NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 07/04/2014
Brasil redesenha tráfego aéreo para evitar congestionamentos na Copa ...
Executivos de companhias aéreas e autoridades do governo brasileiro estão se apressando para redesenhar as rotas aéreas do país e evitar congestionamentos durante a Copa do Mundo, que começa em dois meses.
Um número maior de satélites do Sistema de Posicionamento Global ajudará a automatizar a navegação e os pousos em aeroportos para tornar o espaço aéreo mais eficiente. E a GOL Linhas Aéreas Inteligentes SA GOLL4.BR -1.37% está usando um software sofisticado para descobrir como encaixar mais voos numa rota e também economizar combustível ...
Um número maior de satélites do Sistema de Posicionamento Global ajudará a automatizar a navegação e os pousos em aeroportos para tornar o espaço aéreo mais eficiente. E a GOL Linhas Aéreas Inteligentes SA GOLL4.BR -1.37% está usando um software sofisticado para descobrir como encaixar mais voos numa rota e também economizar combustível ...
Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.
Militares fazem disparos para o alto para conter tumulto na Maré
Moradores tentaram impedir remoção de homem encontrado ferido. Militares usaram também spray de pimenta para controlar a situação.
Militares da tropa de pacificação que atuam desde sábado (5) no Conjunto de Favelas da Maré, na Zona Norte do Rio, controlaram um princípio de tumulto na Favela Nova Holanda na manhã deste domingo (6). De acordo com a assessoria de imprensa da corporação, por volta das 9h um homem foi encontrado por homens das tropas federais ferido próximo à Vila Olímpica e a população tentou impedir a remoção da vítima.
Os militares precisaram fazer um cordão de isolamento e houve um princípio de tumulto. Para conter a população, os agentes dispararam tiros de fuzil para o alto e também utilizaram gás de pimenta.
Tropas federais substituem PM
Tropas do Exército e da Marinha substituíram parte do efetivo da Polícia Militar no Conjunto de Favelas da Maré neste sábado. A operação batizada de "São Francisco" — coordenada pelo Comando Militar do Leste (CML) — tem 2.050 homens da Brigada de Infantaria Paraquedista do Exército, 450 da Marinha, 200 da Polícia Militar e uma equipe avançada da 21ª DP (Bonsucesso). A Aeronáutica poderá auxiliar as operações, caso seja necessário.
De acordo com o Ministério da Defesa, a Força de Pacificação atuará até o dia 31 de julho em uma área de aproximadamente dez quilômetros quadrados. A ação será comandada pelo general de brigada Roberto Escoto, comandante da Infantaria Paraquedista, uma unidade de emprego estratégico do Exército.
Ministro assina termo
O termo de compromisso entre o Ministério da Defesa e o estado do Rio para a atuação das Forças Armadas na Maré foi assinado por volta das 11h30 durante reunião no Palácio Duque de Caxias, sede do Comando Militar do Leste, Estiveram presentes o ministro da Defesa, Celso Amorim, disse algumas palavras, seguido pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, pelo governador Luiz Fernando Pezão e o comandante do CML, general Francisco Carlos Moderno.
As forças de segurança do Rio de Janeiro ocuparam no domingo (30) 15 comunidades da Maré, onde vivem 130 mil pessoas. A área está sendo preparada para receber a 39ª Unidade de Polícia Pacificadora (UPP). A entrada da polícia durou 15 minutos. Segundo a Secretaria de Segurança, a ocupação contou com 1.180 policiais militares.
Ao mesmo tempo, em diversos pontos da cidade, foram feitas operações da polícia para prender pessoas ligadas a crimes no Conjunto de Favelas da Maré.
A região, uma das violentas da capital, é considerada estratégica por estar localizada entre as Linhas Vermelha e Amarela, Avenida Brasil — principais vias expressas da cidade — e o Aeroporto Internacional Antonio Carlos Jobim (Galeão).
Governos acordam emprego das Forças Armadas na pacificação da Maré
Documento foi assinado pelo ministro da Defesa, Celso Amorim, e pelo governador do Rio, Luiz Fernando Pezão
O acordo com as regras para o emprego das Forças Armadas no processo da pacificação do complexo da Maré, no Rio de Janeiro, foi formalizado neste fim de semana pelos governos federal e do estado do Rio de Janeiro. Ele veda, por exemplo, a atuação de policiais que não integram a força de pacificação, e determina que uma delegacia de polícia judiciária seja instalada na região para investigar qualquer tipo de ilícito praticado por militares. Ele estabelece que as Forças Armadas atuem no patrulhamento ostensivo, revista e prisão em flagrante.
