|

NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 13/07/2014

Avião de US$ 399 bi voa para o nada ...




Frota inteira de caças F-35 é retida em solo pela terceira vez em 17 meses por problemas de motor e desperta críticas nos EUA ...



Ocultando as más notícias antes do feriado do 4 de Julho, o Pentágono anunciou às 21 horas do dia 3 que a frota inteira de caças F-35 permaneceria em terra após um incêndio, no dia 23, na Base Aérea Eglin, Flórida. A decisão não podia chegar no pior momento, especialmente para o Corpo de Fuzileiros Navais, que estava com inúmeros eventos importantes planejados este mês para sua versão do avião de próxima geração, cujos custos dispararam, alcançando cerca de US$ 112 milhões por aeronave ...







Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.




PORTAL G-1


Brasil vai anunciar venda de 25 aviões da Embraer em visita de líder chinês


Informação foi confirmada por assessor da presidente Dilma Rousseff. Venda de jatos e parceria de infraestrutura estão entre acordos assinados

O governo brasileiro deve anunciar a venda de cerca de 25 aviões da Embraer para empresas aéreas chinesas na quinta-feira (17), durante visita do presidente da China, Xi Jinping, disse uma autoridade brasileira.
Marco Aurélio Garcia, assessor de Assuntos Internacionais da presidente Dilma Rousseff, disse na véspera que a venda de aviões e planos de parceria em projetos de infraestrutura no país, como ferrovias, estão entre os acordos a serem anunciados.
A Embraer tem buscado expandir suas operações de fabricação na China, mercado chave para a terceira maior fabricante de aviões comerciais do mundo.
Mas planos para sua fábrica de jatos regionais em Harbin para fazer e-Jets não foram aprovados pelas autoridades chinesas como a China está investindo num concorrente para o mesmo tamanho de aeronave.
Já a Embraer está fazendo o jatos executivos Legacy 650 em Harbin, embora as perspectivas para as vendas de jatos executivos chineses tenham piorado recentemente em meio à queda do consumo na China.
Xi fará uma visita de Estado a Brasília após participar de uma reunião de cúpula do Brics, que reúne as principais economias emergentes do mundo, que vai lançar um banco de desenvolvimento e um fundo de reservas de emergência para avançar a cooperação financeira entre Brasil, China, Índia, Rússia e África do Sul.

JORNAL O VALE (SJC)


Com investimento de R$ 300 milhões até 2019, ITA inicia seu grande salto para o futuro


Escola vai ganhar nova biblioteca, auditório e um plano de revolução no ensino de ponta no país

Instituição referência em todo o país, ITA planeja começar até o final do ano processo de expansão física que vai permitir ampliar número de alunos
Pós-Graduação
O ITA mira investir na melhoria de seus cursos de pós-graduação, que ainda não são considerados "top" Graduação. Meta é ampliar de 180 para 240 as vagas oferecidas nos curso de graduação até 2015, segundo o reitor
SÃO JOSÉ DOS CAMPOS - Uma das instituições de ensino superior "top" do país, o ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica), sediado em São José dos Campos, começa a vivenciar este ano uma mudança radical que irá dar nova feição à principal escola formadora de profissionais para o setor aeronáutico e espacial brasileiro.
Até o final do ano, terá início a primeira etapa do projeto de expansão física da escola, que é vinculada ao Comando da Aeronáutica e está localizada no campus do DCTA (Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial).
A ampliação física é um dos itens do ambicioso programa de reformulação geral da instituição, que inclui aumento de vagas no ensino de graduação e de professores, reformulação do currículo do ensino de engenharia, aprimoramento dos cursos de pós-graduação e implantação de um Centro de Inovação, para apoiar os alunos e implementar parcerias com a iniciativa privada.
O professor Carlos Américo Pacheco, reitor do ITA, relata que os principais projetos arquitetônicos da expansão física estão prontos. A escola vai ganhar uma nova biblioteca, com capacidade para guardar 320 mil volumes físicos, com auditório para 120 pessoas, 21 salas de estudo e área para exposições.
A escola também terá um novo auditório com capacidade para 1.212 lugares e uma vila residencial de 360 apartamentos para professores e dirigentes da escola.
Início.
A construção do edifício de ciências fundamentais será o primeiro passo da ampliação física da escola. "Planejamos lançar a licitação da obra até o final do ano", afirmou Pacheco. Os recursos financeiros para a construção, de R$ 30 milhões, serão repassados pelo Ministério da Educação.
O novo prédio é grandioso, terá 8 laboratórios, 12 salas de aula, 2 auditórios e 92 salas de professores, entre outras acomodações. O reitor frisou que o plano de expansão está previsto para até 2019, com investimento total de R$ 300 milhões.
Talentos.
Outra prioridade da escola é descobrir talentos para o seu quadro de docentes, considerado pelo reitor como fundamental para a continuidade e aprimoramento da qualidade do ensino oferecido. Para isso, foi criada uma comissão de "caça talentos", que tem a missão de buscar no país todo pessoas com potencial para integrar o quadro de docentes da instituição.
A ideia é oferecer aos selecionados cursos de aperfeiçoamento e pós-graduação no exterior, em instituições de renome, como no Instituto de Tecnologia da Califórnia, o Caltech, sediado nos Estados Unidos, um das mais conceituadas instituições de ensino e pesquisa mundial. "Retomamos no ano passado um acordo como instituto na área de doutorado", afirmou Pacheco.
O número de docentes passará de 147 para 300, mas a contratação será gradual, em torno de 30 por ano, segundo o professor Pacheco. Já as vagas na graduação tiveram aumento de 120 para 180 e a meta é 240.

