NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 09/01/2015
Conheça o avião do futuro ...
Avistar um Airbus A380 ainda é uma experiência bastante emocionante. O gigantesco avião de dois andares pode acomodar entre 500 e 850 pessoas e é o maior avião de passageiros que já voou pelos nossos céus ...
Mas o A380 pode se tornar uma migalha se outro gigante ainda maior conseguir se tornar realidade: o AWWA Sky Whale, uma aeronave conceitual projetada pelo designer espanhol Oscar Vinals ...
Com três andares para passageiros, ele mais parece o cruzamento de uma baleia com uma espaçonave de ficção científica.
Mas será que esse projeto colossal é o prenúncio do futuro do transporte aéreo?
Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.
Após sumiço, Marinha e FAB buscam passageiro de cruzeiro em mar da BA
Homem de 47 anos está desaparecido há dois dias na altura de Abrolhos. Marinha informa que há possibilidade de turista ter caído no mar.
Um passageiro do cruzeiro de turismo “MSC Preziosa”, de 47 anos, está sendo procurado após ser dado como desaparecido no mar a cerca de 100 km ao sul do arquipélago de Abrolhos, no litoral sul da Bahia, segundo informações divulgadas nesta quinta-feira (8) pelo Comando do 2° Distrito Naval (Com2ºDN).
As buscas são feitas pelo Serviço de Busca e Salvamento Marítimo do Leste (Salvamar Leste), que se deslocou de Salvador ainda na quarta-feira (7), quando a Marinha recebeu a informação sobre o sumiço. Não há informação sobre a identidade da vítima, mas o Comando adianta que a possibilidade é a de ele possa ter caído ao mar. O motivo ainda não está esclarecido.
O trabalho é feito pelo Navio-Patrulha (NPa) “Gravataí”, que partiu da Base Naval de Aratu na quarta, e com uma aeronave P-3, da Força Aérea Brasileira, que decolou nesta quinta-feira da Base Aérea de Salvador. Nesses dois dias de trabalho, o turista ainda não tinha sido localizado. As buscas serão retomadas na sexta-feira (9) ao nascer do sol.
Um Inquérito Administrativo sobre Acidentes e Fatos da Navegação (IAFN) foi instaurado com prazo de conclusao de até 90 dias. Mesmo com a situação, o navio seguiu viagem a Salvador, onde atracou nesta quinta-feira, e já seguiu para Ilhéus, segundo informa a gerência do Porto da capital baiana. O G1 ainda não conseguiu contato da operadora do passeio.
Chuva com vento de 85 km/h derruba teto em aeroporto e árvores em SP
Temporal colocou toda a região e fechou Congonhas por 22 minutos. Alagamentos afetaram vias importantes e paralisou Terminal Bandeira.
Um temporal com rajadas de ventos que alcançaram até 85 km/h derrubou na noite desta quinta-feira (8) parte do teto de um hangar no Aeroporto de Congonhas, na Zona Sul de São Paulo. O incidente não afetou o terminal de passageiros, mas a chuva chegou a levar a Infraero a suspender as operações de pouso e decolagens por 22 minutos.
Os ventos que afetaram o aeroporto também derrubaram ao menos 36 árvores pelas ruas da capital paulista. A região dos Jardins, nas imediações da Avenida Paulista, foi uma das mais prejudicadas. O economista Luis Sérgio dirigia pela Alameda Casa Branca quando flagrou, em vídeo, a queda de uma delas (veja abaixo). Nessa região, também houve quedas na Alameda Lorena e na Avenida Rebouças.
Os pontos de alagamentos chegaram a afetar 23 pontos da cidade, sendo que 11 deles foram considerados intransitáveis pela Companhia de Engenharia de Tráfego. O Túnel do Anhangabaú, no Centro, foi uma das vias afetadas. Na mesma região, o Terminal Bandeira também foi prejudicado e as saídas e chegadas de ônibus foram suspensas por 34 minutos, das 18h45 até 19h19, por causa da água acumulada.
Queda de teto de hangar em Congonhas
A Infraero informou que a estrutura metálica do teto desabou no hangar da empresa Target em Congonhas pouco depois das 19h. Até pouco antes das 21h não havia número oficial de aeronaves danificadas. Segundo a Globo News, ao menos quatro foram atingidas.
O hangar da TAM Aviação Executiva teve danos na estrutura lateral, mas nenhum avião sofreu danos, de acordo com a Infraero. Já a companhia aérea diz que seu hangar em Congonhas não foi prejudicado e que a empresa está prestando seus serviços normalmente. Ninguém ficou ferido e as operações no aeroporto não foram prejudicadas.
Estados de atenção
A chuva começou por volta das 18h. As primeiras regiões afetadas foram as zonas Leste, Norte, Centro e Marginal Tietê. Cerca de 20 minutos depois, o temporal alcançou as zonas Sudeste, Oeste, Sul e Marginal Pinheiros.
