NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 30/05/2014
Drones ameaçam pousos de aviões ...
O uso cada vez mais popular das aeronaves não tripuladas preocupa, devido ao risco de colisões e acidentes com vítimas ...
Eles são pequenos, mas capazes de atrapalhar pousos e decolagens de aviões e até mesmo de causar tragédias se não forem usados de acordo com as determinações técnicas. São os drones, aeronaves não tripuladas, controladas remotamente, que possuem câmeras de alta definição para os mais diversos usos: desde filmagem de casamentos, passando pelo mapeamento aéreo e chegando à construção de prédios, produção de alimentos e entrega de produtos por encomenda ...
Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.
Cargueiro faz pouso de emergência em Viracopos logo após decolagem
Avião MD-11 aterrissou em Campinas na manhã desta quinta-feira (29). Piloto avisou torre sobre problema técnico e pediu para voltar ao aeroporto.
Um avião de cargas fez um pouso de emergência na manhã desta quinta-feira (29) no Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP). O cargueiro MD-11 da companhia aérea holandesa Martinair Cargo decolou em Campinas com destino a Quito, no Equador, as 10h36, mas em seguida comunicou a torre de controle que estava com um problema técnico e pediu autorização para retornar, segundo a concessionária Aeroportos Brasil, que administra o terminal.
A equipe de emergência de Viracopos foi acionada, mas a aterrissagem ocorreu normalmente as 10h57. De acordo com a concessionária, o cargueiro foi levado para o pátio de carga e passará por manutenção. Ninguém ficou ferido. O G1 tentou contato com a Martinair Cargo, mas até esta publicação nenhum representante havia sido localizado para comentar o assunto, além de informar qual carga era transportada e qual problema foi constatado pela tripulação após a decolagem.
Forças Armadas reforçam a segurança na Granja Comary
Tropa vai atuar em eventuais desvios no trânsito e segurança da seleção. Hotéis e centros de treinamentos das seleções também serão patrulhados.
Um pelotão de 30 homens das Forças Armadas reforça o esquema na Granja Comary, em Teresópolis, desde quarta-feira (28). Segundo o Ministério da Defesa, a tropa vai atuar em eventuais desvios no trânsito, revistas consideradas necessárias e também garantir a segurança da delegação brasileira e dos profissionais envolvidos no evento.
Hotéis e centros de treinamentos das seleções também serão patrulhados pelas Forças Armadas. As rotas por onde vão passar delegações e autoridades também serão patrulhadas, assim como aeroportos e bases aéreas.
Dilma sugere a Estados reforço de militares
A presidente Dilma Rousseff sugeriu aos Estados "reforço" de militares na segurança da Copa do Mundo, em áreas sensíveis nas quais as delegações e autoridades passarão durante o Mundial.
Em carta enviada ao Rio, na terça (27), Dilma destaca os "perímetros de segurança" em que o governo federal coloca os militares à disposição do Estado para "utilização de contingente complementar".
São eles: hotéis de delegações e autoridades, centros de treinamentos, rotas protocolares e alternativas, além dos aeroportos.
A coordenação, contudo, cabe à Polícia Federal. O ato de Dilma é apenas uma sugestão. O governo federal nada pode fazer em relação ao uso de militares nos Estados sem pedido expresso dos governador --exceção, claro, às atividades de Defesa, como proteção do espaço aéreo.
Apesar de sugerir mais militares, no documento Dilma é clara : "Nada alterará as competências e funções já assumidas pelas Forças Armadas e pelas polícias estaduais até o momento".
Nenhum Estado confirmou que tenha pedido reforço ao Exército até agora.
Homologação do ILS pode ficar para junho
A homologação do equipamento ILS-1 para o Aeroporto Lauro Carneiro de Loyola pode ser anunciada a qualquer momento. A frase é do secretário de Desenvolvimento Econômico da Prefeitura de Joinville, Jalmei Duarte, mas poderá ficar para junho. Se nenhuma notícia vier até amanhã, Jalmei vai cobrar para saber como está o andamento da análise do pedido e qual é a pendência.
Está com o comitê da diretoria da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) a decisão sobre a esperada homologação do equipamento para aumentar a segurança de voos no Aeroporto de Joinville. Há aproximadamente 30 dias, o secretário disse que “ficaria surpreso” se a resposta não viesse até o fim de maio.
Todas as questões formuladas pelos órgãos federais (Infraero, Anac e Secretaria de Avião Civil) foram respondidas e constam de relatório final entregue ao governo. Ainda na semana passada, o senador Luiz Henrique da Silveira (PMDB-SC) esteve na SAC em busca de definição.
O interlocutor que tem comandado toda a agenda de reuniões dos grupos de estudo do tema (Prefeitura, Anac, SAC, Infraero e Ministério da Aeronáutica), nos últimos sete meses, é o coronel Max Dias, da SAC.
