embarques, 26,5% de desembarques e 45% de conexões. E movimento total de 2014 foi de 18.1 milhões de passageiros, um aumento de 10% em relação a 2013.
Tanta gente embarcando poderia transformar o local em um caos. Não foi o que aconteceu, segundo o projetista Edmilson Leandro, 38 anos. Ele frequenta bastante o aeroporto de Brasília – pelo menos oito vezes por ano ele visita a cidade. “O aeroporto ficou bem mais clean, tem mais funcionários trabalhando. Em relação à infraestrutura, houve melhoras. O aeroporto era um cubículo, aumentou de tamanho e agora, realmente, representa a capital do País e pode atender melhor o fluxo de passageiros em Brasília”, acredita.
Além de Brasília, os outros aeroportos concedidos são: Guarulhos (São Paulo), Galeão (Rio de Janeiro), Viracopos (Campinas-SP), Confins (Minas Gerais) e São Gonçalo do Amarante (Rio Grande do Norte).
Confins
Confins, aliás, teve um aumento de 12% na nota dada pelos usuários na pesquisa, no primeiro trimestre deste ano, chegando a 3,88 – empatou com Manaus em segundo lugar na relação dos aeroportos que mais melhoraram em relação a si próprios.
No mesmo período do ano passado, a nota média do aeroporto mineiro foi de 3,47, o que levou Confins a ficar em penúltimo lugar entre os 15 aeroportos. “A infraestrutura de Confins também está melhorando. As áreas de check-in e embarque ficaram mais rápidas, fazendo com que a gente perca menos tempo”, explica o projetista Edmílson Leandro.
A mesma percepção tem o técnico em segurança Anderson Jesus da Silva, 41 anos, em relação ao Aeroporto de Brasília. Morador de Campinas (SP), ele aproveita para elogiar vários setores do terminal da capital, como a comodidade e a segurança.
“Há muitas vagas no estacionamento, agora. E, também, há muitas cadeiras na sala de espera e na área de embarque. Isso é bacana, já vim umas quatro vezes em Brasília e, nas primeiras vezes, o aeroporto era muito inseguro, dava medo. A segurança está bem melhor. Nas primeiras vezes que eu vim aqui eu procurava sair logo do aeroporto, para não sofrer nada”, confessa.
O técnico em segurança também percebeu as mesmas mudanças no Aeroporto de Viracopos, em Campinas. Segundo ele, a infraestrutura é melhor, após a concessão e expansão do empreendimento. “Todos os aeroportos deveriam ser concedidos. As melhorias provam que essa iniciativa dá certo”, defende Anderson Jesus da Silva.
Viracopos, aliás, subiu 9% na Pesquisa de Satisfação do Passageiro, passando de uma nota média de 4,01 no primeiro trimestre de 2014 para 4,38, no primeiro trimestre de 2015, ficando em primeiro lugar, no período, entre os 15 aeroportos responsáveis por 80% da movimentação no País e que fazem parte da pesquisa.
Após ser concedido, aliás, o Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek, em Brasília, passou de 4º para o 2º lugar em movimentação de passageiros dentre os aeroportos brasileiros, tornou-se o 3º maior aeroporto brasileiro em movimentação internacional e o 4ª maior aeroporto da América Latina.
Pedido de corporações americanas para liberar uso de drones aumenta pressão contra ente regulador nos EUA
Thomas Black
(Bloomberg) - Enquanto os reguladores nos EUA estudam como governar os drones comerciais, as corporações americanas estão avançando no uso de aviões não tripulados no intuito de acelerar o processo e obter concessões para as restrições propostas.
Grandes empresas, entre elas a American International Group Inc., a Chevron Corp. e a BNSF Railway Co., estão planejando testes de voo para inspecionar estragos causados por tormentas, oleodutos e ferrovias. A Union Pacific Corp. empregará seus drones de 3,18 quilos para monitorar descarrilamentos de materiais perigosos.
Os testes têm lugar em meio às reclamações de críticos, liderados pela Amazon.com Inc., de que a Administração Federal de Aviação (FAA, na sigla em inglês) está bloqueando tecnologia que está sendo aplicada rapidamente no exterior e que poderia transformar tudo, das inspeções industriais até a gestão de terras para cultivo. A Amazon está trabalhando em fretes futuristas, mas outras empresas estão procurando regras menos restritivas enquanto começam a levar veículos aéreos não tripulados (VANT) para os céus dos EUA.
"Eu não acho que nenhum de nós esteja fazendo isto por ser algo bacana", disse Lynden Tennison, diretor de informações da Union Pacific, em uma entrevista. "Estamos fazendo isto porque acreditamos na existência de benefícios comerciais".
O potencial dos drones será um assunto central nesta semana em Atlanta, quando fabricantes e usuários se reunirem para o salão anual da Association for Unmanned Vehicle Systems. A FAA será instada a atuar rapidamente para a criação de normas permanentes.
Proposta
A agência propôs regulamentações em fevereiro para levantar a proibição do uso comercial de drones com peso inferior a 25 quilos atualmente em vigor, mas impôs restrições. É possível que as normas finais sejam instauradas daqui a mais de um ano, já que os reguladores estão avaliando cerca de 4.500 comentários públicos. Outras regulamentações cobrem o uso recreativo dos drones.
Os defensores da segurança aprovam a cautela da FAA, porém as restrições planejadas continuam sendo onerosas para fabricantes de drones e clientes: sem voos além do campo visual, voos noturnos nem operações perto de pessoas - e a lista continua.
