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NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 24/03/2014

Especialistas alemães querem buscar avião malaio com minissubmarino ...


'Abyss' pode realizar buscas a três mil metros de profundidade. Missão seria realizada após destroços do avião serem encontrados ...

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Um grupo de especialistas do Instituto Helmholtz de Oceanografia de Kiel, no norte da Alemanha, querem empreender a busca do avião malaio desaparecido com o minissubmarino não-tripulado "Abyss" e esperam realizar esta missão assim que os primeiros destroços do avião forem encontrados ...




Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.




PORTAL G-1


Avião chinês acha objetos em área de buscas por voo sumido da Malaysia


Mais cedo, um palete de madeira e correias foram achados pela Austrália. Novos aviões e navios se juntaram no domingo (23) às equipes de busca.

Um avião chinês envolvido nas buscas pelo voo desaparecido da Malaysia Airlines avistou alguns "objetos suspeitos" no sul do Oceano Índico, informou nesta segunda-feira (24) a agência chinesa Xinhua.
De acordo com a agência, a tripulação do avião chinês avistou objetos relativamente grandes, e muitos outros de menor tamanho de cor branca espalhados por um raio de vários quilômetros.
Vários países, entre eles a China e a Austrália, já haviam detectado por satélite a presença de possíveis detritos do avião na principal zona de busca do voo MH 370, a cerca de 2.500 quilômetros da costa australiana.
Mais cedo, foram lozalizados um palete de madeira e vários cintos de segurança ou correias no Oceano Índico. Após novas pistas, foram ampliadas nesta segunda-feira (24) a área de busca do avião desaparecido.
Mais barcos e aviões

Quatro aviões militares e quatro aparelhos civis enviados à região para tentar localizar novamente os objetos não observaram nada de significativo.
Segundo a imprensa local, a China enviou sete barcos, que se somam aos que já operam no lugar.
O navio da Marinha australiana HMAS Success chegou na tarde de ontem à área de buscas, onde já operam dois navios mercantes.
Um avião P3 Orion da Força Aérea Real da Nova Zelândia dotado de equipamentos de observação eletro-óptica também chegou à região, mas detectou apenas bancos de algas.
Dois terços dos 227 passageiros eram chineses, e a irritação cresce entre seus familiares pela forma como as autoridades malaias têm conduzido a crise.

O voo MH370 da Malaysia Airlines desapareceu dos radares civis em 8 de março, quando fazia o trajeto entre Kuala Lumpur e Pequim. Duas semanas mais tarde, os investigadores malaios estavam convencidos de que o avião havia sido desviado deliberadamente.
Foram levantadas três hipóteses para explicar o desaparecimento: sequestro, sabotagem feita pelos pilotos, ou uma crise repentina, que incapacitou a tripulação e levou o avião a voar com o piloto automático por horas, até o fim do combustível e a queda no mar.
A descoberta de restos no sul do Índico pode sustentar a teoria de sequestro, na qual acredita a maioria dos familiares.

FAB usa nova aeronave para tentar localizar avião desaparecido no PA


P-3 Orion é o mesmo utilizado para encontrar avião da Malaysia Airlines. Aeronave se junta a outras duas para retomar buscas neste domingo, 23.

ImagemA Força Aérea Brasileira (FAB) retomou as buscas no início da manhã deste domingo (23) pela aeronave desaparecida na última terça-feira (18) em Jacareacanga, no sudoeste do Pará, com um reforço importante: um avião modelo P-3 Orion, com capacidade de identificar metais e que, de acordo com a assessoria de comunicação da Aeronáutica, seria o mesmo modelo que está sendo empregado nas buscas pelo avião desaparecido da Malaysia Airlines.
"Essa aeronave é dotada de sensores que identificam partes metálicas, inclusive submarinos, navios em alto mar. É um instrumento a mais que irá auxiliar de forma eficaz no trabalho de buscas", esclareceu.
O avião seguiu diretamente da esquadra de Salvador, na Bahia, onde está sediado, para a região sudoeste do Pará. Ele se soma a um helicóptero e a outro avião para dar continuidade às buscas aéreas, que já entram pelo sexto dia.
O bimotor modelo Beechcraft BE 58 Baron saiu de decolou do aeroporto de Itaituba às 11h40 de terça-feira (18), transportando o piloto, um motorista e três técnicos de enfermagem que seguiam para uma aldeia dos índios Munduruku. Segundo a Aeronáutica, o avião desapareceu 1h20 depois de o piloto ter feito o último contato pelo rádio. Uma passageira chegou a enviar uma mensagem de celular para o tio informando dos problemas no avião.
As equipes de busca investigam a possibilidade do avião estar perto de uma área de garimpo localizada próxima ao município de Jacareacanga. Segundo o delegado Lucivelton Santos, uma comunidade teria avistado a aeronave enquanto ela sobrevoava a região.

Helicóptero que caiu e matou 2 em SP tinha condições de uso, diz Anac


Navegabilidade e manutenção anual estavam em dia, informou agência. Aeronáutica investiga causas da queda de helicóptero em Ribeirão Preto.

O helicóptero que caiu em Ribeirão Preto (SP) neste domingo (23), em um acidente que resultou na morte de duas pessoas, estava em condições de uso, confirmou ao G1 a assessoria de imprensa da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). A queda da aeronave aconteceu durante a manhã em meio a uma plantação de milho próxima a um condomínio e a um bairro residencial do distrito de Bonfim Paulista, zona sul de Ribeirão. O piloto Lauro Gustavo Coffani e Luciano Real Cavalheiro morreram carbonizados durante a explosão. O Comando da Aeronáutica enviou uma equipe ao local no final da tarde deste domingo para começar as investigações sobre o caso.
De acordo com a Anac, além de ter sido comprada em setembro de 2013, a aeronave modelo Robinson R22 - que pesava 621 quilos, comportava duas pessoas e era utilizada para instrução - tinha todos os documentos em dia. O certificado de aeronavegabilidade, segundo a agência, venceria apenas em setembro de 2019. Outro documento obrigatório, a inspeção anual de manutenção estava com vencimento previsto para setembro deste ano.
O órgão federal informou que aguarda um relatório do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), ligado ao Comando da Aeronáutica, com base nas informações coletadas no local do acidente. Detalhes sobre a situação do piloto junto ao órgão ainda não estavam disponíveis neste domingo, segundo a Anac.
Cenipa

Uma equipe do Cenipa foi deslocada para Ribeirão Preto no final da tarde do domingo para investigar as causas da queda do helicóptero. Técnicos do Serviço Regional de Investigação (Seripa-4) – subdivisão do Cenipa – foram deslocados à área para analisar as causas do acidente antes da retirada do veículo.
Além das condições da aeronave e do percurso, o órgão buscará informações sobre as comunicações de rádio realizadas pelo piloto. Um relatório sobre o acidente, segundo a assessoria de comunicação, deve sair em um prazo estimado de 30 dias.

Queda de helicóptero

Duas pessoas morreram após a queda de um helicóptero em Ribeirão Preto na manhã deste domingo. Segundo o Corpo de Bombeiros, a aeronave caiu dentro de um milharal, próximo a um condomínio na Rua Vereadora Ana Augusta Rodrigues, localizado no distrito de Bonfim Paulista. O agricultor Léo Pereira, de 51 anos, um dos proprietários da área, disse que foi ao local depois de ser informado por telefone sobre o fogo na sua plantação de milho. "Quando cheguei lá vi o helicóptero todo queimado e o milho pegando fogo. Comecei a apagar o fogo em volta. Logo um policial apareceu e pediu para que eu saísse, porque a área foi isolada", afirmou Pereira.
Com o impacto, o helicóptero explodiu e os dois ocupantes foram carbonizados. O compartimento dos passageiros foi completamente destruído. O acesso à área de 2,5 hectares chegou a ser bloqueado devido a riscos de explosão. Os corpos foram levados para análise no Instituto Médico Legal (IML).

