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NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 25/03/2014

Sucessor do Urutu, blindado Guarani chega ao Exército ...


Base em Cascavel recebe hoje 13 unidades, que custaram R$ 37 milhões; modelo deve entrar com força no mercado mundial ...

Rápido e letal, o blindado Guarani, primeiro da nova geração de couraçados médios sobre rodas feitos para o Exército, entra hoje em operação. O primeiro lote de 13 unidades será entregue formalmente à Força, na 15ª Brigada de Infantaria Mecanizada de Cascavel, no Paraná. O Guarani, de certa forma, é o substituto de um veículo lendário, o robusto Urutu EE-11, transportador padrão de tropas no Brasil e em mais 18 países-clientes. Fabricado pela extinta Engesa até meados dos anos 80, ainda permanece em uso regular.
ImagemA frota, recebida com cerimonia e presença de várias autoridades, é destinada a equipar uma companhia de fuzileiros. O custo do lote é estimado em cerca de R$ 37,7 milhões. Ela faz parte de um negócio bem maior, a compra de 2.044 blindados, por R$ 6 bilhões, com entrega prevista até o ano de 2029. A produção é da Iveco Veículos de Defesa, coligada do grupo Fiat. A empresa já investiu R$ 55 milhões na instalação da fábrica especializada, construída em Sete Lagoas (MG). A propriedade intelectual é do Exército e da Iveco. O projeto prevê dez diferentes versões para o Guarani.
As possibilidades de exportação são consideradas "acima da média", pelo ministro da Defesa, Celso Amorim. Até 2022, ou pouco além, a procura mundial por essa classe de blindados será de 20 mil unidades, excluídos os Estados Unidos, a Rússia e a China - um mercado de US$ 30 bilhões. O primeiro comprador internacional do modelo é a Argentina - vai receber 14 deles.




Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.



PORTAL G-1


Balsa com alimentos deve chegar ao Acre em 25 dias, diz associação


Hortifrutigranjeiros e produtos de limpeza e higiene chegam de Rondônia. Durante a semana outros alimentos chegam do Peru até o estado.

Uma balsa com 2.300 toneladas de alimentos vinda de Porto Velho (RO) deve chegar a Rio Branco em 25 dias, de acordo com o vice-presidente da Associação Acreana de Supermercados (ASA), Adem Araújo. Os produtos que virão na balsa são os que compõem a cesta básica, produtos de higiene pessoal e limpeza que serão distribuídos para várias empresas em todo o estado e devem suprir a necessidade por até 20 dias.
A balsa percorrerá o Rio Madeira até o Rio Purus (no Amazonas) que chegará até Boca do Acre (AM), a 233 km da capital acreana.
"A gente está embarcando uma balsa em Porto Velho. Ela vai descer o Rio Madeira e vem pelo Rio Purus para descarregar provavelmente em Boca do Acre e a previsão é que chegue em 25 dias", esclarece Adem.
Segundo o empresário, a rota que mais tem sido utilizada é a do Peru, que traz para o estado tomate, trigo e alguns itens de hortifrutigranjeiros também. Segundo ele, a rota tem sido importante, pois o que é transportado pelos aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) e os fretados não é suficiente.
"Não é suficiente, o que eles estão transportando não atende a demanda, é pouco. Os hortifrutigranjeiros estão faltando no estado inteiro. A maioria dos refrigerados lactos (derivados de leite) não existem mais e também não podem vir por avião, porque o avião só transporta produtos da cesta básica", explica.
Adem explica que produtos como arroz e feijão não estão sendo importados do país vizinho pelo preço cobrado, que é superior aos vindo de outros estados do Brasil. O empresário explica que óleo, açúcar, arroz, farinha, sal e carne bovina estão entre os alimentos que por enquanto ainda estão com estoque garantido no estado.
Aviões
Segundo o Governo do Acre, os aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) continuam chegando diariamente com as cargas de alimentos de Porto Velho. São dois modelos que fazem o transporte de em média 15 toneladas de alimentos e segundo a secretária-adjunta de Comunicação, Andréa Zílio, além da FAB outros dois aviões foram fretados para contribuir no transporte.
"Nesse período nós vamos tentar de tudo, alimentos vindos pelo Peru, balsa vinda por Cruzeiro do Sul e o que conseguir pela estrada porque tudo vai ser necessário. São medidas a curto e médio prazo para tentar suprir a demanda", declara.