Noutra frente, Duarte agendou reuniões separadas com os diretores de operações da Tam, Gol e Azul, todas em São Paulo, no dia 3 de junho. Vai mostrar as melhorias feitas e aquelas que devem vir a acontecer no aeroporto local. E pedir mais voos.
Jalmei conta que há, no total, 21 aviões da Tam e Gol aptos a voar para Joinville utilizando-se de sistema RNP-AR (manobra via satélite), a exigir treinamento específico por parte das tripulações. A Azul tem 70 aviões preparados para utilizar esta tecnologia. Todos eles já voam para o Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, que usa o RNP-AR.
Em julho será assinado contrato para que o Aeroporto Lauro Carneiro de Loyola possa, adiante, aumentar o conforto para os passageiros e ter o finger terrestre. A partir da assinatura, a empresa que vai construí-lo terá 12 meses para executar a obra.
Por mais segurança, Exército atuará nos deslocamentos das seleções da Copa
Esquema falho na apresentação da Seleção, no dia 26, foi fator determinante
O esquema de segurança para conter uma manifestação durante a apresentação da Seleção Brasileira, no dia 26, não agradou a cúpula do governo federal e sofrerá alterações. Após uma reunião entre o Executivo e o Exército, ficou definido que as Forças Armadas auxiliarão no transporte dos jogadores de todas as 32 seleções que disputam a Copa do Mundo.
Na segunda-feira (26), no Rio de Janeiro, o ônibus que levava os jogadores brasileiros à Granja Comary foi cercado por manifestantes e torcedores. As cerca de 200 pessoas que acompanhavam a saída não tiveram dificuldades para se aproximar do veículo – participantes do protesto colaram adesivos e batucaram na lataria do ônibus.
As imagens não agradaram a presidente Dilma Rousseff, que convocou uma reunião para tratar o assunto. De acordo com O Globo, participaram do encontro o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, o coordenador de ações de defesa da Copa, general José Carlos De Nari, o secretário estadual de Segurança Pública, José Mariano Beltrame e o secretário extraordinário de Grandes Eventos, Andrei Passos Rodrigues.
A participação das Forças Armadas na segurança das 12 cidades-sede já era prevista, segundo o Ministério da Defesa. No entanto, com as ressalvas de que deverá ser em ações episódicas, em áreas previamente definidas e ter a menor duração possível. O nível de emprego dos militares variará conforme a necessidade local e dependerá de um pedido prévio do governador. Para a segurança da Seleção, 30 militares já se deslocaram à Granja Comary e acompanham os trabalhos direto de Teresópolis.
Forças Armadas vão participar da segurança das seleções após falha no Rio
Após o episódio em que o ônibus da seleção brasileira foi cercado por manifestantes na saída de um hotel, na última segunda-feira (26), no Rio de Janeiro, o esquema de segurança das delegações será reforçado e terá o apoio de homens das Forças Armadas. Os militares auxiliarão no deslocamento das seleções e na segurança dos locais de treinamento.
Ontem, 30 militares já foram deslocados para a Granja Comary, em Teresópolis, local de treinamento da Seleção Brasileira, segundo o Ministério da Defesa. No Rio de Janeiro, a mudança foi definida após reunião, ocorrida na última terça-feira (27), entre o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, o secretário de Segurança Pública do estado, José Mariano Beltrame, e o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, general José Carlos De Nardi.
De acordo com o Ministério da Defesa, a participação das Forças Armadas no esquema de segurança da Copa nas 12 cidades-sede já estava previsto, conforme autorização dada pela presidenta Dilma Rousseff. Segundo o Artigo 5, do Decreto 3.897 de 2001, usado pela presidenta, o emprego das Forças Armadas na garantia da lei e da ordem (GLO), deverá ser episódico, em área previamente definida e ter a menor duração possível.
O nível de emprego dos militares, segundo o Ministério da Defesa, vai variar conforma a necessidade de cada uma das sedes e dependerá de pedido prévio do governador.
Ontem, Cardozo admitiu que o esquema de segurança no Rio da Janeiro falhou ao permitir que manifestantes cercassem o ônibus da seleção brasileira. Ele classificou o episódio de “pontual”, mas anunciou que seriam feitos ajustes no esquema de proteção das seleções.
De acordo com o Ministério da Defesa, a participação das Forças Armadas no esquema de segurança da Copa nas 12 cidades-sede já estava previsto, conforme autorização dada pela presidenta Dilma Rousseff. Segundo o Artigo 5, do Decreto 3.897 de 2001, usado pela presidenta, o emprego das Forças Armadas na garantia da lei e da ordem (GLO), deverá ser episódico, em área previamente definida e ter a menor duração possível.
O nível de emprego dos militares, segundo o Ministério da Defesa, vai variar conforma a necessidade de cada uma das sedes e dependerá de pedido prévio do governador.
Ontem, Cardozo admitiu que o esquema de segurança no Rio da Janeiro falhou ao permitir que manifestantes cercassem o ônibus da seleção brasileira. Ele classificou o episódio de “pontual”, mas anunciou que seriam feitos ajustes no esquema de proteção das seleções.