O documento foi assinado pelo ministro da Defesa, Celso Amorim, e pelo governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, em cerimônia ocorrida no Comando Militar do Leste (CML), na capital fluminense. Desde as primeiras horas de sábado 2,5 mil integrantes da Marinha e do Exército, apoiados por 200 policiais militares, estão nas 15 comunidades da Maré, onde residem 130 mil pessoas. As tropas – em revezamento – devem permanecer até o dia 31 de julho, período em que serão instaladas Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs).
Ocupação das Forças Armadas
A ocupação das Forças Armadas no conjunto de comunidades Maré aconteceu nas primeiras horas deste sábado. Após pedido do então governador Sergio Cabral, e dos entendimentos feitos entre os setores de segurança pública e os comandos militares, a presidenta Dilma Rousseff deu o aval para que as tropas da Marinha e do Exército entrassem na missão de Garantia da Lei e da Ordem (GLO). Até o momento são utilizados 2.050 integrantes da Brigada de Infantaria Paraquedista e 450 do Grupamento Operacional dos Fuzileiros Navais.
Batizada de "Operação São Francisco", a missão de pacificação levou ao Rio de Janeiro os ministros Amorim e José Eduardo Cardozo (Justiça), além de oficiais-generais das três Forças. No auditório do CML, as autoridades receberam informações sobre o planejamento e o desdobramento da missão na Maré. Com a participação de pelo menos quatro batalhões, o aparato militar ficou centralizado no Centro de Preparação de Oficiais da Reserva (CPOR), localizado na Avenida Brasil, uma das principais entradas da capital fluminense e importante via de acesso à Maré.
O comandante do CML, general Francisco Modesto, e o chefe do Centro de Operações do CML, general Ronaldo Lundgren, explicaram para os ministros Amorim e Cardozo os procedimentos da manobra militar. De acordo com o general Modesto, a operação na Maré foi denominada "São Francisco" porque "o nosso objetivo é levar a paz àquela região da cidade". "E São Francisco foi um mensageiro da paz", concluiu.
Concluída a apresentação, as autoridades seguiram para o local onde ocorreu a assinatura do acordo. Depois, os ministros Amorim e Cardozo e o governador Pezão conversaram com os jornalistas, oportunidade em que expressaram o agradecimento dos governos federal e estadual à atuação das Forças Armadas.
"As Forças Armadas estão participando no apoio à pacificação da Maré e as tropas estão prontas para cumprir mais essa missão", assegurou Amorim.
"As Forças Armadas estão participando no apoio à pacificação da Maré e as tropas estão prontas para cumprir mais essa missão", assegurou Amorim.
O ministro Cardozo reforçou o "agradecimento, em caráter especial, as Forças Armadas pelo desempenho de um papel importantíssimo" nesse processo de pacificação do Complexo da Maré. Já o governador Pezão lembrou que, desde os primeiros momentos, quando o seu antecessor Cabral expôs as dificuldades enfrentadas pelas forças estaduais de segurança pública, o governo federal mobilizou todos os setores para que a região fosse pacificada e, ao mesmo tempo, abrisse caminho para a instalação das UPPs.
Órgãos da América do Sul debatem criação de organização regional de investigação
O objetivo da criação do novo órgão regional seria aproximar as diferentes realidades da América do Sul
Cerca de 30 diretores e chefes de órgãos de investigação de acidentes aeronáuticos de países da América do Sul participaram da primeira reunião de investigação de acidentes e incidentes aéreos. O encontro foi realizado em março no Escritório Regional da Organização de Aviação Civil (OACI), em Lima, no Peru. O objetivo da reunião foi buscar a cooperação das autoridades para criar uma organização regional de investigação de acidentes aeronáuticos, na América do Sul. A iniciativa da proposta partiu da OACI, diante da necessidade de aproximar as diferentes realidades do continente sul-americano.
O chefe do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA), Major-Brigadeiro do Ar Luís Roberto do Carmo Lourenço, e o investigador Tenente-Coronel Aviador Alexandre Gomes da Silva participaram da reunião como representantes do Estado Brasileiro. Na opinião do chefe do órgão investigador brasileiro, as capacidades, métodos e procedimentos de investigação dos países são muito diferentes. “Cada país mostrou suas dificuldades e seu potencial e todos puderam conhecer a realidade. Na criação de uma organização regional, as leis que suportam a investigação de cada país devem ser respeitadas. O primeiro passo já foi dado, mas é preciso dialogar mais”, afirmou o Major-Brigadeiro do Ar Lourenço.
