NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 04/01/2015
Quatro grandes partes de aeronave da AirAsia são encontradas por autoridades ...
Governo também informou que a companhia aérea não tem licença para voar aos domingos ...
Equipes de busca por destroços do avião de passageiros da AirAsia que caiu com 162 pessoas a bordo identificaram quatro grandes partes da aeronave no mar, informou o chefe da agência de busca e salvamento da Indonésia neste sábado. Uma força-tarefa multinacional de navios, aviões e helicópteros está vasculhando o norte do mar de Java e o litoral do sul de Bornéu para recuperar os corpos das vítimas e localizar os destroços do voo QZ-8501 e seus gravadores de caixa-preta ...
Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.
Dilma concede auxílio a famílias dos militares mortos em incêndio na Antártica
A presidenta Dilma Rousseff sancionou nesta semana uma lei que concede auxílio especial de R$ 500 mil e bolsa de estudos no valor de R$ 622 para os familiares dos dois tenentes da Marinha mortos no incêndio ocorrido em 2012 na Estação Antártica Comandante Ferraz.
A lei, que tem autoria do Executivo e havia sido aprovada pela câmara em julho e pelo senado, em dezembro, beneficiará as famílias dos militares Carlos Alberto Vieira Figueiredo e Roberto Lopes dos Santos. O auxílio será concedido sem prejuízo dos demais benefícios decorrentes da condição de militar das Forças Armadas, enquanto a bolsa, destinada aos dependentes dos militares que estiverem cursando o ensino fundamental, médio ou superior até a idade de 24 anos, será reajustada de acordo com o Regime Geral de Previdência Social.
Segundo o texto do documento, o Ministério da Defesa editará normas complementares necessárias à concessão das bolsas de estudo.
Primeiro-ministro da Suécia visita a Embraer em São José, SP
Líder sueco veio ao Brasil para participar da posse de Dilma Rousseff. Empresa brasileira fez acordo com país para gestão conjunta do F-X2.
O primeiro-ministro da Suécia, Stefan Löfven, visita a Embraer, em São José dos Campos (SP), neste sábado (3). Um dos assuntos que podem ser abordados na ocasião é um acordo com a sueca Saab para uma parceria na gestão conjunta do Projeto F-X2, que prevê reequipar a Força Aérea Brasileira (FAB).
O contrato da FAB com a Saab prevê a compra de 28 caças Gripens do modelo E (com um assento) e 8 Gripen F (com dois assentos), que ainda são projetos e serão construídos de forma conjunta entre os dois países.
A previsão é que Löfven desembarque no aeroporto de São José no começo da tarde, por volta das 13h. O primeiro ministro veio ao Brasil para acompanhar a posse da presidente reeleita Dilma Roussef. O evento aconteceu nesta quinta-feira (1º) em Brasília (DF) e também reuniu outros chefes de Estado.
A Embraer não revelou detalhes da visita deste sábado, que segundo a empresa será institucional. A embaixada da Suécia informou que a parceria entre as empresas pode ser abordada no encontro e que o primeiro ministro vem conhecer as instalações da fabricante brasileira de aviões.
Projeto FX-2
Pelo acordo entre a Saab e a Embraer, a empresa brasileira coordenará todas as atividades de desenvolvimento e produção de caças no Brasil em nome da Saab, e também participará do desenvolvimento de sistemas, da integração, testes em voo, montagem final e entregas das versões de um e dois assentos do caça de última geração Gripen NG para a FAB.
As aeronaves serão desenvolvidas em parceria com a Embraer, pois o contrato entre Saab e FAB exige transferência de tecnologia para que o Brasil possa aprender a produzir o modelo.
Aeroporto de Brasília espera 6% mais passageiros na volta do réveillon
Estimativa foi feita com relação ao mesmo período do ano passado. Em três dias, terminal deve receber 169 mil pessoas, diz Inframerica.
O Aeroporto Juscelino Kubitschek, em Brasília, deve receber 6% a mais de passageiros no primeiro fim de semana de 2015, segundo a Inframerica, consórcio que administra o terminal. A expectativa é que 169 mil pessoas passem pelo local entre sábado e segunda (3 e 5). No mesmo período do ano passado, 106,5 mil embarcaram, desembarcaram ou estiveram em conexão na capital.
A Inframerica espera que 113 mil pessoas estejam no aeroporto neste sábado e domingo. Para a primeira segunda-feira de 2015, o público estimado é de 56 mil pessoas. O consórcio informou que o aeroporto recebeu durante todo o mês de dezembro 1,7 milhão de passageiros, um aumento de 10% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Desde novembro, o aeroporto de Brasília ultrapassou o de Guarulhos e se tornou o terminal com maior capacidade de pista do país operando com até 52 aeronaves por hora, segundo o Centro de Gerenciamento de Navegação Aérea, órgão comandado pela Aeronáutica. Até outubro, a capacidade de pista do JK era de 42 voos por hora.
Desde novembro, o aeroporto de Brasília ultrapassou o de Guarulhos e se tornou o terminal com maior capacidade de pista do país operando com até 52 aeronaves por hora, segundo o Centro de Gerenciamento de Navegação Aérea, órgão comandado pela Aeronáutica. Até outubro, a capacidade de pista do JK era de 42 voos por hora.
