NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 19/04/2014
Exército começa testes em novos helicópteros Pantera ...
Modernização de duas aeronaves foi concluída em março pela Helibras e pode ser estendida às 32 aeronaves da frota ...
Mais velozes, ágeis, potentes e seguros. Estes são os dois helicópteros modelo Pantera, cuja revitalização foi concluída em março na Helibras e que nos próximos três meses passarão por uma bateria de testes pelos técnicos e pilotos do Cavex (Comando de Aviação do Exército) de Taubaté. A prova de fogo das aeronaves está prevista para terminar em julho. Se tudo der certo, as modificações nos dois modelos serão aplicadas em toda a frota de Panteras, que soma mais 32 helicópteros ...
Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.
Após dois meses, transporte interestadual volta a operar no Acre
Transporte estava paralisado por causa da cheia do Madeira, em Rondônia. Tráfego na BR-364 foi parcialmente liberado pelo Dnit.
Após dois meses sem operar, devido a cheia do Rio Madeira, em Rondônia, que deixou o Acre isolado por via terrestre com o fechamento da BR-364, ônibus que fazem o transporte interestadual voltaram a operar. As primeiras viagens foram feitas por dois ônibus da Viação Rondônia que saíram de Rio Branco com destino ao estado de Rondônia, um às 7h e o outro às 11h. No Acre, três empresas fazem o transporte terrestre, Viação Rondônia, Rotas e Eucatur.
Gerente da empresa Eucatur, Célio Peixoto, espera que o transporte possa ser reiniciado neste sábado (19). "Fui pessoalmente até Nova Mutum e verifiquei que ainda não há possibilidade de passagem de ônibus. Nossa ideia foi botar um ônibus de Rio Branco até Abunã [RO] e outro para fazer o trecho entre Porto Velho até Palmeiral. Entre os trechos que ainda são críticos devem ficar dois ônibus apropriados para fazerem a baldeação do pessoal", diz.
Representante da empresa Rotas no Acre, Leudir Alves, diz que a empresa está mais cautelosa e que ainda deve continuar parada. "Por questão de segurança só vamos começar a operar quando vermos que há condições. Temos que esperar para ver a liberação da empresa, que enviou um técnico para ver a estrada", comenta.
As empresas de transporte rodoviário estão entre as mais afetadas pela cheia do Rio Madeira, pois, durante o período em que a estrada esteve coberta pelas águas elas ficarem sem poder operar. "Não temos estimativa do prejuízo, mas a folha de pagamento e diversas situações foram comprometidas há quase 50 dias", comenta Alves.
Dnit ainda não liberou tráfego
Superintendente do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) para os estados do Acre e Rondônia, Fabiano Cunha, diz que embora veículos como caminhões e caminhonetes já estejam conseguindo passar, ao menos por enquanto, o tráfego ainda não foi liberado para outros veículos como ônibus e carros de passeio.
Superintendente do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) para os estados do Acre e Rondônia, Fabiano Cunha, diz que embora veículos como caminhões e caminhonetes já estejam conseguindo passar, ao menos por enquanto, o tráfego ainda não foi liberado para outros veículos como ônibus e carros de passeio.
"Eu não tenho condições de recomendar ainda. É justamente por não ter condições de garantir a segurança e o conforto do usuário nesta via, que o Dnit ainda não declarou que a rodovia está aberta para todo e qualquer tipo de tráfego. Essa decisão tem que ser uma decisão responsável", ressalta.
Segundo ele, a liberação da estrada só será anunciada quando o órgão tiver convicção que a via é novamente segura. "A gente tem uma preocupação total não só com abastecimento do estado do Acre e as cidades da região oeste de Rondônia, mas o compromisso com a segurança dos usuários. Por isso que a gente está segurando um pouco mais para anunciar essa liberação e só faremos quando tivermos certeza das condições", enfatiza.
Cunha ressalta que as condições da estrada ainda demandam cautela, mesmo que algumas caminhonetes já consigam passar.
"A informação que temos é que veículos mais altos como caminhonetes estão passando, ainda que com dificuldade. Nosso problema agora é que a estrada ficou 60 dias com o tráfego restrito e existe uma demanda represada de veículos de carga de Porto Velho, que têm outras cargas que não estavam sendo autorizadas para transporte. Agora como tem melhorado a fluidez do trânsito, tem gerado uma fila na balsa do Abunã, mas isso já era de se esperar. Em resumo, as condições estão precárias", fala.
Calamidade pública
O governador Tião Viana (PT-AC) decretou situação de calamidade pública no Acre, no último dia 7 de abril. O estado já estava em situação de emergência desde o dia 26 de fevereiro.
O governador Tião Viana (PT-AC) decretou situação de calamidade pública no Acre, no último dia 7 de abril. O estado já estava em situação de emergência desde o dia 26 de fevereiro.
Entenda o caso
Por conta da cheia histórica do Rio Madeira em Rondônia, o estado do Acre sofreu ao longo do mês de março, com a escassez de alguns produtos, como gêneros alimentícios, gás e combustíveis.
Por conta da cheia histórica do Rio Madeira em Rondônia, o estado do Acre sofreu ao longo do mês de março, com a escassez de alguns produtos, como gêneros alimentícios, gás e combustíveis.
Aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) e fretados estão trazendo mantimentos para o estado e garantindo o abastecimento de produtos de primeira necessidade, além de medicamentos e itens hospitalares.
Além do setor de produtos alimentícios, o automotivo também está sofrendo com o fechamento da BR-364. Outro setor que ficou comprometido foi o de franquias. Algumas estão sem receber produtos há mais de 60 dias e estão com os lucros comprometidos. Em entrevista ao G1, a chefe da Casa Civil, Márcia Regina, disse que o estado deve levar ao menos três anos para se recuperar dos prejuízos.
Governo da Bahia assegura cumprimento de acordo com PMs
Líder da greve dos PMs foi preso em razão da paralisação feita em 2012. Governo diz não ter participado da operação de cumprimento do mandado.
O governo da Bahia informou, por meio de nota na tarde desta sexta-feira (18), que "assegura o cumprimento de todos os itens do acordo firmado com as associações representativas da Polícia Militar, quando do final da paralisação, no último dia 17 de abril".
Apontado como o líder da greve, o vereador Marco Prisco (PSDB) foi preso na tarde desta sexta em um resort em Costa de Sauípe, no Litoral Norte do estado.
Na nota, a Secretaria da Segurança Pública disse que "não participou da operação de cumprimento do mandado de prisão do vereador de Salvador, Marco Prisco Caldas Machado". "A ação de prisão atendeu pedido do Ministério Público Federal e foi executada pela Polícia Federal. A decisão foi tomada pela Justiça Federal, no último dia 15 de abril, e se refere a diversos crimes praticados durante a greve realizada entre os dias 31 de janeiro e 10 de fevereiro de 2012", informou a SSP.
Segundo a decisão da 17ª Vara Federal, a prisão é baseada nos artigos 311 a 313 do Código de Processo Penal, visando a "garantia da ordem pública", e deverá ser cumprida por 90 dias "em estabelecimento de segurança máxima".
O MPF afirma que ele somente pode recorrer ao Supremo Tribunal Federal. O pedido faz parte de uma ação penal contra sete acusados por diversos crimes na greve de 2012, que foram denunciados no ano passado.
A Polícia Federal informou em nota que a prisão ocorreu com apoio da Polícia Rodoviária Federal e da Aeronáutica. Segundo a PF, ele será transferido para o Presídio Federal de Brasília (Complexo da Papuda).
A SSP ressaltou que "não foi solicitada a reclusão de Marco Prisco em presídios estaduais, devendo o mesmo cumprir a prisão em unidade federal, fora do estado baiano".
Prisco é vereador e diretor-geral da Associação de Policiais e Bombeiros e de seus Familiares no Estado da Bahia (Aspra).
O comandante-geral da PM, coronel Alfredo Castro, afirmou nesta tarde, em entrevista ao G1, que “decisões judiciais devem ser cumpridas". "A prisão foi decretada em 2014, mas é referente ao processo ligado à greve de 2012. O acordo de quinta-feira está sendo mantido. O acordo prevê que nós retiraremos todos os procedimentos administrativos que visam apurar as infrações ocorridas durante a paralisação, como as faltas.”
“Esse procedimento (prisão) que está ocorrendo é em relação aos crimes cometidos em 2012, e não em 2014. Em 2014, se houver crimes, eles serão apurados. Eu fui uma das pessoas que assinaram o acordo. Não vislumbramos tirar as punições de 2012 porque os crimes de 2012 não estavam no acordo", disse o comandante.