Inventor do nanosatélite chega ao Brasil para avaliar projetos



Depois de perder alguns de seus engenheiros aeroespaciais devido à explosão ocorrida na Base de Alcântara em 2003, o Brasil ainda está tentando compensar parte do tempo perdido, para se colocar entre as nações em condições de desenvolver satélites e colocá-los em órbita. Com esse objetivo, está recebendo desde sábado (22), até o dia 31, Jordi Puig-Suari, uma das maiores autoridades internacionais no desenvolvimento de satélites de pequeno porte – os nanosatélites.
Jordi Puig-Suari é, ao lado de Bob Twiggs, o inventor dos nanosatélites. Professor de engenharia aeroespacial da Universidade Politécnica da Califórnia, ele vem ao país para fazer a revisão crítica dos nanosatélites que estão sendo construídos e que, a partir de junho, serão colocados em órbita: o NanosatBR1, o Aesp-14, o Projeto Serpens, o ITASat, e o UbatubaSat.
Com peso entre 1 e 5 quilos, os nanosatélites têm diversos tipos de aplicações. Em geral, são usados para sensoriamento remoto da superfície terrestre, por meio de fotografias de alta resolução, para a coleta de dados meteorológicos e hidrográficos, na medição do desmatamento, das irradiações atmosféricas e outros tipos de experiências científicas.
Os nanosatélites têm vantagens em relação aos satélites normais, disse Puig-Suari à Agência Brasil após desembarcar no país. “Antes de tudo, eles têm menor custo e, pela menor dimensão, é mais barato, fácil e rápido colocá-los em órbita. São mais fáceis de serem operados e, o mais importante: têm uma engenharia de sistema mais integrada” acrescentou.
Apesar de pequenos, os nanosatélites têm todas as partes dos grandes satélites: antenas, comunicação por rádio, sistema de controle de energia, painel solar, estrutura (uma espécie de esqueleto do satélite), computador de bordo, sistemas de posicionamento e de propulsão. “A diferença é que todas elas estão em apenas um compartimento”, disse o engenheiro aeroespacial.
Esse tipo de satélite pode fazer de tudo, tanto para fins comerciais, como científicos e industriais. A Nasa [agência espacial dos EUA] e a agropecuária norte-americana usam bastante esse tipo de tecnologia. “E a tendência é que esse uso seja cada vez maior [nessas e em outras áreas]. Até porque as tecnologias estão cada vez menores”, explicou Puig-Suari.
Geralmente, os nanosatélites são mais baratos também por não usarem equipamentos específicos para satélites, e sim aqueles que são encontrados com mais facilidade no mercado. Eles não são feitos para durar muito mais tempo do que os satélites de maior porte, mas têm melhor custo-benefício.
“Esses satélites tornam o acesso ao espaço mais simples. São mais fáceis de serem construídos e é mais rápido lançá-los. Com isso, o projeto avança mais rapidamente e, no caso do Serpens [Sistema Espacial para Realização de Pesquisas em Experimentos com Nanossatélites], isso ajudará na preparação de estudantes”, acrescentou o pesquisador.
O estímulo a estudantes é o que mais empolga o coordenador de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação da Agência Espacial Brasileira (AEB), Jean Robert Batana. “O Projeto Serpens vai desmistificar a cultura espacial das universidades que têm o curso de engenharia aeroespacial. Os resultados e conhecimentos estimularão mais universidades e escolas, fazendo com que o Brasil entre em um novo patamar da atividade espacial”, disse Batana.
A velocidade com a qual as tecnologias são desenvolvidas é outro ponto que favorece os nanosatélites, podendo, inclusive, diminuir as diferenças com outros países já que, com elas, novos pontos de partida surgem a todo momento.
“Vislumbramos, em um futuro próximo, vários jovens criando pequenas empresas para fornecer componentes e estruturas ao mercado. E vamos recuperar um pouco da inteligência perdida em Alcântara”, acrescentou Batana. Segundo ele, esse projeto envolve mais de 100 estudantes de diversas universidades federais brasileiras.
O satélite do Projeto Serpens está sendo construído na AEB e custará R$ 3 milhões – valor que inclui os gastos com o satélite, quatro estações em terra (postos de comando) e 20 sensores que enviarão dados e se comunicarão com o satélite a partir de diversos pontos espalhados pelo país. A verba inclui a instalação de um laboratório na AEB.
“Começamos com esse projeto em agosto de 2013, e o lançamento será feito em um intervalo menor do que um ano”, comempora a professora da Universidade de Brasília UnB) Chantal Cappelletti, especialista em projetos de sistemas espaciais.
Dos nanosatélites que estão sendo desenvolvidos no Brasil, o primeiro a ser colocado na órbita será o NanosatBR1, em 1° de julho, por um foguete russo. Ele testará o comportamento de placas e circuitos em ambiente espacial e fará experimentos científicos de medição da ionosfera para auxiliar estudos sobre meteorologia e telecomunicações.
Os demais satélites serão colocados em órbita em setembro, por meio de uma parceria com o Japão, a partir da Estação Espacial Internacional (ISS). Todos estão em fase de produção em diversas universidades e institutos brasileiros – como a Federal de Minas (UFMG), de Santa Maria (UFSM), a UnB, a Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Beltrame diz que Exército vai assumir ocupação do Complexo da Maré


Secretário de Segurança não revelou detalhes do plano de ocupação. inicialmente, 1,5 mil homens vão compor efetivo da UPP Maré.