A Chevron procederá ao desenvolvimento de aviões não tripulados para conferir oleodutos, segundo Christian Sanz, CEO da Skycatch, uma fabricante de drones e software que está trabalhando com a petroleira. O problema: os operadores da Chevron estariam a quilômetros dos drones, mas a FAA exige que estejam à vista. Se a norma não for relaxada quando os VANT estiverem prontos para voar, os testes serão realizados fora dos EUA, disse Sanz.
A Amazon, que está desenvolvendo drones para entregar pacotes, tem sido especialmente crítica da FAA. Uma norma proposta pela agência exigiria que os drones estejam sob controle direto de um operador, porém os aviões da Amazon, que voam a pelo menos 60,96 metros do solo, seriam guiados por computadores e sensores.
A agência tem sido um dos maiores "obstáculos" para o crescimento do setor de drones comerciais, disse Colin Guinn, chefe de vendas e marketing da fabricante de drones 3D Robotics, que fabricará as aeronaves da BNSF e da AIG. A FAA também não percebe como os drones comerciais poderiam salvar vidas ao substituir helicópteros e aviões pilotados, disse ele.
Cautela elogiada
Os pilotos e fabricantes de aviões pequenos dizem que a FAA está certa em atuar com cuidado. A incorporação de drones comerciais ao espaço aéreo dos EUA é muito mais importante do que foram a transição de aviões com motores de pistão para jatos e a estreia dos helicópteros, disse Walter Desrosier, vice-presidente da associação do setor General Aviation Manufacturers Association.
Contratempos com drones atiçaram as preocupações dos críticos. Em janeiro, um homem em Washington perdeu o controle de um drone recreativo que caiu sobre o gramado da Casa Branca. No ano passado, um drone militar com peso de cerca de 170,5 quilos caiu perto de uma escola de ensino fundamental na Pensilvânia durante um exercício e foi atropelado por um veículo.
"Existe um número considerável de restrições", disse Tennison da Union Pacific. "A FAA vem escutando e está reconhecendo que esta é uma área em evolução para eles e que ela precisará de uma mudança com o tempo".
Grandes empresas, entre elas a American International Group Inc., a Chevron Corp. e a BNSF Railway Co., estão planejando testes de voo para inspecionar estragos causados por tormentas, oleodutos e ferrovias. A Union Pacific Corp. empregará seus drones de 3,18 quilos para monitorar descarrilamentos de materiais perigosos.
Os testes têm lugar em meio às reclamações de críticos, liderados pela Amazon.com Inc., de que a Administração Federal de Aviação (FAA, na sigla em inglês) está bloqueando tecnologia que está sendo aplicada rapidamente no exterior e que poderia transformar tudo, das inspeções industriais até a gestão de terras para cultivo. A Amazon está trabalhando em fretes futuristas, mas outras empresas estão procurando regras menos restritivas enquanto começam a levar veículos aéreos não tripulados (VANT) para os céus dos EUA.
"Eu não acho que nenhum de nós esteja fazendo isto por ser algo bacana", disse Lynden Tennison, diretor de informações da Union Pacific, em uma entrevista. "Estamos fazendo isto porque acreditamos na existência de benefícios comerciais".
O potencial dos drones será um assunto central nesta semana em Atlanta, quando fabricantes e usuários se reunirem para o salão anual da Association for Unmanned Vehicle Systems. A FAA será instada a atuar rapidamente para a criação de normas permanentes.
Proposta
A agência propôs regulamentações em fevereiro para levantar a proibição do uso comercial de drones com peso inferior a 25 quilos atualmente em vigor, mas impôs restrições. É possível que as normas finais sejam instauradas daqui a mais de um ano, já que os reguladores estão avaliando cerca de 4.500 comentários públicos. Outras regulamentações cobrem o uso recreativo dos drones.
Os defensores da segurança aprovam a cautela da FAA, porém as restrições planejadas continuam sendo onerosas para fabricantes de drones e clientes: sem voos além do campo visual, voos noturnos nem operações perto de pessoas - e a lista continua.
A Chevron procederá ao desenvolvimento de aviões não tripulados para conferir oleodutos, segundo Christian Sanz, CEO da Skycatch, uma fabricante de drones e software que está trabalhando com a petroleira. O problema: os operadores da Chevron estariam a quilômetros dos drones, mas a FAA exige que estejam à vista. Se a norma não for relaxada quando os VANT estiverem prontos para voar, os testes serão realizados fora dos EUA, disse Sanz.
A Amazon, que está desenvolvendo drones para entregar pacotes, tem sido especialmente crítica da FAA. Uma norma proposta pela agência exigiria que os drones estejam sob controle direto de um operador, porém os aviões da Amazon, que voam a pelo menos 60,96 metros do solo, seriam guiados por computadores e sensores.
A agência tem sido um dos maiores "obstáculos" para o crescimento do setor de drones comerciais, disse Colin Guinn, chefe de vendas e marketing da fabricante de drones 3D Robotics, que fabricará as aeronaves da BNSF e da AIG. A FAA também não percebe como os drones comerciais poderiam salvar vidas ao substituir helicópteros e aviões pilotados, disse ele.
Cautela elogiada
Os pilotos e fabricantes de aviões pequenos dizem que a FAA está certa em atuar com cuidado. A incorporação de drones comerciais ao espaço aéreo dos EUA é muito mais importante do que foram a transição de aviões com motores de pistão para jatos e a estreia dos helicópteros, disse Walter Desrosier, vice-presidente da associação do setor General Aviation Manufacturers Association.