Organização
Consultado previamente por meio do CENIPA, o Brasil mostrou a concepção dessa nova organização em três fases. Inicialmente, os países indicariam especialistas como pontos focais; em uma segunda etapa, agregariam aspectos operacionais relativos ao funcionamento, estrutura, marco jurídico, acordos bilaterais e orçamentos. E, por último, seriam feitas divulgações a governos, sociedade, comunidade aeronáutica e outros.
No final da reunião, os participantes reconheceram os benefícios que a nova organização poderá oferecer como solução para os Estados no atendimento aos protocolos da OACI em matéria de investigação de acidentes aéreos. A proposta apresentada pelo CENIPA foi aprovada no sentido de avançar na implantação da organização de investigação de incidentes e acidentes, através de fases intercaladas por debates. O primeiro passo será a escolha de um coordenador geral e a definição de contatos de cada Estado que deve ser comunicado até o próximo dia 10 de abril.
Participaram da reunião, além do Brasil, Colômbia, Chile, Equador, Guiana, Paraguai, Argentina, Bolívia, os fabricantes Airbus, Embraer e Bell Helicopter.
Brasilienses colecionam artigos da 2ª Guerra e mantêm viva memória da FEB
Grupo de brasilienses coleciona artigos, como jipes, uniformes e até canhões, para preservar a memória da Força Expedicionária Brasileira. São mais de 40 veículos militares, alguns em condições de rodar
Setenta anos atrás, soldados brasileiros se preparavam para entrar na Segunda Guerra Mundial (1940-1945). O primeiro grupo cruzou o Oceano Altântico, em um navio, em junho de 1944. Há 10 anos, brasilienses se uniram com a missão de preservar a memória da Força Expedicionária Brasileira (FEB), a força militar brasileira constituída em 9 de agosto de 1943 para lutar na Europa ao lado dos países Aliados contra os países do Eixo, liderados pela Alemanha. A Associação de Colecionadores de Veículos Militares e Material Bélico do DF, mais conhecida como Velhos Amigos de Guerra (VAG), reúne 20 profissionais de diversas áreas. Eles guardam em casa tanques, canhões, lança-foguetes, além de jipes, caminhões, uniformes, capacetes, medalhas, mapas, tudo que diz respeito a grandes batalhas.
Apesar da atração pelos armamentos, são de paz, sem nenhuma atividade militar. O arsenal, em grande parte, está desativado. Eles apenas se preocupam em conservar e compartilhar a história dos soldados brasileiros. Ao todo, conservam mais de 40 veículos militares. Quase todos em condições de rodar. Além disso, alguns colecionam peças específicas, como o presidente do VAG, Ricardo Ferreira, 47 anos. Procurador federal, ele mantém em casa, no Park Way, dois jipes, um caminhão de transporte de tropas e mais de 100 rádios militares antigos. “Tenho rádios da Segunda Guerra funcionando. Também coleciono uniformes e capacetes, mas nenhuma arma”, ressalta ele, um pacifista convicto, líder de grupo escoteiro.
Homem morre em acidente de ultraleve em Viamão
Segundo a Brigada Militar, Jair Jone Junges, 62 anos, não tinha habilitação para pilotar o veículo
Um homem morreu na manhã deste domingo quando o ultraleve que pilotava caiu em um sítio na localidade de Águas Claras, em Viamão, na Região Metropolitana. O acidente aconteceu por volta das 11h.
Segundo a Brigada Militar, Jair Jone Junges, de 62 anos, não tinha habilitação para pilotar o veículo. Apesar disso, a BM afirma que o homem pilotava o ultraleve – que ele mesmo construiu – havia muitos anos.
Nascido em 3 de julho de 1951, Junges morava em Viamão.