O secretário de Segurança do Rio de Janeiro, José Maria Beltrame, anunciou na tarde desta segunda-feira (24) que o estado vai assumir o Conjunto de Favelas da Maré e, em seguida, passará o comando para o Exército. O secretário não quis adiantar quando e nem quanto tempo vai durar a ocupação. Ele disse que a princípio, será somente o Exército e descartou a Marinha e a Aeronáutica. A Polícia Federal vai ajudar com o serviço de inteligência e a Polícia Rodoviária Federal vai auxiliar no cerco aos acessos, nos mesmos moldes da ocupação do Complexo do Alemão, em 2008.
Beltrame falou ainda que a UPP Maré já era prevista e que não tem relação com os ataques ocorridos na quinta-feira (20). "A Maré é um grande território de dominação do tráfico de drogas. A nossa resposta é fazer com o que o tráfico perca cada vez mais território. É mostrar para o tráfico que o estado tem força."
O secretário disse que inicialmente 1,5 mil homens devem compor o efetivo da UPP Maré. Outros detalhes serão definidos em uma reunião na tarde desta segunda, no Comando Militar do Leste, no Rio.
Segundo Beltramne, havia uma "megalópole" do tráfico atuando no Rio. "Quando os criminosos começaram a perder território, começaram com essa retalização covarde de até matar policial pelas costas", completou.
Beltrame também defendeu o efetivo de segurnaça que atua no estado. "Entrar em qualquer lugar do Rio de Janeiro não é uma dificuldade para nossas polícias. O problema para as forças do estado é se manter nessas áreas". Ele não explicou qual é a dificuldade para a manutenção dos policiais.
Cabral: GLO aprovada
O governador Sérgio Cabral anunciou, no início da tarde, que já foi aprovado pelo Governo federal pedido feito pelo estado para a instauração da Garantia da Lei e da Ordem (GLO) na Maré. Com a GLO, militares assumem a segurança pública e podem atuar como polícia nas ruas. Para entrar em vigor, a medida depende de publicação de decreto assinado pela presidente Dilma Rousseff.
A decisão de ocupar o complexo aconteceu após uma série de ataques a UPPs na semana passada. Formada por 16 comunidades, a Maré está localizada em um ponto estratégico da cidade: próximo ao Aeroporto Internacional Antonio Carlos Jobim, na Ilha do Governador, e às três mais importantes vias expressas da cidade — Linha Vermelha, Linha Amarela e Avenida Brasil.
"Esse é um passo decisivo na nossa política de avanço na segurança. Trata-se de uma área estratégica para o Rio visto que lá passam a Linha Vermelha, a Linha Amarela e a Avenida Brasil, uma área sensível com moradores ansiosos para receber as forças de segurança", disse Cabral sem dar detalhes sobre a operação como a data da entrada das forças federais, o efetivo que será empregado e o papel de cada órgão no plano de ocupação traçado.
Ação por tempo indeterminado
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, afirmou que equipes técnicas das polícias Federal, Rodoviária Federal, da Força Nacional de Segurança e das Forças Armadas permaneciam reunidas por volta de 13h para acertar detalhes do planejamento da ação. De acordo com o ministro, a ocupação da região será por tempo indeterminado.
"[A ocupação vai durar] o quanto for necessário para o cumprimento dessa primeira etapa. Os prazos são sempre ajustados conforme a necessidade. A primeira etapa é a ocupação do espaço territorial para que o terreno para a pacificação seja criado. A presença do Estado no Complexo da Maré veio para não mais terminar, a exemplo daquilo que houve em outras comunidades do Rio de Janeiro", afirmou Cardozo, acrescentando que a ação não vai atrapalhar o planejamento de segurança para a Copa do Mundo: "Nós temos um plano para a Copa do Mundo muito bem desenvolvido e muito bem preparado", finalizou.
Reunião
A reunião começou às 11h15 desta segunda com a presença do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e o chefe do Estado Maior das Forças Armadas, general José Carlos de Nardi, no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), no Centro da cidade, para planejar as ações das forças federais após os ataques a policiais e bases da PM em comunidades pacificadas.
Na sexta-feira (21), a presidente Dilma Rousseff já havia respondido positivamente ao pedido de ajuda de Cabral para que as tropas federais atuem na cidade.
Ocupação por forças estaduais
As polícias Civil e Militar mantêm a ocupação em quatro favelas do Subúrbio desde sexta à noite por tempo indeterminado. Na Maré, são duas as comunidades ocupadas: Nova Holanda e Parque União. A tropa do Batalhão de Operações Especiais (Bope) fez apreensões de drogas e armas.
No Morro do Chapadão, em Costa Barros, a equipe do Batalhão de Choque precisou usar uma retroescavadeira para destruir barricadas montadas pelo tráfico. Um homem foi preso e um menor, apreendido. Além disso, sete motos e oito carros roubados foram recuperados. No alto da comunidade, uma base móvel foi montada pela polícia. De lá, é feito o monitoramento de dez câmeras que vigiam os principais acessos ao morro.
A polícia também permanece no Morro do Juramento, em Vicente de Carvalho. No local, não houve prisões nem apreensões. No sábado (22), em uma operação na Favela Pára Pedro, em Colégio, também no Subúrbio, dois homens morreram em um confronto. Segundo o comando da PM, eles eram criminosos. Quatro pessoas foram detidas e uma delas ficou ferida na troca de tiros.
Ataques
As ocupações de comunidades pelas polícias estaduais começaram 24 horas após ataques a UPPs. O objetivo é preparar o terreno para a chegada de forças federais. No atentado mais violento, no Conjunto de Favelas de Manguinhos, na Zona Norte, na noite de quinta (20), cinco postos da UPP e dois carros da PM foram incendiados. O comandante da unidade, capitão Gabriel Toledo, foi baleado. Ele permanece internado no Hospital Central da Polícia Militar (HCPM). Outro policial levou uma pedrada na cabeça, mas passa bem. Na ocasião, a base da UPP no Morro Camarista Méier, no Lins, também foi alvo dos criminosos.

Piloto de helicóptero que caiu em SP tentou desviar de casas, diz pedreiro


Aeronave tentou pousar em milharal perto de condomínio, conta testemunha. Aeronáutica investiga causas do acidente que matou dois em Ribeirão Preto.

