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NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 12/08/2014

Na disputa por um mercado de US$ 265 bi ...




Embraer estima que mercado global de jatos executivos absorverá 9.235 unidades ao longo dos próximos dez anos. Clientes dos EUA deverão adquirir 50% das aeronaves ...



Um volume de negócios de US$ 265 bilhões. Esse é o potencial de mercado estimado pela Embraer Aviação Executiva para as vendas globais de jatos executivos nos próximos dez anos. Segundo a previsão divulgada ontem pela empresa, a cifra representa um total de 9.235 unidades, com destaque para o mercado americano, que conta atualmente com uma frota de cerca de 12 mil aeronaves e continuará representando cerca de 50% do segmento em todo o mundo ...







Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.




PORTAL BRASIL


Brasil se prepara para receber o esporte badminton nos Jogos Rio 2016


Expectativa é de que pelo menos 10 atletas panamericanos se classifiquem para a competição olímpica

Em entrevista durante a realização do I Grand Prix Brasil de Badminton, o vice-presidente da Federação Internacional de Badminton (BWF), Gustavo Salazar, destacou a importância de preparar o País para receber o esporte badminton nos jogos olímpicos em 2016. “Já contamos neste evento com os juízes de linha brasileiros que estão sendo apoiados pelos profissionais da federação mundial”, afirma. 
O badminton, que é tradicional na Ásia e na Europa, tem um surgimento recente no Brasil, mas tem crescido na preparação dos atletas. Para Salazar, a América aparece como uma nova potência na modalidade e um destaque especial ao Brasil para promover o esporte. “Creio que a Confederação Brasileira fez muito bem em estreitar os laços com a Força Aérea”, afirma. Em março deste ano, 18 atletas de badminton, sendo nove integrantes da seleção brasileira, foram incorporados à Força Aérea Brasileira como sargentos. 
Para os jogos olímpicos no Rio de Janeiro (RJ), a expectativa da instituição é de que pelo menos dez atletas panamericanos, cinco homens e cinco mulheres, se classifiquem para a competição. O período de pontuação iniciará em maio de 2015 e vai até abril de 2016. Os primeiros 42 atletas que se classificarão. Serão no máximo dois jogadores para cada país.

Fomento às pesquisas na área de defesa é tema de evento


Seminário Pós-Graduação em Segurança e Defesa acontece em Brasília na terça e quarta (12 e 13)

O tema defesa está cada vez mais presente no meio acadêmico nacional, estimulando a criação de grupos de discussões e a realização de pesquisas nas universidades.
Para debater o crescimento da temática, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) do Ministério da Educação (MEC), em conjunto com o Ministério da Defesa, realiza nos dias 12 e 13 de agosto, em Brasília, o Seminário Pós-Graduação em Segurança e Defesa.
O seminário tem o objetivo de discutir as condições necessárias para a consolidação de um ambiente propício de cursos de pós-graduação voltados à segurança e defesa nacional, bem como para produção científica e tecnológica.
De acordo com o secretário de Pessoal, Ensino, Saúde e Desporto do Ministério da Defesa, general Joaquim Silva e Luna, o ponto de partida da discussão é a análise dos recursos humanos e da infraestrutura disponíveis em diferentes instituições de ensino e pesquisa que poderão ser utilizados na formação de mestres e doutores.
O evento, direcionado a professores e pesquisadores interessados no assunto, terá apresentações sobre o estado da arte dos programas de pós-graduação civil e militar, com foco em segurança e defesa.
As apresentações serão seguidas de debates e encaminhamentos de propostas que permitam futuramente o fomento de investimentos em bolsas de estudos nacionais e internacionais.
Foram convidados como palestrantes, além de representantes da Defesa e da Capes, docentes do Instituo Militar de Engenharia (IME), da Universidade de São Paulo (USP), do Instituto Tecnológico de Aeronáutica e da Universidade de Brasília (UnB).
Fonte:
Ministério da Defesa

JORNAL CORREIO BRAZILIENSE


Comissão confirma tortura a engenheiro



Mais uma farsa montada pelos militares para encobrir torturas e assassinatos caiu por terra. Oficialmente internado por não conseguir se alimentar, após ser preso, em 1971, o engenheiro Raul Amaro foi, na verdade, torturado antes e durante o tempo em que esteve no Hospital Central do Exército (HCE), Zona Norte do Rio de Janeiro. A Comissão Estadual da Verdade fluminense (CEV-Rio) conseguiu a comprovação da prática por meio da análise do laudo cadavérico emitido à época. O colegiado quer agora que o Exército repasse todos os prontuários de dezenas de presos políticos que estiveram na unidade hospitalar durante a ditadura.
A reanálise do laudo foi feita pelo médico legista da CEV-Rio, Nelson Massini, que constatou o aparecimento de lesões no corpo do engenheiro ao longo dos nove dias em que ele ficou internado no HCE. Aos 27 anos, Amaro foi acusado de terrorismo e levado ao local após três dias na prisão, em 4 de agosto de 1971, quando apresentava contusões no tórax e nas pernas, causadas por sessões de espancamento. O legista não descartou que Amaro tenha sofrido a aplicação de choques, e que o enfarto tenha sido fruto de estresse. A versão dos militares para a internação foi uma suposta crise de inanição de Amaro.
"O laudo traz a cor e o espectro das lesões, com os quais se pode detalhar a evolução regressiva delas. Ele tem lesões dos dias 6 e 7 de agosto e, por fim, do dia 11", conta Massini. Segundo o legista, as lesões mais recentes, de tom vermelho, comprovam que Amaro apanhou dentro do hospital, no dia em que morreu. "Ele foi espancado e o legista detalhou isso no laudo", comentou. Documentos apresentados pela família mostram que Amaro foi interrogado por agentes do Departamento de Ordem Política e Social (Dops) em 11 de agosto, véspera do óbito.
A presidente da CEV-Rio, Nadine Borgs, disse que, "mesmo que as forças armadas neguem", "nós sabemos que ocorria tortura e morte dentro da estrutura militar". "O que não sabíamos é que o HCE servia para torturar e matar, sendo o caso do Raul o primeiro a ser revelado. Isso não acontece nem em guerra, mas na ditadura brasileira aconteceu", lamentou. A família de Amaro cobra do coronel José Antonio Nogueira Belham o esclarecimento de outros pontos e a revelação da identidade dos torturadores. Ele é o único envolvido no caso que ainda está vivo.