Tropas da ONU no Haiti devem se retirar logo, diz pesquisador
O Haiti só consolidará suas instituições políticas e normatizará a democracia, politicamente, depois da saída da Minustah (Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti), disse o pesquisador haitiano Franck Seguy, hoje (29), quando se comemora o Dia Internacional dos Trabalhadores das Forças de Paz. Segundo Seguy, a missão da ONU, comandada pelo Brasil desde o início, em 2004, e conta com contingente de 5,2 mil militares, deve se retirar do país rapidamente.
De acordo com ele - que está no Brasil desde que terminou seu doutorado, em março, na Unicamp - o caráter da missão, que era humanitária, mudou ao longo dos dez anos.“Quando a missão chegou, o povo a recebeu com alegria. O Brasil não tinha um passado com os Estados Unidos, de dominação, em 2004”, afirmou. Porém, hoje avalia que a Minustah, de maneira geral, e o Exército brasileiro atuam na repressão a movimentos populares.
“Em 2008 teve muita repressão das lutas contra o encarecimento da cesta básica. Em 2009 também, porque na época o movimento operário revindicava reajuste do salário mínimo, de menos de R$ 20. Então, a repressão, em Porto Príncipe (capital, sede da Minustah), principalmente, das tropas brasileiras, deixou claro que a tentativa de missão de paz, humanitária, de 2004, não presta mais”, completou.
No último dia 21, o senador haitiano Jean Charles Moise também apresentou ao Parlamento brasileiro denúncia contra a Minustah. No Senado Federal, em Brasília, pediu apoio para a retirada das tropas, recomendada em resolução pelo Parlamento haitiano. “Cada vez que o povo se mobiliza contra a corrupção, a má governança e a fraude, a Minustah é usada para reprimir a população. O Haiti deve ser um país livre, e a presença da Minustah ataca a soberania do país”, declarou Jean Charles, de acordo com a Agência Senado.
A atuação das forças militares de paz da ONU, conhecidas como capacetes azuis, são baseadas em protocolos internacionais e determinadas pelo Conselho de Segurança. O órgão designa a coordenação da missão a um país-membro - no caso do Haiti, o Brasil. “[A saída do Haiti] está fora do nosso nível de decisão, é do Conselho de Segurança. Trabalharemos até quando as autoridades considerarem necessário”, declarou o coronel Salomão Pereira, chefe do Escritório de Comunicação Social da tropa brasileira naquele país. Ele deu a declaração hoje, durante apresentação da missão a jornalistas, transmitida pelo Centro de Informação da ONU para o Brasil (UNIC Rio).
O capitão Márcio Rodrigo Ribas, que integrou a Minustah, em 2004, e voltou recentemente ao Haiti - onde atua, na Cité Soleil, maior favela de Porto Príncipe - disse que o relacionamento com os haitianos é excelente: “Temos boa aceitação, até pela característica do povo brasileiro, de estar próximo, de ficar com a crianças”. O major Osmarildo de Souza, que coordena obras de engenharia, como terraplenagem de ruas, reformas e construções emergenciais, também expressa percepção semelhante.
JORNAL A TRIBUNA (ES)
Drones ameaçam pousos de aviões
O uso cada vez mais popular das aeronaves não tripuladas preocupa, devido ao risco de colisões e acidentes com vítimas
Dayane Freitas
Eles são pequenos, mas capazes de atrapalhar pousos e decolagens de aviões e até mesmo de causar tragédias se não forem usados de acordo com as determinações técnicas.
São os drones, aeronaves não tripuladas, controladas remotamente, que possuem câmeras de alta definição para os mais diversos usos: desde filmagem de casamentos, passando pelo mapeamento aéreo e chegando à construção de prédios, produção de alimentos e entrega de produtos por encomenda.
O uso cada vez mais popular está preocupando os órgãos de defesa do espaço aéreo, tanto que a Aeronáutica reforça o alerta em nota. “Qualquer jato [sic] que voe sem controle dentro de um espaço aéreo utilizado por aeronaves oferece risco à navegação aérea. O risco está associado à colisão deste tipo de artefato com as aeronaves".
E não há como medir o que pode acontecer. “As consequências são imprevistas, pois aspectos como tamanho e peso do objeto, velocidade no momento do impacto, área da aeronave atingida (asa, fuselagem, motor) irão influenciar diretamente no dano provocado", informou a Aeronáutica.
Para se ter ideia de preço, microdrones usados para brincar custam cerca de R$ 2 mil e vêm com bateria que dura em média 10 minutos e pode ser recarregada na tomada.
O uso de Veículos Aéreos Não Tripulados (Vants) no espaço aéreo brasileiro é normatizado pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea) por meio da Circular de Informações Aeronáuticas, AIC N 21/2010.
