NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 09/06/2014
Forças Armadas exibem tropa e começa operação para a Copa no DF ...
Concentração de 3,9 mil militares que trabalharão no Mundial começou neste domingo ...
Os 3,9 mil militares das Forças Armadas que trabalharão na Copa do Mundo em Brasília estão concentrados para o evento a partir deste domingo. O efetivo terá à disposição 350 viaturas de diversos tipos – blindadas, mecanizadas, antiaéreas de transporte de tropas e outras – e 204 cavalos. O anúncio foi feito durante evento no Setor Militar Urbano, quando foram apresentados os veículos e equipamentos que serão empregados nas ações de defesa na capital federal ...
Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.
Polícia Civil busca esclarecer acidente que matou Fernandão
Inquérito tem como objetivo chegar às razões e possíveis responsáveis pela queda do helicóptero
A investigação da Polícia Civil sobre o acidente que provocou a morte do ídolo Fernandão incluirá o depoimento de testemunhas, a partir de hoje, a fim de tentar esclarecer as razões da queda do helicóptero em que se encontrava com outras quatro vítimas.
O caso também será apurado pela Aeronáutica, por meio de uma equipe que já se encontra no local do desastre. As duas investigações seguirão de forma paralela baseadas em testemunhos, perícias realizadas na área, laudos técnicos e exames toxicológicos, e não têm prazo determinado para conclusão.
Rio Preto, SP, ganha avião raro da Força Aérea Brasileira para exposição
Aeronave ficará no Lago 2 da Represa, considerado cartão postal da cidade. Avião Impala AT – 26 A de 2,5 toneladas será montado até dia 19 de junho.
Começou a montagem - que tem previsão para término no dia 19 de junho - do avião Impala AT – 26 A, doado pela Força Aérea Brasileira para São José do Rio Preto (SP). A aeronave ficará em exposição no Lago 2 do Parque da Represa, considerado o principal cartão postal da cidade.
Oficiais da base aérea do Recife (PE) montam a rara aeronave, de 2,5 toneladas. “O Impala é mais raro, só tem 11 exemplares no Brasil. Existem poucas diferenças entre ele e o modelo Xavante, que viria no lugar dele, uma delas é que o Impala possui um lugar enquanto o Xavante tem dois”, explicou o tenente coronel Antonio Celso de Souza, do Parque Aeronáutico do Recife.
O Impala AT – 26 A tem 10,84 metros de envergadura, 10,65 metros de comprimento, 3,72 metros de altura e 19,75 metros de área de asa. O modelo que ficará em solo rio-pretense voou até o ano 2000 e era usado para treinamento na base aérea de Natal.
Procedimento de segurança das Forças Armadas agita CT da Croácia
Segundo responsáveis pelo Centro de Praia do Forte, inspeção estava programada
Funcionários e jornalistas que chegaram cedo ao Centro de Treinamento de Praia do Forte, onde a Croácia se prepara para a Copa do Mundo do Brasil, tiveram que esperar do lado de fora dos portões. O motivo foi um procedimento de segurança das Forças Armadas no local. Apesar de já prevista, a revista ocorreu em um horário diferente do que havia sido inicialmente planejado, causando o pequeno tumulto no portão.
Após chegarem em um caminhão, cinco membros dos Fuzileiros Navais iniciaram uma varredura pelo local. Entre outros procedimentos, houve uma inspeção antibomba e medição dos níveis de radiação em todas as salas do complexo. Nada anormal foi encontrado.
Paralelamente à atividade das Forças Armadas, os funcionários responsáveis pela segurança também intensificaram o controle do acesso dos jornalistas. Todos precisaram passar por detectores de metais e abrir bolsas e mochilas.
Menos de uma hora após as Forças de Segurança deixarem o CT, a assessoria de imprensa da seleção da Croácia divulgou uma nota em repúdio ao sensacionalismo da imprensa de seu país. Um jornal popular publicou que um treinamento havia sido interrompido devido a uma ameaça de bomba no campo, o que teria causado preocupação entre parentes e amigos de jogadores. A Croácia, no entanto, não realizou nenhum treino pela manhã desde a chegada no Brasil. A única atividade prevista para este domingo está marcada para as 17h (horário de Brasília).
ERRATA: Diferente do que o GloboEsporte.com informou, nenhum funcionário do CT foi revistado pelas Forças Armadas. A informação foi corrigida às 15h30m.