A liberação para maior número de aeronaves acontece depois das obras de ampliação do terminal, que conta com duas pistas funcionando simultaneamente, com 3,2 km de extensão cada.
Objetos esquecidos - O Aeroporto JK é o segundo de maior movimento no país, atrás apenas de Guarulhos. Segundo a Inframerica, por conta da grande movimentação, passageiros do Aeroporto de Brasília esquecem muitos pertences no terminal. São cerca de 230 objetos a cada mês. Em 2014, o setor de “achados e perdidos” do aeroporto recebeu 2.081 itens, 33% a mais do que em 2013, quando foram deixados pouco mais de 1.500 artigos.
Entre os objetos esquecidos estão chaves de carros, carteiras, muletas, casinhas de cachorro, carrinhos de bebê e até bagagens inteiras. Os itens ficam no local durante quatro meses. Se ninguém resgatá-los, eles são descartados ou doados para instituições de caridade. Documentos são enviados para os Correios ou para a polícia.
Polícia considera "milagre" sobrevivência de menina em acidente aéreo nos EUA
A notícia da menina de 7 anos que sobreviveu à queda de um avião no Kentucky, nos Estados Unidos, e saiu sozinha em busca de ajuda até encontrar uma casa, na sexta-feira, parece impressionar cada vez mais as autoridades do conforme as investigações são realizadas.
"É realmente um milagre", declarou ao portal de notícias local "KFVS" Brent White, tenente oficial da polícia de Kentucky, após explicar que a menor, cuja identidade não foi divulgada a pedido da família, saiu sem ajuda dos destroços da pequena aeronave acidentada no meio de uma densa floresta do condado Lyon e caminhou descalça para pedir ajuda.
"Ela me disse que sua mãe e seu pai estavam mortos. E que ela esteve em um acidente de avião. Uma menina extremamente corajosa", disse à "CNN" Larry Wilkins, proprietário da casa onde a criança pediu ajuda.
Wilkins disse que a menina estava vestida com roupas de verão, andava descalça e tinha arranhões nos braços e pernas, sangue no nariz e lábios que tremiam.
A criança, que não sofreu ferimentos graves, recebeu alta às 5h (horário de Brasília) deste sábado no Lourdes Hospital, em Paducah (Kentucky), segundo as autoridades locais.
White revelou que a menina, de 7 anos, percorreu cerca de 1,5 quilômetros e em meio a "terríveis condições meteorológicas", até chegar à residência dos Wilkins, que imediatamente alertaram as autoridades.
A menina foi a única sobrevivente do acidente ocorrido na tarde de sexta-feira, quando um pequeno avião Piper PA 34 200T que viajava de Key West, na região de Florida Keys, a Mt. Vernon, em Illinois, caiu na pequena comunidade de Suwanee, no Kentucky, e provocou a morte de quatro pessoas.
A polícia do Kentucky identificou neste sábado as vítimas como Marty Gutzler, de 49 anos, sua esposa Kimberly Gutzler, de 45, sua filha de 9 anos Piper Gutzler, e uma prima da menor, Sierra Wilder, de 14 anos; todos naturais de Nashville, em Illinois.
O pequeno avião partiu de Key West, no Estreito da Flórida, onde os viajantes tinham passado as férias de fim de ano, e fez uma parada no aeroporto de Tallahassee (capital da Flórida) para abastecer. Depois, continuou rumo ao ponto de destino.
De acordo com as autoridades, o piloto da aeronave reportou problemas técnicos quando sobrevoava o oeste do Kentucky e depois perdeu o contato com os controladores de voo.
Duas horas depois, as autoridades de Kentucky descobriram os destroços da pequena aeronave a menos de 15 quilômetros do aeroporto.
Troy Dunbar, um amigo da família, disse a imprensa local que o piloto do pequeno avião, Marty Gutzler, voava desde os 16 anos de idade e já havia realizado esse trajeto, na mesma aeronave, várias vezes.
"Os Gutzlers eram uma família maravilhosa e maravilhosos membros de nossa congregação", contou o reverendo Matthew Wietfeldt, da Igreja Luterana Trinitária de Nashville, e que conheceu a família há quatro anos.
De acordo com as autoridades policiais, membros do Conselho Nacional de Segurança no Transporte (NTSB, em inglês) dos EUA farão investigações neste sábado para determinar as causas do acidente.
Dilma cobra da China mais importação de manufaturados
A conversa de cerca de uma hora entre a presidente Dilma Rousseff e o vice-presidente da China, Li Yuanchao, na manhã de ontem (2), foi concentrada na solução de problemas comerciais. Dilma cobrou a promessa, ainda não cumprida, de que a China comprará mais produtos manufaturados brasileiros, reiterou a urgência na conclusão da compra de 60 jatos da Embraer e fez gestões para abrir caminho à venda de milho transgênico brasileiro.