 O ajudante de pedreiro Josemar Silva Oliveira voltava de bicicleta do supermercado, na manhã de domingo (23), quando viu um helicóptero voando baixo e depois cair em um milharal em Bonfim Paulista, distrito de Ribeirão Preto (SP). O acidente matou o piloto e o passageiro, ambos de 36 anos. Segundo Oliveira, a aeronave parecia instável, balançava muito e chegou a encostar nos fios da rede elétrica de um condomínio, antes de cair e explodir. "Parecia que o helicóptero estava com algum problema e procurava um lugar para pousar", disse.
O piloto e instrutor de voo Lauro Gustavo Coffani e o passageiro Luciano Real Cavalheiro morreram carbonizados. Os dois faziam um voo de demonstração e haviam partido de um helicentro no bairro Ribeirânia, em Ribeirão Preto, a cerca de 10 km do local do acidente.
O Comando da Aeronáutica enviou uma equipe ao local no final da tarde de domingo para começar as investigações sobre o caso, mas as causas da queda ainda não foram esclarecidas. Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a aeronave estava com as documentações de manutenção e navegabilidade em dia.
Oliveira contou que o piloto fez várias manobras, por cerca de 1 minuto, tentando desviar das casas de um condomínio. O ajudante de pedreiro disse ter ficado assustado quando viu a aeronave perdendo altitude muito rápido. "Quando olhei para cima, vi o helicóptero cambaleando. Ele veio tombando e rodou ao lado do bairro Monte Verde, depois encostou nos fios e em seguida já caiu. Segundos depois, já deu para ver uma fumaça preta subindo."
Oliveira afirmou que correu em direção ao local da queda e viu os destroços do helicóptero e os corpos das vítimas em chamas. Em poucos minutos, de acordo com a testemunha, policiais militares chegaram ao local e impediram a aproximação de curiosos. "Logo já isolaram a área e pediram para ninguém passar", recordou Oliveira.
Situação regular
A Anac informou no domingo que o helicóptero modelo Robinson R22 estava em condições de uso e era usado para voos de instrução. O certificado de aeronavegabilidade, segundo a agência, venceria só em setembro de 2019. A inspeção anual de manutenção, outro documento obrigatório, estava com vencimento previsto para setembro deste ano.
A Anac informou ainda que aguarda um relatório do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), ligado ao Comando da Aeronáutica, que será feito com base nas informações coletadas no local do acidente. Os detalhes sobre a situação do piloto junto ao órgão ainda não foram divulgados.
Cenipa
Uma equipe do Cenipa foi enviada a Ribeirão Preto no final da tarde de domingo para investigar as causas da queda do helicóptero. Técnicos do Serviço Regional de Investigação (Seripa-4), subdivisão do Cenipa, foram até a área para analisar as causas do acidente antes da retirada da aeronave. De acordo com o órgão, informações transmitidas via rádio pelo piloto devem ser obtidas e um relatório sobre o acidente, concluído dentro de 30 dias.
Vítimas
Os corpos das duas vítimas permanecem no Instituto Médico Legal (IML) de Ribeirão Preto e devem ser liberados apenas na tarde desta segunda-feira (24). O piloto Lauro Gustavo Coffani morava em Ribeirão Preto e dava aulas de instrução de voo.
Já o passageiro Luciano Real Cavalheiro fazia um voo de demonstração, de acordo com Nelson Mattos, diretor da ABC Helicópteros, onde ficava a aeronave.

FAB nega boatos de que bimotor tenha sido encontrado no Pará


Equipes já percorreram mais de 7.400 km quadrados em 66 horas de voo. Filha do piloto e comandante negam que avião tenha sido encontrado.

A Força Aérea Brasileira (FAB), que lidera as buscas pelo avião bimotor que desapareceu perto de Jacareacanga, sudoeste do Pará, negou que a aeronave tivesse sido localizada. Nesta segunda-feira (24), o Instituto Médico Legal confirmou que enviou técnicos para a área, aumentando a especulação sobre as buscas por sobreviventes e destroços - várias rádios e blogs do oeste do Pará consideraram que este envio seria um sinal de que corpos teriam sido encontrados, o que foi desmentido pelos canais oficiais.
O avião desapareceu na última terça-feira (18) após decolar de Itaituba. A aeronave transportava o comandante Luiz Feltrin, dono da empresa Jotan Táxi Aéreo, um motorista e três funcionários de saúde, que iriam trabalhar no atendimento da comunidade indígena da região. O último contato recebido da aeronave foi uma mensagem de texto da técnica de enfermagem Rayline Campos, que mandou um SMS para o tio preocupada com o mau tempo e as condições da aeronave.
Além da FAB, a filha do piloto da aeronave, Jéssica Feltrin, negou que o avião e os ocupantes tivessem sido encontrados. A mesma informação foi repassada pelo Grupamento Aéreo da Secretaria de Segurança Pública do Estado (Segup), que auxilia a FAB na operação de salvamento.
 Até o momento, as aeronaves envolvidas na operação de salvamento já percorreram mais de 7.400 quilômetros quadrados em 66 horas de voo. No último domingo (23), um avião de patrulha modelo Orion - o mesmo utilizado nas buscas pelo avião da Malasya Airlines - chegou da Bahia para auxiliar a procura por sobreviventes.
O avião, que é geralmente utilizado na proteção de áreas marítimas, tem sensores que podem identificar partes metálicas na mata fechada que, assim como o clima, é apontada pelas equipes como um dos fatores que mais dificultam a localização do avião.

JORNAL O ESTADO DE SÃO PAULO


Sucessor do Urutu, blindado Guarani chega ao Exército


Base em Cascavel recebe hoje 13 unidades, que custaram R$ 37 milhões; modelo deve entrar com força no mercado mundial

Rápido e letal, o blindado Guarani, primeiro da nova geração de couraçados médios sobre rodas feitos para o Exército, entra hoje em operação. O primeiro lote de 13 unidades será entregue formalmente à Força, na 15ª Brigada de Infantaria Mecanizada de Cascavel, no Paraná. O Guarani, de certa forma, é o substituto de um veículo lendário, o robusto Urutu EE-11, transportador padrão de tropas no Brasil e em mais 18 países-clientes. Fabricado pela extinta Engesa até meados dos anos 80, ainda permanece em uso regular.
ImagemA frota, recebida com cerimonia e presença de várias autoridades, é destinada a equipar uma companhia de fuzileiros. O custo do lote é estimado em cerca de R$ 37,7 milhões. Ela faz parte de um negócio bem maior, a compra de 2.044 blindados, por R$ 6 bilhões, com entrega prevista até o ano de 2029. A produção é da Iveco Veículos de Defesa, coligada do grupo Fiat. A empresa já investiu R$ 55 milhões na instalação da fábrica especializada, construída em Sete Lagoas (MG). A propriedade intelectual é do Exército e da Iveco. O projeto prevê dez diferentes versões para o Guarani.
As possibilidades de exportação são consideradas "acima da média", pelo ministro da Defesa, Celso Amorim. Até 2022, ou pouco além, a procura mundial por essa classe de blindados será de 20 mil unidades, excluídos os Estados Unidos, a Rússia e a China - um mercado de US$ 30 bilhões. O primeiro comprador internacional do modelo é a Argentina - vai receber 14 deles.
JORNAL FOLHA DE SÃO PAULO