Aeronáutica investigará queda de helicóptero com 2 mortes em SP


Prazo estimado para relatório do Cenipa sobre acidente é de 30 dias. Aeronave caiu em plantação de milho em Ribeirão Preto neste domingo (23).

Uma equipe do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), órgão ligado ao Comando da Aeronáutica, foi deslocada para Ribeirão Preto (SP) para investigar as causas da queda de um helicóptero que resultou em duas mortes na manhã deste domingo (23). Segundo informações do grupo aéreo da Polícia Militar, o piloto Lauro Gustavo Coffani e Luciano Real Cavalheiro morreram depois que o veículo explodiu em meio a uma plantação de milho no distrito de Bonfim Paulista, zona sul da cidade.
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De acordo com a assessoria de imprensa da Aeronáutica, o helicóptero do modelo Robinson R22, utilizado para instrução e com capacidade para duas pessoas, caiu às 10h55. Técnicos do Serviço Regional de Investigação (Seripa-4) – subdivisão do Cenipa – foram deslocados à área para analisar as causas do acidente.
Além das condições da aeronave e do percurso, o órgão buscará informações sobre as comunicações de rádio realizadas pelo piloto. Um relatório sobre o acidente, segundo a assessoria de comunicação, deve sair em um prazo estimado de 30 dias.
A equipe do Seripa chegou ao local da queda no final da tarde deste domingo para periciar a área antes da retirada do helicóptero.
Queda de helicóptero
Duas pessoas morreram após a queda de um helicóptero em Ribeirão Preto (SP) na manhã deste domingo. Segundo o Corpo de Bombeiros, a aeronave caiu dentro de um milharal, próximo a um condomínio na Rua Vereadora Ana Augusta Rodrigues, localizado no distrito de Bonfim Paulista.
Com o impacto da queda, o helicóptero explodiu e os dois ocupantes foram carbonizados. O compartimento dos passageiros foi completamente destruído. O acesso à área de 2,5 hectares foi bloqueado devido a um risco de explosão.
Os corpos foram levados para análise no Instituto Médico Legal (IML).

Ampliação do aeroporto de Ribeirão depende de licenciamento ambiental


TAC está em análise na Cetesb, que pede alterações em projeto original. Obras de R$ 413 milhões visam internacionalização do terminal de cargas.

Previstas para começar este ano, as obras de ampliação do Aeroporto Estadual Leite Lopes, em Ribeirão Preto (SP), dependem da assinatura de um termo de ajustamento de conduta (TAC) entre o Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo (Daesp) e a Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb), documento que estabelece uma série de adequações que possibilitem o licenciamento ambiental das modificações no aeroporto.
A Cetesb informou que o documento sobre o licenciamento está em análise. A Secretaria de Aviação Civil (SAC), do governo federal, responsável pelas obras mais caras no terminal, comunicou que a concretização do projeto passa pela viabilização ambiental, mas alegou que, antes disso, há outras pendências, como análise de projetos.
ImagemOrçados em R$ 413 milhões bancados com verbas federal, estadual e municipal, os projetos visam transformar a unidade em um terminal internacional. Deste total, segundo o Daesp, o governo federal investirá R$ 348 milhões na ampliação da pista – que hoje tem 1,7 mil para 2,6 mil metros -, construção de um pátio de aeronaves e ampliação do terminal de passageiros. Por outro lado, o governo do Estado e a Prefeitura investirão mais R$ 65 milhões na implantação de adequações viárias na região, como a construção de um túnel e de contornos viários.
No entanto, a Cetesb – órgão responsável por conceder o licenciamento ambiental – exigiu adequações, dentre elas o desvio da pista de decolagem em 500 metros, a construção de um terminal de passageiros maior do que o atual e a implantação de um pátio para aeronaves.
Depois de receber o rascunho do TAC em dezembro de 2013, o Daesp encaminhou no começo deste mês suas considerações sobre o documento, as quais aguardam avaliação na Cetesb. Os detalhes do documento não foram divulgados. “No momento, as considerações apresentadas encontram-se em análise para finalização da minuta de TAC e prosseguimento da regularização ambiental do aeroporto”, informou, em nota, a assessoria de imprensa da companhia ambiental.
Questionados pelo G1, Daesp e Cetesb não informaram um prazo para que o documento seja assinado.

Avião da Malaysia Airlines faz pouso de emergência em Hong Kong


Gerador de energia do avião falhou, informou a companhia. Os 271 passageiros a bordo foram realocados em voos de outras aéreas.

Um avião da Malaysia Airlines que saiu de Kuala Lumpur, na Malásia, com destino a Seul, na Coreia do Sul, fez um pouso de emergência em Hong Kong depois que um gerador falhou, segundo informações da AP.
O aeroporto de Hong Kong informou que bombeiros aguardavam a chegada do Airbus A330-300, que pousou sem incidentes pouco antes das 3h de segunda-feira no horário local.
Em comunicado, a Malaysia Airlines informou que o voo MH 066 foi desviado para a cidade no sul da China após o principal gerador de fornecimento de energia elétrica falhar. No entanto, a unidade auxiliar manteve o fornecimento de energia necessário.
A companhia afirmou que os 271 passageiros a bordo foram realocados em voos de outras aéreas.

Mau tempo fecha Aeroporto Santos Dumont, no Rio, para decolagens


Terminal operava por instrumentos para pousos na manhã de domingo (23). Galeão não fechou, apesar da chuva na cidade.

O Aeroporto Santos Dumont, no Centro do Rio, foi fechado para decolagens às 9h14 deste domingo (23), em decorrência do mau tempo. O terminal opera somente para pousos, com auxílio de instrumentos. As informações são da Infraero.
O Aeroporto Internacional Antônio Carlos Jobim (Galeão) não chegou a fechar neste domingo. No entanto, operava por instrumentos para pousos e decolagens por volta de 9h45.
O tempo no Rio deverá ser de céu nublado com possibilidades de chuva em pontos isolados, neste domingo, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). A mudança no clima acontece em decorrência da chegada de uma frente fria. A previsão é que a temperatura varie entre 20°C e 27°C e que haja rajadas de vento de fracas a moderadas.
O município do Rio permanecia em estágio de atenção para chuvas, o segundo nível em uma escala de quatro, por volta das 9h45 deste domingo. De acordo com o Centro de Operações da Prefeitura, pancadas de chuva forte podem ocorrer, associadas a descargas atmosféricas e ventos. A cidade entrou em estágio de atenção na noite de sábado (22).
O estágio de atenção indica a possibilidade de chuva com intensidade fraca a moderada. No entanto, segundo o CET-Rio, há possibilidade de chuva ocasionalmente forte nas próximas horas.
Segundo os serviços de meteorologia, há sobre a cidade núcleos de chuva associados a passagem de uma frente fria que se deslocaram do sul do Estada.

Especialistas alemães querem buscar avião malaio com minissubmarino


'Abyss' pode realizar buscas a três mil metros de profundidade. Missão seria realizada após destroços do avião serem encontrados.

ImagemUm grupo de especialistas do Instituto Helmholtz de Oceanografia de Kiel, no norte da Alemanha, querem empreender a busca do avião malaio desaparecido com o minissubmarino não-tripulado "Abyss" e esperam realizar esta missão assim que os primeiros destroços do avião forem encontrados.
A informação foi antecipada pela revista "Der Spiegel" em sua edição da próxima semana, que conta também que "Abyss" é um dos três submarinos que existem no mundo em condições de realizar buscas a três mil metros de profundidade.
Os cientistas de Kiel querem cooperar com o Woods-Hole Institut dos EUA, que possui os outros dois submarinos capazes de participar desta busca.
"Já combinados com os colegas americanos que faremos a busca conjuntamente", disse à revista o diretor do Instituto Helmholtz, Peter Herzing.
Em 2011 o submarino alemão participou da operação que ajudou a encontrar outro avião que caiu no Atlântico.

