NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 17/12/2014
Dilma destaca papel das Forças Armadas na defesa da democracia ...
Em segundo evento com militares após divulgação de relatório de comissão sobre crimes cometidos na ditadura, presidente faz elogios a militares e diz que País está "mais seguro" ...
Brasília - A presidente Dilma Rousseff (PT) afirmou que seu governo deu grande atenção às demandas das Forças Armadas. "Ao concluir meu primeiro mandato, estamos mais seguros no mar, em terra e no ar", disse nesta terça-feira, 16, ao participar da cerimônia de apresentação de novos oficiais-generais. Dilma afirmou que sua gestão modernizou meios de operação da Marinha, Exército e Aeronáutica, além de ter valorizado a carreira militar ...
Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.
Aeroporto de Fortaleza terá quase 11 mil voos entre dezembro e janeiro
O Aeroporto Internacional Pinto Martins, em Fortaleza, vai receber 1.056 voos extras entre os meses de dezembro e janeiro. Segundo informações da Empresa de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), somando os voos regulares, o principal aeroporto da capital cearense terá um total de 10.807 voos no período.
De acordo com a Infraero, somente para o mês de dezembro, estão previstos 5.250 voos. São previstas 2.613 chegadas, sendo 2.424 regulares e 189 extras. Além de 2.637 partidas, das quais 2.456 regulares e 181 extras. Já no mês de janeiro, estão previstos 5.557 voos. Deste total, 2.767 chegadas, sendo 2.424 chegadas e 343 extras. As partidas somam 2.790, com 2.456 regulares e 334 extras.
Movimentação em alta
A Infraero informou ainda que a movimentação de embarques e desembarques no aeroporto de janeiro a novembro deste ano teve um crescimento de 8,7% em comparação ao mesmo período de 2014. O órgão prevê que o comparativo total entre 2014 e 2013 deverá registrar o mesmo incremento. Durante este ano, já passaram pelo aeroporto 5.883.329 pessoas.
A Infraero informou ainda que a movimentação de embarques e desembarques no aeroporto de janeiro a novembro deste ano teve um crescimento de 8,7% em comparação ao mesmo período de 2014. O órgão prevê que o comparativo total entre 2014 e 2013 deverá registrar o mesmo incremento. Durante este ano, já passaram pelo aeroporto 5.883.329 pessoas.
Dilma participa de cerimônia de promoção de militares no Planalto
Foi o 1º encontro no Planalto após relatório final da Comissão da Verdade. Em discurso de cinco minutos, presidente afirmou que Brasil está mais seguro.
A presidente da República, Dilma Rousseff, participou nesta terça-feira (16) de cerimônia de promoção de militares do Exército, da Marinha e da Aeronáutica no Palácio do Planalto, em Brasília. No evento, Dilma promoveu os militares a cargos como almirante, da Marinha; general, do Exército; e tenente-brigadeiro, da Aeronáutica. O evento ocorreu no Salão Nobre do Palácio do Planalto, o mesmo em que Dilma recebe chefes de Estado que visitam o Brasil.
Este foi o segundo encontro da presidente com militares desde que o relatório final da Comissão da Verdade foi divulgado, na última quarta-feira (10), o primeiro em Brasília. Na última sexta (12), Dilma esteve em Itaguaí (RJ), onde inaugurou o prédio principal do estaleiro que será utilizado para a construção de cinco submarinos nucleares brasileiros. O relatório, porém, não foi mencionado no evento.
O documento, que apontou 377 responsáveis por crimes durante a ditadura militar e recomendou que as Forças Armadas reconheçam que houve tortura em instalações militares no regime, foi alvo de críticas de instituições militares. O Clube Militar, que reúne oficiais da reserva, por exemplo, chamou de "absurdo" o relatório final e o classificou de "uma coleção de meias verdades, calúnias e mentiras inteiras, embaladas com pedaços de verdade".