A greve da Polícia Militar da Bahia teve início na terça-feira e foi encerrada na tarde de quinta-feira (17). Segundo a Secretaria de Segurança, foram registrados 59 homicídios em Salvador e região metropolitana durante a paralisação, 156 carros roubados e seis furtados.
Após assembleia realizada entre líderes do movimento e PMs em Salvador, Prisco afirmou que a categoria conseguiu um aumento de 25% no soldo (remuneração específica dos policiais) para o administrativo da PM; de 45% para o operacional e de 60% para motoristas. Também foi aprovada a extinção do Código de Ética, nova discussão sobre o plano de carreira e fim do curso de cabo.
Para Fábio Brito, vice-presidente da Aspra, a prisão de Prisco é "arbitrária". "Ele é vereador eleito, tinha que ser domiciliar ou na Câmara de Vereadores, e não em presídio de segurança máxima. É o que garante a Constituição. É um absurdo”, afirmou.
Para Fábio Brito, vice-presidente da Aspra, a prisão de Prisco é "arbitrária". "Ele é vereador eleito, tinha que ser domiciliar ou na Câmara de Vereadores, e não em presídio de segurança máxima. É o que garante a Constituição. É um absurdo”, afirmou.
Histórico
A greve foi considerada ilegal pela Justiça da Bahia, que estipulou multa diária de R$ 50 mil. O governo afirmou que as reivindicações das associações de policiais grevistas "ultrapassavam o limite orçamentário do Estado".
A greve foi considerada ilegal pela Justiça da Bahia, que estipulou multa diária de R$ 50 mil. O governo afirmou que as reivindicações das associações de policiais grevistas "ultrapassavam o limite orçamentário do Estado".
Na quinta, a Justiça Federal determinou a suspensão imediata da paralisação, estipulou multa em R$ 1,4 milhão e bloqueou bens das associações grevistas.
Tropas do Exército reforçaram a segurança nas ruas de Salvador. Durante a madrugada de terça (15), houve uma série de saques e arrombamentos pela cidade.
Avião de deputado faz pouso forçado em aeroporto no interior de MG
Deputado estadual Deiró Marra estava no bimotor. Trem de pouso não funcionou; ninguém ficou ferido.
Um avião bimotor que saiu de Belo Horizonte e transportava o deputado estadual Deiró Marra (PR) fez um pouso forçado na noite desta sexta-feira (18) no Aeroporto de Patrocínio, no Alto Paranaíba. Ninguém ficou ferido. O G1 tentou contato com o assessor do parlamentar e também com o próprio deputado, mas as ligações não foram atendidas.
Segundo o Corpo de Bombeiros, a aeronave teve que pousar de imediato, pois o trem de pouso não funcionou. O avião se arrastou por vários metros na pista, mas os pilotos não informaram o que pode ter causado a falha.
Os militares foram acionados e controlaram o vazamento de combustível. Foi preciso jogar espuma na pista para evitar uma explosão. Ainda segundo os bombeiros, o combustível que sobrou no tanque foi retirado para ser periciado. A Agência Nacional de Aviação Civil foi comunicada.
Movimento no aeroporto de Palmas cresce cerca de 5 vezes em dez anos
Desenvolvimento da economia no estado procovou o crescimento. Em 2003, 122 mil pessoas passaram pelo local, em 2013 foram 563 mil.
Movimento no aeroporto de Palmas cresce cerca de 5 vezes em dez anos
Desenvolvimento da economia no estado procovou o crescimento.
Em 2003, 122 mil pessoas passaram pelo local, em 2013 foram 563 mil.
Desenvolvimento da economia no estado procovou o crescimento.
Em 2003, 122 mil pessoas passaram pelo local, em 2013 foram 563 mil.
O movimento de passageiros no Aeroporto Brigadeiro Lysias Rodrigues, em Palmas, cresceu aproximadamente 460% nos últimos dez anos. Em 2003, pouco mais de 122 mil pessoas embarcaram ou desembarcaram em voos que passaram pelo aeroporto da capital tocantinense. Já em 2013, mais de 563 mil pessoas utilizaram o terminal. De acordo com o economista especializado em logística e conselheiro do Conselho Regional de Economia (Corecon/TO), Vilmar Carneiro Wanderley, o aumento de movimentação no aeroporto reflete o crescimento econômico do estado.
O maior aumento foi registrado entre os anos de 2009 e 2010. Neste período o número de passageiros aumentou em 30%. Este número tem relação com o aumento no número de voos. Em 2009, 11603 aeronaves fizeram pousos e decolagens no aeroporto de Palmas. Em 2010, 17161 aeronaves passaram pelo local.
De acordo com o superintendente do aeroporto de Palmas, Afrânio Souza Mar, até 2009 apenas duas companhias aéreas operavam voos comerciais na capital. Em 2010, outras três passaram a operar voos na cidade.
De acordo com o superintendente do aeroporto de Palmas, Afrânio Souza Mar, até 2009 apenas duas companhias aéreas operavam voos comerciais na capital. Em 2010, outras três passaram a operar voos na cidade.
Para o economista do Corecon, diversos fatores contribuíram para o movimento no aeroporto. “O primeiro deles era a ausência de meio de conexão nessa região do país. Diversos profissionais que já estavam aqui precisavam do serviço, mas não o tinham. É o que chamamos de demanda reprimida”, explica Wanderley.
Segundo ele, o crescimento da produção agrícola no estado foi outro fator que fez crescer o fluxo no aeroporto. Ele explica que o setor de pecuária era um dos mais fortes na economia do estado, mas a produção de grãos vem crescendo nos últimos anos. “Com este crescimento na produção você tem um fluxo maior de pessoas que vem plantar, vender máquinas e sementes, consertar máquinas. Enfim, fazer coisas ligados à agricultura”, explica.
Wanderley acredita que a construção do trecho da ferrovia Norte-Sul no Tocantins também pode ter aumentado o trânsito de pessoas no aeroporto da capital.
Os outros dois fatores apontados pelo especialista estão ligados ao comércio do Tocantins, como a chegada simultânea de grandes supermercados na capital há cerca de quatro anos. O comércio eletrônico movimentou também o setor de cargas aéreas. “O estado oferece um incentivo fiscal para que lojas virtuais se instalem aqui. A contrapartida é que as empresas tem que despachar as mercadorias a partir do Tocantins”, explica Wanderley.
Apesar do crescimento acelerado, o aeroporto ainda trabalha com metade da sua capacidade máxima de operação, conforme informou o superintendente do terminal. Segundo Afrânio, atualmente os funcionários das companhias aéreas e da Infraero utilizam doze horas por dia para operacionalizar todos os pousos e decolagens no local. A capacidade do terminal de passageiros também não foi comprometida. “A Infraero projetou o terminal para receber 2 milhões de passageiros por ano”, explica Afrânio. Nos últimos três anos, o público foi de mais de 500 mil pessoas.
Os outros dois fatores apontados pelo especialista estão ligados ao comércio do Tocantins, como a chegada simultânea de grandes supermercados na capital há cerca de quatro anos. O comércio eletrônico movimentou também o setor de cargas aéreas. “O estado oferece um incentivo fiscal para que lojas virtuais se instalem aqui. A contrapartida é que as empresas tem que despachar as mercadorias a partir do Tocantins”, explica Wanderley.
Apesar do crescimento acelerado, o aeroporto ainda trabalha com metade da sua capacidade máxima de operação, conforme informou o superintendente do terminal. Segundo Afrânio, atualmente os funcionários das companhias aéreas e da Infraero utilizam doze horas por dia para operacionalizar todos os pousos e decolagens no local. A capacidade do terminal de passageiros também não foi comprometida. “A Infraero projetou o terminal para receber 2 milhões de passageiros por ano”, explica Afrânio. Nos últimos três anos, o público foi de mais de 500 mil pessoas.
O superintendente explica que algumas medidas foram tomadas para comportar o crescimento dos últimos anos. “Em 2012 nós aumentamos a capacidade da sala de embarque em 60% para conseguirmos operar duas partidas simultâneas. Ainda este ano nós vamos ampliar em mais 60%”, afirma o superintendente.
Afrânio também atribui o crescimento do fluxo de aeronaves a outro incentivo fiscal. “O governo do estado reduziu as alíquotas para o combustível [dos aviões] para viabilizar o aumento número de voos comerciais em Palmas”, explica.
