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NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 30/09/2014

Para manter expansão, a Azul projeta voos regionais e aos EUA ...




A Azul, terceira maior companhia aérea do país, planeja se apoiar no programa regional de aviação, no maior acesso ao aeroporto de Congonhas e nas rotas internacionais para seguir crescendo acima da média do setor e, assim, continuar ganhando participação de mercado. "Vamos continuar crescendo. Não como nos últimos anos. Mas vamos crescer mais que o mercado", disse o presidente da Azul, Antonoaldo Neves, projetando uma expansão entre um dígito alto e dois dígitos ...







Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.




PORTAL G-1


Helicópteros chegam ao AC para o transporte de urnas e mesários


Dois helicópteros da Força Aérea Brasileira (FAB) chegaram ao estado nesta segunda-feira (29) para realizar apoio logístico nas eleições deste ano. As aeronaves serão responsáveis pelo transporte de urnas e mesários para 42 sessões eleitorais em aldeias, seringais e comunidades rurais nos municípios de Manoel Urbano, Santa Rosa do Purus, Tarauacá, Assis Brasil, Feijó, Cruzeiro do Sul, Porto Walter e Rodrigues Alves. Uma aeronave terá como base o aeroporto de Rio Branco e a outra o aeroporto de Cruzeiro do Sul.
Segundo o Tribunal Regional Eleitoral do Acre (TRE-AC), no estado existem ao todo 101 comunidades, onde o acesso só é possível de barco ou helicóptero. "Nós temos 101 locais de difícil acesso no estado, todas em áreas rurais. São usados, principalmente, barcos e veículos traçados, devido as estradas de barro. Não estamos preocupados, já é um costume do trabalho", explica o diretor-geral do TRE-AC, Carlos Venícius.
Entre as áreas que serão atendidas pelos helicópteros, estão 12 aldeias indígenas.
"Nem sempre é possível para que as pessoas dessas comunidades rurais possam ir a cidade, então levamos a sessão eleitoral até lá, para que eles possam exercer esse direito ao voto", afirma Venícius.
Para garantir o envio dos dados de votação para apuração no mesmo dia da votação, o TRE trabalhará com equipamentos para fazer transmissão via satélite.

Há exatos 26 anos, homem tomou avião e ameaçou jogar sobre Planalto


Exatos 26 anos antes do caso do sequestrador do hotel de Brasília, um desempregado maranhense tomou um voo da Vasp e ameaçou jogar o avião sobre o Palácio do Planalto. Raimundo Nonato Alves da Conceição, de 28 anos, armado com um revólver calibre 32, tomou no dia 29 de setembro de 1988 uma aeronave com 135 passageiros e oito tripulantes que ia de Belo Horizonte para o Rio. A intenção era que o voo fosse redirecionado para Brasília.
Nesta segunda-feira (29), Jac Souza dos Santos, manteve refém um funcionário do Hotel Saint Peter e exigiu a saída da presidente Dilma, a extradição do ex-ativista italiano Cesare Battisti e aplicação efetiva da Lei da Ficha Limpa. Ele se entregou após sete horas.
Raimundo Nonato havia perdido o emprego em uma construtora devido à crise econômica que o país enfrentava e acreditava que a culpa era do presidente, na época José Sarney (PMDB), que governou o país entre 1985 e 1990.
Como o combustível da aeronave estava acabando devido à mudança de rota para Brasília, o comandante conseguiu convencer o sequestrador a pousar o Boeing em Goiânia.
Durante o voo, o sequestrador matou o copiloto Salvador Evangelista. "Ele levou um tiro na cabeça quando pegou o rádio para responder a um chamado da torre de controle de Brasília", afirma o comandante Fernando Murilo de Lima e Silva, em entrevista ao G1 em 2011. Outro copiloto, que estava na aeronave como passageiro, foi ferido ao tentar impedir a ação do criminoso.
“A ação começou quando já estávamos sobrevoando os céus do Rio de Janeiro. Ele gritava: "eu quero matar o Sarney. Quero jogar o avião no Planalto!", disse Lima e Silva.
“Podíamos despencar a qualquer momento. Mas ele não estava nem aí. Era doente, estava para o que desse”, acrescenta. Ao pousar em Goiânia, o avião foi cercado pela Polícia Federal, onde o sequestrador decidiu seguir para Brasília em uma aeronave de menor porte, levando o comandante como refém.
“Ele tentou subir em um Bandeirante que estava estacionado próximo ao Boeing para fugir. Foi nessa hora que eu corri. Um agente da PF conseguiu lhe acertar no quadril, mas o sequestrador ainda teve tempo de atirar, e me acertou na perna”, relembra. O sequestrador foi baleado no quadril pelos agentes da PF e morreu no hospital de infecção, dias depois.