No discurso, de cinco minutos, Dilma afirmou que o governo tem dado “grande atenção” às necessidades das Forças Armadas e que isso se reflete na modernização da Marinha, Exército e Aeronáutica. Além disso, a presidente destacou que, com uma estratégia de defesa nacional, o Brasil estará “no rumo certo” para garantir a soberania do país.
“São estas as razões que me permitem afirmar que, ao concluir meu primeiro mandato, estamos mais seguros no mar, em terra e no ar. Ao assumir suas funções como almirantes, generais e brigadeiros, os senhores terão papel de destaque na construção de um país mais seguro, mais forte, mais justo e mais democrático”, afirmou a presidente.
Durante a cerimônia, a banda do Batalhão da Guarda Presidencial executou músicas e as famílias dos militares puderam acompanhar a promoção. Ao lado da presidente, estavam o ministro da Defesa, Celso Amorim, o brigadeiro Juniti Saito (comandante da Aeronáutica), o general Enzo Peri (comandante do Exército) e o almirante Júlio Moura Neto (comandante da Marinha).
Depois da cerimônia, a presidente seguiu para um clube de Brasília, onde participa de almoço nesta tarde com os militares promovidos.
Celso Amorim agradece a Dilma pelo período como ministro da Defesa
Ele é um dos que não deve permanecer no segundo mandato da presidente. Comandar ministério "foi uma honra" e um "ponto a mais na biografia", disse.
O ministro da Defesa, Celso Amorim, agradeceu nesta terça-feira à presidente pelo período em que esteve no comando da pasta e disse que procurou contribuir de maneira “discreta” para a tarefa “complexa” de fazer com que as Forças Armadas atuem coordenadamente.
Em almoço com com militares das Forças Armadas em um clube de Brasília, Celso Amorim discursou, na presença da presidente Dilma Rousseff, para uma plateia formada por almirantes, generais e tenentes-brigadeiros.
Segundo informou o Blog do Camarotti, Amorim, que comandou o Ministério das Relações Exteriores durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, é um dos ministros que deixará o governo no próximo mandato de Dilma.
No discurso, ele disse não saber se o Brasil é uma “aeronave” ou um “blindado”, mas afirmou que o ministério adotou medidas para “operá-lo” em conjunto e considerou ser “um ponto a mais” em sua biografia poder incluir a chefia da Defesa.
“Foi uma honra muito grande [estar no ministério]. Tive momentos, eu diria, não sofridos, mas, sim, árduos. Sinto que isso apenas nos engrandece. Neste fim de ano, fim do seu primeiro mandato, agradeço a vossa excelência a oportunidade e, por sua liderança firme, equilibrada e que nos permitiu atravessar mais uma etapa da democratização”, disse Amorim, que não disse explicitamente se deixará o cargo ou não.
Dilma
Dilma também discursou e disse que não se pode confundir um país pacífico com uma nação "indefesa". Mais cedo, ela havia participado no Palácio do Planalto de cerimônia de promoção de militares do Exército, da Marina e da Aeronáutica.
Dilma também discursou e disse que não se pode confundir um país pacífico com uma nação "indefesa". Mais cedo, ela havia participado no Palácio do Planalto de cerimônia de promoção de militares do Exército, da Marina e da Aeronáutica.
Ela destacou ações do governo federal nos últimos para "garantir a soberania nacional’ e citou alguns dos eventos mundiais que o Brasil recebeu recentemente e que contaram com a participação das Forças Armadas, como Copa do Mundo, Jornada Mundial da Juventude e a Rio+20.
“Um país pacífico não pode – nem deve – ser confundido com um país indefeso. A dimensão das riquezas do nosso país exige que tenhamos capacidade para protegê-las de qualquer tipo de ameaça e, por isso, meu governo tem dado grande atenção às Forças Armadas”, disse a presidente.
No almoço com os militares, Dilma citou a criação em 2012 do Centro de Defesa Cibernética e o desenvolvimento do programa de construção de submarinos nucleares – na semana passada, ela esteve em Itaguaí (RJ), onde participou da inauguração do prédio principal do estaleiro que será utilizado para a construção de cinco submarinos nucleares brasileiros.
