NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 27/05/2014
Rússia ganhará avião ultramoderno de reconhecimento ...
Aeronave poderá encontrar bombardeiros a uma distância de 650 quilômetros ...
A Rússia terá em breve um novo avião ultramoderno de reconhecimento, o A-100. A nova aeronave substituirá o A-50 da Força Aérea russa. A futura aeronave de quinta geração aumentará significativamente, também, a capacidade de vigilância embora estas características já fossem bastante acentuadas no modelo anterior ...
Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.
Rússia ganhará avião ultramoderno de reconhecimento
Aeronave poderá encontrar bombardeiros a uma distância de 650 quilômetros
A Rússia terá em breve um novo avião ultramoderno de reconhecimento, o A-100. A nova aeronave substituirá o A-50 da Força Aérea russa. A futura aeronave de quinta geração aumentará significativamente, também, a capacidade de vigilância embora estas características já fossem bastante acentuadas no modelo anterior.
Equipado com os mais avançados sistemas de radar, o A-100 pode detectar aviões bombardeiros a uma distância de 650 quilômetros, de caças a 300 quilômetros e de alvos terrestres, como uma coluna de tanques, a uma distância de até 250 quilômetros.
O complexo aéreo de detecção, controle e alerta por radar a longas distâncias, conhecido como A-100, está sendo criado com base no modelo ILYUSHIN-476, numa grande cooperação entre diversas empresas da indústria bélica russa.
Cias aéreas querem rastreamento em tempo real após MH370, diz ONU
Voo da Malaysia Airlines desapareceu em 8 de março com 239 a bordo. Buscas ainda não conseguiram encontrar qualquer traço do avião malaio.
Grandes companhias aéreas querem rastreamento em tempo real para aeronaves comerciais após o desaparecimento do voo MH370, da Malaysia Airlines, e o custo não é uma preocupação, disse uma autoridade sênior da agência de aviação das Nações Unidas nesta segunda-feira (26).
O mistério em torno do MH370, que desapareceu em rota para a China, deu início a um esforço global por um sistema que permita que controladores localizem a exata rota e última localização de uma aeronave. Uma busca internacional de quase três meses ainda não conseguiu encontrar qualquer traço do avião malaio.
Membros do conselho diretor da Organização Internacional de Aviação Civil (Icao, na sigla em inglês), concordaram no começo deste mês sobre a necessidade de rastreamento global, embora não tenham se comprometido a um cronograma ou solução vinculante.
Em vez disso, a Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata, na sigla em inglês), concordou em criar propostas para um rastreamento melhor até o final de setembro. A Iata disse que seus membros vão implementar medidas voluntariamente, antes que qualquer regra esteja em vigor.
"Em princípio a comunidade chegou a um acordo. Não há dúvidas de que isso é algo que precisamos fazer", disse Nancy Graham, diretora do Departamento de Navegação Aérea do Icao, para repórteres em Kuala Lumpur.
Questionada se o custo da implentação de novos padrões era um obstáculo para as companhias aéreas, Graham disse: "De modo algum, elas estão absolutamente solidárias. Não é possível colocar um preço sobre segurança ou sobre a certeza de onde está a aeronave".
Com cheia do Rio Negro, Manaus decreta situação de emergência
Nível do rio chegou a 29,19 metros; CPRM prevê nível de até 29,49 metros. Prefeitura identifica áreas de risco e pedirá apoio do Governo Federal.
O prefeito de Manaus, Artur Neto, decretou, nesta segunda-feira (26), situação de emergência na capital amazonense devido à cheia do Rio Negro. Com o nível do rio em 29,19 metros, ruas começaram a ser interditadas e moradores de diversas áreas já relatam problemas causados pela subida das águas.
De acordo com a Prefeitura de Manaus, o decreto deve ser publicado na edição desta segunda (26) do Diário Oficial do Município (DOM). Um dos objetivos é pedir apoio do Governo Federal. "Espero que, diferente do ano passado, haja uma sensibilidade maior do Ministério da Integração para com os ribeirinhos. Decretando situação de emergência na capital, incluindo a área rural, já garanto o seguro defeso para eles", explicou Artur Neto, por meio de assessoria.
Com a situação de emergência, devem ser promovidas ações de combate aos danos causados pela enchente no prazo de 180 dias, somente nas áreas do município de Manaus comprovadamente afetadas pela cheia. A responsabilidade do planejamento e execução das ações do plano emergência é da Defesa Civil Municipal de Manaus, que além da contratação de pessoal por tempo determinado, como diz a lei, poderá ainda convocar voluntários e realizar campanha de arrecadação de recursos com o fim de facilitar ações de assistência.
Além da Defesa Civil, deve atuar ainda a Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos (Semasdh) com apoio a famílias que precisem ser retiradas de áreas de risco. A pasta afirmou que já possui planejamento identificando as áreas críticas.
O Rio Negro, segundo a prefeitura, já atingiu o nível de 29,19 metros. De acordo com o CPRM, a previsão é de que o nível do rio deve chegar a 29,49 metros neste ano.
Em todo o estado, segundo balanço divulgado na quarta-feira (21), 33.358 famílias e 167.863 pessoas já foram afetadas pela enchente dos rios. Dois municípios registraram estado de calamidade pública e 25 de emergência.
Neblina em Porto Alegre fecha pista do Aeroporto Salgado Filho
Pelo menos um voo de partida foi cancelado na manhã de terça-feira (27). Até 6h48, não havia cancelamento de voos de chegada na capital gaúcha.
A intensa neblina na madrugada e manhã desta terça-feira (27), em Porto Alegre, provocou pelo menos cinco atrasos e um cancelamento de voo no Aeroporto Salgado Filho. De acordo com a Infraero, dos 16 voos previstos, apenas um foi cancelado, mas outros cinco estão atrasados.
Dos voos que devem chegar à capital do Rio Grande do Sul, seis têm chegadas programadas e até as 6h48, não há cancelamento ou atraso dos mesmos. A pista de pouso está fechada desde as 3h03 da madrugada. Não há previsão de horário para reabertura.