PORTAL BRASIL


Centésima unidade do blindado Guarani é entregue ao Exército

Máquina pode ser empregada em operações militares de ataque, defesa, patrulhamento e missões de paz

Em cerimônia ocorrida na última sexta-feira (26), foi realizada a entrega simbólica da centésima unidade do Veículo Blindado de Transporte de Pessoal (VBTP-MR) Guarani ao Exército Brasileiro. O evento aconteceu na fábrica da multinacional italiana Iveco, em Sete Lagoas (MG), parceira da Força Terrestre no desenvolvimento do projeto. Além do ministro da Defesa, Celso Amorim, estiveram presentes o chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA), general José Carlos De Nardi, e o comandante do Exército, general Enzo Martins Peri.
Projetado pelo Centro de Tecnologia do Exército (CTEx), o Guarani foi desenvolvido para substituir os antigos blindados Urutu e Cascavel. O moderno equipamento, cuja propriedade intelectual pertence à Força Terrestre, pode ser empregado em operações militares de ataque, defesa, patrulhamento e missões de paz. A centésima unidade será entregue, junto de outras três, ao 3º Regimento de Cavalaria Mecanizada de Bagé, no Rio Grande do Sul.
Para o ministro Celso Amorim, o sucesso do projeto do blindado Guarani demonstra a “capacidade de desenvolvimento conjunto do estado brasileiro e de uma multinacional”. Para o dirigente, o Brasil não pode ser dependente de equipamentos estrangeiros em sua estratégia de Defesa nacional - cerca de 90% dos componentes utilizados na fabricação do Guarani são de origem nacional.
“Um País como o Brasil não pode prescindir de uma Defesa adequada, que deve estar preparada para dissuadir qualquer ameaça. É fundamental que a sociedade civil compreenda a importância do equipamento de defesa para um país das nossas dimensões e com as nossas riquezas”, ressaltou o ministro.
A parceria com a multinacional Iveco, que construiu um módulo industrial de 35 mil m² para fabricação do Guarani, foi destacada por Amorim como modelo de cooperação internacional na área de Defesa. “Não estamos fechados”, destacou.
O ministro, juntamente do presidente da CNH Industrial, holding à qual pertence a Iveco, Wilmar Fistarol, colocou o selo de 100º Guarani entregue ao Exército na blindagem da unidade disposta junto à cerimônia em Sete Lagoas.
Em operação
Desde que teve seu primeiro lote entregue, em março último, ao 33º Batalhão de Infantaria Motorizado (BIM) em Cascavel (PR), outras três unidades militares receberam o blindado Guarani: 34º BIM, em Foz do Iguaçu (PR); 30º BIM, em Apucarana (PR); e o Centro de Instrução de Blindados em Santa Maria (RS).
Exemplares do Guarani já foram empregados na Operação Ágata 8, realizada em maio último, na fronteira com o Paraguai, e também na operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), que acontece no complexo de favelas da Maré, no Rio de Janeiro.
Além dos quatro blindados que seguirão para Bagé, outras seis unidades militares já tem previsão de receber exemplares do Guarani: 16º Esquadrão de Cavalaria Mecanizada, em Francisco Beltrão (PR); 11º Regimento de Cavalaria Mecanizada (RCM), em Ponta Porã (MS); 17º RCM, em Amambai (MS); 57º Batalhão de Infantaria Motorizada (BIM), no Rio de Janeiro; e no 1º BIM, também no Rio de Janeiro
No total, 56 Guaranis já foram entregues ao Exército e outras 72 unidades estão em processo de recebimento por parte da Força Terrestre. A previsão é que, em 20 anos, 2044 blindados sejam incorporados às Forças Armadas.
Modernidade
Com capacidade para 11 homens – sendo nove combatentes, um atirador e um condutor – o blindado Guarani contém, além de ar condicionado, uma série de inovações tecnológicas: baixa assinatura térmica e radar – o que dificulta sua localização pelos inimigos; proteção blindada para munição perfurante incendiária e minas anticarro; navegação por GPS; freios ABS; visão noturna; motor de 383 cv, com velocidade máxima de 100 km/h; sistema de gerenciamento de campo de batalha; e sistema de consciência situacional.
O Guarani também é preparado para navegação, com hélices traseiras que lhe dão capacidade anfíbia. Suas torres podem ser equipadas com canhões de munição de 30mm, além de metralhadoras .50 e 7,62mm. É projetado para atingir alvos aéreos e terrestres. Desde 2013, os militares dos batalhões de infantaria mecanizado das Regiões Sul e Centro-Oeste estão recebendo adestramento específico para operar o novo blindado.
Cada unidade do Guarani leva até 3,2 mil horas para ser fabricada. São 350 funcionários na linha de montagem, inaugurada em 2013 especificamente para o projeto e que tem capacidade de produzir entre 120 e 200 blindados ao ano.
“Unimos a experiência da Iveco às necessidades das Forças Armadas de modernização de seus equipamentos. É uma tarefa altamente complexa, mas que resulta num produto genuinamente brasileiro, adequado à nossa realidade. É uma parceria promissora que ajudará a impulsionar o desenvolvimento tecnológico do país e a consolidar a Base Industrial de Defesa (BID)”, ressaltou Vilmar Fistarol, presidente da CNH Industrial.
Perspectivas
A plataforma do blindado será usada como base para a produção de uma família de até 10 diferentes versões do Guarani, entre elas viaturas de reconhecimento, socorro, posto de comando e controle, porta morteiro e ambulância.
A modernidade, versatilidade e eficácia do Guarani tem atraído a atenção de países em processo de renovação e atualização de seus equipamentos militares. De acordo com o chefe de Assuntos Estratégicos do Ministério da Defesa, general Menandro Garcia de Freitas, já existem manifestações de países interessados pelo equipamento desenvolvido no Brasil. “Existe uma demanda mundial por blindados como o da família Guarani”, disse.
Entre as diversas autoridades civis e militares na cerimônia de entrega do 100º Guarani, estavam presentes o chefe do Estado Maior do Exército, general Adhemar da Costa Machado; o chefe do Departamento de Ciência e Tecnologia do Exército, general Sinclair Mayer; e o comandante Militar do Leste, general Francisco Modesto.