A presidente classificou a América do Sul como “entorno estratégico” para o Brasil e defendeu a necessidade de acordos de cooperação com países vizinhos, da África e da Ásia no desenvolvimento de tecnologias voltadas para a defesa.
“Todas essas iniciativas expressam o compromisso do Estado brasileiro com a defesa de sua soberania e com o desenvolvimento nacional de uma indústria de defesa baseada em tecnologia gerada nas nossas Forças Armadas”, disse.
Legacy 500, da Embraer, recebe certificação da EASA
São Paulo - A Embraer informou na tarde desta terça-feira, 16, que seu jato executivo Legacy 500 recebeu a certificação da EASA (European Aviation Safety Agency) durante uma cerimônia realizada na sede da entidade, em Colônia, na Alemanha.
A autorização permite o inicio das operações da aeronave nos países membros da União Europeia e em países associados.
"A certificação da EASA é um resultado muito importante para o Legacy 500, que está introduzindo tecnologias avançadas e padrão superior de conforto na categoria midsize", disse o presidente da Embraer Aviação Executiva, Marco Túlio Pellegrini.
Anteriormente, a aeronave já havia recebido a certificação da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), em agosto, e da autoridade de aviação dos Estados Unidos, a FAA (Federal Aviation Administration), em outubro.
O primeiro Legacy 500 foi entregue para um cliente brasileiro no dia 10 de outubro.
CRE reserva dinheiro para sistema de defesa e rede de postos no exterior
Projetos definidos como prioritários para os Ministérios da Defesa e das Relações Exteriores vão receber R$ 819 milhões, conforme emendas ao Orçamento da União para o próximo ano aprovadas nesta terça-feira (16) pela Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE). A maior parte dos recursos — R$ 669 milhões — está destinada ao Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron).
O relator das emendas, Ricardo Ferraço (PMDB-ES), explicou que o Sisfron, que começou a ser implantado em 2012, vai permitir uma vigilância eficiente das fronteiras terrestres. Assim, acrescentou o senador, será possível um combate mais efetivo a crimes como tráfico de drogas, armas e pessoas. O Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras é de responsabilidade do Comando do Exército.
Também para o Ministério da Defesa, a CRE separou R$ 100 milhões dos recursos orçamentários para a produção de 50 helicópteros de médio porte. O projeto prevê a entrega de 16 aeronaves para a Força Aérea, 16 para a Marinha, 16 para o Exército e 2 para a Presidência da República.
Postos no exterior
O restante do dinheiro, ou R$ 50 milhões, será usado no financiamento do Plano Diretor de Tecnologia da Informação, que vai conectar o Ministério das Relações Exteriores a 227 postos em 150 países, por meio de um canal exclusivo de sistema de comunicação. Ricardo Ferraço lembrou que o ministério foi alvo de ataque de hackers neste ano, com acesso a documentos confidenciais.
— A implementação de uma política de segurança e defesa cibernética exige mudanças profundas na tecnologia e nos processos utilizados. As medidas para fazer frente a esse desafio são imprescindíveis e essenciais tendo em vista as crescentes ameaças de ataques desse tipo — disse Ferraço.
Inquérito vai apurar corrupção em contrato com Dallas Airmotive
Tânia Monteiro
O Comandante da Aeronáutica, Brigadeiro Juniti Saito, reiterou nesta terça-feira que já foi instaurado um inquérito policial militar (IPM) para apurar o envolvimento dos acusados de receber propina de uma empresa norte-americana de manutenção de motores de aeronaves, a Dallas Airmotive. "Ainda não tenho todas as informações", disse o brigadeiro.
Na semana passada, a Força Aérea já havia informado que "suspendeu imediatamente a execução dos contratos que mantinha com a empresa Dallas Airmotive até o total esclarecimento das denúncias do Departamento de Justiça dos Estados Unidos".
