NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 10/07/2014
Governo vai redistribuir horários de pousos e decolagens em Congonhas ...
Companhias que não forem pontuais perderão prioridade no horário de voo. Esse aperto na fiscalização deve beneficiar quem opera aviões nacionais ...
O governo vai interferir no delicado sistema de distribuição de horários no aeroporto de Congonhas, o mais rentável do país, como forma de beneficiar empresas que operam aviões nacionais. A determinação é retirar os chamados “slots” das empresas que não cumprirem índices de pontualidade e de passageiros por quilômetro transportado. Os slots são horários fixos para pouso e decolagem e reservados para uma companhia ...
Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.
Reino Unido proíbe aparelhos eletrônicos descarregados em voos
Todos os voos com origem e destino ao território terão restrição. Medida se limitava antes a voos para os EUA.
O ministério dos Transportes britânico ampliou nesta quarta-feira (9) a todos os voos procedentes ou com destino ao Reino Unido a proibição de viajar com aparelhos eletrônicos descarregados, o que até o momento se limitava aos voos para os Estados Unidos.
"Recomendamos aos passageiros com embarque ou desembarque no Reino Unido que assegurem que os aparelhos eletrônicos que transportam na bagagem de mão estejam carregados", disse uma fonte do ministério.
Em caso contrário, não poderão embarcar com telefones, computadores ou tablets.
Por razões de segurança, o ministério não informou quais destinos serão particularmente afetados, mas destacou que fará o possível para "reduzir os problemas".
As medidas são iguais às adotadas pelos Estados Unidos para voos procedentes e com destino a seu território, em meio aos temores do desenvolvimento pelos jihadistas de bombas muito mais difíceis de detectar.
Plano federal prevê o dobro do número de policiais para final da Copa
Previsão é que ao menos 12 chefes de estado estejam no Maracanã. Estimativa é que cerca de 11 mil policiais atuem na segurança.
O governo federal fechou o planejamento para a segurança da final da Copa do Mundo, que será realizada no domingo (13), no Maracanã (RJ), prevendo o emprego de ao menos 11.540 policiais. O número é quase o dobro de profissionais que trabalharam nas partidas anteriores do Mundial realizadas no Rio. Depois da derrota da seleção brasileira por 7 x 1 para a Alemanha no Mineirão (MG) na terça-feira (8), a intenção é prevenir incidentes e evitar problemas de segurança dentro e fora da arena.
A Secretaria Extraordinária de Segurança para Grandes Eventos (Sesge), do Ministério da Justiça, trabalha com o efetivo de 800 policiais federais para o domingo no Rio, que serão empregados na vistoria antibomba, proteção de chefes de estado, reforço da segurança em aeroportos e segurança das seleções que disputarão a final.
A segurança dentro dos estádios é responsabilidade da Fifa. Após os incidentes no próprio Maracanã durante o jogo Espanha x Chile, em que cerca de cem torcedores sem ingressos tentaram entrar no estádio pela sala de imprensa, a Polícia Militar começou a participar da segurança.
Deslocamento
O reforço foi realizado com o deslocamento de agentes da PF de outras cidades-sedes da Copa Também atuarão mais 800 policiais rodoviários federais, 300 homens da Força Nacional e 9 mil policiais civis e militares do Rio de Janeiro, além de 640 guardas municipais do Rio.
Nos jogos anteriores da Copa no Rio, o centro integrado de controle da segurança pública nacional, ativado pelo Ministério da Justiça em Brasília durante o Mundial, trabalhava com cerca de 5 mil PMs e policiais civis do Rio no Maracanã e na Fan Fest da capital fluminense.
Ao menos 12 chefes de estado já estão confirmados para acompanharem a final no Maracanã, inclusive a chancelar alemã, Angela Merkel,e o presidente alemão Joachim Gauck. Os presidentes de Rússia, China e Índia,que estarão no Brasil para uma reunião dos Brics, em Fortaleza (CE), na próxima semana, ainda não confirmaram se irão ao estádio.
Governo vai redistribuir horários de pousos e decolagens em Congonhas
Companhias que não forem pontuais perderão prioridade no horário de voo. Esse aperto na fiscalização deve beneficiar quem opera aviões nacionais.
O governo vai interferir no delicado sistema de distribuição de horários no aeroporto de Congonhas, o mais rentável do país, como forma de beneficiar empresas que operam aviões nacionais.
A determinação é retirar os chamados “slots” das empresas que não cumprirem índices de pontualidade e de passageiros por quilômetro transportado. Os slots são horários fixos para pouso e decolagem e reservados para uma companhia.
Os voos retirados serão oferecidos, prioritariamente, a empresas menores. Hoje, a punição é aplicada apenas às companhias que cancelam mais de 20% dos horários em um período de três meses.
Agora, quem atrasar voos também perderá slots. É um aperto na fiscalização que também deve gerar mais concorrência.
No aeroporto de Congonhas, por onde passaram mais de 7 milhões de pessoas só nos primeiros cinco meses deste ano, as maiores e mais antigas companhias aéreas dominam o mercado.
A Tam e a Gol têm mais de 92% dos vôos (Gol com 45,32% e Tam com 47,10%). A Avianca tem 7,26% e a Azul, que começou a operar em 2008, tem 0,32%.
