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NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 19/08/2014

Nanossatélite brasileiro completa 59 dias em órbita ...




Do dia de seu lançamento até hoje, o NanosatC-Br1 já deu mais de 1.600 voltas ao redor do planeta ...



O primeiro CubeSat brasileiro, o NanosatC-Br1, completou 59 dias em órbita, nesta segunda-feira, 18. Segundo técnicos envolvidos no projeto, na semana passada o nanossatélite apresentou falhas em uma das duas formas de transmissão de dados, problema que foi identificado e restabelecido. A partir desta semana, os dados coletados pelas estações de Santa Maria (RS) e do Instituto de Aeronáutica e Espaço (ITA), em São José dos Campos (SP), serão exportados para um banco de dados no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) aos quais os responsáveis pelos experimentos terão acesso via área restrita do site do projeto, por meio de senha, para fazer transferência dos arquivos de seus interesses ...







Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.




PORTAL G-1


Força Aérea Brasileira diz que piloto de avião não falou em falhas técnicas


FAB diz que piloto disse que ia arremeter, mas não falou em falhas técnicas. Corpo de Eduardo Campos foi enterrado domingo,no Recife.

Hoje muitos pernambucanos visitaram o túmulo do ex-governador do estado, Eduardo Campos. Ontem, 160 mil pessoas lotaram as ruas do Recife para se despedir dele.
Os caixões do ex-governador Eduardo Campos, do jornalista Carlos Percol e do fotógrafo Alexandre Severo, ficaram lado a lado, na frente do palácio do Campo das Princesas. A fila para prestar a última homenagem chegou a três quilômetros.

A viúva Renata Campos esteve o tempo todo ao lado do caixão do marido, junto com os quatro filhos mais velhos. O mais novo, o bebê Miguel, ficou por perto, nos braços dos parentes. A candidata à vice na chapa do PSB, Marina Silva, participou do velório desde a madrugada. A presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição pelo PT, chegou acompanhada do ex-presidente Lula.
O candidato à presidência pelo PSDB, Aécio Neves, também foi ao velório. A missa campal, celebrada pelo arcebispo de Olinda e Recife Dom Fernando Saburido, teve muitos momentos de emoção. Cantores pernambucanos fizeram homenagens ao ex-governador.
O velório terminou às 16h30 e o caixão de Eduardo Campos foi levado para o caminhão do Corpo de Bombeiros. Levou quase duas horas para percorrer dois quilômetros.  Já era noite quando Eduardo Campos foi enterrado, ao lado do avô Miguel Arraes. A despedida teve aplausos e fogos.
Investigação
O Cenipa, Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aéreos, em Brasília, Distrito Federal, já teve as conversas dos pilotos com a torre de controle de voo, da base área de Santos, litoral de São Paulo.
A Força Aérea Brasileira (FAB) confirmou que na última conversa com a torre de controle o piloto disse que ia arremeter, mas não falou em falhas técnicas. As peças do avião estão separadas na base aérea de Santos e serão levadas para analise em laboratórios.
Algumas peças podem ser encaminhadas para o fabricante, no exterior. Assim que ficarem prontos, os laudos vão para o Cenipa.  Os investigadores também verificam as condições do tempo e o emocional dos pilotos. Não há prazo para o fim da investigação.

Parte dos destroços do avião de Campos será analisada em São José


Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial fará análise. Envio das peças só deve acontecer após fim da triagem dos destroços.

Parte dos destroços da aeronave Cessna 560XL que caiu em Santos e matou o candidato à Presidência da República Eduardo Campos (PSB) será encaminhada para análise no Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), em São José dos Campos. A aeronave onde estavam o ex-governador de Pernambuco e mais seis pessoas caiu na manhã da última quarta-feira (13).

Segundo a Força Aérea Brasileira (FAB), a coleta de peças e materiais da aeronave foi concluída nesta segunda-feira (18). Parte do material será encaminhada para o DCTA após uma triagem e definição de quais tipos de análise serão necessárias para a investigação. Outros laboratórios no país também devem analisar peças da aeronave. Ainda não há um prazo para o envio do material.
No DCTA, o setor responsável pela investigação de acidentes aéreos é a Divisão de Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (DPAA). O local conta com 17 profissionais, a maioria com doutorado na área e habilitados como investigadores aeronáuticos pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), para análise de casos.

"Além deles, toda a estrutura do DCTA, como profisisonais ou laboratórios, e também do ITA colaboram com as investigações caso seja necessário", explica o chefe da divisão, capitão José Augusto de Almeida.

Caixa Preta
A FAB, responsável pela investigação do acidente aéreo, afirmou que já foram extraídas e analisadas por quatro técnicos do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) as duas horas de áudio da caixa-preta do jato que conduzia o ex-governador pernambucano para o litoral paulista.
Entretanto, segundo a própria FAB, a gravação da caixa-preta do avião com prefixo PR-AFA não é do voo de Campos e sim de um outro voo realizado dias antes.