Avião caiu no mar e todos morreram, diz Malásia


Empresa usa mensagem de celular para avisar parentes de passageiros

Segundo premiê, nova análise de imagens de satélite conclui que voo terminou em área remota no oceano Índico.
As autoridades da Malásia concluíram que o Boeing-777 da Malaysia Airlines --desaparecido há mais de duas semanas com 239 pessoas a bordo-- caiu em um ponto remoto do oceano Índico e não há sobreviventes.
Agarrados a um fio de esperança após 16 dias de investigações, parentes receberam a notícia ontem em uma mensagem de texto para telefones celulares.
"A Malaysia Airlines lamenta profundamente ter que concluir, além de qualquer dúvida razoável, que o [voo] MH370 foi perdido e que ninguém a bordo sobreviveu", dizia o texto.
Cerca de meia hora depois, o premiê da Malásia, Najib Razak, foi a público para confirmar o anúncio.
A notícia causou uma explosão de desespero e incredulidade entre parentes de passageiros na China, origem de 154 dos 239 a bordo.
No hotel de Pequim onde os parentes estavam instalados desde o desaparecimento, houve choro compulsivo, desmaios e gritos de revolta. Ambulâncias foram ao local para atender alguns que tiveram colapsos nervosos.
Muitos se recusavam a acreditar na notícia.
Nas duas semanas de angústia vivida pelos parentes, a escassez de informações e a série de alarmes falsos produziram uma enorme desconfiança em relação às autoridades da Malásia, além de toda a sorte de especulações.
"Eles mataram todos para esconder alguma coisa", uma mulher em prantos gritava no hotel em Pequim. "Minhas crianças não morreram. Elas devem estar escondidas em algum lugar. Como eu posso confiar nesse governo?"
Após o anúncio, o governo chinês, que não escondeu sua insatisfação com os rumos da investigação, também quis saber mais.
O vice-chanceler, Xie Hangsheng, imediatamente exigiu os dados de satélites que levaram à conclusão das autoridades malasianas.
Segundo o premiê malasiano, novas análises fornecidas pela empresa britânica de satélites Inmarsat indicavam que o voo MH370 "terminou" no sul do Índico.
Os dados da Inmarsat mostram que a última posição conhecida do avião era o oceano Índico, a oeste de Perth, na Austrália.
O Boeing da Malaysia Airlines decolou de Kuala Lumpur no último dia 8 (pelo horário local) rumo a Pequim. Por motivos ainda desconhecidos, deu meia-volta e voou milhares de quilômetros na direção oposta.
O fato de o avião estar com o combustível no fim permite concluir que caiu no mar.
Nos últimos dias, as buscas haviam se concentrado no Índico, depois que satélites e equipes de resgate da Austrália, da China e da França avistaram objetos que poderiam ser do Boeing.
O anúncio feito ontem acaba com a esperança de haver sobreviventes, mas está longe de esclarecer o mistério do voo MH370, que mobilizou a maior operação multinacional de buscas da história da aviação.
Os investigadores já haviam concluído que houve "intervenção humana" no desvio do avião, depois de ficar claro que os sistemas de comunicação foram desligados por alguém a bordo.
Mas ainda não há pistas sobre o que motivou a ação --o mistério só será desvendado se forem encontradas as caixas-pretas.

SINTOMÁTICO



As Forças Armadas vão colaborar para a contenção dos ataques a Unidades de Polícia Pacificadora no Rio. Com o argumento da moda, ou seja, o percurso que farão os turistas chegados ao Galeão para a Copa, os militares escolheram instalar-se na favela da Maré.
Mas a área crítica dos ataques são as favelas do Complexo do Alemão. E o motivo é atual, imediato, não para quando a Copa chegar. 