E, mesmo que ainda não haja regulamentação definida, é preciso pedir autorização à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
Embora não exista restrição à compra de um Vant por um cidadão, instituição ou empresa, a sua operação depende de uma autorização específica da Anac, concedida depois de devidas comprovações por parte do interessado, visando zelar pela segurança na aviação", disse o órgão em nota.
E quem desobedecer às regras pode sofrer consequências, como informou a Aeronáutica. "O Código Penal, em seu Artigo 261, afirma que colocar em risco uma aeronave é atentado contra a segurança do transporte aéreo."
Obrigatório ter autorização da Anac
Apesar do uso de drones ainda não ser regulamentado pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), isso não signifiça poder usá-los sem permissão. E preciso obter um certificado, como explicou o órgão em nota: “O procedimento para que uma aeronave receba o Certificado de Autorização de Voo Experimental (Cave) segue o que dispõe a Instrução Suplementar 21-002A, denominada Emissão de Certificado de Autorização de Voo Experimental para Veículos Aéreos Não Tripulados."
A Anac ressaltou, porém, que essa autorização não permite alguns usos: "Tal certificado permite apenas operações experimentais sobre áreas não densamente povoadas, ou seja, não permite operações com fins lucrativos e nem operações em áreas urbanas."
A Anac informou em nota que espera no futuro ter mais comprovações para permitir o uso de drones no espaço aéreo brasileiro.
“A tendência é que o desenvolvimento de tecnologias e técnicas venha a fornecer comprovações que permitirão a efetiva utilização dos Veículos Aéreos Não Tripulados", frisou a Anac, em nota.
Dayane Freitas
Eles são pequenos, mas capazes de atrapalhar pousos e decolagens de aviões e até mesmo de causar tragédias se não forem usados de acordo com as determinações técnicas.
São os drones, aeronaves não tripuladas, controladas remotamente, que possuem câmeras de alta definição para os mais diversos usos: desde filmagem de casamentos, passando pelo mapeamento aéreo e chegando à construção de prédios, produção de alimentos e entrega de produtos por encomenda.
O uso cada vez mais popular está preocupando os órgãos de defesa do espaço aéreo, tanto que a Aeronáutica reforça o alerta em nota. “Qualquer jato [sic] que voe sem controle dentro de um espaço aéreo utilizado por aeronaves oferece risco à navegação aérea. O risco está associado à colisão deste tipo de artefato com as aeronaves".
E não há como medir o que pode acontecer. “As consequências são imprevistas, pois aspectos como tamanho e peso do objeto, velocidade no momento do impacto, área da aeronave atingida (asa, fuselagem, motor) irão influenciar diretamente no dano provocado", informou a Aeronáutica.
Para se ter ideia de preço, microdrones usados para brincar custam cerca de R$ 2 mil e vêm com bateria que dura em média 10 minutos e pode ser recarregada na tomada.
O uso de Veículos Aéreos Não Tripulados (Vants) no espaço aéreo brasileiro é normatizado pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea) por meio da Circular de Informações Aeronáuticas, AIC N 21/2010.
E, mesmo que ainda não haja regulamentação definida, é preciso pedir autorização à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
Embora não exista restrição à compra de um Vant por um cidadão, instituição ou empresa, a sua operação depende de uma autorização específica da Anac, concedida depois de devidas comprovações por parte do interessado, visando zelar pela segurança na aviação", disse o órgão em nota.
E quem desobedecer às regras pode sofrer consequências, como informou a Aeronáutica. "O Código Penal, em seu Artigo 261, afirma que colocar em risco uma aeronave é atentado contra a segurança do transporte aéreo."
Obrigatório ter autorização da Anac
Apesar do uso de drones ainda não ser regulamentado pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), isso não signifiça poder usá-los sem permissão. E preciso obter um certificado, como explicou o órgão em nota: “O procedimento para que uma aeronave receba o Certificado de Autorização de Voo Experimental (Cave) segue o que dispõe a Instrução Suplementar 21-002A, denominada Emissão de Certificado de Autorização de Voo Experimental para Veículos Aéreos Não Tripulados."
A Anac ressaltou, porém, que essa autorização não permite alguns usos: "Tal certificado permite apenas operações experimentais sobre áreas não densamente povoadas, ou seja, não permite operações com fins lucrativos e nem operações em áreas urbanas."
A Anac informou em nota que espera no futuro ter mais comprovações para permitir o uso de drones no espaço aéreo brasileiro.
“A tendência é que o desenvolvimento de tecnologias e técnicas venha a fornecer comprovações que permitirão a efetiva utilização dos Veículos Aéreos Não Tripulados", frisou a Anac, em nota.
JORNAL DO COMÉRCIO (RS)
Drones vão ao campo para melhorar a produção
Danilo UchaEle é um equipamento aéreo desenvolvido, principalmente pelos Estados Unidos, a partir dos anos 1980, para uso militar, com alto poder de destruição - já teria matado milhares de pessoas nas guerras do Iraque, na Líbia e no Paquistão e sem riscos, pois não precisa de piloto. Agora, esta invenção está começando a ser utilizada com objetivos pacíficos e promete trazer grandes vantagens para a humanidade.