Forças Armadas exibem tropa e começa operação para a Copa no DF
Concentração de 3,9 mil militares que trabalharão no Mundial começou neste domingo
Os 3,9 mil militares das Forças Armadas que trabalharão na Copa do Mundo em Brasília estão concentrados para o evento a partir deste domingo. O efetivo terá à disposição 350 viaturas de diversos tipos – blindadas, mecanizadas, antiaéreas de transporte de tropas e outras – e 204 cavalos. O anúncio foi feito durante evento no Setor Militar Urbano, quando foram apresentados os veículos e equipamentos que serão empregados nas ações de defesa na capital federal.
Na segunda-feira, o Centro de Coordenação de Defesa de Área de Brasília fará um exercício de simulação de ataque terrorista com contaminação química e radiológica, no Estádio Nacional Mané Garrincha. Na sexta-feira, dois dias antes de Suíça x Equador, primeiro dos sete jogos da Copa na cidade, começará o período de prontidão. As tropas serão desmobilizadas em 14 de julho, um dia após a partida final do torneio, no Maracanã, no Rio de Janeiro.Do contingente envolvido no evento, entre 200 e 250 militares trabalharão na escolta de chefes de Estado, coordenada pelas Forças Armadas – a escolta de membros da Fifa e das seleções fica a cargo da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal. Também haverá militares no Mané Garrincha e nos centros integrados de comando e controle Nacional e Regional. A maior parte do efetivo, no entanto, estará em esquema de prontidão.
Durante a Copa do Mundo, os militares serão vistos nas ruas apenas durante a escolta de autoridades e em pontos estratégicos da capital federal. O evento desta manhã contou com a presença de 2,8 mil integrantes das Forças Armadas. Do efetivo de 3,9 mil empregado no Mundial, 2 mil integram o Exército, 1,2 mil são do quadro da Marinha e 700 pertencem à Aeronáutica.
Lago Paranoá
A Marinha cuidará da segurança e do patrulhamento lacustre no Lago Paranoá, uma das principais atrações turísticas de Brasília. Serão 14 embarcações, 22 viaturas operativas e sete viaturas administrativas. De forma integrada com os órgãos de segurança pública, a corporação definiu um perímetro de segurança de 200 metros a partir dos píeres dos hotéis que hospedarão as delegações. Iniciada neste domingo, a restrição será desativada em 17 de julho.
As informações são do Portal da Copa, do Ministério do Esporte.
Com apenas 18 anos, uberlandense é selecionado para ser atleta da FAB
Augusto Affonso se formou sargento da Aeronáutica e vai atuar pela FAB em competições de corrida de orientação. Jovem fala sobre modalidade e pouca idade
O único atleta do sexo masculino de Minas Gerais a ser selecionado pela Força Aérea Brasileira (FAB) para atuar em competições de corrida de orientação. Dentre os contratados de todos os esportes pela FAB, o mais jovem, com apenas 18 anos. Este é Augusto Affonso, uberlandense e atleta de corrida de orientação, que recentemente se formou sargento da Aeronáutica.
Integrante da equipe da FAB, Augusto se interessou pelo esporte – ainda um pouco desconhecido do público em geral – por influência da família. O praticante da corrida de orientação tem que passar por pontos de controle marcados em um determinado terreno no menor tempo possível, com o auxilio de um mapa e de uma bússola.
- Meu tio é militar e praticava esse esporte. Um dia ele me levou para praticar. Então comecei como hobby, no primeiro ano, e agora estou em nível de competição. Agora, fui contratado pelo meu desempenho – comentou Augusto.
Segundo Augusto, a sua função dentro da FAB é de atleta. A próxima competição que o uberlandense deve disputar será uma etapa do Campeonato Sul-Mato-Grossense, que ocorre no final de julho. Depois, ele participa de uma etapa do Campeonato Goiano e, também, do Campeonato Brasileiro, em agosto.
Além de competições nacionais, o jovem também já participou de eventos internacionais, com o Sul-Americano, em 2013. Para o técnico de Augusto, Geraldo Paulino, que também é presidente do Clube de Orientação do Triângulo Mineiro (Cotrim), o atleta tem futuro na modalidade.