Turquia derruba avião militar sírio na fronteira, diz ONG


Avião militar sírio estava bombardeando rebeldes. Segundo relatos, aeronave pegou fogo e caiu em território sírio.

A defesa antiaérea turca derrubou neste domingo (23) um avião militar sírio que estava bombardeando rebeldes que tentavam tomar o controle de um posto na fronteira com o noroeste da Síria, indicou uma ONG síria.
"A defesa antiaérea turca disparou contra um caça-bombardeiro sírio que atacava áreas do norte da província de Latakia. O avião pegou fogo e caiu em território sírio", indicou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), com sede no Reino Unido.
O governo da Síria denunciou o ataque como "uma agressão flagrante", enquanto o primeiro-ministro turco ameaçou responder com força a qualquer violação do espaço aéreo.
"Em uma agressão flagrante que evidencia o envolvimento (do primeiro-ministro turco) Erdogan com os grupos terroristas, a defesa antiaérea turca abateu um avião militar sírio que perseguia esses grupos em território sírio, na cidade de Kassab", denunciou uma fonte militar síria.
Ainda segundo essa fonte, o piloto conseguiu se ejetar da aeronave.
Logo depois, em uma atitude desafiadora, o primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, parabenizou as Forças Armadas turcas pela ação e lançou uma advertência.
"Nossa resposta será forte se vocês violarem nosso espaço aéreo", declarou Erdogan durante um ato eleitoral.
Segundo a ONG opositora Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), a defesa antiaérea turca derrubou neste domingo um caça-bombardeiro sírio que estava bombardeando rebeldes que tentavam tomar o controle de um posto na fronteira com o noroeste da Síria.
Ainda de acordo com o OSDH, com sede no Reino Unido, o avião pegou fogo e caiu em território sírio.
Os combates entre forças do governo e rebeldes sírios continuavam nesta província, onde a rebelião lançou um ataque na sexta para tomar o posto na fronteira com a Turquia, segundo a organização que se baseia em uma ampla rede de fontes médicas e militares.
Os combatentes islamitas da Frente Al-Nosra e outros grupos rebeldes expulsaram as forças do presidente sírio, Bashar al-Assad, desse posto, perto da cidade síria de Kassab.
No total, 80 combatentes de ambos os lados morreram nos confrontos desde sexta em várias regiões de Latakia, província de maioria alauíta, corrente religiosa de Assad, indicou o OSDH.
Segundo uma fonte da segurança síria, os rebeldes chegaram em grande número, mas as unidades do Exército sírio atacam desde a manhã deste domingo os grupos terroristas vindos da Turquia que se infiltraram na região de Kassab".
Essa fonte desmentiu que os rebeldes tenham tomado o controle de uma posição militar denominada Observatório 45 na região de Latakia.

Sargento da AFA é detido por dirigir bêbado e portar cocaína, afirma PM


Polícia Militar fez abordagem após conversão perigosa em Pirassununga. Homem fez ameaças e xingou policiais durante flagrante, neste domingo.

Um sargento da Academia da Força Aérea (AFA) de Pirassununga (SP) foi detido na madrugada deste domingo (23) por embriaguez ao volante, porte de cocaína, ameaça e desacato, de acordo com a Polícia Militar. O setor de comunicação da academia não foi encontrado para comentar a atitude do sargento.
Segundo informações da PM, a abordagem ocorreu depois que policiais notaram uma conversão perigosa feita pelo sargento na Avenida Capitão Antônio Joaquim Mendes. No carro havia outros ocupantes.
No boletim de ocorrência consta que o sargento da AFA tinha sinais de embriaguez. Embaixo de um dos bancos do carro foi encontrado 1,3 miligrama de cocaína. Ainda segundo a polícia, o sargento ameaçou de morte a equipe da PM e xingou os policiais.
Ele resistiu à prisão, foi algemado e levado ao plantão policial, onde prestou depoimento. Após o registro da ocorrência, ele foi liberado.

REVISTA CARTA CAPITAL


Marcha da Família tem caveirão, apelo à tortura e 'Comando de Caça aos Corruptos'


Diferentemente do ato original, nem Deus nem a família compareceram desta vez, com a exceção de dois seminaristas imberbes

ImagemDeus não deu o ar da graça na Marcha Com Deus pela Família e a Liberdade 2, realizada no sábado 22 em São Paulo. Se há cinquenta anos a Marcha original contra o comunismo e o governo do presidente João Goulart (1919-1976) contou com o apoio militante dos hierarcas católicos, secundados por milhares de mulheres rezando o terço, a de 2014, contra o PT, Dilma, Lula e, é claro, o comunismo, teve de se contentar com dois seminaristas imberbes – as duas únicas batina vistas —, uma réplica em resina da imagem de Nossa Senhora Aparecida e um pôster barato de Nossa Senhora de Fátima.
A Família brasileira também faltou. Em 1964, centenas de milhares estavam presentes na Marcha. Desta vez, se muito, foi uma marchinha. Segundo a Polícia Militar, cerca de 500 manifestantes reuniram-se na Praça da República (centro de São Paulo), de onde saíram em caminhada para a Praça da Sé. “Dilma e Lula vão pra Cuba que os Pariu”, rezava uma faixa.
Não faltou, entretanto, fervor, fantasia e gritaria. Tinha advogado de PM que participou do Massacre do Carandiru protestando contra uma tal “emasculação da polícia pretendida pelo PT”, militante anti-aborto e anti-gay da organização Pró-Vida (“o PT odeia a família”), homens de terno com aventalzinho (eram maçons golpistas), gente embrulhada em bandeira brasileira, com camisetas militares de camuflagem, carecas (skinheads), uma dupla de lésbicas fascistas com o cabelo corta à la capuchinho (elas não explicavam por quê), homens vestidos de caubóis texanos (chapelão e botas).
“Intervenção Militar Já” repetiam os oradores da manifestação, que se desfaziam em aplausos e gritos de apoio ao ver o helicóptero da Polícia Militar sobrevoando seu grupo. Ou quando um militar da reserva subia ao palanque para uma peroração anticomunista.
Como a que fez o coronel Ricardo Jacob, da reserva da PM, um dos mais aplaudidos da marchinha, defensor da tortura como método de obtenção de informações: “Porque, na moral, falando, conversando, ninguém fala a verdade”.
Amanda de Jesus Almeida, de 23 anos, estudante de ciências contábeis, lamentou não conhecer o hit parade do hinário cívico brasileiro, ali tocado à exaustão. Diante do Hino da Independência, o “Já Podeis da Pátria Filhos”, ela, que não sabia a letra, reclamava do “nível de ensino”. “Eu não tive aulas de Educação Moral e Cívica. Hoje, nas escolas, a juventude só aprende a ser gay, ateu e a fazer aborto”.
A falta de gente era compensada pela sonzeira que vinha de caixas acústicas poderosas, instaladas em um ônibus pintado de preto e em um trio elétrico igualmente pintado de preto. Repórteres cobrindo a manifestação apelidaram os dois veículos de “caveirões”, alusão aos veículos blindados usados pelo Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar, a Tropa de Elite do Rio.
E parecia mesmo. Decorava um dos veículos uma enorme faixa verde e amarela em que se via uma caveira sinistra, sorrindo. Atravessada por dois rifles, a imagem da morte ainda ostentava boina militar bordada com as letras CCC.
Para quem não sabe, CCC é o nome de um organização de extrema-direita que ficou famosa durante a ditadura como tropa de assalto. Em 1968, por exemplo, invadiu e espancou o elenco do espetáculo Roda Viva, que estava em cartaz no Teatro Ruth Escobar. O CCC original queria dizer Comando de Caça aos Comunistas. O de ontem era traduzido por Comando de Caça aos Corruptos.
Foram cerca de 20 execuções do hino nacional, incluindo uma versão em ritmo de forró em um trajeto 1.900 metros entre a República e a Sé. “Não existe nada mais lindo do que isso”, repetia o apresentador do evento, de cima do caveirão.
Gabriela Vitória Alexandre de Souza Lima, 18 anos, estudante de gestão comercial da FMU, cantava com os olhos fechados, mão no peito, como em um louvor religioso. Ela foi ao ato levada pelo pastor da Comunidade Evangélica Paz e Bênção, do Jardim Grimaldi (zona leste), que lhe disse que o PT pretende fechar todas as igrejas evangélicas do Brasil. “Tenho certeza de que a Dilma quer fazer isso como forma de calar o povo.”
Na frente da Faculdade de Direito da USP, no Largo de São Francisco, o carro de som exumou a marchinha “Eu te amo meu Brasil”, exaltação do chamado “Brasil Grande” pregado durante o governo do general Emílio Garrastazu Médici. Senhores na casa dos 60 anos voltaram ao baile da escola. “Foi a aurora da minha vida. Ninguém segura a juventude do Brasil”, emocionou-se Cleide Fonseca Brunoro, 65 anos, camiseta militar camuflada, shorts e botinha de salto. Bem iê-iê-iê.
Mas havia um medo no ar. Ali, bem perto, os comunistas – sempre eles –, os vermelhos, os black blocs, os baderneiros, os petralhas, faziam a sua passeata. Chamada “Antifascista” a manifestação dos esquerdistas juntou mil pessoas segundo a PM. O receio era que as duas turmas se encontrassem em algum ponto. Seria pancadaria certa.
A Marcha com Deus tinha a sua tropa privada de proteção. Carecas musculosos, de coturnos, anéis com a imagem da cruz de ferro (símbolo germânico popularizado durante o nazismo), ataduras na mão direita (à moda da proteção usada pelos lutadores de muai thai), carregando grossos canos de ferro na ponta dos quais penduravam-se bandeiras azuis, andavam em formação nos extremos da caminhada da direita.
Comandava-os com gestos bruscos um fortão com o cabelo liso emplastrado de gumex, franjinha para o lado, escovinha atrás. E um bigode. “Hitler veio?”, provocou o professor Gumercindo Almeida, de 35 anos, quando o caveirão subia a rua Xavier de Toledo aos gritos de “Deus, Pátria, Família”.
Foi uma hora tensa. Dois rapazes magros, camisas brancas abotoadas até o pescoço, abriram na frente da passeata uma enorme faixa preta em que se viam letras góticas brancas. Nazistas também? Os fortões carecas foram ver o que estava escrito. E confundiram-se. De trás para diante, como se em um espelho, a faixa dizia “Esta imagem está invertida”. Era um divertido protesto punk antifascista. Os dois foram postos para correr por um armário humano com camiseta em que se lia: “Brigadas Integralistas”.
As duas passeatas não se cruzaram. Mas os punks anarquistas, em sua luta eterna contra os skinheads a quem chamam de fascistas, não deixaram barato. Já na Sé, um dos caveirões instalado em frente à escadaria da igreja, abriu-se a faixa verde e amarela “O Brasil não é colônia de Cuba”.
Foi então que uma garota punk solitária sacou sorrateiramente o spray vermelho e pichou a faixa. Flagrada, foi correria de savana africana, a menina caçada pelos grandalhões carecas. Mas ela escapou. Ufa!
Porta-voz dos carecas, o jornalista, radialista e pastor evangélico Kleber Ricardo, de 40 anos, dizia que seu grupo retirava inspiração nos ensinamentos de Plínio Salgado (1895-1975), representação do fascismo no Brasil. E prometeu que este foi apenas o primeiro ato. “O bebê nasceu hoje”, fazia-lhe coro o locutor de cima do caveirão.