Em nota, a Força Aérea afirmou que, até o momento, não é possível determinar a data dos diálogos registrados na caixa-preta encontrada em Santos, em razão de o equipamento não arquivar esse tipo de informação.
O acidente
A queda do avião ocorreu por volta das 10h, na quarta-feira (13), em um bairro residencial de Santos, no litoral paulista. O candidato tinha uma agenda de campanha em Santos. Chovia no momento do acidente.

A Aeronáutica informou em nota que o avião decolou do aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, com destino ao aeroporto de Guarujá, também no litoral. "Quando se preparava para pouso, o avião arremeteu devido ao mau tempo. Em seguida, o controle de tráfego aéreo perdeu contato com a aeronave", informou.
Além de Campos, outras seis pessoas estavam na aeronave.
Veja a lista:
- Eduardo Campos, candidado à presidência
- Alexandre Severo Silva, fotógrafo
- Carlos Augusto Leal Filho (Percol), assessor
- Geraldo Magela Barbosa da Cunha, piloto
- Marcos Martins, piloto
- Pedro Valadares Neto
- Marcelo de Oliveira Lyra

Seis vítimas do acidente moravam na área onde caiu o avião foram para a Santa Casa de Santos, entre elas duas crianças, duas mulheres e uma idosa. Todas passam bem. A Polícia Federal enviou seis peritos para Santos a fim de trabalhar na apuração da causa do acidente. Aeronáutica e Polícia Civil também vão investigar.

Sepultamento
O corpo do ex-governador e candidato à Presidência Eduardo Campos foi enterrado na noite deste domingo (17), no Cemitério de Santo Amaro. O sepultamento foi seguido por uma multidão, que acompanhou o cortejo de cerca de dois quilômetros do Palácio do Campo das Princesas até o cemitério, na área central do Recife. De acordo com a Polícia Militar, somando velório, cortejo e sepultamento, participaram das cerimônias fúnebres cerca de 160 mil pessoas.
O assessor de imprensa de Campos, Carlos Percol foi sepultado por volta das 14h30 de domingo e Alexandre Severo, cremado no começo da noite do mesmo dia.

O outro assessor de Campos, o cinegrafista Marcelo Lyra, foi levado para o Morada da Paz desde o desembarque na Base Aérea do Recife, onde também foi velado e enterrado.
As outras três vítimas do acidente - o assessor político Pedrinho Valadares, o piloto Marcos Martins e o copiloto Geraldo da Cunha - também foram enterrados neste domingo.

Especialistas americanos fazem nova vistoria no local do acidente


Eles voltaram ao bairro Boqueirão, neste domingo (17). Segundo eles, investigação sobre a queda do avião pode levar até um ano.

Especialistas da Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos e técnicos da fabricante do avião que caiu e matou o candidato à presidência da República, Eduardo Campos (PSB), e mais seis pessoas, em Santos, no litoral de São Paulo, estiveram novamente no local do acidente neste domingo (17).
Os técnicos chegaram ao Brasil no sábado (16), quando fizeram a primeira vistoria da área da queda do avião. Após entrarem em alguns imóveis, eles informaram que as investigações sobre o que causou a tragédia podem levar até um ano.
Segundo a doméstica Cleide Aparecida Lopes Martins, que encontrou com os americanos no momento da visita, eles não fizeram nenhuma pergunta e apenas observaram a situação do local. "Vistoriaram e já foram embora. Ninguém perguntou nada. Só mostrei o estado da casa", disse.

