NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 19/11/2014
Reformado, avião de 66 anos voa pelos céus de Pirassununga, SP ...
PT-19 foi fabricado em 1948 e utilizado pela FAB até o início dos anos 60. Piloto investiu R$ 12 mil para que aeronave pudesse voltar a decolar ...
Um avião utilizado para treinamento pela Força Área Brasileira (FAB) continua voando pelos céus de Pirassununga (SP) mais de 60 anos após sua fabricação. O modelo, um Fairchild PT-19, foi fabricado no Brasil em 1948 e utilizado pela FAB até 1961. Depois de ser usado pelos militares, o avião voou até 2004 e passou anos parado. Mas a história do sexagenário ainda não havia chegado ao fim ...
Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.
Reformado, avião de 66 anos voa pelos céus de Pirassununga, SP
PT-19 foi fabricado em 1948 e utilizado pela FAB até o início dos anos 60. Piloto investiu R$ 12 mil para que aeronave pudesse voltar a decolar.
Do G1 São Carlos E Araraquara
Um avião utilizado para treinamento pela Força Área Brasileira (FAB) continua voando pelos céus de Pirassununga (SP) mais de 60 anos após sua fabricação. O modelo, um Fairchild PT-19, foi fabricado no Brasil em 1948 e utilizado pela FAB até 1961. Depois de ser usado pelos militares, o avião voou até 2004 e passou anos parado. Mas a história do sexagenário ainda não havia chegado ao fim.
Ele passou por um processo de restauração de dois anos - no qual a fuselagem foi reconfigurada, recebendo uma proteção especial para diminuir a penetração do ar e da água - e voltou a decolar.
Segundo o piloto Thiago Sabino, foram gastos R$ 12 mil com a restauração, e coube a Carlos Cesar Lindman "dar a partida" após o processo.
Voluntário do aeroclube da cidade, ele nunca pilotou uma aeronave, mas conhece bem a máquina, que possui autonomia para quatro horas de voo, asas de madeira e precisa que seja dada corda em uma manivela para decolar. “O avião normal é acionado por um botão na cabine. Nesse é pelo lado de fora, como fosse dar corda em um relógio”, contou. E de tempo o avião entende.
O PT-19 integrava um grupo de 232 aviões fabricados no país para servir à FAB, de acordo com Sabino. “Dessas aeronaves só restou essa em condições de voo. Ela foi usada na Força Aérea Brasileira, em alguns aeroclubes e está conosco até hoje”, contou o piloto, que tem o seu modelo como um xodó.
“Costumo dizer que é um filho único de mãe solteira. É uma joia única que a gente tem de cuidar, vale o carinho que a gente dá para ela, toda a nossa atenção. Ela vai voar por muito tempo”, completou.
Avião é esvaziado no Recife após comissária encontrar rojão
Voo seguiria para Brasília, com escala em Salvador. Aeronave decolou com quase três horas de atraso.
Do G1 Pe
Um avião da TAM que fazia o voo JJ 3304 com destino a Brasília e escala em Salvador foi esvaziado quando se preparava para decolar do Aeroporto Internacional do Recife, na manhã desta terça-feira (18). De acordo com a Polícia Federal, tudo aconteceu após uma comissária de bordo achar um rojão no chão da aeronave, próximo a uma das portas.
"É um fogo de artifício que cabe na palma da mão, era pequeno, um buscapé. Entretanto, por precaução, todos os passageiros foram retirados da aeronave e tiveram que passar pelo raio-X e inspeção novamente", informou o chefe de comunicação da PF em Pernambuco, Giovani Santoro.
O voo estava programado para decolar às 6h10 (horário do Recife), mas sofreu um atraso de quase três horas para que uma nova varredura também fosse feita no avião. A aeronave só decolou às 9h, aterrissando cerca de uma hora depois em Salvador.
Em nota, a TAM afirmou que obedece "os mais elevados padrões de segurança, atendendo rigorosamente aos regulamentos de autoridades nacionais e internacionais". A aeronave chegou ao destino final, na capital federal, às 13h39.
Confira abaixo a nota da TAM na íntegra:
"A TAM Linhas Aéreas informa que o voo JJ3304 (Recife – Salvador), programado para decolar às 7h10 (horário de Brasília) de hoje (18), operou com atraso em razão da presença de um artefato de pequeno porte a bordo. Após realizar os procedimentos de segurança, que incluíram varredura na aeronave e inspeção dos passageiros pela Polícia Federal, o voo partiu às 10h (horário de Brasília) e seguiu normalmente para o seu destino.
A companhia prestou a assistência necessária aos passageiros que perderam conexões, reacomodando-os nas opções de voos disponíveis.
A TAM esclarece, ainda, que segue os mais elevados padrões de segurança, atendendo rigorosamente aos regulamentos de autoridades nacionais e internacionais.
Atenciosamente,
TAM Linhas Aéreas"
TAM Linhas Aéreas"
Aeroporto pode operar um voo por minuto
Terminal ocupa 2º lugar em movimentação nacional e 3º em internacional
Francine Monteiro
Agora o Aeroporto Internacional de Brasília é o maior terminal do Brasil em relação à capacidade de operação, podendo fazer até um voo a cada um minuto, nos horários de maior movimento. Anteriormente a capacidade de operação do sistema de pista era de 44 aeronaves por hora, agora são 52 aviões, no mesmo intervalo de tempo.
O Centro de Gerenciamento de Navegação Aérea (CGNA) foi quem realizou os estudos necessários e autorizou a ampliação da capacidade do sistema de pista. Segundo a Inframerica, concessionária responsável pelo aeroporto, o fato de ter mais oito novos voos por hora, significa um crescimento de até oito mil passageiros por dia, considerando a média de movimentação diária.
O aeroporto JK tem duas pistas paralelas, cada uma com cerca de 3,2km de extensão, ambas funcionam simultaneamente para pousos e decolagens. Todos os dias cerca de 450 aeronaves aterrissam e decolam em Brasília. Houve um acréscimo de 2,18% na movimentação de aeronaves no aeródromo, se comparados os períodos de janeiro a outubro de 2014 com o mesmo período de 2013.
Devido ao acréscimo no número de operações por hora, as empresas aéreas estão procurando o aeroporto de Brasília para negociar novos pedidos de voos. A expectativa é que até o final do ano existam mais opções de horários e destinos para todo o país, além de novas rotas internacionais. Com as obras de ampliação, o terminal passa a ser o 2º em movimentação de passageiros do Brasil e o 3º em movimentação internacional. Desde o começo do ano, já passaram pelo terminal cerca de 14 milhões.
Chefes das Forças Armadas rechaçam pedidos de volta dos militares ao poder
Mônica Bergamo
As manifestações para que os militares voltem ao poder no Brasil são rechaçadas com veemência pelos comandantes das Forças Armadas. "Os militares estão totalmente inseridos na democracia e não vão voltar. Isso eu garanto", disse à coluna o almirante Julio Soares de Moura Neto, comandante da Marinha.