Segurança da Copa do Mundo contará com 157 mil homens
Agentes da polícia e das Forças Armadas terão as manifestações como maior preocupação durante o Mundial
BRASÍLIA
O Brasil terá 157 mil homens, entre integrantes das Forças Armadas e policiais, para fazer o trabalho de segurança durante a Copa do Mundo. A maior preocupação das autoridades brasileiras são os protestos que certamente vão acontecer nas 12 cidades que receberão jogos do Mundial - e provavelmente também em algumas que não terão partidas do torneio.
Dos 157 mil agentes de segurança que vão trabalhar na Copa, serão 57 mil integrantes das Forças Armadas - 35 mil homens do Exército, 13 mil da Marinha e nove mil da Aeronáutica, ao custo de R$ 709 milhões para o Ministério da Defesa. A informação foi dada na sexta-feira pelo ministro responsável pela pasta, Celso Amorim. Ele considera que as tropas estão preparadas para encarar o desafio de garantir a realização de um Mundial com segurança.
"Nossas tropas estão absolutamente treinadas e equipadas para o ambiente específico da Copa", afirmou Amorim, que revelou que 21 mil dos 57 mil homens das Forças Armadas estarão em estado de alerta para as situações que exijam resposta imediata. Ele acredita que falta de experiência não será um problema no Mundial. "Tivemos observadores militares atuando em eventos internacionais como a Copa de 2010, na África do Sul, e a Olimpíada de Londres, em 2012."
Os militares estarão espalhados pelas 12 cidades-sede do Mundial e também por algumas cidades que vão receber seleções para treinamento, como Vitória, Aracaju e Maceió. O plano de segurança para a competição se baseia em dez pontos principais, entre eles controle do espaço aéreo, defesa de áreas marítimas e fluviais e de estruturas estratégicas, inteligência, prevenção e combate ao terrorismo e defesa química.
PROTESTOS
Uma das funções mais importantes das Forças Armadas na Copa será ajudar a polícia a proteger as fronteiras do Brasil, mas a maior preocupação das autoridades estará bem perto do centro dos acontecimentos futebolísticos. Protestos são esperados em todas as cidades envolvidas no Mundial, especialmente nos dias de jogos. Ainda assim, o governo tenta passar uma mensagem tranquilizadora. José Eduardo Cardozo, ministro da Justiça, disse não acreditar que as manifestações serão tão grandes quanto as ocorridas em junho do ano passado, durante a disputa da Copa das Confederações.
"A nossa sensação é que os protestos terão uma dimensão menor do que os de junho do ano passado", opinou o ministro. "Agora, falando sinceramente, nós estamos preparados para qualquer situação."
Na Copa das Confederações, que contou com o trabalho de 19,4 mil integrantes das Forças Armadas, os protestos assustaram as seleções participantes e os dirigentes da Fifa. Alguns convidados da entidade chegaram a desistir de ir a um jogo em Salvador por medo de serem agredidos por manifestantes.
MPF pede prisão de americanos envolvidos em acidente com voo da Gol
Pilotos de jato moram nos EUA; solicitação ao STJ pode provocar pedido de extradição
SÃO PAULO
O Ministério Público Federal (MPF) pediu ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) que seja decretada a prisão preventiva dos dois pilotos americanos do jato Legacy que colidiu com um Boeing 737 da Gol em setembro de 2006, a 37 mil pés de altitude sobre a Serra do Cachimbo, em Mato Grosso. O acidente do voo 1907 resultou na morte de 154 pessoas.
Os dois responsáveis pelo jato, Joseph Lepore e Jan Paul Paladino, são considerados foragidos, segundo a subprocuradora-geral da República, Lindôra Maria Araújo. Ela afirma no pedido ao STJ que os dois pilotos, que estão condenados desde 2011, moram nos Estados Unidos e nunca se apresentaram à Justiça brasileira para prestar esclarecimentos. Lindôra propõe duas alternativas: extradição de ambos ou a transferência da causa penal brasileira para os Estados Unidos.
Segundo a petição do MPF, Lepore e Paladino estão condenados à pena de 3 anos, 1 mês e 10 dias de reclusão, em regime aberto, mas encontram-se "fora do alcance da justiça criminal brasileira", recorrendo ao STJ. "É de se ter em mente que os condenados vêm-se recusando desde 2006 a sujeitar-se à jurisdição do Brasil e demonstram profundo desdém pelas formalidades das ações penais em debate", escreve Lindôra.
Em curso
Segundo o advogado dos pilotos, Theo Dias, o pedido de prisão antes do trânsito em julgado "é uma afronta ao Direito brasileiro". "Desde o início do processo, eles vêm demonstrando respeito à Justiça brasileira, participando de todos os atos do processo e defendendo-se, por seus advogados da ação penal, hoje em curso no STJ. Eles têm o direito de aguardar em seu país de origem o deslinde do processo", afirmou o advogado, por meio de nota.
"Estão ocorrendo diversas violações a tratados internacionais quando os pilotos se recusam a retornar ao Brasil", afirma o advogado de Direito Internacional Eduardo Saldanha, que está acompanhando o caso. "Precisa ter o pedido de prisão decretado para pedir a extradição. Se deferido o pedido por parte do STJ, imediatamente vamos proceder com o pedido de extradição ao governo dos Estados Unidos."
Nesse caso, Lepore e Paladino entrariam na lista de procurados da Interpol. A decisão da ministra Laurita Hilário Vaz, do STJ, deve sair em cerca de um mês, segundo o MPF, e a extradição pode demorar um ano. O advogado dos pilotos, diz que "não há nada que justifique a extradição".
Nos EUA
Se o governo americano acatar o pedido de extraditá-los, assim que os dois pisarem no Brasil, serão presos preventivamente. No caso de recusa, um outro processo criminal poderá ser aberto nos Estados Unidos. "Existe um princípio no Direito internacional que, caso o país negue a extradição, ele é obrigado a abrir um processo criminal lá. Ou extradita ou julga. Então se os EUA não extraditarem, não é tão ruim assim", ressalta Saldanha.
Em relatório divulgado em 2008, no entanto, a Agência Nacional de Segurança nos Transportes dos Estados Unidos (NTSB, na sigla em inglês), parceira da Aeronáutica na investigação do acidente, culpa o sistema de controle do espaço aéreo brasileiro pela colisão, e não os pilotos americanos.