Os Veículos Aéreos Não Tripulados (Vant), também chamados drones (zangão em inglês), começam a prestar serviços em várias atividades civis, especialmente na agricultura de precisão. Eles monitoram os recursos naturais, meio ambiente, atmosfera, imageamento, fazem observações de rios e lagos e práticas agrícolas, desde o plantio até a pulverização de lavouras, sem risco para a vida do piloto, com mais rapidez e menores custos.
Os drones também facilitam a vigilância em áreas urbanas e rurais, mesmo à noite, pois suas câmaras infravermelhas captam e transmitem imagens nítidas para os monitores, e auxiliam na aerofotogrametria. Programas especiais de computador foram criados para analisar as imagens geradas e, no caso da agricultura, chegam a identificar possíveis pragas que estejam crescendo na lavoura.
No Brasil, os primeiros experimentos foram feitos pelo Centro Tecnológico Aeroespacial, na década de 1980. Hoje, os pequenos aparelhos, tanto na forma de aviões quanto de helicópteros, estão disseminados e acessíveis. Há os que são quase brinquedos, vendidos a R$ 500,00, que podem ser adquiridos pelo reembolso postal, até o mais sofisticados, com valores de R$ 120 mil a R$ 300 mil ou mais.
Bons aparelhos, de R$ 5 mil, pesam apenas 1 quilo. Há os de 27 a 35 quilos, com raio de vôo superior a 80 quilômetros. Uns são movidos a baterias, outros a combustíveis líquidos, como gasolina e etanol. Todos são controlados à distância e podem ser programados, através do computador, para sobrevoar determinada área, transmitindo tudo o que aparece diante da lente de sua câmara, com ângulos orientados, conforme a necessidade.
Uma das limitações é o peso que podem transportar, o que depende do tamanho do aparelho. Os de uso militar levam pesadas bombas e armas a longas distâncias em grandes alturas. O Male, por exemplo, voa a 9.000 metros e tem autonomia de 200 quilômetros. Todos são plataformas aéreas com sofisticada eletrônica embarcada que permite diferentes sistemas de captura de imagens. O tamanho compacto, a facilidade de operação, a segurança e o custo operacional reduzido são algumas de suas vantagens.
O que ainda falta, mas está sendo providenciado pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), é a regulamentação de seu uso, para evitar acidentes e, principalmente, incidentes com a aviação, pois os drones podem subir tão alto quanto um avião, especialmente na área até 2.000 metros. Os de uso militar e de espionagem, como o Otan, vão a 3.000 metros e voam por 50 quilômetros, e o Hipersônico sobe a 15.200 metros com autonomia superior a 200 quilômetros.
O gaúcho Edson Olliver, especialista em aviação, diz que “não existe mais dúvida de que será editado pela Anac um RBAC (Regulamento Brasileiro de Aviação Civil) para os Vant, que estão ganhando corações e mentes”. O uso em área urbana é restrito, mas empresas e órgãos públicos os utilizam em vigilância civil e policial, inclusive nas fronteiras, inspeção de linhas de transmissão de energia, aerofotogrametria, fotos de festas e de eventos.
No campo, os técnicos recomendam voar a 300 metros de altura, até que a Anac divulgue as normas definitivas, e usar os drones para monitorar as lavouras e os rebanhos, acompanhamento de safras, controle de pragas e de queimadas. No Estado, há quem estude seu uso para vigilância de fazendas que, cada vez mais, estão sofrendo com as invasões, assaltos e casos de roubo de gado.
Embrapa e parceria privada aperfeiçoaram os Vants
O pioneirismo no uso agrícola, no Brasil, é da unidade experimentação da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) de São Carlos, em São Paulo, que fez parceria com empresas privadas para desenvolver e melhorar os aparelhos, usando novos materiais, novos sistemas de propulsão, de controle e de monitoramento. A Embrapa criou os softwares para tirar o melhor proveito da mobilidade e da capacidade de transmissão de informações dos Vant.
Investiu numa plataforma e aeronave capaz de operar em condições adversas no campo, com bom desempenho e baixo risco. Inspirou-se na Yamaha, que projetou um helicóptero sem piloto, para pulverização e controle de pragas em culturas de arroz, soja e trigo e desenvolveu uma solução com a Rotomotion. A pesquisa em universidades, na área da alta tecnologia, levou à criação, por jovens acadêmicos, de empresas como Flight Solutions, XMobots, Airship, Skydrones, entre outras, que atendem ao mercado brasileiro.