Atraso em voo da Gol causa tumulto no embarque do Santos Dumont, Rio
Segundo passageira, Polícia Federal foi chamada após suposta agressão. Vídeos postados em uma rede social mostram bate-boca no aeroporto.
O atraso em um voo da Gol causou uma confusão na sala de embarque do Aeroporto Santos Dumont, no Centro do Rio, na tarde desta sexta-feira (18). Segundo relatos da passageira Luana Di Lauro, um passageiro chegou a agredir um funcionário da companhia e a Polícia Federal chegou a antrar no avião para pegar a idenficação do suposto agressor.
A assessoria de imprensa da Gol disse que houve uma tentativa de agressão e que a Polícia Federal sempre é acionada nesses casos para dar auxílio.
Luana, que postou vídeos do tumulto no Santos Dumont em sua página do Facebook, disse que o voo deveria ter saído às 14h40 rumo a Congonhas, em São Paulo, e atrasou mais de duas horas. Passageiros revoltados começaram a gritar e a bater palmas, dando início à confusão.
Silvio Reynado, marido de Luana, contou que, por volta das 14h, três conexões atrasaram e passageiros ficaram acumulados no saguão do aeroporto sem receber informações da companhia aérea.
“O pessoal foi se estressando muito. Uma mulher que estava esperando desde as 10h resolveu reclamar porque não tinha almoçado. Um funcionário da Gol estava exaltado e quando ela começou a filmar o que ele dizia com o celular, ele retirou o aparelho das mãos dela. Foi quando um outro passageiro, ao ver aquela cena, partiu pra cima do funcionário e chegou a agredi-lo. Aí a Polícia Federal foi acionada e eles começaram a dar informações. Eles não deixavam ninguém filmar. Depois a PF entrou na aeronave, quando já íamos decolar, atrás do passageiro que agrediu o funcionário. Acho que eles queriam fazer um boletim de ocorrência. Mas o passageiro não chegou a ser retirado, eles resolveram ali mesmo. Foi um desconforto generalizado”, disse.
De acordo com a equipe de segurança do terminal, o bate-boca terminou com objetos quebrados dentro do setor de embarque por volta das 15h. No saguão, os passageiros chegaram a ameaçar invadir o balcão da Gol.
Situação controlada
A Infraero informou, por volta das 18h, que a situação já havia sido controlada. O G1 entrou em contato com a assessoria de imprensa da Gol, que informou o atraso foi causado pelo nevoeiro e o consequente cancelamento de voos (leia a íntegra da nota abaixo). Também procurada pela equipe de reportagem, a Polícia Federal não havia respondido até as 18h30.
A Infraero informou, por volta das 18h, que a situação já havia sido controlada. O G1 entrou em contato com a assessoria de imprensa da Gol, que informou o atraso foi causado pelo nevoeiro e o consequente cancelamento de voos (leia a íntegra da nota abaixo). Também procurada pela equipe de reportagem, a Polícia Federal não havia respondido até as 18h30.
Veja a íntegra da nota da Gol:
"A Gol informa que, devido ao forte nevoeiro que afetou a cidade do Rio de Janeiro na manhã de hoje e ocasionou o fechamento do Aeroporto Santos Dumont, dez voos que partiam deste aeroporto foram cancelados. Neste momento, a GOL trabalha intensamente para reacomodar seus clientes nos próximos voos, prestando o atendimento necessário a todos.
A Gol esclarece que alterações de trajeto e horários de voos em virtude de más condições climáticas são procedimentos necessários na aviação. A companhia lamenta que essas medidas causem desconforto aos passageiros, mas ressalta que não abre mão da segurança de suas operações."
Um mês após desaparecimento de avião no PA, famílias têm esperança
Mancha de óleo teria sido avistada na região onde são feitas as buscas. Eles esperam encontrar passageiros com vida.
Após um mês do desaparecimento do avião bimotor no sudoeste do Pará, familiares dos passageiros ainda mantêm a esperança de encontrá-los com vida. A aeronave desapareceu quando seguia de Itaituba para Jacareacanga, no dia 18 de março e transportava o piloto, um motorista e três técnicas de enfermagem que seguiam para uma aldeia dos índios Munduruku.
Após um mês do desaparecimento do avião bimotor no sudoeste do Pará, familiares dos passageiros ainda mantêm a esperança de encontrá-los com vida. A aeronave desapareceu quando seguia de Itaituba para Jacareacanga, no dia 18 de março e transportava o piloto, um motorista e três técnicas de enfermagem que seguiam para uma aldeia dos índios Munduruku.
A notícia aumentou a expectativa dos familiares que aguardam por uma resposta sobre o caso. “A gente mantém a esperança de encontrar eles com vida. Sabemos de pessoas que passaram 30, 45 dias perdidos na mata e foram encontradas com vida. Entregamos nas mãos de Deus, mas estamos confiantes”.
De acordo com o secretário municipal de Assuntos Indígenas de Jacareanga, Ivânio Nogueira, militares e voluntários seguiram para o local na manhã desta sexta-feira para averiguar o novo indício. "A equipe de voluntários e indígenas por terra e água já seguiu bem cedo hoje para lá e os dois aviões da FAB que estão aqui também sobrevoam. Ontem chegaram a ir, mas o tempo estava muito fechado e tiveram que retornar", explica.
Os familiares continuam recebendo as doações para arrecadar dinheiro, alimentos, botas, facões e material para auxiliar nas buscas que estão sendo feitas por voluntários na floresta amazônica. “Estamos recebendo alimentação e ajuda em dinheiro para enviar aos voluntários que já estão indo para a mata realizar as buscas. Todos os dias eles trabalham. Essa é a ajuda que temos”, diz Claúdia.
O comerciante Rubélio Santos, tio da técnica de enfermagem que chegou enviar SMS de dentro do avião, diz que a família vive a expectativa de receber boas notícias diariamente. "Mesmo passando um mês, o telefone não pode tocar que nós já ficamos com aquela ansiedade de receber uma notícia positiva. A nossa esperança é essa, de encontrá-los vivos. Eles podem estar perdidos naquela mata, é muito grande".
Sobre o indício de manchas de óleo encontradas na tarde de quinta-feira, ele ressalta que, apesar de terem surgido várias pistas ao longo do mês, a esperança renasce. "Nos apegamos muito com Deus e por ser um período que representa a ressurreição de Cristo, temos fé de que virão boas notícias, porque a esperança é a última que morre", destaca Rubélio.
Entenda o caso
A aeronave decolou do aeroporto de Itaituba às 11h40 do dia 18 de março e sumiu 1h20 depois de o piloto ter feito o último contato pelo rádio. Desde então, a Força Aérea Brasileira (FAB) realizava buscas na região. Além das buscas aéreas, voluntários, que incluem moradores de Jacareacanga, funcionários do Distrito Sanitário Indígena e indígenas da tribo Munduruku também procuram diariamento na mata.
A aeronave decolou do aeroporto de Itaituba às 11h40 do dia 18 de março e sumiu 1h20 depois de o piloto ter feito o último contato pelo rádio. Desde então, a Força Aérea Brasileira (FAB) realizava buscas na região. Além das buscas aéreas, voluntários, que incluem moradores de Jacareacanga, funcionários do Distrito Sanitário Indígena e indígenas da tribo Munduruku também procuram diariamento na mata.
Uma das passageiras chegou a mandar três mensagens de celular ao tio avisando que o avião passava por problemas. No último SMS, Rayline Campos informou o tio que o motor estava parando.
A FAB chegou a anunciar a suspensão das buscas por tempo indeterminado, mas ao voltar para a base, em Manaus, a tripulação da aeronave teria avistado algo e decidiu retomar as buscas. O órgão militar informou ainda que a averiguação foi realizada sob condições meteorológicas não ideais e foi interrompida, mas em novas buscas, o avião continuou desaparecido. Um helicóptero e um avião da FAB estão em Jacareacanga auxiliando nas buscas.
De acordo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a situação da aeronave desaparecida, de matrícula PR-LMN, estava regular. A Inspeção Anual de Manutenção (IAM) e o Certificado de Aeronavegabilidade (CA) estavam em dia.
Feriadão tem 15% de voos atrasados e 7% são cancelados no Brasil
Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, tem o maior número de atrasos nesta sexta-feira
Rio - Cerca de 15% dos voos programados para esta sexta-feira registraram atrasos, segundo o último levantamento da Infraero. Ao todo, estavam previstos 1.555 pousos e decolagens, sendo que destes 223 tiveram atrasos superiores a 30 minutos. Além disso, 111 foram cancelados, representando 7% do total. A análise engloba 63 aeroportos brasileiros.