Também foi verificada queda de granizo em diversas regiões da cidade. O CGE verificou queda de granizo no Morumbi, às 18h44, e na Consolação, às 18h35.
Simulando combate militar, airsoft atrai amantes da aventura em Porto Velho
Esporte destinado a adultos mistura a diversão de uma jogo de paintball com a seriedade de um combate militar. O realismo das partidas atrai aventureiros na capital
A adrenalina do combate unida a segurança de um jogo vem atraindo cada vez mais apaixonados por aventura para o airsoft. A modalidade que mistura uma brincadeira de paintball com a seriedade de uma batalha militar é destinada a adultos e, em Porto Velho, já foi usada para treinamento de policiais.
A idade mínima para jogar é 18 anos e cada disputa tem um objetivo diferente. Com a evolução técnica e tática das partidas e dos participantes, novos cargos vão surgindo como o sniper, o assalt, o médico ou o responsável pela comunicação por rádio. Segundo o jogador veterano e líder de equipe Alexandre Sheidt, o esporte atrai participantes pelo realismo.
- A arma que usamos é uma AEG, automatic eletric gun, é um pouco parecida com as armas de paintball, que seria o esporte mais próximo. Mas ela é muito mais realista e parecida com um equipamento real. É a réplica de um rifle muito usado pelo exército americano. Como munição a gente usa esferas rígidas de 6mm de PVC. Não tem tinta como no paintball. O nosso público maior é o pessoal que gosta de aventura e também é usado para fazer treinamento com policiais.
Avião faz pouso de emergência em MT após criança ter crise convulsiva
Menina de 3 anos está internada no Hospital Regional de Alta Floresta. Ela e a mãe estavam como passageiras de voo que seguia de SP para AM
Uma criança de três anos de idade, passageira de um avião da Azul Linhas Aéreas que seguia de Campinas (SP) para Manaus (AM), está internada no Hospital Regional de Alta Floresta, distante a 800 km de Cuiabá, após ter uma crise convulsiva durante o vôo, nesta quarta-feira (7). A aeronave teve que realizar o pouso de emergência no município para que a menina recebesse ajuda médica. De acordo com informações da administração do aeroporto municipal, a criança recebeu os primeiros atendimentos ainda na pista e estava acompanhada pela mãe.
O voo com 116 passageiros tinha saído da cidade de Campinas em voo direto para Manaus. No momento em que a garota começou a passar mal, o comandante da aeronave acionou a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) e seguiu com um plano de pouso para que ela fosse encaminhada para o hospital.
Uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência realizou os primeiros procedimentos ainda no aeroporto e a transportou para Hospital Regional de Alta Floresta, onde permanece internada em estado de observação. A previsão é que ela tenha alta ainda nesta quinta-feira (8). A mãe e a criança permaneceram na cidade enquanto o voo seguiu para o destino final. Ainda segundo a administração do aeroporto, as duas devem ser realocados em um próximo voo.
Após a publicação da matéria, a assessoria de imprensa da companhia aérea enviou uma nota informando sobre o ocorrido. "O voo 9008, com origem em Campinas e destino Manaus, precisou alternar sua rota para Alta Floresta por conta de um Cliente passando mal. A aeronave foi recebida por uma equipe médica previamente acionada para atender o mesmo. O Cliente foi encaminhado pela Autoridade Aeroportuária ao Hospital mais próximo, tendo a Azul prestado toda a assistência a ele. Os demais clientes receberam toda a assistência necessária de acordo com a resolução 141 da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e serão reacomodados em outros voos da companhia", consta trecho da nota.
Temporal provoca queda de hangares no Aeroporto de Congonhas, em SP
Elaine Patricia Cruz
O temporal que ocorreu na capital paulista na noite de quinta-feira (8/1) provocou o desabamento de dois hangares no Aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo. Segundo o Corpo de Bombeiros, um hangar caiu sobre um avião, mas não houve vítimas. O acidente, segundo a corporação, ocorreu por volta das 19h.
À Agência Brasil, a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) informou que os hangares pertenciam às empresas Target e TAM e confirmou que não houve vítimas e que o aeroporto opera normalmente. Os hangares, de acordo com a Infraero, serviam para a aviação geral, ou seja, executiva e de táxis aéreos.
Segundo a Infraero, o temporal que caiu na região do aeroporto provocou o fechamento do aeroporto entre às 18h33 e às 18h55, mas o fechamento não teve relação com o acidente nos hangares.
O Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) informou que as rajadas de vento que atingiram a região do Aeroporto de Congonhas atingiram a velocidade de 85 quilômetros por hora (km/h) por volta das 18h30 de hoje. O temporal que atingiu a capital hoje provocou diversos pontos de alagamentos, principalmente na região central, e quedas de árvores
A assessoria de imprensa da TAM confirmou que um dos hangares pertencia à TAM Aviação Executiva. A Agência Brasil tentou contato com a TAM Aviação Executiva para obter mais informações sobre o acidente mas, até o momento, não obteve sucesso. A reportagem também tentou contatar a Target, mas sem sucesso.