Segundo o Departamento de Justiça norte-americano, a Dallas Airmotive admitiu que, entre 2008 e 2012, subornou funcionários da Força Aérea Brasileira (FAB) e do gabinete do governo do Estado de Roraima para conseguir fechar contratos no Brasil, Peru e Argentina. A nota divulgada pela Aeronáutica, na semana passada, dizia ainda que, "se as acusações forem comprovadas, a FAB vai rescindir os contratos, com base no artigo 79, inciso XII da Lei 8666/93, buscando inclusive o ressarcimento cabível".
Dilma destaca papel das Forças Armadas na defesa da democracia
Em segundo evento com militares após divulgação de relatório de comissão sobre crimes cometidos na ditadura, presidente faz elogios a militares e diz que País está "mais seguro"
Brasília - A presidente Dilma Rousseff (PT) afirmou que seu governo deu grande atenção às demandas das Forças Armadas. "Ao concluir meu primeiro mandato, estamos mais seguros no mar, em terra e no ar", disse nesta terça-feira, 16, ao participar da cerimônia de apresentação de novos oficiais-generais. Dilma afirmou que sua gestão modernizou meios de operação da Marinha, Exército e Aeronáutica, além de ter valorizado a carreira militar.
No discurso de cinco minutos, ressaltou duas vezes a importância da atuação das Forças Armadas em defender a democracia. Falando aos novos diplomados, lembrou-lhes do papel de defender a soberania, os poderes constitucionais e "a democracia de nosso País". No final do discurso, Dilma disse que os oficiais-generais têm posição de destaque na construção de um "Brasil mais forte, mais seguro e mais democrático". Dilma cumprimentou aos oficiais e seus familiares pela conquista e pelo profissionalismo.
Esta é a segunda cerimônia da presidente com militares após ela ter recebido o relatório final da Comissão Nacional da Verdade, na semana passada, que apurou crimes e violações de direitos humanos ocorridos de 1946 a 1988, com foco na ditadura militar (1964-1985).
O documento foi fortemente criticado por associações ligadas às Forças Armadas, que alegam que a comissão apenas apurou violações contra os militantes políticos. O primeiro evento oficial com os militares após o relatório da CNV ocorreu na última sexta, 12, quando os chefes das Forças Armadas participaram da inauguração do prédio principal do estaleiro para a construção de submarinos em Itaguaí (RJ).
Graça Foster. Dilma evitou hoje falar sobre a presidente da Petrobrás, Graça Foster, e a possibilidade da executiva sair do cargo. Ao final da cerimônia de cumprimentos aos oficiais-generais das três Forças, Exército, Aeronáutica e Marinha, Dilma foi questionada sobre o assunto pelos jornalistas e disse que não iria falar com a imprensa nesta terça. / Colaborou Tânia Monteiro
Dilma e os generais
Grasielle Castro
Seis dias após receber o relatório final da Comissão Nacional da Verdade (CNV), alvo de críticas dos militares, a presidente Dilma Rousseff participou de um almoço de confraternização com os Oficiais-Generais das Forças Armadas e evitou fazer comentários sobre o documento. Em seu discurso, a presidente ressaltou a importância do setor para a consolidação da democracia.
"No Brasil de hoje, defesa e democracia andam juntas. (...) O interesse da sociedade pelos assuntos da defesa tem crescido continuamente. No Brasil que estamos construindo, defesa, desenvolvimento e democracia se reforçam mutuamente", disse.
Aos militares, ela elencou os avanços na área, como a compra dos caças suecos e a inauguração de um estaleiro para fabricação de um submarino nuclear. Antes do almoço, a presidente condecorou 117 militares que foram promovidos. Ontem, a CNV se extinguiu oficialmente. O acervo levantado pela comissão será transferido para o Arquivo Nacional.
Dilma destaca força da indústria da defesa em encontro com generais
Em almoço anual com oficiais-generais nesta terça-feira no Clube da Aeronáutica, a presidente Dilma Rousseff exaltou o papel das três Forças Armadas no “fortalecimento desse ciclo virtuoso de defesa, desenvolvimento e democracia” no Brasil. A manifestação ocorre uma semana após a apresentação do relatório da Comissão Nacional da Verdade, que estremeceu as relações do governo com a caserna.
