NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 28/04/2014
Concessões deixam Infraero no sufoco ...
Transferência de aeroportos para iniciativa privada reduz receita da estatal e eleva sua dependência do governo, que a quer empenhada no plano de aviação regional ...
A concessão de cinco dos seus seis maiores aeroportos — Guarulhos (SP), Galeão (RJ), Brasília, Confins (MG) e Campinas (SP), pela ordem — deixou a Infraero sem uma rota segura para o futuro. As privatizações iniciadas em 2012 tiraram das mãos da estatal 44,23% do movimento de passageiros sob seu domínio e, por tabela, reduziu drasticamente as suas receitas e a sua capacidade de investir nos 60 terminais que restaram sob o seu comando ....
Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.
FANTÁSTICO
Especialistas explicam como jovem sobreviveu em trem de pouso de avião
Na madrugada da última segunda-feira, um adolescente entrou no compartimento do trem de pouso de um avião para voar como clandestino até o Havaí.
Um assunto intrigou todo mundo, durante a semana. A história do adolescente que fugiu de casa e sobreviveu viajando escondido mais de quatro horas no trem de pouso de um avião.
Quando pulou uma cerca, na madrugada da última segunda-feira, e entrou no compartimento do trem de pouso de um avião para voar como clandestino, o adolescente de 15 anos passou muitas vezes perto da morte. Mas desembarcou vivo no Havaí, depois de cinco horas e meia no ar rarefeito e com temperaturas muito abaixo de zero.
O Fantástico pergunta: como isso aconteceu?
Provavelmente o adolescente subiu como quem sobe na carroceria de um caminhão. Foi se apoiando no local, subiu no pneu, se segurou nas barras e conseguiu entrar por um buraco.
Nas fotos do avião da Hawaiian, a porta com aviso de “não pise” está cheia de pegadas do garoto. A porta se abre repentinamente quando o avião já decolou e ganhou altitude.
“O piloto comanda o trem pra subir: a primeira ação que acontece é a porta abrir, então, vem o trem de pouso e entra nesse compartimento”, destaca Ricardo Perez, mecânico de aeronaves.
Muitos passageiros clandestinos caem do avião em voo.
“Esse avião aqui decolando a quase 200 por hora, com porta abrindo pra recolher o trem, turbulência de ar que acontece dentro do local é medonha. Não dá nem pra imaginar está dentro num momento desse”, disse Ricardo Perez.
Quando a porta se fecha de novo, o compartimento está tomado pelo trem de pouso.
Ricardo Perez: As rodas vão ficar mais ou menos nessa condição.
Sônia: Provavelmente ia se segurar em uma barra?
Perez: Sim, sim. Ou entrar nesse canto.
Sônia: Mas cabe uma pessoa?
Perez: Cabe com jeito dá pra passar. No local, seria uma forma de ficar até bem seguro. Voando abraçadinho nesse canto.
Sônia: E se ele desmaia, fica preso pelo próprio joelho.
Perez: Exatamente. Ele vai apoiar em cima desse braço e vai voar sentado.
Sônia: Provavelmente ia se segurar em uma barra?
Perez: Sim, sim. Ou entrar nesse canto.
Sônia: Mas cabe uma pessoa?
Perez: Cabe com jeito dá pra passar. No local, seria uma forma de ficar até bem seguro. Voando abraçadinho nesse canto.
Sônia: E se ele desmaia, fica preso pelo próprio joelho.
Perez: Exatamente. Ele vai apoiar em cima desse braço e vai voar sentado.
O compartimento não é pressurizado. E quanto mais o avião sobe, mais rarefeito fica o ar. No Instituto de Medicina Aeroespacial da Força Aérea, uma série de laboratórios prepara aviadores para enfrentar situações de emergência.
Na câmara do vídeo acima, é possível simular as condições de ar rarefeito em diversas altitudes e ao mesmo tempo acompanhar as reações do organismo nessas condições. Numa altitude de cruzeiro, por exemplo, a mais de 10 mil metros, se houver uma despressurização da cabine, a pessoa pode perder a consciência muito rápido, desmaiar em menos de um minuto.
O teste do vídeo acima é de rotina. Na câmara os tripulantes vão sentindo os efeitos da hipóxia, a falta de oxigênio no sangue. Primeiro perdem a capacidade de responder a perguntas simples. Em seguida, a consciência.
O voo da Hawaiian Airlines chegou aos 12 mil metros de altitude, bem mais alto que o topo do Everest.
Na subida, os gases que estão na nossa corrente sanguínea se expandem e podem provocar embolia.