Drones no Brasil já são uma realidade, mas a legislação não
Apenas voos experimentais são liberados, com prévia autorização da Anac
O uso de drones ainda está começando no País, mas atrai os olhos de usuários que querem esses novos gadgets o quanto antes.
Capazes de voar a alturas até 200 metros, essas aeronaves não tripuladas podem carregar câmeras e até pequenos objetos, podendo ser controlados remotamente por controles ou smartphones.
Como vimos recentemente em uma pizzaria que usou uma aparelho para entregar uma pizza para um morador de Santo André, região do ABC Paulista.
Ainda assim, a legislação dos drones no Brasil ainda não caminha. Sob a tutela da Agência Nacional de Aviação Civil, a Anac, as novas regras ainda não saíram das discussões para a audiência pública, ou mesmo, para o papel.
Segundo o órgão, as informações sobre os esquipamentos divulgadas, até aqui, são preliminares. Várias delas foram discutidas em um Workshop com a sociedade sobre o tema. No entanto, apenas voos experimentais são liberados, usando a capacidade total dos drones, Mas para usá-lo, seu usuário deve pedir autorização à Anac.
“Não existe restrição à compra de um drone por um cidadão, instituição ou empresa, entretanto, a sua operação depende da emissão do ‘Certificado de Autorização de Voo Experimental’, concedida depois de devidas comprovações de segurança e aeronavegabilidade (sic) por parte do interessado”, informou a agência por meio de nota.
Drones no Brasil
No Brasil já é possível achar drones em lojas físicas e na internet. A maioria dos voos podem ser enquadrados como recreação, por voar abaixo dos 120 metros. Com preços que variam entre R$ 250 a R$ 2,6 mil - isto apenas em sites conhecidos da web como Submarino e Ricardo Eletro.
No entanto, seu uso possui certas restrições, como explica Renato Ópice Blum, advogado especialista em direito digital.
“Enquanto ela (legislação) não vem, podem aparecer casos de uso. Neste caso usa-se a regulamentação atual, baseada em aeromodelismo, algo mais ou menos em 120 metros no máximo”.
Na regra atual, aparelhos até 25 quilogramas podem ser usados por civis como aeromodelos. Acima deste peso pode ser englobado como aeronave comum. Mesmo assim, Ópice Blum alerta que, caso ocorra ultrapasse esse limite, pode expor um risco maior, podendo pegar até cinco anos de prisão.
Em 2014, dois homens foram presos nos EUA por usar o drone em uma área proibida. Isabel ainda alerta que não só o dono pode ser preso, mas, se detectado a uma altura de perigo ou área proibida de voo, pode ser derrubado.
“Quando a aeronave não tem poder para operar no País, ela pode ser derrubada. Tanto no Brasil como nos Estados Unidos. O perigo, um dos riscos, é do drone ser abatido e o dono perder seu equipamento”, afirmou a especialista.
A advogada ainda lembra que não é o drone que cometerá o crime, mas seu dono. Por isso existe esta penalidade. Ela também lembra que a partir do momento que a pessoa utiliza o drone para filmagem, deixa de ser recreação, aeromodelismo, mesmo no limite dos 120 metros.
“Você pode utilizar o aeromodelo para recreação. Se utilizar uma câmera para filmar ou gravar ele não é mais aeromodelismo. Embora isso seja uma área cinzenta, se você usar para tirar foto para você, não terá problema. Ou mesmo em uma propriedade sua, como uma fazenda”, disse Isabel. “Ainda assim, a Anac não deve ver isso com bons olhos, pois pode invadir privacidade”.
Entraves dos drones
Vários são as barreiras para criar a lei. Em especial, a privacidade, com aparelhos cada vez menores e com câmeras em alta resolução; a segurança, pois precisa garantir que o drone não seja usado como uma arma; e mesmo o seguro contra acidentes, como explica a especialista em direito aeronáutico, Isabel Mazoni Andrade.
“A legislação (dos drones) tem que se preocupar com a privacidade, com a segurança e com a questão do seguro – não existe mercado de seguro para drone atualmente. Se acontece um acidente, como faz? Todas essas ações precisam ser bem pensadas”, explica a advogada.
Isabel recorda que apenas um voo experimental foi realizado comercialmente com autorização da Anac, na Usina Hidrelétrica do Jirau, no Rio Madeira, a 120 km de Porto Velho.
Para Ópice Blum, advogado do direito digital, a legislação depende da aeronáutica e da privacidade.
“Existe uma ausência um descompasso da legislação com essas novidades da tecnologia, no Brasil e no mundo tem legislação para a fabricação. Mas está faltando uma legislação para a operação desses drones. Ela terá a regulamentação na aeronáutica e na privacidade”, disse Ópice Blum.
“Ate já termos de forma genérica projeções de privacidade. A pessoa pode pedir a proibição pessoal e comercial das imagens. Nos tribunais, sempre que houver expectativa de privacidade, a pessoa pode recorrer. A indenização é possível, mas não tem ação penal”, completa.