A QUEM INTERESSA?
"Não sei quem anda inventando isso [manifestações pela volta dos militares ao poder], mas não faz o menor sentido. Os militares só voltam em seu papel institucional, que é o que têm hoje", completa Moura Neto.
EXTREMISTAS
"São opiniões de extremistas", diz o tentente-brigadeiro Juniti Saito, comandante da Aeronáutica. "[A volta dos militares] é algo impossível de acontecer. Só quem poderia tentar fazer isso é o pessoal da ativa [das Forças Armadas]. E, como nós não queremos nada nesse sentido, não há a menor chance de essas ideias evoluírem."
NADA SÉRIO
"Nós vivemos há muitos anos em um ambiente de absoluta normalidade", reforça o comandante do Exértico, general Enzo Peri.
"Vejo essas manifestações com naturalidade, mas elas não devem ter qualquer outra conotação", diz ele.
É O CASO?
Já quando abordados sobre o relatório da Comissão Nacional da Verdade, que deve responsabilizar inclusive ex-presidentes militares por crimes de tortura e execução de presos políticos, os comandantes mostram desconforto. "Eles estão cumprindo a lei", limita-se a dizer Saito. Questionado se o Exército se manifestará depois da divulgação do relatório, em dezembro, Enzo Peri disse: "Será o caso?".
A QUEM INTERESSA?
"Não sei quem anda inventando isso [manifestações pela volta dos militares ao poder], mas não faz o menor sentido. Os militares só voltam em seu papel institucional, que é o que têm hoje", completa Moura Neto.
EXTREMISTAS
"São opiniões de extremistas", diz o tentente-brigadeiro Juniti Saito, comandante da Aeronáutica. "[A volta dos militares] é algo impossível de acontecer. Só quem poderia tentar fazer isso é o pessoal da ativa [das Forças Armadas]. E, como nós não queremos nada nesse sentido, não há a menor chance de essas ideias evoluírem."
NADA SÉRIO
"Nós vivemos há muitos anos em um ambiente de absoluta normalidade", reforça o comandante do Exértico, general Enzo Peri.
"Vejo essas manifestações com naturalidade, mas elas não devem ter qualquer outra conotação", diz ele.
É O CASO?
Já quando abordados sobre o relatório da Comissão Nacional da Verdade, que deve responsabilizar inclusive ex-presidentes militares por crimes de tortura e execução de presos políticos, os comandantes mostram desconforto. "Eles estão cumprindo a lei", limita-se a dizer Saito. Questionado se o Exército se manifestará depois da divulgação do relatório, em dezembro, Enzo Peri disse: "Será o caso?".
Satélite de R$ 1,3 bi abre portas para expansão da Visiona
Virgínia Silveira | De São José Dos Campos
A Visiona Tecnologia Espacial, joint venture entre a Embraer (51%) e a Telebras (49%), pretende assumir um papel mais amplo no programa espacial brasileiro, consolidando sua atuação como integradora de sistemas espaciais.
No ano passado, a empresa foi contratada pelo governo brasileiro para fornecer um satélite de comunicações completo, o SGDC (Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas), que será lançado no segundo semestre de 2016. O satélite será o principal instrumento para a ampliação do Plano Nacional de Banda Larga e das comunicações militares e estratégicas do governo federal.
O satélite está sendo fabricado pela Thales Alenia Space e o lançamento será contratado da também francesa Arianespace. O custo total do projeto, segundo o gerente do SGDC na Telebras, Sebastião Nascimento, é de R$ 1,3 bilhão. Somente a apólice de seguro está avaliada em US$ 500 milhões, número que corresponde a 9% do valor do satélite e da operação de lançamento.
O trabalho da Visiona abrange a seleção dos fornecedores do satélite e do lançador (foguete), além da integração dos sistemas.
O presidente da Visiona, Eduardo Bonini, disse que a empresa foi concebida para ajudar a organizar o setor espacial no Brasil, conforme prevê o Plano Nacional de Atividades Espaciais (Pnae), da Agência Espacial Brasileira (AEB) e a Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia & Inovação, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.
A ideia, segundo o executivo, é que a Visiona lidere as ações na cadeia industrial, orientando clientes potenciais sobre o impacto das tecnologias espaciais e desenvolvendo com os demais atores do setor novas tecnologias que possam ser levadas ao mercado nacional e internacional de forma competitiva.
Em apresentação feita ontem em audiência pública no Senado, o presidente da Visiona disse que a visão de futuro para a cadeia espacial brasileira deve seguir o mesmo caminho da indústria aeronáutica. "O objetivo é consolidar e inserir a base industrial nacional no mercado internacional com a exportação de satélites e de serviços espaciais."
A Cenic, de São José dos Campos (SP), foi a única empresa nacional contratada para fornecer peças para o primeiro satélite SGDC. O vice-presidente da Thales Alenia Space, Joël Chenet, informou que a Cenic vai fornecer um painel em alumínio que será usado na estrutura do satélite. O painel vai suportar as baterias do SGDC.
Chenet disse que apenas a Cenic conseguiu entregar o painel no prazo certo, tendo em vista um cronograma muito apertado para o primeiro satélite. "Futuramente, outras empresas brasileiras, como a Orbital, fabricante de painel solar e de sistema de gerenciamento de energia, e a Fibraforte, com o sistema de propulsão do satélite, também poderão fornecer no prazo e com preços competitivos", afirmou.
De acordo com o executivo da Thales, em meados de dezembro a empresa vai fazer a revisão crítica do projeto do satélite, última etapa que antecede a fabricação do equipamento de voo. "O desenvolvimento do satélite está dois meses à frente do planejamento previsto", disse.
Bonini afirmou que a Visiona está muito engajada na missão de ajudar a desenvolver e ampliar a cadeia espacial brasileira. "A estratégia industrial da Visiona passa pelo uso intensivo da indústria nacional e deverá buscar a nacionalização crescente dos sistemas utilizados em seus satélites", disse. Para que essa tarefa seja feita sem riscos e sem onerar o custo das missões, a empresa precisará de parceiros fortes, afirmou.
"O objetivo da Visiona é ser competitiva internacionalmente e, para isso, buscará trabalhar com parceiros que estejam na fronteira da tecnologia, no Brasil e no exterior", disse. A parceria com empresas estrangeiras, segundo Bonini, é também uma estratégia para a entrada em mercados internacionais.
Sediada no Parque Tecnológico de São José dos Campos, a Visiona tem cerca de 45 funcionários egressos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), da Embraer e do programa de absorção de tecnologia do SGDC. "Já temos um dos principais grupos de engenharia espacial no Brasil, que deverá trabalhar no desenvolvimento de tecnologias do espaço necessárias para o cumprimento das missões previstas no programa espacial brasileiro", afirmou.
