NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 16/08/2014
Iniciativa fomenta desenvolvimento do setor aeroespacial ...
Apoio financeiro por meio de instituições de fomento visa impulsionar produtividade e competitividade da área ...
Empresas dos setores aeroespacial e de defesa vão receber, neste ano, incentivo para o desenvolvimento de projetos e produtos. Valores beneficiarão estudos, absorção de tecnologias, sistemas de vigilância e supervisão de bordo. A iniciativa faz parte de um projeto do ministério da defesa de apoio financeiro a projetos por meio de instituições de fomento. O objetivo é impulsionar a produtividade e competitividade do setor ...
Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.
FAB diz que gravação da caixa-preta de jato não era do voo de Campos
Aeronáutica informou que dados da caixa-preta já foram analisados. Em nota, FAB ressaltou que não é possível precisar a data dos diálogos.
A Força Aérea Brasileira (FAB), responsável pela investigação do acidente aéreo que causou a morte do presidenciável do PSB, Eduardo Campos, informou nesta sexta-feira (15) que já foram extraídas e analisadas por quatro técnicos do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) as duas horas de áudio da caixa-preta do jato que conduzia o ex-governador pernambucano para o litoral paulista. Segundo a FAB, a gravação da caixa-preta do avião com prefixo PR-AFA não é do voo de Campos.
Com a queda do avião, na última quarta-feira (13), morreram, além do candidato do PSB, quatro assessores de campanha e os dois pilotos do jato. Confome o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, a liberação dos corpos pelo Instituto Médico Legal (IML) deve ocorrer neste sábado (16).
Em nota, a Força Aérea afirmou que, até o momento, não é possível determinar a data dos diálogos registrados na caixa-preta encontrada em Santos, em razão de o equipamento não arquivar esse tipo de informação.
“As razões pelas quais o áudio obtido não corresponde ao voo serão apuradas durante o processo de investigação”, advertiu o comunicado da FAB.
Além da caixa-preta da aeronave, a Força Aérea disse que investigará alguns fatores relacionados aos pilotos do jato em que estava Eduardo Campos, como se eles haviam voado por mais horas seguidas do que a lei permite, documentação, exames recentes que foram apresentados, entre outros. Além disso, durante a investigação do acidente aéreo serão ouvidos familiares dos pilotos para apurar se os profissionais passavam por problemas pessoais.
A análise da caixa-preta da aeronave começou nesta quinta, após o equipamento ser levado de Santos para Brasília. O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), órgão vinculado à FAB, apura as causas do acidente.
FAB ouvirá familiares de pilotos do jato de Eduardo Campos
Depoimentos podem esclarecer se eles passavam por problemas pessoais. Segundo a FAB, iniciativa é procedimento de rotina em acidentes aéreos.
A Força Aérea Brasileira (FAB) informou nesta sexta-feira (15) que convidará familiares dos dois pilotos do jato particular que caiu em Santos (SP) causando a morte do presidenciável do PSB, Eduardo Campos, e de outras seis pessoas a prestarem depoimento na investigação de acidente aéreo que irá apurar as causas da tragédia. Conforme a assessoria da FAB, o objetivo dos convites é tentar esclarecer se os profissionais passavam por problemas pessoais. O procedimento faz parte dos ritos investigatórios padrões da Aeronáutica.
Os dois pilotos, Marcos Martins e Geraldo Magela Barbosa, estavam com as licenças de pilotagem válidas. Ambos tinham mais de 1,5 mil horas de voo e nunca se envolveram em acidentes.
A chamada “avaliação do fator humano” envolverá ainda, segundo a FAB, investigações sobre se os pilotos haviam trabalho por mais tempo do que a lei permite, documentação deles e exames mais recentes apresentados.
Nesta quinta (14), o Sindicato Nacional do Aeronautas (SNA) informou que pedirá ao Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) apure se o cansaço relatado pelo piloto Marcos Martins na internet pode ter sido uma das causas do acidente em Santos.
De acordo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a aeronave envolvida no acidente não possuía qualquer histórico de problemas. O jato, segundo a Anac, foi fabricada em 2010.
Anac diz que gravador de avião de Campos deveria estar funcionando
FAB disse que áudio encontrado na caixa-preta não era do voo do acidente. Anac disse que manutenção do jato estava em dia e que ajuda na apuração.
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) informou nesta sexta-feira (15) que o jato em que voava Eduardo Campos na quarta (13) em Santos (SP), dia do acidente que o matou, estava com a manutenção em dia. Em nota, o órgão disse, porém, que o gravador das conversas dos pilotos deveria estar em funcionamento.
Nesta sexta, a Força Aérea Brasileira (FAB), responsável pela investigação do acidente, informou que a gravação de duas horas encontrada no equipamento não correspondia ao voo que levou à morte do ex-governador de Pernambuco.
"Pela regulamentação, a aeronave não pode decolar se o CVR [sigla para “Cockpit Voice Recorder”] não estiver funcionando. O equipamento, embora não seja um item de segurança, deve ser obrigatoriamente checado pelo comandante antes do início do taxiamento, conforme manual de operação do fabricante da aeronave", diz o texto.
O gravador, segundo a Anac, também deve ser verificado a cada 150 horas de voo ou a cada 24 meses, o que ocorrer primeiro.
Conforme a Anac, o jato em que voava Campos, PR-AFA, modelo CESSNA AIRCRAFT 560XL, estava com a Inspeção Anual de Manutenção (IAM) e o Certificado de Aeronavegabilidade válidos, após verificação em fevereiro deste ano.
De acordo com a agência, a aeronave pertencia à Cessna Finance Export Corporation e era operada pela empresa privada AF Andrade Empr. E Participações LTDA., conforme Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB).
A Anac informou ter solicitado à Polícia Federal apoio para localizar o operador a fim de verificar se a aeronave foi vendida, operação não comunicada ao órgão. A agência disse que também está contribuindo com o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes (Cenipa), órgão da Aeronáutica, e com a Polícia Federal para investigar as causas do acidente.
Nesta tarde, o comandante da Aeronáutica, Brigadeiro Juniti Saito, esteve no Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência da República, por cerca de uma hora, onde se reuniu com a presidente Dilma Rousseff. O G1 procurou a assessoria da FAB, que informou "desconhecer" o assunto da reunião.
Nesta sexta, a Força Aérea Brasileira (FAB), responsável pela investigação do acidente, informou que a gravação de duas horas encontrada no equipamento não correspondia ao voo que levou à morte do ex-governador de Pernambuco.
