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NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 29/03/2014

Avião faz pouso de emergência no aeroporto JK, em Brasília ...


Avião pousou de barriga, porque trem de pouso dianteiro não abriu. Aeronave vinha de Petrolina com 49 passageiros a bordo; não há feridos ...

Um avião da Avianca fez um pouso de emergência na tarde desta sexta-feira (28) no aeroporto Juscelino Kubitschek, em Brasília, segundo a Inframerica, concessionária que administra o terminal. O avião, que vinha de Petrolina com destino à capital federal, pousou de barriga no chão – o trem de pouso dianteiro não abriu. De acordo com a Inframerica, ninguém ficou ferido ...



The aircraft after landing (Photo: Vic)



Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.




PORTAL G-1


Avião faz pouso de emergência no aeroporto JK, em Brasília


Avião pousou de barriga, porque trem de pouso dianteiro não abriu. Aeronave vinha de Petrolina com 49 passageiros a bordo; não há feridos.

Um avião da Avianca fez um pouso de emergência na tarde desta sexta-feira (28) no aeroporto Juscelino Kubitschek, em Brasília, segundo a Inframerica, concessionária que administra o terminal. O avião, que vinha de Petrolina com destino à capital federal, pousou de barriga no chão – o trem de pouso dianteiro não abriu. De acordo com a Inframerica, ninguém ficou ferido.
O G1 entrou em contato com a Avianca, que informou que estava preparando uma nota sobre o incidente. A Força Aérea Brasileira (FAB) informou que havia 49 pessoas a bordo, entre passageiros e tripulantes.
Bombeiros do aeroporto despejaram jatos de espuma para evitar um eventual incêndio ou explosão. A pista onde o avião pousou foi fechada. Os voos e decolagens programados a partir das 18h estavam sendo direcionadas para a segunda pista do aeroporto.
Todos os ocupantes tiveram de deixar o avião, um modelo Fokker 100, por uma rampa inflável na porta dianteira da aeronave.

FAB segue pista de pescadores em busca por bimotor no Pará


Pescadores teriam sentido cheiro de carniça perto de curso d'água. Aviões já percorreram 11 mil km em 10 dias de buscas.

As equipes de salvamento aéreo da Força Aérea Brasileira, que desde o dia 18 de março fazem buscas pelo bimotor que desapareceu perto de Jacareacanga, no sudoeste do Pará, devem focar a procura pelo avião e seus cinco ocupantes perto de uma localidade conhecida como "Igarapé do Limão", onde um grupo de pescadores teria sentido cheiro de carniça, o que pode ser indício de uma fatalidade, caso a pista seja confirmada.
Até o momento, os aviões da FAB já percorreram mais de 11.853 quilômetros quadrados em uma área de mata fechada. Ao todo, foram mais de 110 horas de voo.
A aeronave que faz a varredura na região decolou de Manaus às 8h. Nos últimos dias, as buscas foram prejudicadas pelo mau tempo, já que há intensa nebulosidade no sudoeste do Pará. Apesar da operação chegar ao décimo dia, a FAB ainda acredita que pode encontrar os passageiros com vida, e mantém um helicóptero de salvamento em Jacareacanga, pronto para decolar.
Além da operação de salvamento aéreo, a busca em terra é feita por voluntários, que incluem moradores de Jacareacanga e índios da região. Familiares dos ocupantes da aeronave prometeram uma gratificação de R$ 19 mil para quem conseguir localizar o avião desaparecido.
A aeronave que faz a varredura na região decolou de Manaus às 8h. Nos últimos dias, as buscas foram prejudicadas pelo mau tempo, já que há intensa nebulosidade no sudoeste do Pará. Apesar da operação chegar ao décimo dia, a FAB ainda acredita que pode encontrar os passageiros com vida, e mantém um helicóptero de salvamento em Jacareacanga, pronto para decolar.
Além da operação de salvamento aéreo, a busca em terra é feita por voluntários, que incluem moradores de Jacareacanga e índios da região. Familiares dos ocupantes da aeronave prometeram uma gratificação de R$ 19 mil para quem conseguir localizar o avião desaparecido.