JORNAL O ESTADO DE SÃO PAULO


Avião de US$ 399 bi voa para o nada


Frota inteira de caças F-35 é retida em solo pela terceira vez em 17 meses por problemas de motor e desperta críticas nos EUA

Ocultando as más notícias antes do feriado do 4 de Julho, o Pentágono anunciou às 21 horas do dia 3 que a frota inteira de caças F-35 permaneceria em terra após um incêndio, no dia 23, na Base Aérea Eglin, Flórida.
A decisão não podia chegar no pior momento, especialmente para o Corpo de Fuzileiros Navais, que estava com inúmeros eventos importantes planejados este mês para sua versão do avião de próxima geração, cujos custos dispararam, alcançando cerca de US$ 112 milhões por aeronave.
Efetivamente, afirmar que o mais caro avião de guerra da história americana é perigoso de voar é um enorme golpe em termos de relações públicas para o Pentágono, que há anos vem sendo criticado por permitir que os custos do aparelho aumentassem mesmo quando sua data de entrega continuava a ser protelada.
A principal empresa contratada, a Lockheed Martin, também veria prejudicados seus resultados financeiros se o F-35 não fosse autorizado a voar para a Grã-Bretanha para uma série de feiras de aeronáutica repletas de potenciais clientes.
Mas a decisão não destruiu o F-35, peso pesado de um programa que aparentemente tem cobertura política suficiente para suportar qualquer tempestade.
Parte dessa proteção vem do montante de dinheiro em jogo. O Pentágono pretende gastar US$ 399 bilhões para desenvolver e comprar 2.443 desses aviões. Mas, durante o tempo de vida das aeronaves, os custos operacionais devem ultrapassar US$ 1 trilhão.
A Lockheed contratou fornecedores e subcontratou empresas em praticamente todos os Estados para assegurar que todos os senadores e membros do Congresso tivessem interesse em manter o programa - e os empregos que gerou - em vigor.
"Uma questão que se apresenta com relação a esse programa é: quantos distritos eleitorais estão envolvidos nele?", questionou Thomas Christie, ex-funcionário do Pentágono.
No caso do F-35 a resposta é: muitos. Contando todos os fornecedores e subcontratantes, partes do programa estão espalhadas por pelo menos 45 Estados. É por isso que os parlamentares continuarão a financiar o programa mesmo que esta seja a terceira vez em 17 meses que a frota inteira é retida em solo por problemas com o motor. Na verdade, segundo a lei sobre aquisições pela Defesa aprovada pela Câmara, os legisladores concordaram com a compra de 38 aviões em 2015, 4 a mais do que o Pentágono havia requisitado.
O Pentágono forneceu poucas informações sobre as causas do incêndio. O Corpo de Fuzileiros Navais informou que a versão fabricada para ele - o F-35B - não recebeu autorização para participar da Feira Internacional de Aeronáutica de Farnborough e da Royal International Air Tattoo, na Grã-Bretanha, esta semana.
"Ninguém deseja apressar a volta ao ar da aeronave antes de saber exatamente o que ocorreu", afirmou o assessor de imprensa do Pentágono, almirante John Kirby.
Além da versão destinada aos Fuzileiros Navais, o F-35 vem sendo fabricado para Marinha e Força Aérea. Cada serviço tem sua versão de aparelho, embora o mais importante - o motor - seja o mesmo nos três modelos.
Mas as Forças Armadas não são os únicos clientes. Oito parceiros internacionais firmaram contratos para ajudar a construir e vender os aviões: Grã-Bretanha, Itália, Holanda, Turquia, Canadá, Austrália, Dinamarca e Noruega. Embora não envolvidos no desenvolvimento do avião, Israel e Japão pretendem comprá-lo por meio de um processo de vendas militares estrangeiras e a Coreia do Sul informou que vai adquirir ao menos 40 aeronaves.
É crucial para o Pentágono que cada um desses países mantenha suas compras para evitar que o preço unitário de cada aeronave aumente mais. Para a Lockheed, as vendas para outros países constituem uma parte importante de sua estratégia para diversificar seus negócios, avançando além do mercado em retração da Defesa nos EUA e entrando em outros no exterior que vêm se expandindo.
Infelizmente para o Pentágono, e para a Lockheed, diante da decisão de reter os aviões, sua estreia internacional marcada para 4 de Julho foi cancelada.
Nenhum dos países envolvidos no programa indicou mudança na sua intenção de compra. Seu futuro realmente não está em questão, mas o F-35 enfrenta desaprovação em casa.
No Capitólio, o maior crítico é o senador republicano John McCain. Ele deplorou os custos do programa e o fato de os EUA adquirirem uma aeronave antes da conclusão dos testes. A Boeing, rival da Lockheed, critica as capacidades do F-35 na imprensa e compete com ele para conseguir recursos no Capitólio. Mas mesmo a Boeing tem cuidado com as críticas, pois não quer prejudicar seu relacionamento com clientes governamentais, disse Winslow Wheeler, funcionário do Congresso.