TUDO SOBRE A DITADURA MILITAR


Regime de 1964 não foi uma ditadura

Presidente da Câmara no governo do general Ernesto Geisel, o jurista Célio Borja sustenta que as Forças Armadas se anteciparam, em 1964, a um golpe que seria dado pela esquerda com aval do presidente João Goulart.
Ele contesta o termo ditadura militar. "O que havia era um regime de plenos poderes. Não era ditadura", diz.
Após a redemocratização, Borja foi ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) e da Justiça, no governo Fernando Collor. Aos 85 anos, ainda advoga e mantém escritório em Copacabana, no Rio.
Folha - O golpe militar faz 50 anos. Qual foi o principal motivo da queda de Jango?
Célio Borja - Havia um bruto desassossego. O principal erro do governo foram as ameaças. O presidente era mais cauteloso, mas no 13 de março [o comício da Central] soltou a franga. Ameaçavam fechar o Congresso, fazer reformas na marra. O que queriam era a implementação, no Brasil, de um regime parecido com o de Cuba.
A tese de que a esquerda preparava um golpe é controversa. O sr. acreditava nisso?
Estou convencido até hoje. Havia uma enorme articulação de movimentos concertados que visavam à invasão de propriedade. Isso contaminou toda a sociedade.
O que achava de Jango?
Era um pobre homem. Quando muito, um aprendiz de caudilho, despreparado para governar o país.
Ao apoiar o golpe, o sr. imaginou que ele poderia resultar em 21 anos de ditadura?
Supunha que seria uma intervenção cirúrgica. Pensei que os chefes militares de formação democrática, Castello à frente, encurtariam a permanência no poder.
Como descreve a ditadura, do ponto de vista jurídico?
Ditadura é a concentração de todos os poderes em mãos do chefe de Estado. Nenhum presidente militar teve isso. O Congresso e o Judiciário eram independentes. Ditadura, nunca houve. O que se podia dizer é que havia um regime de plenos poderes. Não era ditadura.
Se não era ditadura, por que cassaram parlamentares e até ministros do STF?
Roosevelt também quis enfrentar a Suprema Corte dos EUA porque a considerava hostil ao "New Deal". Aumentar o número de ministros do STF [de 11 para 15] era tolerável, até porque começava a haver o problema do acúmulo de processos. Inadmissível foi a cassação de três ministros [Evandro Lins e Silva, Vitor Nunes Leal e Hermes Lima, em 1969].
O AI-5 suspendeu todas as liberdades democráticas.
A sublevação de organizações de esquerda criou um clima que justificava, para alguns, uma carapaça militar sobre o governo civil. O AI-5 foi um desastre. Havia a Constituição de 1967 e um recomeço da vida constitucional. Mataram isso.
Neste momento, muitos civis se afastaram do regime. O sr. se elegeu deputado e foi líder do governo. Por quê?
A reconvocação do Congresso abriu esperanças de normalização. Era um posto a partir do qual se podia lutar pela redemocratização. Nosso dever era lutar por dentro [do regime]. Foi o que fiz.
O sr. sabia das torturas?
Sabia que havia brutalidades. Sempre houve no Brasil. O pau de arara não foi invenção de 64. Ninguém se importava com a miséria do preso comum. Chamou a atenção quando os presos políticos foram submetidos ao mesmo tratamento. O regime estava descambando para a selvageria. Quando virei líder do governo, me tornei uma estuário de queixas.
O que fazia com elas?
Levava a informação de que fulano foi torturado e o Golbery [do Couto e Silva] a transmitia ao [João] Figueiredo, que transferia o militar. Faltava força aos superiores para coibir os abusos. Acho que agiam à revelia [dos superiores]. Às vezes havia conivência. Achavam que tinha que ser assim. Senão, não ganhavam a guerra.
Como vê o debate sobre Anistia e Comissão da Verdade?
A Anistia é um instrumento de pacificação. Ninguém é tolo o bastante de acreditar que seria possível pacificar o país sem o esquecimento dos crimes praticados de um lado ou de outro.
A Comissão da Verdade é o oposto. O que a Anistia fez, ela desfaz.
O que acha da visão que se tem hoje do regime?
Absolutamente distorcida. Sempre se diz que a história é escrita pelos vencedores. Aqui, os vencidos estão escrevendo a seu gosto com um objetivo político: desqualificar quem não lutou contra a famosa ditadura, que não foi ditadura nenhuma.

Análise


Sem a caixa-preta, não haverá certeza do que ocorreu, apenas suspeitas e hipóteses

Antes de a caixa preta ter sido encontrada, tudo o que se sabia sobre o desastre do voo 447 da Air France, em 2009, era que os sensores externos de altitude e velocidade haviam congelado sobre uma área de turbulência no oceano Atlântico.
Só depois de achados os gravadores que registram os dados de voo e de voz da cabine, quase dois anos depois, o quadro ficou completo.
Descobriu-se que o computador de bordo deu ordens inconsistentes para a tripulação, que, sem treinamento para manejar o avião em grandes altitudes, não soube reagir --o que fez a aeronave cair até bater no mar.
O exemplo, dado por Adalberto Febeliano, professor de transporte aéreo da Anhembi Morumbi, dá uma boa ideia da importância da caixa preta para determinar o que causou o desaparecimento do Boeing-777 da Malaysia Airlines sobre o oceano Índico.
SEM CERTEZAS
Sem conseguir resgatar o equipamento, o que restam são fragmentos de informação, suspeitas e hipóteses. Certeza, de fato, nenhuma.
Não se sabe qual a velocidade e altitude, se os equipamentos a bordo funcionavam ou não, se houve fogo a bordo ou explosão e, também, quais os comandos do piloto e do copiloto enquanto a aeronave estava em voo.
O pior é que a perspectiva de se achar a caixa-preta não é das mais otimistas. Por enquanto, nem sequer destroços do avião foram encontrados pelos navios e aviões que empreendem as buscas.
No caso da Air France, os primeiros pedaços do Airbus A330 foram vistos dois dias após a tragédia, em junho de 2009. Ainda assim, a corrida pela caixa preta se estendeu até maio de 2011, esforço bancado pelo governo francês.
A favor, há o fato de a caixa preta emitir pulsos captado por sonares, justamente para facilitar a localização. Mas o alcance é limitado; se não houver sonar por perto, muito provavelmente ela seguirá no fundo do mar.
Mesmo com a caixa preta em mãos, uma informação-chave (o que levou o avião a mudar de rota) talvez jamais seja conhecida: o gravador de voz registra as conversas na cabine nos últimos 30 minutos de voo; após sair do seu curso, o Boeing-777 voou por pelo menos cinco horas.