Além do SGDC, a Visiona participará do projeto de uma constelação de satélites de coleta de dados para estações meteorológicas, que vai restabelecer e ampliar a capacidade do sistema de coleta de dados existente. Os dados servirão para monitoramento das bacias hidrográficas, previsão do tempo, estudos sobre correntes oceânicas, química da atmosfera e agricultura.
6º Encontro IBAS: sistemas de vigilância terrestre e marítimo são apresentados à comitiva estrangeira
Felipe Barra
Durante a apresentação que detalhou como será o funcionamento desses sistemas, foi destacada a possibilidade de cooperação com os dois países estrangeiros, que demonstraram interesse em se tornarem parceiros das indústrias brasileiras na execução dos projetos.
Na apresentação sobre o Sistema de Gerenciamento da Amazônia (Sisgaaz), o comandante Marcus Vinícius da Silva (foto acima), da Diretoria de Gestão de Programas Estratégicos da Marinha, explicou que o projeto tem como missão monitorar e integrar todas as regiões do país. O acompanhamento será feito a partir da detecção de sinais eletromagnéticos no oceano, costa e áreas ribeirinhas.
Em concepção desde 2011, o sistema atualmente está em fase de contratação até 2016. As companhias interessadas em participar da concorrência já se candidataram em março deste ano. No ano que vem, serão recebidas as propostas para selecionar o contrato em 2016. Todas as fases beneficiaram a participação de empresas estratégicas de defesa, já que esta foi uma determinação do edital. O comandante destacou, no entanto, que o Sisgaaz está aberto para a cooperação com Índia e África do Sul, e lembrou que a Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança (ABIMDE) pode auxiliar os países interessados com informações adicionais.
“Existe uma associação de defesa no Brasil que é a ABIMDE. Essa organização tem os contatos para que qualquer empresa do mundo obtenha informações de como ser parceira nos programas brasileiros”, disse.
Os representantes da delegação indiana afirmaram que este tipo de contrato é “um desafio” para eles. A comitiva manifestou interesse em conhecer melhor as responsabilidades e regras do certame.
Sisfron
A exposição sobre o Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron) ficou a cargo do major José Luis, do Centro de Guerra Eletrônica do Exército. De acordo com ele, o Sisfron surgiu da necessidade de fortalecer a capacidade de ação da Força Terrestre na faixa de fronteira. Ele explicou que, ao todo, são 16,8 mil quilômetros de faixa de fronteira que passarão a contar com monitoramento feito a partir de equipamentos com tecnologia de ponta, que darão apoio às ações das forças policiais no combate a ilícitos. “O objetivo do sistema não é fechar a fronteira, mas limitar o excesso que existe”, falou.
A tecnologia funciona por meio de sensores que captam informações até o mais alto nível de controle. Esses dados chegam até Brasília (DF), no Centro de Operações Terrestres (Coter). “Temos interação com os órgãos governamentais, municipais e federais. O Sisfron não pode funcionar sozinho, até pelo uso dual (militar e civil) que possui”, detalhou o major. José Luiz também destacou em sua fala a possibilidade de participação de empresas estrangeiras no projeto. “Temos, por exemplo, uma empresa da África do Sul que está fornecendo as antenas do projeto”, exemplificou.
O 6° Encontro do Grupo de Trabalho Conjunto de Defesa do IBAS segue até esta quarta-feira (19) na Escola Superior de Guerra (ESG), no Rio de Janeiro.
Temeroso com premonição, condomínio na Paulista faz comunicado sobre acidente aéreo
Administração do prédio diz não querer ser alarmista, mas deixa recado para condôminos
Caroline Apple, Do R7
Com base na premonição do vidente Nóbrega da Luz sobre uma possível batida entre uma aeronave e um prédio na região da Paulista, região central de São Paulo, a administração do condomínio Barão de Serro Azul distribuiu, de porta em porta, um comunicado aos condôminos sobre a possível tragédia.
Na visão do vidente, o acidente irá ocorrer no dia 26 de novembro, em um condomínio na avenida Paulista com a alameda Campinas, próximo ao Hotel Maksoud Plaza. O condomínio fica na "rota" da possível batida, no número 1.156 da emblemática avenida da capital.
No recado, que diz não ter o intuito de ser "sensacionalista" ou "alarmista", o corpo diretivo do prédio se mostra aliviado por avisar sobre o palpite do vidente. O texto também diz que cada responsável pela equipe de trabalho poderá tomar providências diante do fato exposto.
Uma empresária, que não quis se identificar, tem uma sala comercial no edifício. De acordo com ela, o recado pode ter sido escrito para aliviar a tensão dos condôminos que, há algum tempo vêm especulando sobre a premonição.
— É um assunto corriqueiro nos elevadores. Talvez seja por isso que a administração resolveu se pronunciar.
Mesmo achando a premonição algo "surreal", a empresária já decidiu: no dia para que está previsto o fatídico acidente, toda a sua equipe vai trabalhar de casa.
— Queremos muito rir disso depois que a data passar e nada acontecer. Mas vamos esperar em casa para rir.
O analista de sistemas Thiago Moreno, 31 anos, trabalha em um edifício na altura do número 1.000 da avenida Paulista — que também estaria na suposta rota de queda do avião —, afirma que a especulação não chegou aos corredores do prédio. Porém, em seu departamento, há funcionários que tomaram "precauções".
— Um colega de trabalho programou as férias para não estar aqui no dia do acidente. Outro, não para de pesquisar na internet sobre o assunto. Eu acho uma grande bobagem. Se depender de mim, quero estar aqui nesse dia grandioso.
As previsões de Nóbrega da Luz ganharam destaque na mídia quando o avião do então candidato à Presidência Eduardo Campos caiu na Baixada Santista. O vidente afirma em seu site que, assim como todas as premonições anteriores, os casos foram comunicados e registrados em cartório.
Processo seletivo da FAB busca médicos, dentistas e farmacêuticos
Inscrições ficam abertas até dia 24. Vagas serão destinadas para organizações militares do Rio de Janeiro e Minas Gerais
A Força Aérea Brasileira (FAB) abriu processo seletivo para contratação de médicos, farmacêuticos e dentistas para prestação de serviço militar como oficiais temporários convocados. As inscrições estão abertas até o dia 24 de novembro.
O processo de seleção é conduzido pelo Terceiro Comando Aéreo Regional (III COMAR), com sede no Rio de Janeiro, e as vagas serão destinadas para organizações militares nos estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais.
As vagas podem ser preenchidas por brasileiros de ambos os sexos, desde que atendidas as seguintes condições: ter menos de 45 anos de idade até o dia 31 de dezembro de 2015; para os cursos de Farmácia e Odontologia, o candidato, quite com os Serviços Militares, deve ter dois anos de formados em 31 de janeiro de 2015 e uma especialidade (será permitida uma Habilitação para Farmacêuticos).
O curso e a instituição de ensino de formação do candidato devem ser reconhecidas, oficialmente, pelo Ministério da Educação (MEC), na forma da Legislação que regula a matéria.