JORNAL O ESTADO DE SÃO PAULO


Militares colocam 30 mil homens para garantir a ordem

Contingente atuará em pelo menos 12 Estados e parte da estrutura montada para a Copa vai ser usada para centralizar informações

A urna eletrônica chegará à ilha oceânica da Caçacoeira - a seis horas de lancha, ao largo do litoral do Maranhão - na manhã de quinta-feira, 2. Será levada até lá por um time da Marinha, parte dos 30 mil militares mobilizados para dar garantia de preservação da lei e da ordem, além de oferecer apoio logístico, durante o ciclo eleitoral. Até esta segunda-feira, 29, o atendimento atingia 295 municípios de 12 Estados.
Atender os cerca de 500 eleitores da ilha não é o maior desafio: a missão mais complexa talvez seja a de chegar “aos fundos do Brasil”, diz um oficial da Aeronáutica, lembrando a empreitada de transportar computadores, geradores portáteis, funcionários e, claro, as máquinas eletrônicas, até pontos da Amazônia em 2012. “Para chegar à comunidade de um certo igarapé, foi necessário usar duas aeronaves de dois tipos, e depois uma lancha transportada a bordo de um dos aviões”, conta.
“Na volta, levamos até Belém uma criança gravemente doente - uma a aventura”, lembra o aviador.
Na outra ponta desse processo, há recursos de alta tecnologia, em uso nesse tipo de operação pela primeira vez. O Estado Maior Conjunto da Defesa, chefiado pelo general José Carlos De Nardi, receberá as informações de todas as regiões no Centro de Operações Conjuntas no prédio da Defesa, em Brasília.
Ali perto, o Tribunal Superior Eleitoral terá acesso em tempo real aos dados por meio do Centro Integrado de Controle e Comando. É parte do legado da Copa do Mundo. O salão, tomado por terminais de vídeo de cristal liquido, computadores e dispositivos de sensoriamento, permite “tomar o pulso do País a qualquer momento”, explica o general De Nardi. A rede de ligações emprega satélites e sistemas de fibra ótica. Há ao menos 12 centros regionais distribuídos por Estados como Rio e São Paulo.
Lei e ordem. O contingente estimado em até 30 mil militares, da Marinha, Exército e Aeronáutica, contempla também o efetivo de 2,5 mil combatentes que atua no Complexo da Maré, comunidade favelada do Rio ocupada pelas forças armadas e pela polícia há cinco meses.
O apoio logístico será necessário em 88 locais no Acre, Amazonas, Roraima, Amapá e Mato Grosso do Sul. A ação GLO, da garantia da lei e da ordem, é exigida em 207 cidades no Rio, Maranhão, Tocantins, Piauí, Pará, Amazonas, Mato Grosso e Rio Grande do Norte.
O trabalho implica uma frota de aeronaves de transporte, entre as quais helicópteros, embarcações leves e médias, caminhões e veículos leves. Ontem a tarde, fontes da Aeronáutica admitiam a possibilidade de - em caso grave, como o risco de violência - a Força Aérea ativar os seus drones, aviões sem piloto, para uma discreta vigilância das áreas consideradas de risco ou tensão.
O olho eletrônico do equipamento pode observar tudo em um raio de 250 quilômetros e a 5,5 mil metros. A princípio, permanece no ar durante nove horas. Se necessário, pode estender esse tempo até 16 horas ininterruptas.
A noite não é um problema: o Veículo Aéreo Não Tripulado, o Vant, da Força Aérea Brasileira (FAB), utiliza sistemas eletrônicos de visão noturna que permitem captar imagens em ambientes sem luz, mesmo em dias chuvosos, de neblina intensa, ou debaixo da copa das árvores. O principal drone brasileiro veio de Israel.
É um Hermes-450 fabricado pela Elbit Systems. O Esquadrão Horus mantém quatro dessas aeronaves. Podem ser deslocados, discretamente e em poucas horas, para qualquer ponto do território nacional.
Os Vants da FAB não levam armas. A autonomia permite que apenas duas aeronaves atuem ininterruptamente sobre uma determinada área. Com 10,5 metros de envergadura e 6,1 m de comprimento, os Vants são pintados de cinza claro como recurso de camuflagem. São silenciosos. O RQ-450 é comandado por uma dupla de oficiais que permanece em uma cabine no solo, eventualmente instalada a quilômetros de distância da zona de verificação, com monitores digitais e instrumentos de controle - joysticks, mouse, teclados.
Não são as maquinas de reconhecimento mais novas do arsenal. Em marco, o Comando da Aeronáutica anunciou a aquisição de um modelo H-900, avaliado em US$ 8 milhões, para o trabalho na Copa. Pode voar até 36 horas a 9 mil metros. Maior e com mais recursos eletrônicos, é do mesmo tipo aplicado por Israel sobre a Faixa de Gaza.