O caso
A queda do avião ocorreu por volta das 10h, nesta quarta, em um bairro residencial de Santos, no litoral paulista. O candidato tinha uma agenda de campanha em Santos. Chovia no momento do acidente.
A Aeronáutica informou em nota que o avião decolou do aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, com destino ao aeroporto de Guarujá, também no litoral. "Quando se preparava para pouso, o avião arremeteu devido ao mau tempo. Em seguida, o controle de tráfego aéreo perdeu contato com a aeronave", informou.
Além de Campos, outras seis pessoas estavam na aeronave.
Veja a lista:
- Eduardo Campos, candidado à presidência
- Alexandre Severo Silva, fotógrafo
- Carlos Augusto Leal Filho (Percol), assessor
- Geraldo Magela Barbosa da Cunha, piloto
- Marcos Martins, piloto
- Pedro Valadares Neto
- Marcelo de Oliveira Lyra
Seis vítimas do acidente moravam na área onde caiu o avião foram para a Santa Casa de Santos, entre elas duas crianças, duas mulheres e uma idosa. Segundo o hospital, todas passam bem.
A Polícia Federal enviou seis peritos para Santos a fim de trabalhar na apuração da causa do acidente. Aeronáutica e Polícia Civil também vão investigar.
Em Santos, Marina Silva, candidata à vice-presidência na chapa de Campos, disse que a tragédia impõe luto e profunda tristeza. "Durante esses dez meses de convivência aprendi a respeitá-lo, admirá-lo e a confiar nas suas atitudes e nos seus ideais de vida. Eduardo estava empenhado com esses ideais até os útlimos segundos de sua vida."
A presidente Dilma Rousseff decretou luto oficial de três dias. "Estivemos juntos, pela última vez, no enterro do nosso querido Ariano Suassuna. Conversamos como amigos. Sempre tivemos claro que nossas eventuais divergências políticas sempre seriam menores que o respeito mútuo característico de nossa convivência", afirmou a presidente em nota oficial.
Os principais adversários de Campos na campanha eleitoral, Dilma e Aécio Neves (PSDB), cancelaram os compromissos de campanha.
Todos os comitês de Dilma suspenderam as atividades após a confirmação da morte. "Estou absolutamente perplexo", afirmou Aécio Neves no Rio Grande do Norte.
Caixa Preta
A Força Aérea Brasileira (FAB), responsável pela investigação do acidente aéreo afirmou que já foram extraídas e analisadas por quatro técnicos do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) as duas horas de áudio da caixa-preta do jato que conduzia o ex-governador pernambucano para o litoral paulista. Entretanto, segundo a própria FAB, a gravação da caixa-preta do avião com prefixo PR-AFA não é do voo de Campos e sim de um outro voo realizado dias antes.
Em nota, a Força Aérea afirmou que, até o momento, não é possível determinar a data dos diálogos registrados na caixa-preta encontrada em Santos, em razão de o equipamento não arquivar esse tipo de informação.
Mapeamento 3D
Após o acidente ter ocorrido, a Polícia Federal começou nesta sexta-feira (15) a escanear a área atingida pelo acidente aéreo que matou o candidato à Presidência da República, Eduardo Campos (PSB), e mais seis pessoas. As imagens foram registradas com a utilização de um drone, veículo aéreo com câmera não tripulado.
O mapeamento 3D foi feito a partir das primeiras fotos e vídeos que foram colhidos pelos peritos, com o objetivo de realizar uma possível reconstituição do que aconteceu minutos antes da queda do jato particular. Com o material coletado, a expectativa é que a Polícia Federal consiga entender e até percorrer com o equipamento o trajeto feito pela aeronave.
Cronologia Eduardo Campos - vale este (Foto: Arte/G1)
Moradores retornam
Os munícipes cujas casas foram atingidas e danificadas pelo jato particular após a queda começaram a retornar para suas moradias na madrugada de sexta-feira (15).
Alguns deles cogitaram a possibilidade de pedir indenização por prejuízos causados pela quada do avião. Além disso, um advogado e representante da Comissão dos Direitos do Consumidor da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), orientou que os moradores que tiveram algum prejuízo financeiro por conta do acidente podem pedir o ressarcimento.
Imóveis interditados
A Defesa Civil liberou na noite de quinta-feira (14) 11 de 13 imóveis que estavam interditados desde quarta-feira (13) por conta do acidente com o jato particular. A decisão foi tomada após a divulgação do laudo do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), que vistoriou o local durante todo o dia.
O secretário de Infraestrutura e Edificações de Santos, Nilson Barreiro, disse que os outros dois imóveis estão comprometidos e uma avaliação constatou que os dois imóveis não possuem condições de habitabilidade. Ambos serão notificados e a Defesa Civil aguardará um laudo dos proprietários para a reconstrução deles.
O primeiro imóvel é uma academia, que fica localizada na Rua Alexandre Herculano, o outro é um conjunto de três blocos na Rua Vahia de Abreu, onde um apartamento sofreu maior impacto e pegou fogo.
Avô morreu no mesmo dia
Nove anos antes, em 2005, no mesmo dia (13 de agosto), morreu o avô do presidenciável, Miguel Arrais, de quem Campos era herdeiro político.
Campos deixou o governo de Pernambuco em abril deste ano para concorrer à Presidência da República.
Segundo a mais recente pesquisa de intenção de voto do Ibope, divulgada no último dia 7, ele tinha 9% das intenções de voto, atrás de Dilma, com 38%, e Aécio, com 23%.
De acordo com a legislação eleitoral, o PSB poderá registrar em até dez dias outro candidato para substituir Eduardo Campos na disputa pela Presidência da República.
Como a partido da ex-senadora Marina Silva, a Rede Sustentabilidade, não conseguiu registro a tempo para concorrer na eleição deste ano, ela se filiou ao PSB. Ela poderá substituir Eduardo Campos como candidata ou permanecer como vice.
Veja abaixo vídeos com a íntegra das entrevistas que Eduardo Campos concedeu ao Jornal Nacional nesta terça-feira (12) e ao G1 na última segunda-feira (11).

