NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 25/03/2014
Sucessor do Urutu, blindado Guarani chega ao Exército ...
Base em Cascavel recebe hoje 13 unidades, que custaram R$ 37 milhões; modelo deve entrar com força no mercado mundial ...
Rápido e
letal, o blindado Guarani, primeiro da nova geração de couraçados médios
sobre rodas feitos para o Exército, entra hoje em operação. O primeiro
lote de 13 unidades será entregue formalmente à Força, na 15ª Brigada de
Infantaria Mecanizada de Cascavel, no Paraná. O Guarani, de certa
forma, é o substituto de um veículo lendário, o robusto Urutu EE-11,
transportador padrão de tropas no Brasil e em mais 18 países-clientes.
Fabricado pela extinta Engesa até meados dos anos 80, ainda permanece em
uso regular.
A
frota, recebida com cerimonia e presença de várias autoridades, é
destinada a equipar uma companhia de fuzileiros. O custo do lote é
estimado em cerca de R$ 37,7 milhões. Ela faz parte de um negócio bem
maior, a compra de 2.044 blindados, por R$ 6 bilhões, com entrega
prevista até o ano de 2029. A produção é da Iveco Veículos de Defesa,
coligada do grupo Fiat. A empresa já investiu R$ 55 milhões na
instalação da fábrica especializada, construída em Sete Lagoas (MG). A
propriedade intelectual é do Exército e da Iveco. O projeto prevê dez
diferentes versões para o Guarani.
As possibilidades de exportação são
consideradas "acima da média", pelo ministro da Defesa, Celso Amorim.
Até 2022, ou pouco além, a procura mundial por essa classe de blindados
será de 20 mil unidades, excluídos os Estados Unidos, a Rússia e a China
- um mercado de US$ 30 bilhões. O primeiro comprador internacional do
modelo é a Argentina - vai receber 14 deles.
Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.
Balsa com alimentos deve chegar ao Acre em 25 dias, diz associação
Hortifrutigranjeiros e produtos de limpeza e higiene chegam de Rondônia. Durante a semana outros alimentos chegam do Peru até o estado.
Uma balsa
com 2.300 toneladas de alimentos vinda de Porto Velho (RO) deve chegar a
Rio Branco em 25 dias, de acordo com o vice-presidente da Associação
Acreana de Supermercados (ASA), Adem Araújo. Os produtos que virão na
balsa são os que compõem a cesta básica, produtos de higiene pessoal e
limpeza que serão distribuídos para várias empresas em todo o estado e
devem suprir a necessidade por até 20 dias.
A balsa percorrerá o Rio Madeira até o Rio Purus (no Amazonas) que chegará até Boca do Acre (AM), a 233 km da capital acreana.
"A gente está embarcando uma balsa em
Porto Velho. Ela vai descer o Rio Madeira e vem pelo Rio Purus para
descarregar provavelmente em Boca do Acre e a previsão é que chegue em
25 dias", esclarece Adem.
Segundo o empresário, a rota que
mais tem sido utilizada é a do Peru, que traz para o estado tomate,
trigo e alguns itens de hortifrutigranjeiros também. Segundo ele, a rota
tem sido importante, pois o que é transportado pelos aviões da Força
Aérea Brasileira (FAB) e os fretados não é suficiente.
"Não é suficiente, o que eles estão
transportando não atende a demanda, é pouco. Os hortifrutigranjeiros
estão faltando no estado inteiro. A maioria dos refrigerados lactos
(derivados de leite) não existem mais e também não podem vir por avião,
porque o avião só transporta produtos da cesta básica", explica.
Adem explica que produtos como arroz e
feijão não estão sendo importados do país vizinho pelo preço cobrado,
que é superior aos vindo de outros estados do Brasil. O empresário
explica que óleo, açúcar, arroz, farinha, sal e carne bovina estão entre
os alimentos que por enquanto ainda estão com estoque garantido no
estado.
Aviões
Segundo o Governo do Acre, os
aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) continuam chegando diariamente
com as cargas de alimentos de Porto Velho. São dois modelos que fazem o
transporte de em média 15 toneladas de alimentos e segundo a
secretária-adjunta de Comunicação, Andréa Zílio, além da FAB outros dois
aviões foram fretados para contribuir no transporte.
"Nesse período nós vamos tentar de tudo,
alimentos vindos pelo Peru, balsa vinda por Cruzeiro do Sul e o que
conseguir pela estrada porque tudo vai ser necessário. São medidas a
curto e médio prazo para tentar suprir a demanda", declara.
Inventor do nanosatélite chega ao Brasil para avaliar projetos
Depois de
perder alguns de seus engenheiros aeroespaciais devido à explosão
ocorrida na Base de Alcântara em 2003, o Brasil ainda está tentando
compensar parte do tempo perdido, para se colocar entre as nações em
condições de desenvolver satélites e colocá-los em órbita. Com esse
objetivo, está recebendo desde sábado (22), até o dia 31, Jordi
Puig-Suari, uma das maiores autoridades internacionais no
desenvolvimento de satélites de pequeno porte – os nanosatélites.
Jordi Puig-Suari é, ao lado de Bob
Twiggs, o inventor dos nanosatélites. Professor de engenharia
aeroespacial da Universidade Politécnica da Califórnia, ele vem ao país
para fazer a revisão crítica dos nanosatélites que estão sendo
construídos e que, a partir de junho, serão colocados em órbita: o
NanosatBR1, o Aesp-14, o Projeto Serpens, o ITASat, e o UbatubaSat.
Com peso entre 1 e 5 quilos, os
nanosatélites têm diversos tipos de aplicações. Em geral, são usados
para sensoriamento remoto da superfície terrestre, por meio de
fotografias de alta resolução, para a coleta de dados meteorológicos e
hidrográficos, na medição do desmatamento, das irradiações atmosféricas e
outros tipos de experiências científicas.