A venda de 60 jatos da Embraer para duas companhias aéreas chinesas foi um dos temas centrais. Acertada em julho, durante a visita do presidente Xi Jinping, a compra ainda não foi liberada pelo governo chinês. Dilma pediu pressa, já que esse foi um dos mais de 30 acordos celebrados na época, após um ano de intensas negociações.
Os acordos, envolvendo 40 aviões para a companhia aérea Tianjin Airlines e mais 20 aeronaves para o Banco Industrial e Comercial da China estão ainda parados na burocracia chinesa. Normalmente, a autorização de importação envolve de duas a três diferentes agências governamentais, o que já dificulta o processo. Mas, como o governo chinês é sócio das empresas importadoras, poderia apressar a autorização.
A própria Embraer teria reclamado ao governo brasileiro da lentidão, o que levou a presidente a tratar do tema com Yuanchao. Cada uma das aeronaves tem valor de tabela entre R$ 47 milhões e R$ 55 milhões, o que levaria o potencial da venda à casa dos bilhões de reais.
A conversa envolveu também a promessa de aumentar as compras de produtos manufaturados brasileiros. A China é o segundo maior parceiro econômico do Brasil. Em 2013, o Brasil teve um superávit de US$ 547,4 milhões nessa relação, mas no ano passado, até novembro, registrou déficit de US$ 1,3 bilhão. A redução do ritmo de crescimento do País atenuou o apetite dos chineses por matérias-primas, principais itens de importação do Brasil.
AirAsia: Indonésia promete investigação após descoberta de partes do avião
Talita Cavalcante
O governo da Indonésia disse hoje (3) que investigará as violações de voos do avião da AirAsia, que desapareceu no domingo com 162 pessoas a bordo, depois de as equipes de buscas terem encontrado duas grandes partes da aeronave. O Ministério dos Transportes indonésio informou que o avião voava em horário não autorizado, quando desapareceu. Acrescentou que a permissão para a companhia operar a rota que liga Surabaia a Cingapura foi suspensa, até que as investigações sejam concluídas.
Além disso, adiantou que outras companhias aéreas no país serão investigadas. "Vamos realizar uma auditoria em todas as companhias aéreas na Indonésia para saber se existem violações relacionadas à rota, à duração e ao horário", disse o ministério, em comunicado.
Ontem (2) à noite, foram encontradas duas grandes partes do Airbus A320-200 no Mar de Java, ao largo da Ilha de Bornéu, aumentando as esperanças sobre o aparecimento dos corpos e das caixas-pretas, cruciais para determinar a causa do acidente.
Ontem (2) à noite, foram encontradas duas grandes partes do Airbus A320-200 no Mar de Java, ao largo da Ilha de Bornéu, aumentando as esperanças sobre o aparecimento dos corpos e das caixas-pretas, cruciais para determinar a causa do acidente.
Até agora, as equipes de busca recuperaram 30 corpos. O horário do voo do Airbus 320-200 da AirAsia, que decolou da cidade indonésia de Surabaia, com destino a Cingapura, não foi validado, informou o diretor-geral do Transporte Aéreo, Djoko Murjatmodjo.
“[O avião] violou a autorização da rota dada, o horário dado, esse é o problema”, disse Murjatmodjo. Acrescentou que, por isso, a licença da companhia aérea AirAsia para operar essa rota foi suspensa até que as investigações do acidente sejam concluídas.
Em comunicado, o porta-voz do Ministério dos Transportes, J.A. Barata, disse que a AirAsia não tinha “luz verde” para fazer a ligação Surabaia-Cingapura aos domingos e que não tinha pedido para mudar o horário dos voos.
As equipes que participam nas buscas pela fuselagem e pelos corpos dos passageiros do Airbus contam atualmente com a ajuda de investigadores estrangeiros para localizar as caixas-pretas.
O presidente da AirAsia Indonésia, Sunu Widyatmoko, disse que a empresa não comentará a decisão do governo da Indonésia até que os resultados da investigação sejam conhecidos. Ele acrescentou que a companhia vai "cooperar plenamente com o governo nesse processo de avaliação".
Informação contra abusos nas viagens
Consciente dos seus direitos e dos deveres das empresas de transporte, cliente estará preparado para enfrentar problemas típicos, como overbooking e atrasos nas partidas
Dada a largada para as férias, há consumidores que tropeçam em um problema atrás do outro, desde a perda de voo até um pacote de viagem que não se concretiza como o esperado. São imprevistos que podem estragar, em poucas horas, o passeio planejado há bom tempo. As queixas mais comuns nesta época se referem aos serviços prestados pelas companhias aéreas e agências de viagens. A Proteste – Associação Brasileira de Defesa do Consumidor registrou 29 reclamações neste ano envolvendo esses dois setores e uma empresa de ônibus. Em 2013, foram 24 queixas. Especialistas em relações de consumo recomendam cuidados para evitar aborrecimentos e, se for preciso, recorrer aos órgãos de defesa do consumidor.
“São situações constantes para nós, porém, nesta época, quando há muita gente viajando, os riscos de problemas ocorrerem são maiores”, alerta a advogada da Proteste Tatiana Viola de Queiroz. A venda de bilhetes de passagens aéreas além dos assentos disponíveis nos voos, o popular overbooking, entra sempre em evidência na alta temporada. A prática é adotada pelas empresas para preencher as poltronas que ficarão vagas nos casos em que os passageiros perdem o voo ou desistem da viagem na última hora (no jargão do setor, o no show).