AGÊNCIA BRASIL


Forças de segurança fazem treinamento integrado para a final da Copa



Sob comando do Centro de Coordenação de Defesa de Área do Rio de Janeiro (CCDA-RJ), cerca de 200 homens das Forças Armadas e integrantes das forças de segurança pública efetuaram na manhã de hoje (12) treinamento para garantir a segurança da presidenta Dilma Rousseff e dos chefes de Estado e de governo estrangeiros que assistirão, neste domingo (13), no Maracanã, à partida final da Copa do Mundo entre Alemanha e Argentina.
Carros oficiais, ônibus fretados, além de veículos das forças integradas de segurança, precedidos de batedores da Polícia do Exército e da Polícia Militar do Rio de Janeiro, participaram do simulado. Segundo informou o porta-voz do CCDA-RJ, major Marco Ferreira, o objetivo foi aperfeiçoar a operação de segurança que já vinha sendo feita para o Mundial e treinar as rotas que serão percorridas pelos comboios amanhã.
Foi simulada a chegada da presidenta Dilma ao Palácio Guanabara, sede do governo fluminense, em Laranjeiras, zona sul da cidade, proveniente do 3º Comando Aéreo Regional (Comar), no centro, e também o deslocamento dos chefes de Estado e de governo. Um pelotão do 1º Batalhão de Guardas (1ºBG) reforçou a segurança no entorno do palácio, enquanto um helicóptero sobrevoou as imediações. Após o almoço que a presidenta da República oferecerá aos dignatários estrangeiros, ocorrerá o deslocamento dos comboios na rota previamente estabelecida, que levará as comitivas do Palácio Guanabara até o portão E1 do estádio. Ainda não foi definido o horário de saída de Dilma da sede do governo do Rio após o almoço, disse o major.
Marco Ferreira esclareceu que todas as rotas percorridas no treinamento já foram reconhecidas por homens do Gabinete Institucional da Presidência da República. “Hoje, foi o exercício no terreno”, explicou. O major assegurou que as forças de segurança estão preparadas para enfrentar quaisquer situações que possam significar risco às comitivas. “Nós temos uma avaliação de risco das diversas situações. Não há uma situação específica para que se faça o treinamento. Estamos preparados para qualquer situação”, disse ele, e informou que o helicóptero que participou do simulado leva uma equipe tática pronta para agir em qualquer eventualidade, incluindo manifestações contrárias à Copa.
A previsão, segundo Ferreira, é que compareçam ao almoço com a presidenta Dilma e, depois, ao jogo no Maracanã, cerca de dez dignatários. O deslocamento deles, amanhã, envolverá comboios individualizados. “Cada chefe de Estado tem o seu comboio, e a nossa equipe fará a escolta deles”, relatou o major. De acordo com a assessoria do Ministério da Defesa, o presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, também confirmou presença no evento. Todos os veículos que serão usados pelos mandatários estrangeiros, e também o da presidenta Dilma Rousseff, passarão por varredura prévia.
De acordo com Marco Ferreira, 9,3 mil homens das Forças Armadas reforçam as forças de segurança integradas por 16 mil policiais militares, policiais rodoviários federais, Polícia Civil e Corpo de Bombeiros na operação da final da Copa do Mundo de Futebol. “O trabalho que a segurança pública tem feito está excelente. Amanhã, tudo vai dar certo”, manifestou.
A pedido das forças de segurança, a Rua Pinheiro Machado, em Laranjeiras, será interditada ao tráfego amanhã, nos dois sentidos, a partir das 10h, prevendo-se a sua reabertura às 14h30. Toda a área será monitorada pelo Centro de Operações Rio.
Segundo informou a assessoria de imprensa do Palácio do Planalto, a chegada da presidenta Dilma ao Aeroporto Santos Dumont está prevista para as 11h30 deste domingo. O almoço em homenagem aos chefes de Estado e de governo, participantes do encerramento da Copa, começará às 12h30. Dilma retorna às 19h de amanhã para Brasília, onde receberá o presidente da Rússia, Vladimir Putin, na segunda-feira (14).

JORNAL O POVO (CE)


O que o Brasil ganhou nesta Copa


"Imagine na Copa". A frase simbolizou o pessimismo que pairou sobre o Brasil antes do evento. Mas, apesar do que faltou, o país funcionou bem para o mundial