O aeroporto com maior número de atrasos foi o Santos Dumont, no Rio de Janeiro. Estavam previstos 122 voos, sendo que 43 tiveram atrasos, o que representou 35,2%. O índice de cancelamento foi de 26,2%. Em Congonhas, São Paulo, a situação também foi complicada. Dos 160 voos programados, 31,3% tiveram atrasos.
No aeroporto de Tancredo Neves, de Belo Horizonte, Minas Gerais, dos 92 voos previstos, 15 atrasaram e 5 foram cancelados. O Aeroporto Internacional de Brasília/Juscelino Kubitschek, da concessionária Inframérica, teve 16,8% dos voos previstos com atrasos nesta sexta-feira.
Rio - Cerca de 15% dos voos programados para esta sexta-feira registraram atrasos, segundo o último levantamento da Infraero. Ao todo, estavam previstos 1.555 pousos e decolagens, sendo que destes 223 tiveram atrasos superiores a 30 minutos. Além disso, 111 foram cancelados, representando 7% do total. A análise engloba 63 aeroportos brasileiros.
O aeroporto com maior número de atrasos foi o Santos Dumont, no Rio de Janeiro. Estavam previstos 122 voos, sendo que 43 tiveram atrasos, o que representou 35,2%. O índice de cancelamento foi de 26,2%. Em Congonhas, São Paulo, a situação também foi complicada. Dos 160 voos programados, 31,3% tiveram atrasos.
No aeroporto de Tancredo Neves, de Belo Horizonte, Minas Gerais, dos 92 voos previstos, 15 atrasaram e 5 foram cancelados. O Aeroporto Internacional de Brasília/Juscelino Kubitschek, da concessionária Inframérica, teve 16,8% dos voos previstos com atrasos nesta sexta-feira.
Exército começa testes em novos helicópteros Pantera
Modernização de duas aeronaves foi concluída em março pela Helibras e pode ser estendida às 32 aeronaves da frota
Mais velozes, ágeis, potentes e seguros. Estes são os dois helicópteros modelo Pantera, cuja revitalização foi concluída em março na Helibras e que nos próximos três meses passarão por uma bateria de testes pelos técnicos e pilotos do Cavex (Comando de Aviação do Exército) de Taubaté.
A prova de fogo das aeronaves está prevista para terminar em julho. Se tudo der certo, as modificações nos dois modelos serão aplicadas em toda a frota de Panteras, que soma mais 32 helicópteros.
Segundo o adjunto da Seção de Projetos Especiais do Cavex, major Leonardo Celso Alves, a avaliação técnico-operacional será feita em um dos Panteras, o de prefixo EB 2010. “A segunda aeronave (EB 2026) permanecerá como helicóptero reserva dessa avaliação contratual, sendo empregado caso o EB 2010 venha a parar por qualquer motivo, como manutenção ou pane.”
De acordo com a Helibras, o valor total do contrato de modernização das 34 aeronaves é de R$ 347 milhões.
Com a modernização, que tem o nome técnico de retrofit, as aeronaves vão ganhar uma vida útil para mais 25 anos de atividades.
Antes de serem entregues ao Exército, os dois helicópteros modernizados foram certificados pelo DCTA (Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial), em São José dos Campos.
A prova de fogo das aeronaves está prevista para terminar em julho. Se tudo der certo, as modificações nos dois modelos serão aplicadas em toda a frota de Panteras, que soma mais 32 helicópteros.
Segundo o adjunto da Seção de Projetos Especiais do Cavex, major Leonardo Celso Alves, a avaliação técnico-operacional será feita em um dos Panteras, o de prefixo EB 2010. “A segunda aeronave (EB 2026) permanecerá como helicóptero reserva dessa avaliação contratual, sendo empregado caso o EB 2010 venha a parar por qualquer motivo, como manutenção ou pane.”
De acordo com a Helibras, o valor total do contrato de modernização das 34 aeronaves é de R$ 347 milhões.
Com a modernização, que tem o nome técnico de retrofit, as aeronaves vão ganhar uma vida útil para mais 25 anos de atividades.
Antes de serem entregues ao Exército, os dois helicópteros modernizados foram certificados pelo DCTA (Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial), em São José dos Campos.
Projetos. "O programa de modernização agrega para a Helibras o domínio de importantes tecnologias, oferecidas em um modelo de grande performance, caso da família Dauphin, da qual deriva a versão militar Pantera, e abre possibilidades para o desenvolvimento de novos projetos, através do Centro de Engenharia da empresa”, disse o presidente da Helibras, Eduardo Marson.
As principais modificações no Pantera envolvem um novo motor, com 40% de potência a mais, além de um novo rotor de cauda e aviônica. A velocidade máxima, que era de 150 nós (277,5 km/h), passou para 175 nós (323,75 km/h). O retrofit dos Panteras tem previsão de conclusão em 2020.
As principais modificações no Pantera envolvem um novo motor, com 40% de potência a mais, além de um novo rotor de cauda e aviônica. A velocidade máxima, que era de 150 nós (277,5 km/h), passou para 175 nós (323,75 km/h). O retrofit dos Panteras tem previsão de conclusão em 2020.
Esquilos. Além da renovação da frota de Panteras, a Helibras também tem um contrato que prevê a modernização dos Esquilos. A primeira aeronave modernizada e também certificada pelo DCTA, deve ser entregue até o final deste mês para testes no Cavex.
O Esquilo terá substituído o seu painel analógico por um sistema digital, além da instalação de um piloto automático. Ao todo, serão modificadas 34 aeronaves. Os trabalhos devem ser concluídos em 2018.
O Esquilo terá substituído o seu painel analógico por um sistema digital, além da instalação de um piloto automático. Ao todo, serão modificadas 34 aeronaves. Os trabalhos devem ser concluídos em 2018.
Saiba mais
O novo Pantera
Código: K2
Código: K2
Capacidade
1 ou 2 pilotos e mais 10 combatentes
1 ou 2 pilotos e mais 10 combatentes
Peso
Peso máximo de decolagem de 4.300 Kg
Peso máximo de decolagem de 4.300 Kg
Velocidade
Máxima de 175nós
Máxima de 175nós
Principais mudanças
Novo motor Arriel 2C2CG com 40% a mais potência, novo painel glass cockpit com piloto automático de quatro eixos, permitindo mais autonomia, maior velocidade e menor carga de trabalho, novos radares meteorológicos e altímetros, modernos rádios de navegação e de comunicação, novo rotor de cauda
Novo motor Arriel 2C2CG com 40% a mais potência, novo painel glass cockpit com piloto automático de quatro eixos, permitindo mais autonomia, maior velocidade e menor carga de trabalho, novos radares meteorológicos e altímetros, modernos rádios de navegação e de comunicação, novo rotor de cauda
Exército e FAB recebem EC-725
São José dos Campos
A frota de helicópteros das Forças Armadas brasileiras foi reforçada este mês com a entrega de dois novos modelos EC-725 à Aeronáutica e ao Exército. As duas aeronaves foram produzidas integralmente na fábrica da Helibras, em Itajubá (MG).
Com isto, a FAB chega ao 5º helicóptero deste modelo e o Exército ao 3º. A Marinha possui duas aeronaves. O contrato firmado entre a empresa e o governo federal prevê a entrega de 50 helicópteros.
As outras nove unidades entregues anteriormente pela Helibras às Forças Armadas já completaram mais de 4.370 horas de operação. Os EC-725 estão aptos a desenvolver uma série de atividades de acordo com as necessidades das corporações, em missões como transporte de tropas, buscas, alertas SAR (busca e salvamento) e patrulhamento.
Com isto, a FAB chega ao 5º helicóptero deste modelo e o Exército ao 3º. A Marinha possui duas aeronaves. O contrato firmado entre a empresa e o governo federal prevê a entrega de 50 helicópteros.
As outras nove unidades entregues anteriormente pela Helibras às Forças Armadas já completaram mais de 4.370 horas de operação. Os EC-725 estão aptos a desenvolver uma série de atividades de acordo com as necessidades das corporações, em missões como transporte de tropas, buscas, alertas SAR (busca e salvamento) e patrulhamento.
PMs se aquartelam na Bahia e comando tenta acalmar tropa
Policiais militares estão aquartelados na Bahia na madrugada deste sábado (19) em represália à prisão de Marco Prisco, vereador pelo PSDB em Salvador e líder da greve que a corporação promoveu nesta semana.