No cálculo da emissão de bilhetes excedentes, as companhias se baseiam em variáveis como horário, trecho, entre outros fatores. Se a estatística falha, pode aparecer mais gente para embarcar do que permite a capacidade do avião. Aí começa a dor de cabeça para o passageiro que não consegue embarcar. É por isso que muitas empresas já foram condenadas a indenizar clientes que não tiveram sua reserva atendida. “É uma prática abusiva, já que as companhias vendem mais bilhetes do que o número de assento”, afirma Tatiana.
Para quem foi afetado pela prática, as regras de assistência material são idênticas às de atraso, cancelamento ou outras formas de preterição de embarque. Como o overbooking é ilegal, pois viola diversos artigos do Código de Defesa do Consumidor, as empresas poderão sofrer sanções administrativas e penais. Além disso, o Código Brasileiro de Aeronáutica estabelece multa administrativa de até R$ 36 mil em caso de a companhia aérea deixar de transportar passageiro com reserva confirmada ou, de qualquer forma, descumprir o contrato de transporte. A lei prevê a suspensão ou até mesmo a cassação da permissão de operação da empresa pela prática frequente de overbooking.
Existe uma outra situação, como destaca a advogada da Proteste, relacionada ao no show, quando o passageiro chega a fazer o chek-in, geralmente pela internet, e não comparece. Se isso ocorrer, o cliente terá que pagar uma segunda passagem como forma de multa aplicada pela empresa, já que confirmou um compromisso e não compareceu. “Se ele não embarcou em razão de doenças ou outro tipo de problema, pode apresentar um atestado à empresa e tentar negociar o valor que irá pagar”, afirma. É diferente daquele caso em que o passageiro não embarcou por falta de assentos, cancelamento ou atraso do voo.
Segundo Tatiana, nessas situações, a empresa é obrigada a oferecer assistência material e reacomodação do passageiro ou reembolso do valor da passagem. Em fevereiro, o consultor de marketing Paulo Leite teve um prejuízo de cerca de U$$ 400 (cerca de R$ 1 mil pela cotação de R$ 2,66 de sexta-feira) por ter deixado de embarcar em um voo que atrasou duas horas. “Compramos uma passagem com conexão de São Paulo a Manaus e, depois, Miami. Porém, em São Paulo, o voo atrasou duas horas, e, segundo nos informaram, o atraso ocorreu por falta de documentação da aeronave. Quando chegamos a Manaus, o voo para os Estados Unidos já estava fechado e não conseguimos embarcar”, conta.
A empresa providenciou acomodação e alimentação para o cliente e dois acompanhantes, porém, eles só puderam pegar novo voo 24 horas depois. “O nosso destino final era Orlando, onde ficaríamos apenas uma semana. Com o transtorno, perdemos um dia de passeio no Parque da Disney, além de uma diária de hotel”, lamenta. Paulo pensou em acionar a companhia judicialmente para reaver o dinheiro, mas não o fez. Para os especialistas, em casos assim o melhor é procurar, sim, os órgãos de defesa do consumidor e, em seguida, a Justiça. “ O melhor caminho é procurar o Juízado Especial Cível na volta da viagem e pleitear o ressarcimento dos gastos, além dos danos morais. Afinal, às vezes, a pessoa trabalhou a vida inteira para fazer aquela viagem e, infelizmente, enfrenta o transtorno”, aconselha Tatiana, da Proteste.
Para Bruno Burgarelli, vice-presidente da Comissão de Defesa do Consumidor da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB Federal), qualquer problema relacionado a voos deve ser denunciado. “O consumidor pode fazer uma reclamação por escrito nos formulários das empresas ou ir à Anac, no aeroporto”, recomenda. Sobre aceitar ou não aceitar as obrigações das empresas, como acomodação ou alimentação em caso de cancelamento de voo, para depois entrar na Justiça, ele avisa que o cliente deve, sim, aceitar como forma de minimizar o problema imediatamente. “Mas o dano moral ainda está configurado”, destaca.
Ônibus ´- Os passageiros de ônibus, segundo a advogada, têm de avisar à empresa a perda do horário da partida. “Assim, o cliente pode pedir o crédito do valor da passagem, que é válido por um ano. É entendido como uma obrigação e direito do consumidor, caso o cliente avise do atraso. Do contrário, ele perde esse direito”, avisa Tatiana.
Nas agências de viagens, também vistas como uma caixinha de surpresas nesta época do ano, o consumidor deve brigar pelos seus direitos. É o caso, por exemplo, de chegar em um hotel e se decepcionar. “Se não for aquilo que o empreendimento promete em site, o cliente pode ligar para agência contratada e solicitar a mudança imediata de acomodação ou o reembolso da diferença. Se nada for resolvido, o caminho é acionar os órgãos de defesa do consumidor”, diz Tatiana. A estratégia é a mesma em viagens internacionais, organizadas por agências brasileiras, de acordo com Bruno Burgarelli. “Elas também respondem ao Código de Defesa do Consumidor, já as empresas estrangeiras têm suas próprias regras. O consumidor deve estar atento a isso”, avisa.