JORNAL BRASIL ECONÔMICO


Na disputa por um mercado de US$ 265 bi


Embraer estima que mercado global de jatos executivos absorverá 9.235 unidades ao longo dos próximos dez anos. Clientes dos EUA deverão adquirir 50% das aeronaves

Um volume de negócios de US$ 265 bilhões. Esse é o potencial de mercado estimado pela Embraer Aviação Executiva para as vendas globais de jatos executivos nos próximos dez anos. Segundo a previsão divulgada ontem pela empresa, a cifra representa um total de 9.235 unidades, com destaque para o mercado americano, que conta atualmente com uma frota de cerca de 12 mil aeronaves e continuará representando cerca de 50% do segmento em todo o mundo. "Os indicadores econômicos americanos têm se mostrado bastante sustentáveis e positivos. Nós já percebemos que a demanda na indústria fracionada — jatos compartilhados —, em que temos dois clientes, aumentou substancialmente e o tráfego aéreo também vem crescendo. Só em julho, essa alta foi de 5%. Talvez esses sejam os dois primeiros sinais de uma recuperação mais forte da entrega de jatos novos nos Estados Unidos", afirmou Marco Túlio Pellegrini, presidente e executivo-chefe da Embraer Aviação Executiva.
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Dentro da cifra estimada pela companhia, a previsão é de que a América Latina capture 6,1% desse montante, com um volume de negócios de US$ 16,3 bilhões, ou 850 aeronaves comercializadas. O Brasil responderá por cerca de US$ 9,4 milhões desse total, com um número de 540 a 560 jatos vendidos. Segundo o executivo, o mercado brasileiro deve ultrapassar o México ainda neste ano e se consolidar como a segunda maior frota global de jatos executivos. Hoje, os dois países estão praticamente no mesmo patamar, com cerca de 830 unidades. Apesar de ressaltar alguns outros indicadores positivos no mercado dos Estados Unidos, como a boa saúde financeira das empresas americanas, Pellegrini disse esperar um crescimento ainda lento para o segmento como um todo nos próximos anos.
"Ainda existem muitas dúvidas sobre a estabilidade da economia européia e temos visto uma desaceleração nos países do Brics, que são uma via de crescimento importante para o setor", afirmou o executivo. "Não houve uma queda nas consultas, mas sim uma demora maior na decisão de compra e de substituição dos jatos existentes. De novo, a velocidade da retomada do mercado dependerá fundamentalmente da economia americana", observou. No primeiro semestre, a Embraer entregou 49 aeronaves executivas, sendo 39 jatos leves e 10 jatos de grande porte. No mesmo período, em 2013, esse volume foi de 41 jatos executivos. Na primeira metade do ano, o destaque foi as vendas do Phenon 300. Segundo o executivo, as aeronaves da família Phenon —que incluem ainda o Phenon 100 —chegaram à marca de 500 unidades vendidas desde o início de sua comercialização, em 2009. Para 2014, a divisão manteve a projeção de entregar entre 105 e 120 unidades de todo o portfólio.
Com uma participação de 17,6% no mercado global — ante 3,3% em 2008 — e uma frota atual de 780 jatos, a Embraer deposita em dois novos modelos da linha Legacy parte de sua aposta para continuar a ganhar espaço no setor. O primeiro deles é o Legacy 500, cuja expectativa é receber nos próximos dias a certificação por parte da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). O segundo modelo é o Legacy 450, que tema primeira entrega prevista para meados de 2015. "Comesses dois modelos vamos entrar em novos segmentos — midlight e midsize — e praticamente completamos nosso portfólio", afirmou Pellegrini. "O Legacy 500 vai trazer muitos benefícios, como a melhora de nível de conforto e de performance, especialmente quando comparado a aviões similares."
Em outra frente, a Embraer Aviação Executiva está ampliando seu foco na área de suporte. Ontem, a divisão anunciou um novo centro de serviços autorizado no aeródromo de Coroa do Avião, em Igarassu, região metropolitana do Recife, coma AeroMecânica. A unidade responderá por serviços de manutenção, inspeção e atendimento remoto da linha Phenon na região. Hoje, a companhia tem mais de 70 centros distribuídos globalmente. Na mesma direção, a Embraer inaugurou recentemente as novas instalações de seu contact center, em São José dos Campos. Ao mesmo tempo, a empresa passou a prestar serviços como reabastecimento e limpeza de aeronave em seu centro de Sorocaba, em março. "Conseguimos superar a deficiência que tínhamos no começo de nossa operação na área de suporte ao cliente", disse Pellegrini. Desde 2008, a Embraer investiu mais de US$ 450 milhões na área.