Contratempos com drones atiçaram as preocupações dos críticos. Em janeiro, um homem em Washington perdeu o controle de um drone recreativo que caiu sobre o gramado da Casa Branca. No ano passado, um drone militar com peso de cerca de 170,5 quilos caiu perto de uma escola de ensino fundamental na Pensilvânia durante um exercício e foi atropelado por um veículo.
"Existe um número considerável de restrições", disse Tennison da Union Pacific. "A FAA vem escutando e está reconhecendo que esta é uma área em evolução para eles e que ela precisará de uma mudança com o tempo".
Ministério Público vai recorrer após absolvições por acidente da TAM
O Ministério Público Federal informou que vai recorrer da decisão da Justiça Federal que absolveu nesta segunda (4) três acusados pela responsabilidade do acidente com o avião da TAM, em julho de 2007, no aeroporto de Congonhas (zona sul de São Paulo).
Na ocasião, 199 pessoas morreram depois de a aeronave não conseguir parar a tempo na pista, atravessar a avenida Washington Luís e bater contra um posto de combustível e em um prédio da própria TAM.
O Ministério Público ainda não foi notificado oficialmente, mas o procurador responsável pelo caso, Rodrigo de Grandis, adiantou que recorrerá. A decisão de absolver os réus foi tomada pelo juiz Márcio Assad Guardia, da 8ª Vara Federal Criminal de São Paulo.
"O sentimento, meu e da minha esposa, quando recebemos a notícia, foi como se ela tivesse morrido pela segunda vez", disse Dario Scott, pai de uma das vítimas do acidente. Na época, a filha do casal tinha 14 anos. Ele é o presidente da Associação dos Familiares e Amigos das Vítimas do Voo TAM JJ3054 (Afavitam), que busca a Justiça para que se possa evitar outros acidentes no setor aéreo.
"Nossa expectativa era que se conseguisse a punição das pessoas que levaram à morte da nossa filha e isso não ocorreu na primeira instância, mas continuamos acreditando que a justiça vai acontecer", disse Dario.
O advogado que representa os familiares das vítimas, Ronaldo Marzagão, também não foi notificado de maneira oficial sobre a sentença. "Pelo que eu acompanhei em todo o processo, em toda a instrução, discordo da solução dada pela sentença e noticiada pela imprensa", disse. "Por enquanto é uma sentença em primeiro grau, mas sujeita à apelação".
Para Roberto Corrêa Gomes, que perdeu seu irmão de 49 anos na tragédia, o sentimento é também de desolação, ele disse estar consternado com a sentença da Justiça, mas aguarda os próximos passos do Ministério Público Federal para que haja responsabilização pelo acidente. "A sentença é falha, foi uma decepção", disse.
Respondem ao processo a ex-diretora da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), Denise Abreu, o então vice-presidente de operações da TAM, Alberto Farjeman, e o diretor de segurança de voo da empresa na época, Marco Aurélio dos Santos de Miranda e Castro. Eles foram denunciados por "atentado contra a segurança de transporte aéreo" na modalidade culposa.
COLUNA ESPLANADA
Drones nos Jogos
O mundo acaba e o Brasil não terá ainda uma legislação para o uso de drones. Cresce a cada dia a venda destes produtos, em lojas e pela internet, e o Governo pressiona a Anac. A agência já fez estudos para regulamentação, mas falta uma lei. A preocupação vem do COI, que pressiona o Comitê Rio 2016. Virou um jogo de empurra.
O mundo acaba e o Brasil não terá ainda uma legislação para o uso de drones. Cresce a cada dia a venda destes produtos, em lojas e pela internet, e o Governo pressiona a Anac. A agência já fez estudos para regulamentação, mas falta uma lei. A preocupação vem do COI, que pressiona o Comitê Rio 2016. Virou um jogo de empurra.
Restrição aérea
Há um debate sobre a segurança de autoridades e dos atletas de vários países – além, evidente, dos próprios aviões, cujo movimento vai aumentar durante a Olimpíada. O Governo deve editar um manual específico para uso de drones no espaço aéreo do Rio.
Há um debate sobre a segurança de autoridades e dos atletas de vários países – além, evidente, dos próprios aviões, cujo movimento vai aumentar durante a Olimpíada. O Governo deve editar um manual específico para uso de drones no espaço aéreo do Rio.
Governo vai simplificar regras para destravar programa de aviação regional
Uma nova resolução está sendo discutida em Brasília para agilizar o licenciamento ambiental na reforma e construção dos novos aeroportos; entre as mudanças, está a possibilidade de o empreendedor pedir todas as licenças de uma só vez
André Borges - O Estado De S.paulo
BRASÍLIA -Depois de mudar regras do licenciamento ambiental para agilizar obras de rodovias, ferrovias, portos e empreendimentos do setor elétrico, o governo prepara uma nova resolução com o propósito de dar início ao prometido programa de aviação regional.
O Estado teve acesso à minuta de uma resolução que simplifica o licenciamento para reforma e construção de novos aeroportos no País. O texto, costurado entre a Secretária de Aviação Civil (SAC) e o Ministério do Meio Ambiente (MMA), deve ser submetido nos próximos dias ao Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama), para publicação oficial posterior.