A especialista ainda aponta outro problema caso a lei não fique pronta, a perda de mercado para outros países.
“Esse é um mercado altamente promissor. O drone pode crescer. Ele pode ser menor e custar menos. Desses entraves (da Anac), isso tudo seria interessante se saísse com brevidade e para o Brasil ter destaque no mercado (internacional). Se atrasarmos, nós corremos o risco de ficar para trás perante outros países e perder um espaço importante”, completa Isabel.
EUA cauteloso com os drones
O problema, no entanto, não ocorre apenas no Brasil. Nos Estados Unidos, o FAA, órgão de aviação civil semelhante à Anac, também não conseguiu desenvolver uma legislação para o uso de drones naquele país.
Os americanos se preocupam especialmente com a segurança. Para evitar que os drones sejam usados como armas em ataques e ações terroristas remotas.
A falta das regras atrapalha especialmente a Amazon. O maior site de comércio eletrônico do mundo anunciou em dezembro de 2013 que faria entregas de seus produtos com drones, assim que o FAA liberasse o uso.
Desde então, a companhia aguarda o aval do órgão.
Por outro lado, na Europa as aeronaves já começam a ser usadas, mesmo no uso comercial. A DHL recentemente começou uma operação com entrega de pacotes usando drones. Com o avanço da companhia alemã, a Amazon cogita levar o plano para outro país.
GOL assina acordo de compartilhamento de voos com a Korean Air
A GOL Linhas Aéreas Inteligentes S.A celebrou acordo para compartilhamento de voos (Codeshare) com a Korean Air, maior empresa de aviação da Coreia do Sul e uma das maiores da Ásia.
"Este é o nosso primeiro acordo de Codeshar com uma empresa do extremo oriente. Certamente esta parceria, quando aprovada, proporcionará ainda mais facilidade e conveniência aos passageiros que precisarem voar vários trechos nos destinos operados pela GOL, em especial no Brasil", explica Ciro Camargo, Gerente de Alianças da GOL.
Com a parceria, a Korean Air incluirá em seu código os voos operados pela GOL, oferecendo aos clientes uma variedade de conexões para destinos no Brasil e Américas. A companhia coreana possui atualmente parcerias com 29 companhias aéreas para 188 destinos no mundo.
As empresas também celebraram acordo de Frequent Flyer Program (FFP), que proporcionará aos membros dos seus Programas de Fidelização, o Smiles da GOL e o Skypass da Korean, a possibilidade de acumular e resgatar milhas em todos os voos elegíveis operados pelas duas empresas aéreas.
A parceria entre as empresas ainda depende da aprovação da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE).
Conheça o avião do futuro
Jack Stewart
Avistar um Airbus A380 ainda é uma experiência bastante emocionante. O gigantesco avião de dois andares pode acomodar entre 500 e 850 pessoas e é o maior avião de passageiros que já voou pelos nossos céus.
Mas o A380 pode se tornar uma migalha se outro gigante ainda maior conseguir se tornar realidade: o AWWA Sky Whale, uma aeronave conceitual projetada pelo designer espanhol Oscar Vinals.
Com três andares para passageiros, ele mais parece o cruzamento de uma baleia com uma espaçonave de ficção científica.
Mas será que esse projeto colossal é o prenúncio do futuro do transporte aéreo?
No mundo da aviação comercial, maior significa melhor. O despontar da era dos jatos trouxe modelos como o Boeing 707, uma aeronave capaz de carregar mais passageiros mais rapidamente do que qualquer modelo a hélice.
Nas décadas que se seguiram, os aviões ficaram cada vez maiores. O advento dos jumbos, caracterizado pelos Boeing 747, possibilitou ainda mais passageiros por voo, barateando, assim, as passagens.
"Viajar no Sky Whale poderia ser como viajar em sua própria poltrona de cinema, curtindo o que está acontecendo à sua volta; com algum ruído de motor ao fundo, mas com uma grande sensação de segurança dentro de uma estrutura ampla e inteligente", diz Vinals.
O projeto usa tecnologias avançadas, como janelas que se consertam sozinhas, motores giratórios que permitem uma decolagem quase vertical e uma propulsão híbrida.
"Os motores e as baterias são alimentados por uma turbina dentro das asas, como um dínamo potente e de alta velocidade", explica o designer.
O projeto também precisaria de um sistema para redirecionar o fluxo de ar para motores e para controlar o fluxo laminar. Ou seja, para reduzir a turbulência em torno do avião e diminuir o arrasto.
Segundo Vinals, nenhuma dessas tecnologias é viável em longa escala atualmente, mas todas elas são possíveis.
"Fiz esse projeto porque sou um entusiasta da aviação e das viagens aeroespaciais – da tecnologia, do desenvolvimento e da evolução. E gostaria de contribuir com a minha visão", explica.
Talvez essa visão de alguém de fora da indústria, sem conceitos prévios, é o que basta para que revolucione o design de aviões. Vinals conta que passou "anos" e "terabytes" pesquisando para chegar ao modelo que apresentou. É uma abordagem que muitos do setor apreciariam.