Os nanosatélites têm vantagens em relação
aos satélites normais, disse Puig-Suari à Agência Brasil após
desembarcar no país. “Antes de tudo, eles têm menor custo e, pela menor
dimensão, é mais barato, fácil e rápido colocá-los em órbita. São mais
fáceis de serem operados e, o mais importante: têm uma engenharia de
sistema mais integrada” acrescentou.
Apesar de pequenos, os
nanosatélites têm todas as partes dos grandes satélites: antenas,
comunicação por rádio, sistema de controle de energia, painel solar,
estrutura (uma espécie de esqueleto do satélite), computador de bordo,
sistemas de posicionamento e de propulsão. “A diferença é que todas elas
estão em apenas um compartimento”, disse o engenheiro aeroespacial.
Esse tipo de satélite pode fazer de tudo,
tanto para fins comerciais, como científicos e industriais. A Nasa
[agência espacial dos EUA] e a agropecuária norte-americana usam
bastante esse tipo de tecnologia. “E a tendência é que esse uso seja
cada vez maior [nessas e em outras áreas]. Até porque as tecnologias
estão cada vez menores”, explicou Puig-Suari.
Geralmente, os nanosatélites são mais
baratos também por não usarem equipamentos específicos para satélites, e
sim aqueles que são encontrados com mais facilidade no mercado. Eles
não são feitos para durar muito mais tempo do que os satélites de maior
porte, mas têm melhor custo-benefício.
“Esses satélites tornam o acesso ao
espaço mais simples. São mais fáceis de serem construídos e é mais
rápido lançá-los. Com isso, o projeto avança mais rapidamente e, no caso
do Serpens [Sistema Espacial para Realização de Pesquisas em
Experimentos com Nanossatélites], isso ajudará na preparação de
estudantes”, acrescentou o pesquisador.
O estímulo a estudantes é o que mais
empolga o coordenador de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação da Agência
Espacial Brasileira (AEB), Jean Robert Batana. “O Projeto Serpens vai
desmistificar a cultura espacial das universidades que têm o curso de
engenharia aeroespacial. Os resultados e conhecimentos estimularão mais
universidades e escolas, fazendo com que o Brasil entre em um novo
patamar da atividade espacial”, disse Batana.
A velocidade com a qual as tecnologias
são desenvolvidas é outro ponto que favorece os nanosatélites, podendo,
inclusive, diminuir as diferenças com outros países já que, com elas,
novos pontos de partida surgem a todo momento.
“Vislumbramos, em um futuro próximo,
vários jovens criando pequenas empresas para fornecer componentes e
estruturas ao mercado. E vamos recuperar um pouco da inteligência
perdida em Alcântara”, acrescentou Batana. Segundo ele, esse projeto
envolve mais de 100 estudantes de diversas universidades federais
brasileiras.
O satélite do Projeto Serpens está sendo
construído na AEB e custará R$ 3 milhões – valor que inclui os gastos
com o satélite, quatro estações em terra (postos de comando) e 20
sensores que enviarão dados e se comunicarão com o satélite a partir de
diversos pontos espalhados pelo país. A verba inclui a instalação de um
laboratório na AEB.
“Começamos com esse projeto em agosto de
2013, e o lançamento será feito em um intervalo menor do que um ano”,
comempora a professora da Universidade de Brasília UnB) Chantal
Cappelletti, especialista em projetos de sistemas espaciais.
Dos nanosatélites que estão sendo
desenvolvidos no Brasil, o primeiro a ser colocado na órbita será o
NanosatBR1, em 1° de julho, por um foguete russo. Ele testará o
comportamento de placas e circuitos em ambiente espacial e fará
experimentos científicos de medição da ionosfera para auxiliar estudos
sobre meteorologia e telecomunicações.
Os demais satélites serão colocados
em órbita em setembro, por meio de uma parceria com o Japão, a partir
da Estação Espacial Internacional (ISS). Todos estão em fase de produção
em diversas universidades e institutos brasileiros – como a Federal de
Minas (UFMG), de Santa Maria (UFSM), a UnB, a Federal do Rio Grande do
Norte (UFRN), o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) e o Instituto
Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Beltrame diz que Exército vai assumir ocupação do Complexo da Maré
Secretário de Segurança não revelou detalhes do plano de ocupação. inicialmente, 1,5 mil homens vão compor efetivo da UPP Maré.
O
secretário de Segurança do Rio de Janeiro, José Maria Beltrame, anunciou
na tarde desta segunda-feira (24) que o estado vai assumir o Conjunto
de Favelas da Maré e, em seguida, passará o comando para o Exército. O
secretário não quis adiantar quando e nem quanto tempo vai durar a
ocupação. Ele disse que a princípio, será somente o Exército e descartou
a Marinha e a Aeronáutica. A Polícia Federal vai ajudar com o serviço
de inteligência e a Polícia Rodoviária Federal vai auxiliar no cerco aos
acessos, nos mesmos moldes da ocupação do Complexo do Alemão, em 2008.
Beltrame falou ainda que a UPP Maré já
era prevista e que não tem relação com os ataques ocorridos na
quinta-feira (20). "A Maré é um grande território de dominação do
tráfico de drogas. A nossa resposta é fazer com o que o tráfico perca
cada vez mais território. É mostrar para o tráfico que o estado tem
força."
O secretário disse que inicialmente 1,5
mil homens devem compor o efetivo da UPP Maré. Outros detalhes serão
definidos em uma reunião na tarde desta segunda, no Comando Militar do
Leste, no Rio.
Segundo Beltramne, havia uma "megalópole"
do tráfico atuando no Rio. "Quando os criminosos começaram a perder
território, começaram com essa retalização covarde de até matar policial
pelas costas", completou.
Beltrame também defendeu o efetivo de
segurnaça que atua no estado. "Entrar em qualquer lugar do Rio de
Janeiro não é uma dificuldade para nossas polícias. O problema para as
forças do estado é se manter nessas áreas". Ele não explicou qual é a
dificuldade para a manutenção dos policiais.