Gelo pode ter provocado queda do avião da AirAsia, diz agência meteorológica
Especialistas meteorológicos da Indonésia afirmaram que o gelo pode ser a causa mais provável para a queda do voo 8501 da AirAsia no último domingo, dia 28. "O fenômeno meteorológico mais provável que pode causar danos ao motor é o gelo", disse a agência meteorológica do país em um relatório de 14 páginas que examina as condições do tempo na manhã do acidente. O Airbus A320 caiu com 162 pessoas a bordo no mar de Java. Segundo o documento, a turbulência provavelmente teria causado um impacto muito menor na aeronave.
O relatório foi o primeiro documento divulgado publicamente pelo governo indonésio sobre as possíveis causas da queda do avião. No domingo passado, o tempo na região do acidente era instável, mas dezenas de outros voos fizeram o trajeto sem problemas.
Em alta altitude, tempestades intensas transformam a umidade em cristais de gelos minúsculos que podem ter sido sugados para dentro de um dos motores do avião. Se o gelo derrete, mas, em seguida, congela novamente, o acúmulo do gelo em superfícies metálicas pode quebrar em pedaços as lâminas de uma turbina ou ainda comprometer o sistema de ignição, explica o relatório.
Ainda segundo os especialistas, os resultados não são conclusivos, apenas indicam que o gelo é um dos fatores mais prováveis para causar um acidente aéreo. O relatório "não é uma decisão final sobre a causa do acidente", disse a agência.
Especialistas em aviação dizem que o relatório pouco acrescenta às investigações do acidente. "Você não pode tirar conclusões precipitadas com base apenas nos relatórios de tempo", disse o editor-chefe da Asia Flightglobal, uma publicação da indústria de aviação, Greg Waldron.
Segundo ele, o principal material para investigação deve ser o áudio gravado na caixa preta do avião, que ainda precisa ser encontrada. "Até que se obtenham esse dados, não podemos dizer muito", considerou.
A operação de resgate dos destroços do avião da AirAsia e dos corpos das vítimas permanece em curso. Até agora, somente 30 corpos foram retirados do mar.
Neste sábado, autoridades da Indonésia encontraram quatro partes da aeronave submersas, a cerca de 30 metros de profundidade. A expectativa é de que a caixa preta e os corpos de outras vítimas possam ser encontradas junto aos destroços.
Ampliação da pista no aeroporto Salgado Filho não decola
Projeto de aumentar a pista em um quilômetro existe há pelo menos 15 anos
Sem apoio do governo do Estado, a proposta de um novo aeroporto na região metropolitana de Porto Alegre pode não decolar. Com a ampliação da pista do Salgado Filho em 920 metros quase no esquecimento e o tráfego de passageiros em expansão, a construção de um terminal em Nova Santa Rita ganhou espaço no governo Tarso Genro. Para o projeto avançar, é necessário o suporte estadual, informa a Secretaria de Aviação Civil, agora sob o comando do gaúcho Eliseu Padilha.
A falta de estrutura do atual aeroporto para receber aeronaves de grande porte, principalmente aviões de carga que levam produtos gaúchos a destinos mais distantes, é apontada como uma das razões da perda de competitividade das encomendas produzidas aqui. Como é obrigada a ir de caminhão até São Paulo, enfrentando estradas esburacadas e em péssimas condições, a mercadoria encarece. A saída mais óbvia é ampliar a pista e finalizar a demorada construção do terminal de cargas.
O que poderia ser a solução para o problema também traz complicações. Especialistas têm dúvidas se o Estado teria capacidade de abrigar dois aeroportos de grande porte tão próximos.
Estudo encomendado pelo governo estadual e entidades empresariais à consultoria PricewaterhouseCoopers (PwC) indica que o Salgado Filho teria de fechar para que o novo aeroporto fosse viável economicamente. Uma escolha com alto teor polêmico que passa pelo crivo do novo governador.
– Aeroportos do mundo demoram em média 20 anos para ficarem prontos. Estamos há pelos menos 15 esperando a ampliação de um quilômetro na pista. Se for começar, tem de ser agora. Ao mesmo tempo, não dá para discutir a construção de um novo terminal sem falar em melhorias para o Salgado Filho – afirma o presidente da Câmara Brasileira de Logística e Infraestrutura e integrante da Agenda 2020, Paulo Menzel.
Queixas de passageiros de voo entre Porto Alegre e Miami são constantes
Aeronaves mais antigas que precisam de manutenção têm causado transtornos para que imaginava ter comodidade com a ligação direta
Cadu Caldas
A empolgação dos gaúchos com voo direto de Porto Alegre para os Estados Unidos não durou muito. Ainda no final de 2013, quando começou a operar o trecho que liga a Capital a Miami, as queixas eram da falta de conforto e de entretenimento na longa viagem. Um ano depois, o que aflige os passageiros da American Airlines são os atrasos constantes e a segurança das aeronaves.