JORNAL O POVO (CE)


Investigações sobre ditadura são travadas pelas Forças Armadas



As Forças Armadas têm se recusado a responder dezenas de ofícios da Comissão Nacional da Verdade e do Ministério Público Federal, travando a investigação de crimes da ditadura (1964-85).
Desde que foi criada, em maio de 2012, a comissão não recebeu nenhuma informação relevante do Exército, Marinha ou Aeronáutica, segundo levantamento feito a pedido da reportagem.
Oficialmente, o discurso é outro: o Ministério da Defesa e as três Forças afirmam que estão colaborando.
A comissão requereu a relação de oficiais que serviram em órgãos da repressão, questionando ainda quais foram as bases militares utilizadas. Não houve resposta.
De um pedido de informação sobre 60 militares, somente a Marinha respondeu, apresentando o nome de dois. Nenhum dado foi obtido de um outro requerimento que cobrava dados sobre 309 casos de torturas, mortes e desaparecimentos.
Procuradores responsáveis pelas investigações dos crimes do período dizem o mesmo: a falta de colaboração atrapalha o andamento de inquéritos abertos em diversos Estados com o objetivo de questionar a validade da Lei da Anistia em casos de desaparecimento forçado.
Cinquenta anos após o golpe, Exército, Marinha e Aeronáutica chegam até a enviar aos seus superiores hierárquicos, como a Defesa e a Presidência da República, informações comprovadamente falsas.
As três Forças adotam tática protocolar de apresentar informações superficiais ou incompletas.
Segundo um ex-ministro da Defesa do governo Lula, as Forças Armadas se especializaram em repassar “informações minimalistas”, sem se comprometer.
A preocupação é de que a abertura dos arquivos possa incriminar militares pela tortura ou morte de opositores.  
Serviço
Comissão Nacional da Verdade
Telefone: (61) 3313 7314
Email: cnv@cnv.presidencia.gov.br
Página na Internet: www.cnv.gov.br
JORNAL ZERO HORA


Brasil vai assinar contrato com suecos


COMPRA DE CAÇAS

O contrato entre a Força Aérea Brasileira (FAB) e a Saab, fabricante dos caças Gripen, será assinado no final do ano.
O ministro da Defesa, Celso Amorim, embarca na próxima semana a Estocolmo para assinar um acordo de cooperação e defesa entre Brasil e Suécia.
- O acordo é um primeiro passo, servirá de guarda-chuva para em-basar o contrato que será assinado - afirmou uma fonte envolvida nas negociações.
Além dos 36 caças, avançaram as tratativas para que até 12 aeronaves usadas sejam fornecidas à FAB antes da entrega final dos Gripen NG (New Generation). A previsão é de que o primeiro Gripen da frota adquirida por US$ 4,5 bilhões (R$ 10,4 bilhões) será entregue, na melhor das hipóteses, em 2018. Até lá, conforme o contrato a ser firmado, a Saab deverá ceder aviões Gripen C/D.
Além de uma cortesia da Saab, o objetivo é não deixar o espaço aéreo brasileiro desprotegido. Com a aposentadoria dos Mirage adquiridos em 2005 da França, a proteção está sendo feita por caças F-5, modernizados pela Embraer - inclusive um lote de 12 aviões de segunda mão adquirido da Jordânia. Os F-5, contudo, tem como função principal o combate aéreo. Servem menos aos propósitos de interceptação e ataque ao solo. Com o empréstimo da frota mais antiga do Gripen, as aeronaves também servirão para treinamento de esquadrões até o primeiro Gripen NG riscar o céu brasileiro.
Licitação se arrastava desde a década de 1990
Uma comitiva sueca deixou o Brasil na semana passada. Os caças devem começar a ser construídos em 2015, em uma fábrica de estruturas Aéreas que será construída em São Bernardo do Campo (SP) pela Saab. Um total de US$ 150 milhões (R$ 348,6 milhões) será investido pela empresa sueca.
A Saab já trabalha na divisão de trabalho entre as empresas da cadeia aeroespacial brasileira envolvidas no desenvolvimento do caça. Pelo acordo, 80% do Gripen será produzido no país, mas ainda feita ajustar a participação da Embraer na montagem final dos aviões. Os caças Gripen venceram no final do ano passado a licitação - o chamado Programa FX-2 - que se arrastava desde a década de 1990. Os novos aviões deverão atender às necessidades do país pelas três décadas seguintes.

Intervenção Federal


Exército ocupará morros do Rio

Ação é uma resposta aos ataques sofridos pelas Unidades de Polícia Pacificadora, que resultaram na morte de quatro policiais.

As Forças Armadas foram chamadas para agir no Rio.
Após reunião entre o governo fluminense e representantes do governo federal, ontem, ficou decidido que militares do Exército e da Marinha farão a ocupação do Complexo da Maré, conjunto de favelas situadas à beira-mar, próximo ao aeroporto do Galeão, nesta semana.
O reduto era o local de atuação do mais famoso traficante brasileiro, o carioca Fernandinho Beira-Mar, preso desde 2001. Ele lidera o Comando Vermelho (CV), principal facção criminosa carioca. A força-tarefa das Forças Armadas, que se somará a 1,5 mil policiais militares, não tem dia certo para atuar. É provável que seja próximo ao fim de semana, porque há necessidade de que os militares sejam preparados.
A reunião que definiu a ocupação militar foi presidida pelo governador Sérgio Cabral e contou com a presença do general José Carlos de Nardi (chefe do Estado-Maior do Exército) e do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. Ficou decidido que será dada uma resposta para os bandidos que realizaram, neste ano, pelo menos sete ataques a Unidades de Polícia Pacificadora (UPP) - bases da Polícia Militar (PM) instaladas em favelas cariocas. Nessas investidas, os bandidos mataram quatro PMs, entre eles dois oficiais - um deles, subcomandante da UPP da Penha, tenente Leidson Acácio Alves Silva. Outro comandante foi ferido, em Manguinhos.
O coronel Frederico Caldas, comandante das UPPS, diz que os ataques recentes foram orquestrados por traficantes:
- Não temos mais dúvidas de que o que aconteceu em Manguinhos, Arará, Mandela e Camarista Méier foram ações orquestradas. Apesar de ser uma área de hostilidade, em Manguinhos, nunca tivemos um evento tão extremo.