Fantástico: E isso pode matar?
“Dependendo do tamanho dessa bolha, pode matar. Ou se não matar, produzir sequelas tipo um acidente vascular cerebral”, disse o Coronel Marcos Leiros, diretor do Instituto de Medicina Aeroespacial.
Tadeu: Sônia, a gente viu que esse garoto, de apenas 15 anos, enfrentou a situação de altíssimo risco. Como ele sobreviveu?
Sônia: Segundo os especialistas, quando começou o frio mais intenso, ele já estava desmaiado. E isso elimina dois fatores de risco: que são o estresse e a descarga de adrenalina. Que deixa a pessoa mais agitada, pedindo mais oxigênio. Em vez disso, o que aconteceu? Ele foi esfriando E tudo no organismo foi ficando mais lento. Os batimentos cardíacos, a menos de 30 por minuto, quando o normal é ficar entre 60, 80; a respiração espaçada; e o cérebro demandando menos oxigênio. E o oxigênio era exatamente o que ele não tinha naquela altitude.
Tadeu: Ou seja, ele estava realmente igualzinho a um animal em hibernação.
Sônia: Exatamente.
Sônia: Segundo os especialistas, quando começou o frio mais intenso, ele já estava desmaiado. E isso elimina dois fatores de risco: que são o estresse e a descarga de adrenalina. Que deixa a pessoa mais agitada, pedindo mais oxigênio. Em vez disso, o que aconteceu? Ele foi esfriando E tudo no organismo foi ficando mais lento. Os batimentos cardíacos, a menos de 30 por minuto, quando o normal é ficar entre 60, 80; a respiração espaçada; e o cérebro demandando menos oxigênio. E o oxigênio era exatamente o que ele não tinha naquela altitude.
Tadeu: Ou seja, ele estava realmente igualzinho a um animal em hibernação.
Sônia: Exatamente.
Nos hospitais do Rio, o resfriamento de pacientes após parada cardíaca é pratica comum. Mas fora da UTI, como garantir que essa temperatura não caia demais provocando em vez de hibernação, a morte.
“Você tem que imaginar que outras coisas estavam acontecendo. Ele tinha uma fonte de calor próxima ou a hipotermia que ele se sujeitou não foi tão grande. Mas uma hipotermia grave por cinco horas é difícil que a pessoa sobreviva”, disse o neurologista Bernardo Liberatto.
Sônia: Passa algum tipo de calor por esses canos aí atrás?
Perez: Sim. No local, são tubulações hidráulicas. A gente tem calor, produzido pelo movimento do fluido dentro dos tubos. Além do próprio calor que vem do pneu e do freio.
Perez: Sim. No local, são tubulações hidráulicas. A gente tem calor, produzido pelo movimento do fluido dentro dos tubos. Além do próprio calor que vem do pneu e do freio.
Os pneus sobem tão quentes que a temperatura chega aos 50 graus no local. E vai esfriando na altitude, porque o ar fora do avião é de 60 negativo. Médicos espanhóis mediram a temperatura dentro do trem de pouso em voo. E descobriram que depois de oito horas, ela ficou entre seis e dez negativos. Frio, mas bem mais suportável do que os 60 negativos do lado de fora do avião. Foi por isso que ele não morreu congelado.
O garoto ainda escapou de cair quando o trem se abriu, quilômetros antes da aterrissagem.
O avião estava no chão há uma hora quando ele, já aquecido, recobrou a consciência. Saiu sozinho do avião. Foi encontrado na pista, desorientado.
Não foi preciso milagre para o menino sobreviver, mas uma super dose de sorte.
Equipes da FAB seguem por terra para localizar corpos no Pará
Mau tempo impediu que aeronave decolasse na manhã deste domingo (27). Dois corpos foram encontrados na cabine da aeronave na sexta-feira (25).
Equipes da Força Aérea Brasileira (FAB) seguiram por terra na manhã deste domingo (27) para a área onde foi encontrado o bimotor que caiu a caminho de Jacareacanga, no Pará, para continuar a busca por corpos das vítimas do acidente aéreo.
Segundo a assessoria de comunicação da FAB, o mau tempo impediu que a aeronave que iria realizar o trabalho decolasse.
A FAB confirmou que dois corpos foram encontrados na cabine da aeronave na tarde da última sexta-feira (25) e que não há confirmação de outros corpos dentro do bimotor até o momento. Na tarde do sábado (26), parte de um corpo que pode ser da terceira vítima do acidente foi encontrada durante a operação de resgate.