MOBILIDADE O PAÍS ANDOU
Mesmo com obras não concluídas, como o Porto e o Aeroporto de Fortaleza, o Brasil conseguiu se locomover na Copa do Mundo. O transporte terrestre saiu vitorioso, na avaliação do setor. “Foi tranquila a operação, melhor do que a gente imaginava. Atendemos com folga em um setor que está acostumado a sazonalidades. Aumentamos em 20% a frota e transportamos 30% a mais que no mesmo período do ano anterior. Ninguém deixou de ser atendido”, diz Paulo Porto, presidente da Associação Brasileira das empresas de Transporte Terrestre de Passageiros (Abrati).
Com planejamento, as 209 empresas que integram a entidade atuaram “sem nenhum problema” em todo o País – apesar de não terem sido vistos investimentos nas estradas. Para Marcos Bicalho dos Santos, diretor da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU), os esquemas especiais de ônibus urbano funcionaram muito bem. “Em cidades como Fortaleza, mais de 70% dos torcedores que foram a estádios foram usaram transporte coletivo”. A expectativa que fica a partir de agora, ele diz, é que se concluam as obras de mobilidade nas cidades e se possa.
Sucesso também teve o transporte aéreo de passageiros. “Caos aéreo” acabou sendo expressão esquecida no pessimismo pré-Copa. Na avaliação do coronel Ary Bertolino, chefe do Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea, da Força Aérea Brasileira (FAB), foi uma criação com base em desconhecimento. Houve recorde, com aeroportos realizando o dobro das operações de períodos normais, com “percentuais de atraso da aviação regular em patamar abaixo ao mês anterior”. (ML)
SEGURANÇA SENSAÇÃO DE TRANQUILIDADE
Apesar de os números da violência não mostrarem uma cidade mais tranquila na Copa, como o policiamento se multiplicou e as ruas se encheram, a sensação de segurança chegou a muitos que temiam Fortaleza. O professor Luiz Fábio Paiva, do Laboratório de Estudos da Violência da UFC, avalia que o esquema especial para o evento foi uma ficção, que fez tudo parecer bem. “O Brasil será lembrado, possivelmente, como um país que organizou uma grande Copa do Mundo. Contudo, boa parte do que se viu em termos de organização e gestão pública foi ficção que aparentemente ‘deu certo”. Questionada sobre o que poderia ser feito para a manutenção da sensação de segurança, a Secretaria da Segurança (SSPDS) diz que essa é “missão cotidiana”. Destaca que “as iniciativas realizadas e os investimentos feitos em segurança pelos governos Estadual e Federal não foram designados exclusivamente para a Copa do Mundo”. (ML)
EVENTOS BRASIL SE CREDENCIA
A descrença de que o Brasil conseguiria realizar uma Copa caiu por terra. A própria Fifa, por meio do seu presidente Joseph Blatter, admite o sucesso inesperado do evento. Localmente, produtores de eventos ratificam o êxito. O diretor geral da Arte Produções, Marcelo Rocha, coordenou a montagem de todas as estruturas temporárias da Arena Castelão, como banheiros químicos. Para ele, o “padrão Fifa” mais ajuda do que atrapalha. No entanto, ressaltou que houve adaptações desse padrão para as realidades do Brasil. “A Fifa não foi engessada. Por exemplo, por questão de custo e burocracia, não dava para entregar tudo pronto um mês antes, como eles queriam”. Colombo Cialdini, responsável pela Meia Maratona Internacional de Fortaleza e pelo Fortal, destaca a dificuldade peculiar do evento. “São 12 cidades-sede. É muito. Mas tudo funcionou. Em Fortaleza, por exemplo, a Fan Fest ficou lotada todos os dias. Não tem registro de nenhum grande problema que tenha comprometido ou prejudicado a realização dos jogos nas arenas”. (AJ) 
SERVIÇOS TODO MUNDO FOI ATENDIDO
Outra questão no pré-Copa era o setor de serviços.Atender bem aos clientes, principalmente turistas, era uma dúvida. Segundo a Associação de Bares e Restaurantes do Ceará (Abrasel-CE), o faturamento aumentou cerca de 30% no período se comparado com o 2013. Ivan Assunção, presidente da entidade, diz que houve preparação: contratação de pessoal, cursos de línguas e cardápio traduzido. “A maioria dos garçons não tem aprendizado satisfatório em idiomas. No entanto, além do cardápio traduzido, casas com fluxo maior de turistas estrangeiros sempre têm uma ou mais pessoas habilitadas a esse atendimento. Os empresários entenderam que não é luxo, é necessidade”, destaca. Quem não gostou muito da Copa foram os shoppings, que tiveram queda de faturamento das praças de alimentação nos feriados. O comércio também apontou queda em fluxo e faturamento, que chegou a 50%. (AJ)
FUTEBOL MAIS EXIGÊNCIA PELA QUALIDADE
Tá certo que o hexa não veio. Mas analistas ouvidos pelo O POVO garantem que o Mundial representa, além de uma mudança na relação torcedor-esporte, um novo momento. “O legado dessa Copa é o bom futebol. O torcedor foi apresentado a outro esporte - esse, sim, de alto nível”, brinca o jornalista do Esporte Interativo Bruno Formiga. Com essa “apresentação”, vem mais exigência. “Teremos uma cobrança muito maior por um calendário melhor, tratamento mais justo na relação clube-torcedor e a exigência de um produto mais atraente”, diz.
“Muitos torcedores que foram aos estádios adoraram a experiência”, lembra o jornalista Rafael Luís Azevedo, autor do site Verminosos por Futebol. “Se os clubes e federações derrubarem a ideia de que estádios são perigosos, o futebol brasileiro aumentará sua taxa de ocupação das arquibancadas.” Para ele, entretanto, a relação entre o torcedor local e a seleção sai fragilizada da Copa.
O jornalista Felipe Lobo, subeditor do site Trivela, vê em atitudes como cantar o hino brasileiro à capela indício de mudança na relação do País com o time. “Acho que o exemplo de outras torcidas fazendo apoio maior também a seu time mexeu com a torcida brasileira”, fala. (Mariana Lazari) 
POLÍTICA ENGAJAMENTO
Só o tempo vai dizer se o brasileiro deu algum salto na consciência política. Mas especialistas analisam que as manifestações e protestos que ocorreram na Copa das Confederações e, em menor proporção, na Copa do Mundo, podem influenciar no aguçamento da visão crítica do brasileiro.
Conforme Jakson Aquino, professor de ciência política do Departamento de Ciências Sociais da UFC, há uma tendência de que a população brasileira tenha aprendido que manifestações trazem mudanças. “Só vamos saber disso no futuro. Tem havido mais manifestações em várias categorias, de vários setores. O número de pessoas está maior. Os brasileiro podem estar aprendido”, ressalta Jakson, que também é doutor em Ciências Humanas pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
O problema de fazer uma análise do legado das manifestações é que, conforme o professor-doutor, há pouca ou nenhuma pesquisa empírica no Brasil para saber de que forma as pessoas estão pensando sobre determinado assunto. “Gostaria que essas manifestações tivessem impacto e que canalizassem essa energia para escolha melhor dos seus governantes. A forma coma a população mais pobre que têm baixa escolaridade ver a política é diferente das pessoas com maior grau de instrução”, analisa. Para ele, se as manifestações influenciarem a população mais ignorante no aspecto político, poderia haver uma transformação mais intensa. (AJ)