PORTAL TERRA


Acre quer aviões da FAB para remover haitianos de seu território



Fustigado por desabastecimento no Acre, o governo estadual vai usar aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) para transportar parte dos 2,5 mil imigrantes haitianos e senegaleses retidos no município de Brasiléia (AC), na fronteira com a Bolívia. Nesta terça (25), a ONG Conectas denunciou a situação dos haitianos ao Conselho de Direitos Humanos da ONU, pois o galpão projetado para 300 pessoas, que é chamado de abrigo público, atende a mais de 2,3 mil.
Por causa da cheia do Rio Madeira, que não para de subir, o Estado está isolado do restante do País, por via terrestre, pois alguns trechos da BR-364, que liga o Acre a Rondônia, estão inundados e foram interdidatados por questões de segurança.
A população do Acre enfrenta desabastecimento de alimentos e combustíveis. Falta até ovos, por exemplo. Os preços nos supermercados estão em alta e a venda de vários alimentos é racionada a cinco quilos por pessoa. Há três dias, nos postos de combustíveis, filas quilométricas de carros se formaram.
O governador Tião Viana (PT) anunciou na quinta-feira que o Estado foi autorizado pelo governo federal a comprar 2 milhões de litros de combustíveis no Peru. Aviões comerciais e da FAB estão sendo usados para para transportar alimentos, remédios e produtos hortifrutigranjeiros.
Em Brasiléia, a 235 quilômetros de Rio Branco, a empresa contratada pelo governo estadual para alimentar os imigrantes haitianos e senegaleses que entram no Brasil em busca de trabalho, não está conseguindo receber arroz, feijão e óleo. Fardos desses produtos estão retidos em Porto Velho por causa do fechamento da BR-364.
O representante da Secretaria do Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), Damião Borges, que administra o abrigo de Brasiléia, informou que os imigrantes estão todos documentados para seguir viagem rumo à outras regiões do País, mas estão retidos por falta de tráfego na rodovia federal. Existem 300 mulheres entre os imigrantes.
- Nem todos estão no nosso abrigo. Alguns haitianos estão hospedados em casas ou hotéis baratos de R$ 15 a diária. Cerca de 580 senegaleses preferiram se hospedar em outro local custeados por eles. Com a cheia do Madeira, a situação aqui ficou mais crítica – disse Borges.
Segundo o representante do governo estadual, os imigrantes consomem diariamente 200 Kg de feijão, 480 Kg de arroz e quase 200 Kg de carne. O comércio de Brasiléia não dispõe de produtos nessa quantidade. As mercearias e supermercados da cidade também estão racionando a venda.
A operação do governo do Acre com auxílio de aviões da FAB consiste em retirar 800 imigrantes. Eles serão levados de ônibus até o aeroporto de Rio Branco, e de lá serão transportados pela FAB até Porto Velho.
- Vamos levar apenas os imigrantes que já possuem parentes no Brasil e que poderão recebê-los. De Porto Velho, os que têm parentes seguirão para São Paulo, Paraná, Minas Gerais, Santa Catarina e outras regiões brasileiras. Estou pedindo a Deus para que os aviões comecem a transportá-los a partir de hoje ou, no máximo, a partir de amanhã – acrescentou Borges.
Na noite de quarta-feira (26), um grupo de imigrantes alojado teria protestado contra a comida servida, jogando no lixo as marmitas com carne bovina, arroz e batata. A imprensa local chegou a destacar o caso, mas o representante da Sejudh tratou de minimizar o fato.
Borges disse que é comum os imigrantes reclamarem e desperdiçarem a comida servida duas vezes ao dia. Alguém viu, fotografou marmitas no lixo, enviou as imagens para a imprensa e virou um escândalo.
- Virou um escândalo porque foi publicado sem ouvir nossa explicação. Quem jogou comida fora certamente é porque tem dinheiro para comer fora do abrigo e nós temos tentado conscientizar os imigrantes que a atitude depõe contra todos. A empresa serve arroz e carne, mas alguns não querem, pois preferem frango. Em Brasiléia, para obtermos frango temos que encomendar ao menos com oito dias de antecedência.
Denúncia à ONU
Nesta terça (25), a ONG Conectas denunciou a situação dos haitianos no Acre ao Conselho de Direitos Humanos da ONU. A entidade já havia apelado para Corte de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA), além de já ter recorrido seguidas vezes a outras instâncias e feito reuniões com autoridades em nível nacional.
Segundo a Conectas, a denúncia acontece no mês em que o abrigo construído pelo governo em Brasileia atingiu seu pico máximo de ocupação, coincidindo com um período de chuvas e inundações que deixaram o local ilhado.
- A cidade se converteu em principal ponto de chegada para os haitianos que vêm ao Brasil sem visto. O galpão, construído para abrigar 300 pessoas, atende hoje a 2,3 mil. Segundo o governo local, aproximadamente 400 imigrantes usam as instalações e comem no abrigo, mas conseguem alugar quartos na cidade – afirma a Conecta em nota.
A ONG assinalou que denuncia há mais de 8 meses a falta de esforços, em todas as esferas, para resolver a crise em Brasiléia. Em setembro de 2013, pouco depois de constatarem as condições insalubres do abrigo, representantes da entidade se reuniram com autoridades dos ministérios da Justiça, Trabalho e das Relações Exteriores em Brasília para exigir soluções urgentes para a crise. À época, o governo se comprometeu a realizar uma força tarefa para melhorar as condições de acolhida do galpão, mas nada foi feito até agora.
- A Conectas escuta há 8 meses do governo federal que medidas estão sendo elaboradas para ampliar o abrigo e melhorar as condições ali. É preciso menos promessas e mais vontade política – disse Camila Asano, coordenadora de Política Externa da Conectas.

AGÊNCIA DE NOTÍCIAS DO ACRE


Mais medicamentos e cilindros de oxigênio chegam à capital acreana



Com a cheia do Rio Madeira e consequente interdição da BR-364 – ponto que liga o Acre à Rondônia – o governador Tião Viana não mede esforços para evitar o desabastecimento do estado. E com apoio do governo federal, Força Aérea Brasileira (FAB) e, ainda, aviões fretados pelo governo Estadual, chegaram nesta quinta-feira, 27, em Rio Branco, voos carregados com 4,36 toneladas de oxigênio e mais de três toneladas de medicamentos.
Os produtos hospitalares serão distribuídos para os postos de saúde municipais e hospitais de todo Estado. De acordo com informações da sala de situação, 2,5 toneladas de medicamentos serão destinadas à saúde municipal, 1,1 toneladas à estadual e 0,5 toneladas para farmácias locais.
O Acre vive hoje uma crise ocasionada pela maior tragédia natural da história da Amazônia Ocidental. Com isso, o governo do Estado apoia toda logística para a entrada de produtos que visam o atendimento à população.
Alimentos: Os voos da Força Aérea Brasileira e os fretados continuam trazendo alimentos de Rondônia para o Acre. Neste manhã, mais 21 toneladas de hortifrutigranjeiros, seis mil quilos de trigo e três toneladas de leite UHT desembarcaram em Rio Branco.

TRIBUNA DO NORTE (RN)


Força-tarefa ocupa favelas no Rio



Rio (AE) - Cerca de mil homens de batalhões especializados da Polícia Militar ocuparão, na madrugada deste domingo, todas as favelas do Complexo da Maré, zona norte do Rio de Janeiro. Os policiais terão o apoio de blindados da Marinha e veículos aéreos não tripulados (Vants) da Força Aérea Brasileira e da Polícia Federal. Helicópteros da PM também serão utilizados na incursão - inclusive o modelo blindado, conhecido como Caveirão do Ar. Participarão PMs do Batalhão de Operações Especiais (Bope), a tropa de elite da corporação, além de agentes dos batalhões de Choque e de Ações com Cães, e do Grupamento Aeromóvel. A Polícia Federal vai ajudar com informações de inteligência. Já a Polícia Rodoviária Federal vai realizar batidas policiais nos principais acessos, como a Avenida Brasil e as Linhas Vermelha e Amarela, para evitar a fuga de criminosos. 
As forças de segurança entrarão simultaneamente nas 16 favelas da Maré, assim que o dia começar a clarear. Como já ocorreu nas ocupações de outras grandes favelas da cidade (como o Alemão e da Rocinha), os primeiros a ingressarem nas vielas serão os blindados da Marinha, que conseguem transpor barricadas construídas por traficantes para impedir a entrada de carros da polícia. Serão empregados blindados dos tipos Lagarta Anfíbio (CLAnf) e M-113, que se locomovem sobre esteiras, e Piranha, que se desloca sobre rodas. Logo depois, entrarão os policiais militares, que farão uma varredura minuciosa a procura de traficantes, armas e drogas. Depois que o território passar para o controle das forças de segurança, os blindados da Marinha sairão. Apenas os PMs vão permanecer na região.
No outro final de semana, os policiais deverão ser substituídos pelo Exército. Para isso, é preciso que seja publicado o decreto presidencial que autoriza o emprego da tropa na Garantia de Lei e da Ordem (GLO), o que até ontem não havia acontecido. A medida confere poder de polícia ao Exército, que ficará responsável pelo patrulhamento na Maré até o segundo semestre (provavelmente até as eleições de outubro), quando serão inauguradas Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) na região.
Ontem, blindados da Marinha estiveram na Maré para fazer o reconhecimento do terreno. Por sua vez, a Polícia Militar realizou operações em cerca de 30 favelas controladas pelo Comando Vermelho (CV) e pelo Terceiro Comando Puro (TCP), facções de traficantes que controlam 14 comunidades da Maré. Outras duas favelas do complexo são dominadas por uma milícia. No Morro do Dendê, na Ilha do Governador, controlado pelo TCP, um homem foi preso com uma pistola e cem quilos de maconha foram apreendidos.