"Pela regulamentação, a aeronave não pode decolar se o CVR [sigla para “Cockpit Voice Recorder”] não estiver funcionando. O equipamento, embora não seja um item de segurança, deve ser obrigatoriamente checado pelo comandante antes do início do taxiamento, conforme manual de operação do fabricante da aeronave", diz o texto.
O gravador, segundo a Anac, também deve ser verificado a cada 150 horas de voo ou a cada 24 meses, o que ocorrer primeiro.
Conforme a Anac, o jato em que voava Campos, PR-AFA, modelo CESSNA AIRCRAFT 560XL, estava com a Inspeção Anual de Manutenção (IAM) e o Certificado de Aeronavegabilidade válidos, após verificação em fevereiro deste ano.
De acordo com a agência, a aeronave pertencia à Cessna Finance Export Corporation e era operada pela empresa privada AF Andrade Empr. E Participações LTDA., conforme Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB).
A Anac informou ter solicitado à Polícia Federal apoio para localizar o operador a fim de verificar se a aeronave foi vendida, operação não comunicada ao órgão. A agência disse que também está contribuindo com o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes (Cenipa), órgão da Aeronáutica, e com a Polícia Federal para investigar as causas do acidente.
Nesta tarde, o comandante da Aeronáutica, Brigadeiro Juniti Saito, esteve no Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência da República, por cerca de uma hora, onde se reuniu com a presidente Dilma Rousseff. O G1 procurou a assessoria da FAB, que informou "desconhecer" o assunto da reunião.
Piloto testemunhou acidente com jato de Campos: "Condições extremas"
Segundo o piloto, as condições climáticas não eram favoráveis para voar. Giovannini não descarta que problemas mecânicos possam ter ocorrido.
O piloto privado Matheus Giovannini, de 21 anos, relatou o que presenciou no momento do acidente aéreo, que resultou na morte do ex-governador de Pernambuco e candidato à Presidência da República, Eduardo Campos, e mais seis pessoas, na manhã de quarta-feira (13), em Santos, no litoral de São Paulo. Segundo o piloto, as condições climáticas não eram favoráveis para o voo no dia.
Giovannini não descarta que problemas mecânicos possam ter ocorrido após a aeronave arremeter o pouso na Base Aérea de Santos, em Guarujá, no litoral paulista. Para ele, algo que pode ter contribuído para o acidente. “A pista é razoavelmente curta, mas suficiente para um pouso normal. O problema é que com o tempo que fazia no dia, as condições se tornam extremas. O vento estava bem forte e a visibilidade era de 3.000 KM, próximo do mínimo, e para o pouso o limite é de 700 pés. Naquele dia, em Santos, as condições eram de 800 pés. Ele não conseguiu ver a pista, estava arriscado pousar e, provavelmente, por conta disso ele decidiu arremeter. Agora, o motivo pelo qual ele voava tão baixo depois da arremetida ainda é um mistério”, diz.
O piloto conta que não detectou qualquer sinal de fogo ou fumaça saindo da aeronave, momentos antes da queda. “Pelo breve momento que eu pude observar a aeronave, não consegui identificar fogo ou rastro de fumaça. Parece que o avião estava limpo. Não vi nenhum dano à fuselagem”, revela.
Indagado sobre o que poderia ter causado o acidente, Giovannini prefere ser cauteloso, apesar de apontar alguns aspectos técnicos que poderiam levar à queda. “Conversei com alguns comandantes que já voaram com esse tipo de aeronave e eles relataram que quando há problema desse gênero eles recolhem os flaps (dispositivos hiper-sustentadores que consistem de abas, existentes na parte posterior das asas). Isso ajuda a aeronave a frear no ar, estabilizando-a. Porém, depois que ele arremeteu, obrigatoriamente você teria que tirar os flaps. Talvez, na hora de tirar o último, como ele estava acima de 200 nós, com a velocidade excessiva, o avião pode ter empinado com o nariz para baixo. No entanto, também não sei o que pode, tecnicamente, ter levado a aeronave a voar tão baixo depois da arremetida. Não sabemos o que aconteceu. Mas a pista não era indicada para o pouso, nas condições em que ela estava”, comenta.
O piloto, que trabalha próximo ao local onde o acidente ocorreu, relembra que as janelas e vidraças do edifício chegaram a se quebrar por causa do barulho da aeronave. “Ouvi o barulho forte dos motores e eles pareciam estar em força máxima. Foi um barulho estridente, incomum nessa situação de voo. Alguns vidros de janelas e vidraças da parte debaixo do prédio onde trabalho, perto da área do acidente, se quebraram”, destaca.
Já sobre a possibilidade de o piloto do voo de Campos ter escolhido a área onde tentaria um pouso emergencial, Giovannini não crê nessa possibilidade. “Tecnicamente, eu não sei o que pode ter levado a aeronave a voar tão baixa na curva de arremetida. Basicamente, o piloto estava sem visibilidade e se deparou com o prédio em cima, por isso fez uma curva de grande inclinação, o que provavelmente o levou a perder o controle da aeronave. Eu acredito que ele não tinha muitas condições para escolher onde pousar. Se ele voasse por mais 10 segundos, chegaria ao mar, onde ele teria melhores condições de um pouso mais suave, do que imbicar em direção ao solo”, conclui.
O caso
A queda do avião ocorreu por volta das 10h, nesta quarta, em um bairro residencial de Santos, no litoral paulista. O candidato tinha uma agenda de campanha em Santos. Chovia no momento do acidente.
A queda do avião ocorreu por volta das 10h, nesta quarta, em um bairro residencial de Santos, no litoral paulista. O candidato tinha uma agenda de campanha em Santos. Chovia no momento do acidente.
A Aeronáutica informou em nota que o avião decolou do aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, com destino ao aeroporto de Guarujá, também no litoral. "Quando se preparava para pouso, o avião arremeteu devido ao mau tempo. Em seguida, o controle de tráfego aéreo perdeu contato com a aeronave", informou.
Além de Campos, outras seis pessoas estavam na aeronave.