JORNAL CORREIO DO POVO


Prefeitura tem cronograma para terminar obras da Copa


Nove construções espalhadas de Norte a Sul permanecem inacabadas

A Copa do Mundo passou por Porto Alegre e deixou um rastro de obras pela cidade. Três delas ficaram prontas a tempo de receber o Mundial. Em especial, localizadas no entorno do Beira-Rio, que sediou cinco jogos do evento, e o viaduto da Júlio de Castilhos, na entrada da cidade pela rodoviária. A prefeitura investiu R$ 97 milhões em recursos próprios para agilizar a entrega das obras próximas ao estádio. Nove construções espalhadas de Norte a Sul permanecem inacabadas. A prefeitura, no entanto, se mostra otimista. Os canteiros de obras espalhados pela Capital devem ver seu fim, no máximo, até o final do próximo ano.
O legado da Copa melhorará a mobilidade urbana da cidade, tanto para os usuários de veículos particulares, que não param de aumentar, quanto para aqueles que dependem do transporte público. “Essas obras só foram possíveis porque sediamos Copa”, afirma o secretário de Gestão, Urbano Schmitt. Enquanto outras cidades-sede optaram por incluir estádios entre as obras para o Mundial, Porto Alegre aproveitou a oportunidade de financiamento a juros baixos e prazo adequado para incluir projetos que beneficiam a população a longo prazo. Entre as 12 sedes, a Capital foi a que mais incluiu obras na matriz de responsabilidades da Copa, com valor total de R$ 888.704.053,52.
No meio do caminho, a prefeitura decidiu retirar as 14 obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Copa e incluir no PAC Mobilidade. “Achamos mais adequado sair do PAC Copa para não perder o recurso quando percebemos algumas pedras no caminho”, explica o secretário Schmitt.
A prefeitura tem uma lista de explicações para justificar os atrasos na conclusão das construções. A falta de areia e a dificuldade de modificar o trânsito retardaram a execução das pistas do sistema Bus Rapid Transit (BRT) nas avenidas João Pessoa, Protásio Alves e Bento Gonçalves, que estão 60%, 92% e 98% concluídas, respectivamente. O financiamento do governo federal, que deveria ter chegado em junho de 2013, apareceu apenas em maio deste ano. O projeto das estações está em fase de conclusão, mas não há estimativa de quando serão instaladas.
Viaduto a pleno vapor
Os engenheiros responsáveis pela construção do viaduto da Nova Bento estão confiantes. Segundo eles, a obra anda em ritmo adequado. A expectativa no momento é que seja viabilizada em breve a desapropriação de algumas residências para a construção de uma alça de acesso lateral do viaduto. Cerca de cem operários trabalham no local, das 8h às 17h, de segunda a sexta-feira.
O viaduto ligará as avenidas Doutor Salvador França e Coronel Aparício Borges sobre a avenida Bento Gonçalves. Terá a extensão total de 540 metros. Serão duas faixas para o trânsito de veículos, além de uma para circulação de ônibus em cada sentido.
O trabalho se iniciou em agosto de 2012 e a estimativa é terminar até o final deste ano. Alguns moradores do local, no entanto, reclamam da demora e da confusão quanto à desapropriação dos imóveis. “A nossa intenção é continuar morando aqui, pois eles não querem pagar indenização, apenas aluguel social”, reclama Iolanda Fagundes, de 79 anos. Ela e o marido, Hugo, construíram sua casa há 40 anos, sobre um terreno que pertence ao Estado. “Deveriam ter nos avisado antes que teríamos que sair”, lamenta-se Iolanda.
Desapropriações atrasam construção
A judicialização de processos de desapropriação atrasou o andamento da construção da passagem subterrânea de veículos na avenida Cristóvão Colombo sob a III Perimetral. O túnel terá extensão de 198 metros, contando com duas faixas de trânsito em cada sentido, sem falar nas alças de acesso para a III Perimetral.
Após alguns avanços na questão das desapropriações, os operários voltaram ao trabalho, começando pela parte elétrica do local. Na última semana, 25 trabalhadores da construção civil preparavam pilares de concreto, que serão colocados nas laterais do trecho como sustentação da obra e para evitar abalos nas edificações do entorno. A perfuração para a colocação dos pilares deve ocorrer no início da semana.
Os moradores queixam-se do barulho do empreendimento. A obra já dura dois anos. Os operários trabalham de segunda a sexta-feira, das 7h às 18h, e, no sábado, até o meio-dia. O mestre de obras explicou que até as 8h não são executadas atividades que causem ruído, para aliviar a tensão criada entre operários e moradores. A prefeitura estima que a passagem subterrânea de veículos da avenida Cristóvão Colombo sob a III Perimetral ficará pronta até o próximo ano.
Técnica interferiu até no espaço aéreo
Um problema no projeto da passagem subterrânea da avenida Ceará para acesso à III Perimetral fez a obra parar. Durante o andamento da construção do complexo, foi constatado que as características do solo, com nível elevado de lençol freático, exigiriam a adoção de técnica que garantisse a estabilidade da estrutura. Tal técnica demanda a utilização de equipamentos de grande porte, que atrapalhariam o espaço aéreo do Aeroporto Salgado Filho. Para não comprometer as operações dos voos da Infraero e do V Comando Aéreo Regional da Aeronáutica, foi necessária uma autorização especial, concedida pelas entidades do setor aéreo à prefeitura. No entanto, os trabalhos só poderiam ocorrer à noite, enquanto que o contrato da obra prevê serviços diurnos. Agora, a prefeitura elabora um aditivo contratual para retomar os trabalhos.
A obra iniciada em 2012 deve ficar pronta até 2015. Enquanto isso, um posto de combustível localizado na esquina da Avenida dos Estados ao lado do viaduto Leonel Brizola serve de acesso local e permite o retorno aos veículos. “A prefeitura queria fechar o posto, mas daí iríamos à falência”, comenta o gerente, Sandro Flores. O custo da obra deve ser de R$ 29,5 milhões.