JORNAL FOLHA DE SÃO PAULO


Áudio mostra piloto informando falha antes de pouso de emergência



O piloto do avião da Avianca que fez um pouso de emergência no início da noite desta sexta-feira comunicou a torre de controle sobre a falha no trem de pouso dianteiro às 17h05. Em seguida ele sobrevoou Brasília para gastar combustível e minimizar as chances de uma explosão na aterrissagem. 
Durante conversa com a torre de controle, o piloto do voo 6393 descreve a falha e o procedimento tomado, além de pedir apoio de solo, com equipes dos bombeiros e ambulâncias. O pouso ocorreu às 17h55, de barriga, por conta da falha no trem de pouso.
Durante a aterrissagem, equipe dos bombeiros jogou espuma sobre a pista, para evitar atrito da fuselagem -o que poderia provocar incêndio. O avião tinha 44 passageiros e cinco tripulantes a bordo, que foram retirados do avião por escorregadeiras infláveis acionadas de dentro do avião. 
A FAB considera que, diante da emergência, o pouso foi muito bem sucedido. O órgão informou ainda que uma equipe do Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) já está no local para conduzir as investigações sobre os fatores que contribuíram para o pouso forçado.
A FAB deverá produzir um relatório sobre o caso, mas ainda não há prazo para a sua conclusão. Mesmo que ficar comprovado alguma irregularidade, a Aeronáutica não poderá fazer nenhum tipo de sanção à Avianca, segundo informou a assessoria de imprensa da FAB.
O ministro da Aviação Civil, Moreira Franco, tuitou no início da noite sobre o incidente. Em um primeiro momento, ele afirmou que o pouso foi "mal sucedido (de barriga) com uma pane hidráulica".
Minutos depois, o ministro apagou o tuite e o substituiu por outro que informa apenas que o pouso foi "de barriga". Ele pediu compreensão a todos pois "alguns voos poderão atrasar", já que a pista está interditada.
A Avianca disse, em nota, que o pouso ocorreu de "forma segura". "Todos os passageiros foram desembarcados e transportados, em ônibus, até o terminal de passageiros. Após o desembarque, alguns passageiros optaram por seguir em suas conexões. Durante toda a ocorrência, priorizamos a assistência aos passageiros."
Veja a mensagem do piloto: 
"Procedimentos descritos, não obtivemos sucesso. Ainda temos a informação do trem de nariz não baixado e travado. A partir de agora, a gente declara emergência.
A gente ainda tem ainda aproximadamente mais 17, 18 minutos de combustível. Eu vou baixar o combustível até obter 700 kg, mais próximo para eu poder prosseguir de forma segura para prosseguir até para o pouso não com muito combustível. Não desejo fazer uma passagem baixa, porque os procedimentos de trem já foram feitos.
Eu não tenho como reciclar, porque eu estou sem o sistema hidráulico 1. Então, eu não quero assustar os passageiros com passagem baixa, vou prosseguir. Solicito apoio de solo, bombeiros e ambulâncias.
Não tenho como prever, a princípio pode ser que a informação seja só indicação, mas eu não tenho como prever, então eu gostaria de solicitar apoio total de solo. E, mais um pouco, daqui mais uns 15 minutos, a gente está saindo para pouso, ou menos ainda, ou dez [minutos] a gente está saindo para pouso."