Cabral: GLO aprovada
O governador Sérgio Cabral
anunciou, no início da tarde, que já foi aprovado pelo Governo federal
pedido feito pelo estado para a instauração da Garantia da Lei e da
Ordem (GLO) na Maré. Com a GLO, militares assumem a segurança pública e
podem atuar como polícia nas ruas. Para entrar em vigor, a medida
depende de publicação de decreto assinado pela presidente Dilma
Rousseff.
A decisão de ocupar o complexo
aconteceu após uma série de ataques a UPPs na semana passada. Formada
por 16 comunidades, a Maré está localizada em um ponto estratégico da
cidade: próximo ao Aeroporto Internacional Antonio Carlos Jobim, na Ilha
do Governador, e às três mais importantes vias expressas da cidade —
Linha Vermelha, Linha Amarela e Avenida Brasil.
"Esse é um passo decisivo na nossa
política de avanço na segurança. Trata-se de uma área estratégica para o
Rio visto que lá passam a Linha Vermelha, a Linha Amarela e a Avenida
Brasil, uma área sensível com moradores ansiosos para receber as forças
de segurança", disse Cabral sem dar detalhes sobre a operação como a
data da entrada das forças federais, o efetivo que será empregado e o
papel de cada órgão no plano de ocupação traçado.
Ação por tempo indeterminado
O ministro da Justiça, José Eduardo
Cardozo, afirmou que equipes técnicas das polícias Federal, Rodoviária
Federal, da Força Nacional de Segurança e das Forças Armadas permaneciam
reunidas por volta de 13h para acertar detalhes do planejamento da
ação. De acordo com o ministro, a ocupação da região será por tempo
indeterminado.
"[A ocupação vai durar] o quanto for
necessário para o cumprimento dessa primeira etapa. Os prazos são sempre
ajustados conforme a necessidade. A primeira etapa é a ocupação do
espaço territorial para que o terreno para a pacificação seja criado. A
presença do Estado no Complexo da Maré veio para não mais terminar, a
exemplo daquilo que houve em outras comunidades do Rio de Janeiro",
afirmou Cardozo, acrescentando que a ação não vai atrapalhar o
planejamento de segurança para a Copa do Mundo: "Nós temos um plano para
a Copa do Mundo muito bem desenvolvido e muito bem preparado",
finalizou.
Reunião
A reunião começou às 11h15 desta segunda
com a presença do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e o chefe
do Estado Maior das Forças Armadas, general José Carlos de Nardi, no
Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), no Centro da cidade, para
planejar as ações das forças federais após os ataques a policiais e
bases da PM em comunidades pacificadas.
Na sexta-feira (21), a presidente Dilma
Rousseff já havia respondido positivamente ao pedido de ajuda de Cabral
para que as tropas federais atuem na cidade.
Ocupação por forças estaduais
As polícias Civil e Militar mantêm a
ocupação em quatro favelas do Subúrbio desde sexta à noite por tempo
indeterminado. Na Maré, são duas as comunidades ocupadas: Nova Holanda e
Parque União. A tropa do Batalhão de Operações Especiais (Bope) fez
apreensões de drogas e armas.
No Morro do Chapadão, em Costa Barros, a
equipe do Batalhão de Choque precisou usar uma retroescavadeira para
destruir barricadas montadas pelo tráfico. Um homem foi preso e um
menor, apreendido. Além disso, sete motos e oito carros roubados foram
recuperados. No alto da comunidade, uma base móvel foi montada pela
polícia. De lá, é feito o monitoramento de dez câmeras que vigiam os
principais acessos ao morro.
A polícia também permanece no Morro do
Juramento, em Vicente de Carvalho. No local, não houve prisões nem
apreensões. No sábado (22), em uma operação na Favela Pára Pedro, em
Colégio, também no Subúrbio, dois homens morreram em um confronto.
Segundo o comando da PM, eles eram criminosos. Quatro pessoas foram
detidas e uma delas ficou ferida na troca de tiros.
Ataques
As ocupações de comunidades pelas
polícias estaduais começaram 24 horas após ataques a UPPs. O objetivo é
preparar o terreno para a chegada de forças federais. No atentado mais
violento, no Conjunto de Favelas de Manguinhos, na Zona Norte, na noite
de quinta (20), cinco postos da UPP e dois carros da PM foram
incendiados. O comandante da unidade, capitão Gabriel Toledo, foi
baleado. Ele permanece internado no Hospital Central da Polícia Militar
(HCPM). Outro policial levou uma pedrada na cabeça, mas passa bem. Na
ocasião, a base da UPP no Morro Camarista Méier, no Lins, também foi
alvo dos criminosos.
Piloto de helicóptero que caiu em SP tentou desviar de casas, diz pedreiro
Aeronave tentou pousar em milharal perto de condomínio, conta testemunha. Aeronáutica investiga causas do acidente que matou dois em Ribeirão Preto.
O ajudante
de pedreiro Josemar Silva Oliveira voltava de bicicleta do
supermercado, na manhã de domingo (23), quando viu um helicóptero voando
baixo e depois cair em um milharal em Bonfim Paulista, distrito de
Ribeirão Preto (SP). O acidente matou o piloto e o passageiro, ambos de
36 anos. Segundo Oliveira, a aeronave parecia instável, balançava muito e
chegou a encostar nos fios da rede elétrica de um condomínio, antes de
cair e explodir. "Parecia que o helicóptero estava com algum problema e
procurava um lugar para pousar", disse.
O piloto e instrutor de voo Lauro
Gustavo Coffani e o passageiro Luciano Real Cavalheiro morreram
carbonizados. Os dois faziam um voo de demonstração e haviam partido de
um helicentro no bairro Ribeirânia, em Ribeirão Preto, a cerca de 10 km
do local do acidente.
O Comando da Aeronáutica enviou uma
equipe ao local no final da tarde de domingo para começar as
investigações sobre o caso, mas as causas da queda ainda não foram
esclarecidas. Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a
aeronave estava com as documentações de manutenção e navegabilidade em
dia.