REVISTA CARTA CAPITAL


A rotina no Campo Charlie, maior instalação militar da ONU no mundo


Base da Minustah em Porto Príncipe abriga 1.200 militares do Batalhão de Infantaria de Força de Paz

De Porto Príncipe
São 70 quilos de arroz, 70 de feijão e 200 de carne. A preparação para o almoço de mais de 1 mil militares começa cedo. Às 3h30 da manhã parte da equipe chega para preparar o café da manhã do Batalhão de Infantaria de Força de Paz (Brabat), enquanto outros começam a fazer o almoço dos estrangeiros que compõem a Minustah (Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti).
A tarefa faz parte de uma manhã comum no Campo Charlie – maior instalação militar da ONU no mundo – que abriga o Brabat. No restaurante conhecido como Rancho comem 1.200 militares, sendo 888 do Exército Brasileiro, 244 da Marinha, 34 da Força Aérea Brasileira, 31 das Forças Armadas do Paraguai, 2 do Exército canadense e 1 da Bolívia ou do Peru, que se revezam a cada seis meses, quando o contingente é trocado.
No refeitório, que tem capacidade para acomodar 250 pessoas sentadas, há café da manhã, almoço, jantar e ceia. Segundo o chef Francisco Pinheiro, tudo servido no batalhão é fornecido pela própria ONU, que consegue os alimentos à base de licitação. Os produtos vêm de diferentes partes do mundo. Enquanto o arroz costuma ser do Cazaquistão, o feijão é colhido na China ou no Paquistão, enquanto a carne é produzida na Austrália. “Nada vem do Brasil. São alimentos diferentes dos quais estamos acostumados a cozinhar”, explica. “O arroz, por exemplo, tem muito mais amido. Se desgrudamos o olho dele por 1 minuto já gruda tudo”.
Em noites especiais, quando há massa e pizza, são ao menos 90 quilos de macarrão. Guloseimas como chocolate e fritura, no entanto, estão vetados. “Muitos militares aqui vivem um cotidiano de bastante ansiedade, e não queremos que descontem na comida. Aqui, a alimentação tem um peso maior do que numa situação normal”, conta Pinheiro.
No Campo Charlie, cuja área totaliza 513.500 metros quadrados no bairro de Tabarre em Porto Príncipe, ficam também os alojamentos de todos os militares da missão da ONU, além de uma pista de corrida, campo de futebol, quadra de tênis, piscina. Há ainda uma academia de ginástica, mesas de pebolim e sinuca. Os militares vivem ali em regime de confinamento, saindo da base apenas para operações pelas ruas da capital ou outras cidades do país.
O único aspecto que marca a virada de semana ou o suposto dia de folga é o jantar de sábado à noite fora das dependências do Rancho. No bar Marabá, batizado em homenagem à cidade onde foi treinado o atual contingente, o cardápio é bem menos balanceado aos finais de semana, com arroz carreteiro ou estrogonofe, servidos em pratos e talheres descartáveis. Acompanham a dieta do sábado, quando o refeitório principal é dedetizado, refrigerante e sorvete – açúcares incomuns no dia a dia à base de suco e frutas. Axé e forró ao fundo dão o tom descontraído entre os militares. “Nem sempre tem esse som, não. Acho que o povo tá animado por causa do jogo do Brasil de ontem”, observou a capitã do Exército Cacilda Leal, um dia depois de o Brasil derrotar a Colômbia pelas quartas de final da Copa do Mundo.
O futebol mais longo no fim de tarde também faz lembrar que é sábado, assim como a feira de artesanatos sob segurança dos fuzileiros navais na entrada do campo – com o porém de o evento ser aberto para consumidores estrangeiros, mas não para haitianos.
O Brasil é o maior contribuinte da missão, a qual chefia desde junho de 2004. Desde então, 20 contingentes de tropas, totalizando mais de 20 mil militares brasileiros, já passaram pelo Haiti. Além do Brabat, a parte brasileira da missão mantém 177 engenheiros da Companhia de Engenharia da Força de Paz (Braengcoy), responsáveis pela mobilidade das tropas e pelo mapeamento para obras de infraestrutura.
Dentre as principais atribuições do batalhão estão a escolta de comboio e segurança de autoridades, blitzen, operações conjuntas com a Política Nacional Haitiana (PNH) e a Polícia da ONU (UNPOL) e, principalmente, patrulhas a pé e com blindados em 32 dos 36 quilômetros quadrados de Porto Príncipe. Na capital, além do Brabat na Base General Bacelar, o efetivo brasileiro é responsável pela base de Cité Soleil, a base do Forte Nacional, o Ponto Forte 09, em Cité Militaire, e a base do Porto.
O principal propósito da missão, que já custou ao Brasil 2,11 bilhões de reais (sendo 741 milhões de reais reembolsados pela ONU) era projetar a PNH como a principal força de segurança, assessorados pela UNPOL e pelo componente militar da missão. O objetivo foi parcialmente conquistado, segundo militares brasileiros, pois o policial haitiano não se sente seguro para atuar em determinadas áreas.
Dentro de uma das viaturas do batalhão, um adesivo ao lado esquerdo do motorista alerta: “Sua educação é a imagem do BRABAT”. A aclaração feita pelo capitão-de-mar-e-guerra Osmar da Cunha Penha talvez o justifique: “O militar está preparado para a guerra. Treinar esse uso gradual da força permite frear esse espírito guerreiro”, disse. “Isso é feito para todo um contexto que exige uma forma diferente de atuação. É algo que precisa ser exaustivamente tratado”.
A participação na Minustah é o principal envolvimento do Brasil em operações de manutenção da paz. Desde 1948, o País esteve em mais de 30 operações de manutenção da paz, tendo cedido um total de mais de 24 mil homens a elas. Além de operações no Congo, Angola, Moçambique, Libéria, Uganda, Sudão), integrou missões em El Salvador, Nicarágua, Guatemala, Camboja, Timor-Leste, Chipre e Croácia). Cedeu tropas apenas a cinco operações: Suez (UNEF I), Angola (UNAVEM III), Moçambique (ONUMOZ), Timor-Leste (UNTAET/UNMISET) e Haiti (Minustah).