Militar lança livro sobre bastidores do Gabinete de Crises da Presidência



No segundo andar do Palácio do Planalto, um grupo de 30 profissionais de diferentes áreas atua diariamente com um único objetivo: evitar que uma crise se instale no país. 
Na Secretaria de Acompanhamento e Articulação Institucional, vinculada à Presidência da República e mais conhecida como Gabinete de Crises, são monitorados por dia em torno de 50 temas que possam dar dor de cabeça ao governo federal, como ameaças de greve ou riscos de tragédia.
Nos 13 anos que ficou à frente da estrutura, o comandante José Alberto Cunha Couto enfrentou a chegada no país da gripe aviária, coordenou a ajuda ao Haiti após o terremoto de 2010 e estruturou operação para evitar que tivesse êxito uma ameaça de atentado ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
Em entrevista à Folha, às vésperas do lançamento do livro "Gabinete de Crises - Fernando Henrique, Lula e Dilma", o militar compara os estilos de presidentes na resolução de problemas e avalia que faltam gabinetes de crises nas cidades-sede da Copa do Mundo para auxiliar os governos estaduais a atuarem de maneira correta diante dos possíveis protestos durante o evento internacional.
Leia abaixo a entrevista com José Alberto Cunha Couto.
Folha - Em 13 anos, qual foi a crise mais demorada de se chegar a uma conclusão?
José Alberto Cunha Couto - A ajuda brasileira ao Haiti, em 2010, depois do terremoto, foi uma questão demorada, em torno de quatro meses, mas já havia um acompanhamento. A mais demorada e sem solução foi a greve nacional da Polícia Federal, que durou cinco meses [em 2004]. 
Qual foi o maior fracasso?
O gabinete de crises existe para prevenir uma crise. Então, todas as vezes que nós temos de gerenciar uma crise foi porque fracassamos. Para se ter uma ideia, em média, durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o gabinete foi acionado nove vezes por ano para gerenciar crises. Então, nove vezes [por ano] não se conseguiu impedir que ela se instalasse.
Foi possível evitar alguma tragédia?
Em 2003, quando houve uma grande enchente no Nordeste, iniciamos uma estratégia de avisar os prefeitos das cidades que estavam no trajeto da chuva para que se preparassem. Houve também o risco de uma nuvem de gafanhotos no Senegal atravessar o Oceano Atlântico e chegar ao Brasil [em 2004]. Em 1970, uma nuvem entrou pela Amazônia e causou devastação. O gabinete foi acionado e a solução foi doar um avião dispersor de inseticida das lavouras brasileiras ao Senegal para que a nuvem fosse contida na costa africana.
Qual dos presidentes resolvia mais crises com um simples telefonema?
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tinha mais iniciativa. O próprio modo de agir do PT leva a isso, há um trabalho participativo. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso resolvia de forma mais intelectual. São estilos diferentes e eles se refletem até na forma que são escritos os discursos para os presidentes.
O que são decisões "mais intelectuais"?
O ex-presidente FHC tinha decisões mais institucionais. Por trás dele, havia decisões de ministérios. O ex-presidente Lula tinha a iniciativa dele resolver a questão. E isso pode ser um problema, porque, se não há uma sustentação institucional, esse problema que, pode aparentemente estar resolvido, [na verdade] não está. Mas os dois têm caminhos certos e errados, como tudo na vida.
E qual é o estilo da presidente Dilma Rousseff?
Eu fiquei pouco tempo com a presidente, mas ela tinha mais uma ideia de que seria mais fácil o caminho de ir gerenciando até chegar à solução. É o estilo de governo.
E, entre eles, quem mais levava em consideração as sugestões do gabinete de crise?
O FHC e o Lula, nessa ordem. O FHC era mais disciplinado.
Em situações de crises, qual dos presidentes enfrentava com mais calma as questões?
A calma depende da pressão, depende se o assunto chega a irritar o presidente ou não. Se o assunto irrita, ele perde o espaço de contemplação. Todos eles têm algum assunto que os incomoda.
O que, por exemplo?
Agora, tem a questão da racionalização [de energia] para a presidente Dilma Rousseff. Para ela, é um ponto de honra, ela foi ministra de Minas e Energia. Ela tem um discurso de que no governo dela nunca haverá racionamento. Cada vez que chega nela um assunto de racionamento, mesmo que seja racionalização de energia, isso incomoda. E é natural, é da natureza dela, porque esse é um ponto de honra para ela.
Houve informação de ameaça de morte a algum presidente do país?
Houve uma vez uma informação de um país - não vou revelá-lo, mas ele tem tradição de matar presidentes - que ouviu uma pessoa determinada dizer que ia matar o nosso presidente [FHC]. E, com essa informação, nós fomos apurar se essa pessoa tinha entrado no país. Ela entrou pelo Rio de Janeiro e depois se descobriu que ela tinha brigado com a namorada e, em uma discussão, disse: "Então, vou ao Brasil matar o presidente". Parece uma coisa incrível, uma anedota, ocorreu por volta de 2001.
E o suspeito chegou a ser preso?
Não, porque ele não praticou nada. Ele disse isso para a namorada e chegou ao sistema de inteligência internacional. E nós tivemos de fazer uma ação para saber se era verdade.
No livro, o senhor cita o jornalista Elio Gaspari, segundo o qual toda crise enfrentada pelo Palácio do Planalto vaza, seja em 48 horas, seja em 72 horas. Houve, no entanto, alguma crise que não vazou?
Não, é impossível. Essa frase é do Fernando Henrique Cardoso em uma entrevista ao Elio Gaspari. E é isso mesmo, ele tinha clara noção que acaba vazando.
O senhor conta ainda que o gabinete de crises foi acionado, durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, porque havia um ministro que poderia ter contraído a gripe H1N1 e poderia ter transmitido ao presidente. Quem era esse ministro?
Isso eu não posso dizer. Essa é uma história real e, depois, vimos que ele não estava contaminado. A incubação dura dez dias e a viagem aconteceu no meio do período. Isso a gente guarda em sigilo.
O ex-presidente chegou a ser aconselhado a evitar abraços e apertos de mão em eventos públicos?
Sim, mas isso foi impossível. Havia um estoque reservado de antiviral. Isso é mais forte que qualquer prevenção, é o estilo dele.
E houve alguma ameaça de terrorismo?
Claramente, não, mas foi uma preocupação constante. Uma preocupação grande é que não havia legislação sobre o terrorismo. Agora, já está encaminhada. Na nossa cultura, se não existe a lei, não existe o crime. Quando houve a invasão do MLST [Movimento de Libertação dos Sem Terra] ao Senado Federal [em 2006], aquilo foi considerado tão mais grave que as leis vigentes, que foi extemporaneamente enquadrado na Lei de Segurança Nacional, porque não havia nenhuma outra lei que pudesse ser mais grave que aquela.
O senhor conta no livro que houve também uma ameaça falsa de terrorismo em 2007, relativa a um navio petroleiro venezuelano.
Um navio venezuelano, na altura de Recife, alarmou o código internacional para segurança de navios e este alarme foi bater na Presidência da República. Nós acionamos a Polícia Federal em Natal, que embarcou em um navio da Marinha e interceptou o navio venezuelano. Nós falamos com o comandante e, antes disso, a Força Aérea já tinha mandado aviões que acompanharam o navio. O comando do navio disse que houve um engano, que alguém esbarrou no [alarme], mas mesmo assim nós acompanhamos por mais um tempo, até o navio sair de nossas águas jurisdicionais, porque ele podia estar sendo pressionado. Ele depois seguiu viagem.
O Brasil está preparado hoje para identificar previamente e evitar ataques terroristas?
Isso vai depender muito dos setores de inteligência internacionais, não apenas da inteligência nacional, porque o ataque não nasce sempre de uma rede. A prática da Polícia Federal, com as forças estaduais e as forças armadas, já é bem aceitável. Agora, afirmar que estamos preparados é muito perigoso e seria até estimular um atentado.
A Lei Antiterrorista, atualmente em tramitação no Senado Federal, é adequada para enfrentar uma ameaça de ataque terrorista no país?
O assunto é complicado porque nenhum país consegue definir terrorismo e isso enfraquece a lei. Então, vai-se para o caminho de tipificar o crime de terrorismo. O exemplo mais simbólico do ataque terrorista é o atentado a bomba, mas se é usada uma bomba para um caixa eletrônico, isso não é em si um ataque terrorista. Então, a tipificação vai muito do discernimento do juiz ao aplicar a lei, não é tão simples.
O governo federal tem falhado em lidar com os protestos da Copa do Mundo, uma vez que eles não têm sido pacíficos?
De uns cinco anos para cá, tem havido uma proliferação de centros de operação nas cidades-sede de Copa do Mundo. Os centros do Rio de Janeiro e de São Paulo são muito bem equipados, mas como o nome indica eles atuam no nível operacional. O gabinete de crise tem de receber as informações para tomar decisões em nível estratégico. Se deixar as informações operacionais chegarem ao governador ou ao presidente para tomarem decisões, eles estarão influenciados por uma visão operacional ou militar. Ele tem de ter uma visão geral, como o impacto para as imagens do governo e do país. A gente vê que, muitas vezes, um governador emprega erradamente a Tropa de Choque, porque ele tomou uma decisão em cima de uma informação operacional, o que é muito grave. As Forças Armadas, por exemplo, não são treinadas para enfrentar distúrbio, mas para defender o país, onde o nível de violência empregado é mais alto.
E como mudar esse quadro?
Falta um gabinete de crises que transforme as informações operacionais em informações estratégicas para que sejam tomadas decisões no nível apropriado.
Gabinete de Crises - Fernando Henrique, Lula e Dilma
Autores: José Alberto Cunha Couto e José Antônio de Macedo Soares
Editora: Facamp Editora
Lançamento: 02 de abril
Local: Livraria da Vila, às 18:30