JORNAL VALOR ECONÔMICO


Para manter expansão, a Azul projeta voos regionais e aos EUA


A Azul, terceira maior companhia aérea do país, planeja se apoiar no programa regional de aviação, no maior acesso ao aeroporto de Congonhas e nas rotas internacionais para seguir crescendo acima da média do setor e, assim, continuar ganhando participação de mercado. "Vamos continuar crescendo. Não como nos últimos anos. Mas vamos crescer mais que o mercado", disse o presidente da Azul, Antonoaldo Neves, projetando uma expansão entre um dígito alto e dois dígitos.
Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a Azul é a terceira maior aérea do país em passageiros-quilômetros transportados (RPK), com 16,3% do mercado em agosto. Um ano atrás, essa fatia era de 13,8%.
No critério de pessoas embarcadas, a Azul responde por 21% dos passageiros domésticos transportados entre janeiro e agosto último, ou 13,12 milhões de pessoas - 7,5% mais que o apurado em igual período de 2013. O mercado local no país cresceu 7% nessa mesma base.
Com frota de 143 aeronaves e 850 voos diários, a Azul atende 103 destinos, respondendo por 30% de todas as decolagens no país. Para Neves, o ritmo de expansão do setor vai ser acelerado com o programa da aviação regional. O plano do governo é espalhar o modal aéreo no país, de forma que 95% da população tenha um aeroporto a um raio de pelo menos 100 quilômetros de distância.
Para isso, o governo vai investir até R$ 7,4 bilhões ao longo dos próximos anos em infraestrutura aeroportuária. Outros R$ 1 bilhão serão usados anualmente para subsidiar o custo operacional das empresas que voarem para os aeroportos integrantes do programa e para as tarifas aeroportuárias.
Os subsídios sairão do Fundo Nacional da Aviação Civil (Fnac), formado por recursos gerados na concessão dos aeroportos.
Neves chegou à Azul há sete meses, após liderar a área de aviação na consultoria McKinsey. Esteve entre os colaboradores que desenharam o plano de aviação regional. "Há uma demanda reprimida que pode rapidamente elevar o número de pessoas voando", afirmou.
As contas apontam que 4,5 milhões de pessoas serão incorporadas imediatamente ao universo de 100 milhões de brasileiros que já viajam anualmente de avião. "A taxa de meia viagem por habitante é muito baixa", disse, comparando aos Estados Unidos, onde essa relação é de dois para um.
Os subsídios serão dados conforme o tipo de avião usado, de R$ 0,03 a R$ 0,05 por assento, até o limite 60 assentos por voo. O volume de subsídios que cada companhia receberá vai depender das rotas que forem operadas e dos modelos de aviões usados.
No conjunto, a maior oferta de voos vai permitir redução dos preços das passagens em até 25%, em alguns trechos, e de até 33 minutos em tempo médio de voo por passageiro porque haverá menor necessidade de conexões.
O universo de novos passageiros virá de três formas, segundo o executivo: por novos destinos atendidos, pela troca de aeronaves (em vez de um ATR, por exemplo, compensaria fazer rotas com o Embraer, maior, que transporta mais gente) e por aumento de frequências.