REVISTA VEJA


De Moscou, com amor



Marido da Ministra Ideli Salvati, o subtenente músico do Exército Jeferson da Silva Figueiredo participou em janeiro de sua primeira missão internacional. Passou duas semanas na Rússia como integrante de uma comissão técnica de compras. Mas o militar músico não desembarcou em Moscou para renovar os instrumentos do Exército. Ele foi escalado pelo Ministro Celso Amorim para avaliar o sistema de defesa antiaérea que o Brasil pretende comprar da Rússia. O Pantsir-S1, a escolha de Amorim, custa quase o triplo dos modelos preferidos pelos militares brasileiros que, ao contrário do marido de Ideli, realmente entendem do assunto.

JORNAL VALOR ECONÔMICO


Visão para Embraer é de maior cautela



ImagemAs casas de análise estão mais cautelosas quanto ao desempenho das ações da fabricante de aviões Embraer neste ano, que deve ser marcado por estabilidade na carteira de pedidos e em novas entregas. Após alta de mais de 30% nos papéis no ano passado e sem grandes novidades previstas para 2014, a maioria dos analistas considera que não há grande espaço para novas valorizações neste ano.
Entre as quatro instituições que cobrem os papéis da companhia negociados na BM&FBovespa, apenas o BB Investimentos recomenda compra. O preço-alvo médio das casas de análise para o fim de 2014 é de R$ 23,62, o que embute potencial de alta de 19,4% em relação à cotação de fechamento do último dia 20.

As instituições que cobrem também o recibo das ações negociado em Nova York (ADR, em inglês) - onde é negociada boa parte do valor de mercado da companhia - não são mais otimistas. Dos 11 bancos e corretoras consultados pelo Valor, apenas três recomendam compra. O preço-alvo médio para o fim do ano é de US$ 36,18, que implica valorização de 6,4% sobre o patamar atual - o câmbio explica o potencial de alta mais enxuto em relação às ações negociadas em reais.
O bom desempenho das ações da Embraer no ano passado foi impulsionado pelo aumento expressivo da carteira de pedidos. Após anos de demanda estagnada por conta da crise financeira, a companhia conseguiu deslanchar suas encomendas com o lançamento da segunda geração de jatos da aviação comercial - aquela voltada para grandes companhias aéreas - e com a nova versão do modelo E175, que tem menor consumo de combustível.
Esses pedidos, no entanto, ainda devem demorar para se converter em receitas e analistas já apontam que 2014 deve ser um ano de "hiato" para a companhia. Sem grandes volumes de entregas previstos até o começo do segundo semestre, a previsão da companhia para a receita líquida ficou estável em relação a 2013, entre US$ 6 bilhões e US$ 6,5 bilhões para este ano.
Outra questão que preocupa os especialistas que acompanham a empresa é a rentabilidade, já que o aumento no volume de vendas no ano passado foi feito à custa de descontos expressivos para grandes companhias aéreas. "Os jatos E175 foram comercializados por meio de grandes pedidos dos Estados Unidos, portanto a um preço agressivo, a nosso ver", afirmou o HSBC em relatório.
Além disso, por contar com uma linha de produção mais "jovem", a nova versão do E175 tem custos mais elevados e, consequentemente, retornos menores para a Embraer.
Nesse contexto, o Credit Suisse estima que a margem antes de juros e impostos (Ebit, em inglês) fique em 8,7% neste ano, abaixo da meta de 9% a 9,5% divulgada pela companhia. O banco é o mais pessimista em relação ao papel, com recomendação de venda e preço-alvo de US$ 29 para os ADRs, o que implica potencial de queda de 15% em relação à cotação atual.