Oliveira contou que o piloto fez várias
manobras, por cerca de 1 minuto, tentando desviar das casas de um
condomínio. O ajudante de pedreiro disse ter ficado assustado quando viu
a aeronave perdendo altitude muito rápido. "Quando olhei para cima, vi o
helicóptero cambaleando. Ele veio tombando e rodou ao lado do bairro
Monte Verde, depois encostou nos fios e em seguida já caiu. Segundos
depois, já deu para ver uma fumaça preta subindo."
Oliveira afirmou que correu em direção ao
local da queda e viu os destroços do helicóptero e os corpos das
vítimas em chamas. Em poucos minutos, de acordo com a testemunha,
policiais militares chegaram ao local e impediram a aproximação de
curiosos. "Logo já isolaram a área e pediram para ninguém passar",
recordou Oliveira.
Situação regular
A Anac informou no domingo que o
helicóptero modelo Robinson R22 estava em condições de uso e era usado
para voos de instrução. O certificado de aeronavegabilidade, segundo a
agência, venceria só em setembro de 2019. A inspeção anual de
manutenção, outro documento obrigatório, estava com vencimento previsto
para setembro deste ano.
A Anac informou ainda que aguarda um
relatório do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes
Aeronáuticos (Cenipa), ligado ao Comando da Aeronáutica, que será feito
com base nas informações coletadas no local do acidente. Os detalhes
sobre a situação do piloto junto ao órgão ainda não foram divulgados.
Cenipa
Uma equipe do Cenipa foi enviada a
Ribeirão Preto no final da tarde de domingo para investigar as causas da
queda do helicóptero. Técnicos do Serviço Regional de Investigação
(Seripa-4), subdivisão do Cenipa, foram até a área para analisar as
causas do acidente antes da retirada da aeronave. De acordo com o órgão,
informações transmitidas via rádio pelo piloto devem ser obtidas e um
relatório sobre o acidente, concluído dentro de 30 dias.
Vítimas
Os corpos das duas vítimas permanecem no
Instituto Médico Legal (IML) de Ribeirão Preto e devem ser liberados
apenas na tarde desta segunda-feira (24). O piloto Lauro Gustavo Coffani
morava em Ribeirão Preto e dava aulas de instrução de voo.
Já o passageiro Luciano Real Cavalheiro
fazia um voo de demonstração, de acordo com Nelson Mattos, diretor da
ABC Helicópteros, onde ficava a aeronave.
FAB nega boatos de que bimotor tenha sido encontrado no Pará
Equipes já percorreram mais de 7.400 km quadrados em 66 horas de voo. Filha do piloto e comandante negam que avião tenha sido encontrado.
A Força
Aérea Brasileira (FAB), que lidera as buscas pelo avião bimotor que
desapareceu perto de Jacareacanga, sudoeste do Pará, negou que a
aeronave tivesse sido localizada. Nesta segunda-feira (24), o Instituto
Médico Legal confirmou que enviou técnicos para a área, aumentando a
especulação sobre as buscas por sobreviventes e destroços - várias
rádios e blogs do oeste do Pará consideraram que este envio seria um
sinal de que corpos teriam sido encontrados, o que foi desmentido pelos
canais oficiais.
O avião desapareceu na última
terça-feira (18) após decolar de Itaituba. A aeronave transportava o
comandante Luiz Feltrin, dono da empresa Jotan Táxi Aéreo, um motorista e
três funcionários de saúde, que iriam trabalhar no atendimento da
comunidade indígena da região. O último contato recebido da aeronave foi
uma mensagem de texto da técnica de enfermagem Rayline Campos, que
mandou um SMS para o tio preocupada com o mau tempo e as condições da
aeronave.
Além da FAB, a filha do piloto da
aeronave, Jéssica Feltrin, negou que o avião e os ocupantes tivessem
sido encontrados. A mesma informação foi repassada pelo Grupamento Aéreo
da Secretaria de Segurança Pública do Estado (Segup), que auxilia a FAB
na operação de salvamento.
Até o momento, as aeronaves envolvidas
na operação de salvamento já percorreram mais de 7.400 quilômetros
quadrados em 66 horas de voo. No último domingo (23), um avião de
patrulha modelo Orion - o mesmo utilizado nas buscas pelo avião da
Malasya Airlines - chegou da Bahia para auxiliar a procura por
sobreviventes.
O avião, que é geralmente utilizado na
proteção de áreas marítimas, tem sensores que podem identificar partes
metálicas na mata fechada que, assim como o clima, é apontada pelas
equipes como um dos fatores que mais dificultam a localização do avião.
Sucessor do Urutu, blindado Guarani chega ao Exército
Base em Cascavel recebe hoje 13 unidades, que custaram R$ 37 milhões; modelo deve entrar com força no mercado mundial
Rápido e
letal, o blindado Guarani, primeiro da nova geração de couraçados médios
sobre rodas feitos para o Exército, entra hoje em operação. O primeiro
lote de 13 unidades será entregue formalmente à Força, na 15ª Brigada de
Infantaria Mecanizada de Cascavel, no Paraná. O Guarani, de certa
forma, é o substituto de um veículo lendário, o robusto Urutu EE-11,
transportador padrão de tropas no Brasil e em mais 18 países-clientes.
Fabricado pela extinta Engesa até meados dos anos 80, ainda permanece em
uso regular.
A
frota, recebida com cerimonia e presença de várias autoridades, é
destinada a equipar uma companhia de fuzileiros. O custo do lote é
estimado em cerca de R$ 37,7 milhões. Ela faz parte de um negócio bem
maior, a compra de 2.044 blindados, por R$ 6 bilhões, com entrega
prevista até o ano de 2029. A produção é da Iveco Veículos de Defesa,
coligada do grupo Fiat. A empresa já investiu R$ 55 milhões na
instalação da fábrica especializada, construída em Sete Lagoas (MG). A
propriedade intelectual é do Exército e da Iveco. O projeto prevê dez
diferentes versões para o Guarani.