JORNAL O GLOBO


FAB diz que presença de peritos estrangeiros não significa interferência internacional na investigação


Representantes dos EUA já estão no Brasil

BRASÍLIA - A Força Aérea Brasileira (FAB) entende que a presença de peritos estrangeiros atuando na investigação das causas do acidente do Cessna que matou o presidenciável Eduardo Campos (PSB) não deve ser entendida como interferência indevida, mas como uma cooperação natural nesse tipo de ocorrência. Em nota, a FAB informa que protocolos internacionais preveem esse tipo de cooperação, envolvendo os países de fabricação da aeronave, que têm o direito de enviar um investigador para acompanhar os trabalhos realizados no país onde o acidente tenha ocorrido. A Convenção de Chicago, que trata da cooperação mútua envolvendo acidentes aéreos, reúne 191 países.
No caso do acidente ocorrido em Santos (SP), os Estados Unidos, fabricante da aeronave (Cessna), e o Canadá, país do fabricante dos motores (Pratt & Whitney), vão participar das investigações. Os norte-americanos já até enviaram três representantes, que são da autoridade aeronáutica do governo e da Cessna. Os canadenses ainda não chegaram ao Brasil.
"A cooperação é prática usual entre os signatários da Convenção de Chicago, uma vez que o objetivo compartilhado por todos é o de prevenir acidentes, melhorando os níveis de segurança da aviação mundial" - afirmou o brigadeiro Dilton José Schuck, chefe do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa).
Apesar do direito dos estrangeiros em participar da investigação, a FAB afirma que a conclusão da investigação com a identificação dos fatores contribuintes do acidente do avião que vitimou Campos, além da emissão das recomendações de segurança, são prerrogativas do governo brasileiro e será feito pelo Cenipa. Os países estrangeiros poderão, porém, fazer comentários ao relatório final da investigação.

PORTAL UOL


Fabricante de avião alertava para riscos



Um alerta que consta no manual do avião que caiu com Eduardo Campos aponta para o risco de o jato mergulhar abruptamente durante procedimento feito em subidas e arremetidas.
O procedimento apontado pela Cessna, fabricante do jato Citation 560 XL, é o recolhimento dos flaps –dispositivo que, acionado, aumenta a área das asas para dar mais sustentação ao avião em baixas altitudes, como em pousos ou decolagens.
Segundo o alerta, se os flaps forem recolhidos quando o avião estiver acima de 370 km/h, o nariz pode ser jogado para baixo, o que, na prática, pode tornar o avião difícil de controlar.
Isso acontece por um efeito aerodinâmico nos estabilizadores horizontais –pequenas asas na cauda. É uma particularidade dos Citation.
Os flaps são recolhidos assim que o avião ganha altitude; pode ser após uma decolagem ou de uma arremetida, mesmo procedimento que o Citation PR-AFA fez antes de cair, em Santos.
Não está claro se isso aconteceu. A Aeronáutica investiga as causas do acidente.
Em entrevista à Folha no sábado (16), o brigadeiro Juniti Saito, comandante da Aeronáutica, disse que "os flaps estavam recolhidos".
Para evitar o problema, a Cessna criou um inibidor que impede o avião de jogar o nariz para baixo em alta velocidade –informação que também está no manual. Não se sabe, tampouco, se o inibidor do jato de Campos falhou.
Segundo um piloto de Citation, o alerta sobre o mergulho está no manual como meio de prevenção se o sistema de proteção falhar.
PRECEDENTE
O alerta para o Citation foi incluído no manual em 2004, como um procedimento obrigatório, depois da investigações de um incidente na Suíça dois anos antes. No incidente, sem mortes, o avião estava acima de 2.740 metros ao dar um mergulho; e só se estabilizou em 914 m.
A Folha procurou a Cessna, que não falou sobre o manual. Disse que o alerta consta em arquivo produzido pela Flight Safety, organização baseada nos EUA autorizada pela Cessna a dar treinamento a empresas e pilotos que operam aviões feitos por ela.
A reportagem reforçou o pedido para que a empresa se posicionasse sobre a informação do manual, mas não obteve nova resposta.

JORNAL O ESTADO DE SÃO PAULO


Para peritos, flaps podem elucidar motivo da queda


Investigação aponta que equipamento do jato estava recolhido, o que poderia ter causado 'put down' se o avião estivesse a 370 km/h

As primeiras análises dos restos das peças do Cessna Citation que caiu na quarta-feira, matando o ex-governador de Pernambuco e candidato à Presidência pelo PSB Eduardo Campos e mais seis pessoas, apontaram que os flaps do avião estavam recolhidos.