O BB Investimentos, um dos poucos com recomendação de compra, acredita que o real depreciado em relação ao dólar mais do que compensa os descontos praticados pela companhia. A previsão do banco é que a margem Ebit fique estável em 9,2% neste ano.
Para Mário Bernardes Junior, do BB, a estabilidade dos resultados em relação a 2013, que tem sido apontada como um problema por boa parte do mercado, na verdade é uma vantagem para a Embraer. "O ano passado foi muito positivo para a companhia e manter esse patamar até que as entregas comecem a decolar, em 2015, não é nenhum problema", disse o analista ao Valor.
O BTG Pactual, que também tem recomendação de compra, vai na mesma linha. "A queda na rentabilidade do segmento comercial com um mix pior de receitas (mais jatos 175) e descontos mais altos deve ser compensada por um real mais depreciado, melhoras no segmento executivo e com o setor de defesa ganhando uma fatia maior das receitas", afirmou o analista Renato Mimica, em relatório. O preço-alvo estimado pelo banco é de US$ 40 por ADR.
Entre os menos otimistas, outro ponto que preocupa é a concentração da carteira de pedidos. Segundo o Citi, que tem recomendação neutra para os papéis da empresa, cerca de 55% das encomendas são formados por jatos E175 operados pela American Airlines ou pela United Airlines, que anunciaram demissões e cancelaram pedidos feitos à Airbus no fim do ano. "Se essas companhias vierem a pedir adiamento de entregas ou cancelarem pedidos, o impacto potencial sobre o lucro da Embraer pode ser significativo", ressaltou a equipe do banco.
O HSBC também não espera grandes surpresas positivas no segmento de aviação executiva, que engloba jatos particulares e de menor porte, cujas encomendas têm andado em ritmo lento nos últimos anos. "O estoque de jatos de segunda mão continua pesando sobre as compras de novas aeronaves e há pressão de preços, principalmente sobre os modelos mais baratos", afirmaram em relatório os analistas do banco, que revisou a recomendação de compra para manutenção dos papéis no começo do mês.

JORNAL CORREIO BRAZILIENSE


Desrespeito sem limite das companhias aéreas



Falta de estrutura para atender pessoas com necessidades especiais, abusos em preços de passagens e pouca transparência em atrasos de voo estão entre as queixas que passageiros não param de levar aos órgãos competentes. O elevado número de reclamações revela resistência das companhias aéreas em cumprir normas do Código de Defesa do Consumidor (CDC) e da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
Prova disso é que o Sindec — sistema que reúne dados dos institutos de defesa do consumidor (Procons) em todo o país — mostra que 5,9 mil pessoas protestaram contra serviços de transporte aeroviário em 2013. O número de queixas é 838 maior que no ano anterior e ainda preocupa pelo fato de menos da metade (44,78%) ter encontrado uma solução.
Um desses registros foi feito pela advogada Andréa Pontes, 31 anos. A cadeirante se sentiu lesada ao perceber que a TAM não tinha condições adequadas para atendê-la. Em novembro de 2012, ela ficou uma hora e meia dentro do avião, impedida de desembarcar após pousar em Brasília, vindo do Rio de Janeiro. Como a aeronave estacionou longe dos fingers (corredores que conectam a aeronave ao aeroporto), era preciso um elevador especial.
Durante a espera, Andréa quis ir ao toalete várias vezes, mas não conseguiu. “Minha cadeira de rodas não passa pelo corredor e a da empresa estava quebrada. Onde está a prioridade?", questiona. A Resolução nº 280 da Anac estabelece que o desembarque de pessoas com deficiência deve ser realizado logo após o dos demais passageiros. O seu anexo II acrescenta que aeronaves com 100 ou mais assentos deverão dispor de, pelo menos, uma cadeira de rodas a bordo.
Com base nessas regras, a advogada recorreu à Justiça e ao Procon contra a TAM. “As regras dizem que devo sair logo após e não horas depois. Essa regra deveria ser revista", observa. O 7º Juizado Especial Cível de Brasília deu ganho de causa a Andréia na semana passada. A sentença condenou a companhia a pagar R$ 10 mil por danos morais a ela, ressaltando que a demora na retirada da cadeirante desencadeou “situação vexatória", além de “grande aflição e transtorno".
Em nota, a TAM afirmou “seguir rigorosamente" todas as normas da Anac, que regem as práticas do setor aéreo, e as do CDC. No que se refere aos passageiros com deficiência, a empresa assegura agir em conformidade com as regras. Em relação ao caso de Andréa, promete “prestar todos os esclarecimentos à Justiça".
Mariana Alves Tornero, advogada do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), afirma que a Anac ignora tópicos das leis federais dedicados ao amparo dos clientes de companhias aéreas. “Muitos dispositivos do CDC, como direito à informação, qualidade na prestação de serviço e reparação de danos, deveriam ser seguidos", explicou.
Procurada para esclarecer o descumprimento de regras pelas companhias do setor, a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) não respondeu às perguntas. O vice-presidente da Avianca, Tarcísio Gargioni, assegurou “seguir todas as regras" de segurança da Anac e de atendimento do CDC. A Gol, por sua vez, garantiu “respeitar as normas de todos os órgãos" e “cumprir a legislação vigente". A Azul afirmou o mesmo.
A Anac declarou, em nota, que entre as atribuições da agência está a de “autuar as companhias aéreas pelos eventuais descumprimentos aos regulamentos de aviação civil". Para os demais direitos, que estão amparados pela Lei de Defesa do Consumidor, os passageiros devem procurar os Procons.

JORNAL ESTADO DE MINAS


Novas imagens mostram objetos que podem ser de avião da Malaysia Airlines


O Boeing 777-200 desapareceu com 239 pessoas a bordo no dia 8 de março, quando fazia o voo MH370 de Kuala Lumpur a Pequim

ImagemImagens de satélite fornecidas pela França mostram objetos que poderiam ser destroços do avião da Malaysia Airlines que desapareceu há mais de duas semanas, disse neste domingo o Ministério de Transportes da Malásia. Em comunicado, o ministério informou que recebeu de autoridades francesas imagens "que mostram possíveis objetos em uma área próxima ao corredor sul".
Austrália e China já haviam fornecido imagens de satélite de possíveis destroços da aeronave. O Boeing 777-200 desapareceu com 239 pessoas a bordo no dia 8 de março, quando fazia o voo MH370 de Kuala Lumpur a Pequim. Desde quinta-feira, aviões e navios realizam buscas em uma área remota no sul do Oceano Índico para determinar se os objetos são partes da aeronave, mas até agora os possíveis destroços não foram localizados.
No sábado, uma aeronave que faz parte das operações avistou um palete de madeira. Esses objetos são comuns em transporte de cargas, mas também podem ser usados em contêineres em aviões. Segundo o chefe da Autoridade Australiana de Segurança Marítima (AMSA, na sigla em inglês), Mike Barton, o palete estava rodeado por outros objetos, como cintas de amarração de carga de várias cores. Um avião militar da Nova Zelândia tentou localizar o objeto mais tarde, sem sucesso.
"Falamos com algumas companhias aéreas, e o uso de paletes de madeira é bem comum no setor", disse Barton. "Geralmente, eles são colocados em um contêiner, que vai na parte de baixo do avião."
Uma porta-voz da AMSA, Sam Cardwell, disse que a agência pediu informações sobre cargas à Malaysia Airlines, mas que não sabia se a solicitação tinha sido recebida. Fonte: Associated Press.