Atriz reitera ter sido torturada no DOI-Codi



Citada por Ustra na entrevista, a atriz Bete Mendes disse que o militar foi "um dos mais eficientes agentes de prisão arbitrária e tortura". O coronel reformado do Exército nega que a torturou.
Na época da prisão, em 1970, Bete era estudante e militante da VAR-Palmares. Em nota, disse que chorou em seu depoimento "pelo sofrimento" da tortura. A atriz também lembrou como foi o episódio em que denunciou o então comandante do DOI-Codi como torturador - feito que levou o nome do militar às primeiras páginas de jornais do Brasil e do Exterior.
"Em 1985, ao acompanhar o presidente Sarney em viagem oficial ao Uruguai, tive o choque de encontrar com o entrevistado (Ustra) como adido militar. (...) Foi meu dever denunciar ao presidente Sarney e à nação brasileira esse torturador, que estava representando o Brasil - situação que considero inadmissível".
As acusações da atriz também são endossadas por ex-presos políticos, como Maria Amélia Teles. A família dela é a responsável pela ação em que Ustra foi declarado pela Justiça como torturador, em 2008. Em 2013, ao depor à comissão da Verdade, a ex-militante do PC do B contou que seus filhos foram parar no DOI-Codi e a teriam visto sendo torturada.

OUTRAS MÍDIAS


CONSULTOR JURÍDICO



Edital não pode barrar militar obesa de cargo em concurso

Um edital de concurso não pode reprovar um candidato por ele ser obeso se não houver regulamento legal que defina a obesidade como empecilho para preencher a vaga em questão. Com este entendimento, a 2ª Vara Federal de Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre, anulou o ato administrativo que excluiu uma candidata considerada obesa do processo seletivo para o cargo de segundo-tenente na Força Aérea Brasileira. A sentença foi publicada na sexta-feira (21/3).
A suboficial foi reprovada na inspeção de saúde quando concorria a uma vaga de estágio para o cargo de oficial na área de informática. Mesmo tendo sido considerada acima do peso limite previsto no edital, ela conseguiu passar nas etapas posteriores do concurso interno após obter liminar na Justiça.
Conforme alegou, ao longo do período probatório, foi aprovada em todos os requisitos e perdeu, inclusive, 10kg. Os resultados obtidos, entretanto, foram desconsiderados pela organização do certame, o que implicou na sua não nomeação para o cargo pretendido.
Em sua defesa, a União sustentou a legitimidade do ato de exclusão e argumentou que o atual estágio de saúde da concorrente não seria relevante, mas, sim, sua situação à época do exame. Informou, ainda, que as exigências impostas seriam decorrentes da atividade militar.
Para o juiz federal Felipe Veit Leal, o centro do litígio não se concentra nas condições físicas da autora, mas na legalidade desta imposição. No seu entendimento, o Estatuto do Militares é o instrumento legal competente para estipular requisitos ao ingresso nas Forças Armadas. O dispositivo, entretanto, não contempla regras restritivas à saúde, de forma que o edital não pode se sobrepor à lei.
O magistrado considerou, ainda, que, ao ser nomeada e empossada, a candidata exercerá atividade meramente administrativa, não procedendo a atividades físicas de elevada desenvoltura.“Outrossim, ao continuar no certame, ainda que por força de decisão judicial liminar, obteve sucesso nas provas físicas, o que demonstra ter a aptidão desejada para o posto”, complementou.
Leal julgou procedente o pedido e invalidou o ato que considerou a militar inapta, possibilitando a sua permanência no concurso. O juiz ainda condenou a União ao pagamento dos honorários advocatícios. Cabe recurso ao TRF-4. Com informações da Assessoria de Imprensa da Justiça Federal do RS.

ALAGOAS 24 HORAS



Aeronáutica abre 226 vagas para sargento

Inscrições começam hoje e vão até o dia 15 de abril. Pernambuco está entre os Estados onde haverá prova.
A Aeronáutica abre nesta segunda-feira (24/03) as inscrições para o Exame de Admissão ao Estágio de Adaptação à Graduação de Sargento para o ano de 2015. São oferecidas 226 oportunidades. Após a conclusão do curso de formação, o aluno será promovido à graduação de Terceiro Sargento e terá remuneração bruta aproximada de R$ 3.200.
As vagas são divididas em dois grupos: 69 vagas para as áreas de eletrônica (30), enfermagem (20) e sistemas de informação (19) e 157 para as áreas de administração, eletricidade, laboratório, pavimentação, radiologia, topografia, obras e música (sendo 73 para o primeiro semestre e 48 para o segundo).
Para concorrer a uma delas, é necessário ter ensino técnico na área pretendida, exceto para as de música, que exige apenas a conclusão do ensino médio. A inscrição custa R$ 60 e segue até as 15h do dia 15 de abril. As candidaturas devem ser feitas no site www.eear.aer.mil.br, endereço onde está disponível o edital do certame.
As provas serão realizadas em 14 Estados. Em Pernambuco, o exame será aplicado no Segundo Comando Aéreo Regional (II Comar), localizado no bairro de Prazeres, em Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife.
Para concorrer ao exame, o candidato deve ser brasileiro, não ter menos de 17 anos nem completar 25 anos até 31 de dezembro de 2015, estar em dia com as obrigações eleitorais e militares, não estar respondendo a processo criminal na Justiça Militar ou Comum, dentre outros.
O estágio será ministrado sob regime de internato, na Escola de Especialistas de Aeronáutica, em Guaratinguetá, cidade do Estado de São Paulo que fica a 175 quilômetros da capital. O curso terá duração aproximada de cinco meses.
Mais informações sobre o concurso podem ser obtidas no Serviço Regional de Ensino das Organizações Militares da Aeronáutica, através do telefone (81) 2129-7092.



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