JORNAL FOLHA DE SÃO PAULO


Aeroportos do Rio deverão receber quase mil jatinhos para a final da Copa



Os aeroportos do Rio de Janeiro deverão receber quase mil jatinhos entre domingo (13), dia da final da Copa do Mundo no Maracanã, e segunda-feira (14).
Para dar conta da demanda, a SAC (Secretaria de Aviação Civil) e o Decea (Departamento de Controle do Espaço Aéreo) fizeram um planejamento que prevê atrasos controlados das aeronaves que estiverem pousando ou decolando no sentido contrário ao pico de demanda.
Antes de Alemanha e Argentina entrarem em campo, o intervalo entre as decolagens no Galeão serão espaçadas de modo a permitir um maior número de pousos. Após o término do jogo, ocorrerá o inverso, para permitir o maior número possível de decolagens.
A distância entre os pousos ou decolagens, que costuma ser de 5 milhas náuticas, passou para 15 milhas náuticas. Além disso, as decolagens de jatinhos passaram a ser autorizadas apenas com hora marcada.
O planejamento passou a ser adotado após o jogo do Brasil em Brasília, em 23 de junho, quando a seleção enfrentou Camarões.
Naquele dia, a maioria dos jatinhos pediu para decolar na mesma hora e houve problemas com a aprovação de planos de voo. Os atrasos chegaram a quatro horas.
Para o diretor de gestão aeroportuária da SAC, Paulo Henrique Possas, as medidas foram necessárias para evitar o caos que aconteceu na África do Sul.
Naquele país, aviões privados lotaram os pátios, atrapalhando a aviação regular, e acabaram sendo removidos para a grama.
"A demanda no início da Copa foi menor do que o esperado, mas a segunda fase é sempre mais crítica e não podemos baixar a guarda", diz Possas.
O rigor das medidas adotadas pelo tráfego aéreo foi criticado por operadores privados de helicópteros e jatinhos, que reclamam de prejuízos.
Sobre essa queixa de operadores, Passos diz que é preciso entender que trata-se "de um período diferenciado, que envolve muita segurança".
"Se olhar para os aeroportos, sobraram muitos slots para os voos da [aviação] executiva. Mas é claro que sempre há concorrência grande para melhores horários. É como no estádio, todo mundo queria estar lá, mas não há ingresso para todos."
BAIXA
Penalidades adotadas pelo governo para evitar o caos aéreo na Copa, desde multas até suspensão de habilitação, afetaram operadores de jatinhos, teco-tecos e helicópteros, que preveem prejuízos milionários com o movimento menor.
Entidades que representam empresas de táxi aéreo e operadores de aeronaves privadas atribuem às penalidades a responsabilidade pela queda no movimento em até 60% em relação a 2013.

PORTAL BRASIL


Final da Copa deve ter fluxo recorde de aviões no Aeroporto do Galeão


Estão previstos entre 600 e 900 pousos e decolagens para domingo, data da decisão da Copa entre Argentina e Alemanha

A final da Copa do Mundo de 2014 deve marcar a quebra do recorde de fluxo de aviões no Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro. No domingo (13), o Galeão terá de 600 a 900 movimentos aéreos (soma de pousos e decolagens), cerca do dobro da sua média, que fica entre 400 e 450 movimentos diários. A final da Copa do Mundo de 2010, na África do Sul, registrou 807 movimentos no aeroporto de Joanesburgo, no país africano.
Mesmo com a expectativa de movimento recorde, o Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea (CGNA) garante que não haverá contratempos. "Nós estamos privilegiando o passageiro. Nós vamos dar volume de fluxo maior para a aviação regular", afirma o Coronel Ary Rodrigues Bertolino, chefe do CGNA. A aviação geral, que inclui aeronaves particulares, deve ser atendida após os jatos de grande porte com maior número de passageiros.
O planejamento prevê que o pico de movimentação acontecerá entre 21 e 22 horas, quando 30 controladores de tráfego aéreo vão trabalhar simultaneamente e as duas pistas serão utilizadas para decolagens quase simultaneamente. "Nós esperamos realizar 60 decolagens em uma hora", explica o Coronel Bertolino.
O atual recorde de movimentos aéreos do Galeão é de 1979, época em que o aeroporto era o principal local de chegada de voos internacionais ao Brasil, posto hoje ocupado por Guarulhos, em São Paulo.
Atrasos abaixo da média
Mesmo com a Copa do Mundo, a média de atrasos no aeroportos em todo o País está menor neste ano. Em julho de 2013, o índice registrado foi de 10,6%. Neste mês, até agora, a marca está em 7,6%. O mês passado ficou com uma média de 8,5% de atrasos, conta 11,8% de junho de 2013. "Tivemos grandes eventos, grandes jogos e o que houve foi grande fluxo e todos sendo bem atendidos", comemora o Coronel Bertolino.
Para ele, além do aumento de profissionais que atua no controle de tráfego aéreo, é preciso lembrar da integração entre os órgãos envolvidos no setor aéreo. Durante toda a Copa do Mundo, organizações ligadas ao setor aéreo, como a Aeronáutica, Secretaria de Aviação Civil (SAC), Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Infraero, concessionárias de aeroportos e empresas aéreas, trabalham juntas na Sala Master do CGNA no monitoramento do fluxo de aeronaves. A partir da sala são tomadas decisões de gerenciamento em casos que envolvem não apenas o aumento de tráfego aéreo durante os jogos, mas também situações como mal tempo.
Turismo
De acordo com levantamento preliminar feito Ministério do Turismo, o avião tem sido o principal meio de transporte do turista da Copa do Mundo. Especialmente pelas grandes dimensões territoriais do País, boa parte dos viajantes optou pelos deslocamentos aéreos: desde o início do Mundial, mais de 10 milhões de passageiros passaram pelos 20 principais aeroportos do Brasil, segundo informações da Secretaria de Aviação Civil.
Entre as capitais mais visitadas estão Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte (MG) e Brasília (DF). No entanto, destinos próximos às cidades que sediaram os jogos também tiveram impacto positivo.