JORNAL ZERO HORA


Sérgio Cabral quer Forças Armadas no Rio até o fim do ano


Governador do Rio fez a solicitação à presidente Dilma Rousseff

O governador do Rio, Sérgio Cabral Filho (PMDB), chegou à reunião com a presidente Dilma Rousseff, na sexta-feira, 21, no Palácio do Planalto, com um pedido, no mínimo, inusitado, que deixou as Forças Armadas numa verdadeira "saia-justa": que as tropas federais entrem, imediatamente, no patrulhamento das áreas mais sensíveis da capital fluminense e só saiam de lá apenas no fim de 2014, depois não só da realização da Copa do Mundo, como também do primeiro e segundo turno das eleições.
A proposta surpreendeu e desagradou a autoridades das Forças Armadas pelo extenso e "indevido" período. Estas e outras propostas serão negociadas nesta segunda-feira, 24, em reunião entre os governos federal e do Estado, no Rio. Dilma, de acordo com informações obtidas pela reportagem, foi cautelosa e prometeu que tudo ia ser estudado, para ver o que será possível atender.
Cabral quer as Forças Armadas assumam o Complexo de Favelas da Maré, localizada na zona norte da capital fluminense, onde a população passa dos 140 mil habitantes e onde o Batalhão de Operações Especiais (Bope) já está presente, desde a semana passada, quando houve ataques de bandidos às Unidades de Polícia Pacificadoras (UPP).
O Exército, principalmente, substituiria os homens do Bope. A região foi escolhida pela posição estratégica, uma vez que a favela fica na área das vias de entrada e saída da capital, cortando, a Avenida Brasil, além das Linhas Amarela e Vermelha, pontos cruciais de escoamento durante a Copa do Mundo. Planejamento A entrada das Forças Armadas não deverá ser tão imediatamente como deseja o governo ou até a população, que esperava que isso já fosse ocorrer nesta segunda-feira.
Ela terá de ser precedida de um planejamento e um trabalho de inteligência e logística. Embora as Forças Armadas já estejam preparadas e trabalhando para entrar no Rio em maio, permanecendo nas ruas até o fim de julho, compreendendo o período pré e um pós Copa, a antecipação do desembarque das tropas em mais de um mês é uma dificuldade.
Os militares reconhecem que a estratégia política usada por Cabral e a forma como o apelo foi feito será impossível não atender, até porque se criou uma enorme expectativa e este é um desejo no governo federal, da população local e até de Dilma. O fator facilitador é que, como o comando integrado de controle e apoio para a Copa já está em funcionamento no Rio, com generais participando diretamente de tudo, isto facilitará a entrada em operação dos militares.
A operação dependerá ainda de um pedido do governo do Estado a Dilma para que ela assine um decreto autorizando a entrada das tropas, por tanto tempo, em tal lugar, com tal objetivo. Tudo ainda é negociado. Todo o trabalho das Forças Armadas será feito com base na legislação para Garantia da Lei e da Ordem (GLO), que prevê regras de engajamento específicas. Essa operação será semelhante à ocorrida em anos anteriores, nos morros do Alemão e da Penha. Embora não tenha havido definição ainda de número de militares a serem empregados neste tipo de operação, a expectativa é de que seja da ordem de 2,4 mil homens.
Uma das queixas dos militares em missões como esta, quando uma operação das Forças Armadas acontece em conjunto com a Polícia Militar dos estados, é em relação à carga horária de trabalho. Nas PMs, em muitos casos, o regime de trabalho é de 24 horas de trabalho, por 36 ou até 48 horas de folga, dificultando a mobilização de pessoal, o que não acontece nas Forças Armadas.

AGÊNCIA BRASIL


FAB retoma busca por avião desaparecido no Pará



A Força Aérea Brasileira (FAB) retomou hoje (23) a busca pelo avião bimotor desaparecido no Pará, na região próxima ao município de Jacareacanga, no sudoeste do estado, que desapareceu no dia 18. Para reforçar o trabalho de busca, a FAB começou a utilizar um avião P-3 Orion, com sensores capazes de detectar peças metálicas durante o trabalho de rastreamento. A aeronave é a mesma utilizada nas buscas pelo Boeing 777 da Malaysia Airlines, que desapareceu no dia 8 de março, na Ásia.
Além do P-3 Orion, a FAB conta com um avião Amazonas C-105, especializado em operações de busca, e um helicóptero Black Hawk, para salvamento. Segundo a corporação, 26 militares estão trabalhando nas buscas.
A aeronave de prefixo PR-LMN, pertencente à empresa Jotan Taxi Aéreo, prestava serviço à Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), ligada ao Ministério da Saúde. De acordo com o ministério, estavam a bordo as técnicas de enfermagem Rayline Sabrina Brito Campos, Luciney Aguiar de Sousa e Raimunda Lúcia da Silva Costa, o motorista Ari Lima e o piloto Luiz Feltrin.

JORNAL O ESTADO DE SÃO PAULO


Uso de Forças Armadas no Rio será a primeira sob polêmico manual da Defesa


Editado no fim de 2013, Manual de Garantia da Lei e da Ordem, foi criticado porque sua redação indicava que movimentos sociais poderiam ser considerados 'forças oponentes'

A intervenção das Forças Armadas na segurança pública do Rio de Janeiro, pedida pelo governador Sérgio Cabral Filho (PMDB) à presidente Dilma Rousseff, será a primeira ação militar do gênero desenvolvida depois da edição do novo - e polêmico - Manual de Garantia da Lei e da Ordem do Ministério da Defesa. Nesta segunda-feira, 24, o governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB) se reunirá com o Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e outras autoridades para definir a atuação das tropas federais no Estado.
Editado no fim de 2013 para normatizar e dar base legal à atuação da Marinha, Exército e Aeronáutica como polícias, o Manual de GLO foi duramente criticado porque sua redação indicava que movimentos sociais poderiam ser considerados "forças oponentes". Mesmo negando que visasse à repressão de atos públicos durante a Copa do Mundo de 2014 e ressaltando que as Forças Armadas ficariam apenas como reserva estratégica, a ser acionada apenas se houvesse perda de controle da segurança por parte das forças policiais convencionais, o Ministério da Defesa recuou. Depois que o Estado publicou reportagem sobre o texto da Portaria Normativa Nº 3.461 /MD, de 19 de dezembro de 2013, que oficializava o texto, o ministro Celso Amorim anunciou que o Manual mudaria, o que ocorreu em 31 de janeiro de 2014, com a Portaria 186/MD.
Apesar das mudanças de palavras e da eliminação de expressões incômodas para ativistas - sumiram as "Forças Oponentes", que incluíam "organizações criminosas, quadrilhas de traficantes de drogas, contrabandistas de armas e munições, grupos armados", além de "movimentos e organizações" e outras - o texto manteve seu caráter original de militarização da segurança. Ele prevê que, após solicitação do governador, o chefe do Executivo federal poderá determinar o emprego das Forças Armadas na garantia da lei e da ordem.
"Após a decisão presidencial, comunicada ao ministro da Defesa, a este incumbirá, assessorado pelo Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA), emitir a Diretriz Ministerial (DM) para ativação dos Comandos Operacionais e a designação dos respectivos Comandantes", diz o texto.
A Diretriz Ministerial deverá conter : "a) os objetivos estratégicos; b) as diretrizes estratégicas; c) as relações de comando; e d) outras condicionantes a serem consideradas no planejamento." Poderão ser ainda emitidas pelo ministro Diretrizes Complementares. "Com base na DM, o Chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (CEMCFA) deverá emitir as Instruções para o Emprego das Forças Armadas (IEFA) para orientar as atividades de planejamento e emprego a serem desenvolvidas pelo EMCFA, pelos Comandos das Forças Singulares (FS) e pelos Comandos Operacionais a serem ativados", continua o manual.
Segundo o manual, "o emprego das Forças Armadas em Op GLO tem por objetivo a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio em situações de esgotamento dos instrumentos a isso previstos no art. 144 da Constituição ou em outras em que se presuma ser possível a perturbação da ordem". Nessa hipótese, "caberá à autoridade competente, mediante ato formal, transferir o controle operacional dos órgãos de segurança pública (OSP) necessários ao desenvolvimento das ações, para a autoridade encarregada das operações. Esta deverá constituir, sob seu controle operacional, um Centro de Coordenação de Operações (CCOp), composto por representantes dos órgãos públicos e/ou outros órgãos e agências, nos níveis federal, estadual e municipal, bem como empresas e ONG."
Sob comando do encarregado da operação pelo governo federal, o CCOp, afirma o texto, será constituído nos moldes de um estado-maior militar, com as seções de Pessoal, Inteligência/contrainteligência, Operações, Logística, Assuntos Civis, Comunicação Social, Comunicações (incluindo Guerra Eletrônica e Defesa Cibernética), Assuntos Jurídicos e outras julgadas pertinentes à missão. O texto prevê ainda que, para registro das ações da tropa, dar transparência às ações e resguardar seus executantes de "eventuais distorções informativas, deverá haver uma equipe de filmagem e fotografia composta por pessoal especializado". Também é assegurado, no curso das Op GLO, "direito ao livre exercício da imprensa, excetuadas circunstâncias em que houver manifesto risco à incolumidade física dos profissionais da mídia ou da própria Op GLO.".