Relocação de comunidades fica para 2015
A relocação das comunidades Padre João Maria e As dez, localizadas nas imediações do Aeroporto Internacional Governador Aluízio Alves, em São Gonçalo do Amarante, acontecerá após maio de 2015. O prazo considera a previsão de conclusão das novas moradias, para onde as famílias deverão ser transferidas, com a construção iniciada apenas neste mês atual - apesar da Prefeitura de São Gonçalo do Amarante ter os recursos garantidos desde 2011, pelo Ministério das Cidades.
A mudança se faz necessária porque a comunidade está dentro da área izofônica, ou seja, dentro da zona de ruído do novo aeroporto, onde são proibidas quaisquer construções, segundo o Plano Diretor da cidade. A permanência das famílias no local significa restrição nos tamanhos de aeronaves recebidas pelo aeroporto. No entanto, não impede seu funcionamento.
A pista do aeroporto é o único no Brasil com capacidade de decolagem e pouso de aeronaves do tipo A380 (800 pessoas). Mas, deverá abrigar, pelo menos, até concluir a relocação, os mesmos aviões que hoje são recebidos pelo Aeroporto Augusto Severo, como o do tipo A320, que abriga até 180 pessoas. A TRIBUNA DO NORTE procurou pela Agência Nacional de Aviação (Anac) para se posicionar quanto a situação, mas a agência só poderia responder hoje.
Segundo Paulo Emídio, secretário Municipal de Habitação (Sehab), a demora em iniciar as obras se deu pela necessidade de readequar o projeto apresentado à Caixa Econômica Federal, para liberação do recurso e abertura da licitação. Também houve dificuldades com as desapropriações dos 92 mil m² do loteamento Santa Terezinha, onde será o destino da comunidade João Maria. O terreno fica à 570 metros de distância da comunidade. "Optamos por ser o mais próximo possível da moradia atual, pela questão social, e por isso tivemos dificuldades", relata.
O projeto de reassentamento abarca a construção de 345 residências, no valor de R$ 61 mil cada, com terreno de 10 por 13 m², além de equipamentos sociais. Está previsto uma escola, creche, posto de saúde, terminal de ônibus, posto policial, centro de convivência, pavimentação, esgotamento sanitário e drenagem. Já foi realizada a terraplenagem e se inicia a construção dos equipamentos. O projeto está orçado em quase R$ 27 milhões, com recursos do Orçamento Geral da União (R$ 5,1 milhões), Minha Casa Minha Vida (R$ 21 milhões) e contrapartida da Prefeitura de São Gonçalo do Amarante (R$ 1 milhão).
"Se realmente sair do papel será muito bom para nossa comunidade", afirma Cícero Santiago, presidente do Conselho Comunitário João Maria. Apesar de ressaltar os benefícios sociais, ele relata ainda há questões a serem discutidas com a comunidade. Das 280 casas, oito possuem pontos comerciais, e 20 têm o perímetro maior dos que a do projeto. Segundo o secretário de Habitação, os casos serão avaliados separadamente, por uma comissão especial. "A Prefeitura vai pagar a diferença no valor das residências, como indenização", garante Emídio.
Apesar de há um mês ter ocorrido uma reunião entre prefeitura e moradores, com poucos minutos na comunidade se percebe um desencontro de informações e muitas dúvidas. Sabem apenas que devem sair dali. Uma informação não muito nova. De tanto tempo, já adentrou no descrédito. "Eu não sei o que vai acontecer. Tenho casa aqui, se vão me levar para outro lugar, tudo bem. Só quero ter um teto", diz Francisca das Chagas, 65, moradora da comunidade há 32 anos. Por situações como essa, nos próximos 60 dias será instalado um plantão social dentro da comunidade, com profissionais diversos - desde psicólogo à advogados - para esclarecimentos de dúvidas.
Audiência debate estrutura de segurança na Copa do Mundo
A Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara dos Deputados promove, nesta terça-feira (27), audiência pública para discutir a estrutura de segurança dos grandes eventos no País, principalmente a Copa do Mundo.
Foram convidados: o ministro da Defesa, Celso Amorim; o secretário extraordinário de Segurança para os Grandes Eventos, Andrei Augusto Rodrigues; e o coordenador do Fórum da Indústria de Defesa da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro, Carlos Erane de Aguiar.
Tranquilizar a sociedade
A deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AC), que propôs a reunião em conjunto com o deputado Edio Lopes (PMDB-RR), explica que um dos objetivos é tranquilizar a sociedade sobre a segurança dos eventos para o público.
A deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AC), que propôs a reunião em conjunto com o deputado Edio Lopes (PMDB-RR), explica que um dos objetivos é tranquilizar a sociedade sobre a segurança dos eventos para o público.
"Vamos ouvir a parte dos governos federal e estaduais, as instituições organizadoras e as empresas fornecedoras de material de segurança. Então, a ideia é fazer com que o Parlamento e os brasileiros se sintam seguros", afirma Perpétua.
Conforme ela, os deputados da comissão devem questionar ainda aspectos da infraestrutura dos eventos, como a qualidade do serviço de internet e de telecomunicações em geral.
De acordo com a Agência Brasil, a operação de segurança e defesa para a Copa do Mundo conta com 157 mil agentes. O plano operacional começou na última sexta-feira (23) e vai até 18 de julho. Também atuarão 20 mil agentes de segurança privada, contratados pela Federação Internacional de Futebol (Fifa).
A reunião será realizada no Plenário 8, às 14 horas.
Segurança e defesa para a Copa têm 157 mil agentes e investimento de R$ 1,9 bi
Com investimentos de R$ 1,9 bilhão, a operação de segurança e defesa para a Copa do Mundo conta com 157 mil agentes da segurança pública e das Forças Armadas. O plano operacional começou na última sexta-feira (23) e vai até dia 18 de julho, cinco dias após a partida final, marcada para 13 de julho.
A esse contingente, se somam 20 mil agentes de segurança privada, contratados pela Federação Internacional de Futebol (Fifa), que vão cuidar dos perímetros externo e interno dos estádios e de outras instalações oficiais da federação, como hotéis onde estarão hospedadas as delegações e centros de treinamento. Nesses locais, a atuação é liderada pelos seguranças particulares, mas a força pública também estará presente e será acionada em caso de necessidade. Em média, serão 900 agentes privados por jogo.