Três variáveis
Segundo Michael Jump, professor de engenharia aeroespacial da Universidade de Liverpool, existem três fatores a serem levados em conta quando se avalia o design de um avião e que servem como uma estimativa de eficiência.
Eles são conhecidos como a Equação de Breguet: eficiência propulsiva (o quão eficazes são os motores?); eficiência aerodinâmica (existe maximização da sustentação e redução do arrasto?); e eficiência estrutural (quantos passageiros podem ser transportados?).
Em geral, as companhias aéreas querem voar o mais longe possível, com a maior carga paga possível (ou o maior peso combinado de passageiros) e usando o menos combustível possível.
Tecnicamente, o melhor design é aquele que maximiza todas essas três variáveis. Os grandes fabricantes de aviões já fizeram pequenas alterações a essa equação, mas praticamente ficaram fiéis aos designs já testados e aprovados.
"Empresas como a Boeing e a Airbus têm muita experiência em construir aviões que se parecem com um tubo de asas", diz Jump. "Quando querem desenhar um novo modelo, acabam optando por evoluir em vez de revolucionar".
Formato ideal
O cilindro é também uma maneira estruturalmente eficiente de conter a pressão atmosférica, o que os aviões têm de fazer para manter a pressurização da cabine adequada para os passageiros quando voam em grandes altitudes.
Mark Drela, professor do departamento de aeronáutica do MIT, concorda. "A fuselagem do avião é um recipiente de pressão. Para isso, é realmente necessário que se tenha uma seção circular. Você não vê tanques de oxigênio para mergulho retangulares. Ser redondo significa ser leve", diz ele.
E em um avião, peso é tudo. "Os aviões têm a cara que têm não por causa de uma decisão estética, mas essencialmente por motivos técnicos. A forma segue a função", explica.
Além disso, para um fabricante vender um novo modelo de avião, é preciso demonstrar que ele é seguro. As regulamentações de segurança evoluíram ao longo de um século de voos tripulados, mas com um desenho radical seria muito mais difícil demonstrar isso.
"O avião otimizado é como um grande conjunto de concessões. É uma tarefa colossal poder equilibrar tudo", diz Drela.
Mas, para Vinals, Albert Einstein pode ter a última palavra no assunto: "A sua imaginação é o trailer das próximas atrações da vida".
Demanda por voos internacionais sobe 5,4% em novembro
Frankfurt - A demanda por viagens aéreas internacionais avançou 5,4 por cento em novembro, contra alta de 5,7 por cento em outubro, informou a Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata, na sigla em inglês) nesta quinta-feira.
A oferta internacional, medida em assentos disponíveis por quilômetro, subiu 5,9 por cento, ao passo que a taxa de ocupação internacional, que indica quão cheias estão as aeronaves, recuou 0,3 ponto percentual para 75,1 por cento.
A oferta total do mercado avançou 5,4 por cento em novembro, de acordo com a Iata.
"O cenário geral é misto. Por exemplo, a performance forte do tráfego na China e Índia não respingou na demanda internacional para companhias da Ásia-Pacífico", disse o diretor-geral da Iata, Tony Tyler, em comunicado que acompanha as estatísticas mensais.
"Embora os preços menores do petróleo devam ser positivos para a atividade econômica, o enfraquecimento da confiança do empresariado está tendo um efeito de amortecimento sobre as viagens internacionais", disse
Saiba mais sobre a carreira dos novos comandantes das Forças Armadas
Nome dos novos comandantes da Marinha, Exército e Aeronáutica foram anunciados na noite de quarta (7)
A última quarta-feira (7) foi de intensa movimentação no Palácio do Planalto para a definição dos novos comandantes das Forças Armadas.
A presidenta Dilma Rousseff e o ministro da Defesa, Jaques Wagner, se reuniram ao longo do dia com os atuais dirigentes da Marinha, almirante Julio Soares de Moura Neto, do Exército, general Enzo Peri, e da Aeronáutica, brigadeiro Juniti Saito, para escolher os futuros responsáveis pelas políticas públicas e diretrizes administrativas e operacionais da área militar do País.
Pouco após as 20h, a Presidência da República divulgou nota oficial com os nomes dos novos dirigentes das Forças Armadas: o almirante-de-esquadra Eduardo Barcellar Leal Ferreira será o comandante da Marinha do Brasil; o general-de-exército Eduardo Dias da Costa Villas Bôas comandará o Exército Brasileiro; e a Força Aérea Brasileira está sob a direção do tenente-brigadeiro do ar Nivaldo Luiz Rossato.
As datas das transmissões de cargo dos novos comandantes das Forças Armadas ainda será definida.
Marinha
O almirante-de-esquadra Eduardo Barcellar Leal Ferreira nasceu em 2 de junho de 1952 no Rio de Janeiro. É filho do também almirante-de-esquadra Luiz Leal Ferreira – já falecido. O novo comandante da Força Naval ingressou na carreira militar em 1971. Foi declarado guarda-marinha pela Escola Naval em 1974.