- O Augusto começou em 2008, ainda muito jovem. Ele vem progredindo, é muito dedicado e tem um potencial muito grande como atleta, além de ser muito disciplinado nos treinos. Uma coisa que confirma isso é que, entre inúmeros atletas, ele foi selecionado pela FAB – destacou
RECONHECIMENTO DO ESPORTE
Segundo Augusto, o esporte ainda não é tão popular por, antigamente, se tratar de um esporte apenas militar. Hoje, civis praticam a corrida de orientação, o que vem ajudando a popularizar a modalidade, que ainda enfrenta algumas dificuldades.
- A modalidade ainda não é muito conhecida, pois não temos um centro de treinamento, sempre competimos em lugar diferente. O nosso esporte não é olímpico, o que também nos prejudica – afirmou.
Volante do Manthiqueira se aposenta para servir à Aeronáutica, em Guará
Sidinei, de apenas 23 anos, atuou pela Laranja Mecânica do Vale do Paraíba por cinco anos. Goleada sobre o Atibaia foi a despedida do atleta dos gramados
Após a goleada por 3 a 0 sobre o Atibaia, neste domingo, enquanto os jogadores do Manthiqueira comemoravam a classificação à segunda fase da Segunda Divisão do Campeonato Paulista, Sidinei derramava lágrimas no estádio Salvador Russani, em Atibaia. Aos 23 anos, o volante fez a última partida de futebol de sua carreira
Em entrevista à Rádio Piratininga, Sidinei disse que passou em um concurso da Escola de Especialistas da Aeronáutica, em Guaratinguetá, e irá se dedicar à vida militar a partir de agora. Na maioria de sua carreira, Sidinei, apesar de volante, usou a camisa número 1 da Laranja Mecânica do Vale do Paraíba.
- Conseguimos implantar a filosofia do presidente de uma forma perfeita. Só tenho a agradecer a todos. Honrei a camisa desde quando cheguei. Começo agora um outro caminho, um outro destino. Mas onde eu estiver, estarei torcendo para o Manthiqueira - disse o volante à Rádio.
Por telefone, o presidente Dado de Oliveira lamentou a decisão e que Sidinei foi um dos principais jogadores da curta história do Manthiqueira, fundado em 2005.
- É um garoto brilhante. Ele já tem um irmão militar e decidiu seguir essa linha. Desde o início, aceitou nossa filosofia (O Manthiqueira tem uma cartilha para que atletas sigam o fair play) e só podemos desejar a ele boa sorte nessa nova vida - disse Dado.
Espanha antecipa chegada e frustra curiosos em aeroporto
A seleção espanhola teve sua chegada ao Brasil antecipada neste domingo, e a reclusão causada pelo forte esquema de segurança em torno da delegação acabou frustrando alguns curiosos que estavam no Aeroporto Afonso Pena. O voo vindo de Baltimore (EUA) estava previsto para chegar por volta das 21h30, mas pousou na pista às 20h11.
Os jogadores não passaram pelo saguão do aeroporto. Um ônibus escoltado pela Força Aérea Brasileira (FAB) recepcionou os espanhóis já na pista de pouso, e todo o trajeto até o CT do Caju, onde a delegação ficará hospedada ao longo da Copa do Mundo, terá o acompanhamento das forças de segurança.
Muitas pessoas se aglomeraram em torno da janela do aeroporto para ver o avião pousando. A maioria dos presentes consistia em curiosos que estavam no local circunstancialmente, embora alguns torcedores espanhóis também estivessem entre os "frustrados" pela chegada fechada da seleção.
O primeiro treino da Espanha em solo brasileiro acontece às 16h (de Brasília) desta segunda-feira, no CT do Caju, que fica a cerca de 15 km do centro da capital paranaense. Os atuais campeões mundiais ficam em Curitiba até a véspera da estreia, que acontece em 13 de junho, diante da Holanda, em Salvador.
Legislação para quem provocar tumulto em aviões deve endurecer
Casos de passageiros indisciplinados, que se exaltam em voo, são cada vez mais frequentes, no Brasil e no mundo, e preocupam as companhias aéreas.
No ano passado, as companhias aéreas reportaram 8 mil casos de passageiros indisciplinados a bordo. Entre 2010 e 2013, foram registrados um incidente para cada 1.300 voos em todo o mundo, segundo a IATA (Associação Internacional de Transporte Aéreo).