Neves disse que o programa da aviação regional vai permitir às concorrentes Gol, TAM e Avianca disputar rotas hoje operadas apenas pela Azul. "Mas somos mais eficientes. Para replicar nossa estrutura de custo, teriam que replicar a malha inteira."
As empresas Gol e TAM são donas respectivamente de 38,8% e 35,2% da demanda doméstica em RPK, mas voam para menos de 70 destinos cada uma.
Apesar da maior disputa, Neves afirma que o plano de aviação regional terá efeito positivo para a companhia. Afinal, explicou, a Azul não vai ampliar o número de cidades atendidas sem o programa governamental.
Mas enquanto esse projeto não deslancha, a Azul projeta capturar mais demanda a partir de Congonhas. A Anac vai redistribuir horários de pousos (slots) para a aviação regular no terminal mais movimentado do país.
Dos atuais 30 slots por hora, haverá até 33 slots por hora. E a Azul, dona hoje de 0,06% do movimento no aeroporto - ante 5,5% da Avianca, 46,2% e 47,9% da TAM - passará ter cerca de 10%.
Pelas regras que distribuem esse slots apenas entre aéreas que têm menos de 12% das operações em Congonhas, a Azul projeta receber 25 de 41 slots.
Com essas posições, a empresa terá de 12 a 15 partidas diárias do aeroporto. "Com 12 partidas vou conectar 51 cidades", disse Neves. A empresa vai compor essa malha usando os pontos de conexão (hubs) de Confins (BH), Curitiba e Porto Alegre.
Segundo Neves, um executivo poderá sair de Vitória da Conquista (BA) ou de Pelotas (RS) para reunião em São Paulo e retornar no mesmo dia. "Se tivéssemos mais slots, faríamos conexões para Cuiabá (MT), Brasília (DF) e Galeão (RJ)", afirmou.
O presidente da Azul disse que iniciará as novas rotas já em 1º de novembro. E afirmou que a companhia não vai deixar de operar destinos próximos à região metropolitana de São Paulo por causa de Congonhas.
Segundo Neves, a rota partindo de São José dos Campos para o Rio, por exemplo, foi encerrada devido à concorrência com o aeroporto de Guarulhos (SP). "Guarulhos tem frequência, preço e capacidade. Não consigo convencer o cliente a sair de São José dos Campos. Eu não lucrava", acrescentou, ressaltando que a Azul vai usar o avião agora em um voo partindo de Vitória (ES).
"A beleza de nosso modelo de negócio é a flexibilidade de nossa frota", disse Neves, explicando que os aviões ATR e Embraer - menores que os Airbus e Boeing - permitem testar novos destinos sem absoluta certeza de que a operação será rentável.
Mas plano de negócio da Azul também inclui aviões maiores. A empresa está investindo US$ 2 bilhões em 11 Airbus A330-200 e A350, que serão usados em voos para os Estados Unidos, inicialmente para o sul da Flórida.
A estreia, marcada para março de 2015, foi antecipada para dezembro. Neves afirma que a empresa quer explorar oportunidades de demanda geradas pela capilaridade de sua malha. "Nossos cinco primeiro bilhetes foram vendidos para uma família de Corumbá, exemplo de cliente que quer viajar diretamente para fora sem conexão", disse.
O presidente da Azul descarta entrar na disputa direta com as companhias americanas. "Se nosso negócio internacional for 10% do faturamento [do grupo], não será um grande risco", disse.