JORNAL DO SENADO


Brasil precisa de poderio para se impor, diz Amorim


Em audiência na Comissão de Relações Exteriores ontem, ministro da Defesa disse que maior capacidade militar é indispensável se o país quiser se impor entre as maiores economias do planeta

O chamado soft power (poder brando) já fez muito pelo Brasil, mas daqui por diante o país vai precisar mesmo é de aumentar o poderio militar, se quiser se impor como a sexta economia do planeta. É o que pregou ontem, em debate no Senado o ministro da Defesa, Celso Amorim. Conforme o ministro, o Brasil é lembrado e respeitado muito mais pela cultura e pela diplomacia do que pelo poder de dissuasão baseado nas Forças Armadas.
— Em várias ocasiões pude observar que ter um pouco mais de hard power [poder firme] ajudaria. Precisamos de certa capacidade militar que ampare esse poder brando da cultura. Termos Forças Armadas bem equipadas é indispensável. E esse ponto de vista deve ser compartilhado pela sociedade — aconselhou Amorim, durante audiência sobre os rumos da defesa brasileira promovida pela Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE).
O conceito de soft power foi desenvolvido pelo acadêmico Joseph Nye, da Universidade de Harvard, para descrever a habilidade de um país em atrair o apoio de outros não pela coerção, mas por meios como a cultura, os valores políticos e a política externa.
— Um país do porte do Brasil não pode delegar sua defesa a ninguém. Um princípio básico de nossa Estratégia Nacional de Defesa é a dissuasão — alertou Amorim, convidado a participar da audiência por requerimento do presidente da comissão, Ricardo Ferraço (PMDB-ES). Entre os países que integram o Brics, o Brasil é o que menos gasta em defesa, informou o ministro. A média de gastos do bloco, que inclui Rússia, Índia, China e África do Sul, é de 2,3% do produto interno bruto (PIB). O Brasil limita-se a investir 1,5% do PIB.
Se, para o resto do mundo, a postura brasileira será de dissuasão, entre os vizinhos deverá ser de cooperação, segundo Amorim. Ele informou que o país acaba de adquirir quatro lanchas blindadas da ­Colômbia, que ajudarão a patrulhar os rios da Amazônia, e observou que, para vender equipamentos militares, é preciso também comprar de parceiros.
— Na América do Sul, a cooperação é a melhor dissuasão — definiu.
Essa visão foi compartilhada por Luiz Henrique (PMDB-SC), que defendeu um ­protagonismo “solidário e fraterno” junto aos vizinhos da América do Sul. Para o ministro, esse tipo de postura mais colaborativa deve se estender aos países da África, onde esteve recentemente para tratar de ações de cooperação e treinamento na República do Congo, África do Sul e Moçambique. Este último, aguarda a doação de três aviões Tucano, acordo que depende de projeto em tramitação no Congresso.
Segurança
Durante o debate, outros temas foram tratados com o ministro. Ferraço lamentou que o país esteja aparentemente “perdendo uma guerra” para as drogas. O senador observou que 70% da cocaína consumida no Brasil vem do Peru e passa pela Bolívia. Por essa razão, ele entende que se deve combater o tráfico nas fronteiras. Por isso, a necessidade de fortalecimento do Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron), do Ministério da Defesa.
José Agripino (DEM-RN) elogiou a escolha dos aviões suecos Gripen para reequipar a Força Aérea. Pedro Simon (PMDB-RS), por sua vez, ressaltou a preocupação com a situação da segurança pública no Rio de Janeiro e considerou justo o pedido de ajuda federal feito pelo governador do estado, Sérgio Cabral. Eduardo Suplicy (PT-SP) ressaltou a necessidade de o Ministério da Defesa colaborar com os Ministérios da Justiça e do Esporte para garantir a realização com sucesso da Copa do Mundo deste ano.

JORNAL ZERO HORA


Pouso de emergência em Brasília



Defeito em equipamento obrigou piloto de Fokker-100 da Avianca a gastar combustível antes de aterrissar de barriga
Um Fokker-100 da Avianca fez um pouso de emergência pouco antes das 18h de ontem no aeroporto de Brasília. O voo O6 6393 havia saído de Petrolina (PE). O trem de pouso dianteiro não funcionou, e a aeronave teve de aterrissar de barriga. Os passageiros foram retirados do avião por escorregadeiras infláveis acionadas de dentro do avião. Não houve feridos, segundo a Inframérica, concessionária que administra o aeroporto de Brasília.
A equipe do Corpo de Bombeiros do aeroporto jogou espuma sobre a pista, para evitar atrito da fuselagem durante a aterrissagem – o que poderia provocar incêndio.
O avião, ainda segundo informações preliminares, tinha 49 pessoas a bordo. O Fokker-100 foi rebatizado pela Avianca de MK-28 em razão da má fama do avião no Brasil, envolvido, por exemplo, em um acidente da TAM no aeroporto de Congonhas em 1996, quando a aeronave caiu logo depois de decolar.
Diretores da Avianca se reuniram em uma sala de crise, formada para colher informações sobre o que ocorreu. Uma das duas pistas do aeroporto teve de ser fechada. Segundo a assessoria de imprensa da Força Aérea Brasileira (FAB), o piloto do avião comunicou à torre de controle do aeroporto por volta das 17h5min e conseguiu pousar por volta das 17h55min. No intervalo de tempo, o avião sobrevoou a cidade para queimar combustível e minimizar as chances de uma explosão.
A FAB considera que, diante da emergência, o pouso foi muito bem sucedido. Ao pousar, o avião tocou o solo primeiro com as rodas traseiras, localizadas ao lado das asas. Como o piloto não conseguiu acionar o trem de pouso dianteiro, a aeronave embicou para frente.
A FAB informou ainda que uma equipe do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) foi ao local para conduzir as investigações sobre os fatores que contribuíram para o pouso forçado.
Ministro da Aviação Civil tuitou sobre o episódio
O órgão deverá produzir um relatório sobre o caso, mas ainda não há prazo para a sua conclusão. Mesmo se ficar comprovada alguma irregularidade, a Aeronáutica não poderá fazer nenhum tipo de sanção à Avianca, segundo informou a assessoria de imprensa da FAB.
O ministro da Aviação Civil, Moreira Franco, tuitou no início da noite sobre o incidente. Em um primeiro momento, ele afirmou que o pouso foi "mal sucedido (de barriga) com uma pane hidráulica".
Minutos depois, o ministro apagou o tuíte e o substituiu por outro que informa apenas que o pouso foi "de barriga". Ele pediu compreensão a todos pois "alguns voos poderão atrasar", já que a pista estava interditada.
A Avianca disse, em nota, que "todos os passageiros foram desembarcados e transportados, em ônibus, até o terminal de passageiros. Após o desembarque, alguns passageiros optaram por seguir em suas conexões. Durante toda a ocorrência, priorizamos a assistência aos passageiros."