Veja a lista:
- Eduardo Campos, candidado à presidência
- Alexandre Severo Silva, fotógrafo
- Carlos Augusto Leal Filho (Percol), assessor
- Geraldo Magela Barbosa da Cunha, piloto
- Marcos Martins, piloto
- Pedro Valadares Neto
- Marcelo de Oliveira Lyra
- Eduardo Campos, candidado à presidência
- Alexandre Severo Silva, fotógrafo
- Carlos Augusto Leal Filho (Percol), assessor
- Geraldo Magela Barbosa da Cunha, piloto
- Marcos Martins, piloto
- Pedro Valadares Neto
- Marcelo de Oliveira Lyra
Seis vítimas do acidente moravam na área onde caiu o avião foram para a Santa Casa de Santos, entre elas duas crianças, duas mulheres e uma idosa. Segundo o hospital, todas passam bem.
A Polícia Federal enviou seis peritos para Santos a fim de trabalhar na apuração da causa do acidente. Aeronáutica e Polícia Civil também vão investigar.
Em Santos, Marina Silva, candidata à vice-presidência na chapa de Campos, disse que a tragédia impõe luto e profunda tristeza. "Durante esses dez meses de convivência aprendi a respeitá-lo, admirá-lo e a confiar nas suas atitudes e nos seus ideais de vida. Eduardo estava empenhado com esses ideais até os útlimos segundos de sua vida."
A presidente Dilma Rousseff decretou luto oficial de três dias. "Estivemos juntos, pela última vez, no enterro do nosso querido Ariano Suassuna. Conversamos como amigos. Sempre tivemos claro que nossas eventuais divergências políticas sempre seriam menores que o respeito mútuo característico de nossa convivência", afirmou a presidente em nota oficial.
Caixa Preta
A Força Aérea Brasileira (FAB), responsável pela investigação do acidente aéreo afirmou que já foram extraídas e analisadas por quatro técnicos do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) as duas horas de áudio da caixa-preta do jato que conduzia o ex-governador pernambucano para o litoral paulista. Entretanto, segundo a própria FAB, a gravação da caixa-preta do avião com prefixo PR-AFA não é do voo de Campos e sim de um outro voo realizado dias antes.
A Força Aérea Brasileira (FAB), responsável pela investigação do acidente aéreo afirmou que já foram extraídas e analisadas por quatro técnicos do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) as duas horas de áudio da caixa-preta do jato que conduzia o ex-governador pernambucano para o litoral paulista. Entretanto, segundo a própria FAB, a gravação da caixa-preta do avião com prefixo PR-AFA não é do voo de Campos e sim de um outro voo realizado dias antes.
Em nota, a Força Aérea afirmou que, até o momento, não é possível determinar a data dos diálogos registrados na caixa-preta encontrada em Santos, em razão de o equipamento não arquivar esse tipo de informação.
Mapeamento 3D
Após o acidente ter ocorrido, a Polícia Federal começou nesta sexta-feira (15) a escanear a área atingida pelo acidente aéreo que matou o candidato à Presidência da República, Eduardo Campos (PSB), e mais seis pessoas. As imagens foram registradas com a utilização de um drone, veículo aéreo com câmera não tripulado.
Após o acidente ter ocorrido, a Polícia Federal começou nesta sexta-feira (15) a escanear a área atingida pelo acidente aéreo que matou o candidato à Presidência da República, Eduardo Campos (PSB), e mais seis pessoas. As imagens foram registradas com a utilização de um drone, veículo aéreo com câmera não tripulado.
O mapeamento 3D foi feito a partir das primeiras fotos e vídeos que foram colhidos pelos peritos, com o objetivo de realizar uma possível reconstituição do que aconteceu minutos antes da queda do jato particular. Com o material coletado, a expectativa é que a Polícia Federal consiga entender e até percorrer com o equipamento o trajeto feito pela aeronave.
Moradores retornam
Os munícipes cujas casas foram atingidas e danificadas pelo jato particular após a queda começaram a retornar para suas moradias na madrugada de sexta-feira (15).
Os munícipes cujas casas foram atingidas e danificadas pelo jato particular após a queda começaram a retornar para suas moradias na madrugada de sexta-feira (15).
Alguns deles cogitaram a possibilidade de pedir indenização por prejuízos causados pela quada do avião. Além disso, um advogado e representante da Comissão dos Direitos do Consumidor da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), orientou que os moradores que tiveram algum prejuízo financeiro por conta do acidente podem pedir o ressarcimento.
Imóveis interditados
A Defesa Civil liberou na noite de quinta-feira (14) 11 de 13 imóveis que estavam interditados desde quarta-feira (13) por conta do acidente com o jato particular. A decisão foi tomada após a divulgação do laudo do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), que vistoriou o local durante todo o dia.
A Defesa Civil liberou na noite de quinta-feira (14) 11 de 13 imóveis que estavam interditados desde quarta-feira (13) por conta do acidente com o jato particular. A decisão foi tomada após a divulgação do laudo do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), que vistoriou o local durante todo o dia.
O secretário de Infraestrutura e Edificações de Santos, Nilson Barreiro, disse que os outros dois imóveis estão comprometidos e uma avaliação constatou que os dois imóveis não possuem condições de habitabilidade. Ambos serão notificados e a Defesa Civil aguardará um laudo dos proprietários para a reconstrução deles.
O primeiro imóvel é uma academia, que fica localizada na Rua Alexandre Herculano, o outro é um conjunto de três blocos na Rua Vahia de Abreu, onde um apartamento sofreu maior impacto e pegou fogo.
Avô morreu no mesmo dia
Nove anos antes, em 2005, no mesmo dia (13 de agosto), morreu o avô do presidenciável, Miguel Arrais, de quem Campos era herdeiro político.
Nove anos antes, em 2005, no mesmo dia (13 de agosto), morreu o avô do presidenciável, Miguel Arrais, de quem Campos era herdeiro político.
Campos deixou o governo de Pernambuco em abril deste ano para concorrer à Presidência da República.
Segundo a mais recente pesquisa de intenção de voto do Ibope, divulgada no último dia 7, ele tinha 9% das intenções de voto, atrás de Dilma, com 38%, e Aécio, com 23%.
De acordo com a legislação eleitoral, o PSB poderá registrar em até dez dias outro candidato para substituir Eduardo Campos na disputa pela Presidência da República.
Como a partido da ex-senadora Marina Silva, a Rede Sustentabilidade, não conseguiu registro a tempo para concorrer na eleição deste ano, ela se filiou ao PSB. Ela poderá substituir Eduardo Campos como candidata ou permanecer como vice.