A proposta, que estabelece um conjunto de regras para que cada Estado do País faça o licenciamento dos aeroportos, define que o empreendedor não precisará contratar estudos ambientais mais complexos para pedir autorização para seu projeto. No lugar do chamado Estudo de Impacto Ambiental (EIA), passa a valer o Relatório Ambiental Simplificado (RAS).
Outra mudança importante mexe com o ritual do licenciamento, aglutinando etapas. Tradicionalmente, qualquer empreendimento precisa obter primeiro uma licença prévia, documento que atesta sua viabilidade ambiental. Só depois disso pode ser solicitada a licença de instalação, o que libera o início efetivo da obra. Concluída a construção, finalmente é pedida a licença de operação do projeto.
No caso dos aeroportos regionais, ficou decidido que o empreendedor poderá pedir, de uma só tacada, a licença de viabilidade ambiental e a autorização para começar as obras. O prazo de análise das licenças também ficou enxuto. As secretarias de meio ambiente de cada Estado terão limite máximo de 90 dias para se manifestarem sobre a viabilidade e liberação das obras. Uma vez que o aeroporto estiver pronto, a licença de operação também terá que ser analisada em até três meses.
O Estado procurou a SAC e o MMA, que preferiram não se manifestar sobre o assunto, sob o argumento de que a resolução ainda depende de deliberação final pelo Conama.
No papel. Com as mudanças no licenciamento, o governo tenta tirar do papel a promessa feita pela presidente Dilma Rousseff. Em dezembro de 2012, Dilma lançou o programa para construção e reforma de 270 aeroportos regionais País afora, iniciativa que prevê investimentos superiores a R$ 7,3 bilhões. Até hoje, nada ocorreu.
No início deste ano, A SAC anunciou que, a partir de julho, os primeiros editais do programa serão publicados. A meta inicial é investir R$ 2 bilhões na construção ou reforma de 80 aeroportos de oito Estados: Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. Dos 80 aeroportos previstos, nove serão construídos do zero.
Os primeiros municípios escolhidos são Codajás (AM), Jutaí (AM), Maraã (AM), Uarini (AM), Cametá (PA), Ilha de Marajó (PA), Bonfim (RR), Rorainópolis (RR) e Mateiros (TO).
A principal ambição do plano é ampliar o acesso da população ao transporte aéreo, fazendo com que 96% da população esteja a menos de 100 km de um terminal. A governo afirma que a dificuldade de acesso ao local foi decisiva para a escolha dos primeiros aeroportos. De fato. A pequena Mateiros, por exemplo, localizada no leste do Tocantins, está isolada por estradas de terra, sem ter um único trecho de asfalto que a ligue a municípios vizinhos.
Em janeiro, quando o governo deu início ao ajuste fiscal, o ministro da Secretaria de Aviação Civil (SAC), Eliseu Padilha, garantiu que não faltariam recursos para o programa de aviação regional, já que os recursos do Fundo Nacional de Aviação Civil (FNAC) financiariam o programa. O FNAC recebe dinheiro das taxas aeroportuárias e das concessões de aeroportos, como Guarulhos, Campinas e Brasília, leiloados em 2012, e Galeão e Confins, em 2013. Neste ano, o fundo deve arrecadar R$ 4,2 bilhões.
Com Rafale, França pode se tornar 2ª maior em comércio de armas
Após o fracasso nas negociações com o Brasil, franceses firmam contrato para venda de 24 aviões ao Catar
Andrei Netto - O Estado De S.paulo
PARIS - Preterido pelo governo do Brasil, que escolheu aviões Gripen NG, da sueca Saab, os caças Dassault Rafale se tornaram o principal produto de exportação militar da França e devem levar o país à segunda posição mundial em comércio de armas do mundo neste ano, à frente da Rússia e atrás apenas dos EUA. Após o fracasso das negociações com Brasília, o presidente François Hollande assinou ontem, em Doha, um contrato de venda de 24 aviões ao Catar por um total de € 6,3 bilhões.
O acordo prevê a entrega das aeronaves a partir de meados de 2018, além da venda de mísseis ar-ar Meteor e mísseis de cruzeiro Scalp, de fabricação francesa. Os pilotos da Força Aérea do Catar também serão treinados em solo francês, e todos os equipamentos serão produzidos na França, sem transferência de tecnologia. Como o Brasil, o Catar também já possuía aparelhos do país, com 12 aviões de caça Mirage 2000 ainda em atividade, uma esquadrilha que agora será integrada pelos Rafale.
O acordo prevê a entrega das aeronaves a partir de meados de 2018, além da venda de mísseis ar-ar Meteor e mísseis de cruzeiro Scalp, de fabricação francesa. Os pilotos da Força Aérea do Catar também serão treinados em solo francês, e todos os equipamentos serão produzidos na França, sem transferência de tecnologia. Como o Brasil, o Catar também já possuía aparelhos do país, com 12 aviões de caça Mirage 2000 ainda em atividade, uma esquadrilha que agora será integrada pelos Rafale.
O acordo foi assinado com a presença do presidente da França, François Hollande, e do emir do Catar, Tamim Al-Thani, um sinal da proximidade dos dois países. O Catar é hoje um dos maiores investidores externos na França. Fundos do país são donos de hotéis de luxo (como o Carlton, de Cannes) a clubes de futebol, como o Paris Saint-Germain (PSG). "A França é vista como um país confiável", disse Hollande, elogiando a própria política externa.