Especialista em eletrônica, Leal Ferreira acumulou funções diretivas e condecorações em seus mais de 40 anos de carreira. Permanceu embarcado por 16 anos, acumulando 1,3 mil dias no mar. Chegou ao generalato em março de 2004 e alcançou o posto de quatro estrelas – almirante-de-esquadra - em março de 2013.
Antes de chegar ao posto mais alto da Marinha, Leal Ferreira estava no comando da Escola Superior de Guerra, instituição acadêmica vinculada ao Ministério da Defesa.
Foi também comandante-em chefe da Esquadra, diretor de Portos e Costas e Comandante do 7º Distrito Naval – com sede em Brasília.
Exército
Nascido de 07 de novembro de 1951 em Cruz Alta, região central do Rio Grande do Sul, Eduardo Dias Costa Villas Bôas é filho do militar Antônio Villas Bôas.
Ingressou no Exército em 1967 na Escola Preparatória de Cadetes do Exército em Campinas (SP). Atleta de natação e polo aquático, Villas Bôas foi declarado aspirante-a-oficial pela Academia Militar das Agulhas Negras (Aman) em 1973.
Infante, Villas Bôas tem larga experiência em funções de comando e também de assessoria. Notabilizou-se por sua atuação na região amazônica, onde comandou o 1º Batalhão de Infantaria de Selva, em Manaus, chefiou o Estado-Maior Conjunto do Comando Militar da Amazônia (CMA), órgão do qual se tornou comandante posteriormente.
Villas Bôas foi promovido a general-de-exército em julho de 2011. Em 2014, assumiu a chefia do Comando de Operações Terrestres (Coter) do Exército, sendo um dos responsáveis pelo planejamento de segurança e defesa para a Copa do Mundo Fifa 2014.
Aeronáutica
Nivaldo Luiz Rossato nasceu em 26 de agosto de 1951 na cidade de São Gabriel, sudoeste do Rio Grande do Sul. Ingressou na Força Aérea Brasileira (FAB) em 1969.
Foi declarado aspirante-a-oficial pela Academia da Força Aérea (AFA) em dezembro de 1975. Chegou ao generalato em julho de 2003, ascendendo à tenente-brigadeiro do ar em 31 de março de 2011.
Líder de Grupo de Aviação de Caça, Rossato acumula mais de 3,5 mil horas de voo. Além disso, possui cursos nas áreas de piloto de caça, líder de esquadrilha, líder de esquadrão, piloto operacional de transporte de tropa e inspetor de aviação civil.
Ao longo da carreira, ocupou mais de 20 funções de comando, assessoramento e instrução na FAB. Antes de ser designado dirigente maior da Força Aérea, Rossato ocupava o cargo de chefe do Estado-Maior da Aeronáutica.
Forças Armadas preparam desocupação do Complexo da Maré para 1º de abril
Cronograma do processo de desocupação prevê que a região esteja sob o controle da Política Militar no começo de maio
Ministério Da Defesa
Em nota, o Ministério da Defesa informa que o processo de desocupação do Complexo da Maré (RJ) será iniciado em 1º de abril. O processo começará pela Praia de Ramos e pelo Parque Roquete Pinto. Na sequência, os militares sairão das comunidades Parque União, Rubens Vaz e Nova Holanda.
O cronograma prevê que todas as localidades estejam sob o controle da Política Militar já no começo de maio.
As orientações fazem parte do protocolo de cooperação firmado entre o ministro da Defesa, Jaques Wagner, o chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA), general José Carlos De Nardi, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e o governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão.
Além disso, o protocolo prevê a instalação de uma delegacia temporária no Centro de Preparação de Oficiais da Reserva (CPOR), situado na Avenida Brasil, uma das principais vias de acesso ao Rio e próximo à Maré. O acordo determina que o governo fluminense coloque à disposição do comando da Força de Pacificação um efetivo de 100 policiais militares ao dia.
Cooperação
As Forças Armadas ocuparam o Complexo de Favelas da Maré em abril do ano passado. Por meio de instrumento de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), as tropas federais passaram a controlar uma área composta por 16 comunidades onde moram cerca de 130 mil pessoas.
Em oito meses, a GLO foi renovada por três vezes a pedido do governo fluminense. A última prorrogação, acordada no fim do ano passado, prevê a presença dos militares federais até os últimos dias de março. Em seguida se dará o processo de saída gradual da região. O objetivo é que a partir de julho próximo a Maré esteja sob o controle da polícia do Rio.
O protocolo assinado por Wagner, Cardozo e o governador Pezão diz que o objetivo é “estabelecer os termos de execução da prorrogação das ações previstas pela Diretriz Ministerial nº 09/MD, de 31 de março de 2014.” O documento trata também do emprego e competência da Força de Pacificação como forma de delimitar as atividades na Maré.
