Empresas de ground handling apostam no amadurecimento da gestão aeroportuária do país e no reposicionamento da cadeia de atenção com foco nos diversos clientes
Novos gestores de aeroportos já revelam um olhar diferenciado para o segmento, na visão da maior entidade do setor ...
Com o amadurecimento da gestão dos aeroportos brasileiros, a cadeia de
atenção que sempre se fixou em apenas dois pontos, passageiros e
autoridades públicas, deve ser ampliada e incluir, entre outros, as
empresas de ground handling. A opinião é do presidente da Abesata
(Associação Brasileira das Empresas de Serviços Auxiliares de Transporte
Aéreo) Ricardo Aparecido Miguel que começa a perceber nos novos
gestores de aeroportos um olhar diferenciado para o segmento de ground
handling service. “Os gestores já percebem, por exemplo, que também as
Esatas, como são chamadas as Empresas de Serviços Auxiliares de
Transporte Aéreo, fazem parte da necessidade global do aeroporto.”
Na visão do executivo, há toda uma cultura sendo mudada e se fala hoje
não apenas em colocar o foco no cliente, que seria simplista até, mas em
rever quem são os clientes dentro do sistema aeroportuário. “Não se
pode deixar de considerar que a evolução precisa ser permanente, de
todos os envolvidos – companhias aéreas, prestadores de serviços
auxiliares, autoridades, agente regulador, entre outros. O foco no
cliente parece algo óbvio, mas se torna complexo quando pensamos que o
aeroporto é multidisciplinar”, afirma o presidente da Abesata, no
sentido de que todos os elos do sistema de aviação se preocupam no
atendimento ao passageiro, mas a gestão de um aeroporto tem que
conciliar esforços para que eles alcancem seus objetivos.
A Abesata está hoje buscando mobilizar os administradores dos
aeroportos, quer seja público ou privado, mas com olhares no futuro: “O
Programa de Investimentos em Logística de Aeroportos do governo federal
tem que decolar. Se do montante de 270 planejado em 2012 estivermos
focados em 27, a aviação regional já terá um bom início. E gostaríamos
que a infraestrutura lembrasse das necessidades das operações das Esatas
e das empresas aéreas desde o planejamento do projeto", complementa
Miguel.
As chamadas Esatas estão presentes em 70% das operações da aviação
comercial, seja na realização de serviços operacionais (abastecimento de
água, catering, carregamento de bagagem, transporte de passageiros e
tripulantes, etc), serviços de proteção, serviços de emergência e
serviços comerciais. Os dados fazem parte do levantamento do 1.°
Anuário Brasileiro de Serviços Auxiliares de Transportes Aéreos, lançado
este ano.
Ao todo existem hoje 211 empresas de ground handling no Brasil, sendo
que a maior parte está em São Paulo, 70 companhias, seguido de Minas
Gerais, com 45, Rio de Janeiro, 36, e Rio Grande do Sul, com 31 empresas
do setor. A maioria se concentra na prestação de serviços operacionais
para as companhias aéreas, 147 empresas, mas muitas estão envolvidas com
outros serviços, tais como atendimento de aeronaves (60), limpeza de
aeronaves (50), movimentação de carga (50), atendimento e controle de
embarque de passageiros (38), entre outros.
Mais informações em www.abesata.org
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