Velório na sede do governo pernambucano
Os corpos dos ocupantes do jato chegaram na noite desta quarta ao Instituto Médico-Legal (IML) central de São Paulo. Eles passarão por exames de DNA e de reconhecimento de arcada dentária antes de serem liberados para as famílias.
Os corpos dos ocupantes do jato chegaram na noite desta quarta ao Instituto Médico-Legal (IML) central de São Paulo. Eles passarão por exames de DNA e de reconhecimento de arcada dentária antes de serem liberados para as famílias.
O governador de Pernambuco, João Lyra Neto (PSB), viaja para São Paulo nesta quinta para ajudar no processo de identificação e traslado do corpo de Campos.
O velório será no Palácio do Campo das Princesas, sede do governo de Pernambuco. A família do político já decidiu que há uma missa campal, de corpo presente, na frente do Palácio. A área será interditada ainda nesta quinta.
Infraero despeja o Aeroclube do Brasil, fundado por Santos Dumont
Em uma semana triste para a aviação do Brasil, a Justiça do Rio determinou na quarta, 13, a desocupação em até 30 dias do Aeroclube do Brasil (ACB), em hangares do Aeroporto de Jacarepaguá, no Rio. A sentença do juiz vem do processo de despejo que a Infraero move contra a entidade há mais de um ano. Fundado por Alberto Santos Dumont em 1911, o centenário Aeroclube tornou-se ícone da aviação civil, escola de milhares de pilotos e agora cederá lugar a funcionários da estatal remanejados do Aeroporto Internacional do Rio, com a concessão do terminal para a iniciativa privada.
Trâmites
Decisão do juiz Paulo Espírito Santo, da 2ª Vara Federal, processo nº 9444-9720144025101. Interventor do ACB, José Parreira diz que os advogados vão recorrer.
Decisão do juiz Paulo Espírito Santo, da 2ª Vara Federal, processo nº 9444-9720144025101. Interventor do ACB, José Parreira diz que os advogados vão recorrer.
Aluguel caro, não
Os hangares são cedidos desde a década de 70 para o ACB, ‘porém não foi possível a regularização da ocupação por meio de convênio não oneroso’, explicou a Infraero.
Os hangares são cedidos desde a década de 70 para o ACB, ‘porém não foi possível a regularização da ocupação por meio de convênio não oneroso’, explicou a Infraero.
Ocupação
A Infraero informa que ‘parte da área será utilizada para realocar aproximadamente 189 empregados’ que atuavam no Galeão. O juiz manda provar, do contrário cai a sentença.
A Infraero informa que ‘parte da área será utilizada para realocar aproximadamente 189 empregados’ que atuavam no Galeão. O juiz manda provar, do contrário cai a sentença.
Comoção na pista
O despejo gerou comoção entre aeronautas e historiadores. ‘O ACB foi o verdadeiro berço de uma multidão de aeronautas’, diz o decano comandante Hamilton Lourenço.
O despejo gerou comoção entre aeronautas e historiadores. ‘O ACB foi o verdadeiro berço de uma multidão de aeronautas’, diz o decano comandante Hamilton Lourenço.
Protocolo pós-tragédia
O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes, da Aeronáutica, em Brasília, é o único órgão da América do Sul com capacidade de decodificar caixas-pretas de aviões. A do Voice do PR-AFA que caiu com Eduardo Campos e equipe já é investigada, mas pode demorar meses. Peças do jato estão em laboratório em São José dos Campos (SP).
O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes, da Aeronáutica, em Brasília, é o único órgão da América do Sul com capacidade de decodificar caixas-pretas de aviões. A do Voice do PR-AFA que caiu com Eduardo Campos e equipe já é investigada, mas pode demorar meses. Peças do jato estão em laboratório em São José dos Campos (SP).
AeroTeses
Cresce entre especialistas em segurança de voo e experientes pilotos a tese de que o mau tempo, com neblina e chuva, e possível mudança brusca de vento, aliada à perda de força das turbinas pós-arremetida, podem ter causado o acidente com avião de Campos. O fato da ‘bola de fogo’ vista por populares não descarta choque de turbina com aves.
Cresce entre especialistas em segurança de voo e experientes pilotos a tese de que o mau tempo, com neblina e chuva, e possível mudança brusca de vento, aliada à perda de força das turbinas pós-arremetida, podem ter causado o acidente com avião de Campos. O fato da ‘bola de fogo’ vista por populares não descarta choque de turbina com aves.
Restos mortais do piloto serão levados por avião da FAB para Valadares
A família de Geraldo Magela Barbosa da Cunha espera receber o corpo até, no máximo, segunda-feira
Um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) levará os restos mortais do piloto mineiro Geraldo Magela Barbosa da Cunha, de 45 anos, uma das vítimas do acidente que matou o candidato do PSB à Presidência da República Eduardo Campos, para Governador Valadares, no Vale do Rio Doce. A família de Magelinha, como era conhecido, espera receber o corpo até, no máximo, segunda-feira. O piloto está sendo identificado pelo Instituto Médico Legal de São Paulo (IML). Há três meses trabalhando na campanha do socialista, Magela atuava como copiloto no voo com destino a Santos. O piloto deixa a mulher, Joseline Cunha, grávida de sete meses, e o filho, João, de 3 anos.
Eduardo Barbosa da Cunha, irmão de Magela, afirma que um representante do governo de Pernambuco está em Valadares em contato direto com os familiares. “A informação é que os restos mortais podem chegar de amanhã (hoje) até segunda-feira”, afirma. Um amigo da família, Elias Ribeiro, disse que a previsão dada pelo governo é de que o corpo chegue ao município do Leste de Minas na segunda-feira, às 15h. “Estamos organizando o enterro para terça-feira”, diz. O governo de Pernambuco arcará com as despesas do sepultamento.
Os restos mortais de Magelinha estão sendo os últimos a ser identificados. Na quinta-feira, peritos do IML foram a Valadares para colher material genético (mucosa da boca) do irmão a ser usado no exame de DNA. As amostras estão sendo confrontadas com os restos mortais e só chegaram a São Paulo ontem, com radiografias da arcada dentária do piloto. A demora na liberação do corpo tem deixado a família esgotada. “Não estou dando conta de mais nada”, confessa Eduardo Barbosa.