Além disso, o protocolo também define a constituição e subordinação da Força de Pacificação, limita a área de atuação e conclui com a substituição das tropas federais por estaduais. O documento diz que “a transmissão da responsabilidade da Força de Pacificação para a Polícia Militar será progressiva, iniciando-se pelo setor mais controlado para o menos controlado”.
Garantia da Lei e da Ordem
A área na qual as forças militares estão sendo empregadas está restrita ao Complexo da Maré, mais especificamente: Praia de Ramos, Parque Roquete Pinto, Parque União, Parque Rubens Vaz, Nova Holanda, Parque Maré, Conjunto Nova Maré, Baixa do Sapateiro, Morro do Timbau, Bento Ribeiro Dantas, Vila dos Pinheiros, Conjunto Pinheiros, Conjunto Novo Pinheiro – Salsa & Merengue, Vila do João e Conjunto Esperança.
A GLO assegura aos militares das Forças Armadas o poder de efetuar prisões em flagrante, patrulhamentos e vistorias. O emprego em GLO se dá por meio das seguintes legislações: Lei Complementar nº 97/1999; Decreto nº 3.897/2001 e artigo 142 da Constituição Federal.
Segurança no Sudeste
Após assinatura do protocolo sobre a ocupação do Complexo da Maré, houve reunião das autoridades federais com os governadores de São Paulo, Geraldo Alckmin; de Minas Gerais, Fernando Pimentel; do Espírito Santo, Paulo Hartung; e do Rio, Luiz Fernando Pezão. O objetivo do encontro foi iniciar o planejamento de uma mega operação de segurança na região Sudeste.
Nessa ação específica haverá participação do Exército na fiscalização de explosivos. O vice-chefe do Comando Logístico do Exército, general Carlos César Araújo Lima, explicou que é de responsabilidade da Força Terrestre o monitoramento no Brasil apenas de produtos controlados legalizados. “Não é nosso papel cuidar dos materiais ilegais. Temos proposta de colocar chips nos que forem produzidos para verificar se estão sendo usados para outros fins”, disse.
A operação anunciada pelo ministro Cardozo, em coletiva, tem por objetivo o combate ao crime organizado na região Sudeste. A ideia é articular, ainda este ano, atividade de fiscalização nas fronteiras dos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo. A ação vai reunir órgãos policiais e federais, além das Forças Armadas – que atuarão no controle da entrada no país de produtos fiscalizados, como explosivos e armamentos.
De acordo com o ministro da Justiça, as datas, locais e duração da operação não poderão ser divulgadas pelo caráter sigiloso da iniciativa. Ele afirmou, também, que será criada estrutura permanente de segurança “nos moldes do que foi feito na Copa do Mundo” no Sudeste. “O Nordeste já possui este modelo. Queremos estimular que mais regiões façam isso para fazermos uma grande estrutura nacional. A segurança pública não pode ser assunto de governo e sim de Estado”, finalizou.
FOLHA DIRIGIDA
Aeronáutica já recebe inscrições para sargentos
Bruno Vater
Estão abertas as inscrições para o concurso de admissão ao curso de formação de sargentos da Aeronáutica, na especialidade de controlador de tráfego aéreo. A oferta é de 36 vagas e um dos atrativos para participar do processo seletivo é o salário: após a formação, os classificados serão nomeados para o posto de terceiro-sargento, cuja remuneração bruta inicial é de R$3.267 mensais.
Quem quiser participar do concurso precisa ter concluído, ou ter condições de terminar até a matrícula, o último ano do ensino médio completo. As inscrições poderão ser feitas até o dia 20 deste mês, pelo site da Escola de Especialistas de Aeronáutica (EEAR). Homens e mulheres podem participar.
No site da Escola de Especialistas, será preciso, inicialmente, acessar e preencher o formulário online. O passo seguinte é imprimir o boleto para pagamento da taxa de inscrição de R$60. O valor tem de ser depositado até o dia 26. Quem quiser pedir isenção deve fazer a solicitação durante o período de inscrição também pelo site da EEAR. Neste caso, é preciso estar inscrito no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal, o CadUnico, e ser de família de baixa renda, de acordo com a legislação vigente.
Para ter condições de ocupar uma vaga no Curso de Formação de Sargentos da Aeronáutica, o candidato precisa ser brasileiro nato, estar em dia com suas obrigações eleitorais e militares, não ter menos de 17 e nem completar 25 anos de idade até 31 de dezembro de 2015, entre outras exigências. Mulheres devem apresentar, na época estabelecida no edital, o Exame Preventivo Ginecológico e Laudo Ginecológico, com data de realização prévia não superior a 90 dias. Os demais pré-requisitos podem ser consultados no edital, disponível na FOLHA DIRIGIDA Online.