O secretário extraordinário de Segurança para Grandes Eventos, do Ministério da Justiça, Andrei Rodrigues, disse que o país está preparado para garantir a segurança durante o Mundial. “Estamos prontos para receber turistas estrangeiros, autoridades e delegações e garantir a segurança de todos. As forças de segurança estão preparadas para qualquer cenário como atentados terroristas e manifestações violentas. Não toleraremos atos de vandalismo, saques e depredação.” Para Rodrigues, o grande legado da Copa para o setor é a integração das forças.
No eixo da segurança pública, 100 mil agentes das polícias Federal, Rodoviária Federal, Militar e Civil, entre outros, cuidam do policiamento de áreas estratégicas como transportes públicos, aeroportos, pontos turísticos, o entorno de hotéis, centros de treinamentos de seleções, campos oficiais de treinamentos, estádios e Fifa Fan Fest. Esses agentes também vão atuar em manifestações, briga entre torcedores e escolta de delegações e autoridades.
Em Brasília e no Rio de Janeiro, foram instalados centros integrados de comando e controle nacionais que recebem informações sobre segurança dos centros regionais instalados nas 12 cidades-sede. Nesses locais atuam representantes de diversos órgãos da segurança pública e defesa e de serviços essenciais como saúde e abastecimento de água e energia.
Nas cidades-sede, também haverá 27 centros integrados de comando e controle móveis, que serão posicionados perto dos estádios e das Fan Fest e 12 centros integrados de comando e controle locais, que ficarão nas arenas. Além deles, a segurança será reforçada com 22 plataformas de observação elevada, caminhões equipados com um mastro telescópico com um conjunto de seis câmeras que atinge a altura de até 16 metros, gerando imagens transmitidas em tempo real para os centros de comando e controle.
Cada cidade-sede também conta com uma delegacia móvel que será usada pela Polícia Civil. São ônibus equipados para executar atividades básicas de uma unidade convencional de polícia, em que poderão ser feitos boletins de ocorrência.
Para reforçar a segurança, policiais estrangeiros virão ao Brasil. Além de agentes dos 31 países que vão participar do Mundial, serão enviados policiais de outros 15 países convidados. Cada país classificado para a Copa poderá enviar até sete agentes, sendo que três deles devem atuar no Centro de Cooperação Policial Internacional, chefiado pela Polícia Federal (PF), em Brasília. Os outros países podem mandar até três agentes para trabalhar na capital federal.
Os policiais estrangeiros poderão verificar antecedentes criminais e checar a autenticidade de documentos dos torcedores. Também vão ter função de intérpretes, além de identificarem cartazes com mensagens ofensivas em estádios e em locais de concentração de turistas. Eles vão vestir os mesmos uniformes que usam em seus países de origem. Vão trabalhar desarmados e serão supervisionados pela PF.
O Ministério da Justiça investiu R$ 1,2 bilhão em segurança para o Mundial. A maior parte do orçamento é voltada para equipar os centros integrados de comando e controle e para a compra de equipamentos como robôs antibombas, câmeras de alta tecnologia instaladas em helicópteros das polícias, conhecidas como imageadores aéreos, e armas de menor letalidade. O valor também contempla a capacitação de policiais para prevenir e coibir distúrbios civis, ações terroristas e exploração sexual de crianças e adolescentes por turistas.
O eixo da defesa para a Copa, a cargo das Forças Armadas, tem 57 mil militares, dos quais 21 mil vão atuar como força de contingência, preparados para agir em caso de emergência. Os 35 mil homens do Exército, 13 mil da Marinha e 9 mil da Aeronáutica trabalham no controle aeroespacial e do espaço aéreo, marítimo e fluvial, segurança de estruturas estratégicas, defesa cibernética, contraterrorismo e defesa química, biológica, radiológica e nuclear.
As tropas também vão atuar em escoltas de autoridades e poderão ser chamadas para conter protestos violentos, caso a situação saia do controle.
Serão mobilizados 24 aviões Super Tucano, dez caças F-5, três aviões radares, 47 helicópteros e 29 aeronaves de apoio. Também farão parte da defesa na Copa quatro fragatas, uma corveta, 21 navios-patrulha, um navio de desembarque e 183 lanchas.
O Ministério da Defesa alocou R$ 709 milhões para a preparação e operação das tropas militares para a Copa. A maior parte do investimento foi destinada à aquisição de equipamentos e ao treinamento do efetivo.
Forças Armadas atuarão com 57 mil militares na segurança da Copa do Mundo
Serão 35 mil homens do Exército, 13 mil da Marinha e 9 mil da Aeronáutica. Emprego das tropas será em eixos essenciais para o evento
As Forças Armadas vão atuar com 57 mil militares durante a Copa do Mundo Fifa 2014. O emprego das tropas será em eixos exclusivos de defesa, como o controle aeroespacial e do espaço aéreo, marítimo e fluvial, segurança de estruturas estratégicas, defesa cibernética, contraterrorismo e defesa química, biológica, radiológica e nuclear. Desse total, 21 mil vão compor a força de contingência, preparada para agir em caso de eventualidade. A afirmação foi feita pelo ministro da Defesa, Celso Amorim, durante coletiva de imprensa internacional realizada na última sexta-feira (23), no Palácio do Planalto, em Brasília (DF).
Amorim explicou que deste total, serão 35 mil homens do Exército, 13 mil da Marinha e nove mil restantes da Aeronáutica. “Nossas tropas estão absolutamente treinadas e equipadas para o ambiente específico da Copa. E, no momento, elas estão realizando os últimos exercícios conjuntos, inclusive com as outras forças do Ministério da Justiça.”
O ministro explicou como será a governança do plano de ação da Defesa. O planejamento está dividido em um comando nacional, a cargo do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA), em Brasília (DF). Esse órgão instituído se desdobrará em 12 Centros de Coordenação de Defesa de Área (CCDA) nas cidades-sede do evento esportivo. Como algumas seleções irão para centro de treinamento em Vitória (ES), Aracaju (SE) e Maceió (AL), essas cidades estarão operando sob coordenação dos CCDAs do Rio de Janeiro (RJ) , Salvador (BA) e Fortaleza (CE).