A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) diz que há casos em que as companhias aéreas monopolizam horários e juntam dois voos com poucos passageiros em um só para economizar.
O governo acredita que a ameaça da concorrência pode fazer com que as empresas melhorem a qualidade do serviço prestado ao passageiro.
Esse reforço na fiscalização das companhias aéreas se dará a partir em outubro. Em março do ano que vem, começa a redistribuição de slots.
O ministro da Secretaria de Aviação Civil espera que a mudança diminua o monopólio das empresas e o preço das passagens de alguns destinos.
"O aeroporto de Congonhas é um aeroporto muito importante porque distribui para toda a rede do Brasil e ele precisa ser usado de maneira extremamente eficaz e é o que estamos buscando”, declara Moreira Franco, ministro da Secretaria de Aviação Civil.
Inicialmente, o governo pretende retirar os slots da aviação executiva e geral, que são quatro por hora, e destiná-los a empresas que operem aviões da Embraer (Empresa Brasileira de Aeronáutica), com o propósito de transformar Congonhas em uma espécie de vitrine da indústria nacional.
As duas maiores companhias, Tam e Gol, disseram em nota que cumprem todos os regulamentos de slots.
A Azul afirma que poderá atender a mais passageiros se tiver mais slots em Congonhas.
E a Avianca quer esperar o detalhamento das medidas para, então, se pronunciar.
A determinação é retirar os chamados “slots” das empresas que não cumprirem índices de pontualidade e de passageiros por quilômetro transportado. Os slots são horários fixos para pouso e decolagem e reservados para uma companhia.
Os voos retirados serão oferecidos, prioritariamente, a empresas menores. Hoje, a punição é aplicada apenas às companhias que cancelam mais de 20% dos horários em um período de três meses.
Agora, quem atrasar voos também perderá slots. É um aperto na fiscalização que também deve gerar mais concorrência.
No aeroporto de Congonhas, por onde passaram mais de 7 milhões de pessoas só nos primeiros cinco meses deste ano, as maiores e mais antigas companhias aéreas dominam o mercado.
A Tam e a Gol têm mais de 92% dos vôos (Gol com 45,32% e Tam com 47,10%). A Avianca tem 7,26% e a Azul, que começou a operar em 2008, tem 0,32%.
A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) diz que há casos em que as companhias aéreas monopolizam horários e juntam dois voos com poucos passageiros em um só para economizar.
O governo acredita que a ameaça da concorrência pode fazer com que as empresas melhorem a qualidade do serviço prestado ao passageiro.
Esse reforço na fiscalização das companhias aéreas se dará a partir em outubro. Em março do ano que vem, começa a redistribuição de slots.
O ministro da Secretaria de Aviação Civil espera que a mudança diminua o monopólio das empresas e o preço das passagens de alguns destinos.
"O aeroporto de Congonhas é um aeroporto muito importante porque distribui para toda a rede do Brasil e ele precisa ser usado de maneira extremamente eficaz e é o que estamos buscando”, declara Moreira Franco, ministro da Secretaria de Aviação Civil.
Inicialmente, o governo pretende retirar os slots da aviação executiva e geral, que são quatro por hora, e destiná-los a empresas que operem aviões da Embraer (Empresa Brasileira de Aeronáutica), com o propósito de transformar Congonhas em uma espécie de vitrine da indústria nacional.
As duas maiores companhias, Tam e Gol, disseram em nota que cumprem todos os regulamentos de slots.
A Azul afirma que poderá atender a mais passageiros se tiver mais slots em Congonhas.
E a Avianca quer esperar o detalhamento das medidas para, então, se pronunciar.
Família tenta identificar origem de objeto que caiu sobre casa em Goiás
Peça perfurou o telhado do imóvel e estragou cerâmica ao atingir o chão. Moradora da residência afirma que se queimou ao encostar em objeto.
A consultora de vendas Lilian Moraes tenta descobrir a origem do objeto ainda não identificado que caiu sobre a residência da família, em Rio Verde, no sudoeste de Goiás. A peça metálica perfurou o telhado do imóvel e, ao atingir no chão,estragou a cerâmica.
O objeto atingiu a casa na noite de terça-feira (8) e provocou um grande barulho. A consultora de vendas afirma que se queimou ao encostar na peça, um sinal de que ela pode ter caído em alta velocidade. “Eu acredito que o objeto estava em chamas, pois quando eu localizei ele em casa, ele estava muito quente”, relatou Lilian.
Os moradores da casa acreditam que o objeto possa ser uma peça de algum satélite ou até mesmo de um avião. No entanto, o mecânico de aeronaves Idelbrando Carvalho, que trabalha na área há mais de 35 anos, descarta a hipótese de que o objeto faça parte de um satélite, pois a peça se desmancharia ao entrar na atmosfera terrestre. A origem exata também é um mistério para o profissional, que já integrou a Força Aérea Brasileira.
“Tudo passa por uma identificação na aviação, até mesmo se fosse um satélite. Todas têm um código que fazem parte de um manual. Pode-se dizer que é de uma aeronave, mas sem identificação, fica difícil identificar exatamente porque ela não tem o número de série da peça nem de fabricação”, disse Carvalho.