Marinha tem o primeiro helicóptero nacionalizado do projeto H-XBR


Aeronave será usada em missões como de treinamento, busca, resgate e salvamento

A Marinha Brasileira acaba de receber a primeira aeronave que teve seu processo de produção todo feito no Brasil: o helicóptero EC-725. Ele deverá ser usado em diversas missões como de treinamento, busca, resgate e salvamento.
A aquisição faz parte do projeto H-XBR, que busca o fortalecimento da indústria nacional de defesa por meio da transferência de tecnologia.
A entrega à Marinha foi feita através de contrato firmado com o Comando da Aeronáutica, por intermédio da Comissão Coordenadora do Programa Aeronave de Combate (Copac).
O projeto H-XBR foi firmado em 2008 entre o Ministério da Defesa e o Consórcio Airbus Helicopter/Helibras para a produção, a industrialização, o desenvolvimento e o fornecimento de 50 helicópteros de médio porte destinados às três Forças Armadas.
A fabricação das aeronaves começou na França e prossegue no Brasil, já em fase de efetiva transferência de tecnologia com a montagem dessa primeira aeronave o que propiciará a fomentação da indústria nacional de defesa e a ampliação da capacidade brasileira no campo aeronáutico.
Ao final do projeto, em 2017, cada Força terá 16 helicópteros e dois para uso da Presidência da República.
Até o momento, a Copac recebeu treze aeronaves: quatro para a Marinha, quatro para o Exército Brasileiro, três para a Força Aérea Brasileira e duas para o Comando da Aeronáutica para atendimento à Presidência da República.
Conforme informações do fabricante, as aeronaves entregues às Forças Armadas já receberam, no Brasil, itens de pré-equipagem, equipagem elétrica e mecânica, caixa de transmissão, rotor e toda a configuração básica, além dos ensaios em voo.