Além disso, quatro comandos centralizados vão trabalhar na defesa aeroespacial, fiscalização de explosivos, segurança de defesa cibernética e prevenção ao terrorismo.
Celso Amorim lembrou que a Marinha, o Exército e a Aeronáutica têm experiência na realização de eventos do tamanho do mundial. “Tivemos observadores militares atuando em eventos internacionais, como a Copa de 2010, na África do Sul, e as Olimpíadas de Londres, em 2012.” E completou dizendo que as Forças trabalharam na Conferência Rio+20, Copa das Confederações e Jornada Mundial da Juventude, que incluiu a visita do Papa Francisco, o que proporcionou aprendizado e segurança de grandes líderes internacionais e chefes de Estado, além da população civil.
Durante a coletiva, Amorim citou os meios que serão empregados pelas Forças. De aeronaves serão: 24 Super Tucano (A 29), dez caças F-5, três aviões radares (E-99), 47 helicópteros (sendo 36 para fiscalização e 11 exclusivos para defesa do espaço aéreo) e 29 aeronaves de apoio. Veículos navais: quatro fragatas, uma corveta, 21 navios-patrulha, um navio de desembarque e 183 lanchas.
A coletiva contou com a presença do chefe do EMCFA, general José Carlos De Nardi; do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo; e do secretário extraordinário de Grandes Eventos, Andrei Rodrigues.
A cargo da Justiça, 100 mil homens de órgãos de segurança pública federal, estadual e municipal terão a responsabilidade de proteger a sociedade. Sobre isso, o ministro Cardozo acrescentou: “O melhor momento para a integração é a Copa do Mundo. O Brasil sai diferente em termos de segurança pública depois disso. Começamos a construir uma nova realidade de cooperação entre forças policiais”.
FAB inaugura nova sala em aeroporto de São Paulo
Local receberá diversas delegações durante a Copa do Mundo 2014
A Base Aérea de São Paulo inaugurou na última semana sua nova sala de embarque e desembarque. O local, revitalizado recentemente, receberá diversas delegações durante a Copa do Mundo 2014 que começa em junho.
A expressão “Bem Vindo” traduzida em vários idiomas, impressa na porta de entrada da sala, foi complementada com obras de artistas brasileiros consagrados, como Romero Britto. Diversas obras de arte também foram incorporadas ao acervo da sala de embarque através de doações feitas pelo Instituto Cultural Santos Dumont, que recebe o nome do inventor brasileiro. Santos Dumont também foi homenageado em outro ambiente do local.
Alunos estrangeiros conhecem organizações de ensino da FAB
Visita faz parte da primeira Viagem de Estudos de 2014. Eles são Oficiais-Alunos do Curso de Comando e Estado-Maior da Aeronáutica
Os Oficiais de Nações Amigas (ONA) representantes da Argentina, El Salvador, Estados Unidos, Guatemala, Panamá, Paraguai, República Dominicana e Venezuela realizaram, no período de 13 a 16 de maio, a primeira Viagem de Estudos de 2014. Eles são Oficiais-Alunos do Curso de Comando e Estado-Maior (CCEM) da Escola de Comando e Estado-Maior da Aeronáutica (Ecemar).
A viagem de estudos, prevista no Plano de Unidades Didáticas (PUD 2014), tem o objetivo de proporcionar aos ONA o conhecimento das Organizações de Ensino do Comando da Aeronáutica (Comaer) e de identificar as características institucionais e as atividades desenvolvidas nessas Organizações. Além disso, foi uma oportunidade para que os Oficiais tivessem contato com aspectos culturais e da história brasileira, fora do estado do Rio de Janeiro.
O ponto inicial da viagem foi a Escola de Especialistas de Aeronáutica (EEAR), em Guaratinguetá, onde após a recepção da Comitiva pelo Comandante, Brigadeiro do Ar Mauro Martins Machado, foi realizada a visita aos diversos Pavilhões de Ensino da escola e ao “ESM-Escola” da especialidade de Mecânico de Aeronaves.
Em seguida, os Oficiais-Alunos conheceram o Instituto de Pesquisas e Ensaios em Voo (IPEV), no Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), em São José dos Campos (SP). Os visitantes participaram da palestra do Vice-Diretor do IPEV, Tenente-Coronel Aviador Sílvio Lúcio Cunha Bastos, que destacou a importância da realização dos ensaios em voo para que o Poder Aeroespacial Brasileiro esteja cada vez mais seguro e fortalecido.
Já em Pirassununga (SP), na Academia da Força Aérea (AFA), a Comitiva foi recebida pelo Comandante, Brigadeiro do Ar Carlos Eduardo da Costa Almeida. Eles conheceram a AFA e foram apresentados ao Comandante do Corpo de Cadetes, Coronel Aviador Cláudio Evangelista Cardoso, que explicou para a audiência que aquela Instituição não procura formar simplesmente o Militar Aviador, Intendente ou Infante, mas sim formar os futuros líderes que conduzirão os processos e atividades do Comando da Aeronáutica. Os Oficiais de Nações Amigas tiveram ainda a oportunidade de conhecer o 1º Esquadrão de Instrução Aérea (1º EIA) e a Fazenda de Aeronáutica de Pirassununga.
Na visita ao Centro de Instrução e Adaptação da Aeronáutica (Ciaar), em Belo Horizonte (MG), a Comitiva foi recebida pelo Comandante da organização, Brigadeiro do Ar Robson Grandelle. Em seguida, os alunos participaram da exposição do Comandante do Corpo de Alunos, Tenente-Coronel Aviador Luiz Guilherme da Silva Magarão, que, em sua apresentação, destacou a importância do Ciaar para a formação e adaptação dos Oficiais, visando atender aos Quadros de Apoio, Temporário, Médico, Dentista, Farmacêutico, Engenharia e Oficiais Especialistas da Aeronáutica.