Na tentativa de conter esse tipo de incidente, a Icao, organização da ONU para o setor aéreo, aprovou uma nova regra que permite que um ato de desobediência cometido no ar seja punido pela legislação do país de destino. Hoje vale a lei do país de matrícula do avião. Na prática, passageiros são retirados da aeronave por policiais, mas são logo liberados e saem impunes.
A medida é uma modernização da Convenção de Tóquio, tratado firmado em 1963, do qual o Brasil é signatário, e que garante autoridade máxima ao comandante durante o voo. Para entrar em vigor, contudo, as novas regras precisam ser ratificadas nacionalmente pelos países signatários da Convenção de Tóquio.
A bebida, que em altas altitudes tem seu efeito potencializado, é a principal causa de indisciplina a bordo, junto com a intoxicação pelo uso de drogas e medicamentos. Stress, atrasos e problemas relacionados com o voo também podem liberar a ira de passageiros.
Comando concentra 2.800 militares para a operação Copa em Brasília
As Forças Armadas iniciaram neste domingo (8) os últimos preparativos para a segurança da Copa do Mundo em Brasília, com a concentração de 2.800 homens no setor militar da capital.
A ideia é reunir as tropas para fazer os últimos ajustes antes do início do Mundial. Até quinta-feira (12), quando o Brasil enfrenta a Croácia na abertura do torneio, militares em Brasília farão mais uma rodada de treinamento. Um dos focos será o terrorismo.
"A finalidade deste apronto operacional é verificar nossos meios, verificar a prontidão e dirigir uma mensagem. Não é todo dia que conseguimos reunir uma quantidade tão grande de meios e pessoal. Nós já consideramos, com esse apronto operacional de hoje, para usar um jargão futebolístico, que damos o pontapé inicial", disse o general Racine Bezerra Lima Filho, chefe do Comando Militar do Planalto.
Além dos militares concentrados, a operação conta com 400 veículos e cerca de 200 cavalos.
Na prática, a segurança militar da Copa em Brasília deverá começar para valer na sexta-feira, 48 horas antes do primeiro jogo da capital, Suíça e Equador, no domingo. Nesse período, todo o efetivo de militares está de prontidão, concentrado para fazer a segurança durante o torneio.
Até a final da Copa, o esquema deve manter 100% do efetivo por um período de 48 horas antes das partidas e 24 horas depois.
Os 2.800 militares reunidos em Brasília neste domingo são apenas uma parte das tropas destacadas para a Copa na capital. No total, serão quase 4 mil militares do Exército, Marinha e Aeronáutica apenas em Brasília. Cerca de metade será da tropa de contingência, que ficará em esquema de prontidão para ser acionada em emergência.
No total, a segurança da Copa terá 57 mil militares espalhados pelo país. A princípio, militares não atuarão como força de segurança pública, tampouco em manifestação. A principal tarefa será realizar atividades de Defesa, como contraterrorismo, defesa cibernética e controle das fronteiras.
Em Brasília, serão 15 locais estratégicos que serão protegidos, como áreas de infraestrutura de energia. Um dos focos da Marinha será proteger o lago Paranoá e, ao mesmo tempo, não impedir o uso da área por moradores da cidade. O lago é um dos pontos de acesso dos dois hotéis que abrigarão as seleções.
Militares também deverão auxiliar nos deslocamentos das delegações e autoridades. Cerca de 200 homens, entre civis e militares, devem atuar nessas situações.
A única diferença será na coordenação dessas operações. Deslocamentos de chefes de Estado serão coordenados por militares. Autoridades da Fifa e seleções, pela Polícia Federal e segurança pública local. Em todos os casos, é a PF que fará a segurança aproximada.
Voo da TAP que saiu de Manaus 'atola' na pista do Aeroporto de Belém com 115 passageiros
Avião afundou em gramado cancelando a partida para Lisboa, em Portugal. Passageiros que saíram de Manaus foram realocados em hotel, segundo empresa
O voo da empresa aérea TAP Portugal que saiu de Manaus às 15h deste domingo (8) enfrentou problemas quando decolava do Aeroporto Internacional de Belém (PA) hoje. Devido à pista molhada e um erro de manobra do piloto, o avião acabou atolando o trem de pouso em um gramado e fez com que 115 passageiros cancelassem a partida.
De acordo com o jornalista Júlio Ventilari, chovia no momento do incidente. Segundo ele, o voo estava programado para chegar à cidade de Lisboa, em Portugal, na manhã desta segunda-feira (9), porém com o imprevisto ele deverá ser adiado por pelo menos um dia. “A empresa ainda não deu previsão de um novo voo. A pista do Aeroporto de Belém é estreita e isso prejudicou a manobra”, contou.