Foi nesse contexto político que Dilma optou por um pronunciamento sóbrio e protocolar, em que destacou os investimentos de seu governo no desenvolvimento e fortalecimento da indústria de defesa nacional. Ela afirmou que seu governo instituiu um “marco regulatório consistente” e um “ambiente de previsibilidade e continuidade” dos investimentos em defesa. “Um país pacífico não deve ser confundido com indefeso”, afirmou.
O discurso do ministro da Defesa, Celso Amorim - que já manifestou o desejo de deixar o cargo - foi interpretado como um início de despedida. Ele agradeceu a confiança da presidente em nomeá-lo para a função. "Essa confiança põe um ponto a mais na biografia que eu já considerava encerrada", afirmou. "Procurei na medida das minhas forças contribuir de maneira discreta, mas tanto quanto possível, estabilizadora para essa tarefa complexa: fazer com que as Forças Armadas atuem ordenadamente e se insiram nesse processo democrático que o Brasil está vivendo", afirmou.
A presidente sustentou que seu governo transformou o perfil das Forças Armadas, em especial no desenvolvimento da indústria de defesa. Ela citou a plataforma para construção de submarinos nucleares, em parceria com a França, cuja primeira etapa foi inaugurada na semana passada em Itaguaí, no Rio de Janeiro, como exemplo mais recente de investimentos no setor.
Apontou, também, a entrega de 100 novas unidades dos blindados Guaranis ao Exército Brasileiro, além da criação de um centro de defesa cibernética para atuar no monitoramento das fronteiras. “A intrusão eletrônica na soberania não será aceita”, afirmou.
Na esfera da Aeronáutica, Dilma citou o contrato para construção de um novo cargueiro abastecedor, o KC-390, a maior aeronave brasileira e que poderá ser exportada. Ela lembrou, ainda, que há um ano ela anunciou em confraternização com as três Forçar a conclusão da licitação dos novos caças da Força Aérea, optando pelo modelo Gripen, fabricado na Suécia. Ela disse que hoje o contrato foi assinado, haverá transferência de tecnologia e pilotos brasileiros já fazem treinamento na Suécia.
“É o compromisso do Estado brasileiro com a defesa de sua soberania e desenvolvimento nacional de uma indústria da defesa e tecnologia gerada dentro das nossas Forças”, exaltou. “A defesa do país é inseparável do seu desenvolvimento”, completou.
Embraer rejeita visita de vice-premiê e gera mal-estar entre Rússia e Brasil
A negativa da Embraer de agendar uma visita de uma autoridade russa a suas instalações está gerando um mal-estar entre os governos da Rússia e do Brasil. O russo está sob sanção dos EUA, e recebê-lo poderia indispor a empresa brasileiro com o governo americano.
O vice-premiê Dmitry Rogozin, encarregado do setor de defesa e aeroespacial na Rússia, chega ao Brasil hoje. Em Brasília, ele encontrará o vice-presidente, Michel Temer, e o ministro da Defesa, Celso Amorim. E irá hoje mesmo a São José dos Campos, para se reunir com empresas do setor de defesa.
Rogozin havia pedido para visitar a Embraer. Não está claro se ele tinha algum interesse específico.
A Embraer, porém, respondeu que não poderia agendar a visita, pois seu presidente já tinha compromissos assumidos previamente. E não propôs que o russo fosse recebido por outra pessoa.
A negativa incomodou muito o governo da Rússia, que é parceira do Brasil no grupo dos Brics. Segundo o Valor apurou, o Ministério das Relações Exteriores russo chamou o embaixador brasileiro em Moscou para expressar insatisfação com o tratamento dado a Rogozin pela Embraer e pedir que o governo intercedesse pela visita.
Questionado, o Itamaraty disse que não houve uma queixa formal da Rússia em relação ao assunto. E informou que o governo brasileiro encaminhou à Embraer a solicitação do encontro.
Consultada ontem pelo Valor, a Embraer disse que não iria se pronunciar sobre essa questão.