As possibilidades de exportação são
consideradas "acima da média", pelo ministro da Defesa, Celso Amorim.
Até 2022, ou pouco além, a procura mundial por essa classe de blindados
será de 20 mil unidades, excluídos os Estados Unidos, a Rússia e a China
- um mercado de US$ 30 bilhões. O primeiro comprador internacional do
modelo é a Argentina - vai receber 14 deles.
Avião caiu no mar e todos morreram, diz Malásia
Empresa usa mensagem de celular para avisar parentes de passageiros
Segundo premiê, nova análise de imagens de satélite conclui que voo terminou em área remota no oceano Índico.
As autoridades da Malásia
concluíram que o Boeing-777 da Malaysia Airlines --desaparecido há mais
de duas semanas com 239 pessoas a bordo-- caiu em um ponto remoto do
oceano Índico e não há sobreviventes.
Agarrados a um fio de esperança após 16
dias de investigações, parentes receberam a notícia ontem em uma
mensagem de texto para telefones celulares.
"A Malaysia Airlines lamenta
profundamente ter que concluir, além de qualquer dúvida razoável, que o
[voo] MH370 foi perdido e que ninguém a bordo sobreviveu", dizia o
texto.
Cerca de meia hora depois, o premiê da Malásia, Najib Razak, foi a público para confirmar o anúncio.
A notícia causou uma explosão de
desespero e incredulidade entre parentes de passageiros na China, origem
de 154 dos 239 a bordo.
No hotel de Pequim onde os parentes
estavam instalados desde o desaparecimento, houve choro compulsivo,
desmaios e gritos de revolta. Ambulâncias foram ao local para atender
alguns que tiveram colapsos nervosos.
Muitos se recusavam a acreditar na notícia.
Nas duas semanas de angústia vivida pelos
parentes, a escassez de informações e a série de alarmes falsos
produziram uma enorme desconfiança em relação às autoridades da Malásia,
além de toda a sorte de especulações.
"Eles mataram todos para esconder alguma
coisa", uma mulher em prantos gritava no hotel em Pequim. "Minhas
crianças não morreram. Elas devem estar escondidas em algum lugar. Como
eu posso confiar nesse governo?"
Após o anúncio, o governo chinês, que não escondeu sua insatisfação com os rumos da investigação, também quis saber mais.
O vice-chanceler, Xie Hangsheng, imediatamente exigiu os dados de satélites que levaram à conclusão das autoridades malasianas.
Segundo o premiê malasiano, novas
análises fornecidas pela empresa britânica de satélites Inmarsat
indicavam que o voo MH370 "terminou" no sul do Índico.
Os dados da Inmarsat mostram que a última posição conhecida do avião era o oceano Índico, a oeste de Perth, na Austrália.
O Boeing da Malaysia Airlines decolou de
Kuala Lumpur no último dia 8 (pelo horário local) rumo a Pequim. Por
motivos ainda desconhecidos, deu meia-volta e voou milhares de
quilômetros na direção oposta.
O fato de o avião estar com o combustível no fim permite concluir que caiu no mar.
Nos últimos dias, as buscas haviam se
concentrado no Índico, depois que satélites e equipes de resgate da
Austrália, da China e da França avistaram objetos que poderiam ser do
Boeing.
O anúncio feito ontem acaba com a
esperança de haver sobreviventes, mas está longe de esclarecer o
mistério do voo MH370, que mobilizou a maior operação multinacional de
buscas da história da aviação.
Os investigadores já haviam
concluído que houve "intervenção humana" no desvio do avião, depois de
ficar claro que os sistemas de comunicação foram desligados por alguém a
bordo.
Mas ainda não há pistas sobre o que motivou a ação --o mistério só será desvendado se forem encontradas as caixas-pretas.
SINTOMÁTICO
As Forças
Armadas vão colaborar para a contenção dos ataques a Unidades de Polícia
Pacificadora no Rio. Com o argumento da moda, ou seja, o percurso que
farão os turistas chegados ao Galeão para a Copa, os militares
escolheram instalar-se na favela da Maré.
Mas a área crítica dos ataques são
as favelas do Complexo do Alemão. E o motivo é atual, imediato, não para
quando a Copa chegar.
TUDO SOBRE A DITADURA MILITAR
Regime de 1964 não foi uma ditadura
Presidente
da Câmara no governo do general Ernesto Geisel, o jurista Célio Borja
sustenta que as Forças Armadas se anteciparam, em 1964, a um golpe que
seria dado pela esquerda com aval do presidente João Goulart.
Ele contesta o termo ditadura militar. "O que havia era um regime de plenos poderes. Não era ditadura", diz.
Após a redemocratização, Borja foi
ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) e da Justiça, no governo
Fernando Collor. Aos 85 anos, ainda advoga e mantém escritório em
Copacabana, no Rio.
Folha - O golpe militar faz 50 anos. Qual foi o principal motivo da queda de Jango?
Célio Borja - Havia um bruto
desassossego. O principal erro do governo foram as ameaças. O presidente
era mais cauteloso, mas no 13 de março [o comício da Central] soltou a
franga. Ameaçavam fechar o Congresso, fazer reformas na marra. O que
queriam era a implementação, no Brasil, de um regime parecido com o de
Cuba.
A tese de que a esquerda preparava um golpe é controversa. O sr. acreditava nisso?
Estou convencido até hoje. Havia uma
enorme articulação de movimentos concertados que visavam à invasão de
propriedade. Isso contaminou toda a sociedade.
O que achava de Jango?
Era um pobre homem. Quando muito, um aprendiz de caudilho, despreparado para governar o país.
Ao apoiar o golpe, o sr. imaginou que ele poderia resultar em 21 anos de ditadura?
Supunha que seria uma intervenção
cirúrgica. Pensei que os chefes militares de formação democrática,
Castello à frente, encurtariam a permanência no poder.