O dado sobre o flap é considerado fundamental para a avaliação das causas do acidente. Quando um piloto vai aterrissar, é preciso “baixar os flaps”, que são como extensões das asas e ajudam na sustentação e frenagem do avião no solo.
Mas no manual de instrução do jato há uma restrição segundo a qual os flaps não podem ser recolhidos se o avião estiver em velocidade acima de 200 nós, ou seja, acima de 370 km/h.
Assim, se o piloto acelera com os flaps abertos, baixados, depois de uma eventual arremetida com a potência do motor no máximo e acima desse patamar, a recomendação é para que se reduza a velocidade, baixando a altitude, recolha os flaps e aí retome o voo normalmente. A constatação dos peritos não é ainda conclusiva e terá de ser mais detalhada na análise das peças pelos técnicos do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa).
Baque.

Segundo a instrução do Cessna, se os flaps forem recolhidos com o avião a mais de 370 km/h, ocorre um “put down” (baque) violento, movimento que puxa o avião para baixo, tirando a estabilidade da aeronave a ponto de desorientar o piloto.
Portanto, para os investigadores, se os flaps estão recolhidos é porque há duas opções imediatas: o procedimento pode ter sido realizado no tempo certo, com velocidade certa ou o flap foi recolhido após a arremetida, em alta velocidade.
Como o Cessna se acidentou e explodiu ao se chocar ao solo, a análise dos peritos se volta agora para a possibilidade de um eventual “put down”, tendo sido motivado por suposto recolhimento do flap acima de 370 km/h, contribuindo, desta forma, para o acidente.
O problema é que, em momentos de decisão e tensão, as operações não são todas feitas seguindo as recomendações. E para dificultar as investigações, na definição das diferente velocidades adotadas pelo avião quando se aproximava da Base Aérea, o Cessna não tinha, como equipamento de série, um gravador de dados, com informações sobre altitude do avião no momento de suas operações cruciais, como pouso e decolagem e comandos efetuados pelo piloto. Também não foram gravadas as conversas mantidas pelos piloto e copiloto na cabine.
Os investigadores ainda consideram um problema o fato de não existir torre de controle em Santos, que centraliza e armazena vários dados do voo, mas apenas uma estação de rádio controlada por um operador.
Segundo o operador da Base Aérea de Santos, que já foi ouvido informalmente pela comissão de investigação, o piloto da aeronave estava absolutamente tranquilo quando lhe informou que estava arremetendo, assim como quando respondeu que ia esperar o tempo melhorar para tentar nova aterrissagem. Mas há especulações de que ele pudesse estar em uma altitude baixa, que não deu sustentação ao avião, na hora de arremeter. Tudo isso, agravado pelo mau tempo na região.
Segundo informações da Força Aérea, se o avião possuísse um gravador de dados do voo seria possível apontar exatamente a velocidade e altura do avião na hora da arremetida. Mas os militares envolvidos ressaltam que há técnicas na investigação do acidente que permitem que se chegue a uma precisão considerável de importantes dados no momento do impacto, mas não da arremetida.
Segundo os técnicos, até agora, o único choque registrado do avião foi contra o solo, deixando uma cratera de quatro metros.

PORTAL BRASIL


Embraer participa de exercício da FAB para aperfeiçoar nova aeronave



Engenheiros da Embraer estão em Campo Grande (MS) para participar do exercício Transportex, que acontece até o próximo dia 26 de agosto, com a participação de quinze esquadrões da FAB. O objetivo deles é refinar a nova aeronave de transporte da FAB, o KC-390.
“A Embraer faz essas visitas para aprender e entender como nós utilizamos nossas aeronaves de transporte. Assim, nós teremos um produto adequado às nossas necessidades. Na Transportex, eles conseguem colher informações de vários esquadrões em um só lugar”, explica o Major Fernando Benitez Leal, da gerência técnica do projeto. A comitiva é composta por engenheiros de sistemas, interiores, ensaios em voo, sistemas ambientais e instrução de clientes.
“O intuito é adquirir conhecimento e a base de doutrina para desenvolver o curso para os pilotos e fomentar melhorias, junto aos engenheiros responsáveis pelo sistema do produto, para suprir quaisquer lacunas que possam existir”, explicou Otávio Baroni, instrutor de clientes da Embraer.
Os representantes da empresa assistiram a uma palestra sobre os procedimentos da FAB em missões de evacuação aeromédica, como no transporte das vítimas da Boate Kiss, em Santa Maria (RS), em 2013. “O transporte de enfermos exige algumas peculiaridades como a utilização de equipamento de UTI. A Embraer precisa entender os detalhes que a aeronave necessita para atender a missão, como, por exemplo, ter um ponto de tomada elétrica de uma voltagem específica para eu poder ligar esse equipamento”, afirma o Major Benitez. Nessa configuração, cada KC-390 poderá transportar até 74 macas.
Equipes da Embraer também já estiveram na Antártida para acompanhar voos dos C-130 Hércules da FAB. A partir da visita, foram identificadas as adaptações para que o novo jato possa operar naquele tipo de ambiente.
Em maio, foi assinado o contrato para a aquisição de 28 unidades para a Força Aérea Brasileira. A primeira deve ser entregue em 2016.