Os Corpo de Bombeiros, que recolheu a peça após ela atingir a residência, também não tem pistas da origem do objeto. “Se fosse uma peça de avião e as aeronaves andam em alta velocidade, a trajetória da peça teria que ser uma parábola, mas o objeto caiu em linha reta. Isso é outra coisa que gera dúvida para nós”, disse o subcomandante dos bombeiros de Rio Verde, capitão Eduardo Monteiro.
A peça será enviada para o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) para que seja descoberta sua origem e identificada.
Governo aumentará policiamento nos jogos finais da Copa
Apesar de não acreditar que a decepção dos torcedores venha a se transformar em ira depois da humilhante derrota da seleção brasileira, o governo vai aumentar o número de policiais nos dois últimos jogos do final da Copa, sábado (12) e domingo (13).
Também vai discutir, com a Fifa e patrocinadores do evento, a proibição da venda de cerveja nos estádios.
A ordem dentro do governo é "não baixar a guarda" e evitar incidentes nos últimos jogos do mundial. Na final da Copa, por exemplo, está previsto um reforço inicial de 300 homens da Polícia Militar. No Rio, já havia sido feito um aumento de 600 policiais por causa dos incidentes ocorridos no primeiro jogo no Maracanã.
Naquela partida, disputada pela Argentina e Bósnia em 15 de junho, torcedores do país vizinho conseguiram invadir o estádio.
O Ministério da Justiça também decidiu dobrar o efetivo da Força Nacional no Rio, que contará com 500 integrantes até domingo. Outros 150 homens ficarão de prontidão em Brasília.
As forças de segurança ainda esperam o Itamaraty informar quantos chefes de Estado assistirão à final. São esperados 15 deles, o que vai exigir também um aumento do efetivo da Polícia Federal.
A Secretaria Especial de Grandes Eventos, vinculada ao MJ, diz que não pretende acionar no policiamento ostensivo das ruas e arredores das arenas homens das Forças Armadas, que ficarão aquartelados em caso de extrema necessidade.
Cerveja
Uma reunião com representantes dos ministérios da Justiça, Defesa e do governo do Rio está marcada para esta quinta-feira (10) no Rio a fim de definir exatamente o esquema de segurança.
Também está prevista reunião com representantes da Fifa para discutir a venda de cerveja no Maracanã e no Mané Garrincha, em Brasília, onde a seleção brasileira vai disputar o terceiro lugar.
A entidade avalia proibir a venda de bebidas diante das brigas ocorridas dentro dos estádios. O governo brasileiro é a favor da proibição, mas ela tem de ser negociada com os patrocinadores.
"Por ora, não há absolutamente nenhum indicativo de que a vergonha que torcida está sentido vá dar lugar à ira, com protestos ou brigas generalizadas. O esquema de segurança continua sob o comando da Sesge e está mantido o reforço de efetivo previsto desde o início da Copa", diz o delegado da PF Andrei Rodrigues, chefe do órgão responsável pela coordenação da segurança da Copa.
A depender da movimentação dos argentinos, que durante o Mundial "invadiram" Porto Alegre, Rio e São Paulo mesmo sem ter ingressos, poderá haver um aumento ainda maior de policiais.
Três aeroportos irão receber sistema de pouso por instrumentos
Expectativa é que aeródromos de Londrina, Campina Grande e Vitória passem a contar com Sistema de Pouso por Instrumentos (ILS)
É comum ouvir que o “aeroporto está operando por instrumento”. Isso acontece quando as condições climáticas não são boas e o Sistema de Pouso por Instrumentos (ILS) entra em ação. O sistema, que auxilia o piloto durante o pouso quando a visibilidade é baixa, está implantado em 32 aeroportos do Brasil. E a previsão é que os aeroportos Londrina (PR), Campina Grande (PB) e Vitória (ES) passem a contar com o aparelho em breve. O próximo aeroporto a receber a tecnologia é o de Vitória.
Existem três tipos de ILS (categorias 1, 2 e 3), que são instalados conforme a necessidade e as características de cada região. 28 (de acordo com o mapa são 31) aeroportos contam com o equipamento de categoria 1; quatro (de acordo com o mapa são 6) de categoria 2. Os aeroportos de Guarulhos (SP), Galeão (RJ) e Curitiba (PR) serão os primeiros do país a receber o ILS CAT 3. Guarulhos, o maior aeroporto do país, deve ser o primeiro deles a receber o moderno aparelho utilizado em vários aeroportos ao redor do mundo.
Os últimos aeroportos que receberam investimentos em relação ao ILS foram os de Porto Alegre (RS) e Joinville (SC).
O ILS CAT 2 do Aeroporto Internacional Salgado Filho (RS) começou a funcionar em 20 de junho, após homologação da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Assim como os demais aeroportos do Sul do Brasil, o Salgado Filho sofre com intenso nevoeiro entre os meses de maio e agosto, período de inverno. Com a novidade, o aeroporto deve diminuir em pelo menos 30% o tempo em que permanece fechado devido ao mau tempo.
Sete dias depois foi a vez de Joinville receber o primeiro vôo com auxilio o ILS CAT 1. Até então, o aeroporto não contava com aparelhos deste tipo. A partir de agora, a expectativa é reduzir em pelo menos 60% o fechamento do aeroporto por causa de mal tempo.
Até 2015, Curitiba deve concluir a ampliação do seu sistema, podendo diminuir em pelo menos 13% o tempo em que permanece fechado. A melhora no Galeão, no Rio de Janeiro, que também chegará à categoria 3 de ILS poderá diminuir em 50% este tempo.