JORNAL FOLHA DE SÃO PAULO


SP terá 9 das 28 ampliações de aeroporto

Concorrências podem ocorrer ainda neste ano; órgão paulista diz, porém, que prioridade seria Ribeirão Preto

O Estado de São Paulo tem 9 dos 28 primeiros aeroportos regionais que vão receber grandes obras federais para aumento de capacidade.
A lista dos 28 aeroportos foi obtida pela Folha com exclusividade. Os projetos para a licitação dessas unidades já estão concluídos, o que permite ao governo federal iniciar a concorrência para as ampliações ainda neste ano.
O valor envolvido não pode ser divulgado porque a licitação será no modelo de Regime Diferenciado de Contratação, em que o orçamento é sigiloso para os concorrentes.
A melhoria desses aeroportos faz parte do projeto lançado pelo governo em 2012 de colocar mais cerca de 32 milhões de pessoas a uma distância de 100 km de um aeroporto com voo comercial.
No total, o governo espera ampliar 270 aeroportos, no valor de R$ 7,2 bilhões --40 já receberam obras até agora.
Dos 28 desta leva, 6 já receberam melhorias e devem agora ter intervenções que lhes permitam receber aviões de médio e grande porte.
No caso de São Paulo, os aeroportos que vão receber investimentos transportam hoje cerca de 650 mil passageiros ao ano, sendo que quatro deles não têm voos comerciais (Fernandópolis, Franca, Barretos e Sorocaba).
Ricardo Volpi, superintendente do Daesp, órgão que administra os aeroportos estaduais paulistas, porém, diz que a prioridade é o investimento no aeroporto de Ribeirão Preto, o maior regional de São Paulo, com demanda de R$ 440 milhões em obras.
O ministro da Aviação Civil, Moreira Franco, diz que os projetos das outras unidades continuam em estudo para serem licitados e que está consultando as cidades para priorizar investimentos.
Na semana passada, em visita ao aeroporto de Juazeiro do Norte (CE) --onde a Infraero amplia o terminal de passageiros--, o ministro ouviu do secretário de Turismo da cidade, Roberto Celestino, que a prioridade seria reformar a pista para que ela possa receber aviões de maior porte, inclusive de carga.
Outra dificuldade será executar os projetos. No caso do aeroporto de Juazeiro do Norte, uma obra simples de construção de terminal teve três empresas retiradas do projeto por não conseguirem cumprir os cronogramas.

Governo quer abrandar regras aeroportuárias


O ministro Moreira Franco (Aviação Civil) afirma que apenas as obras de infraestrutura não serão suficientes para desenvolver a aviação regional no país. Para ele, serão necessárias mais mudanças para levar voos comerciais para as cidades menores, incluindo mudanças na regulamentação aeroportuária.
"As aeronaves avançaram mais rápido que a infraestrutura no Brasil. E a regulação avançou mais ainda", disse o ministro.
Segundo ele, isso faz com que um pequeno aeroporto no norte do país tenha que seguir regras praticamente iguais a de grandes unidades como Guarulhos (SP) e Galeão (RJ), os maiores aeroportos internacionais do país.
Moreira disse que já determinou à ANAC que elabore um projeto de lei para dar poder à agência de aprovar uma regulamentação específica para essas unidades, com exigências mais adequadas à quantidade de voos que esses aeroportos recebem.
LICITAÇÃO EM LOTES
Outra providência é tentar fazer as obras com mais velocidade, licitando os projetos em lotes para que empresas com maior porte e mais experiência com a construção de aeroportos se apresentem para a disputa.
"Apresentaremos esse plano ao TCU [Tribunal de Contas da União] para convencê-los de que essa é a melhor maneira", afirmou o ministro.

Tecnologia para evitar turbulências


New York Times

Até poucos anos atrás, as companhias aéreas recebiam seus boletins meteorológicos por telex. Os pilotos se debruçavam sobre resmas de papel e compararam as previsões com os planos de voo. Uma vez no ar, eles dependiam de comunicações de rádio e de radares rudimentares para evitar o mau tempo.