Os 115 passageiros foram orientados a deixar o avião em quartetos no meio da pista. “Não foi nada grave e poucas pessoas sentiram, porém aqueles que tinham outros voos programados de Lisboa terão que readequar os horários”, afirmou.
A assessoria de imprensa da TAP Portugal confirmou o incidente e informou que aguarda um engenheiro técnico apurar os motivos do ocorrido até esta segunda-feira (9). Segundo a empresa, os passageiros que saíram de Manaus já foram realocados em hotéis de Belém e devem ser informados sobre um novo voo amanhã.
A reportagem tentou contato com a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) em Belém, mas a mesma evitou se pronunciar sobre o caso.
MIDIANEWS (Cuiabá)
Avião com políticos faz pouso de emergência
Deputado federal Carlos Bezerra e ex-secretário de Estado estavam na aeronave
Uma viagem de compromissos políticos quase termina em tragédia em Mato Grosso, na manhã deste domingo (8).
O avião bimotor, prefixos PT-JJY, em que o deputado federal Carlos Bezerra e o ex-secretário de Estado Francisco Faiad, ambos do PMDB, voavam foi obrigado a fazer um pouso de emergência, logo após decolar.
O piloto Paulo Sérgio decolou a aeronave, um Cessna 310, do Aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande, com destino a Brasnorte, por volta das 10 horas. Além dos dois políticos, estavam na aeronave o advogado Danilo Zanchetti, Francisco Dorileo e Jurandir Messias, assessores do PMDB. um assessor e outro homem,
Após poucos minutos de voo, o perceber falhas elétricas, o piloto resolveu pousar na pista mais próxima, em Santo Antônio de Leverger.
A manobra foi tensa, já que o trem de pouso da aeronave não funcionou.
"O piloto foi bom demais"
Ao MidiaNews, Faiad disse que nenhum passageiro sabia da gravidade do problema. "O piloto só disse que teria que pousar para verificar um problema", disse.
"Ao percebermos os solavancos, na aterrissagem, pensamos que tivesse estourado um pneu. Ninguém ficou alarmado, porque o piloto nos transmitiu tranquilidade. Tanto é que ninguém gritou", disse.
Faiad, que é pré-candidato a deputado estadual, elogiou o piloto. "Ele foi extremamente profissional. Nós já o conhecemos e voamos com ele. Ele é bom demais", disse.
REDE BRASIL ATUAL
Chefe da segurança da seleção de 1970 era torturador, diz jornalista em seminário
Em debate realizado em São Paulo, historiadora, jornalistas e goleiro reserva na equipe tricampeã mundial falaram sobre as relações entre esporte e ditaduraEduardo Maretti
São Paulo – A influência militar na seleção brasileira da Copa de 1970 estava nos postos de comando e vigilância. O jornalista Silvio Lancellotti contou, em debate realizado nesta semana no Memorial da Resistência de São Paulo, que o chefe da segurança da delegação brasileira na época, nome pouquíssimo mencionado, era o major Roberto Câmara Ipiranga dos Guaranis. "Era um torturador", revela. O jornalista disse também que, então muito jovem, recebeu um aviso, em tom cordial e até camarada, do capitão Cláudio Coutinho, preparador físico da seleção de 70 e que veio a ser técnico do time brasileiro na Copa de 1978. "Garoto, cuidado, temos sua ficha. Não precisa se mandar, só fique quieto", teria dito Coutinho, segundo Lancellotti.
Em 1970, o Brasil era presidido pelo general Emílio Garrastazu Médice. "Mas ele aparecia desassociado da ditadura. Era presidente, não general, e era mostrado como um torcedor", lembrou Lívia Magalhães, doutora em História Social pela Universidade Federal Fluminense, e autora do livro Histórias do Futebol.
Enquanto o país vivia sob estado de exceção, a seleção se preparava para a Copa do Mundo. E não só a segurança, mas o próprio comando da seleção era exercido por militares. "Na seleção, o capitão Cláudio Coutinho era quem mandava. Era educado, falava cinco línguas e dizem que era do Para-Sar (Esquadrão Aeroterrestre de Salvamento), da Força Aérea Brasileira", lembrou o também jornalista Juarez Soares. "Coutinho não estava lá por acaso. Zagallo e Carlos Parreira lá estavam, e estão até hoje ligados à seleção. Não estão aí por acaso". De acordo com Soares, o médico Lídio Toledo, morto em 2011, "era o informante do João Havelange".