Ainda de acordo com a FAB, os corpos encontrados serão preparados para ser transportados ao Instituto Médico Legal de Itaituba, onde será feita a identificação.
Entenda o caso
O bimotor desapareceu no dia 18 de março, após sair de Itaituba às 11h40 com 5 pessoas a bordo: o piloto Luiz Feltrin, as técnicas de enfermagem Rayline Sabrina Brito Campos, Luciney Aguiar de Sousa e Raimunda Lúcia da Silva Costa, e o motorista Ari Lima.
A aeronave fez o último contato com a torre cerca de uma hora e vinte minutos após a decolagem. As causas do acidente são investigadas pelo Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa).
Terceiro corpo de vítima de queda de avião é encontrado em Jacareacanga
Corpo de terceira vítima foi removido e levado para Itaituba neste domingo, 27. Avião desapareceu em março, com cinco pessoas a bordo.
Mais um corpo foi encontrado neste domingo (27) nas matas próximas a Jacareacanga, onde estão os destroços do bimotor que desapareceu em março, com cinco pessoas a bordo. Segundo a Força Aérea Brasileira (FAB), até o momento, três corpos foram encontrados. O terceiro já foi removido e será encaminhado nesta noite para Itaituba, onde será encaminhado para o Instituto Médico legal (IML) para sere identificado.
De acordo com a FAB, na última sexta (25), quando os dois primeiros corpos foram avistados, partes do corpo de uma terceira vítima foram encontradas. "As equipes não conseguiram precisar se esses restos mortais eram as duas vítimas, ou de uma terceira. Mas neste domingo, foi confirmado que se tratava de um terceiro corpo", informou ao G1 o tenente Elias, da FAB.
As buscas foram encerradas neste domingo (27), e serão remotadas na manhã de segunda (28). Neste momento, o resgate é focado na remoção dos corpos, e ainda não há previsão do começo da retirtada dos destroços do avião.
Entenda o caso
O bimotor desapareceu no dia 18 de março, após sair de Itaituba às 11h40 com cinco pessoas a bordo: o piloto Luiz Feltrin, as técnicas de enfermagem Rayline Sabrina Brito Campos, Luciney Aguiar de Sousa e Raimunda Lúcia da Silva Costa, e o motorista Ari Lima. A equipe de saúde seguia para atendimento de uma comunidade indígena de Jacareacanga.
A técnica de enfermagem Rayline Campos mandou um SMS para o tio pedindo socorro instantes antes do avião desaparecer. A aeronave fez o último contato com a torre cerca de uma hora e vinte minutos após a decolagem. As causas do acidente são investigadas pelo Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa).
No último dia 22 de abril, a aeronave foi encontrada dentro de uma mata de difícil acesso pelo garimpeiro Fausto Pereira. Ele espera pela recompensa de R$ 19 mil anunciada pelos familiares das vítimas.
Força de Pacificação da Maré realiza detenções e apreensão de cocaína
Três pessoas foram detidas no sábado. Sacola com drogas também foi encontrada.
O Comando da Força de Pacificação Maré informou neste domingo (27) em nota que fez detenções e aprensões de drogas no conjunto de favelas no dia anterior.
Segundo os militares, por volta das 9h30 de sábado (26), na comunidade Vila dos Pinheiros, durante um patrulhamento de rotina, foi detido um homem com uma moto em situação irregular, tendo em vista que a placa não batia com o chassi.
Já no Conjunto Esperança, por volta das 10h30, foi encontrada uma sacola com aproximadamente 20g de substância semelhante à cocaína. Na comunidade Vila do João, no fim de tarde, foi detido um homem por estar conduzindo um veículo roubado.
Por fim, por volta das 21h, na comunidade Parque União, foi detido um homem por estar com mandado de prisão em aberto, ainda de acordo com os militares. A identificação dos detidos não foi informada.
Tropas do Exército e da Marinha substituíram parte do efetivo da Polícia Militar no Conjunto de Favelas da Maré, na Zona Norte do Rio, no último dia 5. A operação batizada de "São Francisco" — coordenada pelo Comando Militar do Leste (CML) — tem 2.050 homens da Brigada de Infantaria Paraquedista do Exército, 450 da Marinha, 200 da Polícia Militar e uma equipe avançada da 21ª DP (Bonsucesso). A Aeronáutica poderá auxiliar as operações, caso seja necessário.