O processo é composto por seis etapas: Inscrição, Avaliação Documental, Concentração Inicial, Inspeção de Saúde (INSPSAU), Concentração Final e Matrícula.
O candidato selecionado fará o Estágio de Adaptação e Serviço (EAS) que se destina a adaptar os incorporados às condições peculiares do Serviço Militar Temporário no âmbito do Comando da Aeronáutica. O EAS terá duração total de doze meses, a contar da data de incorporação, divididos em três fases.
Etapas
A primeira fase tem como objetivo adaptar os convocados à atividade militar por meio da instrução militar. A segunda e a terceira fases serão realizadas na Organização Militar para a qual venha a ser designado.
Os incorporados para a realização do EAS serão declarados Aspirantes a Oficial, sendo promovidos a Segundo Tenente do Quadro de Oficiais Convocados (QOCon) após a conclusão da segunda fase, na respectiva especialidade, fazendo jus à remuneração correspondente.
Os integrantes do QOCon poderão obter, ano a ano, prorrogações de tempo de serviço até o limite de oito anos.
Cooperação em defesa é pauta de evento internacional
Encontro do Grupo de Trabalho formado por Índia, Brasil e África do Sul debate cooperação em ciência, tecnologia e engenharia
Cooperação nas áreas de ciência, tecnologia e engenharia militar estão na pauta de discussões do 6° Encontro do Grupo de Trabalho Conjunto de Defesa do IBAS, grupo trilateral formado por Índia, Brasil e África do Sul.
Representantes militares e civis dos três países estarão reunidos na Escola Superior de Guerra (ESG), no Rio de Janeiro, até a próxima quarta-feira (19).
De acordo com o diretor do Departamento de Ciência e Tecnologia Industrial do Ministério da Defesa (MD), general Aderico Mattioli (na foto acima, de uniforme do Exército), o objetivo do evento é “encontrar pontos comuns ainda não explorados”.
Segundo o general, os assuntos tratados no encontro já estão em debate há alguns anos entre os três países.
Para o diretor do Departamento de Produtos de Defesa do MD, brigadeiro José Euclides, Índia, Brasil e África do Sul têm níveis de desenvolvimento tecnológico muito parecidos.
Nesse sentido, destacou que alguns projetos são desenvolvidos em conjunto com as Forças Armadas dos três países e que “a 6ª reunião é uma oportunidade para ampliar essas parcerias e negócios futuros.”
Programa Espacial
O Programa Estratégico de Sistemas Espaciais (PESE) foi tema de uma das apresentações do dia. Os estrangeiros conheceram a estrutura organizacional do setor.
“Temos cooperação com a Telebras e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais [INPE]”, explicou o coronel Paulo Vasconcellos, do Estado-Maior da Aeronáutica.
O PESE foi criado para atender necessidades estratégicas das Forças Armadas e da sociedade brasileira. A responsabilidade pelo projeto é do Ministério da Defesa, por meio da Comissão de Coordenação e Implantação de Sistemas Espaciais (CCISE).
Uma das missões do programa é prover infraestrutura espacial para ser usada no Sistema de Gerenciamento da Amazônia Azul (SISGAAZ), no Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron), no Sistema de Defesa Aeroespacial Brasileiro (Sisdabra), no Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam), entre outros.
O coronel Vasconcellos enfatizou a importância da iniciativa, citando como exemplo a possibilidade de incrementar a capacidade de comunicações por satélite “no meio da selva”.
Gripen NG
A exposição sobre o programa FX-2, que resultou na assinatura para aquisição de 36 aeronaves suecas Gripen NG, ficou a cargo do gerente-adjunto do projeto, coronel Antonio Luiz Godoy Soares Mioni Rodrigues.
Ele destacou a enormidade do espaço aéreo a ser controlado e defendido: 22 milhões de km². Em seguida, esmiuçou os critérios adotados para a escolha pelos caças suecos.
De acordo com o oficial, foram levados em conta cinco aspectos: operacional (performance, durabilidade), logística (suporte a armamento e simuladores da aeronave), industrial (certificado e plano de produção), comercial (ciclo de vida, custo da aquisição) e risco (offset e contratos).
Entre as expectativas com o projeto, a palestra trouxe tópicos como participação nas exportações, crescimento das companhias brasileiras do setor ao longo do programa e possibilidade de desenvolvimento de aeronaves construídas por engenheiros brasileiros e suecos.
KC-390
Sobre os cargueiros KC-390 – maiores já produzidos no Brasil –, o gerente-adjunto do projeto KC, tenente-coronel Carlos Eduardo de Almeida Coelho, mostrou algumas especificidades do contrato e as fases do programa.
Atualmente, a iniciativa encontra-se na etapa de detalhamento do design. A previsão é que a entrega das primeiras unidades aconteça em 2016.
Coelho mostrou aos participantes as principais vantagens deste tipo de avião, que foi desenvolvido para operar em cenários robustos, tem flexibilidade na capacidade de tropa a bordo, é ajustável para variadas missões, possui proteção balística e equipamento que reduz a vibração e o barulho na cabine e comporta mais tempo de voo, além de demandar menos manutenção.
Neste ano, em outubro, a Força Aérea Brasileira realizou a apresentação oficial do protótipo do KC-390, em cerimônia realizada na fábrica da Embraer, em Gavião Peixoto (SP).
“O KC-390 vai redefinir as capacidades de transporte aéreo e recursos para a Aeronáutica brasileira”, salientou o tenente-coronel Coelho.
Cinco aeroportos pedem internacionalização
Grupo de trabalho formado por comissão de autoridades aeroportuárias analisará pedidos e definirá diretrizes
Um grupo de trabalho criado pelas autoridades aeroportuárias brasileiras definirá as diretrizes para a internacionalização de aeroportos no País.
A decisão foi tomada pela Conaero (Comissão Nacional das Autoridades Aeroportuárias), ao constatar que há hoje cinco aeroportos pedindo internacionalização e um pedindo “desinternacionalização” – e nenhuma regra geral para a análise dos pedidos.
O objetivo da Conaero é discutir e estipular as políticas públicas e estratégias para condução do processo.
O grupo já está analisando as solicitações dos aeroportos de Sorocaba (SP), Porto Velho (RO), Rio Branco (AC), Cabo Frio (RJ) e do futuro aeroporto Catarina, em São Roque (SP).
Coordenado pela Secretaria de Aviação Civil, o grupo de trabalho é integrado pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Infraero, Ministério da Aeronáutica, Ibama, Polícia Federal, Receita Federal, Anvisa (ligada ao Ministério da Saúde) e Vigiagro (ligada e Ministério da Agricultura).
Segundo os integrantes do grupo, a situação desejada é a definição de uma política de internacionalização de aeroportos como estratégia de desenvolvimento regional e nacional; o fortalecimento das estruturas dos órgãos públicos voltadas ao apoio das operações de tráfego aéreo internacional; e a manutenção do atual processo técnico para internacionalização.