A recusa da empresa brasileira pode estar ligada ao fato de Rogozin estar na lista de autoridades russas sob sanções do Ocidente, impostas após a intervenção da Rússia na Ucrânia.
As sanções atingem empresas estratégicas e autoridades russas consideradas próximas do presidente Vladimir Putin. Rogozin estava na primeira lista de sanções, anunciadas em março pelo presidente Barack Obama e que vetam a entrada dele nos EUA e congelam eventuais ativos que ele tenha no país. Essas sanções foram mais tarde adotadas pela União Europeia e por outros países ocidentais.
Uma visita de Rogozin à Embraer poderia ser mal vista pelo governo americano. Os EUA são o maior mercado da fabricante brasileira, com o qual ela vem desenvolvendo importantes laços na sensível área de defesa.
A Embraer era a primeira empresa a ser visitada pela comitiva do vice-premiê russo. Segundo o Valor apurou, a fabricante brasileira foi uma das empresas selecionadas para o processo de nacionalização dos sistemas de baterias antiaéreas Pantsir e Igla, que a Rússia fornecerá para o Brasil. O contrato é estimado em R$ 2,5 bilhões. A participação da Embraer se dará por meio da sua coligada Bradar, fabricante de radares.
O diretor da Odebrecht Defesa e Tecnologia, André Luiz Paraná, disse que a comitiva russa visitará a Mectron, do grupo ODT, na manhã de hoje. A Mectron, segundo o executivo, também participará do projeto das baterias antiaéreas.
As sanções já criaram constrangimento para Rogozin. Em maio, ele esteve na região separatista de Trans-Dniester, que fica na Moldávia, mas que de fato responde para Moscou. Segundo tweets postados por Rogozin, a Romênia (membro da UE e da Otan) negou passagem ao avião que o levava a Moscou. Ele então twitou uma ameaça velada. "A pedido dos EUA, a Romênia fechou o seu espaço aéreo para o meu avião", escreveu. "A Ucrânia não permite que eu passe novamente. Da próxima vez vou voar a bordo de um TU-160." O TU-160 é um bombardeio estratégico que pode levar armas nucleares. O governo da Romênia protestou.
Vaivém
AEL Sistemas
Sergio Gonçalves Horta é o novo presidente da AEL Sistemas, do segmento de defesa, segurança e aeroespacial, uma das subsidiárias da Elbit Systems e da Embraer.
Em cerimônia com generais, Dilma destaca investimentos nas Forças Armadas
A presidenta Dilma Rousseff participou hoje (16) da cerimônia de apresentação de 117 oficiais-generais promovidos em 2014 nas três Forças: Exército, Marinha e Aeronáutica.
Em um discurso de dois minutos, a presidenta cumprimentou os novos oficiais-generais e disse que seu governo tem investido na modernização dos meios operativos das Forças Armadas e na valorização da carreira militar.
“Com a política e a estratégia nacionais de defesa, o Brasil tem rumo certo na proteção de sua soberania, tema que interessa a todos os setores da sociedade brasileira e orienta a ênfase que temos dado à política de defesa. São essas as razões que me permitem afirmar que, ao concluir meu primeiro mandato, estamos mais seguros no ar, em terra e no mar”, avaliou.
Dilma disse que os novos oficiais-generais terão “papel de destaque na construção de um Brasil mais seguro, forte, justo e democrático”.
Durante o breve discurso, Dilma não fez referências ao relatório da Comissão Nacional da Verdade, recebido na quarta-feira (10). O documento, resultado de dois anos e sete meses de trabalho do grupo, lista 377 agentes do Estado apontados como responsáveis por graves violações de direitos humanos durante a ditadura militar, entre eles, os cinco generais que presidiram a República no período (1964-1985).
Depois da cerimônia, a presidenta participará de um almoço de confraternização com os oficiais-generais no Clube da Aeronáutica, em Brasília.
Dilma recebeu os novos oficiais-generais ao lado dos ministros da Defesa, Celso Amorim; do Gabinete de Segurança Institucional, José Elito Siqueira, e dos comandantes da Marinha, Júlio Soares de Moura Neto; do Exército, Enzo Peri; da Aeronáutica, Juniti Saito e do chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, José Carlos de Nardi.