Jogos indígenas: queda de corpo e futebol são disputados no sábado
Programação do segundo dia de competições tem disputas em duas modalidades. No domingo os jogos encerram com as finais do futebol e provas de cabo de guerra
A programação da terceira edição dos Jogos Universitários Indígenas (JUIRR), na manhã deste sábado (26) foram realizadas as disputas das modalidades queda de corpo e futebol. As disputas acontecem no 7º Batalhão de Infantaria de Selva (7º BIS).
Na queda de corpo, participaram seis atletas, sendo dois da Universidade Federal de Roraima (UFRR), dois do Exército Brasileiro e outros dois da Base Aérea de Boa Vista. A queda de corpo é uma luta indígena que exige força e concentração dos participantes.
Na referida luta, o atleta Júlio David Magalhães da UFRR levou a melhor e conquistou o primeiro lugar e em segundo ficou Enerson Alves. Na disputa entre o Exército Brasileiro e a Base Aérea de Boa Vista que participam da competição como convidados, o atleta Maycon Cordeiro da Silva da Base Aérea conquistou o primeiro lugar e em segundo, o atleta do Exército, Franknadson Celestino Diogo.
Julio David, que é aluno do curso de Gestão Territorial Indígena da UFRR disse que ficou satisfeito com o resultado. Em 2011, o estudante que é da etnia Yekuana, também participou da participou dos Jogos conquistando na época, o segundo lugar na queda de corpo. “Esse ano conquistei o primeiro lugar. Fiquei muito contente e acredito que esse evento é importante para as futuras gerações indígenas porque resgata o esporte praticado nas comunidades”, destacou Júlio.
FUTEBOL
Também na manhã deste sábado (26) foram realizadas as primeiras partidas de futebol. O primeiro jogo foi entre as equipes masculinas UFRR 1 e UFRR 2. A equipe UFRR 1 levou a melhor e venceu a partida por 5x3. O segundo jogo foi entre as equipes convidadas da Base Aérea de Boa Vista e Exército. A Base venceu por 1 x 0. Já no terceiro jogo, foi a vez das meninas entrarem em campo. A disputa foi entre as equipes UFRR 1 e UFRR 2. A UFRR 2 ganhou o jogo com o placar 4x1.
COMPETIÇÃO
As disputas seguem na tarde desse sábado com as modalidade arco e flecha e futebol. Na manhã deste domingo (27), serão realizadas as finais do futebol e também o cabo de guerra.
Os JUIRR são uma realização da Federação Universitária de Esportes de Roraima (FUER) em parceria com o Exército Brasileiro. A competição é destinada exclusivamente aos estudantes universitários indígenas.
Esta edição conta com 130 participantes sendo 49 da Universidade Federal de Roraima (UFRR), além de 20 atletas da Base Aérea de Boa Vista e 15 atletas do Exército os quais participam da competição como convidados.
Também estava prevista a participação de atletas da Universidade de Brasília (UNB), porém, problemas de vôos na região não permitiram a chegada da equipe.
Embraer no radar árabe
Interessadas em aviões de defesa fabricados pela Embraer, autoridades dos Emirados Árabes assinaram um acordo que abre o caminho para a venda de equipamento militar brasileiro. Além do SuperTucano, Dubai pretende adquirir duas aeronaves ainda em desenvolvimento: o cargueiro KC-390 e um jato que evoluiu a partir dos modelos 190 e 195. (Nota publicada na Edição 862 da revista Dinheiro com colaboração de: Carolina Oms)
Concessões deixam Infraero no sufoco
Transferência de aeroportos para iniciativa privada reduz receita da estatal e eleva sua dependência do governo, que a quer empenhada no plano de aviação regional
A concessão de cinco dos seus seis maiores aeroportos — Guarulhos (SP), Galeão (RJ), Brasília, Confins (MG) e Campinas (SP), pela ordem — deixou a Infraero sem uma rota segura para o futuro. As privatizações iniciadas em 2012 tiraram das mãos da estatal 44,23% do movimento de passageiros sob seu domínio e, por tabela, reduziu drasticamente as suas receitas e a sua capacidade de investir nos 60 terminais que restaram sob o seu comando.
Com caixa insuficiente para tocar o seu orçamento e ainda pressionada, como sócia minoritária (49%) dos novos concessionários, pelas obras de expansão dos aeroportos concedidos, a empresa tornou-se ainda mais dependente dos repasses da União, tendo então que cortar funcionários e serviços terceirizados. Sua receita bruta com ganhos operacionais e comerciais encerrou 2012 em R$ 4,36 bilhões. No ano seguinte, com as concessões de Guarulhos, Brasília e Viracopos, o valor caiu para R$ 3,09 bilhões, 29,13% a menos.