Hoje, a situação é a seguinte: o operador aeroportuário solicita aos órgãos públicos (Receita, PF, Anvisa e Vigiagro) um atestado da capacidade de atendimento às operações de tráfego aéreo internacional.
Na sequência, a Anac analisa os referidos atestados e demais documentações e, caso o operador cumpra as exigências legais, a Anac reconhece o aeroporto como internacional.
Os órgãos se queixam da grande quantidade de pedidos e da insuficiência de recursos humanos e logísticos para o atendimento de todos eles.
“A Polícia Federal está em processo de padronização de análise dos pedidos e dos pareceres. Quesitos como inspeção, critérios, requisitos e modelo de instrução normativa ainda estão sendo estudados", diz André Zaca Furquim, representante da Polícia Federal no Grupo de Trabalho.
"Precisamos, também, discutir se a gente aprova o projeto do aeroporto em fase inicial o quando ele estiver quase pronto. Uma vez aprovada a diretriz, vamos ter recursos assegurados para fazer nosso trabalho em aeroportos estratégicos."
O representante da Anac, Luís Gustavo Carneiro, afirmou que é importante que os órgãos saibam como funciona um aeroporto.
“Afinal, temos mais de 30 aeroportos com voos internacionais no Brasil. Precisamos para tratar caso a caso e definir quais as portas de entrada e saída do País”, afirmou.
À Receita compete “alfandegar” os aeroportos, ou seja, colocar fiscalização aduaneira. “Há aeroportos, porém, que não justificam o alfandegamento 24 horas por dia”, explicou Antônio Braga Sobrinho, representante do órgão no grupo da Conaero.
O aeroporto de Uruguaiana, no Rio Grande do Sul, por exemplo, foi desalfandegado. O mesmo aconteceu com Porto Velho.
“Alguns aeroportos pedem a internacionalização, mas não dão condições para o trabalho. Acredito que estão desvirtuando os pedidos de internacionalização. Às vezes, chegam quatro pedidos referentes ao mesmo aeroporto, ao mesmo tempo”, explicou.
Outro problema é como atender a um pedido de internacionalização de um aeroporto que está próximo de outro que já é internacional.
Segundo Paulo Possas, diretor de Gestão Aeroportuária da SAC, uma possibilidade que está sendo discutida é alfandegar os aeroportos “sob demanda” – as equipes seriam mobilizadas apenas quando houvesse voos internacionais.
Foi o que aconteceu, por exemplo, com o aeroporto de Cuiabá durante a Copa do Mundo.
Ricardo Rocha, também da SAC, afirmou que a ideia é, no primeiro momento, tentar identificar os problemas de cada órgão.
“Precisamos saber se os órgãos têm pessoal suficiente para atender às demandas. E se não têm, como é possível atender mesmo assim”, considerou.
Brasil pode comprar mais de 108 jatos Gripen da Saab
Ae
O acordo da sueca Saab para vender jatos Gripen para o Brasil pode triplicar para eventualmente incluir a compra de mais de 100 aeronaves, afirmou o brigadeiro José Augusto Crepaldi Affonso, presidente da Comissão Coordenadora do Programa Aeronave de Combate (COPAC) da Força Aérea Brasileira.
O Brasil planeja receber "pelo menos" 108 caças Gripen para torná-lo o único jato de combate da Força Aérea, segundo o brigadeiro. No mês passado a Saab fechou um acordo de US$ 5,4 bilhões com o Brasil por 36 jatos iniciais, depois de ter deixado para trás aviões de combate concorrentes da norte-americana Boeing e da francesa Dassault Aviation.
Saab investe US$ 9 bi na produção do Gripen NG
Investimento será para os próximos 30 anos e inclui também treinamento de pilotos
Shelia Faria - Enviada Eespecial à Suécia
A empresa sueca Saab vai investir US$ 9 bilhões nos próximos 30 anos no desenvolvimento do caça supersônico Gripen NG (New Generation), ou Gripen E, como é conhecido na Suécia.
O alto investimento será aplicado no desenvolvimento do novo modelo, produção, operação, manutenção e treinamento de pilotos, segundo informou o CEO e presidente da Saab, Häkan Buskle, em entrevista em Estocolmo.
Queridinho dos especialistas e técnicos ligados à aviação de caça, o Gripen é o avião escolhido pela FAB (Força Aérea Brasileira) para substituir os F-5. O Brasil assinou contrato para comprar 36 Gripen NG, que serão feitos pela Saab e Embraer, com transferência de tecnologia. O valor do contrato é US$ 5,4 bilhões.
O Gripen também era o preferido da Aeronáutica quando a Presidência da República ainda não tinha se definido por ele, entre os concorrentes F-18 (Boeing, EUA) e Rafale (Dassault, França). Hoje o modelo também é apontado como o sendo de melhor custo de aquisição, operação e suporte.
O alto investimento será aplicado no desenvolvimento do novo modelo, produção, operação, manutenção e treinamento de pilotos, segundo informou o CEO e presidente da Saab, Häkan Buskle, em entrevista em Estocolmo.
Queridinho dos especialistas e técnicos ligados à aviação de caça, o Gripen é o avião escolhido pela FAB (Força Aérea Brasileira) para substituir os F-5. O Brasil assinou contrato para comprar 36 Gripen NG, que serão feitos pela Saab e Embraer, com transferência de tecnologia. O valor do contrato é US$ 5,4 bilhões.
O Gripen também era o preferido da Aeronáutica quando a Presidência da República ainda não tinha se definido por ele, entre os concorrentes F-18 (Boeing, EUA) e Rafale (Dassault, França). Hoje o modelo também é apontado como o sendo de melhor custo de aquisição, operação e suporte.
Vantagem. Para o Brasil, a vantagem é que o avião escolhido é um modelo em desenvolvimento de caças já existentes --Gripen C e Gripen D. Isso dará ao Brasil, autonomia para produção de caças de última geração, por meio da parceria.
Segundo a Saab, a Embraer tem total condição de absorver e desenvolver excelência em tecnologia para ser fabricante da nova aeronave. O Gripen NG é considerado o mais moderno caça multimissão do mundo, com 10 anos de tecnologia à frente dos rivais.
Segundo a Saab, o custo por hora de vôo do Gripen é o menor entre os concorrentes. "Nossos engenheiros tiveram que maximizar o desempenho sem modificar custos", disse Ulf Nilsson, chefe do Gripen na Área Aeronáutica.
Outra vantagem apontada pela Saab para o Gripen NG é a capacidade de encontrar e explorar informações. Sensores avançados fazem a comunicação e detecção de todos os alvos e fornecem dados de rastreamento para os pilotos.
Segundo a Saab, a Embraer tem total condição de absorver e desenvolver excelência em tecnologia para ser fabricante da nova aeronave. O Gripen NG é considerado o mais moderno caça multimissão do mundo, com 10 anos de tecnologia à frente dos rivais.