As provas escritas acontecem no dia 15 de março, a partir das 9h. A avaliação será composta de questões de Língua Portuguesa, Língua Inglesa, Matemática e Física. Os classificados participarão da Concentração Intermediária no dia 22 de abril, na mesma cidade da prova escrita. O endereço será divulgado no site da Escola de Especialistas, assim como o horário. Pelas etapas seguintes, os candidatos passarão por inspeção de saúde, avaliação psicológica e teste de condicionamento físico, fases que serão realizadas ao longo do primeiro semestre.
O resultado final sai no dia 22 de junho e os aprovados terão que se apresentar no dia 28 do mesmo mês na Escola de Especialistas, que fica em Guaratinguetá, interior de São Paulo, onde realizarão o curso de formação de sargentos durante dois anos. Ao longo da formação, os estudantes terão direito a bolsa-auxílio, além de uniforme, alimentação e assistência médica, odontológica e religiosa.
JORNAL DO COMÉRCIO (PORTO ALEGRE - RS)
PAINEL ECONÔMICO (DANILO UCHA)
São Gabriel
São Gabriel comemora que o tenente-brigadeiro do Ar Nivaldo Luiz Rossato foi designado Comandante da Aeronáutica. Ele nasceu na Terra dos Marechais.
DIÁRIO DO COMÉRCIO (MG)
Governo corta gastos de custeio
Decreto estabelece bloqueio mensal de R$ 1,9 bilhão nas despesas dos ministérios
O governo publicou ontem no "Diário Oficial da União (DOU)" o Decreto 8.389, que contingencia gastos de custeio antes mesmo da aprovação do Orçamento de 2015 pelo Congresso Nacional. De acordo com o Ministério do Planejamento, o limite significa um bloqueio mensal de R$ 1,9 bilhão nas despesas correntes, o que corresponde a R$ 22,8 bilhões no ano, em mais um sinal de que pretende tornar a política fiscal mais rígida para resgatar a confiança dos agentes econômicos.
Em nota, a pasta disse que "a medida se faz necessária frente às incertezas sobre a evolução da economia, o cenário fiscal e o calendário do Poder Legislativo, que só retomará suas atividades a partir de fevereiro".
Pelo texto, enquanto não houver a publicação da Lei Orçamentária de 2015 (LOA 2015), a execução das despesas não obrigatórias, como gastos com viagens e diárias de hotéis, ficará limitada a um dezoito avos (1/18) por mês da dotação prevista no projeto de Lei Orçamentária deste ano (PLOA).
Aperto adicional
O limite representa um aperto adicional nas contas públicas. Isso porque a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) prevê que, quando ainda não há aprovação do Orçamento, o governo possa gastar mensalmente 1/12 da dotação prevista para o ano. Esse mecanismo é conhecido como duodécimo. O novo decreto, portanto, faz uma limitação adicional de 33% em relação ao valor permitido por lei.
Aperto adicional
O limite representa um aperto adicional nas contas públicas. Isso porque a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) prevê que, quando ainda não há aprovação do Orçamento, o governo possa gastar mensalmente 1/12 da dotação prevista para o ano. Esse mecanismo é conhecido como duodécimo. O novo decreto, portanto, faz uma limitação adicional de 33% em relação ao valor permitido por lei.
Pelo decreto, os ministérios poderão gastar por mês um total de R$ 3,775 bilhões com as despesas que foram contingenciadas. O Ministério da Educação teve autorização para gastar R$ 1,173 bilhão. A Defesa, R$ 312,9 milhões, Cidades, R$ 288,8 milhões, e Desenvolvimento Social, R$ 279,7 milhões.
A nova equipe econômica - sob a batuta dos ministros Joaquim Levy (Fazenda) e Nelson Barbosa (Planejamento) e do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini - quer entregar um superávit primário equivalente a 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano e, nos dois seguintes, de 2%.
Para tanto, já havia anunciado outras medidas para tentar reduzir as despesas. Entre elas, um pacote de mudanças nas regras para acesso a benefícios trabalhistas e previdenciários para tentar economizar aproximadamente R$ 18 bilhões por ano, a partir de 2015.
As contas públicas vêm se deteriorando nos últimos anos e 2014 corre o risco de ter registrado o primeiro resultado primário negativo da série histórica iniciada em 2002. Até novembro, o setor público consolidado mostrava déficit primário acumulado equivalente a 0,18% do PIB.
Votação
A presidente Dilma Rousseff e o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, limitaram o valor mensal das "despesas correntes de caráter inadiável" que poderão ser feitas pelos órgãos do Poder Executivo até que ocorra a publicação da Lei Orçamentária deste ano. A expectativa é de que o projeto do Orçamento de 2015 seja votado e aprovado pelo Congresso no fim de fevereiro ou março.
O texto ainda destaca que, na execução das despesas correntes inadiáveis, "deverá ser dada precedência ao empenho, a cada mês, de até 1/12 (um doze avos) do valor anual previsto nos contratos de operação e funcionamento dos órgãos, tais como locação, serviços e manutenção".
Segundo o decreto, o ministro do Planejamento, por ato próprio ou mediante delegação, poderá ampliar ou remanejar os valores autorizados, desde que devidamente justificados pelos órgãos.
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