Ontem, a mulher de Magela e o filho desembarcaram em Belo Horizonte. A família mora em Santa Luzia, na região metropolitana, mas estava nos Estados Unidos para comprar o enxoval da bebê que nascerá em outubro. Ainda em estado de choque, Joseline foi para a casa de familiares na capital e está sedada. Em Nova York, ela e o filho estavam hospedados na casa do irmão mais velho de Magela, Rui Barbosa da Cunha, que também veio para o enterro do piloto. Rui Barbosa desembarcou direto em São Paulo, para ajudar na liberação dos restos mortais de Magelinha.
NÔMADE
Em São Paulo, Rita Regina da Silva, mãe do fotógrafo Alexandre Severo, morto no acidente de avião na quarta-feira, disse que o filho era nômade. “Posso dizer que estou feliz, meu filho morreu fazendo o que gostava.” Severo era fotógrafo oficial da campanha de Eduardo Campos à Presidência.
Rita Regina esteve na capital paulista para levar documentos do filho que serão importantes para a liberação do corpo. A pedido da família de Campos, todos os corpos serão liberados no mesmo dia. O material genético de todas as sete vítimas chegou ao IML de São Paulo na noite de quarta-feira. Os exames de DNA estarão prontos hoje, de acordo com nota do diretor do instituto, Ivan Miziara.
Apesar da indefinição quanto ao enterro, no Facebook, a família de Severo divulgou que terça-feira será celebrada a missa de sétimo dia, às 19h, na igreja Matriz do Espinheiro, no Recife.
"Não estamos escondendo nada", afirma comandante
Juniti Saito defende trabalho da Aeronáutica e diz que ainda não se sabe por que caixa-preta não contém diálogos
O comandante da Aeronáutica, brigadeiro Juniti Saito, relatou ao Estado o teor das últimas conversas do piloto da aeronave Cessna Citation 560XL que caiu na quarta-feira passada no litoral paulista, matando o candidato à Presidência da República do PSB, Eduardo Campos, e mais seis pessoas.
Segundo Saito, o piloto Marcos Martins, uma das vítimas do acidente, falou com o serviço de rádio em um momento crucial, informando que estava arremetendo por causa da visibilidade ruim. Questionado pelo controlador quais eram suas próximas intenções, respondeu, com tranquilidade, que iria “aguardar a melhoria do tempo”.
Só que, depois disso, o militar tentou, pelo menos, quatro contatos e não conseguiu mais comunicação com o piloto. A conversa foi mantida com o militar do serviço de radiocomunicação da Base Aérea de Santos e é posterior aos diálogos já divulgados que trouxeram informações sobre a aproximação da aeronave. A reconstrução desses detalhes foi possível pelas informações do pessoal de terra em Santos e das gravações da Base Aérea, já que não há qualquer registro das conversas dos pilotos no equipamento que ficava na cabine do avião.
Por que a caixa-preta não contém a conversa do voo que era tão aguardada para ajudar esclarecer o acidente?
Não sabemos o aconteceu. Estamos investigando. Todos estavam ansiosos pelo resultado da avaliação da caixa de voz, sobre o conteúdo da caixa-preta. Só que, lamentavelmente, não tem nenhum diálogo entre os pilotos. Não sei o que aconteceu.
O senhor tem alguma ideia sobre o que pode ter acontecido para a caixa-preta não registrar as conversas na cabine?
Os investigadores vão tentar descobrir. Pode ser uma pane no equipamento. Não sabemos exatamente. Por que alguém iria desligar deliberadamente um equipamento que pode servir de subsídio para trabalhos futuros, que grava tudo que acontece na cabine e pode ajudar as investigações em caso de acidente? Não tem explicação.
Qual foi o último contato do operador de rádio em Santos com o piloto?
O piloto falou com o sistema de rádio de Santos o tempo todo, informando a posição da aeronave e, quando da aproximação do procedimento, ele disse que estava arremetendo por causa da visibilidade ruim. O controlador, que não é um controlador de tráfego, mas um operador do sistema de rádio, perguntou quais as próximas intenções do piloto. E o piloto respondeu que ia aguardar a melhoria do tempo. Só que, depois disso, o piloto não chamou mais.
O controlador chamou o piloto?
O controlador do rádio chamou pelo menos umas quatro vezes o piloto. Foram várias tentativas. E ele não respondeu.
Todos esperavam pela transcrição da caixa-preta, que registra as conversas entre os pilotos dentro da cabine de comando, para saber o que aconteceu.
Não estamos escondendo nada, ao contrário. Gostaria que as pessoas confiassem na seriedade do Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) em buscar a verdade do que ocorreu porque tudo que encontrarmos será importante para evitar que novos acidentes deste tipo ocorram. Nosso trabalho é muito sério e reconhecido mundialmente.
Quando saberemos o que aconteceu?
Não podemos dar prazo. Estamos checando todos os parâmetros e examinando detidamente cada equipamento.
O senhor esteve hoje com a presidente Dilma Rousseff. Ela ficou preocupada com o fato de não existir gravação?
Eu pedi a audiência, já que na quarta-feira ela me designou para ir a Santos com o ministro Aloizio Mercadante e o vice-presidente Michel Temer. Fiz um relato do que vi lá. Apresentei os dados. Expliquei que não sabemos o que aconteceu com a caixa-preta e que não existe conversa dos pilotos em voo. Falei sobre a trajetória do voo e que estamos em um momento de busca de informações e explicações que pudessem ajudar nas investigações.
A Aeronáutica foi criticada por políticos?
Estamos à disposição para prestar esclarecimentos, mas gostaria que acreditassem no nosso trabalho que é muito sério. O nosso sistema de investigação é um dos mais respeitados mundialmente.
Piloto não reportou qualquer problema técnico, diz Saito
A última comunicação gravada do piloto Marcos Martins com o operador de rádio da Base Aérea do Guarujá não indica preocupação nem se refere a qualquer problema técnico no Cessna 560 XL.
Martins avisou ao rádio que estava arremetendo, ou seja, abortando a aterrissagem, quando o operador lhe perguntou sobre "suas próximas intenções". Ele respondeu: "Vou aguardar a melhoria de condições do tempo".
Até agora, a única frase divulgada de Martins havia sido gravada pela Torre de Controle de São Paulo, não pelo rádio de Santos, e foi antes da arremetida.
O comandante-geral da Aeronáutica, Juniti Saito, chega à base aérea de Anápolis (GO)
O comandante-geral da Aeronáutica, Juniti Saito, chega à base aérea de Anápolis (GO)
A informação é do comandante da Aeronáutica, brigadeiro Juniti Saito, que fez um relato nesta sexta-feira (15) para a presidente Dilma Rousseff sobre o estágio das investigações. Leia trechos da entrevista dele à Folha.
