Helibras inicia construção de Centro de Treinamento e Simuladores no Rio
Empreendimento vai oferecer treinamento aos operadores de EC725 e EC225 ...
Como
parte do contrato do projeto H-XBR, firmado com o Ministério da Defesa
para fornecimento dos helicópteros EC725 às Forças Armadas com
treinamento e suporte, a Helibras iniciou a construção, no Rio de
Janeiro, de seu novo Centro de Treinamento e Simuladores (CTS).
Localizada
no Recreio dos Bandeirantes, na zona oeste da cidade, a obra tem
previsão para estar pronta no primeiro semestre de 2015. Após a
finalização da estrutura física e eletromecânica do prédio, a Helibras
vai instalar um Full Flight Simulator (FFS) capaz de realizar
treinamento tanto para o modelo militar EC725 quanto para sua versão
civil, o EC225. O FFS estará disponível a partir do quarto trimestre de
2015.
A
Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) realizou uma avaliação
operacional específica em um simulador do grupo Airbus Helicopters de
mesmo tipo, o “Dual Qualification FFSB/FTD3”, em Aberdeen (UK), e o
considerou pleno para a realização de todos os programas de treinamento
de EC225. Essa avaliação incluiu: um ground school de EC225 no Centro de Treinamento da Helibras em Itajubá; análise de programa de treinamento Initial Type Rating
EC225; análise de dados técnicos do desempenho do dispositivo, a partir
de um relatório gerado pelo fabricante do FFS; e uma extensa campanha
de voo empregando o FFS da Airbus Helicopters em Aberdeen.
A
escolha da capital carioca para a construção do novo CTS da Helibras se
deu em função da proximidade com clientes militares e do segmento offshore, que operam as duas versões do modelo,
e pelo fácil acesso nacional e internacional através dos aeroportos
Santos Dumont e Tom Jobim. Além dos benefícios para as operações
militares do EC725, a implantação do banco de dados do EC225 contribuirá
para o treinamento dos pilotos do segmento offshore, que hoje dependem unicamente de treinamentos no exterior.
O CTS contará com o que há de mais moderno em termos de simuladores de voo para helicópteros. O FFS
permitirá ao piloto realizar a sua qualificação de tipo, treinamentos
recorrentes, treinamentos de situações de emergência, entre outros. O
simulador virá com uma base de dados visual de todo o território
nacional, desenvolvida especialmente para os operadores brasileiros. A
tecnologia tornará os treinamentos o mais próximo possível de cada realidade operacional, seja para os pilotos do segmento Oil&Gas – com o EC225 –, ou para os pilotos militares que operam o EC725.
“Essa
é uma etapa importante para a Helibras. Não somente por cumprirmos mais
um item acordado na aquisição dos 50 EC725, mas também porque está
alinhada ao nosso ideal de oferecer uma cobertura cada vez mais ampla
aos operadores brasileiros”, esclarece Flávio Pires, vice-presidente de Suporte e Serviços da Helibras.
Atualmente, o primeiro simulador FFS está em Madrid, já finalizado, porém ainda aguardando processos finais para a entrega definitiva à Helibras. O projeto ainda contempla, no futuro, mais um investimento: o CTS terá capacidade para receber um segundo simulador de voo, que será definido a partir de estudos para a aquisição e instalação. A pesquisa está em fase avançada e o modelo escolhido estará de acordo com as necessidades dos operadores brasileiros.
“A
existência de um centro de treinamento com simulador de voo no país
representa uma nova fase nesse segmento. Hoje em dia, os operadores
brasileiros são obrigados a buscar esse recurso no exterior,
principalmente na Europa e na América do Norte. Agora, o serviço estará
bem próximo de suas bases de operação, com um menor custo em viagens, menor
período de ausência das escalas de voo de suas empresas e com sessões
ministradas em língua portuguesa. Poderemos simular praticamente todos
os tipos de operação e de situação que o piloto encontra em uma missão
real. Para os militares teremos atividades específicas, como o
treinamento de voo com óculos de visão noturna (NVG) ou o emprego de
FLIR”, diz o vice-presidente da Helibras.
Segundo
Flavio Pires, é importante ressaltar que um simulador de voo tem, por
definição, o propósito principal de incrementar a segurança operacional.
“Além disso, um simulador de voo é uma excelente ferramenta para
aumentar a eficiência operacional, reduzindo custos. Sem dúvida, o novo
CTS da Helibras no Rio de Janeiro contribuirá para aprimorar as
habilidades dos pilotos com o máximo de realismo possível, reduzindo
sobremaneira o custo e o tempo de treinamento dos pilotos”, conclui o
executivo.
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