JORNAL O POVO (CE)


Nanossatélite brasileiro completa 59 dias em órbita


Do dia de seu lançamento até hoje, o NanosatC-Br1 já deu mais de 1.600 voltas ao redor do planeta

O primeiro CubeSat brasileiro, o NanosatC-Br1, completa 59 dias em órbita, nesta segunda-feira, 18. Segundo técnicos envolvidos no projeto, na semana passada o nanossatélite apresentou falhas em uma das duas formas de transmissão de dados, problema que foi identificado e restabelecido.
A partir desta semana, os dados coletados pelas estações de Santa Maria (RS) e do Instituto de Aeronáutica e Espaço (ITA), em São José dos Campos (SP), serão exportados para um banco de dados no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) aos quais os responsáveis pelos experimentos terão acesso via área restrita do site do projeto, por meio de senha, para fazer transferência dos arquivos de seus interesses.
A primeira falha apresentada foi detectada no último dia 2. Verificou-se que a memória flash de bordo aparentemente não realizava sua lógica de esvaziamento por software ficando saturada. De acordo com os técnicos, este comportamento já havia sido notado, mas como não afetava os dados das cargas úteis enviados não havia sido tratado na operação.
No dia 9, após alguns procedimentos, a falha foi sanada e a memória flash voltou a operação como programada, sendo que dois dias depois todo o problema estava resolvido. Até hoje, o NanosatC-Br1 já deu mais de 1.600 voltas ao redor do planeta, continuando a ser monitorado por vários rádio amadores em diversos países.
Sobre o equipamento
O NanosatC-Br1 é um pequeno satélite científico (pouco mais de um quilo) e o primeiro cubesat desenvolvido no País, produzido em parceria do CRS, do Inpe e da UFSM. Também esteve envolvida na sua preparação a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e as empresas Emsisti, Innovative Solution in Space (ISS), empresa holandesa fornecedora da plataforma do cubesat, e a brasileira Lunus Aeroespacial.
O NanosatC-Br1 comporta dois instrumentos científicos, sendo um magnetômetro e um detector de partículas de precipitação, para o monitoramento em tempo real do geoespaço, visando com isso o estudo da precipitação de partículas e de distúrbios na magnetosfera sobre o território nacional para a determinação de seus efeitos em regiões como a da Anomalia Magnética no Atlântico Sul (Sama, sigla em inglês) e do setor brasileiro do eletrojato equatorial.

PORTAL TERRA


vc repórter: Domingo Aéreo da FAB exibe aviões em São Paulo



ImagemA Força Aérea Brasileira (FAB) promoveu no interior de São Paulo, no último domingo, a edição de 2014 do Domingo Aéreo. Realizado na Academia da Força Aérea (AFA), na cidade de Pirassununga, o evento contou com exibições de aeronaves, paraquedismo, exposições, entre outros.
A partir das 9h, a AFA abriu ao público os portões de sua sede, localizada próximo ao quilômetro 39 da Estrada De Aguaí (SP-225). A entrada era gratuita e os ingressos poderiam ser obtidos em troca de 1 quilo de alimento não perecível. O evento acontece anualmente e integra as comemorações alusivas ao Dia do Aviador e ao Dia da Força Aérea Brasileira (ambos em 23 de outubro).
Entre as atividades realizadas, estão as apresentações de paraquedistas, que aconteceram na abertura e no encerramento da celebração, as demonstrações de aeronaves militares e civis, helicópteros, planadores e exibições de aeromodelismo. Uma das atrações mais esperadas, a Esquadrilha da Fumaça realizou dois sobrevoos.




OUTRAS MÍDIAS


PORTAL PANROTAS



Anac deverá transferir atribuições; saiba mais

O Governo Federal estuda revê a atuação da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), que poderá perder algumas atribuições para poder se dedicar mais à regulação do setor. A ideia é que ainda este ano a Anac defina as funções que deverão permanecer sob seu guarda-chuva e transfira as demais para outros órgãos públicos ou até mesmo iniciativa privada.
A Anac entende que a quantidade de atribuições é muito grande para o número de servidores, fazendo com que a realização de parte do trabalho seja feito por amostragem. Atividades como inspeção das condições do aeroporto, situação da pista, cercas e sinalização, por exemplo, podem ser repassadas. A proposta é deixar a Anac com estrutura semelhante à de outras agências, como Aneel e ANTT, que não têm fiscais nos estados e sim convênios com o poder local.
Diz respeito à Anac fiscalizar o setor do transporte aéreo, desde os serviços prestados pelas empresas até o funcionamento da aviação geral. O órgão também monitora o estado da pista e o nível das ranhuras e homologa a implementação de equipamentos e instrumentos de voos.
Atualmente, a Anac tem 1.300 funcionários e autorização para realizar concurso para 600 vagas. Quando foi criada, a Anac chegou a ter 2.4 mil funcionários - a maioria militar que não faz mais parte do quadro.