Existem três tipos de ILS (categorias 1, 2 e 3), que são instalados conforme a necessidade e as características de cada região. 28 (de acordo com o mapa são 31) aeroportos contam com o equipamento de categoria 1; quatro (de acordo com o mapa são 6) de categoria 2. Os aeroportos de Guarulhos (SP), Galeão (RJ) e Curitiba (PR) serão os primeiros do país a receber o ILS CAT 3. Guarulhos, o maior aeroporto do país, deve ser o primeiro deles a receber o moderno aparelho utilizado em vários aeroportos ao redor do mundo.
Os últimos aeroportos que receberam investimentos em relação ao ILS foram os de Porto Alegre (RS) e Joinville (SC).
O ILS CAT 2 do Aeroporto Internacional Salgado Filho (RS) começou a funcionar em 20 de junho, após homologação da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Assim como os demais aeroportos do Sul do Brasil, o Salgado Filho sofre com intenso nevoeiro entre os meses de maio e agosto, período de inverno. Com a novidade, o aeroporto deve diminuir em pelo menos 30% o tempo em que permanece fechado devido ao mau tempo.
Sete dias depois foi a vez de Joinville receber o primeiro vôo com auxilio o ILS CAT 1. Até então, o aeroporto não contava com aparelhos deste tipo. A partir de agora, a expectativa é reduzir em pelo menos 60% o fechamento do aeroporto por causa de mal tempo.
Até 2015, Curitiba deve concluir a ampliação do seu sistema, podendo diminuir em pelo menos 13% o tempo em que permanece fechado. A melhora no Galeão, no Rio de Janeiro, que também chegará à categoria 3 de ILS poderá diminuir em 50% este tempo.
O aparelho
O ILS é um sistema composto por equipamentos eletrônicos instalados na pista e nos aviões, que praticamente guia o piloto até o pouso quando a névoa encobre o horizonte.
A instalação – ou a modernização – de um aparelho deste requer um grande investimento. É necessária uma série de melhorias na infraestrutura do aeroporto, além da aquisição de equipamentos de suporte e mudanças na área operacional. Além disso, as tripulações e as aeronaves devem acompanhar as mudanças para estarem compatíveis com o novo aparelho do aeroporto.
A Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República (SAC) tem coordenado este trabalho junto a outros órgãos aeroportuários para agilizar ao máximo a instalação desses aparelhos quando necessário.
A instalação – ou a modernização – de um aparelho deste requer um grande investimento. É necessária uma série de melhorias na infraestrutura do aeroporto, além da aquisição de equipamentos de suporte e mudanças na área operacional. Além disso, as tripulações e as aeronaves devem acompanhar as mudanças para estarem compatíveis com o novo aparelho do aeroporto.
A Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República (SAC) tem coordenado este trabalho junto a outros órgãos aeroportuários para agilizar ao máximo a instalação desses aparelhos quando necessário.
Santos Dumont
Apesar de sofrer constantemente com o mau tempo, o Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, não conta com ILS devido à geografia dos arredores do terminal. O aeroporto conta com vários outros sistemas que auxiliam o piloto quando o tempo está ruim.
Força Aérea Brasileira (FAB) abre seleção e oferece oito vagas para Florianópolis
Edital traz oportunidades disponíveis em todo o Brasil e inscrições já podem ser feitas
A Força Aérea Brasileira (FAB) divulgou o Aviso de Convocação para o novo Quadro de Sargentos Convocados (QSCON). Civis e militares que tenham ensino médio e curso técnico podem se candidatar à seleção, que se dá através de análise curricular e inspeção de saúde.
O candidato incorporado à FAB passará por um curso de formação do qual sai como 3º Sargento e o tempo máximo de serviço é de oito anos (para militares conta o tempo de serviço anterior à incorporação no quadro).
As inscrições estão abertas desde 7 de julho no site www.qscon2014.aer.mil.br. No mesmo link é possível consultar o edital com todas as especialidades e vagas disponíveis em todo Brasil.
Para Florianópolis são oito vagas para técnico em administração, três para técnico em eletricidade, duas para técnico em informática e duas para motorista.
O candidato incorporado à FAB passará por um curso de formação do qual sai como 3º Sargento e o tempo máximo de serviço é de oito anos (para militares conta o tempo de serviço anterior à incorporação no quadro).
As inscrições estão abertas desde 7 de julho no site www.qscon2014.aer.mil.br. No mesmo link é possível consultar o edital com todas as especialidades e vagas disponíveis em todo Brasil.
Para Florianópolis são oito vagas para técnico em administração, três para técnico em eletricidade, duas para técnico em informática e duas para motorista.
Diplomata italiano será novo enviado da ONU para Síria
O diplomata italiano Staffan De Mistura será o novo enviado especial das Nações Unidas (ONU) para a Síria, informou a televisão árabe Al Arabia citando fontes da ONU. O diplomata disputava o cargo com o brasileiro Celso Amorim, atual ministro de Defesa, e com o holandês Sigrid Kaag, da Organização para a Proibição de Armas Químicas (Opaq), ganhadora do Nobel da Paz de 2013.