A comemoração tem a ver com o papel desempenhado pelo Estado francês e com a importância da diplomacia nas negociações. A França é aliada dos países árabes de maioria sunita do Golfo Pérsico, como Arábia Saudita, Catar e Emirados Árabes Unidos, e também do Norte da África, como o Egito. Nos bastidores, está a desconfiança mútua, de árabes sunitas e da França, de um lado, em relação ao Irã, país de maioria xiita.
A proximidade com os árabes sunitas, porém, não é suficiente para explicar o recente sucesso de vendas dos Rafale, um caça que entrou em serviço em 2004 e desde então é reputado por sua eficiência e preço elevado. Até aqui, além da negociação com o Brasil, outros países, como Suíça e Marrocos, decidiram abortar projetos de compra da aeronave em parte pelo custo elevado cobrado pela Dassault.
Mas nos últimos três meses, três países optaram pelo aparelho fabricado em Mérignac, cidade-sede da companhia. Em fevereiro, o governo do Egito encomendou 24 aeronaves por € 5,2 bilhões - incluindo uma fragata Fremm, do grupo naval DCNS, e seus armamentos. Em abril, foi a vez da Índia firmar acordo de 5 bilhões por 36 aviões.
Agora é a vez do Catar, que ainda tem opção de compra de mais 12 unidades. Se todas as opções de compra já firmadas forem exercidas, o total de aviões já exportados poderá chegar a 96 unidades do Rafale. Há negociações em curso com a Índia por um segundo contrato, com os Emirados Árabes Unidos e com a Malásia, o que deixa a direção da empresa e o governo otimistas sobre novas exportações.
Além da Dassault, quem sai ganhando é toda a indústria aeronáutica e bélica do país, em especial as parceiras Thales, fabricante de radares e sistemas de navegação, e Snecma, responsável pelos motores. Com os € 16,5 bilhões em contratos do Rafale, a França deve superar este ano os € 20 bilhões em contratos militares, tornando-se o segundo no ranking mundial de exportações bélicas, atrás dos EUA.
Comandante pede apoio de Cunha para projetos da Marinha
O comandante da Marinha, almirante-de-esquadra Leal Ferreira, reuniu-se nesta terça-feira (5) com o presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha, para pedir apoio aos projetos da Marinha em tramitação na Casa.
“Vim fazer uma visita de cortesia ao presidente da Câmara, tendo em vista que assumi o comando da Marinha [em fevereiro] e já que existem muitos projetos da Marinha em tramitação aqui”, destacou. Entre esses projetos, ele citou o projeto de submarino nuclear no estado do Rio de Janeiro, que deve criar milhares de empregos, segundo ele, e o projeto de novos submarinos convencionais. “O apoio da Câmara é importante para nós”, salientou.
PORTAL ORM NEWS (PA)
Famílias protestam por não conseguirem invadir terreno
Desde a semana passada, famílias tentam ocupar terreno da Aeronáutica, em Belém
Por: Redação ORM News
Dezenas de famílias que tentaram invadir um terreno da Aeronáutica, localizado na Avenida Pedro Alvares Cabral, próximo a Avenida Júlio César, bloquearam a Avenida em protesto, durante cerca de 40 minutos na manhã desta terça-feira (5), por não terem conseguido ocupar o local.
De acordo com informações da Assessoria de Comunicação do I COMAR, a tentativa de ocupação acontece desde o último final de semana, quando a população quebrou parte do muro do local, que foi todo destruído nesta segunda-feira (4).
O local abriga um radar meteorológico, que garante a segurança de pousos e decolagens de aviões no Aeroporto Internacional de Belém e que não pode ser direcionado para moradia. A Aeronáutica apura as ocorrências para tomar as medidas legais cabíveis.
PORTAL ACHE CONCURSOS
COMARA abre processo seletivo para 5 estados
A Comissão de Aeroportos da Região Amazônica (COMARA), com sede no Pará, divulgou através do Diário Oficial da União desta terça-feira, 05 de maio, edital do processo seletivo simplificado destinado a seleção de servidores para compor cadastro de reserva em diversos cargos do órgão de forma temporária. As oportunidades são para candidatos de todos os níveis de escolaridade e terão intuito de atender aos projetos e obras de desenvolvimento de infraestrutura aeroportuária nas cidades de Santa Rosa do Púrus-AC, Rio Branco-AC, Salvador-BA, Moura-AM, Estirão do Equador-AM, Eirunepé-AM, Yauaretê-AM, Tunuí Cachoeira-AM, Humaitá-AM, Surucucu-RR, São Gabriel da Cachoeira-AM, Tabatinga-AM, Itacoatiara-AM, Manaus-AM, Jacareacanga-PA, Monte Alegre-PA e Belém-PA.
A autorização da seleção feita pelo Governo Federal previa 380 vagas, no entanto, o edital de abertura agora divulgado apresenta vagas apenas para formação de cadastro reserva.