A internet ajudou muito. Os pesquisadores Lúcio André de Castro Jorge e Ricardo Y. Inamasu, da Embrapa, autores do trabalho Uso de Veículos Aéreos não Tripulados em Agricultura de Precisão, dizem que, graças à internet, que facilita a aquisição de componentes, mais de 2.000 sistemas estão em operação no País. Apaixonado por drones, Edson Olliver diz que o girocóptero é o melhor para pulverização e vigilância. O aquacóptero, por exemplo, pousa em açudes, lagos e rios.
Empresas da Capital trabalham com o sistema
O Vant é um sistema inspirado nas bombas voadoras alemãs V-1, desenvolvidas na II Guerra Mundial, e nos inofensivos aeromodelos rádio-controlados. É usado em missões militares perigosas para seres humanos, principalmente pelos Estados Unidos e por Israel. Com a facilidade de acesso às novidades tecnológicas, mais de 50 países passaram a construir Vants.
O sistema é composto pela aeronave, estação de controle em solo, de onde é planejada a missão, que tem acompanhamento remoto, GPS e unidade de navegação inercial, a mesma utilizada em foguetes, submarinos e navios. Computador de vôo, câmara fotográfica e outros equipamentos sofisticados possibilitam sua movimentação e manobras que podem ser acompanhadas por celular e tablets. O uso de Vant em agricultura de precisão tem sido cada vez maior, uma vez que a tecnologia está se tornando mais acessível, com preços baixos.
Com maior confiabilidade e com sensores cada vez mais precisos, os sistemas se tornam mais fáceis de operar, tornando-se viáveis para uso no campo. Há muita queda de Vant, mais por negligência dos operadores e falta de manutenção, porque existem dispositivos de segurança, inclusive para-quedas e pousos programados. Embora ainda não seja como um trator, o Vant “vai figurar, nos próximos tempos, como uma das ferramentas mais úteis na agricultura de precisão”, acredita Lúcio Jorge.
Durante a 21ª Agrishow, a maior feira de máquinas e equipamentos agrícolas da América Latina, em Ribeirão Preto (SP), no final de abril, a Embrapa apresentou dois modelos comerciais equipados com câmaras e transmissores, utilizados nos trabalhos de desenvolvimento de soluções para o setor do agronegócio. Os técnicos fizeram demonstrações sobre as lavouras experimentais e a feira mostrando que os pequenos aparelhos podem facilitar o levantamento topográfico, obtenção de mapas detalhados da lavoura, identificar os pontos dos terrenos sujeitos à erosão, localizar pragas e detectar diversas deficiências.
A Embrapa não fornece os aparelhos, mas indica os melhores existentes no mercado e ajuda os agricultores a usá-los. Se for o caso, ajuda a montar a versão mais adequada para determinada situação, indicando a melhor configuração. Desde 1998, a empresa aplicou R$ 5 milhões no projeto dos Vant e, agora, decidiu colocar mais R$ 2 milhões, para testar as inovações tecnológicas que estão chegando ao mercado e ver quais as mais úteis aos agricultores.
Em Porto Alegre, várias empresas, como a Skydrones, fundada em 2010, na incubadora tecnológica Unitec, em São Leopoldo, trabalham com Vants. A Brigada Militar também tem seu Vant, inaugurado na Expointer de 2013, para a captura de imagens aéreas da feira, via controle remoto ou trajetos programados, até 150 metros de altura. A Força Aérea Brasileira tem dois dois Vants Hermes 450, na base aérea de Santa Maria, para vigilância sobre a fronteira.
DIÁRIO ECONÓMICO (Portugal)
Consórcio de empresas portuguesas é excluído da corrida ao KC-390 da Embraer
Cátia Simões
O consórcio COMPASS, constituído por empresas portuguesas na área dos sistemas e "software", foi excluído do programa KC-390, o cargueiro militar da Embraer e cuja fuselagem central está a ser construída na OGMA.
O consórcio COMPASS, constituído por empresas portuguesas na área dos sistemas e "software", foi excluído do programa KC-390, o cargueiro militar da Embraer e cuja fuselagem central está a ser construída na OGMA.
"A candidatura do consórcio que reúne a oferta portuguesa na área de sistemas e "software" foi considerada não elegível, tendo a decisão de não elegibilidade sido comunicada ao promotor, encontrando-se presentemente a ser analisadas as respectivas alegações", segundo uma resposta do ministro da Economia aos deputados do PS, Rui Paulo Figueiredo e Paulo Ribeiro de Campos, consultada pelo Económico.
O consórcio português, liderado pela Empresa de Engenharia Aeronáutica (EEA) e que inclui empresas como a Novabase ou a Critical Software, seria responsável pelo "cérebro" do cargueiro militar. A fuselagem central está a ser produzida na OGMA e outros componentes estão a cabo das oficinas da Embraer em Évora. O avião estará pronto a ser comercializado em 2016 e Portugal ainda não decidiu se comprará este modelo para substituir os actuais C-130 da Força Aérea Portuguesa.
PORTAL PÚBLICO.PT (Portugal)
OPINIÃO
Manutenção da Paz da ONU: uma força para o futuro
Por Hervé Ladsous e Ammerah Haq
Com uma história de 65 anos, as Forças de Manutenção da Paz da ONU continuam a realizar trabalhos complexos em locais difíceis.