A informação é do comandante da PM baiana, coronel Alfredo Castro, que por volta da 1h30 deste sábado preparava um documento na tentativa de acalmar os ânimos da categoria.
O objetivo era tentar demonstrar que a prisão de Prisco pela Polícia Federal foi motivada por questões da greve anterior da PM, de 2012, que o policial também liderou.
O comandante da PM disse não ter a dimensão do aquartelamento das tropas, mas confirmou registros "em maior ou menor escala" pelo Estado, inclusive nas duas maiores cidades, Salvador e Feira de Santana.
Em Feira de Santana, por exemplo, que somou mais de 40 homicídios no período da greve desta semana, a informação em um posto da Polícia Rodoviária Estadual era que grande parte da categoria estava reunida na sede da Aspra, a associação de praças e bombeiros liderada por Prisco.
O cenário expõe o quadro instável na PM baiana. Mais cedo, no final da noite de sexta-feira (18), cerca de cem policiais haviam se reunido em frente à Câmara Municipal de Salvador em encontro convocado após a prisão de Prisco.
Não houve oradores. Representantes da Aspra procuravam enfatizar que o encontro fora uma manifestação espontânea de solidariedade a Prisco e que o recado dele era no sentido de não retomar a greve.
A tentativa de assembleia se dispersou por volta das 22h30, mas os ânimos não se acalmaram, a julgar pelos desdobramentos das horas seguintes.
TENTATIVA DE DIÁLOGO
A situação levou o comandante da PM a buscar interlocução com o deputado estadual Capitão Tadeu (PSB) -outro que procura assumir o papel de porta-voz político da PM na Bahia-, com quem na madrugada deste sábado alinhavava um documento na tentativa de mostrar que, com a PM parada, as tentativas de convencer algum juiz a soltar Prisco seriam mais difíceis.
"Se aquartelar, ele [juiz] vai receber o [pedido de] habeas corpus e vão concluir que com greve não tem porque dar o habeas corpus", afirmou à Folha o coronel Castro, comandante da PM baiana.
Quem participa das conversas, segundo Castro e o deputado Tadeu, é a ex-ministra do STJ (Superior Tribunal de Justiça) Eliana Calmon, pré-candidata ao Senado pelo PSB e provável rival de chapa do grupo do governador Jaques Wagner (PT) na eleição de outubro.
"Estamos preparando uma consulta chancelada pela doutora Eliana Calmon considerando e mostrando que a prisão [de Prisco ontem] foi decorrência de 2012 [de Prisco]", disse Castro.
Mais cedo, no meio da tarde de sexta (18), o coronel já havia divulgado nota afirmando a mesma tese e conclamando os policiais de serviço a permanecer nos postos. A Secretaria da Segurança Pública também se manifestou, disse que não tinha relação com a prisão e que o acordo que encerrara a greve estava mantido.
SEM POLÍCIA
Representante da Aspra, o soldado Ivan Leite disse na madrugada deste sábado que não há uma manifestação das associações pela volta da greve, mas que também não há uma convocação pela volta ao trabalho.
Diante da indefinição, a maioria dos policiais em serviço, afirmou ele, optou por permanecer nos quartéis. "Quase 100% está parado, inclusive as unidades especiais", afirmou.
O deputado Capitão Tadeu (PSB) disse que o aquartelamento predominava na maioria do Estado. "Não há polícia nas ruas."
Ele afirma que as entidades estão buscando uma solução para reverter a prisão de Marco Prisco, mas de maneira a "não penalizar a sociedade".
Em Feira de Santana, a recepcionista de um hotel afirmou à Folha que não havia PMs nas ruas na madrugada do sábado, e que até farmácias que costumam ficar abertas não funcionavam. Funcionários dormiam no hotel para evitar circular pela cidade. A funcionária disse, contudo, ter visto homens do Exército pela cidade -tropas federais permanecem no Estado desde quarta-feira (16) para reforçar o policiamento.
PRISÃO
Prisco foi detido pela PF na sexta à tarde, na região do complexo de resorts da Costa do Sauípe (litoral norte da Bahia). Na tarde desta sexta, a PF e o Ministério Público Federal informaram que ele foi detido já dentro de um hotel, enquanto a Aspra dizia que a detenção se deu enquanto ele se dirigia com a família ao local.
A Procuradoria pediu a prisão no curso de uma ação de 2013 em que Prisco e outros seis policiais já são réus, referentes a acusações de crimes que teriam cometido na greve de 2012, como formação de quadrilha e delitos contra a segurança nacional, como interrupção de serviços essenciais.
A própria Procuradoria reconheceu, contudo, que a prisão foi pedida na segunda-feira (14) diante da iminência da greve articulada por Prisco. Como a ordem de prisão partiu da Justiça Federal, o soldado e vereador de 44 anos -que briga na Justiça desde 2002 para ser reintegrado à corporação-foi levado para o presídio da Papuda, em Brasília, em operação que mobilizou um grande aparato de segurança no aeroporto de Salvador.
A detenção veio um dia após os grevistas fecharem acordo com o governo Jaques Wagner (PT). Ninguém admitiu ceder, mas o governo elevou gratificações e recuou no novo código de ética da corporação, que previa punição a policiais por participação em greves e até por inscrição em cadastro de devedores. Policiais ficaram sem reajuste salarial.
Mesmo com reforço de tropas federais solicitadas por Wagner, a violência explodiu em várias partes do Estado durante a greve: houve saques e a Grande Salvador teve 52 homicídios em 46 horas -a média diária é de cinco casos. Praticamente todos os homicídios ocorreram em bairros de periferia da capital ou cidades da Grande Salvador.
A informação é do comandante da PM baiana, coronel Alfredo Castro, que por volta da 1h30 deste sábado preparava um documento na tentativa de acalmar os ânimos da categoria.
O objetivo era tentar demonstrar que a prisão de Prisco pela Polícia Federal foi motivada por questões da greve anterior da PM, de 2012, que o policial também liderou.
O comandante da PM disse não ter a dimensão do aquartelamento das tropas, mas confirmou registros "em maior ou menor escala" pelo Estado, inclusive nas duas maiores cidades, Salvador e Feira de Santana.
Em Feira de Santana, por exemplo, que somou mais de 40 homicídios no período da greve desta semana, a informação em um posto da Polícia Rodoviária Estadual era que grande parte da categoria estava reunida na sede da Aspra, a associação de praças e bombeiros liderada por Prisco.
O cenário expõe o quadro instável na PM baiana. Mais cedo, no final da noite de sexta-feira (18), cerca de cem policiais haviam se reunido em frente à Câmara Municipal de Salvador em encontro convocado após a prisão de Prisco.
Não houve oradores. Representantes da Aspra procuravam enfatizar que o encontro fora uma manifestação espontânea de solidariedade a Prisco e que o recado dele era no sentido de não retomar a greve.
A tentativa de assembleia se dispersou por volta das 22h30, mas os ânimos não se acalmaram, a julgar pelos desdobramentos das horas seguintes.
TENTATIVA DE DIÁLOGO
A situação levou o comandante da PM a buscar interlocução com o deputado estadual Capitão Tadeu (PSB) -outro que procura assumir o papel de porta-voz político da PM na Bahia-, com quem na madrugada deste sábado alinhavava um documento na tentativa de mostrar que, com a PM parada, as tentativas de convencer algum juiz a soltar Prisco seriam mais difíceis.
"Se aquartelar, ele [juiz] vai receber o [pedido de] habeas corpus e vão concluir que com greve não tem porque dar o habeas corpus", afirmou à Folha o coronel Castro, comandante da PM baiana.
Quem participa das conversas, segundo Castro e o deputado Tadeu, é a ex-ministra do STJ (Superior Tribunal de Justiça) Eliana Calmon, pré-candidata ao Senado pelo PSB e provável rival de chapa do grupo do governador Jaques Wagner (PT) na eleição de outubro.
"Estamos preparando uma consulta chancelada pela doutora Eliana Calmon considerando e mostrando que a prisão [de Prisco ontem] foi decorrência de 2012 [de Prisco]", disse Castro.
Mais cedo, no meio da tarde de sexta (18), o coronel já havia divulgado nota afirmando a mesma tese e conclamando os policiais de serviço a permanecer nos postos. A Secretaria da Segurança Pública também se manifestou, disse que não tinha relação com a prisão e que o acordo que encerrara a greve estava mantido.
SEM POLÍCIA
Representante da Aspra, o soldado Ivan Leite disse na madrugada deste sábado que não há uma manifestação das associações pela volta da greve, mas que também não há uma convocação pela volta ao trabalho.