Forças Armadas perdem seus cérebros
Baixos salários e atraso tecnológico fazem com que 653 oficiais da elite militar do país pendurem as fardas
Aos quinze anos, o baiano Victor Dalton já tinha o desejo de seguir a carreira militar. Deixou a casa dos pais em Porto Seguro (BA) e viajou sozinho a Campinas (SP) para ingressar na Escola Preparatória de Cadetes do Exército, em 1999. Após uma passagem na Academia Militar das Agulhas Negras, foi aprovado no vestibular de engenharia da computação do Instituto Militar de Engenharia (IME), um dos mais difíceis do país. “Recebi uma promoção para o posto de capitão quando me formei. Sempre gostei do meu trabalho. Mas, depois que me casei, os gastos aumentaram e eu tive de dar um jeito na situação”, conta. Victor tinha onze anos de Exército, e pouco mais de um ano de casado, quando decidiu batalhar por outro emprego. Quando passou no concurso para ser analista legislativo na Câmara dos Deputados, seu salário triplicou, de pouco mais de 5.000 para 16.000 reais.
A história do ex-capitão ilustra a fuga de cérebros que atinge as Forças Armadas brasileiras. Nos últimos três anos, outros 652 oficiais pediram baixa das três Forças. A debandada aumentou 63% de 2011 a 2013. Esse grupo inclui a elite militar do país, formada em centros de excelência, como o IME e o ITA (Instituto Tecnológico da Aeronáutica). O número de engenheiros que deixaram a farda, por exemplo, cresceu 153% e chegou a 92 no ano passado. Só no primeiro mês deste ano, outros onze já abandonaram a carreira militar em busca de salários maiores na iniciativa privada e de uma ascensão profissional mais rápida. No total, restam pouco mais de 1.700 engenheiros entre os mais de 500.000 militares brasileiros.
Essa “deserção” tem impacto direto em grandes projetos no país com participação dos militares, seja porque nenhuma empreiteira se interessou ou porque as empresas contratadas não conseguiram cumprir o contrato. Obras como a construção da BR-163 (que liga o Pará ao Rio Grande do Sul) e a recuperação da BR-319 (do Amazonas a Rondônia), tocadas por batalhões de engenharia do Exército, foram paralisadas por problemas operacionais. A primeira apresentou “deficiência” no projeto de execução, enquanto a segunda teve falhas no estudo do impacto ambiental, de acordo com o Tribunal de Contas da União.
Uma das promessas da campanha presidencial de Dilma Rousseff em 2010, a transposição do Rio São Francisco tornou-se um verdadeiro vexame para a gestão petista e para os militares brasileiros. Até o projeto básico de um trecho sob responsabilidade do Exército, o da Bacia do Nordeste Setentrional, foi considerado deficiente pelo TCU. Para a realização de um projeto hidroviário no rio, o governo teve de contratar, em 2012, o Exército americano.
Uma das promessas da campanha presidencial de Dilma Rousseff em 2010, a transposição do Rio São Francisco tornou-se um verdadeiro vexame para a gestão petista e para os militares brasileiros. Até o projeto básico de um trecho sob responsabilidade do Exército, o da Bacia do Nordeste Setentrional, foi considerado deficiente pelo TCU. Para a realização de um projeto hidroviário no rio, o governo teve de contratar, em 2012, o Exército americano.
Outro fator de preocupação é a defesa cibernética brasileira. Embora um centro militar de estudos no setor tenha sido criado em 2012, o país permanece frágil perante os ataques. Apenas no ano passado, os sites da Polícia Federal, Senado, IBGE, Ministério dos Esportes, Cultura e Cidades foram atacados e deixados momentaneamente fora do ar. O próprio ministro da Defesa, Celso Amorim, chegou a ressaltar a dificuldade de manter profissionais dentro das Forças. “Precisamos ter formação de pessoal e garantir que eles continuem trabalhando para nós. Frequentemente se ouve sobre alguém que era muito bom e foi trabalhar em uma multinacional”, afirmou em novembro.
A questão salarial é, de fato, um dos motivos que levam a essa fuga. Em 2000, um capitão da Marinha ganhava o equivalente a dezoito salários mínimos. Hoje, o poder de compra caiu pela metade. Enquanto isso, a revolução tecnológica e o fenômeno das start-ups também atraem os profissionais mais qualificados para a iniciativa privada. “Conforme eu crescia na hierarquia militar, passei a receber atribuições administrativas. Mas a minha vocação era trabalhar como pesquisador”, conta o ex-coronel da FAB Nehemias Lacerda. Formado em engenharia pelo ITA, depois de trinta anos na Aeronáutica ele decidiu abrir sua própria empresa. Na carteira de clientes em busca de soluções de engenharia estão Embraer, Vale, Votorantim e multinacionais como General Motors, Ford e Philips.