Como descreve a ditadura, do ponto de vista jurídico?
Ditadura é a concentração de todos os
poderes em mãos do chefe de Estado. Nenhum presidente militar teve isso.
O Congresso e o Judiciário eram independentes. Ditadura, nunca houve. O
que se podia dizer é que havia um regime de plenos poderes. Não era
ditadura.
Se não era ditadura, por que cassaram parlamentares e até ministros do STF?
Roosevelt também quis enfrentar a Suprema
Corte dos EUA porque a considerava hostil ao "New Deal". Aumentar o
número de ministros do STF [de 11 para 15] era tolerável, até porque
começava a haver o problema do acúmulo de processos. Inadmissível foi a
cassação de três ministros [Evandro Lins e Silva, Vitor Nunes Leal e
Hermes Lima, em 1969].
O AI-5 suspendeu todas as liberdades democráticas.
A sublevação de organizações de esquerda
criou um clima que justificava, para alguns, uma carapaça militar sobre o
governo civil. O AI-5 foi um desastre. Havia a Constituição de 1967 e
um recomeço da vida constitucional. Mataram isso.
Neste momento, muitos civis se afastaram do regime. O sr. se elegeu deputado e foi líder do governo. Por quê?
A reconvocação do Congresso abriu
esperanças de normalização. Era um posto a partir do qual se podia lutar
pela redemocratização. Nosso dever era lutar por dentro [do regime].
Foi o que fiz.
O sr. sabia das torturas?
Sabia que havia brutalidades. Sempre
houve no Brasil. O pau de arara não foi invenção de 64. Ninguém se
importava com a miséria do preso comum. Chamou a atenção quando os
presos políticos foram submetidos ao mesmo tratamento. O regime estava
descambando para a selvageria. Quando virei líder do governo, me tornei
uma estuário de queixas.
O que fazia com elas?
Levava a informação de que fulano foi
torturado e o Golbery [do Couto e Silva] a transmitia ao [João]
Figueiredo, que transferia o militar. Faltava força aos superiores para
coibir os abusos. Acho que agiam à revelia [dos superiores]. Às vezes
havia conivência. Achavam que tinha que ser assim. Senão, não ganhavam a
guerra.
Como vê o debate sobre Anistia e Comissão da Verdade?
A Anistia é um instrumento de
pacificação. Ninguém é tolo o bastante de acreditar que seria possível
pacificar o país sem o esquecimento dos crimes praticados de um lado ou
de outro.
A Comissão da Verdade é o oposto. O que a Anistia fez, ela desfaz.
A Comissão da Verdade é o oposto. O que a Anistia fez, ela desfaz.
O que acha da visão que se tem hoje do regime?
Absolutamente distorcida. Sempre se diz
que a história é escrita pelos vencedores. Aqui, os vencidos estão
escrevendo a seu gosto com um objetivo político: desqualificar quem não
lutou contra a famosa ditadura, que não foi ditadura nenhuma.
Análise
Sem a caixa-preta, não haverá certeza do que ocorreu, apenas suspeitas e hipóteses
Antes de a caixa
preta ter sido encontrada, tudo o que se sabia sobre o desastre do voo
447 da Air France, em 2009, era que os sensores externos de altitude e
velocidade haviam congelado sobre uma área de turbulência no oceano
Atlântico.
Só depois de achados os gravadores que
registram os dados de voo e de voz da cabine, quase dois anos depois, o
quadro ficou completo.
Descobriu-se que o computador de bordo
deu ordens inconsistentes para a tripulação, que, sem treinamento para
manejar o avião em grandes altitudes, não soube reagir --o que fez a
aeronave cair até bater no mar.
O exemplo, dado por Adalberto Febeliano,
professor de transporte aéreo da Anhembi Morumbi, dá uma boa ideia da
importância da caixa preta para determinar o que causou o
desaparecimento do Boeing-777 da Malaysia Airlines sobre o oceano
Índico.
SEM CERTEZAS
Sem conseguir resgatar o
equipamento, o que restam são fragmentos de informação, suspeitas e
hipóteses. Certeza, de fato, nenhuma.
Não se sabe qual a velocidade e
altitude, se os equipamentos a bordo funcionavam ou não, se houve fogo a
bordo ou explosão e, também, quais os comandos do piloto e do copiloto
enquanto a aeronave estava em voo.
O pior é que a perspectiva de se
achar a caixa-preta não é das mais otimistas. Por enquanto, nem sequer
destroços do avião foram encontrados pelos navios e aviões que
empreendem as buscas.
No caso da Air France, os primeiros
pedaços do Airbus A330 foram vistos dois dias após a tragédia, em junho
de 2009. Ainda assim, a corrida pela caixa preta se estendeu até maio
de 2011, esforço bancado pelo governo francês.
A favor, há o fato de a caixa preta
emitir pulsos captado por sonares, justamente para facilitar a
localização. Mas o alcance é limitado; se não houver sonar por perto,
muito provavelmente ela seguirá no fundo do mar.
Mesmo com a caixa preta em mãos, uma
informação-chave (o que levou o avião a mudar de rota) talvez jamais
seja conhecida: o gravador de voz registra as conversas na cabine nos
últimos 30 minutos de voo; após sair do seu curso, o Boeing-777 voou por
pelo menos cinco horas.
Investigações sobre ditadura são travadas pelas Forças Armadas
As Forças
Armadas têm se recusado a responder dezenas de ofícios da Comissão
Nacional da Verdade e do Ministério Público Federal, travando a
investigação de crimes da ditadura (1964-85).
Desde que foi criada, em maio de
2012, a comissão não recebeu nenhuma informação relevante do Exército,
Marinha ou Aeronáutica, segundo levantamento feito a pedido da
reportagem.
Oficialmente, o discurso é outro: o Ministério da Defesa e as três Forças afirmam que estão colaborando.
A comissão requereu a relação de oficiais
que serviram em órgãos da repressão, questionando ainda quais foram as
bases militares utilizadas. Não houve resposta.