Com uma história de 65 anos, as Forças de Manutenção da Paz da ONU continuam a realizar trabalhos complexos em locais difíceis.
Era uma noite escura de Fevereiro na província montanhosa de North Kivu no Leste do Congo. Às 02h45 um pequeno e silencioso Veículo Aéreo Não Tripulado, voou em círculos à volta de uma aldeia em território Masisi e enviou um vídeo em directo de um grupo de homens armados que recentemente tinham invadido um posto militar local.
Assim que o VANT cedeu imagens a uma sala de controlo, oficiais militares preparavam os seus soldados para serem mobilizados caso as populações civis na área fossem directamente ameaçadas. O ataque nunca se materializou, mas caso tivesse, o bando de saqueadores teria tido uma recepção bastante desagradável. Esta cena não é de um filme de Hollywood – está a acontecer neste momento com a Força de Manutenção da Paz da ONU na República Democrática do Congo.
Hoje 29 de Maio, celebramos o Dia Internacional das Forças de Manutenção da Paz da ONU e honramos os 106 soldados da paz que perderam as suas vidas em 2012. Durante o último ano, foi pedido às forças de Manutenção da Paz da ONU que se adaptassem a novas ameaças e desafios, ajudando mais pessoas do que nunca durante os conflitos mais destruidores do mundo.
Há cerca de dois meses, o Conselho de Segurança da ONU estabeleceu as mais recentes missões de paz na República Centro Africana, um país que continua a sofrer violência generalizada. Uma vez totalmente implementada, os 12 mil militares e polícias da nossa missão presentes protegerão a população, tanto Cristãos como Muçulmanos, e prestarão apoio às autoridades no restabelecimento das instituições estatais que garantem estabilidade a longo prazo. Noutros lugares, a nossa missão no Mali enfrenta a ameaça constante de ataques assimétricos e violência latente, ao mesmo tempo que promove um diálogo inclusivo e um acordo sustentável para o conflito. No Sudão do Sul, o país mais novo do mundo, a nossa missão está a trabalhar com uma crise política que matou milhares e provocou milhões de refugiados. Com o exército nacional a participar no conflito, a Missão de Paz da ONU no país tem de se adaptar constantemente para assumir um papel primário na protecção de cerca de 85 mil civis através da abertura das suas portas e deixando-os entrar.
Ao enfrentar novos desafios, é pedido às forças de Manutenção da Paz da ONU que não consigam alcançar apenas soluções mas que façam valer os custos do dinheiro. Com o crescimento das dificuldades financeiras a nível mundial estamos a procurar oportunidades para inovar e modernizar e dessa forma garantir que temos forças de manutenção de paz que estão à altura da sua missão e preparadas para o futuro.
No ano passado, de forma a ultrapassar os desafios de proteger os desafios na vasta República Democrática do Congo – onde apenas há um soldado da paz por 117 km quadrados – lançamos um programa VANT, um avanço tecnológico para a ONU. Também no leste do país, onde as comunidades estão sob ameaça de milícias armadas, enviamos uma “Brigada de Intervenção” especialmente equipada para apoiar o exército congolês.
Em Novembro, a Brigada apoiou com sucesso os militares a derrotarem o Mouvement du 23 Mars (M23), um grupo armado a operar na província de North Kivu, libertando áreas sob o seu controlo e removendo a ameaça à qual os civis estavam submetidos.
Sendo que a procura pela Manutenção da Paz da ONU cresce e espera-se que a Organização responda em cenários de rápida evolução, a ONU está a criar plataformas que ajudem a adaptar rapidamente e que consigam fazer mais com recursos limitados. Por exemplo, a Manutenção da Paz da ONU irá lançar um Painel Especialista de Inovações Tecnológicas que irá dar conselhos sobre as melhores formas de dispor de tecnologias novas e emergentes.
A ONU também estabeleceu um centro regional em Entebbe que permite que as nossas missões partilhem dos nossos recursos aéreos, fazendo a organização poupar 100 milhões de dólares entre 2011 e 2013. Os nossos Capacetes Azuis também estão a tomar medidas mais “verdes” através da utilização e administração responsável de recursos limitados, uma vez que pretendemos deixar as áreas das nossas Missões num estado melhor comparativamente ao que encontrámos quando chegamos. Estamos a usar dados de Sistemas de Informação Geográficos para nos auxiliarem a encontrar fontes de água para sustentar as nossas missões de forma a que não crie impactos negativos nos sistemas de abastecimento locais. Tratamento de águas desperdiçadas e projectos de reciclagem foram instalados em nove missões de paz, com o eventual objectivo de implementar esta ideia em todas as nossas operações.