Finalizando a viagem de estudos, os Oficiais-Alunos conheceram a Escola Preparatória de Cadetes do Ar (EPCAR), em Barbacena (MG), onde foram recebidos pelo Comandante, Brigadeiro do Ar Celestino Todesco, que abordou, em sua apresentação, a importância histórica da escola, os primeiros valores apresentados aos potenciais Cadetes da AFA e os números estatísticos que representam o grau da formação intelectual e situam a EPCAR como 6ª colocada no ranking 2012, das Escolas Federais do ENEM.
A comitiva foi chefiada pelo Oficial-Instrutor da Ecemar, Coronel de Infantaria R1 João Rafael Mallorca Natal, e coordenada pelo Tenente-Coronel Especialista em Aviação Antonio Rodrigues da Silva. Para eles, o objetivo da viagem foi alcançado e os Oficiais-Alunos puderam conhecer os valores cultuados na rotina acadêmica e das atividades desenvolvidas para a formação dos militares do Comando da Aeronáutica.
Copa: Segurança e defesa recebem R$ 1,9 bilhão e somam 157 mil agentes
BRASÍLIA - Com investimentos de R$ 1,9 bilhão, a operação de segurança e defesa para a Copa do Mundo conta com 157 mil agentes da segurança pública e das Forças Armadas. O plano operacional começou na última sexta-feira, dia 23, e vai até 18 de julho, cinco dias após a partida final.
A esse contingente, se somam 20 mil agentes de segurança privada, contratados pela Federação Internacional de Futebol (Fifa), que vão cuidar dos perímetros externo e interno dos estádios e de outras instalações oficiais da federação, como hotéis onde estarão hospedadas as delegações e centros de treinamento. Nesses locais, a atuação é liderada pelos seguranças particulares, mas a força pública também estará presente e será acionada em caso de necessidade. Em média, serão 900 agentes privados por jogo.
O secretário extraordinário de Segurança para Grandes Eventos, do Ministério da Justiça, Andrei Rodrigues, disse que o país está preparado para garantir a segurança durante o Mundial. “As forças de segurança estão preparadas para qualquer cenário como atentados terroristas e manifestações violentas. Não toleraremos atos de vandalismo, saques e depredação.”
Para Rodrigues, o grande legado da Copa para o setor é a integração das forças.
No eixo da segurança pública, 100 mil agentes das polícias Federal, Rodoviária Federal, Militar e Civil, entre outros, cuidam do policiamento de áreas estratégicas como transportes públicos, aeroportos, pontos turísticos, o entorno de hotéis, centros de treinamentos de seleções, campos oficiais de treinamentos, estádios e Fifa Fan Fest. Esses agentes também vão atuar em manifestações, briga entre torcedores e escolta de delegações e autoridades.
Centro integrado de comando
Em Brasília e no Rio, foram instalados centros integrados de comando e controle nacionais que recebem informações sobre segurança dos centros regionais instalados nas 12 cidades-sede. Nesses locais, atuam representantes de diversos órgãos da segurança pública e defesa e de serviços essenciais como saúde e abastecimento de água e energia.
Nas cidades-sede, também haverá 27 centros integrados de comando e controle móveis, que serão posicionados perto dos estádios e das Fan Fest e 12 centros integrados de comando e controle locais, que ficarão nas arenas. Além deles, a segurança será reforçada com 22 plataformas de observação elevada, caminhões equipados com um mastro telescópico com um conjunto de seis câmeras que atinge a altura de até 16 metros, gerando imagens transmitidas em tempo real para os centros de comando e controle.
Cada cidade-sede também conta com uma delegacia móvel que será usada pela Polícia Civil. São ônibus equipados para executar atividades básicas de uma unidade convencional de polícia, nos quais poderão ser feitos boletins de ocorrência.
Para reforçar a segurança, policiais estrangeiros virão ao Brasil. Além de agentes dos 31 países que vão participar do Mundial, serão enviados policiais de outros 15 países convidados. Cada país classificado para a Copa poderá enviar até sete agentes, sendo que três deles devem atuar no Centro de Cooperação Policial Internacional, chefiado pela Polícia Federal (PF), em Brasília. Os outros países podem mandar até três agentes para trabalhar na capital federal.
Os policiais estrangeiros poderão verificar antecedentes criminais e checar a autenticidade de documentos dos torcedores. Também vão ter função de intérpretes, além de identificarem cartazes com mensagens ofensivas em estádios e em locais de concentração de turistas. Eles vão vestir os mesmos uniformes que usam em seus países de origem. Vão trabalhar desarmados e serão supervisionados pela PF.
Robôs antibombas
O Ministério da Justiça investiu R$ 1,2 bilhão em segurança para o Mundial. A maior parte do orçamento é voltada para equipar os centros integrados de comando e controle e para a compra de equipamentos como robôs antibombas, câmeras de alta tecnologia instaladas em helicópteros das polícias, conhecidas como imageadores aéreos, e armas de menor letalidade. O valor também contempla a capacitação de policiais para prevenir e coibir distúrbios civis, ações terroristas e exploração sexual de crianças e adolescentes por turistas.
O eixo da defesa para a Copa, a cargo das Forças Armadas, tem 57 mil militares, dos quais 21 mil vão atuar como força de contingência, preparados para agir em caso de emergência. Os 35 mil homens do Exército, 13 mil da Marinha e 9 mil da Aeronáutica trabalham no controle aeroespacial e do espaço aéreo, marítimo e fluvial, segurança de estruturas estratégicas, defesa cibernética, contraterrorismo e defesa química, biológica, radiológica e nuclear.
As tropas também vão atuar em escoltas de autoridades e poderão ser chamadas para conter protestos violentos, caso a situação saia do controle.
Serão mobilizados 24 aviões Super Tucano, dez caças F-5, três aviões radares, 47 helicópteros e 29 aeronaves de apoio. Também farão parte da defesa na Copa quatro fragatas, uma corveta, 21 navios-patrulha, um navio de desembarque e 183 lanchas.
O Ministério da Defesa alocou R$ 709 milhões para a preparação e operação das tropas militares para a Copa. A maior parte do investimento foi destinada à aquisição de equipamentos e ao treinamento do efetivo.
A esse contingente, se somam 20 mil agentes de segurança privada, contratados pela Federação Internacional de Futebol (Fifa), que vão cuidar dos perímetros externo e interno dos estádios e de outras instalações oficiais da federação, como hotéis onde estarão hospedadas as delegações e centros de treinamento. Nesses locais, a atuação é liderada pelos seguranças particulares, mas a força pública também estará presente e será acionada em caso de necessidade. Em média, serão 900 agentes privados por jogo.