Agora, os pilotos baixam em tablets os planos de voo e relatórios climáticos cheios de gráficos detalhados. Controladores monitoram a aeronave em tempo real e oferecem dados atualizados. Novas gerações de sistemas de radares permitem ajustes fáceis durante o percurso.

O resultado? Menos chacoalhões, trancos e bebidas derramadas —fatos inerentes ao voo desde a invenção do avião.

“O segredo é a forma como você usa a informação”, disse Tim Campbell, vice-presidente-sênior de operações aéreas da American Airlines.“Fundamentalmente, é apenas uma previsão, e ainda é o tempo.”

Um maior poder computacional, a melhoria das tecnologias via satélite e os avanços em radares e modelos científicos têm se somado para permitir às companhias uma compreensão mais detalhada das condições de voo. 
Isso significa que elas podem planejar as operações antes da decolagem —cancelando voos com antecedência, por exemplo. Durante os voos, os pilotos têm mais condições de contornar tormentas e evitar turbulências. 
Nos Estados Unidos, o clima foi responsável por 36% dos atrasos das companhias aéreas em 2013, abaixo dos 50% de 2003, de acordo com o Departamento de Estatísticas dos Transportes.

“Nossa previsão para sete dias atualmente é praticamente tão precisa quanto uma previsão de três dias era há dez anos”, disse Michael Pat Murphy, meteorologista do Centro Meteorológico da Aviação, em Kansas City.

Os meteorologistas do centro fornecem informações meteorológicas para o setor aéreo. A cada duas horas, eles fazem uma conferência para apresentar às companhias e ao centro de comando da Administração Federal de Aviação previsões atualizadas sobre tempestades e chuvas.

Eles também divulgam a cada seis horas uma previsão global usada por companhias aéreas do mundo todo, e são responsáveis pela emissão de alertas sobre condições perigosas, como a ocorrência de trovoadas ou formação de gelo nos EUA.
A turbulência representa um desafio especial, porque não pode ser vista por satélite ou radar. Mas os meteorologistas usam modelos climáticos, assim como relatos de pilotos, para prever áreas de turbulência forte.

Sensores em alguns aviões operados pela Alaska Airlines, American Airlines e Delta Air Lines pode transmitir automaticamente informações sobre turbulência para os controladores, a fim de que busquem rotas alternativas para voos posteriores.

Em média, 36 pessoas ficam feridas por ano desde 2002 por causa de turbulências. Neste mês, um jato da companhia Allegiant Air chocou-se contra uma área de ar agitado sobre a Flórida, deixando três feridos.
“Podemos identificar com segurança as áreas potenciais para turbulência”, disse Tom Fahey, que lidera uma equipe de 27 meteorologistas da Delta. “O difícil é identificar os locais exatos em um dado momento, já que a turbulência, por definição, está em movimento.”

Alguns especialistas também acreditam que a frequência e intensidade das turbulências poderiam aumentar por causa da mudança climática.

A Southwest Airlines recentemente equipou 87 dos seus 600 Boeings-737 com sensores que medem o vapor de água no ar, a fim de determinar a localização de nevoeiros, a formação de nuvens e os tetos de nuvens.

A Hawaiian Airlines desenvolve mapas meteorológicos em tempo real nas cabines, para permitir que os pilotos tenham acesso a informações tão detalhadas quanto as disponíveis para os controladores em terra.

Os meteorologistas também esperam que novos satélites, a serem lançados a partir do início de 2016, permitam uma melhor leitura das nuvens baixas e de ambientes com pouca visibilidade, duas das maiores causas de acidentes fatais para pilotos particulares e da aviação geral.

OUTRAS MÍDIAS


Jornal do Comércio (RS)


Gaúchos na competição de Engenharia Aeronáutica

Estudantes de Engenharia de oito escolas do Rio Grande do Sul construíram aeronaves radiocontroladas para disputar a 16ª Competição SAE BRASIL Aero Design, entre 30 de outubro e 2 de novembro, em São José do Campos (SP). Ao todo, 95 equipes inscreveram-se para a competição de Engenharia: 87 do Brasil e oito do exterior — Venezuela, México, Peru e Polônia. A SAE BRASIL é uma associação sem fins lucrativos e que congrega engenheiros, técnicos e executivos unidos pela missão comum de disseminar técnicas e conhecimentos relativos à tecnologia da mobilidade em suas variadas formas: terrestre, marítima e aeroespacial.



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