A questão salarial é, de fato, um dos motivos que levam a essa fuga. Em 2000, um capitão da Marinha ganhava o equivalente a dezoito salários mínimos. Hoje, o poder de compra caiu pela metade. Enquanto isso, a revolução tecnológica e o fenômeno das start-ups também atraem os profissionais mais qualificados para a iniciativa privada. “Conforme eu crescia na hierarquia militar, passei a receber atribuições administrativas. Mas a minha vocação era trabalhar como pesquisador”, conta o ex-coronel da FAB Nehemias Lacerda. Formado em engenharia pelo ITA, depois de trinta anos na Aeronáutica ele decidiu abrir sua própria empresa. Na carteira de clientes em busca de soluções de engenharia estão Embraer, Vale, Votorantim e multinacionais como General Motors, Ford e Philips.
A competição entre a carreira militar e a iniciativa privada é uma guerra desigual, com enorme vantagem para o campo adversário das Forças Armadas. Neste ano, o Ministério da Defesa foi o que sofreu o maior corte entre as pastas. O orçamento caiu de 4,5 bilhões em 2013 para 3,5 bilhões de reais neste ano. A perspectiva de grandes inovações vindas dos militares é tão distante quanto as suas principais realizações – como a primeira transmissão de telégrafo no país, em 1851, na Escola Militar do Rio de Janeiro.
Boletim Oficial – 06/04
Rio Madeira – Na cidade de Porto Velho, o nível do Rio Madeira registrou a marca de 19,55m, segundo a medição da Agência Nacional de Águas (ANA) das 10 horas deste domingo, 6.
Abastecimento no Acre
Abastecimento no Acre
Alimentos – Para hoje, 6, está prevista a chegada de dez voos, entre fretados e Força Aérea Brasileira (FAB), com alimentos e medicamentos. Ontem, 5, foi registrado no posto fiscal Tucandeira, na divisa entre Acre e Rondônia, a entrada de caminhões com 112 toneladas de trigo, 25,2 ton. de frango, 128 ton. de arroz, 39,5 ton. de feijão, 30 ton. de açúcar e 12,5 mil latas de óleo de cozinha.
Imigrantes
Imigrantes
No último sábado, 5, embarcaram para a cidade de Porto Velho 132 haitianos, de onde seguem de ônibus para outras regiões do Brasil. Para hoje, estão previstos quatro voos com 176 imigrantes. Os haitianos viajam nas aeronaves que trazem mercadorias ao Acre.
THE WALL STREET JOURNAL (BR)
Brasil redesenha tráfego aéreo para evitar congestionamentos na Copa
ELIZABETH DWOSKIN, SUSAN CAREY e PAULO WINTERSTEIN
Executivos de companhias aéreas e autoridades do governo brasileiro estão se apressando para redesenhar as rotas aéreas do país e evitar congestionamentos durante a Copa do Mundo, que começa em dois meses.
Um número maior de satélites do Sistema de Posicionamento Global ajudará a automatizar a navegação e os pousos em aeroportos para tornar o espaço aéreo mais eficiente. E a GOL Linhas Aéreas Inteligentes SA GOLL4.BR -1.37% está usando um software sofisticado para descobrir como encaixar mais voos numa rota e também economizar combustível.
Em dezembro, os aviões que fazem a rota mais movimentada do país – a ponte aérea de uma hora entre Rio de Janeiro e São Paulo – começaram a voar mais próximos uns dos outros em rotas novas concebidas para maximizar o uso de combustível e atrasos em terra. Rotas novas em quatro outras cidades grandes – Belo Horizonte, Curitiba, Brasília e Vitória – serão implementadas até o fim deste ano, mas não está claro se alguma delas ficará pronta para a Copa.
"Se não fizéssemos essa mudança agora, não conseguiríamos lidar com a demanda da Copa do Mundo", diz o coronel Gustavo A.C. Oliveira, adjunto do subdepartamento de operações do Departamento de Controle do Espaço Aéreo do Brasil.
A Copa do Mundo será disputada em doze cidades brasileiras durante um mês a partir 12 de junho. Espera-se que cerca de 600.000 estrangeiros visitem o Brasil para ver a Copa, um dos eventos esportivos mais populares do mundo, colocando ainda mais pressão em um espaço aéreo já sobrecarregado pelo crescimento da economia do país nos últimos anos.
O número de passageiros aéreos no Brasil quase triplicou desde 2002, para 200 milhões por ano, e centenas de novos aviões comerciais e privados foram adicionados à frota do país. Mas cerca de 4% de todos os voos comerciais no Brasil são cancelados ou não completam suas viagens por causa de condições climáticas, problemas mecânicos e de pessoal.