Com essa perda, a Infraero fechou 2012 com lucro de R$ 114,6 milhões e com prejuízo de R$ 2,65 bilhões no ano passado. Essa sangria tende a se agravar em 2014, com a transferência de Confins e Galeão a partir de agosto. Sem outra forma de capitalização, a estatal depende cada vez mais dos recursos do Tesouro, além dos financiamentos do BNDES. Ano passado, R$ 2,2 bilhões foram transferidos do caixa federal.
Para piorar o quadro de dificuldades, os investimentos realizados em aeroportos deficitários dependiam dos recursos apurados nos terminais superavitários, formando o chamado subsídio cruzado. Galeão, Confins e demais negócios no azul bancavam obras e operação dos demais. "É uma empresa que será subsidiada daqui para frente. Virou um patinho feio", resume Elton Fernandes, professor da UFRJ. Apesar do pouco caso com a estatal, o Planalto definiu como missão de futuro dela cuidar da aviação regional, encabeçando assim o projeto que prevê investimento de R$ 7,3 bilhões em 270 aeroportos menores em todo o país.
Durante seu discurso na cerimônia de assinatura do contrato de concessão de Confins, no começo do mês, a presidente Dilma Rousseff cobrou empenho dos trabalhadores da empresa para atuar de forma mais qualitativa, como agente de modernização do setor aeroportuário. Na ocasião, o ministro da Secretaria de aviação Civil (SAC), Moreira Franco, afirmou que espera competição da estatal com os serviços "de classe internacional" dos aeroportos concessionados, embora seja ela própria sócia minoritária desses. "A Infraero tem experiência e garra para mudar", afirmou.
Prioridades
Críticos do modelo das concessões, até mesmo dentro do governo, defendiam, como forma de preparação da empresa para novos voos, a abertura de seu capital às bolsas de valores. Eles argumentavam que a medida levaria a uma maior transparência de seus balanços, injetaria recursos privados em seu caixa e ainda facilitaria a adoção de perfil administrativo mais competitivo. Com foco na aceleração das obras para a Copa do Mundo, o Planalto preferiu inverter essa prioridade. A expectativa é de que o processo de oferta de ações ao público venha em 2016.
Críticos do modelo das concessões, até mesmo dentro do governo, defendiam, como forma de preparação da empresa para novos voos, a abertura de seu capital às bolsas de valores. Eles argumentavam que a medida levaria a uma maior transparência de seus balanços, injetaria recursos privados em seu caixa e ainda facilitaria a adoção de perfil administrativo mais competitivo. Com foco na aceleração das obras para a Copa do Mundo, o Planalto preferiu inverter essa prioridade. A expectativa é de que o processo de oferta de ações ao público venha em 2016.
O valor arrecadado com as outorgas dos aeroportos concedidos será destinado ao Fundo Nacional de aviação Civil (Fnac), para ser aplicado nos terminais regionais e demais da rede Infraero. "Todos os investimentos necessários aos aeroportos, inclusive os administrados pela estatal, são suportados pelo Fnac, administrado pela SAC, cuja fonte de recursos é basicamente a outorga paga pelos aeroportos concedidos", resume nota da empresa.
Por outro lado, a Infraero terá que desembolsar 49% para pagar sua parcela nas outorgas a cada ano, absorvendo assim parte dos dividendos previstos. A expectativa é de que, a partir de 2017, os lucros de Guarulhos entrem no caixa da estatal. Dois anos depois, será a vez de Viracopos e de Brasília.
7 milhões trocam ônibus por viagem de avião em 8 anos
Empresas de transporte rodoviário cortam investimento e se dizem prejudicadas por benefício tributário do setor aéreo. No mesmo período, companhias de aviação ganharam 51 milhões de passageiros em voos domésticos
Em meio à expansão da aviação civil, as empresas de transporte rodoviário de passageiros perderam 7,1 milhões de usuários entre 2005 e 2013 —em média, mais de 2.400 por dia.
Diante dessa queda, retratada em dados da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), empresas do setor cortam investimentos e se dizem prejudicadas pela ação do poder público.
No mesmo período as companhias aéreas ganharam 51,2 milhões de passageiros domésticos —média de 17,5 mil pessoas por dia, segundo a Anac (Agência Nacional de aviação Civil).
"O pior já passou [perda de passageiros de 2005 a 2008], mas nunca vai voltar a ser o que era", diz Paulo Alsemo, gerente de vendas da Gontijo e da São Geraldo, duas das maiores empresas de ônibus.
"Hoje estamos na fase de recuperar uma parcela dos passageiros que perdemos."