Segundo a Saab, o custo por hora de vôo do Gripen é o menor entre os concorrentes. "Nossos engenheiros tiveram que maximizar o desempenho sem modificar custos", disse Ulf Nilsson, chefe do Gripen na Área Aeronáutica.
Outra vantagem apontada pela Saab para o Gripen NG é a capacidade de encontrar e explorar informações. Sensores avançados fazem a comunicação e detecção de todos os alvos e fornecem dados de rastreamento para os pilotos.
Compra prevê 36 unidades do caça
O contrato assinado entre o Brasil e a Suécia prevê a compra de 36 aviões Gripen NG, 28 de um lugar e 8 de dois lugares (biposto), que podem ser produzidos no Brasil. A Embraer é a principal parceira do programa e assumirá a liderança no processo de transferência de tecnologia. Contrato dessa etapa está previsto para ser assinado em março de 2015.
O contrato assinado entre o Brasil e a Suécia prevê a compra de 36 aviões Gripen NG, 28 de um lugar e 8 de dois lugares (biposto), que podem ser produzidos no Brasil. A Embraer é a principal parceira do programa e assumirá a liderança no processo de transferência de tecnologia. Contrato dessa etapa está previsto para ser assinado em março de 2015.
AVALIAÇÃO - Especialistas dizem que caça será de 6ª geração
Da Enviada Especial à Suécia
O Gripen NG, que vai ser desenvolvido pela Suécia em parceria com transferência de tecnologia para o Brasil, é considerado o caça mais avançado. A Saab evita confirmar, mas indica especialistas internacionais que afirmam que o Gripen NG será o primeiro caça de 6ª geração do planeta.
No Brasil, fontes classificam o caça como intermediária entre a 4ª e a 5ª geração. A classificação indica o nível de tecnologias usadas. Quanto maior a capacidade de não ser detectado por radar (ser invisível) maior é a geração do caça.
Independente da geração, o Gripen NG já é considerado acima da média dos caças.
Avaliação. "Um grande salto tecnológico que aconteceu na história recente da aviação de caça foi o das aeronaves F-5E para os F-5 modernizados. Apesar de alguns novos conceitos já terem sido experimentados pela aeronave AMX, os novos sistemas de armamento e gerência do cenário de combate que as aviônicas modernas desses aviões permitem faz toda a diferença porque mantêm um alto nível de consciência do ambiente de combate, que é riquíssimo de informações a serem interpretadas. O Gripen certamente faz isso tudo e muito mais", disse a O VALE, em Linköping, o piloto Bruno Pedra, major da FAB.
Segundo ele, além dessas vantagens, o Gripen NG vai incorporar performance de última geração. "Muitas outras características tecnológicas estarão presentes na nova aeronave, lembrando que o Brasil, dessa vez, é co-desenvolvedor numa parceria que está só começando", disse o major.
"O diferencial que pude constatar na fabricação sueca é a mentalidade sobre a gerência das informações. Em conversa com um dos pilotos de teste do Gripen, houve a explicação de que somente aquilo que realmente interessa ao piloto, deve ser disponibilizado", afirmou.
No Brasil, fontes classificam o caça como intermediária entre a 4ª e a 5ª geração. A classificação indica o nível de tecnologias usadas. Quanto maior a capacidade de não ser detectado por radar (ser invisível) maior é a geração do caça.
Independente da geração, o Gripen NG já é considerado acima da média dos caças.
Avaliação. "Um grande salto tecnológico que aconteceu na história recente da aviação de caça foi o das aeronaves F-5E para os F-5 modernizados. Apesar de alguns novos conceitos já terem sido experimentados pela aeronave AMX, os novos sistemas de armamento e gerência do cenário de combate que as aviônicas modernas desses aviões permitem faz toda a diferença porque mantêm um alto nível de consciência do ambiente de combate, que é riquíssimo de informações a serem interpretadas. O Gripen certamente faz isso tudo e muito mais", disse a O VALE, em Linköping, o piloto Bruno Pedra, major da FAB.
Segundo ele, além dessas vantagens, o Gripen NG vai incorporar performance de última geração. "Muitas outras características tecnológicas estarão presentes na nova aeronave, lembrando que o Brasil, dessa vez, é co-desenvolvedor numa parceria que está só começando", disse o major.
"O diferencial que pude constatar na fabricação sueca é a mentalidade sobre a gerência das informações. Em conversa com um dos pilotos de teste do Gripen, houve a explicação de que somente aquilo que realmente interessa ao piloto, deve ser disponibilizado", afirmou.
Sheila Faria viajou à Suécia à convite da Saab.
SIMULADOR - Aterrissagem é o diferencial
"Entre a decolagem e o pouso, pude experimentar a altíssima capacidade de manobra e trocas de energia (sobe muito e muito rápido) do Gripen. Mas o pouso foi o diferencial, uma vez que os auxílios tecnológicos facilitam a pilotagem e a aterrissagem ocorre por completo em menos de 1.000 metros", disse o piloto Bruno Pedra, na Suécia, após experiência no simulador do caça.
Pilotos brasileiros fazem hoje primeiro voo no caça Gripen
Após testes intensos, dois pilotos da FAB serão os primeiros a voar caça sueco comprado pelo Brasil
Testes -
Os testes para treinamento de pilotos incluem horas em simuladores e avaliação em centrífuga
Explicações
Está agendada para o dia 4 de dezembro uma audiência com o ministro da Defesa, Celso Amorim, e o comandante da Aeronáutica, Brigadeiro Juniti Saito, para explicar ao Congresso Nacional porque o contrato para a compra dos caças sueco teve um aumento de US$ 900 milhões em relação ao preço inicial --de US4,5 bilhões para US$ 5,4 bilhões.
Bases
A Suécia tem cinco bases aéreas; a maior delas é Satenäs, onde são treinados os pilotos do caça supersônico
30 pilotos em média são formados todos os anos pela Força Aérea da Suécia, que está treinando os brasileiros
ENVIADA ESPECIAL À SUÉCIA
Hoje é o Dia D para os brasileiros Gustavo de Oliveira Pascotto e Ramon Santos Fórneas, ambos com 32 anos. Eles são pilotos e voam hoje pela primeira vez o caça supersônico Gripen C/D na base aérea de Satenäs, conhecida como F-7 escola de pilotos da Suécia.
A data foi confirmada ontem à tarde pela FAB (Força Aérea Brasileira). "É a data prevista", informou. Não há detalhes sobre o horário do voo, que ocorre após intensa programação de treinamentos em simuladores e em centrífuga.
Pascotto e Fórneas chegaram à Suécia em 3 de novembro após passarem por uma seleção entre mais de 240 pilotos, de 12 esquadrões de caça. Quando pilotarem o Gripen hoje, eles iniciam a missão para o qual estão sendo preparados --serem os primeiros pilotos a desvendar o caça sueco, que vai originar a versão NG, comprada pelo Brasil.