Estados Membros e a ONU têm a responsabilidade fundamental de prevenir os conflitos armados e de proteger as pessoas de atrocidades e crimes hediondos. Hoje, a protecção está no centro das Forças de Manutenção da Paz modernas, com 10 operações de paz, contendo 95 por cento do pessoal enviado com o mandato de proteger civis.
Estados Membros e a ONU têm a responsabilidade fundamental de prevenir os conflitos armados e de proteger as pessoas de atrocidades e crimes hediondos. Hoje, a protecção está no centro das Forças de Manutenção da Paz modernas, com 10 operações de paz, contendo 95 por cento do pessoal enviado com o mandato de proteger civis.
Para que as Forças de Manutenção da Paz da ONU consigam responder rapidamente a uma crise, tal como no Sudão do Sul, ou lidar com a complexidade das ameaças contemporâneas como no Mali ou na República Centro Africana, também estamos a fortalecer as nossas parcerias com os Estados Membros e com organizações regionais ou sub-regionais, tal como ainda a fortalecer a cooperação entre missões. No Mali e na República Centro Africana, trabalhámos em conjunto com a União Africana e grupos sub-regionais
Com uma história de 65 anos, as Forças de Manutenção da Paz da ONU continuam a realizar trabalhos complexos em locais difíceis. As nossas operações de Manutenção da Paz comportam uma legitimidade única, universal que é inigualável por qualquer outro instrumento da paz e da segurança internacional. Juntamente com um orçamento anual que representa menos da metade de um por cento da despesa militar mundial total, as Forças de Manutenção da Paz da ONU não são apenas indispensáveis, são simplesmente, um bom valor.
Hoje, enquanto lembramos os nossos colegas caídos, dedicamo-nos, e os Capacetes Azuis, como uma força da paz, uma força para a mudança, uma força para o futuro.
Sub-Secretário-Geral para o Departamento das Nações Unidas de Operações de Manutenção da Paz;
Sub-Secretária-Geral para o Departamento de Apoio Logístico das Nações Unidas
Sub-Secretária-Geral para o Departamento de Apoio Logístico das Nações Unidas
PORTAL PORTUGAL DIGITAL
Empresas portuguesas são excluídas do projeto KC-390 da Embraer
Empresas lusas da área tecnológica pretendiam participar da construção do novo avião militar da Embraer, mas a sua proposta não foi considerada elegível pela companhia brasileira, segundo noticia esta quinta-feira o "Diário Económico".
Da Redação
O consórcio de empresas portuguesas da área de tecnologia que havia sido formado para concorrer ao projeto KC-390, da Embraer, foi excluído pela companhia brasileira. A candidatura do consórcio Compass não foi considerada elegível, segundo um esclarecimento do Ministério da Economia prestado a deputados do Partido Socialista (PS) e revelado pelo "Diário Económico" esta quinta-feira.
"A candidatura do consórcio que reúne a oferta portuguesa na área de sistemas e "software" foi considerada não elegível, tendo a decisão de não elegibilidade sido comunicada ao promotor, encontrando-se presentemente a ser analisadas as respectivas alegações", explicou o ministro da Economia na mesma nota.
As informações dadas pelo Ministério da Economia surgiram no âmbito de questões colocadas pelos deputados socialistas Rui Paulo Figueiredo e Paulo Campos, quanto ao envolvimento das empresas portuguesas no projecto do grupo brasileiro, que já tem capacidade industrial instalada no mercado luso.
O consórcio Compass é liderado pela Empresa de Engenharia Aeronáutica (EEA) e inclui empresas como a Novabase e a Critical Software, tecnológicas portuguesas que já têm vários anos de experiência internacional, com clientes espalhados por diversos mercados.
O KC-390 é um avião de carga militar que a Embraer está a construir e que deverá ficar pronto para ser comercializado em breve. Várias partes deste cargueiro estão a ser construídas em Portugal, na fábrica que a Embraer tem em Évora e na sua participada portuguesa, a OGMA (a Embraer detém 65% da companhia).
Esta quarta-feira a própria OGMA anunciou a entrega de mais uma fuselagem central destinada à nova aeronave de transporte militar da Embraer. Com a dimensão de 10,5 metros, este é um dos vários elementos do KC-390 que estão a ser fabricados em Portugal.
Além da fuselagem central, a OGMA é também responsável pela fabricação e montagem de componentes do compartimento do trem de aterragem. Estas peças são fabricadas em material compósito e ligas metálicas.
Nas instalações da OGMA, situadas a Norte de Lisboa, são ainda fabricados e montados os lemes de profundidade para esta aeronave de transporte militar, cujo primeiro voo deve ser feito já no final deste ano, segundo a empresa portuguesa.
"O envolvimento da OGMA neste projeto reflete a confiança na indústria aeronáutica portuguesa. Além das equipas de produção, estão diretamente envolvidos nas atividades de industrialização deste projeto, cerca de 50 técnicos altamente qualificados, com competências que envolvem a engenharia, planeamento, qualidade, compras e logística", refere a OGMA em comunicado.
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