Duas pessoas morrem após queda de helicóptero no interior de São Paulo


Aeronave caiu sobre plantação de milho em Bonfim Paulista; piloto teria evitado queda sobre residências

A queda de um helicóptero causou duas mortes em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, por volta das 10 horas deste domingo, 23. A aeronave caiu dentro de um milharal e seus ocupantes ficaram carbonizados. A área no entorno teve de ser bloqueada pelo Corpo de Bombeiros, que com o auxílio de um helicóptero da Polícia Militar, conseguiu evitar que as chamas se propagassem após atingirem a plantação de milho.
A queda aconteceu perto de um condomínio em Bonfim Paulista, distrito de Ribeirão. Segundo testemunhas, a aeronave teria apresentado problemas no ar e o piloto ainda conseguiu desviar da área residencial, evitando uma tragédia maior, mas ao tentar pousar houve a explosão.
O acidente será investigado pela Aeronáutica. Está responsável por esse trabalho o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), que tem 30 dias para emitir um parecer a respeito.
O helicóptero é do modelo Robinson R22, utilizado para instrução. A aeronave teria partido de um heliporto que fica no bairro Ribeirânia.

Cabral se reúne nesta segunda para definir atuação das tropas federais


O governador do Rio precisa demonstrar oficialmente que as tropas estaduais não são suficientes para garantir a segurança na capital fluminense

O governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB) deve apresentar nesta segunda-feira, 24, os motivos para uso das tropas federais nas favelas cariocas. Em reunião com autoridades, Cabral precisa admitir oficialmente que as forças estaduais não são suficientes para patrulhar e garantir a segurança em determinadas áreas da capital fluminense. Também será preciso definir a forma de atuação das tropas.

O governador do Rio se reunirá com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, o chefe do Estado-Maior, o general de Exército José Carlos de Nardi, o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, e a cúpula de segurança do Estado para articular as diretrizes da atuação. O encontro será às 10h, no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), no centro do Rio.
Somente depois da apresentação de documento que mostra que as forças estaduais são insuficientes é que a autorização deverá ser concedida. Também será preciso definir as áreas e o prazo de atuação, que poderão ser prorrogados. Nesses locais, as polícias estaduais estarão submetidas às tropas federais.
Na reunião desta segunda, o secretário Beltrame apresentará um relatório da atual situação da segurança no Rio, inclusive com os ataques às Unidades de Polícia Pacificadora (UPP) e a articulação entre traficantes que dominavam o tráfico de drogas nos morros cariocas. Também será definido quem atuará no Estado, se a Força Nacional de Segurança ou as Forças Armadas (Exército, Marinha e Aeronáutica) e, a partir desta decisão, quem será o comandante da ação. Caso mais de uma força federal seja acionada, o comando da operação será do general de Nardi.
Nas favelas, as tropas federais farão tanto no patrulhamento quanto a busca por traficantes, armas e drogas. Nessa atuação, os agentes deverão seguir o Manual de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), aprovado em dezembro de 2013, com diretrizes e orientações sobre a conduta a ser seguida.

REVISTA ÉPOCA


Hora de mostrar resolução



Na noite da última quinta-feira, bandidos fortemente armados dispararam tiros de fuzil contra cinco bases de apoio da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do complexa de favelas de Manguinhos, na Zona Norte do Rio. Em seguida atearam fogo às unidades da UPP, instaladas em contêineres. O incêndio se espalhou e atingiu a rede elétrica. Deixou a comunidade no escuro e em pânico. Três PMs foram feridos, incluindo o comandante da UPP da favela.

Foi o quinto ataque seguidop de traficantes a UPPs em menos de dois meses. Desde fevereiro, quatro policiais lotados em UPPs foram mortos em serviço. Dois casos ocorreram na Vila Cruzeiro, no Complexo da Penha, e outros dois no Complexo do Alemão. Também localizados na Zona Norte da cidade, os dois comjuntos de favelas foram tomados em novembro de 2010 pela polícia, com a ajuda das Forças Armadas. Foi um marco, o maior avanço da pacificação desde o início do programa, 2008. Na ocasião, o secretário de Segurança Pública do Rio, José Mariano Beltrame, disse que o estado chegara “ao coração do mal".

Pois a recente ação dos bandidos visa tomar de volta esses dois complexos de favelas. Os criminosos têm se sentido mais à vontade para praticar atos de terrorismo e intimidação contra a polícia e a população. Segundo Beltrame, as ordens para os ataques da quinta-feira partiram de chefes de uma facção criminosa que cumprem pena em presídio.

Na sexta-feira, o governador do Rio, Sérgio Cabral, se reuniu com a Presidente Dilma Roussefpara solicitar ajuda para enfrentar a crise. As opções são a volta do Exército aos complexos do Alemão e da Penha ou o socorro da Força Nacional. As autoridades precisam dar agora demonstração de determinação, força e unidade na manutenção da pacificação, para não permitir que a criminalidade avance. Num momento de maior ousadia dos criminosos, recuar com as UPPs seria um sinal para os bandidos de que os ataques têm surtido o efeito desejado, ao amedrontar não somente a população, mas também aqueles que têm o dever de protegê-la.

Íris Lettieri: a volta da voz que alivia o caos aéreo


Se a vida nos aeroportos brasileiros não anda nada fácil, a boa notícia é o retorno da locutora mais famosa do país aos anúncios de voos do Galeão

Em 1976, a locutora e apresentadora de televisão Íris Lettieri, então conhecida mais por sua aparência, foi convidada pela Infraero para assumir uma função de vital importância: anunciar os voos que chegavam e partiam do Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro. No primeiro dia de trabalho, ela entrou num estúdio cheio de executivos da empresa e leu uma mesma frase com entonações diferentes, para que eles escolhessem a melhor. Numa das opções, repetiu a frase de forma suave e lenta. Espaçava algumas sílabas e dava à voz um timbre que alternava entre o grave e o sensual. Algo como um misterioso chamado celeste. A aprovação foi unânime. A locução foi considerada perfeita por ter clareza e doçura suficientes para acalmar os passageiros – muitos deles ainda com medo de voar, num período em que a aviação comercial se difundia no país. Nascia a “voz do aeroporto", encarnada por Íris Lettieri e resgatada, na semana passada, de uma aposentadoria compulsória pela prefeitura do Rio de Janeiro.