“Espião” no Beira-Rio



A curiosidade foi a motivação do técnico em climatização Cristhian Vargas, 25 anos, para comprar seu primeiro drone, no ano passado. Ao ver imagens da obra do Estádio Beira-Rio em uma página no Facebook, da qual havia pouca divulgação no decorrer da reforma, Vargas quis saber como o fotógrafo tinha conseguido aquele ângulo.
– Soube que ele tinha tirado aquela foto com um drone, que até então era desconhecido para mim. Fui pesquisar e fiquei encantado com o equipamento – conta.
Vargas comprou o primeiro avião de um engenheiro mecatrônico de Santa Maria que descobriu pela internet e começou a sobrevoar o estádio da Copa revelando detalhes da obra aos quais nem a imprensa tinha acesso. A construtora complicou no começo, mas depois fechou uma parceria com o "espião" para que os torcedores pudessem acompanhar a reforma. Até na inauguração do estádio serão usados vídeos feitos pelo drone intrometido.
O jovem comprou um segundo equipamento, mais completo, com GPS e uma função chamada "go home", que faz com que o drone retorne para o local de decolagem, caso perca o sinal do controle.
A PROPOSTA DA ANAC

O projeto de regulamentação dos drones foi apresentado pela Anac em um workshop para a indústria no final de fevereiro e ainda precisa passar por consulta pública. Veja os principais pontos da proposta
- Os drones são classificados em três categorias, por peso: classe I (150 quilos em diante), classe II (25 a 150 quilos) e classe III (até 25 quilos). Haverá ainda subcategorias. Também há regras de acordo com as características da operação: altitude, operação dentro do alcance visual ou não, voos noturnos, uso em áreas confinadas, entre outras.
- Quando a operação ocorrer em ambiente aberto, deve haver sinalização para avisar os presentes de que, estando ali, concordam com os riscos. As aeronaves devem ter seguro para eventuais danos causados a terceiros.
- Transporte de pessoas, animais e artigos perigosos por drones são proibidos. O transporte de objetos está liberado.
- Os operadores de drones precisam manter cadastro, licença ou habilitação emitidos pela Anac, de acordo com a tecnologia utilizada para controlar a aeronave. As regras tornam-se mais duras para drones maiores e com maior tecnologia embarcada.
ENQUANTO ISSO...

- Embora não exista restrição à compra de drone por cidadão, instituição ou empresa, a operação depende de autorização específica da Anac. Apenas cinco drones têm autorização da agência para voar: dois da Polícia Federal, um do Departamento Nacional de Produção Mineral e dois da empresa Xmobots. Os drones militares não passam por regulação da Anac.
- Também é necessário obter autorização do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), órgão do Comando da Aeronáutica, responsável pelo controle do espaço aéreo brasileiro.
- As solicitações para os voos devem ser encaminhadas aos órgãos regionais do Decea com antecedência mínima de 15 dias, informando as características da aeronave e da operação. Os voos devem ocorrer sempre em espaço aéreo segregado.
- O uso de um drone sem autorização está sujeito às penalidades previstas na Lei 7.565/86, que incluem suspensão de licenças, apreensão da aeronave e multa. O infrator estará ainda sujeito a ações de responsabilidade civil e penal.

Sua segurança


Rivalidade e preocupação

Existem duas razões para que a PM antecipe a ocupação do Complexo da Maré, formado por 16 favelas situadas na zona norte do Rio de Janeiro. A primeira é a velha rivalidade entre fardados: o Exército tinha previsto ocupar a área dia 7, em combinação com o governo do Estado.
Ao chamar as Forças Armadas, o governador – mesmo que involuntariamente – melindrou os brios dos PMs fluminenses, que fazem no cotidiano o patrulhamento da conturbada região da Maré, onde informes de inteligência estimam que vivam mais de 500 bandidos do Comando Vermelho e do Terceiro Comando Puro, as maiores facções criminais cariocas.
Desde que se anunciou no último domingo que as Forças Armadas vão ocupar o Complexo da Maré em abril, é sintomático que tenham aumentado as ações da PM naquele bairro. E como aumentaram. Não passa um dia sem que diversas unidades policiais façam incursões favela adentro.
Buscas e apreensões de drogas e armas foram feitas pelo Batalhão de Guardas e seus cães, Batalhão de Operações Especiais – o temido Bope – 22º Batalhão de Polícia Militar (BPM) e até a tropa de elite da Polícia Civil, a Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), que se distingue dos outros agentes civis por usar uniformes. Hoje, mesmo esses policiais civis estão na Maré.
Natural que a PM se disponha a colocar seus mil homens numa ocupação já neste domingo, antecipando em uma semana a chegada dos 4 mil militares do Exército (ação que também está mantida).

Aeronáutica abre concurso com 226 vagas de sargento


Candidatos devem ter entre 18 e 24 anos

A Aeronáutica lançou concursos que somam 226 vagas para Estágio de Adaptação à Graduação de Sargento (EAGS-B 2015) e Estágio de Adaptação à Graduação de Sargento — modalidade especial — eletrônica, enfermagem e sistemas de informação (EAGS-ME-B 2015).
São 157 vagas para Estágio de Adaptação à Graduação de Sargento (100 para administração, 14 para eletricidade, 5 para música — clarinetas: soprano — baixo, 2 para música - trompete — flugelhorn, 3 para música — trombone tenor e trombone baixo, 2 para música — bombardino e barítono, 2 para música — tuba e sousafone, 1 para tímpanos, 4 para laboratório, 2 para pavimentação, 4 para radiologia, 4 para topografia e 14 para obras ) e 69 para Estágio de Adaptação à Graduação de Sargento — modalidade especial — eletrônica, enfermagem e sistemas de informação (30 para eletrônica, 20 para enfermagem e 19 para sistemas de informação).
Veja concursos com inscrições abertas
Os candidatos precisam comprovar, no ato da matrícula, que possuem ensino médio no caso dos candidatos à especialidade de música; ou curso técnico (nível médio) para os candidatos às demais especialidades. Não podem concorrer pessoas com menos de 17 anos e nem completar 25 anos de idade até 31 de dezembro do ano da matrícula no estágio.
As inscrições podem ser feitas pelo site até 15 de abril. A taxa de inscrição é de R$ 60.
As provas serão realizadas em Belém, Recife, Fortaleza, Salvador, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, São Paulo, São José dos Campos (SP), Campo Grande, Canoas (RS), Porto Alegre, Curitiba, Brasília, Manaus e Porto Velho no dia 8 de junho.

JORNAL CORREIO BRAZILIENSE


Incidente tumultua terminal



Pelo menos sete voos sofreram atrasos decorrentes do fechamento de uma das pistas do Aeroporto Internacional de Brasília. Os passageiros afetados reclamaram de falta de informações. Em uma rede social, ministro da Aviação Civil pediu compreensão

A aterrissagem de barriga da aeronave da Avianca provocou transtornos a passageiros de outros voos no Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek. O pouso de emergência ocorreu às 17h42 e a liberação da pista, às 21h04. Nesse período, foram registrados pelo menos sete atrasos. De acordo com a Inframérica, administradora do terminal, a reabertura ocorreu após todos os procedimentos de inspeção de segurança e de limpeza.
Pouco depois do incidente, um avião proveniente de Recife teve que sobrevoar Taguatinga por cerca de 15 minutos até ter autorização para pousar. “O piloto avisou que havia um tráfego intenso e que não poderíamos pousar ainda. Quando descemos, estava tudo muito confuso e ninguém dava qualquer orientação. Quem não conhece o aeroporto ficou perdido”, afirmou a farmacêutica Janine Grisi, 33 anos, moradora do Sudoeste.
Alexandre Vitor de Paulo, 33 anos, morador de Dourados (MT), teve a programação das férias afetada por causa do incidente. Ele fazia escala em Brasília e seguiria para Campo Grande em um voo previsto para as 19h30. Às 21h, Alexandre ainda não tinha informações sobre a situação do voo. “A Avianca só avisou que a aeronave passava por manutenção e que uma nova viria para Brasília para nos levar ao destino”, disse. “Em nenhum momento, falaram sobre o incidente. Não sabíamos de nada. Mas, apesar do atraso, a companhia nos deu todo o suporte”, completou. Alexandre e os demais passageiros receberam um vale para se alimentarem.
Um piloto da TAM ouvido pela reportagem disse que o incidente afetou outras decolagens. “Cheguei a entrar na sala de embarque, mas meu voo, para São Paulo, acabou cancelado. Estava muito tumultuado. Alguns voos estavam atrasados”, afirmou. Assim como ele, muitos passageiros deixaram o desembarque reclamando de transtornos desde a saída da aeronave até a retirada da bagagem.
Governo

O ministro da Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República, Moreira Franco, comentou o incidente com o voo 6393 nas redes sociais. “Um avião da Avianca Brasil fez um pouso "de barriga" no Aeroporto BSB com uma pane hidráulica. Ninguém se feriu. Por causa do incidente, uma pista está interditada. Pedimos a compreensão de todos, pois alguns voos poderão atrasar”, escreveu, pouco depois do pouso.
Em nota, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) disse ter acompanhado presencialmente a assistência aos passageiros do voo 6393 da Avianca que seguia de Petrolina (PE) para Brasília. Para garantir o cumprimento da Resolução n°141/2010, que prevê a assistência material nos casos de atrasos e cancelamentos, os fiscais da Anac monitoraram o atendimento prestado pelas companhias aéreas que tiveram as operações impactadas pela interdição de uma das pistas do Aeroporto JK.
A agência também monitorou a desinterdição da pista e o processo de retirada da aeronave. As investigações sobre as causas do ocorrido são realizadas pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), da Aeronáutica.
Em Fortaleza

A aterrissagem de barriga não foi o único incidente envolvendo a Avianca na tarde de ontem. De acordo com a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), menos de duas horas antes do pouso forçado em Brasília, um piloto de outra aeronave da empresa solicitou que o Aeroporto Internacional de Fortaleza se preparasse para uma situação de emergência, mas conseguiu aterrisar normalmente, às 15h46. Não havia passageiros nesse voo.
 A nota da Avianca
“Sobre o ocorrido nesta sexta-feira, 28 de março de 2014, a Avianca informa que a aeronave MK-28, Prefixo OAF 6393, procedente de Petrolina com destino a Brasília, com 44 passageiros e cinco tripulantes a bordo, pousou de forma segura no Aeroporto Internacional Juscelino Kubitscheck às 17h42. Todos os passageiros foram desembarcados e transportados, em ônibus, até o terminal de passageiros. Após o desembarque, alguns passageiros optaram por seguir em suas conexões. Durante toda a ocorrência, priorizamos a assistência aos passageiros.A Avianca informa que, dos 44 passageiros a bordo do voo 6393, 20 seguiram viagem em voos da própria companhia; 14 com destino a Brasília seguiram para suas residências e nove adultos e uma criança foram acomodados em hotel.”

OUTRAS MÍDIAS


PORTAL BRASIL



FAB oferece 17 vagas de nível superior para oficiais de carreira

Concurso
As inscrições começam na terça-feira (01) e são oferecidas vagas para nove especialidades

A Força Aérea Brasileira (FAB) abre na terça-feira (01) as inscrições para o primeiro exame de admissão ao Estágio de Adaptação de Oficiais de Apoio da Aeronáutica (EAOAP 2015). A inscrição pode ser feita pelo site até as 15h do dia 22 de abril e a taxa é de R$ 120,00.
Este é o primeiro processo seletivo para o Quadro de Oficiais de Apoio da Aeronáutica (QOAP) e são oferecidas 17 vagas distribuídas entre as especialidades de Administração, Análise de Sistemas, Ciências Contábeis, Enfermagem, Jornalismo, Pedagogia, Psicologia, Serviços Jurídicos e Serviço Social.
Para participar do exame, o candidato deve possuir nível superior na especialidade a que concorre, possuir no mínimo 18 anos e no máximo 32 anos de idade em 31 de dezembro do ano da matrícula no Estágio de adaptação, entre outros requisitos estabelecidos no edital.
O processo seletivo é composto de provas escritas (língua portuguesa, conhecimentos especializados e redação), inspeção de saúde, exame de aptidão psicológica, teste de avaliação do condicionamento físico e validação documental.
As provas escritas acontecem no dia 25 de maio de 2014 e serão realizadas nas cidades de Belém (PA), Recife (PE), Salvador (BA), Natal (RN), Fortaleza (CE), Rio de Janeiro (RJ), Belo Horizonte (MG) e São Paulo (SP).
Se aprovado em todas as etapas, o candidato fará o curso no Centro de Instrução e Adaptação da Aeronáutica (CIAAR), em Belo Horizonte (MG), durante 17 semanas. Após a conclusão do curso com aproveitamento o aluno será nomeado Primeiro-Tenente e receberá um salário inicial bruto de R$ 8.136,45.
Para obter mais informações, não deixe de consultar o edital na página.
Vagas por especialidade:
Administração (ADM) - 3
Análise de Sistemas (ANS) - 1
Ciências Contábeis (CCO) - 1
Enfermagem (ENF) - 1
Jornalismo (JOR) - 1
Pedagogia (PED) - 2
Psicologia (PSC) - 1
Serviços Jurídicos (SJU) - 5
Serviço Social (SSO) - 2
Total de Vagas: 17

PORTAL BRASIL



Coordenador de Defesa de Curitiba inspeciona tropas do Exército 

Ajuste operacional
Única unidade das 12 cidades-sedes coordenada pela FAB, o CCDA Curitiba acerta os últimos detalhes na preparação para o Mundial 
A pouco mais de dois meses para o início da Copa do Mundo, as Forças Armadas e Órgãos de Segurança Pública ajustam suas operações em Curitiba (PR), uma das cidades-sedes do Mundial. Na quinta-feira (27) foi a vez do Exército Brasileiro apresentar ao Coordenador de Defesa de Área (CCDA) de Curitiba, Major-Brigadeiro Roberto Carvalho, a tropa preparada para operar em caso de solicitação da Presidência da República e em níveis extremos.
Mais de 200 militares, representando os cerca de 3000 que atuarão no Mundial (maior parte da tropa do Exército), participaram da formatura realizada no Comando da 5ª Região Militar e 5ª Divisão de Exército.
Durante discurso, o Brigadeiro ressaltou o preparo dos militares. “Acredito que as tropas estão adestradas e prontas para atuarem se preciso durante a Copa do Mundo”, afirmou.
Um dos destaques foi a simulação da 2ª Companhia de Fuzileiros Blindada para casos de manifestações. O Comandante da unidade, Capitão de Infantaria José Inácio Bertazzo Filho, explicou que a característica especial da Companhia é que ela é utilizada apenas no caso de último recurso para resolução de alguma situação. “Ela é uma subunidade que é basicamente composta por armamentos não letais. Essa Companhia tem que ser adestrada para dispersar a multidão sem causar nenhuma baixa”, garantiu o Capitão.
Os militares da Unidade trajam um equipamento semelhante a uma armadura, que segundo o Comandante, é leve. “Esse equipamento não é balístico e oferece uma proteção. Ele tem uma mobilidade e protege todo o corpo do combatente”, afirmou.
Por fim, o Capitão ressaltou a integração das Forças Armadas com os órgãos de segurança pública de Curitiba. “Todas as entidades trabalham muito bem em conjunto. Em qualquer missão, pelo que eu já vi o relacionamento é muito bom. A gente tem condições plenas de ter uma integração completa”.
No Brasil, doze Centros de Coordenação de Defesa de Área irão operar nas 12 cidades-sede da Copa do Mundo. As Forças Armadas estarão de prontidão para eventuais acionamentos e as principais atividades de segurança serão realizadas pelos Órgãos de Segurança Pública. Curitiba será a única cidade-sede onde o CCDA estará sob a coordenação da Força Aérea Brasileira.

EXPRESSO MT (MT)



Operação impede 16 aeronaves de levantarem voo em Mato Grosso

Dezesseis aeronaves de pequeno porte foram impedidas de levantar voo desde quarta-feira (26) em aeródromos de Mato Grosso. O impedimento às decolagens foi aplicado durante a operação "Voe Seguro", deflagrada pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) com a Força Aérea Brasileira (FAB), a Receita e a Polícia Federal com intuito de coibir infrações às regras do tráfego da aviação geral - que abrange aeronaves de pequeno porte, como as agrícolas, táxis aéreos e particulares.
As aeronaves foram impedidas de voar por ação de fiscais da Anac em abordagens nos aeródromos da Grande Cuiabá (o aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande) e de cidades como Barra do Garças, Cáceres, Santo Antônio de Leverger, Poconé, Rondonópolis, Primavera do Leste e Campo Verde.
Ao todo, 13 aeródromos receberam fiscalização em Mato Grosso, segundo o gerente de operações especiais da Anac, Cícero Feitosa. Ele mencionou que o estado, devido a sua extensão, tem um número alto de aeronaves da chamada aviação geral para transporte de pessoas, mas também para a atividade agrícola. Característica também da região Norte. Em Mato Grosso, são 1.325 aeronaves registradas, sendo 839 atualmente na ativa.
O impedimento ao voo nos aeródromos desde quarta-feira foi provocado por irregularidades como falta de documentação de tripulação e aeronaves, falta de manutenção ou condição precária dos equipamentos, carga fora das especificações, táxis aéreos não registrados (piratas), passageiros assentados em local inapropriado e excesso de peso ou de passageiros.
Por comprometerem a segurança de voo, estas irregularidades geraram autos de infração que estão em curso.
De acordo com o capitão especialista em controle de tráfego aéreo da FAB, Ubiraci da Silva Pereira, no ano de 2012 foram registrados no país 180 acidentes envolvendo aeronaves de pequeno porte. Um terço do total de ocorrências havia sido provocado por desvios de conduta por parte dos pilotos, explica o capitão.
Exemplos disso são casos em que o piloto trafega em altura diferente da especificada no plano de voo ou em que até decola sem sequer ter um plano de voo. Tais situações motivaram o início das operações “Voe Seguro” em janeiro de 2013. O número de acidentes na aviação geral caiu em percentual pouco acima de 9% entre 2012 e 2013, segundo a Anac.
As operações Voe Seguro têm sido realizadas por regiões. Nesta quarta e nesta quinta-feira, a operação está sendo deflagrada pela quinta vez e abrange os estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. A operação deve prosseguir até amanhã na região.
Até agora, a operação contou com a abordagem a 26 aeronaves em solo por parte da Anac. Outras 174 foram monitoradas em voo pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), ligado ao Comando da Aeronáutica. Nesse monitoramento houve até agora apenas uma infração de tráfego aéreo em Mato Grosso.



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