Folha - O que houve com a gravação da caixa-preta?
Juniti Saito - As conversas entre os pilotos não foram gravadas e as últimas vozes são de mecânicos no solo, mas são conversas sobre sistemas, nada relevante para a investigação.
Juniti Saito - As conversas entre os pilotos não foram gravadas e as últimas vozes são de mecânicos no solo, mas são conversas sobre sistemas, nada relevante para a investigação.
Por que não gravou?
Estamos fazendo consultas ao fabricante e à empresa de manutenção, porque isso não é usual.
Estamos fazendo consultas ao fabricante e à empresa de manutenção, porque isso não é usual.
O quanto prejudica as investigações?
Nós temos outros fatos e fatores para analisar, como as condições das turbinas e dos flaps e as gravações dos radares. Mesmo as turbinas estando danificadas, há boas condições de análise.
Nós temos outros fatos e fatores para analisar, como as condições das turbinas e dos flaps e as gravações dos radares. Mesmo as turbinas estando danificadas, há boas condições de análise.
A FAB trabalha com a hipótese de "desorientação espacial"?
Todo acidente, mesmo quando o fator principal é falha mecânica, tem a mão humana, seja dos pilotos, seja dos mecânicos. Mais de 80% dos acidentes ocorrem por falha humana.
Todo acidente, mesmo quando o fator principal é falha mecânica, tem a mão humana, seja dos pilotos, seja dos mecânicos. Mais de 80% dos acidentes ocorrem por falha humana.
Foi detectada alguma falha mecânica até agora?
Só temos certeza de que o trem de pouso e os flaps estavam recolhidos, funcionaram. Mas nada pode ser descartado, tudo entra na investigação.
Só temos certeza de que o trem de pouso e os flaps estavam recolhidos, funcionaram. Mas nada pode ser descartado, tudo entra na investigação.
Inclusive a hipótese de choque com drones?
Isso é coisa de quem quer tumultuar a investigação. Existe, sim, uma Notam (nota da Aeronáutica para pilotos) citando drones, mas a 20 km da pista, e esses drones pequenininhos só voam por instrumento a 300, 400 metros. E com chuva, vento forte, se o dono puser para voar, vai perder o drone dele.
Isso é coisa de quem quer tumultuar a investigação. Existe, sim, uma Notam (nota da Aeronáutica para pilotos) citando drones, mas a 20 km da pista, e esses drones pequenininhos só voam por instrumento a 300, 400 metros. E com chuva, vento forte, se o dono puser para voar, vai perder o drone dele.
E com pássaros?
É a mesma coisa. Sabe aquele jargão dos pilotos? "Com o tempo ruim, até urubu fica no chão". Urubu e drones não voam naquelas condições [do dia do acidente, de chuva e vento].
É a mesma coisa. Sabe aquele jargão dos pilotos? "Com o tempo ruim, até urubu fica no chão". Urubu e drones não voam naquelas condições [do dia do acidente, de chuva e vento].
O avião realmente apresentou fogo e fumaça ainda voando?
Isso, sinceramente, é coisa de quem não conhece bem... É muito difícil achar que tinha fogo e fumaça no ar, até porque o piloto não comunicou ao rádio hora nenhuma. Então, como as pessoas conseguiam ver fogo, fumaça, se o tempo estava ruim, fechado, chovendo muito?
Isso, sinceramente, é coisa de quem não conhece bem... É muito difícil achar que tinha fogo e fumaça no ar, até porque o piloto não comunicou ao rádio hora nenhuma. Então, como as pessoas conseguiam ver fogo, fumaça, se o tempo estava ruim, fechado, chovendo muito?
O sr. sabe qual foi a última comunicação do piloto?
Ele comunicou ao rádio [da Base do Guarujá] que estava arremetendo. O operador falou: "Suas próximas intenções". Então, ele disse: "Vou aguardar a melhoria de condições do tempo". Foram suas últimas palavras. Depois, o operador do rádio chamou uma, duas, três, quatro vezes, sem retorno.
Ele comunicou ao rádio [da Base do Guarujá] que estava arremetendo. O operador falou: "Suas próximas intenções". Então, ele disse: "Vou aguardar a melhoria de condições do tempo". Foram suas últimas palavras. Depois, o operador do rádio chamou uma, duas, três, quatro vezes, sem retorno.
Como foi sua conversa com a presidente?
Ela é muito perguntadora. Fiz um relato do que temos até agora, com a simulação do voo e o andamento das investigações. Não é muita coisa, mas é o que temos.
Ela é muito perguntadora. Fiz um relato do que temos até agora, com a simulação do voo e o andamento das investigações. Não é muita coisa, mas é o que temos.
O avião passou mesmo entre dois prédios?
Vi um delegado falando isso na televisão, mas nossa simulação não inclui isso. O importante é que foi muita sorte não matar ninguém no solo. Não teve vítimas e seguramente era para ter [no solo].
Vi um delegado falando isso na televisão, mas nossa simulação não inclui isso. O importante é que foi muita sorte não matar ninguém no solo. Não teve vítimas e seguramente era para ter [no solo].
O sr. está otimista quanto aos resultados da investigação, só com destroços e sem a gravação da caixa-preta?
Nosso sistema de investigação é reconhecido internacionalmente como um dos melhores do mundo. Só ficamos atrás do Canadá e empatamos com a União Europeia, com 96 a 97% de aprovação. Peço que confiem na Força Aérea, não vamos entrar no jogo político.
Nosso sistema de investigação é reconhecido internacionalmente como um dos melhores do mundo. Só ficamos atrás do Canadá e empatamos com a União Europeia, com 96 a 97% de aprovação. Peço que confiem na Força Aérea, não vamos entrar no jogo político.
Pequenos municípios poderão gerir aeroportos regionais em consórcio
A Secretaria de Aviação Civil aprovou um Plano Geral de Outorgas que regula a exploração de aeroportos civis públicos, segundo portaria publicada no Diário Oficial da União desta sexta-feira (15).
A exploração engloba a construção, implantação, ampliação, reforma, administração, operação, manutenção e exploração econômica de aeródromos.
Uma das regras estabelece, por exemplo, que apenas municípios com PIB (Produto Interno Bruto) superior a R$ 1 bilhão poderão administrar aeroportos regionais, mas um grupo de municípios vizinhos, cujo PIB somado ultrapasse esse valor, poderá formar um consórcio e gerir um terminal.