Para candidatos que possuem nível fundamental, são diversas funções ofertadas, em cargos de meio oficial caldeireiro naval, auxiliar de cozinha, auxiliar de limpeza, auxiliar de manutenção predial, auxiliar de mecânico de autos, auxiliar de pintor de automóveis, servente de obras, vigia, bombeiro hidráulico, borracheiro, carpinteiro, condutor maquinista fluvial, contramestre fluvial, cozinheiro de embarcações, cozinheiro geral, detonador, eletricista de instalações de veículos automotores, eletricista predial, encarregado de soldagem, encarregado de usinagem de metais, ferramenteiro, ferreiro armador, funileiro de veículo (reparação), garçom, lixador de peças e metais, lubrificador de veículos automotores, marceneiro, marinheiro fluvial de convés, marinheiro fluvial de máquinas, mecânico de manutenção de máquina em geral, mecânico de manutenção de veículos, mecânico de máquinas pesadas, mestre de obras, mestre fluvial, montador naval, motorista de carro pesado, operador de betoneira, operador de britador, operador de caldeira (maçariqueiro), operador de jato abrasivo, operador de máquina perfuratriz, operador de máquina recobridora de arame, operador de máquina de construção civil e mineração, operador de motosserra, pedreiro, piloto fluvial, pintor de automóveis, pintor de obras, prático de portos, serralheiro, soldador naval e torneiro mecânico.
Para os profissionais de nível médio, os cargos ofertados são nas áreas de almoxarife, apontador de obras, assistente administrativo, laboratorista de solos, programador de sistemas de informação, supervisor de construção naval, técnico agrícola, técnico de obras civis, técnico de refrigeração, técnico de saneamento, técnico eletrônico, técnico em arquivo, técnico em contabilidade, técnico em eletricidade, técnico em gestão do meio ambiente, técnico em manutenção de equipamentos de informática, técnico em secretariado, técnico em segurança do trabalho, técnico em telecomunicações, técnico florestal, técnico naval, telefonista e topógrafo.
Já para os candidatos com formação em nível superior as vagas destinam-se aos cargos de administrador, administrador de recursos humanos, analista de sistemas, arquiteto, assistente social, contador, engenheiro agrônomo, engenheiro ambiental, engenheiro civil, engenheiro de segurança do trabalho, engenheiro de telecomunicações, engenheiro eletricista, engenheiro florestal, engenheiro mecânico, engenheiro naval, engenheiro sanitarista, geólogo, nutricionista, psicólogo organizacional e secretária executiva.
Os salários dos profissionais variam entre R$ 790,00 e R$ 2.700,00. Confira o edital.
As inscrições deverão ser feitas de 20 de maio a 12 de junho de 2015, de forma presencial, após preenchimento do formulário disponível no edital, que deverá ser entregue nos Destacamentos de Apoio e na Sede da Comissão, nos seguintes endereços:
Destacamento de Apoio à COMARA em Manaus - AM, Auditório do SERMOB, Av. Rodrigo Otávio s/nº, bairro Crespo;
Destacamento de Apoio à COMARA em Tabatinga - AM, rua AT - 16, nº 1249, bairro COMARA;
Destacamento de Apoio à COMARA em São Gabriel da Cachoeira - AM, Av. Castelo Branco, nº 633, bairro Fortaleza;
Destacamento de Apoio à COMARA em Moura - AM, rua Principal, s/nº, Vila de Moura;
Destacamento de Engenharia da COMARA em Yauaretê - AM, rua Projetada, nº 120, bairro Centro;
Sede da COMARA em Belém - PA, Av. Pedro Álvares Cabral, nº7115, bairro Marambaia.
A seleção terá análise de documentos e avaliação de saúde para classificação dos candidatos. Os resultados sairão no dia 14 de julho.
O TEMPO
Já começa movimento pelo retorno dos voos
Doze anos depois de todos os voos nacionais que chegam e saem de Belo Horizonte serem transferidos do aeroporto da Pampulha para o de Confins, a discussão do caminho de volta começa a ganhar força. Nesta semana, a Azul começou a voar do terminal da Pampulha para Brasília, Rio de Janeiro e Vitória, e o movimento de aumentar o movimento no terminal tem o apoio do governo do Estado e da prefeitura.
Nesta terça, em audiência pública na Assembleia Legislativa, o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Altamir Rosso, disse que a maior utilização da Pampulha é uma demanda dos empresários, que perdem muito tempo em deslocamento até Confins. “Os empresários falam da importância de operar com voos para grandes capitais a partir da Pampulha”, afirma.
Ele diz que a discussão tem que ser feita também com a sociedade e com moradores da região e chegou a propor limite de horário para os voos, até as 22h ou 23h, para reduzir os incômodos para a vizinhança. O secretário municipal de Desenvolvimento, Eduardo Bernis, disse que a prefeitura também é favorável à maior utilização da Pampulha para voos nacionais.
Já o representante da BH Airport, empresa que administra o aeroporto de Confins, Dany Oliveira, é contra o incremento de voos nacionais na Pampulha. Ele teme que a concorrência entre os dois aeroportos prejudique a atração de voos internacionais para Belo Horizonte. De acordo com ele, o uso de dois aeroportos em uma mesma região metropolitana só é recomendado quando o terminal maior opera com mais de 35 milhões de passageiros por ano. O movimento anual de Confins, atualmente, é de 12 milhões de pessoas.
A Associação de Moradores do São Luiz e São José, bairros da região da Pampulha ameaçou entrar na Justiça caso os voos nacionais retornem em grande quantidade ao aeroporto.
PORTOS E NAVIOS
Monior Mercantil/sergio Barreto Motta
Envelhecimento da frota militar é perigo imediato
O envelhecimento da frota da Marinha do Brasil é um fato irrefutável. Há alguns meses, a fragata União, quando se deslocava para ser a nau capitânia da Força Naval da ONU no Líbano pifou, com avaria na propulsão. Agora, está sendo consertada na Itália, ao preço de R$ 1,17 milhão. No dia 20 de março, esta coluna estampou: “Marinha do Brasil sofre com frota envelhecida”. As fragatas já atuam há 30 anos.