Se a informação foi confirmada oficialmente, ele será o terceiro no cargo, após Lakhdar Brahimi ter anunciado sua renúncia, em maio deste ano, assim como aconteceu com o ex-líder da ONU Kofi Annan.
Uma das últimas mediações de De Mistura foi como enviado do governo da Itália no caso dos fuzileiros navais italianos presos há mais de dois anos na Índia após matarem, por engano, dois pescadores indianos.
EUA: homens são presos por quase bater drone em helicóptero
Wilkins Mendonza e Remy Castro foram presos com duas aeronaves pequenas e dois controles remotos
Dois nova iorquinos foram presos na última segunda-feira por controlar o voo de um drone civil perto da ponte George Washington a 244 metros de altura de helicóptero policial. De acordo com New York Post, Wilkins Mendoza e Remy Castro foram acusados de crime por descuido, que implica risco de morte ou desprezo com a vida, devido à possibilidade de colisão com a aeronave policial.
Na versão dos acusados, o quadricóptero controlado remotamente do modelo DJI Phantom 2 estava voando a uma altitude de 91,5 metros quando o helicóptero da polícia nova iorquina começou a perseguir o drone.
O DJI Phantom 2 consegue atingir até 609 metros de altura, mas é comum usá-lo a uma altitude baixa, pois sua bateria dura apenas 20 minutos.
Governo determina critérios para redistribuir slots no Aeroporto de Congonhas
SÃO PAULO, 9 Jul (Reuters) - O governo determinou nesta quarta-feira que a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) redistribua os slots, horários de chegadas e partidas, dos aviões no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, segundo resolução do Conselho de Aviação Civil publicada no Diário Oficial da União nesta quarta-feira.
Entre os critérios que serão considerados para a redistribuição estão regularidade e pontualidade das companhias, percentual de participação de cada empresa de transporte aéreo regular de passageiros no mercado nacional, participação de cada empresa no mercado de aviação regional do país, eficiência operacional nacional média dos voos de cada empresa.
O governo federal ainda determinou que seja adotado um sistema de pontuação com base nos critérios, aplicável às empresas que participem da redistribuição dos slots.
Os slots redistribuídos deverão ser operados por aeronaves com, no mínimo, 90 assentos.
"A partir de outubro de 2014 (temporada de inverno) a ANAC deverá aferir a regularidade e pontualidade das empresas para realizar a primeira redistribuição de slots no Aeroporto de Congonhas, de acordo com as diretrizes desta Resolução, na temporada subsequente", informou o documento.
Já a distribuição de novos slots em Congonhas, se ocorrer, deve priorizar empresas aéreas entrantes no aeroporto. A primeira distribuição de novos slots em Congonhas deverá ocorrer a partir de 1 de agosto.
Empresas que serão consideradas entrantes serão aquelas que detêm até 12 por cento do total de slots disponíveis no aeroporto.
Militares são atacados com tiros e objetos explosivos no Complexo da Maré
Militares foram alvo de disparos de armas de fogos e lançamentos de artefatos explosivos na noite de ontem (8), no Complexo da Maré, informou uma nota divulgada hoje pela Força de Pacificação. De acordo com o texto, ninguém se feriu.
Os ataques foram nas comunidades Nova Holanda e Parque Maré, e, segundo a Força, os militares responderam com munição de baixa letalidade.
"Em determinado momento, houve a necessidade de realizar disparos de advertência para o alto. A tropa seguiu as ações previstas nas regras de engajamento, empregando o princípio da proporcionalidade e progressividade das ações, buscando evitar danos à população civil e aos próprios militares", diz a nota.
As Forças Armadas ocuparam a Maré em 5 de abril depois de um pedido do então governador, Sérgio Cabral. A permanência no complexo de favelas está garantida até 31 de julho. De acordo com o atual governador, Luiz Fernando Pezão, há a possibilidade de ampliar esse prazo, a depender de uma conversa com a presidenta Dilma Rousseff. A previsão do governo do estado é instalar unidades de Polícia Pacificadora na região, que tem 129 mil habitantes.
Os ataques foram nas comunidades Nova Holanda e Parque Maré, e, segundo a Força, os militares responderam com munição de baixa letalidade.
"Em determinado momento, houve a necessidade de realizar disparos de advertência para o alto. A tropa seguiu as ações previstas nas regras de engajamento, empregando o princípio da proporcionalidade e progressividade das ações, buscando evitar danos à população civil e aos próprios militares", diz a nota.
As Forças Armadas ocuparam a Maré em 5 de abril depois de um pedido do então governador, Sérgio Cabral. A permanência no complexo de favelas está garantida até 31 de julho. De acordo com o atual governador, Luiz Fernando Pezão, há a possibilidade de ampliar esse prazo, a depender de uma conversa com a presidenta Dilma Rousseff. A previsão do governo do estado é instalar unidades de Polícia Pacificadora na região, que tem 129 mil habitantes.
Rio Grande do Sul já tem 149 municípios atingidos pela chuva
Chega a 149 o número de municípios afetados pela chuva no Rio Grande do Sul, dos quais 126 estão em estado de emergência. Iraí e Barra do Guarita decretaram estado de calamidade pública. Segundo o mais recente boletim da Defesa Civil Estadual, divulgado hoje (9), 18.391 pessoas ainda estão fora de casa. Ontem, eram 20.436. No norte do estado, uma das regiões mais afetadas, os moradores estão começando a voltar para as residências.