Só em dezembro, três situações envolvendo defeitos nos aviões — um com 15 anos e outro com 26 anos e meio de uso — chamaram a atenção. No dia 23 de dezembro, uma das aeronaves foi obrigada, devido a problemas técnicos, a retornar ao Salgado Filho 45 minutos após decolar. O mesmo avião passou por reparos por mais de 12 horas em Miami antes de seguir para o Brasil. Os passageiros foram obrigados a desembarcar e aguardar 15 horas antes de decolar. Para passar o dia esperando, receberam apenas US$ 12, lembra o contador Alexandre Bruscato, que estava no voo com o filho Lucca.
— Muitos desistiram da viagem quando se deram conta de que entravam no mesmo avião que havia apresentado problemas. Nós continuamos e ficamos quatro horas lá dentro aguardando antes de decolar. O piloto foi obrigado a gravar em áudio mensagem garantindo que o avião tinha condições — conta Bruscato, disposto a processar a companhia.
Atrasos são recorrentes
Os aviões são "surrados", mas seguros, garante o professor de Conhecimentos Técnicos de Aeronaves da Pontifícia Universidade Católica, Hildebrando Hoffman. O especialista afirma que a manutenção costuma ser bastante rigorosa e que o tempo de operação do avião não define se é mais ou menos seguro.
— Máquinas mais antigas têm desgaste maior e com isso mais manutenção — explica.
Em nota, a companhia lamentou os transtornos aos clientes e afirmou que receberá 112 aeronaves este ano e 84 em 2016. Não indicou, no entanto, se alguma delas será utilizada no trecho.
O atraso que os clientes enfrentaram às vésperas do Natal não foram exclusividade desta época, tradicionalmente com aeroportos movimentados. Desde o início da operação, passageiros enfrentam atrasos. O auge foi em maio passado, quando 71% dos voos da companhia saíram da Capital com pelo menos meia hora de demora. Órgãos internacionais estipulam que, em épocas de maior fluxo, o percentual não ultrapasse 15%.
Os atrasos têm estimulado clientes a abrir mão da comodidade do voo direto e optar por escala em Guarulhos, viajando por outra companhia, conta Danilo Martins, presidente da Associação Brasileira de Agências de Viagens (Abav-RS) no Estado.
— Quando lançaram a novidade, todo mundo queria, parecia uma grande vantagem. Mas os atrasos deixaram os passageiros inseguros, com medo de perder compromissos — conta Martins.
Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), desde que a American abriu o trecho, são 107 queixas sobre o serviço. Vinte referentes aos transtornos sofridos às vésperas do Natal.
Em razão disso, a agência encaminhou ofício à companhia para comprovar a prestação de assistência aos passageiros, sob pena de multa que pode variar de R$ 4 mil a R$ 10 mil por infração.
Quatro grandes partes de aeronave da AirAsia são encontradas por autoridades
Governo também informou que a companhia aérea não tem licença para voar aos domingos
Equipes de busca por destroços do avião de passageiros da AirAsia que caiu com 162 pessoas a bordo identificaram quatro grandes partes da aeronave no mar, informou o chefe da agência de busca e salvamento da Indonésia neste sábado.
Uma força-tarefa multinacional de navios, aviões e helicópteros está vasculhando o norte do mar de Java e o litoral do sul de Bornéu para recuperar os corpos das vítimas e localizar os destroços do voo QZ-8501 e seus gravadores de caixa-preta.
O anúncio ocorre enquanto autoridades em Jacarta dizem que a AirAsia estava violando os termos de sua licença para a rota de Surabaya a Cingapura ao voar em um domingo, dia em que o Airbus A320-200 mergulhou no mar de Java. As autoridades disseram que investigarão outros horários de voo da companhia aérea de baixo custo.
Um grande objeto foi localizado por um navio de busca durante a noite, disse Soelistyo, e mais três, sendo que o maior de cerca de 18 metros de comprimento, foram localizados no sábado.
Outro oficial, Supriyadi, que está coordenando a operação do porto de Pangkalan Bun em Bornéu, disse mais cedo que pouca visibilidade tinha dificultado os esforços para capturar imagens dos objetos com os veículos operacionais remotos submarinos.
"A visibilidade é de apenas dois metros", disse ele. "Está nublado, tornando-se difícil para as câmeras detectarem".
Mergulhadores, incluindo uma equipe de especialistas russos que acabam de chegar a Pangkalan Bun, poderão investigar os destroços suspeitos no domingo, se o tempo melhorar, disseram as autoridades.
Sem sobreviventes
Nenhum sobrevivente foi encontrado desde o acidente, que aconteceu cerca de 40 minutos depois que o avião decolou da segunda maior cidade da Indonésia, em uma área conhecida por intensas tempestades tropicais durante a estação das monções atual.
Um relatório do departamento meteorológico da Indonésia disse que é provável que o avião tenha voado em direção a uma área de mau tempo difícil de ser evitada, e que era possível que esta tenha causado a formação de gelo em seus motores.
"Com base nos dados disponíveis sobre a última localização da aeronave recebida, o clima foi um fator para causar o acidente", disse o serviço meteorológico.