O secretário extraordinário de Segurança para Grandes Eventos, do Ministério da Justiça, Andrei Rodrigues, disse que o país está preparado para garantir a segurança durante o Mundial. “As forças de segurança estão preparadas para qualquer cenário como atentados terroristas e manifestações violentas. Não toleraremos atos de vandalismo, saques e depredação.”
Para Rodrigues, o grande legado da Copa para o setor é a integração das forças.
No eixo da segurança pública, 100 mil agentes das polícias Federal, Rodoviária Federal, Militar e Civil, entre outros, cuidam do policiamento de áreas estratégicas como transportes públicos, aeroportos, pontos turísticos, o entorno de hotéis, centros de treinamentos de seleções, campos oficiais de treinamentos, estádios e Fifa Fan Fest. Esses agentes também vão atuar em manifestações, briga entre torcedores e escolta de delegações e autoridades.
Centro integrado de comando
Em Brasília e no Rio, foram instalados centros integrados de comando e controle nacionais que recebem informações sobre segurança dos centros regionais instalados nas 12 cidades-sede. Nesses locais, atuam representantes de diversos órgãos da segurança pública e defesa e de serviços essenciais como saúde e abastecimento de água e energia.
Nas cidades-sede, também haverá 27 centros integrados de comando e controle móveis, que serão posicionados perto dos estádios e das Fan Fest e 12 centros integrados de comando e controle locais, que ficarão nas arenas. Além deles, a segurança será reforçada com 22 plataformas de observação elevada, caminhões equipados com um mastro telescópico com um conjunto de seis câmeras que atinge a altura de até 16 metros, gerando imagens transmitidas em tempo real para os centros de comando e controle.
Cada cidade-sede também conta com uma delegacia móvel que será usada pela Polícia Civil. São ônibus equipados para executar atividades básicas de uma unidade convencional de polícia, nos quais poderão ser feitos boletins de ocorrência.
Para reforçar a segurança, policiais estrangeiros virão ao Brasil. Além de agentes dos 31 países que vão participar do Mundial, serão enviados policiais de outros 15 países convidados. Cada país classificado para a Copa poderá enviar até sete agentes, sendo que três deles devem atuar no Centro de Cooperação Policial Internacional, chefiado pela Polícia Federal (PF), em Brasília. Os outros países podem mandar até três agentes para trabalhar na capital federal.
Os policiais estrangeiros poderão verificar antecedentes criminais e checar a autenticidade de documentos dos torcedores. Também vão ter função de intérpretes, além de identificarem cartazes com mensagens ofensivas em estádios e em locais de concentração de turistas. Eles vão vestir os mesmos uniformes que usam em seus países de origem. Vão trabalhar desarmados e serão supervisionados pela PF.
Robôs antibombas
O Ministério da Justiça investiu R$ 1,2 bilhão em segurança para o Mundial. A maior parte do orçamento é voltada para equipar os centros integrados de comando e controle e para a compra de equipamentos como robôs antibombas, câmeras de alta tecnologia instaladas em helicópteros das polícias, conhecidas como imageadores aéreos, e armas de menor letalidade. O valor também contempla a capacitação de policiais para prevenir e coibir distúrbios civis, ações terroristas e exploração sexual de crianças e adolescentes por turistas.
O eixo da defesa para a Copa, a cargo das Forças Armadas, tem 57 mil militares, dos quais 21 mil vão atuar como força de contingência, preparados para agir em caso de emergência. Os 35 mil homens do Exército, 13 mil da Marinha e 9 mil da Aeronáutica trabalham no controle aeroespacial e do espaço aéreo, marítimo e fluvial, segurança de estruturas estratégicas, defesa cibernética, contraterrorismo e defesa química, biológica, radiológica e nuclear.
As tropas também vão atuar em escoltas de autoridades e poderão ser chamadas para conter protestos violentos, caso a situação saia do controle.
Serão mobilizados 24 aviões Super Tucano, dez caças F-5, três aviões radares, 47 helicópteros e 29 aeronaves de apoio. Também farão parte da defesa na Copa quatro fragatas, uma corveta, 21 navios-patrulha, um navio de desembarque e 183 lanchas.
O Ministério da Defesa alocou R$ 709 milhões para a preparação e operação das tropas militares para a Copa. A maior parte do investimento foi destinada à aquisição de equipamentos e ao treinamento do efetivo.
MPF pede prisão de americanos envolvidos em acidente da Gol
O MPF (Ministério Público Federal) pediu ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) a prisão preventiva dos dois pilotos americanos do jato Legacy envolvidos no acidente com o Boeing 737 da Gol, em setembro de 2006, na Serra do Cachimbo, no Mato Grosso.
O jato colidiu com o boeing a 37 mil pés de altitude, o que resultou na morte de 154 pessoas que iam no voo 1907 da Gol.
Em reportagem do jornal "O Estado de S. Paulo", publicada nesta terça-feira (27), a subprocuradora-geral da República, Lindôra Maria Araújo, afirma que os pilotos Joseph Lepore e Jan Paul Paladino são considerados foragidos da Justiça.
Condenados desde 2011 a três anos, um mês e dez dias de reclusão em regime aberto, os pilotos, que moram nos Estados Unidos, tiveram em 2013 a pena reduzida para dois anos e quatro meses, também no regime aberto.
Apesar da condenação, os pilotos nunca se apresentaram à Justiça brasileira para prestar esclarecimentos, diz Lindôra, que propõe a extradição dos pilotos ou a transferência do processo para o país onde moram.
"É de se ter em mente que os condenados vêm-se recusando desde 2006 a sujeitar-se à jurisdição do Brasil e demonstram profundo desdém pelas formalidades das ações penais em debate", afirma Lindôra, segundo a reportagem.
'QG da Copa' em SP é inaugurado
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), visitou nesta segunda-feira (26) as instalações do Centro Integrado de Comando e Controle Regional, como mostra a reportagem abaixo, de Guilherme Magalhães.