PORTAL PORTOS E NAVIOS
Navio hidroceanográfico fluvial Rio Branco é incorporado à Marinha do Brasil
A Marinha do Brasil incorpora à Armada nesta quarta-feira (17) o navio hidroceanográfico fluvial (NHoFlu) “Rio Branco”. A cerimônia de batismo, Mostra de Armamento e Transferência para o Setor Operativo acontece no Cais da Indústria Naval do Ceará (Inace), em Fortaleza (CE). A cerimônia é presidida pelo chefe do Estado-Maior da Armada, almirante-de-Esquadra Wilson Barbosa Guerra.
Com cerca de 70% de conteúdo nacional, o NHoFlu “Rio Branco” teve seu projeto de concepção realizado pelo Centro de Projetos de Navios, tendo sido posteriormente detalhado pelo estaleiro Inace, contratado após ter sido selecionado em processo licitatório. Tal comprometimento com a construção do NHoFlu pelo estaleiro demandou um incremento em sua capacidade tecnológica na construção de navios militares e de pesquisa, gerando empregos e contribuindo para o fortalecimento da indústria naval.
Destacam-se os aprimoramentos introduzidos nas linhas de casco, que possibilitaram a redução do custo de posse do navio, moderno Sistema de Controle e Monitoramento (SCM) e a incorporação tecnológica do sistema de sanitários a vácuo e de uma Unidade de Tratamento de Águas Servidas (UTAS), que incorporam importantes conceitos de sustentabilidade.
O navio possui as seguintes características: comprimento total - 47,34 metros, comprimento entre perpendiculares - 44,40 metros, boca máxima - 8,45 metros, pontal - 3,55 metros, deslocamento leve 352,9 toneladas, deslocamento carregado 610,6 toneladas, calado leve - 1,25 metro, calado carregado - 1,97 metro, tripulação: 6 oficiais, 8 SO/SG e 22 CB/MN, principais compartimentos (relacionados com a atividade fim): laboratório seco; laboratório úmido; paiol de amostras; e paiol de hidrografia.
O NHoFlu “Rio Branco” recebe o nome em homenagem ao rio homônimo, que nasce no estado de Roraima, e tem sua foz no rio Negro, e ao Barão do Rio Branco, considerado o patrono da diplomacia brasileira.
O navio será empregado na coleta de dados hidroceanográficos e em atividades inerentes à segurança da navegação. Adicionalmente, poderá ser empregado na formação e adestramento de pessoal, nas ações de presença em função de necessidades da política externa brasileira, na coleta de dados ambientais em apoio ao planejamento e à execução de operações ribeirinhas e em missões de esclarecimento. Também poderá realizar, de maneira limitada, socorro e obtenção de informações operacionais, em apoio aos órgãos governamentais, na defesa civil, nas ações cívico-sociais e na preservação do meio ambiente, bem como prover apoio logístico restrito aos avisos hidroceanográficos fluviais (AvHoFlu), durante a realização de campanhas hidroceanográficas.
A obtenção do navio está inserida no Projeto de Cartografia da Amazônia, realizado em parceria com o Exército Brasileiro, a Força Aérea Brasileira e o Serviço Geológico do Brasil, sob coordenação do Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (CENSIPAM), órgão subordinado ao Ministério da Defesa e responsável pelo repasse dos recursos financeiros.
Coube à Marinha do Brasil (MB), por meio da Diretoria de Hidrografia e Navegação (DHN), coordenar o Subprojeto de Cartografia Náutica, de modo a apresentar, como produto final dos trabalhos, cartas náuticas da Bacia Amazônica atualizadas na escala de 1:100.000.
A MB apresentou a necessidade de novos meios navais para execução dos levantamentos hidrográficos, sendo contemplada com recursos para a obtenção por construção de quatro avisos hidroceanográficos fluviais (AvHoFlu) e um navio hidroceanográfico fluvial (NHoFlu).
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