Agora, surge um caso mais grave, pois o navio Ceará ficou seis dias à deriva, com 600 militares a bordo, perto da Guiana, a caminho do Haiti. Por sorte, não houve consequência maior, mas o fato é lamentável. O navio de desembarque de doca (NDD) Ceará é o que se pode chamar de relíquia, pois começou a operar na Marinha dos Estados Unidos em 1956, antes da fundação de Brasília – ocorrida em 1961. Foi incorporado ao pavilhão verde e amarelo em 1990 e, embora acabe de sofrer longa reforma, que durou seis anos, não é mais um jovem cheio de vida e... dá mostras de sua fraqueza.
Um especialista comentou com a coluna: “As consequências do envelhecimento da frota da nossa Marinha têm sido implacáveis e provavelmente continuarão a demonstrar que não estamos preparados para prover segurança confiável em nossas águas e afastar a atuação dos tráfegos de armas, drogas e contrabando e até futuros atos de terrorismo. É imprescindível, e urgente, para o nosso país dispor de um mínimo de navios modernos que, no momento, não precisam ser caros e sofisticados, mas que possam realizar o esperado em termos de defesa de nossas áreas estratégicas”. E acrescenta: “As dificuldades orçamentárias são severas, há tantos anos, que já se fala em tentar estender a vida desses antigos navios por mais dez ou 15 anos, trocando-se exatamente a propulsão e alguns itens do sistema de combate tais como radares e software. Com isso se perderia boa parte do dinheiro que poderia estar sendo empregado em navios novos”.
A Marinha projeta reforma, de R$ 1 bilhão, no porta-aviões São Paulo, que tem passado mais tempo atracado do que no mar. Como esse porta-aviões já tem cinco décadas de vida, não se sabe se vale a pena investir em reformas. Talvez fosse melhor lançar um programa de navios novos, pouco sofisticados, de porte médio, mas capazes de executar missões importantes, em vez de investir em navios e um porta-aviões já desgastados pela dura vida no mar.
Tudo isso prejudica não apenas a proteção no mar – onde estão as bilionárias plataformas de petróleo – como afeta a imagem de um país que pleiteia um assento no Conselho de Segurança da ONU. E, nos próximos dias, a tesoura de Joaquim Levy passará por todos os ministérios, inclusive o da Defesa, não se sabe com que intensidade. Além da Marinha, não se conhece, com exatidão, as carências nos recantos da FAB e nos quartéis do Exército.
PODER AÉREO
SAAB diz que vitória no Brasil fez o Gripen ‘virar o jogo’ no mercado mundial
A corporação sueca SAAB está comemorando até agora – decorridos 17 meses da escolha do caça Gripen NG pela Força Aérea Brasileira (FAB) – sua vitória no disputadíssimo programa FX-2.
De acordo com o articulista Christopher P. Cavas, do respeitado site noticioso americano defensenews.com, em função da compra fechada pela FAB, em outubro, de 36 unidades das versões E e F, e da encomenda de mais 60 feita pela própria aviação militar sueca, o Gripen, de ator “coadjuvante” passou a protagonista no sofisticado cenário dos modernos caças supersônicos.
Cavas foi a Linköping – cidade-sede da linha de produção do Gripen –, e ouviu dois importantes executivos do programa Gripen dentro da SAAB: o vice-presidente de negócios, Jerker Ahlqvist, e o diretor, Ulf Nilsson.
Entusiasmado, Nilsson definiu a venda do avião no Brasil como “uma virada de jogo”. E acrescentou: “antes disso [vitória no programa FX-2] o Gripen era uma aeronave à procura de um mercado. Agora é o mercado que vem procurando o Gripen”, completou o executivo.
A longa reportagem de Cavas – intitulada “O Gripen da SAAB entra em uma zona de voo mais alta” (Saab’s Gripen Enters a New High-fly Zone) –, informa que sete forças aéreas operam ou estão, neste momento, avaliando o caça sueco.
Este ano a Força Aérea da Suécia recebeu o seu 75º e último Gripen C. O próximo fornecimento dessa aeronave já será o da versão NG, do modelo E – monoplace.
Entre os países que optaram pelo Gripen estão:
•Suécia – 75 modelos C e 25 D (com 60 versões E e F encomendadas);
•África do Sul – 17 modelos C e nove aeronaves Gripen D;
•Tailândia – 8 Gripen C e quatro modelos D;
•Brasil – 36 encomendados (28 modelos E e oito F);
•República Checa – 12 C e dois D;
•Hungria – 12 Gripen C e dois D;
•Reino Unido – uma aeronave arrendada a uma escola de pilotos de teste;
•Eslováquia – acordo com a SAAB ainda sendo finalizado.
•Suécia – 75 modelos C e 25 D (com 60 versões E e F encomendadas);
•África do Sul – 17 modelos C e nove aeronaves Gripen D;
•Tailândia – 8 Gripen C e quatro modelos D;
•Brasil – 36 encomendados (28 modelos E e oito F);
•República Checa – 12 C e dois D;
•Hungria – 12 Gripen C e dois D;
•Reino Unido – uma aeronave arrendada a uma escola de pilotos de teste;
•Eslováquia – acordo com a SAAB ainda sendo finalizado.