Diante da indefinição, a maioria dos policiais em serviço, afirmou ele, optou por permanecer nos quartéis. "Quase 100% está parado, inclusive as unidades especiais", afirmou.
O deputado Capitão Tadeu (PSB) disse que o aquartelamento predominava na maioria do Estado. "Não há polícia nas ruas."
Ele afirma que as entidades estão buscando uma solução para reverter a prisão de Marco Prisco, mas de maneira a "não penalizar a sociedade".
Em Feira de Santana, a recepcionista de um hotel afirmou à Folha que não havia PMs nas ruas na madrugada do sábado, e que até farmácias que costumam ficar abertas não funcionavam. Funcionários dormiam no hotel para evitar circular pela cidade. A funcionária disse, contudo, ter visto homens do Exército pela cidade -tropas federais permanecem no Estado desde quarta-feira (16) para reforçar o policiamento.
PRISÃO
Prisco foi detido pela PF na sexta à tarde, na região do complexo de resorts da Costa do Sauípe (litoral norte da Bahia). Na tarde desta sexta, a PF e o Ministério Público Federal informaram que ele foi detido já dentro de um hotel, enquanto a Aspra dizia que a detenção se deu enquanto ele se dirigia com a família ao local.
A Procuradoria pediu a prisão no curso de uma ação de 2013 em que Prisco e outros seis policiais já são réus, referentes a acusações de crimes que teriam cometido na greve de 2012, como formação de quadrilha e delitos contra a segurança nacional, como interrupção de serviços essenciais.
A própria Procuradoria reconheceu, contudo, que a prisão foi pedida na segunda-feira (14) diante da iminência da greve articulada por Prisco. Como a ordem de prisão partiu da Justiça Federal, o soldado e vereador de 44 anos -que briga na Justiça desde 2002 para ser reintegrado à corporação-foi levado para o presídio da Papuda, em Brasília, em operação que mobilizou um grande aparato de segurança no aeroporto de Salvador.
A detenção veio um dia após os grevistas fecharem acordo com o governo Jaques Wagner (PT). Ninguém admitiu ceder, mas o governo elevou gratificações e recuou no novo código de ética da corporação, que previa punição a policiais por participação em greves e até por inscrição em cadastro de devedores. Policiais ficaram sem reajuste salarial.
Mesmo com reforço de tropas federais solicitadas por Wagner, a violência explodiu em várias partes do Estado durante a greve: houve saques e a Grande Salvador teve 52 homicídios em 46 horas -a média diária é de cinco casos. Praticamente todos os homicídios ocorreram em bairros de periferia da capital ou cidades da Grande Salvador.
Apagão deixa Aeroporto do Galeão às escuras no Rio
Um apagão deixou às escuras por 15 minutos o Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão), no Rio, na noite desta sexta-feira (18).
A falta de energia atingiu os dois terminais do aeroporto, 1 e 2, e incluiu a área de estacionamento.
Segundo a Infraero, que opera o aeroporto, não houve atrasos ou cancelamento de voos em função do apagão e a pista e o pátio não sofreram impacto porque dispõem de gerador.
Segundo a assessoria de imprensa da Light, empresa responsável pelo fornecimento de energia elétrica no Rio, o problema não está relacionado à rede.
Conforme a Light, o problema foi no sistema interno do Galeão.
Após greve de PMs, Salvador tem praia policiada e periferia sem segurança
O fim da greve da Polícia Militar da Bahia se refletiu nesta sexta-feira (18) em mais segurança em áreas turísticas e nobres de Salvador, mas na periferia - cenário das ocorrências mais graves durante a paralisação – o policiamento ainda era escasso.
A reportagem da Folha circulou pela orla, centro e bairros afastados da capital baiana pela manhã. Constatou cenários diferentes: PMs e homens da Força Nacional em pontos turísticos e ausência de policiamento em zonas periféricas.
A greve dos militares terminou na última quinta-feira (17), após acordo entre governo e comando grevista.
A paralisação foi acompanhada por aumento da violência: em 46 horas de paralisação houve ao menos 52 homicídios na Grande Salvador –a média diária na região são cinco casos. Dos 46 casos com dados disponíveis, 36 ocorreram em Salvador, sendo 35 (97%) em bairros afastados do centro.
Na manhã desta sexta-feira, homens da Força Nacional de Segurança montavam guarda com a Polícia Militar no Farol da Barra, conhecido ponto turístico. A segurança ostensiva se estendia por cerca de 1 km até o Porto da Barra, uma das praias mais badaladas da capital baiana.
Apesar do fim da greve, tropas federais deverão permanecer na Bahia até a próxima segunda-feira (21), quando haverá nova avaliação da situação da segurança.
O clima mais tranquilo fez o comércio reabrir no centro nesta sexta-feira, mesmo com o feriado da Semana Santa. Banhistas voltaram a ocupar as praias da cidade. Os ônibus retomaram a circulação em escala normal de feriado.
"Perdi R$ 1.000 em dois dias de paralisação. Tive que reabrir hoje para recuperar as perdas", disse a baiana de acarajé Mariângela Ribeiro, 51, dona de um ponto de vendas na Barra.
A turista argentina Maria Piñero, 30, que ficou hospedada na Barra, disse se sentir mais segura com o retorno do policiamento, após ter chegado a Salvador bem no primeiro dia da greve dos PMs, na terça-feira (15).
"Passei dois dias no hotel e só agora saí para ver a cidade com mais calma. Foi um período de muita aflição", disse.
No subúrbio ferroviário, periferia da cidade, o comércio também reabriu. Mesmo em alguns dos bairros mais afetados durante a greve por saques a farmácias, mercados e lojas de construção -como Paripe, Alto de Coutos e Fazenda Coutos III-, não havia policiamento pela PM nem por forças federais.
"A gente sabe que a polícia voltou para as ruas. A gente só não sabe onde eles estão. Aqui no subúrbio eu não vi ninguém", disse Carlos Rabino, 42, dono de uma loja de calçados em Paripe.
Na principais avenidas de ligação para o subúrbio, a reportagem verificou a presença de policiais de um grupamento tático fazendo revistas em passageiros de ônibus e motociclistas.
Cuidado para não ter dor de cabeça com voos promocionais
O consumidor tem que se cuidar para não comprar passagens aéreas promocionais na empolgação e depois se tiver que desistir do voo ter de arcar com os custos. São inúmeras as restrições para uso desses bilhetes. Ou seja, o consumidor compra achando ter feito um bom negócio e depois constata que não é bem assim. Agora mesmo a Gol está com promoções que preveem que, em caso de cancelamento e alteração de data da viagem, o passageiro terá que arcar com R$ 100 por trecho ou 100% da tarifa além de eventuais diferenças tarifárias, se houver. E em caso de no-show pagará R$150 por passageiro. Ou seja, pense bem antes de passar horas nos sites das empresas aéreas, na tentativa de obter as passagens promocionais. É difícil achar horários ainda com vagas. E, devido à obrigatoriedade de comprar passagem de ida e volta, é praticamente impossível encontrar os dois trechos com os preços da oferta. Afinal são apenas dez assentos disponíveis pelo preço promocional.
Após prisão de líder, PMs ameaçam retomar greve na Bahia
Os policiais militares da Bahia ameaçam retomar a greve no Estado em retaliação à prisão, nesta sexta-feira (18), do soldado Marco Prisco, líder do movimento encerrado nesta semana.
Vereador em Salvador pelo PSDB e diretor-geral da Aspra, uma das associações que encabeçaram a paralisação, Prisco foi detido pela Polícia Federal na região da Costa do Sauípe (litoral norte da Bahia), segundo informações do Ministério Público Federal (MPF).
Segundo o MPF e a Polícia Federal, ele estava em um resort - a defesa nega e diz que ele foi preso no caminho do hotel, onde seguia para descansar com a família.
De acordo com o vice-presidente da Aspra, Fabio Brito, a prisão de Prisco poderá desencadear uma nova paralisação da PM baiana. A paralisação anterior durou cerca de dois dias e foi encerrada ontem (17) após acordo entre os policiais e o governo do Estado.
Brito afirmou que líderes da categoria estão reunidos e devem realizar uma nova assembleia nesta sexta, no mesmo parque aquático inativo onde foi deflagrada a greve da última terça-feira (15).
"Foi uma traição. Assim fica difícil confiar nos Poderes da Bahia. Os policiais não ficaram satisfeitos em saber que no dia seguinte ao fim da greve um dos nossos líderes foi preso", disse.