A dona de casa Sílvia Peixoto, 55, ajuda a engrossar a estatística: queda de 11% nos passageiros de ônibus em viagens longas e alta de 132% no movimento dos aeroportos.
Moradora de São Carlos (SP), ela costumava viajar 1.978 quilômetros de ônibus todo ano para visitar parentes em Conde (BA). Em 2013, foi de avião pela primeira vez.
Na semana passada, estava de volta ao aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP), dessa vez rumo ao Recife, para conhecer a neta. "Nem procurei ônibus."
Professor de logística e transportes da Unicamp, Orlando Lima Júnior afirma que essa migração de passageiros tende a se estabilizar.
"A alta do poder aquisitivo beneficiou também as empresas de ônibus. Senão, a queda seria ainda maior."
ÔNIBUS X AVIÃO
Executivos das principais empresas de ônibus do país reclamam de benefícios concedidos pelo governo federal à aviação civil.
Outro alvo de críticas é a licitação da ANTT para redistribuir a malha viária interestadual—fato que, afirmam os executivos, motiva retenção de novos investimentos.
Eles dizem pagar ICMS de até 18% sobre o preço da passagem, enquanto há isenção na aviação civil. "Há claro favorecimento do aéreo", diz Hugo de Faveri, diretor comercial da Itapemirim.
Ana Patrizia Lira, diretora da agência reguladora, afirma que "melhor seria se ninguém pagasse o ICMS", mas defende os benefícios à aviação. "O governo quer levar o desenvolvimento para o setor aéreo que já existe no rodoviário."
Sobre a licitação das linhas interestaduais —suspensa por ordem judicial—, Lira diz que a medida irá proporcionar "maior qualidade do serviço e menores tarifas".
"O principal entrave é a indefinição sobre como ficará a atividade em razão da licitação", afirma Paulo Lima, presidente da Abrati (associação de empresas do setor).
Por causa disso, empresas estão revendo investimentos em frota e garagens, por exemplo. "Os investimentos estão suspensos. Vamos esperar uma definição", disse Favieri, da Itapemirim.
SERVIÇO PÚBLICO
O transporte rodoviário interestadual de passageiros é considerado serviço público. Por isso, a regulação da atividade inclui licitação, controle de tarifas e oferta mínima de linhas regulares, mesmo que elas sejam deficitárias.
Na aviação, não há controle sobre preço das passagens e a criação de linhas depende apenas da disponibilidade nos aeroportos.
Para Lima Júnior, da Unicamp, uma saída pode ser tentar aproximar os setores.
"É possível trazer mais regulação para o aéreo e flexibilizar o rodoviário. O usuário se preocupa com preço, e aí as empresas de ônibus não conseguem competir."
Mônica Bergamo
SENHORES PASSAGEIROS
O aeroporto de Guarulhos perdeu o posto de pior do Brasil para o de Cuiabá, segundo pesquisa da Secretaria de aviação Civil. O terminal paulista, que no trimestre anterior recebeu nota 33 dos passageiros, em uma escala de 0 a 5, subiu para 33. O mato-grossense caiu de 3,4 para 3,2. Natal (4,1) está no primeiro lugar, antes ocupado por Campinas (que, com 3,8, pulou para nono, prejudicado por problemas como tempo de espera na fila da imigração).
SALGADO
Congonhas recebeu a pior nota do país no item preço da comida: 1,2. E alimentação é a área com pior avaliação em geral: nota 2,1. Já a maior satisfação é quanto ao atendimento no check-in (4,2). A cada dez usuários, seis estavam viajando a lazer, três a negócios e quatro por outros motivos.
CHÃO
O levantamento, que ouviu 18 mil pessoas entre janeiro e março em 15 aeroportos, leva em conta 41 itens ligados a estrutura física e atendimento. Questões como pontualidade dos voos ficam de fora do questionário. A média geral dos terminais foi de 3,8 —índice praticamente estável desde o início da pesquisa, em 2013.
O aeroporto de Guarulhos perdeu o posto de pior do Brasil para o de Cuiabá, segundo pesquisa da Secretaria de aviação Civil. O terminal paulista, que no trimestre anterior recebeu nota 33 dos passageiros, em uma escala de 0 a 5, subiu para 33. O mato-grossense caiu de 3,4 para 3,2. Natal (4,1) está no primeiro lugar, antes ocupado por Campinas (que, com 3,8, pulou para nono, prejudicado por problemas como tempo de espera na fila da imigração).