Eduardo Roberto Stinghen, mais conhecido como Ado, então goleiro do Corinthians e reserva de Félix na equipe de Zagallo, disse que os jogadores não se preocupavam com política e só pensavam em ganhar o título. "Não líamos jornal, não víamos TV. Ganhar a Copa era nosso objetivo. Não tínhamos ciência do que acontecia", declarou o goleiro
Havelange, então presidente da Confederação Brasileira de Desportos (CBD), foi eleito presidente da Fifa em 1974, cargo que ocupou até 1998. É um personagem poderoso e obscuro, sobre o qual, segundo Silvio Lancellotti, muito pouco foi contado. "Um dia a história ainda vai contar a história de João Havelange", afirmou, em tom enigmático.
Para Lívia Magalhães, é fundamental debater o papel da Fifa, quando se discute a relação entre política e futebol. A entidade, que assume papel de poder tão grande que suas diretrizes suplantam as próprias regras dos estados em que organiza seus eventos, é muito pouco conhecida, acredita a historiadora. Ela contou que conheceu o prédio da entidade em Zurique e ficou impressionada com o estilo das instalações. "Cheguei lá e vi um jardim, uma coisa nem tão luxuosa, e quando entrei no elevador ele se movimentou para baixo, ao invés de ir para cima. As coisas são no subterrêneo. Tudo na Fifa é subterrâneo", relatou.
Vinte e quatro anos antes da posse de Havelange, na histórica final da Copa do Mundo de 1950 no Brasil, aconteceu um dos episódios mais emblemáticos da relação entre política e futebol, e do uso de um discurso populista tentando se apropriar dos dividendos da popularidade do futebol. Faltando dez minutos para o início da final entre Brasil e Uruguai no Maracanã com 200 mil pessoas, o então prefeito do Rio de Janeiro, Mendes de Morais, declarou ao microfone, dirigindo-se aos jogadores brasileiros: "Eu cumpri minha palavra construindo esse estádio, cumpram agora seu dever vencendo a Copa do Mundo".
Segundo Lívia Magalhães, nesta nova época de Copa do Mundo no Brasil, incrementada por protestos, manifestações e greves de todos os tipos e matizes políticos, é também importante lembrar aspectos positivos, e não apenas negativos, da relação futebol e política. Como, por exemplo, um episódio em 1981 no Uruguai, em plena ditadura naquele país, quando pela primeira vez aconteceu uma manifestação pública, de grandes proporções, contra o regime militar. "Vai acabar, vai acabar a ditadura militar", começou de repente cantar a torcida no estádio Centenário, lotado com 71 mil pessoas que viram o Uruguai derrotar o Brasil por 2 a 1 e levantar o título.
Lívia menciona também a "Democracia Corintiana" dos anos 1980 como aspecto positivo importante. "Foi um movimento fundamental e é muito esquecido. Fala-se muito pouco da Democracia Corintiana. As pessoas mais jovens conhecem muito pouco", frisou.
JORNAL O TEMPO (Contagem - MG)
Sebastião Salgado - Olhos que refletem uma alma
Com a exposição “Genesis” em cartaz no Palácio das Artes, o fotógrafo falou sobre o início de sua paixão com a câmeraLUCAS SIMÕES
Aos 6 anos, o menino Tião só queria ser um piloto de caça da Força Aérea Brasileira (FAB) e se orgulhar de percorrer os céus do mundo em missões fantásticas de combate. Acontece que ele nunca foi da guerra. Criado em Aimorés, na região mineira do Vale do Rio Doce, o garoto franzino e doce cresceu correndo no pasto da Fazenda Bulcão, onde o pai lhe ensinou a reparar a chegada da chuva, o brilho do sol e a atenuar as desigualdades sociais ao dividir a terra com outras 35 famílias de trabalhadores. Todas as influências líricas de infância são a base para o aclamado trabalho de Sebastião Salgado. Hoje, aos 70 anos, o velho Tião conversou com o Magazine sobre a sua própria gênesis até se tornar fotógrafo: a primeira vez que manuseou uma Pentax, o laboratório fotográfico informal aberto dentro do próprio quarto para vender fotos a estudantes de Paris, o repúdio antigo ao flash, que ele confessa não ter aprendido a usar até hoje, além da birra recente com o Instagram.