A prisão, segundo a Procuradoria, que fez o pedido, não tem relação com a greve desta semana, mas com a paralisação de 2012.
O Ministério Público Federal move desde abril de 2013 uma ação penal que resultou na denúncia de Prisco e de outras seis pessoas sob acusação de crimes cometidos durante a greve anterior da PM baiana, que durou 12 dias entre janeiro e fevereiro de 2012.
Em nota, o MPF afirmou que Prisco é processado por "crime político grave" e quer a intenção do pedido de prisão foi "garantir a ordem pública". O vereador será levado para Brasília, onde ficará no Complexo Penitenciário da Papuda. Qualquer recurso contra sua detenção, segundo o MPF, só poderá ser ajuizado no STF (Supremo Tribunal Federal).
O deputado estadual Capitão Tadeu (PSB), que também é policial e foi um dos líderes da greve de 2001, emitiu uma moção de repúdio ao governo da Bahia e pediu aos policiais militares que suspendessem as atividades imediatamente.
Segundo o deputado, a prisão de Marco Prisco foi "um ato de traição do governo para com os policiais militares".
Curta
Mancha de óleo reacende a esperança de achar avião desaparecido no Pará
Parentes dos passageiros de um avião bimotor que desapareceu na Floresta Amazônica em 18 de março receberam ontem a informação de que uma mancha de óleo em um igarapé foi avistada pela mulher do piloto desaparecido, Luiz Feltrin, quando ela sobrevoava a área provável do acidente, na quinta-feira. De acordo com o site G1, militares e voluntários de Jacareacanga (PA) seguiram para o local. Dois aviões da FAB também passaram o dia sobrevoando a área mas, até o fechamento desta edição, nada havia sido encontrado. Parentes das vítimas ainda têm esperança de encontrar os desaparecidos com vida. Uma das passageiras, a técnica de enfermagem Rayline Campos mandou uma mensagem pelo celular (foto) para o tio informando que o motor do avião havia parado e que ela estava em pânico.
Irritação e tumulto no Aeroporto de Brasília
avião fica retido mais de quatro horas no Rio e faz viajantes perderem conexões
Um problema de manutenção em uma aeronave da companhia aérea Avianca causou ontem sérios problemas no Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek, em Brasília e deixou passageiros indignados. Devido às mais de 4 horas de atraso, a maioria perdeu as conexões para vários destinos e teve que adiar o encontro com a família no feriado da semana santa. Sem detalhar qual foi a falha, o supervisor de despacho da empresa, Marcelo Moraes, explicou que o horário previsto para a partida do Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, era 9h06. Mas foi preciso esperar que uma peça chegasse de outro estado. Por isso, o avião só decolou às 13h16.
Quando o voo 6220 finalmente chegou a Brasília, com 112 passageiros a bordo, as conexões já haviam se encaminhado para as rotas programadas. Além das 10 pessoas que tinham o Distrito Federal como destino, a maioria deveria seguir para Ilhéus, Salvador, Recife, João Pessoa, Natal, Juazeiro do Norte (CE), Fortaleza, Maceió e Petrolina (PE), informou Moraes. Apenas metade delas conseguiu lugar, ainda ontem, em outros aviões. Muitas permaneceram reclamando diante do guichê da Avianca, na área de embarque. Só 20 delas aceitaram as acomodações oferecidas em hotéis próximos. “Estamos tentando colocar os passageiros em voos da TAM e da Gol”, tentou amenizar Marcelo Moraes.
“Isso é sequestro, falta de respeito e de consideração”, disse a professora Roberta Barreto, 32 anos. “Tiraram os passageiros do Rio de Janeiro, sem nenhuma expectativa de embarque, e só quando chegamos aqui é que nos disseram que partiremos amanhã para Recife. Uma irresponsabilidade. Comprei a passagem há seis meses. Se eu soubesse que isso ia acontecer, nem teria saído do Rio. Isso já mostra o caos que ficará o país na Copa do Mundo”, afirmou. “Ainda mentiram para a gente. Disseram, primeiro, que foi devido ao mau tempo no Rio. Depois, descobrimos que era problema de manutenção”, reforçou o arquiteto Roberto Almeida, 28.
O engenheiro Euler Varela, 62, e a esposa, Márcia, 50, também não economizavam nas críticas. “Fui tirado de um lugar para outro contra a minha vontade. Eu não escolhi ficar aqui em Brasília”, disse Euler. “Foi má-fé. Eles nos pagaram almoço lá e nos enrolaram o quanto puderam. Agora, dizem que só embarcaremos no domingo. Vou ficar fazendo o que até lá?” — questionou Márcia. “Já tenho resort reservado, traslado pago e amigos me esperando. Sem falar que venho trabalhando até tarde para compensar esse período de feriados. Isso é um absurdo”, reclamou o psicólogo João Lemos, 40. A assessoria de imprensa da Avianca informou apenas que “foi um problema técnico na aeronave, que se agravou com o fechamento do Santos Dumont”.
Repetição
Não é a primeira vez que esse tipo de problema acontece com aeronaves da Avianca. Na terça-feira passada, o tumulto foi no Aeroporto Internacional de Campo Grande. O voo 6382, com destino a Cuiabá, atrasou mais de uma hora. O avião deveria decolar às 6h45, mas saiu às 7h55. Segundo informações dos passageiros, eles só foram informados sobre um problema na aeronave quando estavam em procedimento de embarque.
Não é a primeira vez que esse tipo de problema acontece com aeronaves da Avianca. Na terça-feira passada, o tumulto foi no Aeroporto Internacional de Campo Grande. O voo 6382, com destino a Cuiabá, atrasou mais de uma hora. O avião deveria decolar às 6h45, mas saiu às 7h55. Segundo informações dos passageiros, eles só foram informados sobre um problema na aeronave quando estavam em procedimento de embarque.
O percentual de atrasos, ao longo do dia, em Brasília, chegou ontem a 15,5% — 22 voos de um total de 142 programados até as 19 horas. Pelo menos 17 foram conexões que partiram depois da hora marcada.
Visto, lido e ouvido :: Ari Cunha
Cancele sua viagem correndo
Constantes alterações de voos feitos pelas companhias aéreas do país prejudicam milhões de passageiros todos os anos. A repetição desses descompromissos indica que as devidas sanções, feitas pelos órgãos de fiscalização do setor, há muito não surtem os efeitos esperados. Na realidade, faltam duas providências básicas para a cessação dessas práticas corriqueiras: primeiro, fiscalização dura e efetiva aos desmandos das empresas aéreas; segundo, abertura do setor para a concorrência externa, forçando as empresas a manterem um padrão sério de serviços. O esvaziamento das agências reguladoras — no caso, a anac —, em consequência do aparelhamento político desses órgãos, tirou, de uma só vez, o poder de regular adequadamente, ao mesmo tempo em que aumentou o descrédito da população. O resultado dessa mistura entre órgãos desregulados e empresas gananciosas se vê diariamente em aeroportos repletos de passageiros revoltados, prontos a partirem para cima dos pobres atendentes. Nessa cadeia de desmando, que perpassa todo o sistema, alguns setores, como no caso das agências de viagem e turismo, buscam fugir dos prejuízos, utilizando-se de expedientes desonestos sobre os incautos clientes, obrigados a deixar parte do dinheiro depositado nas reservas antecipadas, a título de mudança nas cláusulas contratuais. Compra-se um pacote da CVC e, quando a TAM altera o voo, descumprindo o contrato, é do cliente que se cobra a multa. Muito esperto.
Forças Armadas vão agir para garantir a ordem na Copa, diz antropólogo
As manifestações de junho de 2013, durante a Copa das Confederações, e as recentes manifestações contra a Copa do Mundo - em uma delas um jovem foi baleado - não devem ocorrer com a mesma intensidade durante o Mundial. Para o antropólogo norte-americano, autor de A Cidade Modernista: uma Crítica de Brasília e sua Utopia, James Holston, as Forças Armadas brasileiras agirão de forma ostensiva para garantir a ordem durante os jogos.
"Eu achava há uns meses que a Copa ia esquentar muito nas novas manifestações, mas eu sou muito pessimista, eu acho que as cidades brasileiras vão ser ocupadas pelo Exército", diz. O antropólogo desenvolveu estudos no Brasil, sempre focado na constituição da sociedade moderna por meio da análise de cidades.