OUTRAS MÍDIAS


JORNAL EL PAÍS



A América Latina na mira da China

O presidente Xi viaja ao subcontinente para intensificar os laços comerciais e políticos
Macarena Vidal Liy
O presidente chinês, Xi Jinping, começa nesta segunda-feira uma viagem pela América Latina. Sua segunda visita em 13 meses – que o levará a Brasil, Argentina, Venezuela e Cuba – envia uma mensagem clara sobre a importância crescente que dá à região no âmbito econômico, comercial e até político. Mas Xi também passará em revista os laços com quatro países que, de uma maneira ou de outra, se veem diante de uma encruzilhada na relação bilateral.
A visita “é extremamente importante, não é só uma outra viagem de rotina. Deve melhorar os laços entre China e América Latina”, destaca Jorge Heine, próximo embaixador do Chile em Pequim, por teleconferência. Os vínculos são relevantes: a China é o segundo sócio comercial dos latino-americanos e um de seus principais investidores. E Pequim olha para a região já não só como fornecedora de recursos naturais, mas também como local interessante de investimento em áreas como infraestrutura, telecomunicações e até no setor bancário. Um interesse que Rússia – a visita de Xi coincide com a excursão paralela de Vladimir Putin pela região –, Índia, Japão ou Coreia do Sul começam a compartilhar.
O pesquisador do Instituto da América Latina da Academia Chinesa de Ciências Sociais (CASS), Xu Shicheng, garante que a América Latina “tem uma importância estratégica para a China tanto no presente como no futuro”.
Mas nem tudo que reluz é ouro. Países como Peru e Chile, importantes fornecedores de ferro e cobre, respectivamente, veem com preocupação a desaceleração da economia chinesa e o possível impacto em seu crescimento. E os quatro países que Xi vai visitar “atravessaram dificuldades na relação bilateral, na hora de fazer avançar a relação” com a China, destaca Matt Ferchen, do centro de estudos Carnegie-Tsinghua Center for Global Policy.
A primeira etapa da viagem será o Brasil, onde, além de participar do encontro anual dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) em Fortaleza nos dias 15 e 16, Xi fará uma visita de Estado. O Brasil é o país mais importante para a China na região: seu intercâmbio comercial ultrapassou no ano passado os 90,2 bilhões de dólares (cerca de 198 bilhões de reais) – o mais alto dos BRICS – e ambos os países compartilham objetivos de política externa, desde a cooperação para o desenvolvimento até a regulamentação financeira internacional. Mas a China vê com preocupação algumas medidas brasileiras que considera protecionistas e o Brasil gostaria de ver um número maior de suas empresas implantando-se com sucesso no país asiático.
A visita, afirma Adriana Abdenur, da Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio de Janeiro, servirá para “consolidar e expandir o papel da China como principal sócio comercial do Brasil”. Está previsto que se assinem cerca de 20 acordos de cooperação, que poderiam incluir exportações da empresa aeronáutica Embraer para a China e mais investimentos chineses na infraestrutura brasileira, especialmente de transporte.
A Argentina, onde Xi chegará no dia 18, será a etapa seguinte. Um país no qual o intercâmbio está claramente abaixo do potencial – chegou a 14,8 bilhões de dólares (ou 32,5 bilhões de reais) –, Xi quer dar um novo impulso à relação e planeja reconhecer a Argentina como “sócio estratégico integral”, um passo adiante na escala de suas relações políticas. Economicamente, está previsto que sejam firmados, entre outros, acordos de investimentos de mais de seis bilhões de dólares para construir duas centrais hidrelétricas e modernizar a ferrovia Belgrano-Cargas. Pode-se esperar, ainda, que nas conversas com a presidenta Cristina Fernández de Kirchner se fale também do interesse dos chineses na jazida de Vaca Muerta, calculada como a segunda maior reserva de gás de xisto do mundo e a quarta de petróleo.
De todos os países do roteiro, a Venezuela é a que atravessa os problemas internos mais profundos. Os protestos de rua deixaram pelo menos 42 mortos, o sistema produtivo está em declínio e houve queda na extração do petróleo. Uma vez que se trata de um dos grandes aliados políticos na região, e importante fornecedor de óleo cru ao qual Pequim já entregou cerca de 60 bilhões de dólares (132 bilhões de reais) em créditos, a China observa os acontecimentos com atenção. “As empresas chinesas estão envolvidas e profundamente preocupadas” com a situação da Venezuela, relembra Ferchen.
Em Cuba, o tradicional aliado da China na América Latina, Xi repassará o ritmo das reformas econômicas. E pode anunciar um acordo para o desenvolvimento do porto de águas profundas de Mariel, o que suporia um importante respaldo para o Governo de Raúl Castro. Além de aprofundar as relações bilaterais, a visita de Xi procura também sublinhar o interesse da China em aumentar os laços não só econômicos, mas políticos, com a região. O principal evento para isso será uma reunião com representantes dos países da CELAC, a Comunidade de Estados da América Latina e Caribe, durante sua visita ao Brasil.
Nessa reunião, será anunciado formalmente o primeiro fórum de cooperação entre China e a CELAC, previsto para antes do fim do ano em Pequim. O fórum representa, no entender de Jorge Malena, da Universidade argentina Del Salvador, “um sucesso das diplomacias tanto da China como do subcontinente: a República Popular consegue se sentar à mesma mesa com todos os Estados da América Latina e do Caribe”, incluídos aqueles que mantêm relações diplomáticas com Taiwan, “enquanto a América Latina e o Caribe contam com um fórum para construir uma frente comum diante do gigante asiático”.

PORTAL DIÁRIO DO SUL



Voos comerciais só no ano que vem

O Aeroporto Regional Sul Humberto Ghizzo Bortoluzzi, em Jaguaruna, não deve contar com voos comerciais regulares este ano. No entanto, conforme o gerente de operações da RDL, Fernando Castro, as negociações com as companhias aéreas serão retomadas com o final da Copa do Mundo e há expectativa de que voos fretados comecem a utilizar o local. 
“Os voos fretados não são nosso objetivo principal, mas é um caminho para que as companhias aéreas comecem a conhecer o aeroporto e aumente o interesse. No mês que vem devemos ter uma reunião com Gol, que é hoje a companhia com as quais as negociações estão mais avançadas, para tratar dessa questão dos voos fretados”, explica.

Ao mesmo tempo em que as negociações são retomadas, o aeroporto tem avançado em etapas para fornecer mais subsídio técnico. Fernando detalha que hoje o local está disponível e apto para operações visuais, mas está buscando a homologação para operar por instrumentos.

Justamente com este foco, a Secretaria de Infraestrutura do Governo de Santa Catarina, em conjunto com a RDL Aeroportos, recebeu oficiais especialistas do Cindacta II (Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo), com sede em Curitiba, que realizaram vistorias na EPTA (Estação Rádio Jaguaruna) e nos auxiliares de navegação aérea do local, visando à operação de voo por instrumentos.

O trabalho foi realizado durante três dias e agora a equipe de especialistas deve elaborar um relatório de avaliação que será encaminhado ao Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea). Assim que a operação for autorizada, o aeroporto receberá um avião teste do Geiv (Grupo Especial de Inspeção em Voo), para autorização da operação IFR (instrumentos).



Leia também:










Receba as Últimas Notícias por e-mail, RSS,
Twitter ou Facebook


Entre aqui o seu endereço de e-mail:

___

Assine o RSS feed

Siga-nos no e

Dúvidas? Clique aqui




◄ Compartilhe esta notícia!

Bookmark and Share






Publicidade






Recently Added

Recently Commented