De um pedido de informação sobre 60
militares, somente a Marinha respondeu, apresentando o nome de dois.
Nenhum dado foi obtido de um outro requerimento que cobrava dados sobre
309 casos de torturas, mortes e desaparecimentos.
Procuradores responsáveis pelas
investigações dos crimes do período dizem o mesmo: a falta de
colaboração atrapalha o andamento de inquéritos abertos em diversos
Estados com o objetivo de questionar a validade da Lei da Anistia em
casos de desaparecimento forçado.
Cinquenta anos após o golpe,
Exército, Marinha e Aeronáutica chegam até a enviar aos seus superiores
hierárquicos, como a Defesa e a Presidência da República, informações
comprovadamente falsas.
As três Forças adotam tática protocolar de apresentar informações superficiais ou incompletas.
Segundo um ex-ministro da Defesa do
governo Lula, as Forças Armadas se especializaram em repassar
“informações minimalistas”, sem se comprometer.
A preocupação é de que a abertura dos arquivos possa incriminar militares pela tortura ou morte de opositores.
Serviço
Comissão Nacional da Verdade
Telefone: (61) 3313 7314
Telefone: (61) 3313 7314
Email: cnv@cnv.presidencia.gov.br
Página na Internet: www.cnv.gov.br
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Brasil vai assinar contrato com suecos
COMPRA DE CAÇAS
O contrato entre a Força Aérea Brasileira (FAB) e a Saab, fabricante dos caças Gripen, será assinado no final do ano.
O ministro da Defesa, Celso Amorim,
embarca na próxima semana a Estocolmo para assinar um acordo de
cooperação e defesa entre Brasil e Suécia.
- O acordo é um primeiro passo, servirá
de guarda-chuva para em-basar o contrato que será assinado - afirmou uma
fonte envolvida nas negociações.
Além dos 36 caças, avançaram as
tratativas para que até 12 aeronaves usadas sejam fornecidas à FAB antes
da entrega final dos Gripen NG (New Generation). A previsão é de
que o primeiro Gripen da frota adquirida por US$ 4,5 bilhões (R$ 10,4
bilhões) será entregue, na melhor das hipóteses, em 2018. Até lá,
conforme o contrato a ser firmado, a Saab deverá ceder aviões Gripen
C/D.
Além de uma cortesia da Saab, o objetivo é
não deixar o espaço aéreo brasileiro desprotegido. Com a aposentadoria
dos Mirage adquiridos em 2005 da França, a proteção está sendo feita por
caças F-5, modernizados pela Embraer - inclusive um lote de 12 aviões
de segunda mão adquirido da Jordânia. Os F-5, contudo, tem como função
principal o combate aéreo. Servem menos aos propósitos de interceptação e
ataque ao solo. Com o empréstimo da frota mais antiga do Gripen,
as aeronaves também servirão para treinamento de esquadrões até o
primeiro Gripen NG riscar o céu brasileiro.
Licitação se arrastava desde a década de 1990
Uma comitiva sueca deixou o Brasil na semana passada.
Os caças devem começar a ser construídos em 2015, em uma fábrica de
estruturas Aéreas que será construída em São Bernardo do Campo (SP) pela
Saab. Um total de US$ 150 milhões (R$ 348,6 milhões) será investido
pela empresa sueca.
A Saab já trabalha na divisão de trabalho
entre as empresas da cadeia aeroespacial brasileira envolvidas no
desenvolvimento do caça. Pelo acordo, 80% do Gripen será produzido
no país, mas ainda feita ajustar a participação da Embraer na montagem
final dos aviões. Os caças Gripen venceram no final do ano
passado a licitação - o chamado Programa FX-2 - que se arrastava desde a
década de 1990. Os novos aviões deverão atender às necessidades do país
pelas três décadas seguintes.
Intervenção Federal
Exército ocupará morros do Rio
Ação é uma resposta aos ataques sofridos pelas Unidades de Polícia Pacificadora, que resultaram na morte de quatro policiais.
As Forças Armadas foram chamadas para agir no Rio.
As Forças Armadas foram chamadas para agir no Rio.
Após reunião entre o governo fluminense e
representantes do governo federal, ontem, ficou decidido que militares
do Exército e da Marinha farão a ocupação do Complexo da Maré, conjunto
de favelas situadas à beira-mar, próximo ao aeroporto do Galeão, nesta
semana.
O reduto era o local de atuação do mais
famoso traficante brasileiro, o carioca Fernandinho Beira-Mar, preso
desde 2001. Ele lidera o Comando Vermelho (CV), principal facção
criminosa carioca. A força-tarefa das Forças Armadas, que se somará a
1,5 mil policiais militares, não tem dia certo para atuar. É provável
que seja próximo ao fim de semana, porque há necessidade de que os
militares sejam preparados.
A reunião que definiu a ocupação
militar foi presidida pelo governador Sérgio Cabral e contou com a
presença do general José Carlos de Nardi (chefe do Estado-Maior do
Exército) e do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. Ficou decidido
que será dada uma resposta para os bandidos que realizaram, neste ano,
pelo menos sete ataques a Unidades de Polícia Pacificadora (UPP) - bases
da Polícia Militar (PM) instaladas em favelas cariocas. Nessas
investidas, os bandidos mataram quatro PMs, entre eles dois oficiais -
um deles, subcomandante da UPP da Penha, tenente Leidson Acácio Alves
Silva. Outro comandante foi ferido, em Manguinhos.
O coronel Frederico Caldas, comandante das UPPS, diz que os ataques recentes foram orquestrados por traficantes:
- Não temos mais dúvidas de que o que
aconteceu em Manguinhos, Arará, Mandela e Camarista Méier foram ações
orquestradas. Apesar de ser uma área de hostilidade, em Manguinhos,
nunca tivemos um evento tão extremo.