SALGADO
Congonhas recebeu a pior nota do país no item preço da comida: 1,2. E alimentação é a área com pior avaliação em geral: nota 2,1. Já a maior satisfação é quanto ao atendimento no check-in (4,2). A cada dez usuários, seis estavam viajando a lazer, três a negócios e quatro por outros motivos.
CHÃO
O levantamento, que ouviu 18 mil pessoas entre janeiro e março em 15 aeroportos, leva em conta 41 itens ligados a estrutura física e atendimento. Questões como pontualidade dos voos ficam de fora do questionário. A média geral dos terminais foi de 3,8 —índice praticamente estável desde o início da pesquisa, em 2013.
ERCIOAFONSO.BLOGSPOT.COM.BR (PA)
Corpos são removidos de aeronave em Jacareacanga
No final da tarde de ontem (27), a Força Aérea Brasileira (FAB) confirmou a retirada de três corpos da aeronave que caiu na região próximo a Jacareacanga. Os corpos foram transportados em helicóptero e chegaram por volta das 19h20 no Aeroporto de Itaituba, município do sudoeste paraense. Imediatamente foram encaminhados para o Instituto Médico legal (IML) para serem identificados.
Um dos corpos retirados seria de Luciney Aguiar de Sousa (foto abaixo), conforme informações da tia da vítima, Clemilda Cajado.
Os corpos que foram retirados são das três técnicas de enfermagem Rayline Sabrina Brito Campos, Luciney Aguiar de Sousa e Raimunda Lúcia da Silva Costa que estavam na parte de trás do avião.
Os corpos do piloto Luiz Feltrin e do motorista Ari Lima que estão na parte da frente, ainda não foram resgatados.
ORMNEWS (PA)
Três corpos são avistados nos destroços de avião em Jacareacanga
Será necessário usar um trator para fazer a retirada de partes do avião
A polícia civil informou que foram avistados três corpos no local onde se encontram os destroços do avião bimotor que caiu na região de Jacareacanga, acidente ocorrido em 18 de março. De acordo com delegado que acompanha a operação de buscas, Lucivelton Santos, os corpos foram avistados após as buscas do sábado (26).
Ainda segundo informações do policial, militares do Corpo de Bombeiros, Exército e FAB fizeram escavações no local, de onde foi retirada lama, tanto de dentro como ao redor do avião, o que possibilitou que os corpos fossem avistados, mas não foi possível retirar nenhum deles pois havia destroços da aeronave sobre eles. "Havia um pedaço da asa e o trem de pouso encontra-se em cima das vítimas", informou.
Para fazer a retirada dos corpos será necessário levar um trator até o local. "Precisamos cavar e carregar a estrutura de ferro que está em cima das vítimas. Já estamos providenciando o envio do trator", comenta o delegado, reforçando que há 20 voluntários trabalhando no local.
DIARIONLINE.COM.BR (PA)
Resgate de avião segue por terra em Jacareacanga
Pela segunda manhã consecutiva, o tempo fechado na região de Jacareacanga, no sudoeste paraense, não permitiu o voo na manhã deste domingo da aeronave que iria auxiliar as equipes de resgate dos corpos encontrados dentro do avião que caiu na região.
Segundo a Força Aérea Brasileira (FAB), o clima não apresenta condições de voo, então as equipes tiveram que seguir ao local do acidente por terra, o que deve atrasar os trabalhos planejados para hoje. A FAB ainda afirma que, caso o tempo melhore ao decorrer do dia, a aeronave deve levantar voo para ajudar na operação.
Na tarde de sexta-feira (25), os trabalhos foram prejudicados devido à forte chuva que atingiu o local. Na manhã do sábado (26), mesmo após o fim da chuva, o clima não apresentou condições de voo e os trabalhos foram suspensos.
Até o momento, três corpos foram avistados dentro da aeronave, mas nenhum foi resgatado.
JORNAL DE LONDRINA (PR)
Equipe de resgate encontra corpo em avião que caiu no Pará
Segundo a FAB, ainda não é possível confirmar se as partes encontradas são de uma terceira vítima ou se pertencem a uma das duas pessoas que foram localizadas na sexta-feira dentro da aeronave
Equipes de busca localizaram na tarde de sábado (26) restos mortais que podem ser de uma terceira vítima do avião bimotor que havia desaparecido há mais de um mês no Pará e foi localizado nesta semana. As buscas serão retomadas neste domingo (27).
Segundo a FAB (Força Aérea Brasileira), ainda não é possível confirmar se as partes encontradas ontem são de uma terceira vítima ou se pertencem a uma das duas pessoas que foram localizadas na sexta-feira dentro da aeronave.