Como foi seu primeiro contato com a fotografia?
Tive um quase primeiro contato com a fotografia ainda no Espírito Santo, em 1964, quando fui para lá cursar a faculdade de economia. Eu estava no primeiro ano do curso e namorava a Lélia (Wanik, sua mulher). Eu morava numa pensão no centro de Vitória, e um senhor chamado Neco, com quem eu ficava de papo às vezes, fazia parte do Foto Clube da cidade. De tanto ele me falar em fotografia, me interessei. Mas, no dia que ele marcou um encontrou para eu conhecer o Foto Clube, eu e Lélia esperamos até 12h e ele não apareceu. Talvez eu tivesse me apaixonado de vez ali, dez anos antes de entrar de verdade na fotografia.
O senhor lembra a primeira vez que manuseou uma câmera, a primeira foto...?
Lembro perfeitamente até hoje. Foi somente em 1970, quando eu estava em Paris prestes a fazer doutorado em economia. A Lélia estudava arquitetura na Escola de Belas Artes e comprou uma Pentax SpotMatic II para fotografar prédios e construções. Foi aí que eu vi pela primeira vez através de uma lente. Desde aquele dia em que passeamos por Paris fotografando pessoas, carros e ruas, a fotografia fez uma invasão total dentro de mim. Eu podia selecionar, parar movimentos, controlar luz, eu tinha um prazer tão grande de trabalhar contra a luz, de conseguir detalhes lutando contra a luz.
Depois disso o senhor se rendeu à fotografia?
Não imediatamente. Comecei a relacionar o que eu via no visor com as pinturas do artista holandês Rembrandt, que têm uma presença de luzes que me chamava muito a atenção na época. Visitamos o Museu de Rembrandt, na Holanda, e minha primeira série de fotos foram das pinturas dele em preto e branco, porque não achei filme colorido. Ali começou meu gosto pelo P&B, meio por acaso, claro.
O senhor chegou a fazer aulas de fotografia?
Não. Aprendi tudo sozinho, comprando livros, vendo fotógrafos em atividade, e testando exaustivamente a luz e o enquadramento. Um amigo jornalista mineiro, Antônio Beluco Marra, tinha aprendido a revelar fotos no Rio e me ensinou.
Como o senhor começou a se profissionalizar?
Não digo que foi uma profissionalização, mas em 1971 resolvi montar um estúdio dentro do meu próprio quarto, na Cidade Universitária, em Paris. Gastei dinheiro com produtos químicos, papel de revelação e ampliador. Comecei a pregar anúncios nos três restaurantes da faculdade oferecendo serviços de cópia e revelação de fotos, que me rendiam um dinheirinho para financiar meu hobby. Comprei duas lentes de 24 mm e 200 mm para a Pentax, que só vinha com a 50 mm. Mas aí roubaram nossa Pentax de dentro do nosso fusca, em Amsterdã. Enlouqueci para comprar outra e acabamos adquirindo uma Nikon F, a melhor câmera da época.
Quando você largou a carreira de economia e qual a lembrança dos primeiros trabalhos?
Larguei a economia em 1973, em uma das minhas últimas expedições à África que fiz pela Organização Internacional do Café, onde eu trabalhava em Londres – eu levava a máquina para todo canto e, nesse ano, senti que as fotos me davam mais prazer que os relatórios econômicos. Lembro que meu primeiro projeto foi fotografar o Jorge Amado e o escritor português Ferreira Castro. Mas um dos que mais me marcou foi quando comprei um flash para cobrir para a revista “News Week” a Revolução dos Cravos, em 1975. Eu nunca tinha usado flash, acertei apenas 10% do que fotografei à noite, mas fiz aquela capa mesmo assim. Até hoje não sei usar flash, tomei ódio e descobri no balanço de luzes do P&B, que posso retratar os sentimentos que sempre quis sem flash.
O que o senhor acha das novas tecnologias para a fotografia, como o Instagram?
Nem sei o que é Instagram direito e não tenho a menor vontade de conhecer esse recurso artificial. O fato é que a fotografia como eu pratico vai acabar. O que vai sobrar é a imagem digital, editada, tratada várias vezes até não ter mais a alma que você captou no momento do clique. Isso não é pra mim.
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