A Defesa Civil contabiliza 17.070 pessoas desalojadas, que estão em casas de parentes e amigos, e 1.321 em abrigos públicos.
Os temporais causaram duas mortes: de José Lindomar da Silva, em Jacutinga, e Eracildo Luiz Assmann, 56 anos, em Arroio do Tigre. Paula Thon, 23 anos, continua desaparecida em Arroio do Tigre, onde os bombeiros fazem buscas.
Segundo o governador Tarso Genro, serão liberados R$ 8 milhões para as ações emergenciais. Ele visitou ontem (8) a região de Uruguaiana, uma das mais prejudicadas pelo mau tempo. Barra do Quaraí, Itaqui, São Borja e Uruguaiana, na fronteira Oeste, têm 17.728 moradores fora de casa devido à cheia do Rio Uruguai.
Até ontem, o governo estadual, em parceria com o Ministério da Integração Nacional, repassou aos municípios atingidos pela chuva intensa e pelas cheias do Rio Uruguai e afluentes mais de R$ 1 milhão em materiais de assistência humanitária, como kits de higiene pessoal, de limpeza, dormitório e cestas básicas.
De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia, a previsão do tempo no estado até sábado (12) é parcialmente nublado, com ventos fracos a moderados.
AGÊNCIA DE NOTÍCIAS DO PARANÁ
Exército apresenta sistema de monitoramento de fronteira
O vice-governador Flávio Arns recebeu nesta quarta-feira (9) no Palácio Iguaçu, o comandante do Centro de Comunicações e Guerra Eletrônica do Exército (CCOMGEX), general Carlos Roberto Pinto de Souza, para discutir a implantação da segunda fase do Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron).
Desenvolvido pelo Exército, o Sisfron usa radares, sistemas de comunicação e veículos aéreos não tripulados para o monitoramento da fronteira. A primeira etapa foi feita no Mato Grosso do Sul, e agora está sendo oferecida ao Paraná. O programa terá investimento de R$ 11,9 bilhões em dez anos. O Estado, em forma de emenda de bancada para o orçamento da União em 2014, já dá apoio ao Sisfron.
O sistema é baseado em uma rede de sensores colocados sobre a linha de fronteira, interligada a sistemas de comando e controle, que, por sua vez, estão interligados às unidades operacionais com capacidade de dar resposta, em tempo real, aos problemas detectados.
O general Pinto de Souza disse que a intenção é aumentar a capacidade operacional do Exército e dos órgãos de segurança federais, estaduais e até municipais na faixa de fronteira do Paraná. “Objetivo é acompanhar o que acontece nesta área e poder intervir, combatendo o ilícito, seja ele de tráfico de drogas, contrabando, descaminho”, afirmou.
“Esta percepção do Governo do Paraná de apoiar e fazer uma parceria com o Exército é essencial para implantação do sistema, com suporte político e econômico”, completou o general.
“O Sisfron presta um trabalho fundamental para as áreas de fronteira”, afirmou Flávio Arns. “Esse programa une o país todo num sistema integrado e faz a prevenção e repressão nas fronteiras. Vamos reforçar a política para que isso se instale de maneira definitiva em nosso estado”, disse ele.
O Paraná tem 19 municípios que fazem fronteira direta com o Paraguai e a Argentina, numa extensão de 1,4 mil quilômetros, e outros 120 municípios na área de influência da fronteira. Os principais crimes cometidos na região são tráfico de drogas e de armas, explosivos e munições, contrabando e exportação ilegal, roubo e furto de veículos, imigração ilegal de pessoas, bem como a atuação do crime organizado internacional.
Recursos
O Secretário de Estado de Representação do Paraná em Brasília, Amauri Escudero Martins, explicou que o Governo do Estado está em busca de recursos federais para a implantação do sistema no Paraná.
“O Sisfron passa agora a contar com um apoio político decisivo do setor privado do Paraná, além do apoio do governo estadual, que agora irá buscar recursos de fundos federais para a implantação”, disse Escudero.
Tecnologia
Além da segurança, o sistema também deve trabalhar em parceria com meios acadêmicos do Estado, segundo o secretário de Ciência e Tecnologia e Ensino Superior, João Carlos Gomes.
“O sistema vai trazer uma integração do setor acadêmico, de pesquisa e inovação, com o Ministério da Defesa e com o setor produtivo”, disse o secretário. “O Paraná é privilegiado, pois temos uma rede de universidades muito forte e sem dúvidas o projeto vai propiciar uma participação dos centros de pesquisa, dos nossos alunos, com este projeto”, afirmou.
O diretor da Agência de Inovação e Tecnoparque da Pontifícia Universidade Católica do Paraná, Álvaro Amarante, também participou do encontro e ressaltou a importância do sistema. “As empresas precisam de massa crítica para desenvolvimento de tecnologia e essa massa está disponível nas universidades. As universidades precisam se colocar mais a serviço das empresas, e esta é uma oportunidade”, disse ele.
Estiveram presentes na reunião, o secretário chefe da Casa Civil, Cezar Silvrestri; os secretários estaduais da Segurança Pública, Leon Grupenmacher; da Indústria, Comércio e Assuntos do Mercosul, Horácio Monteschio, e de Planejamento, Cássio Taniguchi; o chefe da Casa Militar e coordenador estadual da Defesa Civil, coronel Adilson Castilho, e o diretor geral do Detran, Marcos Traad.