Controladores de tráfego aéreo perderam o contato com a aeronave após minutos de voo, depois que o piloto pediu para voar mais alto para tentar evitar uma célula de tempestade.
As autoridades indonésias na sexta-feira questionaram se o piloto seguiu os procedimentos corretos do boletim meteorológico, e mais tarde suspenderam voos da AirAsia de Surabaya para Cingapura, justificando que a licença de operação da companhia somente permitia voos nas segundas, terças, quintas-feiras e sábados.
Djoko Murdjatmodjo, diretor-geral do transporte aéreo, disse neste sábado que o Ministério dos Transportes vai investigar outras rotas da companhia aérea, que voa de pelo menos 15 destinos indonésios."Encontramos quatro grandes partes do avião que estamos procurando", disse o chefe da agência de busca e salvamento Fransiskus Bambang Soelistyo a jornalistas em Jacarta.
"Vamos investigar todos os horários dos voos da AirAsia. Espero que possamos começar na próxima segunda-feira. Nós não vamos focar nas licenças, apenas na agenda", disse ele. "É possível que a licença da AirAsia na Indonésia seja revogada", acrescentou, sublinhando que essa era apenas uma possibilidade.
"Vamos investigar todos os horários dos voos da AirAsia. Espero que possamos começar na próxima segunda-feira. Nós não vamos focar nas licenças, apenas na agenda", disse ele. "É possível que a licença da AirAsia na Indonésia seja revogada", acrescentou, sublinhando que essa era apenas uma possibilidade.
Sunu Widyatmoko, chefe da Indonesia AirAsia, disse a jornalistas que a companhia aérea, que é em 49% detida pela AirAsia baseada na Malásia, iria cooperar com o inquérito.
"O governo suspendeu os nossos voos de Surabaya para Cingapura e de volta", disse ele. "Eles estão fazendo o processo de avaliação. A AirAsia vai cooperar plenamente com a avaliação".
Autoridades disseram que 21 corpos foram retirados do mar na sexta-feira, incluindo dois ainda presos nos seus lugares, elevando o número total de vítimas recuperadas para 30.
Pequenos pedaços da aeronave e outros destroços também foram encontrados, mas não houve nenhum sinal de gravações de voo cruciais - as chamadas caixas-pretas que os investigadores esperam possam desvendar a sequência de eventos na cabine de comando durante os minutos finais do voo.
DIÁRIO DO GRANDE ABC
Voo da AirAsia não tinha permissão para ir a Cingapura no dia do acidente
O Ministério dos Transportes da Indonésia anunciou nesta sábado que a AirAsia não tinha permissão para voar entre Surabaya e Cingapura na manhã do último domingo, quando ocorreu o acidente com o voo 8501, e sua linha nesta rota foi suspensa.
Em entrevista ao jornal Wall Street Journal, o porta-voz do ministro dos Transportes, J.A. Barata, disse que a companhia aérea possuía permissão para realizar voos diários nesta linha antes de outubro. Depois deste mês, contudo, havia permissão apenas para voos realizados nas segundas, terças, quintas-feiras e sábados.
"Então a AirAsia cometeu uma violação na rota que foi dada a eles", disse Barata. Por consequência, os voos saindo de Surabaya foram suspensos na sexta-feira. A AirAsia ainda não comentou a decisão.
O diretor da operadora de aeroportos estatal PT Angkasa Pura I, Tommy Soetomo, disse que a companhia recebeu permissão para decolar porque tinha "uma posição para voar aos domingos". Barata, por outro lado, afirma que tal vaga não estava mais disponível e que a AirAsia deveria tê-la retornado ao governo ao ter sua permissão para a rota alterada.
O Airbus A320 da AirAsia caiu no mar de Java em voo que partia de Surabaya para Cingapura no domingo passado, com 162 pessoas a bordo. As operações de resgate continuam e 30 corpos já foram retirados do mar até a noite da sexta-feira.
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Não são todos os dias que temos pão quente, diz Ozires Silva sobre 2014
O ano de 2014 chegou ao fim, mas deixou sua marca em cada um e também em toda a Região Metropolitana do Vale do Paraíba. O Meon ouviu algumas personalidades da região, que traçaram uma retrospectiva tanto pessoal, quanto política e econômica deste ano.
Neste sábado (3), na última entrevista da série, ouvimos o fundador da Embraer e atual e reitor da Unimonte, o engenheiro Ozires Silva, que avalia como foi 2014 em sua vida, para o seu atual setor, a educação e ainda para o setor aeroespacial na RMVale.
Em sua opinião, quais os melhores acontecimentos deste ano em sua vida?
Depois que deixei para trás minhas atividades profissionais, em particular Embraer, após o mais que difícil período no qual lutamos pela privatização da empresa, hoje provada que era essencial, voltei-me para a Educação. Os melhores momentos, os quais pude viver neste ano de 2014, foram os de progressos que conseguimos com nossos professores e alunos, motivados a trabalhar pelo Brasil e construir um país melhor. Procuramos construir lideranças que, tenho certeza, promoverão contribuições para chegarmos ao Brasil que desejamos, embora os atuais tropeços político-institucionais do Governo, aliás, lamentáveis e que, se realmente desejarmos, serão superados!