A ideia, com isso, é garantir que os aeroportos sejam geridos por quem tem mais condições. A prioridade para a administração de aeroportos regionais estratégicos, segundo nota da Secretaria de Aviação Civil, continuará sendo dos Estados.
O plano, que tem como meta estimular a expansão dos serviços de transporte aéreo, estabelece cinco modalidades de exploração: pela Infraero, por concessão, autorização, pelo Comaer (Comando da Aeronáutica) ou por delegação a Estados, ao Distrito Federal ou municípios.
No final de julho, o governo publicou medida provisória que cria o PDAR (Programa de Desenvolvimento da Aviação Regional), que tem entre seus objetivos a ampliação do acesso da população ao transporte aéreo e que deve custar cerca de R$ 1 bilhão em subsídios no primeiro ano.
O aeródromo com maior movimentação de passageiros de cada Estado ou do Distrito Federal, assim como aqueles considerados estratégicos pela SAC serão explorados pelo governo federal por meio da Infraero, exceto os explorados pelo Comaer, por concessão ou autorização.
O Comaer explorará aeródromos em que prevalece o uso militar ou por razões estratégicas para a segurança.
A concessão da exploração de aeródromos será considerada a partir do nível de saturação da infraestrutura e da necessidade de obras e investimentos, por exemplo, assim como o interesse da iniciativa privada no empreendimento, entre outros.
Estados, Distrito Federal e Municípios explorarão aeródromos que não se enquadram nos critérios de exploração pelo governo federal, desde que haja manifestação de interesse.
Os Estados e municípios poderão também conceder à iniciativa privada a gestão dos aeroportos, mas terão de comprovar que possuem condições técnicas de acompanhar e fiscalizar o contrato de concessão.
O plano entra em vigor a partir desta sexta-feira.
Aeronáutica e PF usam drones na investigação de acidente de Campos
SANTOS - A Polícia Federal e a Aeronáutica mapearam nesta sexta-feira o local do acidente com a aeronave que vitimou Eduardo Campos (PSB) com o uso de drones (veículo aéreo não tripulado com câmeras 3D) para ajudar na investigação do acidente.
O tenente-coronel Marcelo de Oliveria Cardoso, comandante do sexto batalhão da Polícia Militar em Santos, disse que foi feita uma reconstituição tridimensional de parte do trajeto. Ele afirmou que nem a PF nem a Aeronáutica falarão oficialmente. Os órgãos permanecem nas buscas em solo por partes da aeronave e estilhaços. O Corpo de Bombeiros está com 15 homens no local e prossegue na varredura de fragmentos de corpos. Não há previsão para o término dos trabalhos.
Caixa-preta não gravou áudio do voo de Campos, diz FAB
Áudios captados pelo equipamento são referentes a outro voo - até agora, não se sabe qual. Investigação será aberta para apurar o caso
A Força Aérea Brasileira (FAB) informou nesta sexta-feira que os áudios captados na caixa-preta da aeronave que levava Eduardo Campos e sua equipe a Santos (SP) não são referentes ao voo realizado na última quarta-feira. Os dados do gravador poderiam ser peça-chave para elucidar o acidente. Em nota, a FAB informou que foram extraídas e analisadas as duas horas de áudio da caixa-preta, o correspondente à capacidade máxima de gravação do equipamento. Nenhuma informação referente ao voo do presidenciável foi registrada. A FAB afirma ainda que nãom é possível determinar a data de gravação dos diálogos, já que o equipamento não faz esse tipo de registro, e que “as razões pelas quais o áudio obtido não corresponde ao voo serão apuradas durante o processo de investigação”. A informação de que o equipamento apresentava problemas foi antecipada pela coluna Radar, de Lauro Jardim.
A FAB ponderou que há outros meios que ajudem a apurar as causas do acidente: “É importante ressaltar que os dados obtidos no gravador de voz representam apenas um dos elementos levados em consideração durante o processo de investigação, não sendo imprescindíveis para a identificação dos possíveis fatores contribuintes”, disse, em nota. A Força Aérea deve apurar fatores como se os pilotos estavam voando no acima do limite permitido em lei, seus os exames de saúde recentes e se eles estavam passando por problemas pessoais.
A Aeronáutica começou a inspecionar na quinta-feira a caixa-preta do avião. Principal elemento da perícia para desvendar os motivos da queda do avião bimotor, a caixa-preta foi aberta no laboratório da Força Aérea, em Brasília. O equipamento do Cessna 560XL PR-AFA tinha capacidade para gravar até duas horas de áudio da cabine dos pilotos, mas estava danificado e passou por análises, com ajuda de um microscópio. O modelo da aeronave não possui sistema de armanzenamento de dados técnicos sobre os comandos realizados pelos pilotos durante os voos.
Em uma das últimas comunicações com o operador de rádio da Base Aérea de Santos, onde o jatinho de Campos deveria pousar, o comandante não relatou nenhum problema técnico ou pane na aeronave. Ele se aproximava do litoral paulista, mas desistiu da primeira tentativa de aterrissagem e pediu autorização para fazer uma manobra sobre a cidade. O contato ocorreu pouco antes das 10 horas. Chovia e ventava forte na manhã de quarta-feira, o que pode ter contribuído para o acidente. O relatório sobre o caso será elaborado pela comissão de oficiais do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa).
Confira a íntegra da nota da FAB:
Os dados do gravador de voz (Cockpit Voice Recorder - CVR) da aeronave PR-AFA, que se acidentou no dia 13 de agosto, já foram extraídos e analisados por quatro técnicos do Laboratório de Leitura e Análise de Dados de Gravadores de Voo (Labdata) do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA).
As duas horas de áudio, capacidade máxima de gravação do equipamento, obtidas e validadas pelos técnicos certificados, não correspondem ao voo realizado no dia 13 de agosto.
Não é possível, até o momento, determinar a data dos diálogos registrados no CVR, tendo em vista que esse tipo de equipamento não registra essa informação. As razões pelas quais o áudio obtido não corresponde ao voo serão apuradas durante o processo de investigação.
É importante ressaltar que os dados obtidos no gravador de voz representam apenas um dos elementos levados em consideração durante o processo de investigação, não sendo imprescindíveis para a identificação dos possíveis fatores contribuintes.
Como a FAB vai analisar a caixa-preta do avião de Campos
Aeronáutica divulgou imagens do equipamento de gravação que ajudará nas investigações sobre a causa do acidente que matou Eduardo Campos e outras seis pessoas
São Paulo – A Força Aérea Brasileira (FAB) divulgou vídeo que mostra como será realizado o trabalho de análise da caixa-preta do avião que caiu nesta quarta-feira em Santos (SP), matando o candidato à presidência Eduardo Campos (PSB) e outras seis pessoas.
O equipamento da aeronave Cessna 560XL PR-AFA - que contém a gravação do áudio da cabine durante as duas últimas horas de voo -, chegou a Brasília na tarde de ontem.
Os militares do Centro de Investigação de Acidentes (CENIPA) serão responsáveis por conduzir a investigação do material, que pode ajudar a esclarecer as causas do acidente.
O jato tinha como destino o aeroporto de Guarujá (SP), mas arremeteu. O procedimento é considerado corriqueiro quando há algum impedimento para o pouso.
Pouco antes do acidente, o piloto fez último contato com o centro de controle aéreo para avisar que não tinha avistado a pista e informar o procedimento que adotaria para a aterrissagem.
Com a voz tranquila, ele não informou neste momento nenhum problema com a aeronave. A expectativa com a investigação do conteúdo da caixa-preta é descobrir o que mudou nos minutos seguintes ao contato do piloto.
FAB diz que caixa-preta encontrada não contém áudio do voo de Campos
A caixa-preta do jato executivo que levava o candidato presidencial Eduardo Campos e sua equipe não contém registros de áudio do voo realizado na última quarta-feira, quando a aeronave caiu em Santos, no litoral de São Paulo, informou nesta sexta-feira a Força Aérea Brasileira (FAB).
"Às duas horas de áudio, capacidade máxima de gravação do equipamento, obtidas e validadas pelos técnicos certificados, não correspondem ao voo realizado no dia 13 de agosto", informou o comunicado emitido pela FAB, responsável pela investigação do acidente aéreo que resultou na morte de todas as pessoas a bordo.
"As razões pelas quais o áudio obtido não corresponde ao voo (de Campos) serão procuradas durante o processo de investigação", acrescenta o comunicado e a Força Aérea.
A nota também assegura que é importante ressaltar que os dados de voz representam "apenas um dos elementos" que são levados em consideração em uma investigação e nem sempre são imprescindíveis para identificar as causas de um acidente.
A morte de Campos, de 49 anos e que aparecia em terceiro nas enquetes de intenções de voto para as eleições presidenciais, impactou o mundo todo político e pode influenciar o resultado do pleito, já que o líder socialista era considerado um possível fator de desiquilíbrio entre a presidente Dilma Rousseff, que busca reeleição, e o social-democrata Aécio Neves, seu principal rival.
O PSB deve definir se a candidata à vice-presidência pela chapa de Campos, a ex-ministra e ex-senadora Marina Silva, assumirá a candidatura presidencial, uma opção que conta com o apoio da família do falecido dirigente.
Aeronáutica define área de voos
Medida visa proporcionar acesso ordenado e seguro dos transportes aéreos; solicitações para voos são analisadas considerando-se vários aspectos
Com o objetivo de proporcionar acesso ordenado e seguro dos Veículos Aéreos Não Tripulados (Vant), o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea) e a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) estabelecem medidas restritivas para esse tipo de voo.
As solicitações para voos de Vant são analisadas levando-se em consideração vários aspectos. A operação de qualquer tipo de Vant poderá ocorrer em espaço aéreo segregado, definido por Notam (aviso aos aeronavegantes), ficando proibida a operação em área compartilhada com aeronaves tripuladas. Desta forma, visa-se à redução do risco para pessoas e propriedades (no ar ou no solo).
No caso de Santos, foi realizada solicitação de área reservada para voo de Vant, entre os dias 11 e 31 de agosto. O Notam que se refere a esta demanda foi emitido para uma área situada a 19,5 km do aeródromo de Santos, bem distante da possível trajetória realizada pelo PR-AFA no dia 13 de agosto. Segundo o solicitante, nunca foi realizado voo com a aeronave.
Iniciativa fomenta desenvolvimento do setor aeroespacial
Apoio financeiro por meio de instituições de fomento visa impulsionar produtividade e competitividade da área
Empresas dos setores aeroespacial e de defesa vão receber, neste ano, incentivo para o desenvolvimento de projetos e produtos. Valores beneficiarão estudos, absorção de tecnologias, sistemas de vigilância e supervisão de bordo.
A iniciativa faz parte de um projeto do ministério da defesa de apoio financeiro a projetos por meio de instituições de fomento. O objetivo é impulsionar a produtividade e competitividade do setor.
Entre as instituições apoiadas estão a Embraer, Avibras, Odebrecht e Imbel. Algumas delas conseguiram as duas linhas de financiamento: pela Finep e BNDES. As empresas aguardam a aprovação desses órgãos de fomento para terem acesso aos recursos e darem continuidade a projetos que também beneficiarão as Forças Armadas.
Estão previstas propostas sobre comunicações submarinas e sonar nacional; visão multiespectral para veículos blindados; radares; desenvolvimento de fibra de carbono; e bateria de uso militar.
Para acompanhar o desenvolvimento dessas tecnologias, os departamentos de ciência e tecnologia das Forças Armadas vão trabalhar em conjunto com as empresas contratadas. Além disso, as instituições beneficiadas precisarão enviar relatórios de prestações de contas para a Finep e o BNDES.
A Finep está em fase de conclusão das análises dos projetos para posterior aprovação. Os próximos passos preveem assinatura dos contratos e início dos convênios. A financiadora estabeleceu como meta o foco em empresas mais estruturadas, aumento no volume de contratações, aquisição de novos clientes e integração de instrumentos e políticas de governo.
Sobre o programa
O programa de apoio foi instituído em maio de 2013, com a assinatura de protocolo de intenções entre os ministérios da Defesa; do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior; e o da Ciência, Tecnologia e Inovação. A iniciativa tem vigência de cinco anos, podendo ser prorrogado por igual período.
A proposta é dividida em quatro linhas temáticas: aeroespacial, defesa, segurança e materiais especiais. Nesse contexto, podem ser beneficiados projetos acerca de plataformas espaciais, foguetes, sensores, sistemas de identificação biométrica, armas não letais, ligas metálicas, resinas, tubos e propelentes sólidos.
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