PORTAL PÚBLICO (PORTUGAL)
“Amazonas” é um dos guardiões da segurança na Copa
Navio de patrulha oceânica já efectuou mais de mil abordagens desde o início do Mundial nas águas brasileiras e o PÚBLICO foi a bordo acompanhar como tudo se processa. A segurança do torneio já custou 660 milhões de euros aos cofres federais.
Paulo Curado (em São Paulo)
A embarcação suspeita foi detectada pouco depois das 10h da manhã desta segunda-feira. Estrategicamente localizado à entrada da Baía de Guanabara, com a cidade do Rio de Janeiro como pano de fundo, o navio patrulha oceânico “Amazonas”, da Marinha do Brasil, iniciou os contactos via rádio. Não obteve resposta. Aproximou-se do barco sinalizado, o pesqueiro “Arriba Guapo”, e insistiu. O silêncio foi finalmente interrompido e o vaso de guerra, com respeitosos 90,5 metros de cumprimento, 1,8 toneladas, equipado com um canhão e quatro metralhadoras, avisou da abordagem iminente, intimando o alvo a parar os motores. Duas lanchas rápidas, transportando 12 fuzileiros navais, fortemente armados, galgaram velozmente os 200 metros que separavam as duas embarcações. Os militares subiram a bordo, reuniram e revistaram toda a tripulação na popa e começaram uma minuciosa inspecção.
Desta vez foi tudo a fingir: um simulacro carregado de dramatismo para exibir à comunicação social. Mas, desde o último dia 28 de Maio, altura em que arrancou a operação de defesa para a Copa do Mundo, o “Amazonas” já somou 1081 abordagens, “à séria”, ao largo das costas estaduais do Rio de Janeiro e do Espírito Santo. No total, foram notificadas 236 embarcações e apreendidas 36, por problemas de documentação, falta de material de segurança ou outro tipo de ilegalidades. Para já, nada de demasiado grave, comparável a ameaças terroristas, transporte de armamento ou tráfico de drogas.
“Com a Copa, estas acções de vigilância foram intensificadas, com mais de duas dezenas de vasos de guerra envolvidos, que seguem pormenorizadamente as rotas de todos os navios que entram no nosso raio de acção”, explicou ao PÚBLICO o capitão-de-fragata Álvaro Lemos, na messe de oficiais, instantes antes do início do simulacro. Normalmente, quando não estão a ocorrer eventos internacionais relevantes no Rio de Janeiro, a principal missão desta frota passa essencialmente pelo patrulhamento da Zona Económica Exclusiva, com particular incidência nas áreas onde estão instaladas plataformas petrolíferas e reservas de pré-sal (gás e petróleo, localizadas em áreas profundas do Oceano Atlântico), assim como a prevenção de potenciais ameaças ambientais ou pirataria.
“A nossa tripulação é treinada para este tipo de acções e está preparada para fazer abordagens diurnas e nocturnas a qualquer navio que represente um risco à segurança ou aos interesses económicos brasileiros”, garantiu o capitão do “Amazonas”, um navio adquirido pela Marinha em 2012. Curiosamente, uma das ameaças mais comuns ao funcionamento das plataformas petrolíferas, resulta da pesca ilegal. “Junto das estruturas submersas da maioria das plataformas a vida marítima é muito rica, o que atrai embarcações pesqueiras para a zona. Enquanto permanecem nas proximidades, por razões de segurança, toda a actividade de extracção de petróleo é interrompida acarretando graves prejuízos. A nossa missão passa também por localizar e afastar este tipo de embarcações dessas zonas nevrálgicas”, explicou.
O Mundial de futebol e as partidas realizadas no Rio de Janeiro, alteraram drasticamente toda esta rotina. “Quando são disputados jogos no Maracanã, os navios ficam no mar o tempo todo, cobrindo uma área que vai de Maricá à Barra da Tijuca [numa extensão costeira de aproximadamente 90 quilómetros] ”, pormenorizou Álvaro Lemos. E quais são os riscos potenciais que podem chegar pelo mar? “A aproximação de embarcações mal-intencionadas junto de hotéis onde estão instaladas delegações políticas, membros da FIFA e selecções que disputam o torneio. Praticamente todos os edifícios em causa estão localizados na orla costeira.” O transporte de armamento para um eventual atentado está no topo das preocupações.
“Ganhámos alguma experiência neste tipo de operações durante a visita papal, na Jornada Mundial da Juventude [23 a 28 de Julho de 2013], mas também na Copa das Confederações [15 a 30 de Junho de 2013]. O actual procedimento servirá de modelo para os Jogos Olímpicos do Rio de 2016”, antecipou o capitão-de-fragata. No conjunto, a Marinha destacou especificamente para este Mundial 20 navios e 60 embarcações de pequeno porte.