JORNAL A TRIBUNA (SP)



Peritos americanos acompanham investigação da queda de avião com Campos  

A equipe de peritos norte-americanos do Conselho Nacional de Segurança em Transportes (NTSB), que acompanha as investigações da queda da aeronave, em Santos, matando o presidenciável Eduardo Campos (PSB), quatro assessores e dois pilotos, na última quarta-feira, permanece na Baixada Santista.
Eles pedem que dois imóveis no entorno do local do acidente sigam interditados por pelo menos mais uma semana. O objetivo da agência investigadora de acidentes dos Estados Unidos, país fabricante da aeronave Cessna Citation, é fazer uma nova análise na área do bairro do Boqueirão, em Santos, para tentar encontrar outras peças do jato.
Os imóveis que devem permanecer interditados, por sugestão dos peritos, são um prédio na Rua Vahia de Abreu (com quatro apartamentos) e a academia Mahatma, na Rua Alexandre Herculano, 115.

Até uma semana na Baixada
A previsão é de que os técnicos americanos permaneçam na região por mais uma semana. Os trabalhos posteriores, segundo um dos agentes que conversou com a Reportagem no último domingo, podem levar até um ano.
As partes da aeronave encontradas pelas equipes de buscas nos imóveis atingidos e nas imediações do Boqueirão, foram encaminhadas para a Base Aérea de Santos, que fica em Guarujá, local onde o jatinho deveria ter pousado na manhã da última quarta-feira.
Os destroços passarão por perícia. Os peritos americanos tentarão remontar parte do avião onde estavam Eduardo Campos e mais seis vítimas do acidente.
Em nota, o Centro de Comunicação Social da Aeronáutica explica que as turbinas serão analisadas pela equipe de investigação do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aéreos (Cenipa) e de engenheiros do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) em um laboratório da Pratt & Whitney no interior de São Paulo. Os destroços da aeronave serão enviados ao DCTA, para análise dos investigadores. Até o momento, não há definição do dia em que os destroços e motores serão levados aos laboratórios.





AGÊNCIA CNT DE NOTÍCIAS (DF)



Mais de 200 caminhões de combate a incêndio reforçarão segurança nos aeroportos

Veículos especiais são utilizados para resposta imediata em caso de incidentes ou acidentes aeronáuticos.

Natália Pianegonda

A SAC (Secretaria de Aviação Civil) e a Infraero acertaram a aquisição de mais de 200 caminhões de combate a incêndio para operarem em aeroportos de todo o país. Os veículos, denominados tecnicamente de CCIs (Carro Contraincêndio de Aeródromo) são utilizados para resposta imediata em caso de incidentes ou acidentes aeronáuticos. Todas unidades estarão em operação até o ano que vem. 
As unidades beneficiarão principalmente aeroportos regionais. Somente a SAC definiu a compra de 145 veículos, dos quais 35 já foram entregues. Do total, 98 serão destinados a aeródromos administrados por estados, prefeituras ou pelo Comaer (Comando da Aeronáutica). Outros 47 foram em parceria com a Infraero, destinados a aeroportos administrados pela estatal. Conforme a SAC, “as aquisições foram para substituir os equipamentos já existentes nos aeroportos, mas em alguns casos, o acréscimo dos caminhões pode ampliar a oferta de voos nos aeródromos”.
Os veículos, com tecnologia 85% nacional, são fabricados pelas empresas Lavrita Engenharia Consultoria e Equipamentos Industriais Ltda e Triel-HT Industrial e Participações S/A.
Os modelos da Lavrita têm capacidade para armazenar 6,1 mil litros de água, 780 litros de líquido gerador de espuma e 200 quilos de pó químico. Os da Triel também têm capacidade para 6,1 mil litros de água e 780 litros de líquido gerador de espuma, mas a capacidade de pó químico é até 220 quilos. Todos têm tração 4x4. A previsão de entrega é até 2015.
Já a Infraero está equipando aeroportos com um total de 127 CCIs. Além dos 47 já mencionados, de fabricação nacional, outros 80 são importados, fabricados pela empresa Iveco Magirus Latin America. Maiores, esses veículos podem armazenar até 11 mil litros de água, 1,4 mil litros de líquido gerador de espuma e 250 quilos de pó químico. O modelo Super Impact tem tração 6x6 e a previsão é que as unidades sejam entregues até o final de 2014. A aceleração vai de 0 a 80km/h em menos de 35 segundos e a velocidade máxima é superior a 110km/h. Ao todo, 48 terminais administrados pela estatal contarão com novos CCIs até o ano que vem.
Treinamento