O avião tinha cinco pessoas, entre tripulantes e passageiros. As três passageiras eram técnicas de enfermagem que atuavam pela Sesai (Secretaria Especial de Saúde Indígena), do Ministério da Saúde, e seguiam para atendimento a uma aldeia da etnia mundurucu.
A aeronave estava desaparecida desde o dia 18 de março e foi localizada em uma área de difícil acesso, 20 km a noroeste de Jacareacanga.
As vítimas ainda não foram identificadas. Quando retirados da aeronave, os corpos serão levados para o IML de Itaituba, cidade vizinha a Jacareacanga.
A equipe formada por homens do Exército, da FAB e do Corpo de Bombeiros voltará hoje para continuar a busca pelas outras vítimas e a retirada dos corpos já encontrados das ferragens da aeronave.
Segundo o delegado Lucivelton Santos, de Jacareacanga, um dos motores da aeronave, um pedaço da asa e o trem de pouso estão em cima das vítimas, dificultando o resgate.
Um trator será levado ao local do acidente para cavar e retirar os destroços que estão sobre dos corpos, segundo Santos. A chuva intensa de sábado também dificultou os trabalhos.
Além dos militares, 20 voluntários ajudam no resgate das vítimas.
O FLUMINENSE (RJ)
Aeronáutica oferece vagas para curso de formação
Após a conclusão, o aluno será nomeado terceiro sargento e receberá R$ 3,2 mil
A Aeronáutica abriu 614 vagas no processo seletivo para o Curso de Formação de Sargentos. As inscrições podem ser feitas até 26 de maio de 2014 e devem ser realizadas pelo site www.eear.aer.mil.br. A taxa é de R$ 60.
Para participar do exame, o candidato não pode ter menos de 17 anos e nem completar 25 anos até 31 de dezembro de 2015. Os interessados devem possuir ensino médio completo, entre outros requisitos estabelecidos no edital.
O processo seletivo é composto de provas escritas (língua portuguesa, língua inglesa, matemática, física), que ocorrerão no dia 20 de julho nas cidades de Belém (PA), Recife (PE), Salvador (BA), Rio de Janeiro (RJ), Belo Horizonte (MG), São Paulo (SP), São José dos Campos (SP), Campo Grande (MS), Porto Alegre (RS), Curitiba (PR), Brasília (DF), Manaus (AM) e Porto Velho (RO), inspeção de saúde, exame de aptidão psicológica, teste de avaliação do condicionamento físico e validação documental.
Se aprovado em todas as etapas, o candidato fará o curso na Escola de Especialistas de Aeronáutica (EEAR), em Guaratinguetá (SP), durante dois anos. Após a conclusão do curso com aproveitamento, o aluno será nomeado terceiro-sargento e receberá um salário inicial bruto de R$ 3.267,00.
Para obter mais informações, é possível consultar o edital no endereço eletrônico www.fab.mil.br/concursos.
As inscrições estão abertas até 26 de maio e podem ser feitas pelo site www.eear.aer.mil.br
DIÁRIO DO NORDESTE (CE)
Corpos encontrados em avião são levados para identificação
Equipes de resgate concluíram, na noite deste domingo (27), a retirada dos três corpos encontrados nos escombros de um avião bimotor que ficou desaparecido por mais de um mês no Pará. A aeronave foi localizada na semana passada.
Os corpos foram encaminhados para identificação no Instituto Médico Legal (IML) de Itaituba, cidade a 887 km de Belém e próxima de onde os destroços do avião foram encontrados. Ainda não se sabe o sexo ou a idade aproximada das vítimas localizadas.
Os dois primeiros corpos foram encontrados na sexta-feira (25). No dia seguinte, as equipes de busca descobriram mais restos mortais na aeronave, que, após a remoção parcial dos destroços hoje, foram identificados como sendo de uma terceira vítima.
O bimotor tinha cinco pessoas a bordo, entre tripulantes e passageiros. As três passageiras eram técnicas de enfermagem que atuavam pela Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), do Ministério da Saúde, e seguiam para atendimento a uma aldeia da etnia mundurucu.
A aeronave estava desaparecida desde o dia 18 de março e foi localizada em uma área de difícil acesso, 20 km a noroeste de Jacareacanga.
A equipe formada por homens do Exército, da FAB e do Corpo de Bombeiros continuará, na próxima segunda (28), trabalhando na busca pelas outras vítimas. A operação enfrenta obstáculos, já que o avião está submerso em um terreno alagado, de mata fechada.
Leia também: