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NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 28/03/2014

Para prevenir acidentes, Anac faz blitz inédita ...


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Mato Grosso do Sul recebeu ontem, pela primeira vez, uma operação conjunta da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), Comando da Aeronáutica, Receita Federal e Polícia Federal. A operação “Voe Seguro” é a quinta realizada no país, mas a primeira no Estado, que conta com mais de 450 aeronaves de aviação geral em operação. A reportagem está na edição de hoje (27) do jornal Correio do Estado ...




Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.




PORTAL G-1


Passageira morre após passar mal em voo que seguia de Brasília para SP


Avião fez pouso de emergência em Ribeirão Preto para socorro da vítima. Mulher de 41 anos teve parada cardiorrespiratória e morreu em atendimento.

Uma mulher de 41 anos morreu na noite desta quarta-feira (26), após sofrer uma parada cardiorrespiratória durante um voo comercial da TAM Linhas Aéreas, que seguia de Brasília (DF) para São Paulo (SP), mas que realizou um pouso de urgência no Aeroporto Leite Lopes, em Ribeirão Preto (SP). Segundo o Corpo de Bombeiros, a passageira foi socorrida com vida e levada à Santa Casa da cidade. A assessoria do hospital comunicou, no entanto, que a vítima chegou à unidade sem vida.
A TAM informou que, após desembarque da vítima em Ribeirão Preto, o voo seguiu ao destino final, chegando no aeroporto de Congonhas, na capital paulista, às 22h30, sem prejuízo aos demais passageiros. O voo JJ3725 havia decolado do Aeroporto Internacional Presidente Juscelino Kubitschek, em Brasília, às 20h21.
Ainda segundo a TAM, a tripulação da aeronave prestou os primeiros socorros à passageira, assim que ela começou a passar mal "e, às 21h15, a companhia alternou o voo para Ribeirão Preto."
Em nota, o Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo (Daesp) informou que o Aeroporto Leite Lopes foi comunicado sobre a ocorrência pelo piloto da aeronave, pedindo permissão para pousar em função de emergência médica.
"O Daesp acionou o plano de emergência do aeródromo e todos os órgãos responsáveis para o atendimento: corpo de bombeiros do aeroporto, Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e equipes de resgate dos bombeiros urbano."
Natural de Jacundá (PA), a vítima foi socorrida e levada pelo Samu para a Santa Casa da cidade. De acordo com o hospital, os médicos tentaram realizar procedimentos de ressuscitação por 45 minutos, mas a mulher não respondeu ao atendimento e a morte foi decretada às 22h35. O corpo foi encaminhado ao Serviço de Verificação de Óbito (SVO) para que as causas da morte sejam investigadas.

Aeronáutica e Polícia Civil investigam queda de avião agrícola no RS


Aeronave sofreu acidente no fim da tarde de quarta-feira em Dom Pedrito. Um piloto de 26 anos morreu; investigação irá ouvir testemunhas.

O 5º Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos, localizado em Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre, investiga a queda de um avião agrícola no fim da tarde de quarta-feira (26) em Dom Pedrito, Região da Campanha do Rio Grande do Sul. Um oficial do órgão se deslocou até o local do acidente ainda naquela noite e levanta possíveis causas da queda. Uma outra investigação acontece na Polícia Civil, que pretende ouvir testemunhas.
Segundo a Brigada Militar, o avião bateu em um bosque de eucaliptos, na zona rural do município, e pegou fogo por volta das 18h. O piloto de 26 anos morreu no local. Ele morava em Itaqui, na Fronteira Oeste, e há um ano pilotava aviões. O corpo da vítima ainda está no Instituto Médico Legal de Bagé e deve ser levado para Itaqui, onde será velado.
Conforme o tenente coronel, Carlos Emmanuel de Queiroz Barbosa, a aeronáutica vai checar informações se o piloto estava sozinho, como estava a sua carteira de habilitação técnica, estado de saúde, tipo e modelo da aeronave, e se a manutenção estava em dia. Esta etapa é chamada de ação inicial. A outra etapa da investigação é conversar com familiares, com o proprietário da aeronave e colegas da empresa para analisar as questões operacionais e médicas.
No âmbito da Polícia Civil, o titular da delegacia de Dom Pedrito, Luis Eduardo Sandim Benites, investiga as causas da queda. Segundo informações preliminares, o avião começou a incendiar quando ainda estava voando. A polícia informou que acionou o Instituto Geral de Perícias para analisar o local. A aeronáutica é a responsável pela perícia do avião.

Famílias oferecerem dinheiro a quem encontrar avião desaparecido no Pará


Parentes e amigos dos passageiros se uniram para dar gratificação. Buscas seguem pelo nono dia consecutivo no município de Jacareacanga.

Após nove dias de buscas pelo bimotor desaparecido em Jacareacanga, sudoeste do Pará, familiares e amigos dos passageiros da aeronave resolveram oferecer um prêmio de R$ 19 mil a quem encontrar o avião. A aeronave decolou do aeroporto de Itaituba às 11h40 do último dia 18 e sumiu 1h20 depois de o piloto ter feito o último contato pelo rádio. Uma passageira chegou a enviar uma mensagem de celular para o tio informando dos problemas no avião.
O avião transportava o piloto, um motorista e três técnicos de enfermagem que seguiam para uma aldeia dos índios Munduruku. Desde então, a Força Aérea Brasileira (FAB) realiza buscas na região. Além das buscas aéreas, voluntários, que incluem moradores de Jacareacanga, funcionários do Distrito Sanitário Indígena e indígenas da tribo Munduruku fazem buscas diárias na mata.
Não tem sinal de nada de que o avião tenha caído. Eles estão vivos em algum lugar e não têm como pedir socorro."Rubélio Santos, tio de uma passageira."Nós, parentes das vítimas e empresários locais de Jacareacanga, nos unimos para oferecer o dinheiro. Não vejo como uma recompensa, mas como uma forma de gratificar quem está se arriscando na mata", afirma Jéssica Fetrim, filha do piloto da aeronave.
Para Rubélio Santos, tio da técnica de enfermagem Rayline Campos, que chegou a enviar SMS de dentro do avião relatando os momentos de pânico devido aos problemas no motor da aeronave, o dinheiro vai incentivar ainda mais as pessoas a buscarem pelos passageiros do avião. "A recompensa vai estimular mais as pessoas, com certeza. Vai ajudar para que as pessoas fiquem com mais vontade de fazer busca e procura", explica Rubélio.
A esperança dos familiares dos passageiros é a de que eles estejam vivos. "O pessoal da busca acha que eles estão vivos. Não tem sinal de nada de que o avião tenha caído. Eles estão vivos em algum lugar e não têm como pedir socorro. A esperança é de que estejam bem", disse o tio de Rayline.
Entenda o caso
Nesta quinta-feira (27), faz 9 dias que o bimotor modelo Beechcraft BE 58 Baron desapareceu em Jacareacanga. A aeronave transportava uma equipe de saúde de Itaituba até uma comunidade indígena em Jacareacanga.
O Ministério da Saúde divulgou o nome das pessoas que estavam a bordo: as técnicas de enfermagem Rayline Sabrina Brito Campos, Luciney Aguiar de Sousa e Raimunda Lúcia da Silva Costa, o motorista Ari Lima, além do piloto Luiz Feltrin.
De acordo com a Força Área Brasileira (FAB), a mata fechada dificulta os trabalhos de busca. “Muitas vezes a gente pensa que um avião que caiu na mata vai abrir uma grande clareira, algo de fácil visualização, mas na verdade não é assim”, explicou o capitão da FAB, Alcides Machado.
Com quatro dias de buscas a FAB adotou novas estratégias para tentar localizar a aeronave. O mesmo território foi varrido pelos aviões, que focaram em locais específicos. Chegou a ser cogitada a possibilidade de o avião estar perto de uma área de garimpo, mas a chance foi descartada.
Um avião P-3 Orion, com capacidade de identificar metais, o mesmo modelo que está sendo empregado nas buscas pelo avião desaparecido da Malaysia Airlines foi deslocado para ajudar nas buscas.
Voluntários também fazem buscas por terra. Índios da tribo Munduruku começaram a participar das buscas. "A expectativa é a gente encontrar. Nossa impressão está dizendo que o avião está lá, que existem sobreviventes e, com fé em Deus, vamos achar eles bem", disse Sandro Waru, um dos índios voluntários.
De acordo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a situação da aeronave desaparecida, de matrícula PR-LMN, estava regular. A Inspeção Anual de Manutenção (IAM) e o Certificado de Aeronavegabilidade (CA) estavam em dia.

Apesar de atraso, Infraero garante "antineblina" no Salgado Filho até Copa


Equipamento ampliará condições de pouso e decolagem sob neblina. Obras foram concluídas, mas sistema precisa ser revisado e homologado

Apesar de atrasos no cronograma e do prazo apertado, o novo Sistema de Pouso por Instrumento do Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, será implantado até a Copa do Mundo. A garantia é da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero). Não há previsão, no entanto, da data exata do início das operações. 
Segundo a Infraero, as obras de adequação da pista e a instalação dos equipamentos do Instrument Landing System de categoria 2 (ILS 2, na sigla em inglês) foram encerradas em fevereiro. O último prazo divulgado era dezembro, mas as chuvas provocaram atrasos, diz a empresa responsável pela administração do terminal. Agora os contratos estão em fase de recebimento, isto é, de verificação de eventuais pendências antes da conclusão oficial.
Com custo total de R$ 46,5 milhões, o ILS 2 vai ampliar as condições de pousos e decolagens em condições de baixa visibilidade e evitar que o Salgado Filho continue refém da neblina durante o outuno e inverno, época que coincidirá com a realização da Copa no país. Em 2013, o mau tempo provocou o fechamento do aeroporto por mais de 108 horas.
Atualmente, o Salgado Filho opera com o ILS 1, que não permite pousos com teto (distância entre a camada de nuvens e o solo) inferior a 60,9 metros e visibilidade horizontal de 800 metros. O ILS 2 reduzirá esses números pela metade: 30,4 e 400 metros, respectivamente.
O problema é que, após sucessivos atrasos, a Infraero terá que correr contra o relógio para aprontar tudo antes da Copa. Isso porque o sistema ainda terá de ser testado pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), órgão vinculado à Aeronáutica, e depois homologado pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
Em dezembro passado, o superintendente da Infraero na Região Sul, Carlos Alberto da Silva Souza, disse ao G1 que pretendia pedir a homologação do ILS 2 para a Anac ainda em 2013 e que seriam necessários de 60 a 90 dias para a conclusão do processo. A Copa do Mundo começa em 12 de junho, daqui a exatos 76 dias.
O coordenador do curso de Ciências Aeronáuticas da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), Hildebrando Hoffman, explica a importância e a demora da homologação do ILS 2. “Todo o sistema precisa ser aferido, ajustado. Para fazer isso, são necessários vários voos com aviões-laboratório do Grupo Especial de Inspeção em Voo (GEIV). Além disso, as cartas do aeródromo precisam ser atualizadas e depois distribuídas para empresas e aviadores", explica.
Mesmo que o ILS 2 esteja operando durante a Copa, como prevê o planejamento da Infraero, Porto Alegre não ficará livre de eventuais atrasos ou cancelamentos de voos por causa do nevoeiro, adverte Hoffman. O aeroporto Afonso Pena, em Curitiba, dispõe do sistema e no ano passado só não ficou mais tempo fechado do que o Salgado Filho. "O ILS 2 diminui a incidência de fechamentos, mas não a totalidade. Só o ILS 3 permite pousos com visibilidade e teto zero. Mas antes de pensar nele o Salgado Filho tem que resolver outros problemas, como o comprimento da pista", destaca Hoffman.
Por esse motivo, a Força Aérea Brasileira (FAB) e Anac elaboraram um plano B para o Salgado Filho durante a Copa. Os detalhes foram divulgados na última sexta-feira (21), durante apresentação em Brasília. Em caso de fechamento, os voos poderão ser direcionados para outros aeroportos. O principal ponto de apoio para viagens de autoridades, internacionais e domésticas, será Florianópolis, em Santa Catarina.
As cidades de Caxias do Sul e Pelotas serão alternativas iniciais para voos domésticos, enquanto Passo Fundo pode ser usada para táxi aéreo. A Base Aérea da FAB em Canoas, na Região Metropolitana, também servirá ao desembarque de autoridades durante a Copa.

Força Nacional de Saúde chega a RO para atuar em área isolada pela cheia


Equipe médica vai agir no socorro às vítimas da cheia histórica do Mamoré. Famílias de Guajará-Mirim e de dois distritos receberão atendimentos.

ImagemMédicos da Força Nacional de Saúde chegaram a Guajará-Mirim (RO) na manhã desta quinta-feira (27). A equipe formada por dois médicos, dois enfermeiros e dois auxiliares de enfermagem vai atuar no socorro às vítimas da enchente histórica dos rios Madeira e Mamoré, que já atingiu mais de 760 famílias da região. Segundo o governador Confúcio Moura, que acompanhou os especialistas na viagem, a equipe de saúde deve ficar no município até o dia 2 de abril. O Rio Mamoré atingiu cota histórica no dia 17 de março, quando marcou 13,21 metros. Nesta quinta, o nível está em 14,22 metros, elevação de um metro em apenas 10 dias.
Os médicos da Força Nacional irão a campo junto com médicos locais para atuar no combate a doenças. As equipes vão atender atingidos e elaborar relatórios diários que serão encaminhados a Brasília. Caso seja necessário, Confúcio Moura garantiu que a permanência dos médicos poderá ser prorrogada, na região. “A necessidade é não deixar que doenças graves venham acometer a cidade. Temos que agir agora”, afirmou o governador ao desembarcar no Aeroporto de Guajará-Mirim com a equipe médica.
Durante a visita à região, Confúcio Moura afirmou que a situação no município é grave. "Além de isolados, [Guajará-Mirim e Nova Mamoré] estão ilhados. A nossa situação já é veiculada em todo lugar. Estive em Brasília em vários ministérios, levantando essa situação”, garante o governador. A situação na região de fronteira com a Bolívia se agravou em fevereiro, quando a BR-425 foi fechada, porque a água do Rio Araras, afluente do Madeira, invadiu a pista da rodovia federal e inundou o asfalto e as pontes.
"A nossa expectativa é atender aos pacientes clínicos, de emergência, traumas, gestantes, que estejam precisando de tratamento adequado neste momento de crise. A partir de hoje, todos os pacientes que necessitarem serão transferidos para hospitais com vaga garantida. Faremos um trabalho de prevenção, pois quando baixarem as águas, ocorrem situações comuns de doenças pós-enchente. Somos uma equipe especializada, treinada para situações de extrema necessidade”, afirma coordenador da equipe médica da Força Nacional de Saúde, Lissandro Luis da Silva.
Em março, o Rio Mamoré registrou enchente histórica e vários bairros e a região central de Guajará estão inundados. Na terça-feira (25), o prefeito de Guajará, Dulcio Mendes, decretou estado de calamidade. A medida, segundo o governo estadual, agiliza o processo de reconstrução da cidade, pois permite compras e ações rápidas, desde que hajam informações contidas no sistema da Defesa Civil.
Segundo a secretária de Saúde do município, Alexandra Tanaka, o posto de saúde Maria Augustinho será a base de atendimento dos médicos da Força Nacional. Além do município, a equipe irá atuar em dois distritos também afetados pela cheia - Surpresa e Iata. Dados atualizados do Corpo de Bombeiros indicam que Guajará-Mirim e Nova Mamoré têm mais de 760 famílias atingidas. Cinquenta e oito estão desabrigadas em Guajará e 556 foram desalojadas; Nova Mamoré já contabiliza 123 famílias desalojadas e 24 desabrigadas.

Operação impede 16 aeronaves de levantarem voo em Mato Grosso


Aeronaves foram impedidas de voar na operação 'Voe Seguro'. Operação é da Anac junto à FAB, Polícia Federal e Receita Federal.

 Dezesseis aeronaves de pequeno porte foram impedidas de levantar voo desde quarta-feira (26) em aeródromos de Mato Grosso. O impedimento às decolagens foi aplicado durante a operação "Voe Seguro", deflagrada pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) com a Força Aérea Brasileira (FAB), a Receita e a Polícia Federal com intuito de coibir infrações às regras do tráfego da aviação geral - que abrange aeronaves de pequeno porte, como as agrícolas, táxis aéreos e particulares.
As aeronaves foram impedidas de voar por ação de fiscais da Anac em abordagens nos aeródromos da Grande Cuiabá (o aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande) e de cidades como Barra do Garças, Cáceres, Santo Antônio de Leverger, Poconé, Rondonópolis, Primavera do Leste e Campo Verde.
Ao todo, 13 aeródromos receberam fiscalização em Mato Grosso, segundo o gerente de operações especiais da Anac, Cícero Feitosa. Ele mencionou que o estado, devido a sua extensão, tem um número alto de aeronaves da chamada aviação geral para transporte de pessoas, mas também para a atividade agrícola. Característica também da região Norte. Em Mato Grosso, são 1.325 aeronaves registradas, sendo 839 atualmente na ativa.

O impedimento ao voo nos aeródromos desde quarta-feira foi provocado por irregularidades como falta de documentação de tripulação e aeronaves, falta de manutenção ou condição precária dos equipamentos, carga fora das especificações, táxis aéreos não registrados (piratas), passageiros assentados em local inapropriado e excesso de peso ou de passageiros.
Por comprometerem a segurança de voo, estas irregularidades geraram autos de infração que estão em curso.
De acordo com o capitão especialista em controle de tráfego aéreo da FAB, Ubiraci da Silva Pereira, no ano de 2012 foram registrados no país 180 acidentes envolvendo aeronaves de pequeno porte. Um terço do total de ocorrências havia sido provocado por desvios de conduta por parte dos pilotos, explica o capitão.

Exemplos disso são casos em que o piloto trafega em altura diferente da especificada no plano de voo ou em que até decola sem sequer ter um plano de voo. Tais situações motivaram o início das operações “Voe Seguro” em janeiro de 2013. O número de acidentes na aviação geral caiu em percentual pouco acima de 9% entre 2012 e 2013, segundo a Anac.
As operações Voe Seguro têm sido realizadas por regiões. Nesta quarta e nesta quinta-feira, a operação está sendo deflagrada pela quinta vez e abrange os estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. A operação deve prosseguir até amanhã na região.
Até agora, a operação contou com a abordagem a 26 aeronaves em solo por parte da Anac. Outras 174 foram monitoradas em voo pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), ligado ao Comando da Aeronáutica. Nesse monitoramento houve até agora apenas uma infração de tráfego aéreo em Mato Grosso.

JORNAL ESTADO DE MINAS


Giro pelo Brasil



Enchentes
Acre sem comida

O bloqueio da rodovia BR-364 há mais de um mês, único acesso por terra ao Acre, agravou a crise de desabastecimento de combustíveis e alimentos no estado. A obstrução é ocasionada pela cheia histórica do Rio Madeira, cujo nível atingiu 19,68m acima do normal ontem. Além da falta de gasolina e óleo diesel, Rio Branco convive com a escassez de legumes, frutas e verduras. O transporte de alimentos feito em aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) já não atende à demanda do mercado local. Em Porto Velho (RO), há 4 mil famílias afetadas pela cheia do Rio Madeira e, no Pará, 11 mil, atingidas pelas cheias dos rios Tocantins, Xingu e Tapajós.
Rio

Traficante preso

A Polícia Federal (PF) usou um veículo aéreo não tripulado (Vant), uma espécie de avião com câmera e sem piloto, para monitorar os passos do traficante Marcelo Santos das Dores, de 32 anos, o Menor P, preso na quarta-feira. Chefe do tráfico do Terceiro Comando Puro (TCP), ele afirmou, na delegacia, ser "o dono" de 11 das 16 favelas do Complexo da Maré, Zona Norte do Rio. O Vant, que tem 4m de comprimento, será usado na ocupação do conjunto de favelas por tropas federais, em 7 de abril.

JORNAL O DIA


Polícia Federal usou drone para prender traficante Menor P


Equipamento foi peça essencial na operação que aconteceu na noite desta quarta, na Zona Oeste. Traficante não resistiu a prisão e quando questionado, disse ser "o dono da Maré"

Rio - A Polícia Federal divulgou na manhã desta quinta-feira detalhes da prisão do traficante Marcelo Santos das Dores, o Menor P, na noite de quarta, em Jacarepaguá, Zona Oeste do Rio. De acordo com o Superintendente Regional da PF, Roberto Cordeiro, a utilização do veículo aéreo não tripulado (VANT), popularmente conhecido como drone, durante a investigação foi primordial para a captura do traficante.

"A investigação para prender o Menor P durou cerca de um ano. Nesse período utilizamos o VANT que acabou sendo importante nesta operação. A Secretaria de Segurança do Estado solicitou a utilização do aparelho na ocupação do Complexo da Maré", diz.
Os agentes da PF ficaram durante toda a quarta-feira em frente ao prédio, na Avenida Geremário Dantas, onde Menor P foi encontrado. O objetivo agora é descobrir quem é o proprietário do apartamento duplex, com piscina, onde estava escondido o traficante.
De acordo com o superintendente, Menor P não resistiu a prisão e quando questionado, ele disse ser "o dono da Maré". O traficante está preso em Bangu 1, mas sua transferência para um presídio federal, como foi solicitado pelo secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, não está descartada.
"A Polícia Federal vai pedir a transferência dele para um presídio federal. No entanto, dependemos de uma decisão da Justiça", afirma.
Transferido de madrugada para o Complexo de Bangu
Menor P foi preso às vésperas da ocupação do Complexo da Maré pelas forças de segurança do Rio, com o auxílio das Forças Armadas. O Disque Denúncia oferecia R$ 2 mil por informação que levassem a sua captura. O comboio levando o homem apontado pelas forças de segurança do Estado do Rio como o principal líder do TCP e o chefe do tráfico de drogas em 11 das 15 favelas da Maré, deixou a sede da PF por volta das 2h40. De lá, Menor P foi levado para o Instituto Médico Legal (IML), em São Cristóvão, onde foi submetido a exame de corpo de delito. Lá, ele permaneceu por cerca de 20 minutos e foi levado para o Complexo de Bangu.
A ação para prender Menor P contou com 15 agentes da DRE. O imóvel onde ele foi preso, na Avenida Geremário Dantas, no Pechincha, vinha sendo monitorado. Para surpreender o traficante, os policiais desligaram a luz do apartamento, quando Marcelo se preparava para assistir ao jogo do Flamengo pelas semifinais do Campeonato Carioca. Ao se levantar para ver o que ocorria, ele acabou preso no segundo andar do imóvel. Três agentes entraram pelo telhado e dois pela porta. Os outros dez cercaram o edifício. O traficante estava sozinho, desarmado e não reagiu. Não foram encontradas armas ou drogas no apartamento. Os agentes apreenderam uma mochila com R$ 4 mil. Ele teria dito aos policiais que pensava em sair do país. "Perdi. Na moral, sem esculacho", disse aos agentes no momento da rendição.
Contra Menor P havia oito mandados de prisão. Ele tinha passagens e condenações por trafico e associação para o tráfico de drogas. Foragido do sistema penitenciário fluminense desde 2007, quando recebeu o benefício do regime semi-aberto, Marcelo não retornou mais ao Instituto Penal Plácido Sá de Carvalho, em Bangu, onde cumpria pena desde 2003. Menor P assumiu o posto de líder do tráfico no complexo de favelas da Maré, após a prisão de outros chefões do TCP.
Segundo investigações da polícia, Menor P é temido por moradores do Complexo da Maré, rivais no tráfico de drogas e desafetos, por ser considerado um bandido violento e sanguinário. Ele é acusado de ordenar torturas e execuções.
Para o advogado de Menor P, Nilson Lopes, que esteve na sede da PRF durante a madrugada, a intenção da Secretaria de Segurança Pública de pedir a transferência do cliente dele para um dos presídios federais é política, mas deve ser acatada caso concedida.
"Ele tem que ficar perto da família dele, por uma questão óbvia. É uma prisão preventiva. Mas, o interesse público prevalece sobre o privado. Ele está tranquilo, lúcido e ciente sobre o que apontam sobre ele", disse Nilson Lopes. Ele negou que Menor P tenha confessado aos policiais federais de que é o chefe do tráfico em parte do Complexo da Maré. O advogado disse que cliente se manterá em silêncio e só falará em juízo.
Nem da Rocinha também foi preso antes de ocupação
Menor P não foi o primeiro criminoso apontado como líder de facção criminosa e chefe do tráfico de drogas no Rio a ser preso às vésperas da ocupação de seu reduto. Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem da Rocinha, hoje com 38 anos, da Amigos dos Amigos (ADA), foi preso no porta-malas de um carro, na Avenida Epitácio Pessoa, na Lagoa, Zona Sul do Rio.
Nem foi preso por policiais do Batalhão de Choque, no dia 9 de novembro de 2011. Ele foi capturado no porta-malas de um carro de luxo, após deixar a Favela da Rocinha, em São Conrado. A comunidade estava cercada pela PM para a tomada das forças de segurança, ocorrida dois dias depois.
Na ocasião, o traficante era o bandido mais procurado do Rio. O Disque-Denúncia oferecia R$ 3 mil por sua captura. A UPP da Rocinha foi instalada na comunidade no dia 20 de setembro de 2012.

JORNAL VALOR ECONÔMICO


Infraero sai do azul e tem prejuízo recorde em 2013



O balanço da Infraero tomou um banho de vermelho em 2013, primeiro ano completo após as privatizações de três grandes aeroportos de sua antiga rede, registrando o pior resultado financeiro de sua história. A estatal teve prejuízo de R$ 1,224 bilhão no ano passado, antes dos investimentos, que normalmente são excluídos do balanço porque os ativos aeroportuários pertencem à União. Quando se somam os investimentos, o vermelho fica mais forte e sobe para R$ 2,654 bilhões.
Esse quadro ilustra o tamanho do desafio da Infraero para se adequar à nova realidade do setor, que teve o monopólio quebrado em 2012, com as concessões de três aeroportos superavitários: Guarulhos, Viracopos e Brasília. Juntos, eles correspondiam à movimentação de 30% dos passageiros, 57% da carga e 19% das aeronaves do sistema.
O processo de transferência desses aeroportos à iniciativa privada, após uma fase de transição, foi concluído no último trimestre de 2012. Naquele ano, a estatal teve lucro de R$ 396,7 milhões (antes dos investimentos) e de R$ 114,6 milhões (depois). Ambos os resultados eram positivos, sem exceção, desde 2008.
Para o diretor de administração da Infraero, Mauro Pacheco, a empresa vive um "período de transição" e os resultados do ano passado são "incomparáveis" com exercícios anteriores. Além da perda dos três aeroportos, houve uma "somatória de eventos" com reflexos negativos no balanço, segundo o executivo.
A combinação mencionada por Pacheco inclui uma despesa de R$ 191 milhões com o programa de demissões voluntárias, que já teve a adesão de aproximadamente 800 empregados, e a perda de receitas do adicional do Ataero, uma taxa aeroportuária que engordava o caixa da estatal e agora vai parar diretamente no Fundo Nacional de Aviação Civil.
Pacheco explica ainda que, por orientação de auditores independentes, a Infraero se adequou antecipadamente às exigências do padrão internacional de relatórios financeiros conhecido pela sigla IFRS. Com isso, foi preciso baixar em R$ 398 milhões o valor "recuperável" de investimentos feitos em aeroportos que permanecem na rede da estatal, além de aumentar em R$ 383 milhões as provisões para clientes "duvidosos". Essas pressões no balanço, conforme pondera o diretor, não devem se repetir em 2014 ou ter seus efeitos bastante atenuados.
"É uma condição transitória de desajustes", afirma Pacheco, sem negar o peso da retirada de grandes aeroportos superavitários da lista de terminais administrados pela Infraero. Os contratos de concessão de mais dois aeroportos - Galeão (RJ) e Confins (MG) - devem ser assinados na semana que vem. A transição operacional será concluída em agosto.
"Há um lado negativo e um lado positivo. O negativo é que perdemos três aeroportos importante, vamos perder mais dois e temos o desafio de nos equilibrarmos financeiramente nos próximos anos", observa o diretor administrativo. "O positivo é que estamos nos reestruturando e procurando ser mais eficientes na geração de receitas, bem como na redução de despesas. E temos 49% de participação em concessionárias que buscam o lucro e já podem render dividendos aos acionistas a partir de 2017 ou 2018."
O novo quadro financeiro revela uma empresa mais dependente do Tesouro Nacional para manter seus investimentos nos aeroportos, que também atingiram valor recorde no ano passado, e com um longo caminho a percorrer até sua desejada abertura de capital. A meta do presidente da estatal, Gustavo do Vale, é prepará-la para uma oferta inicial de ações em torno de 2016.
Para isso, a empresa de consultoria Falconi fez um trabalho detalhado, com sugestões para o enxugamento de custos e a exploração de mais receitas. As dificuldades, no entanto, são óbvias.
Por exemplo: o programa de demissões voluntárias tornou-se ainda mais necessário, porque apenas 27% dos empregados da Infraero nos três aeroportos privatizados em 2012 decidiram migrar para as novas concessionárias, apesar dos incentivos negociados com os sindicatos antes dos leilões. Agora, em 2014, o número de funcionários que mudarão para as operadoras privadas do Galeão (Odebrecht TransPort) e de Confins (CCR) é incógnita.
Não menos desafiador é o fato de que a Infraero ficou basicamente, tirando algumas exceções, com o "osso" do sistema aeroportuário. Basta ver a diferença dos resultados operacionais: essa conta saiu de um azul de R$ 994,8 milhões em 2012 para um saldo de R$ 80,8 milhões em 2013. Com a perda de mais dois aeroportos superavitários, há boas chances de que esse indicador também entre no vermelho neste ano, apesar do esforço no sentido contrário.

Aéreas investem no setor de serviços



O potencial de crescimento dos serviços em aeroportos para jatos executivos está atraindo a atenção de várias empresas. Ontem, a Embraer inaugurou um novo centro de serviços no aeroporto de Sorocaba (SP) para atender à frota crescente de jatos da marca no Brasil e também para fornecer serviços voltados à operação de aeronaves executiva.
O mercado de serviços está crescendo no Brasil, principalmente nas capitais com o maior movimento de aviação executiva do país, afirma o diretor dessa área da TAM Aviação Executiva, Leonardo Fiuza.
A empresa, segundo ele, estruturou seus equipamentos de suporte de solo para se adequar ao perfil das aeronaves que estarão no país na Copa do Mundo, além de treinamento de pessoal e divulgação internacional da estrutura de serviços da companhia. "O crescimento nesta atividade é uma decisão estratégica da empresa e será ainda maior adiante e não apenas para a Copa do Mundo", disse.
A Líder Aviação também espera reforçar a área de atendimento aeroportuário da aviação executiva durante o evento esportivo. Segundo a diretora da unidade de atendimento aeroportuário da Líder, Cynthia Oliveira, a expectativa é de que haja um aumento de 100% na movimentação de aeronaves nos 24 centros de serviços da empresa no território nacional.
"Temos hoje 350 profissionais dedicados ao atendimento aeroportuário, que faz a logística de viagens executivas nacionais e internacionais e todo o atendimento em solo", afirmou. A Líder investiu R$ 20 milhões em um novo hangar no aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, e R$ 10 milhões em um hangar em Itanhaém, que será inaugurado em maio.
A inauguração do novo centro de serviços da Embraer trouxe para o aeroporto de Sorocaba a empresa Universal Aviation, divisão de apoio em solo da Universal Weather and Aviation. A companhia americana instalou uma base no local, que funcionará como provedora de serviços para a Embraer e também para terceiros.
O vice-presidente da Universal Aviation, Adolfo Aragon, disse que a empresa está preparada para apoiar os operadores de jatos Executivos da Embraer e também outros clientes em missões para Sorocaba, dentro do mesmo padrão de serviços que utiliza nos mais de 40 pontos de atendimento em todo o mundo.
Segundo o secretário de desenvolvimento econômico de Sorocaba, o aeroporto da cidade já atraiu mais de 30 empresas nos últimos anos e se tornou hoje o segundo no mundo que reúne num mesmo espaço as empresas Embraer, Dassault, Gulfstream e a Bombardier. A canadense possui hoje uma oficina autorizada no local, mas já fez consultas visando a instalação de uma base da própria no local.

JORNAL O ESTADO DE SÃO PAULO


Enxugando gelo



Os ataques de bandidos contra policiais das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) em favelas do Rio de Janeiro nos últimos dias mostram que a "pacificação" desses aglomerados urbanos, cantada em prosa e verso pelos governos estadual e federal, só se realiza enquanto o crime organizado permite. A impotência do Estado fluminense ante a força dos narcotraficantes, a despeito de toda a propaganda em torno das UPPs, fica ainda mais patente quando a saída encontrada é, mais uma vez, o despropositado apelo às Forças Armadas.
Para justificar a presença dos militares, o secretário de Segurança do Rio, José Mariano Beltrame, afirmou que a capital enfrenta "problemas de guerra". Segundo sua lógica, a própria existência de um conflito armado mostra que "nossa política está certa" e que o tráfico "está perdendo força". Os policiais mortos pelos traficantes que o digam.
Quase seis anos depois da instalação das primeiras UPPs, tidas pelo governo estadual como a solução definitiva para a segurança pública do Rio, tal escalada de violência deveria pertencer ao passado. O fato, porém, é que a indecisão do Estado em agir efetivamente contra o narcotráfico, preferindo atitudes cosméticas, transformou a política de "pacificação" no equivalente a enxugar gelo: funciona somente o tempo necessário para que os criminosos se reorganizem. E então recomeça o ciclo de violência, repressão militar e ocupação dos morros, o que rende boas fotos - e eventualmente votos -, mas não efeitos duradouros.
O renovado ciclo de violência indica que a "pacificação" não integra uma estratégia de longo prazo. Graças à fraqueza do poder público, que hesita em ir até o fim no combate ao crime organizado, os bandos de narcotraficantes rapidamente se adaptam à presença dos policiais nas UPPs, que por sua vez não afeta o fluxo das drogas e do dinheiro. Enquanto isso, a frouxa repressão à venda de entorpecentes morro abaixo, nos bairros ricos do Rio, sugere que o crime continuará a ter financiamento farto, podendo armar-se com equipamentos tão bons ou melhores do que os da polícia, além de corromper políticos e policiais.
A isso se deve somar o fato de que o governo não complementa a pacificação com uma política sustentável de recuperação social das favelas. Não se dá o sentido de comunidade a um lugar em que o esgoto corre a céu aberto, a moradia é precária, não há serviços essenciais e está à mercê de bandidos e de policiais corruptos - ainda que por perto haja uma UPP com um punhado de policiais bem-intencionados. A descrença no poder público frutifica nesse terreno, levando os moradores a aceitar a proteção e a estabilidade oferecidas pelos chefões do tráfico. E o atual confronto mostra que, nos morros "pacificados", quem segue dando as cartas são as facções criminosas, razão pela qual o governo do Estado pediu ajuda do Exército.
A entrada dos militares nos morros e nas favelas, como a história já demonstrou exaustivamente, é tão inútil quanto perigosa. Pode-se imaginar o escândalo que surgirá quando tombar o primeiro civil morto por um soldado do Exército, ainda que este tenha agido em legítima defesa. Não há prevenção que mude o fato de que as Forças Armadas são treinadas para agir em ambientes em que não se costuma dar voz de prisão ao inimigo.
Em razão disso, para atacar os narcotraficantes, as Forças Armadas teriam de estar amparadas por decreto de intervenção federal, instrumento que lhe daria a chefia da missão. Sabe-se, porém, que o Exército será apenas força auxiliar nessa tentativa de ocupar momentaneamente um território hostil - como se as favelas fossem meros encraves estrangeiros que incomodam, de tempos em tempos, a pax carioca.
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse que o Exército vai permanecer "o tempo que for necessário" nas favelas conflagradas. O repto do ministro, porém, não muda o fato de que os soldados logo se retirarão e então tudo voltará a seus lugares, sem que, mais uma vez, os principais problemas que originaram a violência sejam sequer tocados.

Munição desviada do Exército no Rio é vendida ao PCC


Pelo menos 700 balas de fuzil foram repassadas por dois militares do Batalhão de Infantaria Leve, com sede em Campinas, segundo investigação

RIO - Pelo menos 700 balas de fuzil calibre 7.62 que foram desviadas da Força de Pacificação do Exército, que atuou nos complexos do Alemão e da Penha até 2012, foram revendidas para traficantes do Primeiro Comando da Capital (PCC). O caso vem à tona às vésperas da ocupação da Maré. O Ministério Público Militar (MPM) ainda investiga o sumiço de outros 28 mil cartuchos de fuzil 7.62 da ocupação no Alemão.
As 700 balas foram repassadas por dois militares do 28.º Batalhão de Infantaria Leve (BIL), com sede em Campinas, ao traficante Luciano Santana Barbosa, o Malaca, de 35 anos, segundo denúncia do MPM. Denunciado pelo crime de receptação, Malaca teve a prisão preventiva decretada pela Justiça Militar no dia 20. Se condenado, pode pegar até cinco anos de prisão. Acusado de integrar o PCC, Malaca está foragido desde julho de 2010, quando escapou do Presídio de Pedrinhas, em São Luís (MA).
Também foram denunciados o sargento Ivan Carlos dos Santos, de 40 anos, e o soldado Geraldo Júnior Rangel dos Santos, de 22. Lotados no 28.º BIL, respondem pelo crime de peculato e furto. A pena varia de 3 a 15 anos de reclusão.
O desvio das 700 munições do Exército foi descoberto por acaso, durante uma investigação conduzida pela 5.ª Delegacia de Repressão a Roubo a Bancos, da Polícia Civil de São Paulo, sobre uma quadrilha especializada em explodir caixas eletrônicos no interior do Estado.
O sargento Ivan foi flagrado em interceptações telefônicas negociando munições para fuzis AK-47 com dois traficantes. Também foram monitoradas mensagens de texto, nas quais descobriu-se que cada cartucho era vendido por R$ 10.
Com isso, os investigadores obtiveram na Justiça comum um mandado de busca e apreensão na residência do sargento. A ordem foi cumprida em 6 de abril do ano passado. Os policiais encontraram 23 munições de fuzil 7.62, 20 munições e um carregador de pistola 9mm, além de munição de festim.
Venda. Depois de ser preso, o sargento Ivan admitiu, em depoimento à polícia, ter vendido 700 munições de fuzil 7.62 para Malaca. Segundo o militar, as balas eram "sobras" da Operação Arcanjo 6, desempenhada por militares do 28.º BIL no Complexo do Alemão, no Rio, em 2012. Ele exercia a função de furriel (responsável pelo controle de uso de munição). Na delegacia, o sargento reconheceu o traficante Malaca por foto. Disse ainda que as balas foram entregues ao bandido por ele próprio, numa praça de Campinas.
Já o soldado Rangel, que era auxiliar do sargento Ivan, disse à Polícia Civil que tinha a incumbência de registrar o uso de munições nos treinamentos no 28.º BIL. Admitiu que registrava mais munições do que as efetivamente consumidas. Revelou ainda que o sargento guardava as munições desviadas no cofre da sala do furriel, e que depois as transportava para casa. O soldado também admitiu ter fornecido ao sargento o contato de Malaca.
Os dois militares tiveram a prisão decretada pelas Justiças comum e Militar. O soldado já responde em liberdade. O sargento permanece preso preventivamente por conta do processo na Justiça comum.
Outro lado. Apesar de admitirem o crime à polícia, em depoimento à Justiça Militar os militares negaram as acusações. O advogado José Ricardo de Mattos, que defende o sargento, disse que as munições encontradas na casa dele eram de festim. O advogado Samuel Pacheco, que representa Rangel, alegou que ele não é citado nas interceptações telefônicas negociando as munições. O Estado não localizou o advogado de Malaca.

JORNAL FOLHA DE SÃO PAULO


Transferência de voos para novos terminais tem que ser tranquila, diz ministro



As companhias aéreas e os aeroportos privatizados vão entregar ao governo nos próximos dez dias um cronograma de transferência de operações de voos para os novos terminais.
Apesar de todos os esforços para que os novos terminais de Guarulhos, Viracopos, Brasília e mais o aeroporto de São Gonçalo do Amarante (grande Natal) fiquem prontos antes da Copa do Mundo, as companhias aéreas estão relutando em transferir operações antes do evento, para evitar transtorno aos passageiros, como perda de bagagens.
No caso de Guarulhos, a Folha apurou que a TAM, que será a maior operadora do novo terminal, dedicado a voos internacionais, prefere se mudar só depois de agosto. O mesmo acontece com a Azul em Viracopos, que deve entrar na Copa com uma operação quase que simbólica, com voos da TAP e de fretamento. A Azul, que é responsável por mais de 90% do voos do aeroporto, só pretende se mudar depois da Copa.
O assunto foi discutido nesta quinta-feira pelo Ministro da Aviação Civil, Moreira Franco, e os presidentes de TAM, Gol, Azul e Avianca e também das concessionárias de aeroporto, GRU Airport, Aeroportos Brasil e Inframérica. Após o encontro, o ministro assegurou que não haverá "açodamento" e que a transferência tem que ser feita de forma "tranquila, sem prejuízo aos passageiros".
A transferência de terminais de aeroportos é considerada extremamente complexa. Em Heathrow, na Inglaterra, a transferência dos voos da British Airways para o Terminal 5, inaugurado em maio, gerou um grande caos, com 42 mil bagagens perdidas em dez dias e mais de 500 voos cancelados.
Para evitar problemas similares, no caso de Guarulhos, as empresas estrangeiras e a TAM e já haviam montado um calendário de transferência de voos para o novo terminal.
Na reunião de ontem, as empresas apresentaram alguns questionamentos técnicos de cronograma de conclusão de obras para os aeroportos, para que possam planejar a transferência nos quatro aeroportos no menor tempo possível e com segurança. "Foi uma reunião extremamente positiva, que serviu para alinhar todos os agentes envolvidos neste processo", disse o presidente da Abear, Eduardo Sanovicz.
Uma das maiores preocupações é com São Gonçalo do Amarante.

Embora a concessão não exija que o aeroporto fique pronto para a Copa, a Inframérica se comprometeu a entregar o aeroporto em abril. Após visita do ministro ao aeroporto na semana passada, a inauguração foi transferida para a primeira quinzena de maio. A definição exata da inauguração é ainda mais sensível pois afeta até o controle de tráfego aéreo.

Faltando menos de três meses para a estreia do Mundial, não se sabe ao certo se os voos partirão do aeroporto novo ou do velho (Augusto Severo), que será desativado com a estreia do novo.

JORNAL ZERO HORA


Aeronáutica investiga queda de avião



Investigadores do 5ºServiço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa V), da Aeronáutica, realizaram ontem uma perícia no avião que caiu na noite de quarta-feira em Dom Pedrito, na Campanha. O objetivo do órgão é investigar as causas da queda, que matou o piloto Éverton Alan Roos, 26 anos.
De acordo com o tenente-coronel Carlos Emmanuel de Queiroz Barboza, a perícia durou cerca de três horas e, como envolveu uma morte, incluiu uma análise minuciosa do motor.
– A aviação agrícola é uma atividade de risco, campeã em acidentes na região – afirma.
Segundo ele, as principais causas de acidentes com este tipo de aeronave são as pistas precárias, a manutenção inadequada dos aviões e a falta de experiência dos pilotos – que devem planejar as viagens de acordo com a quantidade de produto a ser usado na lavoura, sem exceder a capacidade da aeronave
Manobras arriscadas, feitas para ganhar tempo, também estão entre as causas de acidentes na aviação agrícola, já que os pilotos costumam voar baixo durante a pulverização, conforme Barboza.
A Polícia Civil também investiga o caso. O avião caiu quando o piloto retornava para a pista onde a aeronave ficaria estacionada.

JORNAL BRASIL ECONÔMICO


Acre, isolado, receberá combustível do Peru


Todos os acessos por via terrestre ao estado estão interditados pela cheia do Rio Madeira

O Estado do Acre foi autorizado, pelo governo federal, a comprar combustível no Peru, para aliviar a crise de abastecimento, anunciou ontem o governador Tião Viana. Ele disse que pediu autorização para importar 2 milhões de litros de combustíveis.O estado está isolado do restante do país, por via terrestre, devido à cheia do Rio Madeira que interditou alguns trechos da BR-364, que liga o Acre a Rondônia. Viana alertou que a situação de crise deve se estender por mais 30 dias.
Ontem, estava prevista a chegada de mais 350 mil litros de combustível em Rio Branco. A previsão é que, no início da noite de hoje, uma balsa com mais 600 mil litros chegue à Boca do Acre. Ontem, os postos de gasolina de Rio Branco receberam 450 mil litros de combustível, enquanto o normal é 330 mil litros por dia. Os postos da capital estão desabastecidos e com longas filas de consumidores, por causa das dificuldades de navegação e problemas de logística.
O governador alertou que algumas pessoas estão esvaziando o tanque para armazenar combustível e abastecer novamente, medida que, segundo ele, não é necessária. O Procon estadual alerta que armazenar combustível ilegalmente é crime ambiental e expõe a população a riscos.
Outra situação grave é o abastecimento de produtos, pois trechos da BR-364 estão fechados há uma semana. O estado continua importando bens procedentes do Peru. Na tarde de ontem, chegou em Rio Branco uma carreta com 29 mil quilos de frutas, que foram distribuídas aos supermercados. Na próxima terça-feira, três carretas, com 125 toneladas de verduras, devem chegar ao estado. A importação é possível devido à resolução da Agência Nacional de Transportes Terrestres, que autoriza empresas acrianas a fazer o transporte de mercadorias peruanas pelo período de 90 dias.
Aeronaves comerciais e da Força Aérea Brasileira (FAB) também estão levando para o Acre alimentos e remédios. Ontem, um voo da FAB desembarcou na capital com 12 toneladas de medicamentos. Na manhã de hoje, chegaram dois voos, um da FAB e um fretado, com 12 toneladas e 21 toneladas, respectivamente, de produtos hortifrutigranjeiros, com destino a Rio Branco e Cruzeiro do Sul.

JORNAL CORREIO BRAZILIENSE


Crise na Ucrânia - Brasil se abstém na ONU


Com 100 votos a favor, 11 contra e 58 abstenções, Assembleia Geral declara nula a anexação da Crimeia pela Rússia. Kiev critica a neutralidade brasileira

A Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou ontem, com 100 votos favoráveis, uma resolução não vinculativa que defende a integridade territorial da Ucrânia e declara inválido o referendo em que 97% dos eleitores da província disseram sim à anexação pela Rússia. O texto, elaborado pela delegação ucraniana, recebeu 11 contrários, e um grupo de 58 países, que inclui o Brasil, optou por se abster. Enquanto o embaixador brasileiro, o ex-chanceler Antonio Patriota, manifestava apoio ao diálogo e a uma solução política para a crise, o representante de Kiev em Brasília, embaixador Rostyslav Tronenko, cobrou uma posição mais incisiva do governo da presidente Dilma Rousseff. "Ninguém está pedindo ao Brasil para comprar uma briga por causa da Ucrânia, mas não queremos que nosso parceiro estratégico fique em cima do muro", afirmou Tronenko diante da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) do Senado.
O embaixador ucraniano pediu ajuda para que seu país enfrente o que considera uma "agressão flagrante". Ele reiterou que o referendo, convocado pelo parlamento autônomo da Crimeia, foi "inconstitucional à luz do direito ucraniano e do direito internacional". "Como província da Ucrânia, apenas o parlamento (nacional) poderia propor o plebiscito. A pergunta deveria ser se querem ou não tornar-se independentes da Ucrânia. Uma vez independente, a Crimeia poderia buscar a anexação", argumentou.
Embora não tenha manifestado alinhamento com nenhuma das partes envolvidas na disputa em torno da península, o Ministério das Relações Exteriores indicou ao Correio que sustenta o diálogo e uma solução pacífica para a crise. O Itamaraty acompanha com atenção a escalada de tensão na região e considera que a saída para o impasse deva ser equacionada de forma multilateral, respeitando as normas do direito internacional.
Na ONU, Patriota endossou essa posição e reforçou o convite a um "diálogo inclusivo". Ao contrário do que ocorre no Conselho de Segurança, as resoluções da Assembleia Geral não são vinculantes, o que limita a votação à sinalização política. Com exceção da Rússia, que se opôs à resolução, os demais membros do Brics —Brasil, Índia, China e África do Sul — se abstiveram. O texto recebeu o voto negativo, entre outros de países do bloco bolivariano: Cuba, Nicarágua, Bolívia e Venezuela.
O embaixador Marcos de Azambuja, ex-secretário-geral do Itamaraty e membro do Conselho Curador do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri), avalia que a abstenção foi uma opção coerente com o tamanho e os interesses do país. "O Brasil não podia ficar com os que foram contra a resolução, e se alinhar aos favoráveis talvez fosse um ato excessivo. A abstenção, ao lado de países que têm semelhanças conosco, é um voto que se compreende e se justifica", pondera. Azambuja argumenta que o referendo na Crimeia foi "esmagadoramente favorável à união com a Rússia", dificultando a deslegitimação. "O fato que já ocorreu parece já aceito como algo que não tem retorno, mas é importante sinalizar, para que a Rússia não adote novos atos de incorporação territorial."
Horas antes de a assembleia da ONU aprovar o texto em favor de Kiev, o Fundo Monetário Internacional (FMI) anunciou uma ajuda à Ucrânia, no valor de US$ 14 bilhões a US$ 18 bilhões. As cifras elevam para US$ 27 bilhões a assistência internacional ao país. O Senado americano também deu aval para um empréstimo de US$ 1 bilhão. A medida, porém, ainda precisa ser aprovada pela Câmara dos Deputados.
Sócios no espaço

Brasil e Ucrânia firmaram em 2003 um acordo de parceria no setor espacial, com o objetivo principal de viabilizar o lançamento de foguetes a partir da base de Alcântara (MA). Desde então, o projeto já consumiu cerca de R$ 1 bilhão. O foguete Cyclone 4, projetado por empresas ucranianas, tinha previsão para ser lançado no início de 2015, mas o governo já admite que a crise entre Ucrânia e Rússia pode motivar um adiamento. A opção pela parceria foi feita sob o impacto da explosão que destruiu o foguete brasileiro VLS-1, em Alcântara, em agosto de 2003.
Ela é candidata

A ex-primeira-ministra Yulia Timoshenko, uma das figuras centrais da Revolução Laranja de 2004, anunciou ontem que disputará a eleição presidencial de maio próximo. "Eu sonho com a vitória, mas vitória para a Ucrânia", afirmou Timoshenko na entrevista coletiva que concedeu em Kiev, na qual se apresentou como "candidata pela unidade do país". Premiê por duas ocasiões e candidata à presidência em 2010, ela cumpriu três anos de prisão, acusada de tráfico de influência, e foi libertada no mês passado, após a queda do presidente Viktor Yanukovich — seu adversário número um.
A primeira impressão
Amabilidade e admiração mútua deram o tom do primeiro encontro entre o papa Francisco e o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que aproveitou a turnê europeia para visitar o Vaticano. "Welcome, mister president", disse o pontífice nas boas-vindas, em inglês — idioma que não costuma usar. "É maravilhoso poder conhecê-lo", respondeu Obama, que se confessou um "grande admirador" de Francisco. "Venho a Roma para ouvi-lo." Além da tradicional troca de presentes, os dois líderes, que estão entre os mais populares nas redes sociais, conversaram por 50 minutos, tempo mais longo que o habitual nas audiências privadas do papa. Entre os temas discutidos, as desigualdades sociais e a imigração latino-americana para os EUA. Em entrevista ao jornal italiano Corriere della Sera, Obama se referiu a Francisco como "uma inspiração": "O papa nos desafia. Implora que recordemos as pessoas, as famílias, os pobres. Convida a pararmos para refletir sobre a dignidade do homem".

OUTRAS MÍDIAS


CORREIO DO ESTADO(MS)



Para prevenir acidentes, Anac faz blitz inédita

ImagemMato Grosso do Sul recebeu ontem, pela primeira vez, uma operação conjunta da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), Comando da Aeronáutica, Receita Federal e Polícia Federal. A operação “Voe Seguro” é a quinta realizada no país, mas a primeira no Estado, que conta com mais de 450 aeronaves de aviação geral em operação. A reportagem está na edição de hoje (27) do jornal Correio do Estado.
Além das fiscalizações durante voo, já realizadas rotineiramente pelo Decea, aeronaves foram abordadas em solo.
As aeronaves foco da operação são aquelas usadas para fins agrícolas, uso privado ou para serviço de táxi aéreo. Aviões usadas para transporte de passageiros, em voos regulares, não foram fiscalizados.
O principal objetivo é diminuir o número de acidentes envolvendo aeronaves da aviação geral. Em Mato Grosso do Sul, no ano passado, foram, pelo menos, sete mortes em apenas dois acidentes com aeronaves de pequeno porte. Em um destes acidentes, uma família inteira e dois funcionários morreram, próximo a Corumbá. O outro acidente, ocorrido em Bonito, matou duas pessoas de Presidente Prudente (SP).

DIÁRIO DE CUIABÁ (MT)



Voar em MT é um risco

Mais de 60% das aeronaves fiscalizadas em Mato Grosso estavam trafegando com irregularidades. Em menos de dois dias de operação conjunta, realizada pelos órgãos de regulação, 16 aeronaves foram suspensas e impedidas de voar.
O foco da Operação Voe Seguro, que começou a ser realizada no último dia 26 de março, visava fiscalizar aviões agrícolas, taxis aéreos e aeronaves particulares. A ação excluiu aviões comerciais, que são fiscalizados rotineiramente.
De acordo com o gerente de operações especiais da Anac, Cícero Feitosa, até às 13h da tarde de ontem, 26 aeronaves haviam sido fiscalizadas no estado. Foram encontradas 21 infrações em 16 aeronaves.
A operação é realizada em conjunto pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), Receita Federal e Polícia Federal, sob a coordenação da Secretaria de Aviação Civil (SAC).
Conforme Cícero, a ação conjunta facilita que todas as áreas possam ser investigadas simultaneamente. Segundo Cícero, em menos de dois dias, os fiscais encontraram aviões em condições precárias, com pneus carecas, fuselagem danificadas e até com vazamento de óleo. Pilotos e aeronaves também estavam com a habilitação vencida.
Apesar do número alto de infrações encontradas, a Anac ainda acredita que exista muita subnotificação, pois diversos pilotos “fogem” da fiscalização ao saberem da operação.
De acordo com o capitão especialista em controle de trafego aéreo do Decea, Ubiraci da Silva Pereira, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) apontou que em 2012 houveram 180 acidentes aéreos no país. Destes, mais de um terço ocorreu por desvio de conduta do piloto.
Segundo o Capitão, o alto número de acidentes fez com que os órgãos enxergassem a necessidade de trabalharem de maneira mais integrada. “O objetivo da ação conjunta é intensificar a segurança das operações aéreas, mas acima de tudo mudar uma mudança na cultura”.
A Receita Federal acompanha a fiscalização e atua nos casos de identificação de cargas e produtos importados ou exportados de maneira irregular. A PF realiza a segurança dos agentes, caso haja qualquer tipo de interferência.
Esta é a quinta vez que a operação é realizada em conjunto pelos órgãos, mas a primeira envolvendo os estado de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
A fiscalização está sendo realizada simultaneamente nos aeródromos de Cuiabá/Várzea Grande (Marechal Rondo), Barra do Garças, Cáceres, Santo Antônio do Leverger, Poconé, Rondonópolis, Fazenda Cidade Verde, Fazenda Floresta (Campo Verde), Fazenda Galheiro (Campo Verde) e Primavera do Leste.


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