O "QG da Copa", localizada no bairro da Luz, região central de São Paulo, começou a funcionar na última sexta-feira (23), segundo o governo estadual, e passará a operar 24 horas por dia a partir do dia 10 de junho. Ele vai integrar informações das polícias, do sistema de controle de trânsito e dos meios de transporte da cidade.
Integrantes das polícias Civil, Militar, Técnico-Científica e Federal, além de funcionários da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), do Corpo de Bombeiros, do Metrô, da CPTM, da Artesp (Agência de Transporte do Estado de São Paulo), da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) e das Forças Armadas, trabalharão em conjunto numa sala de operações com 60 terminais de monitoramento.
Durante a Copa, todas as cidades-sede do evento terão Centros Integrados de Comando e Controle Regional, ou "QGs da Copa", que serão interligados ao comando central, em Brasília. Segundo a Sesge, todos os centros já operam mesmo que com funções mínimas desde a última sexta-feira (23).
REDE BRASIL ATUAL
Copa: Forças Armadas iniciam operação de defesa de áreas estratégicas
Grupo de 57 mil militares participa de operações em centrais de energia, torres de transmissão e aeroportos. Governo não quer tanques nas ruas. Segurança será garantida por policiais
Hylda Cavalcanti
Brasília
As Forças Armadas deram a largada para as operações de preparação para a Copa do Mundo. Apesar da preocupação em atender pedidos cada vez mais recorrentes de ajuda por parte dos governos estaduais, em situações de crise na segurança pública e de ter anunciado, no último mês, cuidado especial com as fronteiras do país durante o evento, o Ministério da Defesa divulgou que Exército, Marinha e Aeronáutica estão prontos para atuar na segurança do evento, numa operação que tem início esta semana, sem tanques de guerra nem carros blindados, e vai até o dia 18 de julho.
A prontidão, por conta do torneio, envolve 57 mil militares, que atuarão nas ruas quando necessário. A operação terá como missão prioritária a defesa de áreas tidas como estratégicas para o país, como centrais de energia e torres de transmissão. Na prática, conforme divulgação do Ministério da Defesa, os agentes escalados estão distribuídos da seguinte forma: 35 mil são oficiais do Exército, 13 mil da Marinha e nove mil da Aeronáutica.
Do total, cerca de 21 mil deles formarão a chamada tropa de contingência – que vai defender o país nas áreas química, biológica, radiológica, nuclear, cibernética e de contraterrorismo. Além disso, como destacou o mesmo ministério, os militares trabalharão de forma coordenada com os agentes de segurança pública, prontos para lidar com situações extremas, como o desarme de bombas e resposta a artefatos químicos e radiativos.
Uma novidade na operação será a utilização, pela Força Aérea Brasileira (FAB), das Aeronaves Remotamente Pilotadas (ARPs), também conhecidas como Vants, dentro do plano de vigilância do espaço aéreo. “Carros blindados nas ruas só serão colocados se algum estado pedir à presidente para que seja decretado estado de Garantia da Lei e da Ordem. Estaremos preparados para tudo, mas não se espera que isso aconteça em plena realização da Copa do Mundo”, afirmou um dos representantes do Comando Militar do Leste, que preferiu não se identificar.
Centros de coordenação
A operação, segundo informou o ministro da Defesa, Celso Amorim, terá o comando nacional do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, em Brasília, que por sua vez manterá contato permanente com 12 centros de coordenação de defesa aérea instalados nas cidades-sede da Copa. O ministro afirmou que, além dos treinamentos efetuados nos últimos anos com esse objetivo, os militares também acompanharam os trabalhos de segurança realizados na África do Sul durante o último Mundial, bem como eventos internacionais de grande porte.
“Nossas tropas estão absolutamente treinadas e equipadas para o ambiente específico da Copa. E, no momento, estão realizando os últimos exercícios conjuntos, inclusive com as outras forças do Ministério da Justiça”, acentuou Amorim. Por parte da Aeronáutica, serão utilizados pela equipe especial, ao longo desse período, 24 aeronaves do tipo Super Tucano (A 29), dez caças F-5, três aviões radares (E-99), 47 helicópteros (para fiscalização e defesa do espaço aéreo) e 29 aeronaves de apoio.
Por parte da Marinha, estão à disposição, para as operações dessa tropa especial, quatro fragatas, uma corveta, 21 navios-patrulha, um navio de desembarque e 183 lanchas. “Estamos prontos para prover segurança aos turistas estrangeiros, delegações de futebol e chefes de Estado que estarão presentes. Há estreita cooperação entre diversos entes estatais visando assegurar um ambiente seguro e pacífico para a realização do evento”, frisou o assessor especial para grandes eventos do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, general Jamil Megid.
Conforme informações da Defesa, as preparações para a operação de segurança da Copa do Mundo são resultado de orçamento iniciado quase três anos atrás e que totaliza perto de R$ 1,9 bilhão em equipamentos, treinamento de pessoal e infraestrutura diversa - recursos e distribuídos entre Defesa e Ministério da Justiça. No caso da Defesa, propriamente, foram alocados R$ 709 milhões para a preparação e operação das tropas militares.
Segurança pública e privada
Já em relação à segurança a ser coordenada pelo Ministério da Justiça, a previsão é de que 100 mil homens atuem como agentes de segurança pública em todo o país. São policiais federais, policiais rodoviários federais e peritos criminais. Outros 20 mil homens vão trabalhar na área de segurança privada, contratada pela Federação Internacional de Futebol (Fifa). A atuação destes 120 mil agentes ficará espalhada por perímetros externo e interno dos estádios, hotéis e centros de treinamento das seleções, aeroportos, pontos turísticos e entre outros.
Em Brasília e no Rio de Janeiro, foram instalados centros integrados de comando e controle que recebem informações sobre segurança dos centros regionais instalados nas 12 cidades-sede. As informações sobre qualquer tipo de problema serão transmitidas imediatamente aos diversos órgãos da segurança pública e defesa, além de serviços essenciais como saúde e abastecimento de água e energia.
“O plano de segurança da Copa segue um modelo de gestão integrada, com responsabilidades claramente definidas para os vetores de defesa e de segurança pública, em atividades que se integram e complementam”, afirmou o chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, general José Carlos De Nardi.
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