A aquisição dos novos veículos está exigindo treinamento específico para as equipes que atuam na prevenção e combate a incêndios os aeroportos. Conforme a Infraero, no caso dos CCIs importados, fornecidos pela Iveco Magirus, os treinamentos estão sendo ministrados aos Instrutores de Contraincêndio da Infraero. Depois eles atuarão como multiplicadores nos aeroportos.
Já no caso dos veículos da Lavrita e Triel, por se tratarem de carros nacionais, os treinamentos serão ministrados pelos fabricantes diretamente nos aeroportos.
Ainda segundo a Infraero, há um plano anual de treinamentos para capacitar e reciclar os bombeiros de aeródromo nos próprios aeroportos em que atuam, já que a estatal é a única empresa reconhecida pela Anac, até o momento, para capacitar bombeiros para a atividade aeroportuária.
A definição das equipes que atuam em cada aeródromo varia conforme o tamanho da estrutura, o processamento de passageiros embarcados e desembarcados, dimensões e frequências das operações de aeronaves. Nos terminais maiores, o efetivo total se aproxima de 90 bombeiros.

VOZ DA RÚSSIA (PR)



Após luto, Marina leva vantagem sobre Aécio
 

Marina Silva, que substituiu Eduardo Campos como candidato pelo PSB à presidência do Brasil, mudou drasticamente a corrida eleitoral. O fluxo tíbio do rio desemboca em uma cascata forte.
Amarildo Torrizelli
Segundo a última pesquisa da Datafolha, Marina destituiu o social-democrata Aécio Neves do segundo lugar na imitação de eleições. Agora ele tem 20%, e Marina, 21%. A trabalhista e presidente atual Dilma Rousseff segue na liderança com 36%, um pouco menos do que quando Campos competia.
Agora, o potencial segundo turno traz uma surpresa: Marina seria eleita presidente com 47% das intenções de voto. Dilma, no entanto, restaria com 43%.
A volta do clima eleitoral
Após meia-semana de choque, dor e silêncio político, vozes públicas começam a ser ouvidas de novo. Não podia ser de outra maneira. A morte de um dos três principais candidatos, mesmo o menos midiático deles, a dois meses das eleições, se torna inevitavelmente evento eleitoral. Dá certo tom à corrida. Agora, o tom adquirido é a nomeação (ainda não oficial) de Marina como substituta e sucessora de Campos, morto em acidente aéreo em Santos, no litoral paulista.
Existe certo receio de que a ecologista e ex-ministra do Meio Ambiente, Marina, agora filiada ao PSB, pode recuar no ano que vem para construir definitivamente o partido Rede Sustentabilidade. O PSB faz parte da coligação que hospeda também a Rede, ainda sem registro. Ou seja, a Rede bem poderá trazer consigo o PSB, em gratidão ao abrigo temporário.
Porém, Marina também pode demorar mais tempo no PSB, participando da criação da Rede Sustentabilidade como um projeto do partido.
Na noite do domingo, o site da Rede Sustentabilidade permanecia escuro, com um apelo à “coragem” (ver foto). Coragem aos familiares do candidato falecido, claro. Mas também coragem ao próprio partido sem registro, que deverá se esforçar, agora, para se mostrar viável e necessário. As seis últimas matérias do site são de luto, e a manchete de 15 de agosto (sexta-feira) afirma que “momento é de silêncio respeitoso”, se referindo a uma reportagem da Folha de São Paulo com “especulações”.
Agora, aquele momento já terminou, mas a morte de Eduardo Campos resta manchete na mídia e tema principal do discurso político. O assunto pode ser escudo e arma do período de agosto da campanha de todos os três candidatos.
Mistério das caixas-pretas
A investigação do acidente aéreo em Santos, SP, que matou Eduardo Campos e outras seis pessoas que o acompanhavam para um ato no litoral paulista, pode demorar até um ano, dizem peritos da Federação Americana de Aviação e da empresa Cessna, que fabricou o avião que se acidentou. Os peritos, citados pelo Estado de S.Paulo, não entraram em pormenores.
Já representantes da Força Aérea Brasileira (FAB), contatados pela Voz da Rússia, não comentam quanto pode levar a investigação. Investigação é coisa séria e “achismos” não estão muito bem-vindos, afirmou o major aviador Diogo Piassi Dalvi.
Na sexta-feira passada o CENIPA (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) analisou as caixas-pretas do avião acidentado. Segundo a nota oficial da FAB, “as duas horas de áudio, capacidade máxima de gravação do equipamento, obtidas e validadas pelos técnicos certificados, não correspondem ao voo realizado no dia 13 de agosto”. Nem é possível determinar a data dos diálogos resgatados, que a nota não cita. A FAB confirma esta informação.
As causas da ausência de gravações correspondentes ao último voo do Cessna do presidenciável estão sendo apuradas. Segundo as estimativas, pode se tratar de uma falha técnica que não permitiu a caixa-preta gravar. Esta versão, entre outras, está sendo examinada agora pela equipe internacional, integrada também por representantes da Cessna (produtora do avião), da Pratt & Whitney (produtora do motor do avião) e outras organizações. Sua participação é prevista pela Convenção de Chicago.



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