A voz rouca e sensual que trazia informações sobre voos do Galeão foi sucesso logo que entrou em cena. Depois do Rio, Íris foi contratada pelos aeroportos de Manaus, Foz do Iguaçu, Belo Horizonte e São Paulo. Como também foi ouvida por muitos viajantes estrangeiros, também em inglês, sua fama correu o mundo. Ela foi tema de reportagens na revista Time, no jornal Chicago Tribune e na rede CNN, em que foi chamada de “a voz mais bonita do Brasil". Um trecho de sua locução entrou na música “Crack Hitler" do grupo americano Faith No More – que Íris processou por ter usado a gravação sem sua autorização. O ator fortão Jean-Claude Van Damme já disse que a coisa que mais lhe chamou a atenção no Brasil foi “aquela voz no aeroporto". Com o tempo, o famoso produto sonoro transpôs as barreiras da aviação. Íris foi chamada para fazer locução de espera telefônica, comerciais de rádio e festas de debutantes. Uma noiva que se casaria com um piloto a contratou para anunciar aos convidados o salão para onde deveriam se dirigir. A voz de Íris se tornara um símbolo da aviação civil no país, e ela levava uma vida confortável. “Nunca cobrei baratinho, porque minha voz virou uma marca."
Nos últimos anos, a situação mudou. O primeiro aeroporto a desistir do contrato com Íris foi o de Belo Horizonte. Depois Manaus, Foz do Iguaçu e São Paulo. Ela acredita que a má gestão e a privatização dos aeroportos tenham pesado nas decisões, mas que o principal fator tenha sido conjuntural. Com mais gente acostumada ao funcionamento dos aeroportos e serviços de atendimento aos passageiros mais eficazes, uma voz que anunciasse todos os voos tornou-se redundante. “É uma tendência mundial. Os grandes aeroportos do mundo não têm mais anunciadores de voo", diz Íris. A própria natureza do trabalho mudou. Antes, Íris gravava frases inteiras em fitas de rolo, que um funcionário tocava no aparelho de som. Recentemente, ela apenas gravava palavras e números isoladamente – poderiam estar no meio ou no final de uma frase, alterando a entonação da última sílaba –, armazenados na memória de um computador. Um funcionário digitava o texto desejado, e a máquina formava a frase que os passageiros ouviam no salão.
No final do ano passado, a Infraero rescindiu o contrato de Íris com o Aeroporto Internacional do Rio, depois de 37 anos de serviços prestados. A justificativa foi que o terminal fora privatizado e, a partir de agosto deste ano, seria operado por um consórcio liderado pela Odebrecht. Os contratos até lá foram reavaliados, e alguns rescindidos. “Era algo que eu já esperava", diz Íris. A “voz do aeroporto" cumpriu seus últimos serviços e estava fadada a se tornar parte da memória afetiva dos antigos passageiros, assim como os talheres de prata nas refeições a bordo.

A restituição de Íris a seu posto foi uma surpresa. O prefeito Eduardo Paes diz considerar a voz da locutora um patrimônio do Rio de Janeiro e decidiu tomar providências. Ligou para a Odebrecht e, na semana passada, conseguiu que Íris fosse recontratada assim que o novo consórcio assumir a operação. Paes ainda ordenou que o Instituto de Patrimônio Cultural do Rio, ligado à prefeitura, registrasse a “voz do aeroporto" como patrimônio imaterial da cidade – como a bossa nova, a torcida do Flamengo e a obra de Pixinguinha. “Aquela voz é imperdível. Você ouve aquele ‘bing-bong’ e lá vem ela, suave e quase sensual, com a cara da cidade. É um patrimônio do Rio de Janeiro e tem de ser tombado", diz Eduardo Paes. Íris, hoje com 72 anos, emocionou-se ao saber da notícia e mostra-se animada com o retorno. Sua voz continua a mesma, pronta para encantar os passageiros que passarem pela cidade da voz maravilhosa.

OUTRAS MÍDIAS


A CIDADE (SP)



Acidente matou piloto e empresário após voo sair de Ribeirão Preto

Helicóptero caiu entre condomínios Genebra e Monte Verde, em Bonfim
Sidnei Quartier e Daniela Penha
Duas pessoas morreram na queda de um helicóptero, por volta das 11h deste domingo, em Bonfim Paulista, distrito de Ribeirão Preto. A aeronave de instrução modelo R22 caiu em um milharal, na rua Vereadora Ana Augusta Rodrigues França, no Condomínio Genebra. Após a queda, a aeronave pegou fogo. A Aeronáutica vai investigar o caso.
O piloto Lauro Gustavo Coffani, 36 anos, conhecido como Guto, e o empresário Luciano Real Cavalheiro, que tinha a mesma idade e seria seu aluno, morreram carbonizados.
O helicóptero, que pertencia à escola de aviação Aces High, decolou do heliporto ABC, na avenida Presidente Kennedy, em Ribeirão em Preto.
Valter Biatto Bertho, que era um dos donos da escola até poucos meses, informou que a aeronave foi comprada no final do ano passado e não tinha mais que 16 horas de voo. “Deve ter acontecido um problema que o piloto não conseguiu resolver a tempo", apontou ele.
O A Cidade tentou contatar o dono da escola, mas não conseguiu encontrá-lo. A reportagem tentou várias vezes conversar com a direção do ABC, mas foi informada de que a empresa não iria se manifestar.
De acordo com informações colhidas no portal da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), a aeronave estava regular.
Uma equipe do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), órgão ligado ao Comando da Aeronáutica, chegou a Ribeirão por volta das 18h deste domingo (23) para investigar o caso. A assessoria de imprensa da Aeronáutica informou que o laudo não ficará pronto antes de 30 dias.
Serão investigados o trajeto feito pelo piloto, a comunicação entre piloto e controle de tráfego e o que sobrou da aeronave para entender o que provocou a queda. “A investigação tem como aspecto principal levar o que aconteceu como lição para que não se repita. Não há aspectos punitivos", informou a assessoria.
Equipes do Corpo de Bombeiros e do Águia, da Polícia Militar, atuaram no resgate dos corpos e no controle do fogo, que se espalhou pelo milharal.
A área onde caiu o helicóptero é bastante povoada. A queda se deu entre os condomínios Genebra e Monte Verde e a Estância Santa Lúcia, a menos dois quilômetros do centro de Bonfim Paulista.
‘Tentou o pouso forçado’

Osvaldo Neto, que mora a 40 metros do ponto onde o helicóptero caiu, e seu amigo Carlos Alexandre Festucci, foram os primeiros a tentar socorrer as vítimas. “Nós ouvimos uma explosão. Quando chegamos os dois estavam mortos. O piloto estava caído de bruços, meio corpo fora do helicóptero, preso pelas pernas. Deu a impressão de que ele tentou sair se arrastando", relatou Festucci.
Ele contou ainda que chegou a ver a aeronave no ar, já desestabilizada, com uma das hélices tortas. “Ele forçou o motor, contornou o Condomínio Monte Verde, veio em nossa direção e tentou o pouso forçado no milharal", relatou.
Lauro (o piloto) morava em Ribeirão Preto e seria pai dentro de semanas. De acordo com informações de conhecidos, sua mulher está grávida de oito meses. A família do piloto mora em Londrina (PR) e em Catanduva. Na manhã de domingo, um irmão esteve no local do acidente. A família de Luciano mora em Volta Redonda, Rio de Janeiro.
Até a noite deste domingo, os corpos ainda não haviam sido liberados pelo IML (Instituto Médico Legal) de Ribeirão Preto. Também não havia informações sobre o velório.

TN ONLINE (PR)



Arapongas: Polícia apreende drogas em caminhonete com brasão do Exército

Apreensão foi feita neste sábado (22), na BR-369

ImagemA Polícia Rodoviária Federal (PRF) apreendeu 300 kg de drogas e mais de 5 mil dólares na BR-369, em Arapongas, no final se semana. Segundo a PRF, o material estava dentro de uma caminhonete caracterizada como se fosse das Forças Armadas, com um brasão e a frase "Exército Brasileiro". A caminhonete era acompanhada por outro veículo, que também acabou abordado. A droga está avaliada em mais de US$ 108 mil.
Conforme a PRF, um veículo foi abordado inicialmente durante uma operação de rotina e na sequência a caminhonete também acabou abordada. O condutor apresentou documentação como oficial do Exército. O motorista usava uma farda camuflada e também apresentou documentação como oficial das Forças Armadas. Os dois homens foram presos e encaminhados à delegacia da Polícia Federal (PF) em Londrina.
Após checagem das placas da caminhonete, a polícia apurou que as placas eram falsas e que o veículo não pertence ao 30º Batalhão de Infantaria Mecanizado (30º BIMec), em Apucarana. Representantes do BIMec de Apucarana foram ao local para verificar se os dois suspeitos são realmente do Exército, e se o veículo pertence mesmo à corporação.
Foram apreendidos aproximadamente 140 kg de pasta base de cocaína, 1 kg de cocaína pura, 200 kg de maconha e 30 kg de crack. Segundo a PRF, os dois automóveis vinham de Foz do Iguaçu, no Oeste do Paraná. O destino das drogas e do dinheiro não foi informado.



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