Atriz reitera ter sido torturada no DOI-Codi
Citada por
Ustra na entrevista, a atriz Bete Mendes disse que o militar foi "um dos
mais eficientes agentes de prisão arbitrária e tortura". O coronel
reformado do Exército nega que a torturou.
Na época da prisão, em 1970, Bete
era estudante e militante da VAR-Palmares. Em nota, disse que chorou em
seu depoimento "pelo sofrimento" da tortura. A atriz também lembrou como
foi o episódio em que denunciou o então comandante do DOI-Codi como
torturador - feito que levou o nome do militar às primeiras páginas de
jornais do Brasil e do Exterior.
"Em 1985, ao acompanhar o presidente
Sarney em viagem oficial ao Uruguai, tive o choque de encontrar com o
entrevistado (Ustra) como adido militar. (...) Foi meu dever denunciar
ao presidente Sarney e à nação brasileira esse torturador, que estava
representando o Brasil - situação que considero inadmissível".
As acusações da atriz também são
endossadas por ex-presos políticos, como Maria Amélia Teles. A família
dela é a responsável pela ação em que Ustra foi declarado pela Justiça
como torturador, em 2008. Em 2013, ao depor à comissão da Verdade, a
ex-militante do PC do B contou que seus filhos foram parar no DOI-Codi e
a teriam visto sendo torturada.
CONSULTOR JURÍDICO
Edital não pode barrar militar obesa de cargo em concurso
Um edital de concurso não pode
reprovar um candidato por ele ser obeso se não houver regulamento legal
que defina a obesidade como empecilho para preencher a vaga em questão.
Com este entendimento, a 2ª Vara Federal de Canoas, na Região
Metropolitana de Porto Alegre, anulou o ato administrativo que excluiu
uma candidata considerada obesa do processo seletivo para o cargo de
segundo-tenente na Força Aérea Brasileira. A sentença foi publicada na
sexta-feira (21/3).
A suboficial foi reprovada na
inspeção de saúde quando concorria a uma vaga de estágio para o cargo de
oficial na área de informática. Mesmo tendo sido considerada acima do
peso limite previsto no edital, ela conseguiu passar nas etapas
posteriores do concurso interno após obter liminar na Justiça.
Conforme alegou, ao longo do período
probatório, foi aprovada em todos os requisitos e perdeu, inclusive,
10kg. Os resultados obtidos, entretanto, foram desconsiderados pela
organização do certame, o que implicou na sua não nomeação para o cargo
pretendido.
Em sua defesa, a União sustentou a
legitimidade do ato de exclusão e argumentou que o atual estágio de
saúde da concorrente não seria relevante, mas, sim, sua situação à época
do exame. Informou, ainda, que as exigências impostas seriam
decorrentes da atividade militar.
Para o juiz federal Felipe Veit
Leal, o centro do litígio não se concentra nas condições físicas da
autora, mas na legalidade desta imposição. No seu entendimento, o
Estatuto do Militares é o instrumento legal competente para estipular
requisitos ao ingresso nas Forças Armadas. O dispositivo, entretanto,
não contempla regras restritivas à saúde, de forma que o edital não pode
se sobrepor à lei.
O magistrado considerou, ainda, que, ao
ser nomeada e empossada, a candidata exercerá atividade meramente
administrativa, não procedendo a atividades físicas de elevada
desenvoltura.“Outrossim, ao continuar no certame, ainda que por força de
decisão judicial liminar, obteve sucesso nas provas físicas, o que
demonstra ter a aptidão desejada para o posto”, complementou.
Leal julgou procedente o pedido e
invalidou o ato que considerou a militar inapta, possibilitando a sua
permanência no concurso. O juiz ainda condenou a União ao pagamento dos
honorários advocatícios. Cabe recurso ao TRF-4. Com informações da
Assessoria de Imprensa da Justiça Federal do RS.
ALAGOAS 24 HORAS
Aeronáutica abre 226 vagas para sargento
Inscrições começam hoje e vão até o dia 15 de abril. Pernambuco está entre os Estados onde haverá prova.
A Aeronáutica abre nesta
segunda-feira (24/03) as inscrições para o Exame de Admissão ao Estágio
de Adaptação à Graduação de Sargento para o ano de 2015. São oferecidas
226 oportunidades. Após a conclusão do curso de formação, o aluno será
promovido à graduação de Terceiro Sargento e terá remuneração bruta
aproximada de R$ 3.200.
As vagas são divididas em dois grupos: 69
vagas para as áreas de eletrônica (30), enfermagem (20) e sistemas de
informação (19) e 157 para as áreas de administração, eletricidade,
laboratório, pavimentação, radiologia, topografia, obras e música (sendo
73 para o primeiro semestre e 48 para o segundo).
Para concorrer a uma delas, é necessário
ter ensino técnico na área pretendida, exceto para as de música, que
exige apenas a conclusão do ensino médio. A inscrição custa R$ 60 e
segue até as 15h do dia 15 de abril. As candidaturas devem ser feitas no
site www.eear.aer.mil.br, endereço onde está disponível o edital do
certame.
As provas serão realizadas em 14 Estados.
Em Pernambuco, o exame será aplicado no Segundo Comando Aéreo Regional
(II Comar), localizado no bairro de Prazeres, em Jaboatão dos
Guararapes, no Grande Recife.
Para concorrer ao exame, o
candidato deve ser brasileiro, não ter menos de 17 anos nem completar 25
anos até 31 de dezembro de 2015, estar em dia com as obrigações
eleitorais e militares, não estar respondendo a processo criminal na
Justiça Militar ou Comum, dentre outros.
O estágio será ministrado sob regime de
internato, na Escola de Especialistas de Aeronáutica, em Guaratinguetá,
cidade do Estado de São Paulo que fica a 175 quilômetros da capital. O
curso terá duração aproximada de cinco meses.
Mais informações sobre o concurso podem
ser obtidas no Serviço Regional de Ensino das Organizações Militares da
Aeronáutica, através do telefone (81) 2129-7092.
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