"O nosso espaço aéreo parece uma bola de espaguete", diz o capitão Pedro Scorza, diretor de operações técnicas da GOL, a segunda maior companhia aérea local do país em tráfego. "O mundo todo estará de olho em notícias sobre o Brasil" durante a Copa do Mundo, diz ele. "Se as pessoas disserem que o espaço aéreo está lotado, que os voos estão atrasados, [isso] vai criar uma imagem ruim."
Marco Bologna, diretor-presidente da Tam SA, diz que sua companhia está investindo para ter certeza de que seus pilotos estejam treinados e certificados para as novas rotas otimizadas. "Acreditamos que vai economizar tempo e, com certeza, combustível", diz ele. "Isso é muito importante." A empresa, uma unidade da Latam Airlines Group AS, serve 45 cidades brasileiras e é um pouco maior que a GOL no mercado interno.
O redesenho do espaço aéreo é apenas uma parte da corrida para modernizar o sistema de aviação brasileiro antes do início da Copa do Mundo e dos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro. O governo também tem privatizado aeroportos para atrair investimentos em terminais e pistas novas, e a operadora estatal de aeroportos, Infraero, está investindo pesado em sistemas de radar e torres de controle. Um terminal novo no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, deve ser lançado em 11 de maio, com capacidade para 12 milhões de passageiros por ano, elevando a capacidade total do aeroporto em cerca de 40%, comparado à de 2012.
David Neeleman, diretor-presidente da companhia de descontos Azul Linhas Aéreas Brasileiras SA, diz que hoje há congestionamento de tráfego aéreo em torno das cidades grandes, o que desperdiça combustível. Além disso, o querosene de aviação no Brasil é cerca de 17% mais caro que a média mundial por causa do controle estatal de preços e da queda do real em relação ao dólar. Isso levou as companhias aéreas a pressionar por uma revisão geral do espaço aéreo, diz ele.
O Brasil segue os Estados Unidos e outros países que adotaram uma tecnologia de navegação nova para projetar rotas que podem economizar combustível e tempo de voo, ajudar a encaixar mais aviões no tráfego aéreo e ajudar os pilotos a navegar em condições meteorológicas desfavoráveis.
As técnicas foram desenvolvidas por um pequeno grupo de companhias de aviação comercial, liderado em parte pela Alaska Airlines, nos anos 90. Sua controladora, a Alaska Air Group Inc., ALK -2.62%queria encontrar uma maneira de pousar de forma mais consistente nos aeroportos remotos do Alasca, que são cercados por montanhas e mau tempo.
Agora, sinais de GPS e computadores sofisticados no cockpit podem guiar aviões ao longo de rotas mais consistentes e diretas, o que permite que aviões voem mais próximos uns dos outros. As rotas estão tão calibradas que pilotos, ao aproximar-se da pista, podem simplesmente monitorar os pousos já programados sem fazer os ajustes frequentes que queimam combustível.
Como o Brasil iniciou a reforma mais tarde que outros países, está se beneficiando de avanços recentes no poder de computação e ferramentas digitais. As autoridades de aviação estudaram milhares de procedimentos de navegação e aterrisagem em cada um dos aeroportos-alvo e testaram se qualquer mudança comprometeria a segurança.
Eles receberam assistência da GOL, que formou uma parceria com a unidade de aviação da General Electric Co. GE -0.80%e usou software da GE para identificar as rotas mais eficientes. As empresas colocaram centenas de dados sobre voos – inclusive velocidade do vento, ângulo de descida, velocidade do avião e posição das abas das asas – em computadores que traçaram a rota que mais economizava combustível.
Além de reduzir o risco de atrasos, as mudanças garantem uma economia de dinheiro para as companhias. A Azul descobriu que a rota nova entre o Rio e São Paulo ajuda a cortar até cinco minutos de voo de cada um de seus 48 voos diários de um único itinerário – uma economia de US$ 10 milhões por ano, diz Neeleman. Ele diz que há planos para lançar as novas rotas de voo em Belo Horizonte, um aeroporto movimentado para Azul.
A GOL estima que em sua rota Rio-São Paulo poupará uma média de 76 litros de combustível de avião, ou um total de mais de US$ 70 por voo. "Multiplique isso pelo número de voos", diz o capitão Scorza, "e é uma grande economia".
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