Eles serão os responsáveis por trazer esse conhecimento para o Brasil. O governo brasileiro comprou 36 Gripen NG, que serão desenvolvidos pela empresa sueca Saab em parceria com a Embraer, no Brasil. O acordo, de US$ 5,4 bilhões, inclui transferência de tecnologia para capacitar o Brasil a produzir os caças.
O Gripen NG só estará no Brasil a partir de 2019. Ele é considerado o mais moderno caça multimissão, com 10 anos de tecnologia à frente dos rivais. A versão NG será desenvolvida a partir das versões C e D, que os dois brasileiros vão pilotar a partir de hoje.
Eles ficam na Suécia até 2015 quando devem ser considerados aptos para transmitir conhecimentos sobre o Gripen para pilotos brasileiros.
"O treinamento aqui é intenso, mas o Gripen é um avião fácil de usar", disse o coronel Michael Cherinet, comandante da Base de Satenäs, a maior das cindo da Suécia para treinamento de pilotos. A Força Aérea da Suécia treina uma média de 30 pilotos por ano, em ritmo considerado puxado.
Testes.
Pascotto e Fórneas enfrentaram muitas horas nos simuladores e provas específicas. Uma semana após chegarem à Base de Satenäs, os dois passaram pelo teste da centrífuga e foram aprovados. Os pilotos brasileiros tiveram que ficar 15 segundos em uma centrífuga que projeta nove vezes a força da gravidade para adaptar o corpo dos pilotos a uma aeronave de alta tecnologia como o Gripen, capaz de voar duas vezes a velocidade do som.
A centrífuga seria semelhante a um cockpit (cabine de pilotagem) de um avião. A meta é que o treinamento possa medir os impactos do voo no corpo humano e avaliar reações indesejadas, como desmaios, além de preparar os pilotos para uma adaptação a essas condições.
As reações dos pilotos são monitoradas do lado de fora do aparelho, por médicos e engenheiros. Não há equipamento semelhante no Brasil.
Quando a força da gravidade aumenta há risco de o piloto perder a percepção das cores ou perder a visão ou a consciência durante o voo.
Fórneas é piloto do caça F-5 da Base Aérea de Santa Cruz, no Rio de Janeiro. Ele é natural de Ipatinga (MG).
Pascotto é de São Bernardo e também é piloto de F-5, da Base Aérea de Anápolis (GO).
Segundo ele, ser piloto é o sonho de muita gente. "A motivação maior é guardar e defender o país", disse. A preparação de um piloto de caça chega a oito anos.
Especial
Série mostra pendências do F-X2
As pendências do programa F-X2, entre elas o possível empréstimo de caças Gripen da Suécia para o Brasil, eo potencial mercado da nova aeronave são temas de amanhã da série especial Programa F-X2, que O VALE publica desde o ultimo domingo. A série mostra detalhes da compra de 36 caças da Saab, com transferência de tecnologia.
Sheila Faria viajou à Suécia a convite da Saab parcerias Embraer lidera transferência O programa F-X2 prevê que a empresa sueca Saab repasse tecnologia para capacitar o Brasil a produzir o caça Gripen NG. A Embraer, de São José, é a lider do processo e será co-responsável pelo desenvolvimento completo da versão de dois lugares do caça (biposto). A Embraer também vai coordenar as atividades de produção no Brasil em nome da Saab.
8 anos foi o tempo de preparação dos pilotos brasileiros para se tornarem aptos a pilotar caças supersônicos.
DIÁRIO DO GRANDE ABC (SP)
Premiê aposta em parceria com região
Soraia Abreu Pedrozo
Enviada a Estocolmo (Suécia)
“Com certeza a cooperação de inovação e transferência de tecnologia sueca para São Bernardo gera muitas possibilidades. Eu, definitivamente, acredito que essa é uma oportunidade muito boa.” A frase, dita pelo primeiro-ministro da Suécia, Stefan Löfven, responde a questionamento da equipe do Diário sobre parceria da Saab, fabricante sueca do caça Gripen NG (40% de participação), com o Grupo InbraFiltro (60%), de Mauá, para estabelecer em terras são-bernardenses a SBTA (São Bernardo Tecnologias Aeronáuticas), que será responsável pela produção de partes estruturais do avião supersônico e pela administração da cadeia de suprimentos.
Enviada a Estocolmo (Suécia)
“Com certeza a cooperação de inovação e transferência de tecnologia sueca para São Bernardo gera muitas possibilidades. Eu, definitivamente, acredito que essa é uma oportunidade muito boa.” A frase, dita pelo primeiro-ministro da Suécia, Stefan Löfven, responde a questionamento da equipe do Diário sobre parceria da Saab, fabricante sueca do caça Gripen NG (40% de participação), com o Grupo InbraFiltro (60%), de Mauá, para estabelecer em terras são-bernardenses a SBTA (São Bernardo Tecnologias Aeronáuticas), que será responsável pela produção de partes estruturais do avião supersônico e pela administração da cadeia de suprimentos.
O premiê recebeu grupo de jornalistas em Estocolmo, capital da Suécia, e se pôs à disposição para responder a assuntos diversos.
Quanto às possibilidades mencionadas por Löfven, a partir dessa aliança, ele se refere ao fato de a parceria gerar frutos que vão além da produção de aeronaves militares. “Nós temos muito bons aviões-caça e eles são importantes, mas há algo muito maior, que é sobre tecnologia e inovação. Tanto que temos uma boa relação de cooperação com São Bernardo. Eu quero dizer que esse é o futuro. São novos empregos. Não são somente coisas militares. Será possível criar tecnologias e inovar. Por isso essa parceria é muito importante para o nosso país”, explica o premiê sueco.
Isso justifica também o fato de o Brasil, enquanto nação pacífica, não só adquirir como ajudar a produzir aeronaves supersônicas para defender seu território. A partir desse processo, podem surgir ideias passíveis de adaptação ao dia a dia das pessoas.
Exemplo emblemático é a origem do celular. “Quando a Ericsson (empresa sueca) desenvolvia sistema de micro-ondas para radares de aviões-caça alguém pensou: ‘Por que não adaptamos e criamos um telefone móvel?’ A ideia veio da área militar”, comenta o diretor da Saab para a América Latina, Bo Torrestedt, em apresentação na fábrica da companhia em Gotemburgo, segunda maior cidade da Suécia. “Com o air bag de carro foi a mesma coisa. Trata-se de um transbordamento da área militar para a área civil.”
Torrestedt ressalta que a Saab trabalha bastante com parcerias e compartilhamento de tecnologias. “Nós gostaríamos de fazer mais coisas no Brasil além do Gripen NG. Queremos ficar mais perto dos clientes”, afirma o executivo, para quem o avião-caça será apenas a porta de entrada.
SIMPATIA - Löfven, que assumiu o governo em setembro, é ex-metalúrgico, ex-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos Suecos, o IF Metall, e integrante do Partido Social-Democrata.