E os piores momentos, quais foram?
Os piores momentos, sem dúvida, foram os tropeços das autoridades. O governo está falhando em honrar a confiança que lhes foi outorgada pela população. Com essa confiança e um desempenho exemplar o governo poderia ter proporcionado um crescimento maior, um enriquecimento bem mais expressivo aos cidadãos e uma participação maior, na evolução mundial da inovação, da qual hoje estamos praticamente ausentes. Tudo de novo, rico e desejado pelos nossos consumidores é, na atualidade, importado de fora. Enquanto isso, somos orientados a nos conformar que possamos, em contrapartida, oferecer aos consumidores do mundo, matérias-primas ou produtos primariamente processados. No Vale do Paraíba temos uma exceção, com a Embraer, exportando aviões (algo de grande complexidade de concepção e de fabricação) para mais de 40 países e operando, transportando passageiros em todos os cinco continentes. Tenho um frustração pessoal e muito particular. Não me parece que nossa população se dê conta disso e não se coloque sob desafios para preencher outras oportunidades existentes, que poderiam gerar os empregos tão desejados, de pessoal qualificado e bem-remunerado.
Como você define o ano de 2014 para o setor aeronáutico?
Sabemos que as oportunidades de investimentos e de crescimento de cada região depende de talentos. Por razões históricas, iniciadas em 1950 com a criação do ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica) e do CTA (Centro Técnico Aerospacial), em São José, uma cultura e competência no setor da aviação foi desenvolvida. É lógico, portanto, que novas ideias e empreendimentos sejam encorajados pela sociedade e pelos nossos governantes. Assim, deveríamos explorar essa real vocação que existe entre nós e não o aparente distanciamento das iniciativas, como se as oportunidades aqui geradas possam ser aproveitadas em outras regiões. Vemos que cidades, mesmo fora do nosso Estado, estão caminhando mais rapidamente e com mais confiança do que nós, embora seus pontos de partida mais atrasados. Somos um país continente que tem uma aviação bem menor do que a que precisa. Por exemplo, temos mais de 5,5 mil cidades e apenas 120 cidades atingidas pelo transporte aéreo regular e, como sabemos, o avião é um gerador de negócios, entre os mais eficazes, tendo em vista sua mobilidade e velocidade. Novamente, estamos subordinados a um governo de atitudes que favorecem as restrições. Tudo se baseando em legislações ultrapassadas, que precisariam ser corrigidas. O gerenciamento do setor, ao qual o Governo se auto-encarregou, não responde às necessidades nacionais. Assim, a nossa região não pode escapar dessas insuficiências que são muitas. O fato de que o aeroporto de São José não mais seja objeto do interesse das empresas operadores, simplesmente se enquadra no contexto.
Quais foram os fatos mais marcantes em sua área de atuação em 2014 no Brasil?
Na minha área de atuação, educação, posso indicar como entre os aspectos que mais me marcaram, está o progresso que conseguimos com o grande salto do Grupo ÂNIMA de Educação, do qual participo intensamente como Presidente do Conselho de Administração e como Reitor de uma de suas Universidades. O contato com Professores e Alunos entusiasmados com o futuro, é realmente um prêmio entre os prêmios. Do ponto de vista negativo, esta seja possivelmente a mais difícil pergunta que formula. Em 2014, somente constatei, com muita tristeza e pena, em frente a um país fantástico como o Brasil, números comparativos com o mundo decepcionantes, em praticamente todas as áreas, da educação, da cultura, da produção, da economia, das finanças, dos empreendimentos, etc. A lista é grande mas, procurando gozar do respeito dos leitores, deixo a eles elencarem o que mais possam ressaltar.
Como citou, a Embraer exporta hoje para mais de 40 países, mas pagou uma das menores PLRs (Participação de Lucros e Resultados) desde a privatização. Como avalia esta diferença?
O desempenho econômico-financeiro fraco do Brasil justifica que a empresa não conseguiu a lucratividade necessária no ano fiscal de 2014. Como diria o dono da padaria não são todos os dias que temos pão quente.
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Notas do Concurso de Admissão 2015 do ITA são liberadas
O Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) disponibiliza neste sábado, 3 de janeiro, as notas individuais das provas do Exame de Escolaridade do Concurso de Admissão 2015, realizado entre 9 e 12 de dezembro. A consulta segue até 2 de março.
Na última terça-feira, 30 de dezembro, foi publicada a lista de aprovados nesta seleção. Os convocados deverão se apresentar na instituição em 18 de janeiro, às 10h, e passar pelo Exame Médico no dia 20 seguinte.
Questões de múltipla escolha (20) e dissertativas (10) constituíram os testes, que cada dia abordava uma disciplina, sendo respectivamente, Física, Português e Inglês e redação, Matemática e Química. Baixe os exames e gabaritos. Foram recebidas 7.792 inscrições para as 170 vagas oferecidas.
A segunda chamada, se for preciso, será realizada em 20 de janeiro, a partir das 15h. Informações complementares podem ser conferidas no Edital, por meio do telefone (12) 3947- 5813 ou através do e-mail vestita@ita.br
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