Atualmente, Holston desenvolve pesquisa no Complexo da Maré no Rio de Janeiro. Para ele, a ocupação do local é um exemplo do que será feito na Copa do Mundo. Cerca de 3 mil homens do Exército entraram no local sob o pretexto de pacificação. A violência, no entanto, não acabou. Na quarta-feira (17), um menino de 4 anos de idade foi encontrado morto dentro de uma casa da comunidade da Baixa do Sapateiro.
"O governo não vai deixar nada ocorrer. Vai ser uma ocupação militar. Isso já aconteceu, em 1992, no Rio de Janeiro [na Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, a Rio 92]. A força militar ocupou. Maré é um exemplo [do que vai ser feito]", explica o antropólogo.
Holston participou da mesa As Transformações nos Países Emergentes e as Alterações nos Padrões de Consumo e na Cultura, na 2ª Bienal Brasil do Livro e da Leitura. O diplomata brasileiro, ex-ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos e ex-alto representante-geral do Mercosul, Samuel Pinheiro Guimarães, acredita que mesmo que os protestos ocorram, dificilmente vão gerar transformações efetivas no Brasil.
"É possível que haja outras explosões [manifestações na Copa] e isso tem impacto político, mas não transforma", diz. Segundo ele, para que haja transformações é preciso participar do processo político. "É preciso que as pessoas se organizem, debatam, se reunam para apresentar soluções e pressionar o estado, senão são explosões de raiva".
O governo tenta aprovar no Congresso Nacional, antes dos jogos, que começam no dia 12 de junho, lei que regulamenta as manifestações de rua. Entre as alterações estão penas mais rigorosas para os casos de lesão corporal.
Vigilantes fazem paralisação parcial no aeroporto do Galeão
Vigilantes fazem hoje (18) uma manifestação no Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro – Antônio Carlos Jobim/Galeão. Parte dos seguranças privados também não está trabalhando hoje como forma de protestar por melhorias salariais e de condições de trabalho. Segundo o presidente do Sindicato dos Vigilantes do Rio, Fernando Bandeira, o protesto começou por volta das 3h e deve seguir por mais algumas horas.
“Só estamos mantendo um efetivo mínimo para o aeroporto não ficar sem ninguém. A ideia é manter a paralisação até o próximo turno, que entra à noite, mas talvez encerremos até antes disso. Depende do que os companheiros decidirem”, disse Bandeira.
Ontem também foi feita uma paralisação semelhante no Aeroporto Santos Dumont, que opera voos nacionais. A mobilização, segundo Bandeira, é uma preparação para a greve que começará na próxima quinta-feira (24).
Os vigilantes pedem reajuste salarial de 10%, tíquete-refeição de R$ 20,52 por dia, jornada semanal de 44 horas, desconto do auxílio-alimentação de 20% para 5% e plano de saúde para titulares e dependentes, além da diária de R$ 180 para a atuação em grandes eventos, como a Copa do Mundo.
A Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), que administra o Galeão, informou que funcionários da Gerência de Segurança do aeroporto estão de prontidão, caso haja necessidade de assumir a posição dos vigilantes grevistas, mas, até o momento, não foi necessário acioná-los.
Aeroporto Santos Dumont tem atraso em quase metade dos voos
O Aeroporto Santos Dumont ficou fechado para pousos por cerca de uma hora, das 6h48 até as 7h45 de hoje (18), devido ao mau tempo na cidade do Rio de Janeiro. O fechamento provocou atraso em vários voos que tinham como destino ou origem o aeroporto do centro da cidade, que opera com voos domésticos.
Segundo boletim divulgado às 14h pela Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), que administra o aeroporto, dos 82 voos previstos, 39 tiveram atraso, ou seja 47,6%. Também houve o cancelamento de 12 voos.
Polícia roda a baiana contra Jaques Wagner
Sem obter um acordo depois de quase dois anos de negociação, o governador da Bahia não consegue evitar greve da PM, as principais cidades do Estado sofrem onda de saques e tropas do Exército são deslocadas para garantir a segurança da população
Com exceção feita ao Rio de Janeiro, onde o crime organizado se instalou há décadas e tem tentáculos espalhados por todo o País, a história recente mostra que qualquer governador, aliado ou opositor do governo federal, procura ao máximo evitar a interferência das forças nacionais em seus territórios. Para os políticos, esse tipo de intervenção é praticamente um atestado de incapacidade para enfrentar os problemas de segurança pública, missão constitucionalmente entregue aos governos estaduais. Na noite da terça-feira 15, o governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), fugiu a essa regra. Minutos antes de uma assembleia de policiais militares aprovar uma condenável greve, Wagner fez contato com o Palácio do Planalto e com os Ministérios da Defesa e da Justiça para pedir que tropas do Exército e da Força Nacional fossem deslocadas à Bahia com o propósito de garantir a segurança da população. Na manhã da quarta-feira 16, a presidenta Dilma Rousseff assinou o decreto de Garantia da Lei e da Ordem, que permite às forças armadas atuar na segurança pública da Bahia. Com isso, os militares ficam autorizados a fazer patrulhamento, vistorias e prisões em flagrante. O decreto é o atestado de que a gestão de Wagner, já no último ano de governo, não foi capaz de oferecer segurança aos baianos.
A rapidez com que o governador admitiu a falta de controle sobre a Polícia Militar não impediu que o povo baiano vivesse momentos de terror. Nas primeiras 24 horas de greve foram registrados nove homicídios em Feira de Santana, dezenas de supermercados e lojas de eletrodomésticos de Salvador e de cidades do interior foram saqueadas. Houve arrastões em alguns bairros da capital. Com medo de depredações, as principais empresas de transporte público recolheram os ônibus deixando a população sem ter como ir e voltar do trabalho. Boa parte dos bancos fechou as portas e há registros de depredações em algumas agências. As escolas públicas e privadas, bem como as faculdades, cancelaram as aulas e avisaram aos alunos que só voltam a funcionar na terça-feira 22. "Precisamos nos empenhar para que pelo menos os serviços essenciais sejam assegurados", disse o prefeito de Salvador, ACM Neto, mas até a Guarda Municipal tinha medo de ir às ruas. Por volta das 16h30 da quarta-feira 16 começou a desembarcar em Salvador parte dos seis mil militares que irão assumir o papel da PM, sob o comando do general Racine Bezerra Lima. Os soldados foram deslocados de Aracaju, Fortaleza, Recife e São Paulo. "Permaneceremos nas ruas e mantendo a ordem até o governo e a PM entrarem em acordo", disse o general.
O governador se diz traído pelos policiais e afirma que a greve é política. Segundo ele, as negociações estavam em andamento e o governo havia aceitado o que queriam os PMs. Não é a versão dos policiais. "Essa greve tem caráter político, porque está sendo conduzida por dois candidatos de oposição", disse Wagner. De fato, dois dos principais líderes do movimento são candidatos. Marco Prisco, presidente da Associação de Policiais e Bombeiros e de Seus Familiares, é candidato a deputado estadual pelo PSDB e Capitão Tadeu é candidato a deputado federal pelo PSB.
O problema do governador, porém, não é definir se a greve é ou não política. O que o movimento evidencia é uma absoluta falta de habilidade em negociar com o funcionalismo. Desde 2012, quando os policias fizeram uma greve que durou dez dias e deixou um saldo de 120 mortos, Wagner vem negociando com os policiais sem chegar a nenhum acordo. "São dois anos de pura embromação e isso não ocorre apenas com os policiais", diz Prisco. Na noite da quarta-feira 16, outras categorias do funcionalismo ameaçavam aderir ao movimento dos PMs.
Se para o governador falta habilidade na condução das negociações com o funcionalismo, para os policiais falta amparo legal ao movimento. O Tribunal de Justiça decretou a greve ilegal, pois, no entender dos desembargadores baianos, contraria dispositivo constitucional. Enquanto o impasse não se resolve, as forças armadas permanecerão nas ruas da Bahia.
PF recebe denúncia de bomba na Capital
A denúncia de que um artefato explosivo teria sido colocado em um avião que deixaria o Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre, em direção a São Paulo, na manhã de ontem, motivou uma ação da Polícia Federal, na Capital.
Após a PF de São Paulo receber a informação, os agentes no Rio Grande do Sul, junto da companhia aérea, realizaram procedimentos de praxe, que são, por exemplo, a varredura e a vistoria da aeronave e nas bagagens. Foi constatado que a denúncia era falsa. E o avião foi liberado para decolar.
Agora, a Polícia Federal pretende apurar de quem partiu a denúncia anônima. O nome da companhia aérea envolvida no episódio não foi revelado.
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