REVISTA ISTO É DINHEIRO


Anac autoriza voos da Azul entre Brasil e Estados Unidos


Foram liberadas 18 frequências semanais

A Azul Linhas Aéreas Brasileiras recebeu o sinal verde do governo federal para iniciar voos aos Estados Unidos. O aval está presente em portaria da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta segunda-feira (11/08).
ImagemForam liberadas 18 frequências semanais para a realização de "serviços aéreos mistos entre o Brasil e os Estados Unidos". A Azul escolheu o aeroporto de Viracopos, em Campinas, interior paulista, para lançar seus voos internacionais, que serão conectados com a operação doméstica da empresa.
Campinas é o principal centro de distribuição de voos nacionais da empresa, com ligações diretas para 50 cidades. No começo deste ano a Azul já havia anunciado planos para operar voos internacionais. "Estamos animados para compartilhar a experiência Azul com novos clientes internacionalmente e expandir a história de sucesso da companhia para além das fronteiras do Brasil", afirmou em abril David Neeleman, CEO e fundador da companhia.
O projeto de lançar voos internacionais começou a ganhar força dentro da Azul no início de 2012, mas ficou na gaveta após o anúncio da fusão com a Trip, em maio daquele ano. Também no DOU de hoje, a Anac anunciou a decisão de "alocar sete frequências semanais à empresa TAM Linhas Aéreas para a realização de serviços aéreos mistos entre o Brasil e o Paraguai".
JORNAL FOLHA DE SÃO PAULO


Exposição celebra os 100 anos do primeiro voo entre São Paulo e Rio


O aviador Edu Chaves completou a viagem em seis horas e meia, com um motoplanador

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Por dia, cerca de 10,5 mil passageiros realizam a viagem de 45 minutos na ponte aérea Rio-São Paulo. Quando foi feita pela primeira vez, há cem anos, a viagem demorou seis horas e meia. 
Sozinho e sem o auxílio de instrumentos de navegação, sequer um rádio, Eduardo Pacheco Chaves (1887-1975), obstinado por bater recordes, completou a viagem entre as duas cidades com um motoplanador.
Em comemoração aos cem anos da viagem pioneira, realizada em 15 de julho de 1914, o Museu da TAM, em São Carlos (a 232 km de São Paulo), montou uma exposição de fotos e objetos sobre a vida do aviador.

O trajeto feito por Edu Chaves, como era conhecido, é hoje o mais realizado pela aviação comercial no Brasil. São, em média, 115 voos por dia na ponte aérea, segundo a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil). 
"Ele foi um dos heróis da aviação nacional, mas muito pouco lembrado. Poucos o conhecem e os objetos dele foram perdidos com o tempo, os aviões que teve viraram sucata", disse João Amaro, presidente do Museu da TAM.
Os voos comerciais na ponte aérea só começaram a operar em 1936, 22 anos depois da experiência de Edu Chaves, que abriu a primeira escola de pilotos do Brasil e também dá nome a um bairro de São Paulo.

PERCURSO
O trajeto foi feito da Mooca, em São Paulo, até o Campo dos Afonsos, atual Base Aérea dos Afonsos, no Rio.
A viagem feita pelo continente, pela serra do mar, ainda exigiu que o piloto atingisse 3.000 metros de altitude -feito arriscado para o porte do avião, segundo Amaro.
"Foi uma aventura. A viagem foi guiada apenas de forma visual. Qualquer nuvem poderia atrapalhar a visão do Edu e, mesmo assim, ele a concluiu", disse Amaro.
James Rojas Waterhouse, professor do departamento de engenharia aeronáutica da USP São Carlos, disse que o trajeto feito por Chaves ainda é um dos utilizados. Devido à densidade do tráfego aéreo, alguns desviam a rota para o norte ou o litoral.
As fotos em exibição na mostra faziam parte da coleção pessoal de Chaves e foram doadas para a Fundação Santos Dumont, que atualmente está com o acervo guardado, sem exposição ao público.
O Museu da TAM funciona de quarta-feira a domingo, das 10h às 16h. Os ingressos custam R$ 25 e R$ 12,50 (meia). Mais informações podem ser obtidas no site do local: museutam.com.br.

Painel


Provas do extermínio

A Comissão Nacional da Verdade citará um depoimento reservado do general reformado Nilton Cerqueira como nova prova de que o Exército executou presos políticos na Guerrilha do Araguaia (1972-74). O militar, que atuou na fase final do conflito, falou ao órgão em novembro passado. Questionado sobre combatentes que foram capturados com vida e desapareceram, afirmou: "Prender os terroristas não era uma opção". O testemunho será divulgado hoje em audiência pública.

Bico fechado

O coronel reformado Sebastião Curió, um dos chefes da repressão à guerrilha, mandou avisar ontem que não pretende comparecer à audiência pública. Após negociação, ele pode ser ouvido no Hospital das Forças Armadas, em Brasília.

Consórcio assume Galeão e eleva preço de garagem


Grupo prevê investir R$ 2 bi até Olimpíadas

A concessionária Rio Galeão, formada por Odebrecht Transport, Changi Airports International e infraero, assume o aeroporto internacional Tom Jobim (Galeão), no Rio, nesta terça-feira (12).
Segundo Luiz Rocha, presidente do grupo, serão investidos R$ 5 bilhões nos 25 anos de concessão--R$ 2 bilhões até as Olimpíadas de 2016.
Rocha reafirmou a promessa de melhora nos serviços como a instalação de 80 câmeras de segurança e cancelas no estacionamento, que passam a funcionar nesta semana.
A mudança trará a alta dos preços. A partir desta terça, a primeira hora no estacionamento custará R$ 14 --40% a mais. É o mais alto valor entre os terminais já concedidos à iniciativa privada: Guarulhos (SP) cobra de R$ 9 a R$ 12, e Brasília, de R$ 8 a R$ 12.
Entre as melhorias previstas estão dois novos balcões com equipe bilíngue, reorganização do serviço de táxi, 27 novas pontes de embarque, entre outros pontos.

PORTAL TERRA


Aérea lança nova versão de jato mais rápido do mundo


O G650ER estará disponível no mercado no primeiro semestre de 2015 e custará a partir de US$ 66,5 milhões

A Gulfstream lançou nesta segunda-feira a nova versão do G650, o maior jato executivo da empresa - que é considerada a forma mais rápida de viajar atualmente no mundo a bordo de uma aeronave civil. O G650ER estará disponível no mercado no primeiro semestre de 2015 e custará a partir de US$ 66,5 milhões (cerca de R$ 151 milhões).
O G650 tem velocidade máxima operacional de cruzeiro de 982 km/h (0.925 Mach) e 12.964 quilômetros. A aeronave estabeleceu o recorde ao dar uma volta ao mundo em 41 horas e 7 minutos. A marca para a sua classe de aeronaves foi certificada pela Federação Internacional de Aeronáutica (NAA) em setembro de 2013. A nova versão tem alcance ainda maior, de 13.890 quilômetros.
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De acordo com a Gulfstream, os proprietários dos G650 poderão atualizar a aeronave para a nova versão a partir do ano que vem por US$ 2 milhões. Com o novo pacote, o jato executivo pode viajar de São Paulo até a África, Europa e América do Norte carregando oito passageiros sem fazer escalas.
Segundo Fábio Rebello, vice-presidente regional sênior de vendas, a chegada do G650ER não deve atrapalhar as vendas do G650. “Os dois modelos vão conviver em paralelo. Vamos ter a linha de produção dos dois. O que vai definir um ou outro é missão desejada pelo cliente. Se ele precisa da autonomia extra de 500 milhas ou não. Ou se quer voar dentro da mesma missão atual dele, porém com mais velocidade, ou ainda levar mais carga ou passageiros”, afirmou.
“Não esperamos nenhuma interrupção de vendas de um ou de outro. Temos espaço para os dois”, completou Rebello. As mudanças no pacote da nova aeronave não incluem diferenças internas.
 O interior do G650 pode ser escolhido entre 12 configurações diferentes de disposição, para transportar até 18 pessoas. Entre os opcionais estão mesa para reuniões de até seis lugares, cabine dormitório, sofá que se converte em cama para duas pessoas e televisão retrátil LCD de 26 polegadas. A aeronave conta com dois banheiros e uma copa com torneira e mesa.
Com 30,4 metros de comprimento, o jato tem praticamente o mesmo tamanho que o Bombardier Global 6000, mas é um pouco menor que o Lineage 1000, da Embraer, que tem 36 metros no total. Os três modelos disputam o segmento de luxo da aviação executiva.
Novo centro de manutenção
A Gulfstream inaugurou hoje o novo centro de manutenção de aeronaves em Sorocaba. A empresa já possuía um local para manutenção na cidade. A nova instalação tem área de 3.530 metros quadrados, incluindo um hangar de 3.230 metros quadrados, e conta com uma equipe de 20 profissionais.
O local tem capacidade para atender as aeronaves G150, G280, G450, G550, G650 e G650 ER.

AGÊNCIA ESTADO


Embraer vê avanço lento para mercado de jatos executivos


Segundo diretor executivo, a velocidade de recuperação desse segmento de aeronaves dependerá do tempo que a economia dos Estados Unidos levar para se reerguer

São Paulo - O presidente e diretor executivo da divisão de jatos executivos da Embraer, Marco Túlio Pellegrini, disse nesta segunda-feira, 11, esperar um crescimento lento do mercado de jatos executivos no mundo, decorrente de incertezas quanto à economia europeia e da desaceleração da atividade dos países do chamado Brics.
De acordo com ele, a velocidade de recuperação desse segmento de aeronaves dependerá do tempo que a economia dos Estados Unidos levar para se reerguer.
"Essa via de crescimento deixou de existir e não tem ajudado na entrega de novas aeronaves", disse o executivo, a respeito dos Brics, composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
"Nos próximos anos haverá crescimento lento pela não vontade de substituir aviões existentes e pelo desaquecimento dos Brics", completou.

JORNAL DIÁRIO DA MANHÃ


Número de aeronaves particulares no Brasil cresce 4,9% em 2013



A frota brasileira de aviões privados e helicópteros cresceu 4,9% no ano passado, alcançando 14.648 aeronaves. A taxa mostra um desaquecimento do setor, que cresceu acima de 6% nos últimos dois anos (6,7% em 2012 e 6,4% em 2011). Foram adicionadas 756 aeronaves no ano passado, das quais 283 são novas e 473 usadas.
Os dados constam do Anuário Brasileiro da Aviação Geral 2014, produzido pela Associação Brasileira da Aviação Geral (Abag).
De acordo com o levantamento, a frota da aviação geral é estimada em US$ 12,4 bilhões, número que leva em conta depreciações, valorizações e desvalorizações.
Os aviões particulares movidos a jato representam apenas 5% da frota mas, em termos financeiros, já correspondem a 35% do total.
PIB DO SETOR
A aviação geral (que inclui empresas de táxi aéreo e aeronaves particulares) movimentou R$ 12,5 bilhões no ano passado, número inclui receitas com a fabricação, a operação e a manutenção de aeronaves.
De acordo com o levantamento da Abag, que pela primeira vez fez o cálculo do impacto econômico do setor, para cada R$ 1 movimentado pela aviação geral, R$ 3,71 são adicionados à economia brasileira.
Segundo o diretor-geral da Abag, Ricardo Nogueira, não foi possível calcular a taxa de crescimento do setor pois não há dados históricos. “Só a partir do ano que vem poderemos fazer esse acompanhamento.”
COPA
Mas o ano será afetado pela Copa do Mundo, evento em que se registrou queda no movimento de aeronaves da aviação geral, principalmente em São Paulo.
Conforme Nogueira, é cedo para saber se 2014 será um ano de queda, mas os prejuízos da Copa do Mundo dificilmente serão recuperados até o final do ano. “A Copa paralisou a atividade econômica e o setor em particular. O que se perdeu perdeu. Agora vem eleições, é difícil fazer previsões.”

JORNAL O ESTADO DE SÃO PAULO


Comissão cobra desculpas das Forças Armadas



A Comissão Nacional da Verdade vai encaminhar ao Ministério da Defesa, nos próximos dias, um novo pedido de esclarecimentos sobre casos de tortura e morte de presos políticos ocorridos em dependências militares nos anos da ditadura. Paralelamente, a comissão dará início a uma série de ações - debates, pronunciamentos, entrevistas e notas públicas - destinada a pressionar os comandantes militares a reconheceram publicamente que as Forças Armadas cometeram violações de direitos humanos naquele período.
O objetivo final é obter dos militares uma espécie de pedido público de desculpas. Sem essa iniciativa será quase impossível obter a reconciliação nacional, um dos três principais objetivos da Comissão da Verdade, segundo seu atual coordenador, advogado Pedro Dallari. Os outros dois objetivos são a verdade e a memória.
"Está na hora, de uma vez por todas, de as Forças Armadas colocarem um ponto final nessa história, para que se conclua a longa transição da ditadura para a democracia", disse Dallari ao Estado. "É importante que reconheçam as violações, que se diga que foram fatos lamentáveis e que não deveriam ter ocorrido. Agindo dessa maneira, com transparência, a instituição vai granjear o respeito de toda a sociedade e facilitar a reconciliação nacional", afirmou.
Essa é a segunda ofensiva da comissão na área militar neste ano. Em fevereiro, o grupo enviou ao Ministério da Defesa um pedido de explicações sobre 17 casos de pessoas torturadas num conjunto de sete instalações militares na ditadura.
O pedido de esclarecimentos foi acompanhado de documentos produzidos pelas comissões de Mortos e Desaparecidos e da Anistia, que comprovam os casos listados, com a identificação detalhada das instalações. Também foi anexada ao pedido a explicação de que o Estado brasileiro já reconheceu cada um dos casos denunciados. Tanto que pagou ou continua pagando indenizações às vítimas ou a seus familiares.
Decepção
As respostas dos chefes das três armas - Exército, Marinha e Aeronáutica - encaminhadas em junho à comissão foi decepcionante, como admite Dallari. "Eles ignoraram, não disseram uma palavra sobre os casos que documentamos e que já tinham sido oficialmente reconhecidos no governo de Fernando Henrique Cardoso."
O pedido de esclarecimento que será enviado agora ao Ministério da Defesa contesta a réplica militar. Ao mesmo tempo, a comissão vai estimular o debate e a pressão sobre os militares.
Segundo Dallari, a resistência se deve sobretudo a ações de oficiais da reserva, instalados em clubes militares, e à existência de uma comunidade de informações mantida por agentes públicos apontados como autores de torturas. "Quem está na ativa hoje não tem relação com esse passado tenebroso", disse. "A jovem oficialidade não tem nenhum interesse em ficar atrelada a essas histórias de torturas, que não fazem parte da tradição militar no Brasil. Está na hora de reconhecer que foi um erro."
Transição
O entendimento da Comissão Nacional da Verdade de que só um pedido de desculpas das Forças Armadas pode levar o País à reconciliação nacional enfrenta resistência em meios militares.
Afirma-se ali que a reconciliação já ocorreu com a promulgação da Lei da Anistia, em 1979, ainda no regime de exceção. Ao anistiar tanto os cidadãos que combateram a ditadura, recorrendo às vezes à luta armada, quanto os agentes públicos que violaram direitos humanos, aquela lei é que teria sido a chave da transição democrática no País.

Brasil deve superar México em jatinhos


Segundo a Embraer, mercado brasileiro de jatos executivos será o 2º maior do mundo este ano

O Brasil deve ultrapassar o México neste ano e se tornar o segundo maior mercado para a aviação executiva no mundo, atrás apenas dos EUA, disse ontem o presidente da divisão de jatos executivos da Embraer, Marco Túlio Pellegrini. O lançamento do jato Legacy 500 deve impulsionar as vendas da empresa neste segmento e fazer com que a frota brasileira de jatinhos supere a mexicana.

Hoje, ambas têm cerca de 830 aeronaves. Em território norte-americano, são mais de 13 mil.

O crescimento global desse mercado, no entanto, deve se manter lento por causa das incertezas em relação às economias desenvolvidas e desaceleração da atividade nos países do bloco Brics. "Essa via de crescimento deixou de existir e não tem ajudado na entrega de novas aeronaves", disse o executivo, a respeito do bloco composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. "O receio de substituir os aviões existentes e o desaquecimento dos mercados emergentes vão frear o crescimento nos próximos anos."

Pellegrini detalhou que há interesse do mercado em adquirir aeronaves, mas a decisão sobre a compra está sendo adiada. No Brasil, citou a Copa do Mundo e as eleições como fatores adicionais que pressionam as vendas para baixo.

A expectativa fica por conta do mercado norte-americano, que já esboça sinais de recuperação. Segundo o executivo, o tráfego aéreo de jatinhos nos EUA cresceu 5% em julho ante o mesmo mês de 2013 e, em 2014, a empresa já notou um aumento da demanda por propriedade compartilhada de aviões - quando várias pessoas dividem a utilização da aeronave. "Talvez a demanda por frações seja um primeiro sinal de recuperação dos EUA", disse Pellegrini. A compra conjunta de aeronaves é comum nos Estados Unidos.

As vendas da indústria da aviação executiva caíram pela metade entre 2008 (ano da crise financeira internacional) e 2013. Nesse mesmo intervalo, Pellegrini lembra que a quantidade de milionários no mundo aumentou 30%, dado que, segundo ele, indica o potencial de alta do mercado.

Os Estados Unidos divulgaram recentemente indicadores econômicos consistentes e as empresas reportaram aumento no lucro - o que gera otimismo na indústria. "Estamos ansiosos para ver melhores respostas nos EUA", disse Pellegrini.

A 11ª edição da Feira e Conferência Latino Americana de Aviação Executiva (Labace, na sigla em inglês), que começará nesta terça-feira na capital paulista, servirá como termômetro do mercado. A feira é a segunda maior do setor no mundo, atrás apenas do evento americano. "O interesse de clientes continua o mesmo, mas a decisão de compra de um jato executivo teve queda no primeiro semestre deste ano ante o primeiro semestre de 2013", afirmou.

Nordeste. A Embraer anunciou a homologação da unidade AeroMecânica em Igarassu, na região metropolitana do Recife, para a rede de serviços voltada aos jatos Phenom 100 e Phenom 300. A unidade será responsável por serviços de manutenção, inspeção programada e atendimento remoto aos clientes da região Nordeste, que até então contavam com um engenheiro de suporte de campo. A AeroMecânica já faz parte da rede autorizada da Embraer para jatos Phenom em Curitiba.

Imaginando a 3ª Guerra (Coluna Visão Global)


Conflito, cuja probabilidade hoje é baixa, se daria entre a superpotência hegemônica, os EUA, e a desafiante China

Se a próxima guerra mundial acontecer, ela mais provavelmente será na Ásia e será um choque entre a potência hegemônica atual, os EUA, e sua principal desafiante, a China. A boa nova é que a China não deseja uma guerra agora ou no futuro previsível, antes de mais nada porque Pequim sabe perfeitamente que as chances não estão a seu favor. Mas se olharmos para daqui a 20 anos, em 2034, as circunstâncias terão mudado de maneira significativa.

Há três razões para a improbabilidade de uma guerra no curto prazo. Primeiro, apesar do crescimento anual de dois dígitos em seu orçamento de defesa, a capacidade militar chinesa ainda está significativamente atrás da americana. A China precisará de 15 a 20 anos para alcançar a paridade ou quase paridade com as forças aliadas de EUA e Japão na litoral da Leste Asiático. Segundo, como a maioria de suas importações de commodities chega por mar, a China seria extremamente vulnerável a um bloqueio naval, que provavelmente seria montado pelos EUA.

Em terceiro lugar, a China teria de enfrentar não somente os EUA, mas também seus aliados asiáticos, entre os quais o Japão, a Austrália e, talvez, a Índia. Por isso, ela precisa do pelo menos uma grande potência aliada e alguns aliados menores.Se a China ousar fazer umu desafio sério aos EUA, isso dependerá, em grande medida, de Pequim e Moscou formarem um bloco geopolítico eurasiano.

Em suma, nos próximos 15 a 20 anos uma grande guerra na Ásia é altamente improvável. Por volta de 2030, porém, o equilíbrio deverá sofrer mudanças consideráveis, se a China conseguir: 1. zerar a distância militar dos EUA; 2. deixar sua economia menos dependente de mercados ocidentais e matérias-primas do exterior; 3. formar sua própria estrutura de alianças.

Imaginemos o cenário das próximas décadas: A China - que há quatro anos completou a reunificação com Taiwan - está cada vez mais preocupada como crescimento do poder da Índia. Em 2030, a Índia superou a China tornando-se o país mais populoso do planeta. Ainda mais significativo, a Índia, com sua população muito mais jovem e economia dinâmica, já cresce mais depressa que a China.

Com a rivalidade China-Índia, um cenário é que Pequim resolva atacar primeiro - antes que Nova Délhi tenha a chance de eliminara diferença. Isso se parece à maneira como, em 1914, temores alemães com a firme ascensão da capacidade estratégica da Rússia contribuíram para a decisão de Berlim pela guerra na esteira da crise em Sarajevo. Havia uma crença na liderança alemã de que, por volta de 1917, a Rússia completaria seus programas de modernização militar e a janela de oportunidades se fecharia.

Citando a interferência indiana no Tibete e invasões da disputada fronteira do Himalaia, forças chinesas partem para a ofensiva nas áreas fronteiriças e atacam bases aéreas e navais indianas. O ataque à índia significa guerra com o Japão, já que Tóquio e Nova Délhi firmaram um tratado de defesa mútua em 2031. Simultaneamente ao ataque à Índia, a Marinha da China toma as Ilhas Senkaku/Diaoyu.

Em 2032, os americanos retiram suas forças do território japonês, esperando que o pacto Japão-Índia e o fato de o Japão ter-se tornado, em 2029, um Estado com armas nucleares seriam suficientes para dissuadir a China. Os chineses, por sua vez, apostaram que os EUA, parecendo estar em um novo modo isolacionista, não interviriam em favor do Japão. Mas, depois de alguma hesitação, os EUA entram na guerra. Surge dessa maneira a coalizão Indo-Pacífica de EUA, Índia, Japão, e outros aliados contra a China.

A China não está sozinha nessa guerra. Em 2025, China, Rússia, Bielo-Rússia, Casaquistão, Quirguistão, Tajiquistão, Turcomenistão e Paquistão assinaram o Tratado Eurasiano - um pacto de defesa coletiva que se tornou um braço político-militar da Organização de Cooperação de Xangai. A Mongólia foi obrigada a se juntar ao pacto em 2033.

Mas o envolvimento russo direto no teatro Indo-Pacífico é mínimo. Moscou esta mais preocupado com a Europa Oriental, particularmente a Ucrânia, onde forças pró-ocidentais apoiadas pela UE e a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) tentaram retomar o controle sobre a Ucrânia oriental e meridional que, antes da eclosão da guerra na Ásia, haviam sido zonas de influência da Rússia. A Rússia e a UE/Otan, embora não formalmente em hostilidades, estão envolvidas numa guerra par procuração na Ucrânia. A Coréia, que desde 2027 vem sendo uma confederação de Norte e Sul, permanece não alinhada. Os países do Sudeste Asiático (exceto as Filipinas) também declaram a sua neutralidade, assim como Estados africanos, latino-americanos e do Oriente Médio.

Em termos militares, a 3ª Guerra será muito diferente das grandes conflagrações do século 20. Em primeiro lugar, os principais combatentes serão potências nucleares. Conscientes de que o uso real de armas atômicas resultará no extermínio mútuo, as partes beligerantes se absterão de empregá-las. Isso não será diferente da 2ª Guerra, quando os beligerantes tinham grandes estoques de armas químicas, mas não as usaram pelo temor de retaliações. Mar, ar, áreas montanhosas desérticas, além do espaço exterior e ciberespaço, são os principais campos de batalha da 3ª Guerra.

O que testemunharemos talvez possa ser chamado de uma "guerra mundial light". Neste sentido, ela talvez não requeira a mobilização total de recursos materiais e humanos. Nisso, a 3ª Guerra poderá se assemelhar mais às Guerras ele Sucessão Espanhola e dos Sete Anos no século 18 do que às guerras mundiais "totais" do século passado.

O fato de que a guerra envolverá um nível comparativamente limitado de baixas e não necessitará uma mobilização completa de recursos poderá ter o efeito indesejado de prolongá-la, em comparação com as guerras que só podiam ser lutadas por alguns anos porque os recursos se esgotavam rapidamente.



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