Perguntado a respeito de sua relação com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, também ex-metalúrgico e ex-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, o premiê respondeu que eles têm as mesmas experiências e, embora não falem a mesma língua, quando têm os tradutores ao lado, é como se falassem. “Uma vez eu questionei a ele: ‘Deve ser um trabalho muito duro para você, ser presidente de um dos maiores países do mundo. E ele disse: ‘Sim, e eu venho trabalhando muito duro, porque ninguém pode dizer que o trabalhador não pode fazer isso. Eu posso fazer isso’. Me sinto muito inspirado pelo presidente Lula”, assinala Löfven, que com trajetória semelhante também assumiu o cargo máximo em seu país.
Embora a Suécia seja uma nação regida pela monarquia, representada pelo rei Carl XVI Gustaf e pela rainha Silvia, filha de mãe brasileira e pai alemão, o primeiro-ministro é a pessoa que define as diretrizes políticas do país.
HISTÓRICO - No dia 27 de outubro foi divulgada a assinatura do contrato da compra de 36 aviões-caça da Saab para renovar a frota da FAB (Força Aérea Brasileira). O País vai desembolsar US$ 5,4 bilhões para o desenvolvimento e a produção do Gripen NG (28 monopostos e oito de dois lugares – cujo modelo o Brasil terá importante papel na confecção), para entrega entre 2019 e 2024.
O Grupo InbraFiltro, inclusive, já está selecionando profissionais com experiência em construção aeronáutica, como engenheiros, mestres e operadores, para montar time de 30 pessoas que farão treinamento na Suécia.
A expectativa é gerar, somente na SBTA, em São Bernardo, na qual a Saab vai investir US$ 150 milhões, 1.000 postos de trabalho. Com a formação de cadeia de suprimentos, a estimativa é de 5.000 novas vagas na região.
A jornalista viajou a convite da SaabPORTAL AQUIDAUANA NEWS (MS)
Sisfron já está em teste na fronteira de Mato Grosso do Sul com o Paraguai e a Bolívia
O Sisfron (Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras) já está operando em fase de testes na fronteira de Mato Grosso do Sul com a Bolívia e o Paraguai. O lançamento oficial do sistema aconteceu nesta quinta-feira (13), na 4ª Brigada de Cavalaria Mecanizada, em Dourados, com uma demonstração do funcionamento e capacidade de operação do sensoriamento que tem por objetivo fechar o cerco contra o crime organizado.
Moderno, ágil e muito eficiente o Sisfron foi concebido pelo Ministério da Defesa por iniciativa do Exército Brasileiro, com foco na inteligência e otimização de esforços, através da integração das forças armadas com a Polícia Civil, Polícia Militar e DOF (Departamento de Operações de Fronteira) de Mato Grosso do Sul e com a Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal, com propósito de fortalecimento da presença da segurança na fronteira e melhoria na capacidade de ação do Estado.
De acordo com o comandante do Comando Militar do Oeste (CMO), general de exército Juarez Aparecido de Paula Cunha, com R$ 1,3 bilhão em investimentos em equipamentos de alta tecnologia, o Sisfron irá abranger inicialmente 1.128 quilômetros de fronteira, na divisa de Mato Grosso do Sul com o Paraguai e 1.375 entre o Estado e a Bolívia, onde serão montados postos de fiscalização, com o emprego de um contingente de mais de 15 mil homens.
“A base do Sisfron piloto é Dourados, mas vai incorporar novos equipamentos também nas fronteiras do vizinho Mato Grosso, buscando a integração com todos os órgãos de segurança e estamos convictos que o resultado de um trabalho que une forças e esforços terá um resultado potencializado”, explicou o comandante do CMO.
O secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, Wantuir Jacini lembra que Mato Grosso do Sul saiu na frente por ter sido escolhido como base e piloto para o Sisfron, e também, por ter incorporado bem antes a integração proposta no projeto. “Faz tempo que estamos integrados e no início do mês realizamos a octogésima terceira operação envolvendo as polícias de Mato Grosso do Sul, as forças armadas, Receita Federal, Iagro e outros órgãos, que foi a Brasil Integrado Fronteira coordenada pelo Ministério da Justiça, que envolveu 20 estados brasileiros, sendo 11 localizados na fronteira e entre eles está Mato Grosso do Sul”, explicou o secretário.
Para Jacini o maior problema é que Mato Grosso do Sul tem fronteiras secas com o Paraguai, na região de Ponta Porã, por onde entra quase que totalidade da droga apreendida no país e com a Bolívia na região de Corumbá que serve de corredor para a distribuição de cocaína e derivados no Brasil e diversos outros países. “Os maiores impactos da segurança pública resultam do tráfico de drogas e crimes conexos, como homicídios, roubos e furtos, por exemplo, e com a soma de mais essa ferramenta haverá substancial redução da criminalidade”, acredita o secretário de Justiça e Segurança Pública do Estado.
Tecnologia
Com investimento inicial de R$ 1,3 bilhão da União em equipamentos para patrulhar a fronteira de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, o Sisfron conta com patrulha mecanizada, patrulha aérea, instrumentos óticos de última geração, como binóculos e óculos de visão noturna, radares com capacidade de localizar e identificar alvos a uma distância de mais de 20 quilômetros, câmeras “olho de águia” que foram instaladas em helicópteros esquilos do Exército, através das quais é possível ter nítida visão de placas de veículos a uma distância de 10 quilômetros.
Quase totalidade dos equipamentos advém de tecnologia nacional de ponta. “Aprimoramos o que tínhamos e buscamos inovações em outros países, como softwares, sensores, meios de transmissão satelital, sensoriamento, transmissão de dados, que permitem a tomada de decisão e a difusão das ordens para a atuação”, explica Marcos Tolendal, que representa a empresa Savis, pertencente a Embraer, que venceu a licitação para implantar todos os sistemas do Sisfron.
Com a implantação em Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, o Sisfron deve receber alguns ajustes, para então ser levado para a totalidade dos 16.886 quilômetros de fronteiras brasileiras, que abrangem 588 municípios e 11 estados, fechando assim o cerco ao crime organizado empregando as forças de segurança com inteligência, através do uso da tecnologia, que irá custar ao país em torno de R$ 12 bilhões em investimentos na segurança pública.
Participaram do lançamento do Sisfron em Dourados, o secretário Wantuir Jacini, o secretário executivo do Gabinete de Gestão Integrada de Fronteira (GGI-FRON), coronel Mário Martins Ferreira, o secretário executivo adjunto, tenente-coronel Alexandre Rosa Ferreira, o Delegado-Geral da Polícia Civil, Jorge Razanauskas Neto, o diretor do Departamento de Polícia do Interior (DPI), delegado Ivan Barreira, o delegado regional da Polícia Civil de Dourados, Antônio Carlos Videira, o comandante da Polícia Militar em Dourados, tenente-coronel Ary Carlos Barbosa, promotores, juízes, a cúpula do Exército Brasileiro, da Marinha e da Aeronáutica, jornalistas e representantes da sociedade civil.
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