Paulo Curado (em São Paulo)
A embarcação suspeita foi detectada pouco depois das 10h da manhã desta segunda-feira. Estrategicamente localizado à entrada da Baía de Guanabara, com a cidade do Rio de Janeiro como pano de fundo, o navio patrulha oceânico “Amazonas”, da Marinha do Brasil, iniciou os contactos via rádio. Não obteve resposta. Aproximou-se do barco sinalizado, o pesqueiro “Arriba Guapo”, e insistiu. O silêncio foi finalmente interrompido e o vaso de guerra, com respeitosos 90,5 metros de cumprimento, 1,8 toneladas, equipado com um canhão e quatro metralhadoras, avisou da abordagem iminente, intimando o alvo a parar os motores. Duas lanchas rápidas, transportando 12 fuzileiros navais, fortemente armados, galgaram velozmente os 200 metros que separavam as duas embarcações. Os militares subiram a bordo, reuniram e revistaram toda a tripulação na popa e começaram uma minuciosa inspecção.
Desta vez foi tudo a fingir: um simulacro carregado de dramatismo para exibir à comunicação social. Mas, desde o último dia 28 de Maio, altura em que arrancou a operação de defesa para a Copa do Mundo, o “Amazonas” já somou 1081 abordagens, “à séria”, ao largo das costas estaduais do Rio de Janeiro e do Espírito Santo. No total, foram notificadas 236 embarcações e apreendidas 36, por problemas de documentação, falta de material de segurança ou outro tipo de ilegalidades. Para já, nada de demasiado grave, comparável a ameaças terroristas, transporte de armamento ou tráfico de drogas.
“Com a Copa, estas acções de vigilância foram intensificadas, com mais de duas dezenas de vasos de guerra envolvidos, que seguem pormenorizadamente as rotas de todos os navios que entram no nosso raio de acção”, explicou ao PÚBLICO o capitão-de-fragata Álvaro Lemos, na messe de oficiais, instantes antes do início do simulacro. Normalmente, quando não estão a ocorrer eventos internacionais relevantes no Rio de Janeiro, a principal missão desta frota passa essencialmente pelo patrulhamento da Zona Económica Exclusiva, com particular incidência nas áreas onde estão instaladas plataformas petrolíferas e reservas de pré-sal (gás e petróleo, localizadas em áreas profundas do Oceano Atlântico), assim como a prevenção de potenciais ameaças ambientais ou pirataria.
“A nossa tripulação é treinada para este tipo de acções e está preparada para fazer abordagens diurnas e nocturnas a qualquer navio que represente um risco à segurança ou aos interesses económicos brasileiros”, garantiu o capitão do “Amazonas”, um navio adquirido pela Marinha em 2012. Curiosamente, uma das ameaças mais comuns ao funcionamento das plataformas petrolíferas, resulta da pesca ilegal. “Junto das estruturas submersas da maioria das plataformas a vida marítima é muito rica, o que atrai embarcações pesqueiras para a zona. Enquanto permanecem nas proximidades, por razões de segurança, toda a actividade de extracção de petróleo é interrompida acarretando graves prejuízos. A nossa missão passa também por localizar e afastar este tipo de embarcações dessas zonas nevrálgicas”, explicou.
O Mundial de futebol e as partidas realizadas no Rio de Janeiro, alteraram drasticamente toda esta rotina. “Quando são disputados jogos no Maracanã, os navios ficam no mar o tempo todo, cobrindo uma área que vai de Maricá à Barra da Tijuca [numa extensão costeira de aproximadamente 90 quilómetros] ”, pormenorizou Álvaro Lemos. E quais são os riscos potenciais que podem chegar pelo mar? “A aproximação de embarcações mal-intencionadas junto de hotéis onde estão instaladas delegações políticas, membros da FIFA e selecções que disputam o torneio. Praticamente todos os edifícios em causa estão localizados na orla costeira.” O transporte de armamento para um eventual atentado está no topo das preocupações.
“Ganhámos alguma experiência neste tipo de operações durante a visita papal, na Jornada Mundial da Juventude [23 a 28 de Julho de 2013], mas também na Copa das Confederações [15 a 30 de Junho de 2013]. O actual procedimento servirá de modelo para os Jogos Olímpicos do Rio de 2016”, antecipou o capitão-de-fragata. No conjunto, a Marinha destacou especificamente para este Mundial 20 navios e 60 embarcações de pequeno porte.
Mobilizados 57 mil militares
A Marinha é apenas um dos ramos das Forças Armadas brasileiras em ação nesta Copa, que envolve ainda, de forma integrada, o Exército e a Força Aérea. No total, foram mobilizados 57 mil militares para garantir a segurança do evento, maioritariamente distribuídos pelas 12 cidades que acolheram a competição e por outros locais onde as selecções instalaram os seus quartéis-generais.
Cada cidade-sede conta também com um grupo especializado em defesa química, biológica, radiológica e nuclear, treinado para responder a ameaças terroristas. De prevenção, até ao final do torneio, estão ainda 21 mil efectivos, que entrarão em acção apenas no caso de esgotamento das capacidades das forças de segurança pública e se a sua intervenção vier a ser solicitada pelos governos estaduais e devidamente autorizada pela presidente Dilma Rousseff.
Cada cidade-sede conta também com um grupo especializado em defesa química, biológica, radiológica e nuclear, treinado para responder a ameaças terroristas. De prevenção, até ao final do torneio, estão ainda 21 mil efectivos, que entrarão em acção apenas no caso de esgotamento das capacidades das forças de segurança pública e se a sua intervenção vier a ser solicitada pelos governos estaduais e devidamente autorizada pela presidente Dilma Rousseff.
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