Europa – O vice-presidente Ahlvqist diz que a SAAB trabalha para fechar a venda de, pelo menos, 96 novas aeronaves, e que a empresa vislumbra um mercado de 300 a 450 aviões de caça, ao redor do globo, nos próximos 20 anos
O dirigente sueco analisou, ainda, outros casos específicos, como o da Finlândia:
“A Finlândia é um país muito interessante para nós. Sabemos que eles têm um processo longo, mas que é também bastante encorajador. Esperamos receber um pedido de informações no início do próximo ano, um pedido de proposta em 2018 e um contrato por volta de 2020”.
Ahlvqist revelou que sua companhia trabalha com a possibilidade de a aviação militar finlandesa requerer de 40 a 60 aeronaves de combate, e está otimista apesar de sua aeronave ter que competir com os modelos F-35 e Eurofighter Typhoon.
A Croácia já avisou que, no próximo ano, precisará escolher uma aeronave para substituir os seus caças MiG-21, e a Bulgária terá de aposentar os seus MiG-29.
Na aviação militar búlgara o executivo prevê uma “competição feroz” do Gripen com o caça F-16: “mas acreditamos que há um futuro para nós lá [na Bulgária]”, completa ele, otimista.
O executivo da SAAB admitiu que sua companhia não é muito ativa na Áustria, mas insinua que isso mudará, porque “em três ou quatro anos”, os militares austríacos precisarão renovar a sua aviação de caça.
Ásia – A região “Ásia-Pacífico” é outra que a SAAB considera como de grande potencial de vendas para o Gripen.
“Sabemos que a Malásia está interessada”, diz o vice-presidente Ahlqvist, “e a Indonésia iniciou um programa de substituição de F-5”. O executivo sueco informa, entretanto, que não espera que o governo de Jacarta se movimente antes de 2019. “Sabemos que há uma tradição lá [na Indonésia] de se comprar o [produto] russo, mas o novo presidente quer um processo de licitação transparente, e acreditamos que temos uma boa chance de vencer lá”.
De acordo com Jerker Ahlqvist, mesmo a Índia, que, optou pelo caça francês Rafale no programa de aeronave de combate multifunção de médio porte, parece “sempre interessada” no Gripen.
“Sabemos que há mais alguma coisa necessária”, adverte o sueco. “Eles [indianos] estão lutando pelo programa Light Combat Aircraft ( LCA, na denominação em inglês), e nós estamos lá com a proposta de transferência tecnológica e de cooperação industrial”.
O programa LCA poderá envolver de 150 a 200 aeronaves, observou o vice-presidente da SAAB, “por isso é muito interessante para nós. Estamos prontos a fazer um projeto muito abrangente na Índia”.
Os suecos monitoram, igualmente, o que acontece nas Filipinas. “Não há nenhum processo formal [de aquisição de caças] em curso”, explica Ahlvqist, mas sua empresa está vigilante.
África – No chamado “continente negro”, a SAAB concentra suas atenções na República da Botswana, que, segundo o executivo sueco, tem “uma forte relação com a África do Sul (usuária do Gripen) e uma das economias de mais rápido crescimento da África. A Botswana se prepara para substituir o seu fighter F-5 dentro de dois a cinco anos.
“O Quênia tem um forte interesse no Gripen”, observa Ahlqvist, “mas há incerteza sobre quando eles poderiam encontrar o dinheiro para um programa desse tipo”.
O executivo é menos otimista com as perspectivas do Gripen na Namíbia. “Eles [namibianos] querem se livrar dos seus aviões chineses e encontrar outra coisa. Mas, novamente, existe incerteza sobre onde se irá encontrar o dinheiro, embora recentemente eles tenham descoberto petróleo e gás. Mas nós provavelmente estamos falando de um período de cinco a dez anos antes que aconteça alguma coisa lá [na Namíbia]”.
Brasil – Os dirigentes da SAAB também elogiaram sua parceria com a companhia brasileira Embraer.
“Vemos a Embraer como outra linha de produção para o Gripen”, declarou à Defense News Jerker Ahlqvist. “Caso mais pedidos venham a se materializar, os Gripens poderiam ser produzidos no Brasil para a venda a outros países, no âmbito dos acordos de joint venture que firmamos”. Ulf Nilsson, contudo, lembra: “nesse caso nós teríamos que aplicar as regras de exportação suecas [que incluem a proibição de venda de armas para certos países]”.
Do ponto de vista puramente comercial, Ahlqvist também é cauteloso acerca da clientela do Gripen na América do Sul.
“Sabemos que a Colômbia vai substituir sua frota de [caças] Kfir, e recebemos algumas perguntas da parte deles”, revelou o sueco, mas ele acredita que se passem ainda uns cinco anos “antes que eles [colombianos] precisem de entregas [de aviões de combate].
O vice-presidente da SAAB também aludiu à necessidade da FAB de obter mais de 100 unidades do Gripen. “Acreditamos que eles [brigadeiros brasileiros] estejam examinando essa compra em três lotes”.
Nesse momento, a SAAB está oferecendo o Gripen no mercado internacional com grande intensidade.
Alguns modelos A e B, usados, são propostos modernizados para a versão C e D, em uso pela própria Força Aérea sueca. A modernização é feita por meio de um kit de controle de armas e de sensores denominado MS19.
Mas a SAAB já está se preparando para oferecer, no mercado de caças usados, um Gripen com o kit MS20, que inclui a capacidade de a aeronave disparar os mísseis MBDA Meteor.
O Meteor vai se tornar operacional nos Gripens da aviação sueca em 2016.
E a SAAB não para de propor soluções arrojadas.
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