NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 09/02/2014
Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.
Construção de pista de aviação dentro de parque do DF é investigada pelo Ministério Público
A nova pista no Parque Burle Marx irá atender ultraleves e deve estar pronta até o fim do mês
O Parque Burle Marx, localizado entre o Setor Noroeste e a Asa Norte, é um projeto que está longe de ficar pronto. Por enquanto o único vestígio de obras no local é de uma pista de aviação que está sendo construída pela APUB (Associação de Pilotos e Ultraleves de Brasília). As obras começaram em agosto deste ano e ainda não foram concluídas. Mesmo aprovada pelo Ibram (Instituto Brasília Ambiental), elas são investigadas pelo MPDFT (Ministério Público do Distrito Federal e Territórios).
A construção da pista para pousos e decolagens é um projeto da APUB. Outra pista, que será removida, já ocupa uma parte da área há 17 anos, que foi cedida pelo governo antes mesmo da criação do parque.
Segundo o diretor de operações da APUB, Mike Ronche, a construção da nova pista de 800 metros substituirá a existente e será apenas um re-direcionamento da pista atual, que será demolida. Para o Superintendente de Gestão de Áreas Protegidas do Ibram, Pedro Salgado, a necessidade de alterar o sentido da pista atual deve-se à criação das quadras no setor, já que ela converge para regiões com alta densidade populacional, além de ficar na linha de colisão com o futuro shopping center a ser construído. Mas há quem questione a empreitada.
Segundo o promotor de Defesa do Meio Ambiente, Roberto Carlos Batista, o MPDFT decidiu investigar as obras após receber mais de uma representação sobre o caso. Segundo ele, uma audiência foi realizada junto ao Ibram para que o órgão esclarecesse sobre os estudos de impacto ambiental que foram contratados pela Terracap.
O promotor de defesa do meio ambiente, Roberto Carlos Batista, explica que o Ministério Público questiona a expedição da autorização pelo Ibram para execução da obra antes mesmo do resultado do estudo do impacto ambiental. O superintendente de Áreas Protegidas do Ibram, Pedro Salgado, alega, entretanto, que faltava apenas uma assinatura para a conclusão do estudo e reitera que o órgão realizou todos os procedimentos conforme a lei.
De acordo com Pedro Salgado, o órgão levou em consideração relatórios ambientais para autorizar a execução das obras como o EIA-RIMA (Estudo de Impacto Ambiental e Relatórios de Impacto do Meio Ambiente) contratado pela Terracap para a própria instalação do Sítio de Vôo na área do Parque e o Plano de Manejo elaborado e aprovado no ano de 2008, com revisão prevista a cada cinco anos, no qual fica claro o zoneamento que permite as atividades da APUB.
Além disso, o Ministério Público pede explicações formais para a Terracap sobre o motivo pelo qual contratou esse serviço em benefício de uma associação privada, mas ainda aguarda resposta. Para analisar o caso, o Ministério Público pediu que o Ibram apresentasse um estudo de impacto ambiental completo em formato eletrônico que está sendo analisado pelo Departamento de Perícias e Diligências do MPDFT desde setembro e ainda não chegou ao promotor.
De acordo com a assessoria do MPDFT, o resultado da investigação sairá ainda este mês. Caso o dano ao meio ambiente seja constatado, pode haver uma compensação ambiental, além de uma compensação pelo impacto causado.
A obra está aprovada pelo Ibram desde 2012, mas foi iniciada este ano quando apresentaram um inventário florístico, que calcula a quantidade exata de indivíduos arbóreos a serem suprimidos e a espécie de cada um.
O corretor de imóveis, Fábio Lima, trabalha com imóveis no Noroeste e acredita que a pista de onde os aviões decolam e pousam atualmente pode oferecer perigo aos moradores quando os prédios tiverem construídos, pois mesmo sendo aviões de pequeno porte, eles passam bem perto da área que será habitada.
A equipe do R7 DF questionou moradores do Noroeste, mas os estrevistados ainda não tinham conhecimento da construção da nova pista e a desativação da antiga.
PF prende ex-soldado do Exército que tentava embarcar com 3 Kg de cocaína
Homem foi preso no Aeroporto Internacional do Recife e confessou o crime. Ele receberia o equivalente a R$ 19 mil pelo transporte da droga para a Europa
Um ex-soldado do exército brasileiro identificado como Jonilson Brasil da Silva, de 20 anos, foi preso na noite de sexta-feira (7), no Aeroporto Internacional do Recife/Guararapes-Gilberto Freyre, quando tentava embarcar em um voo para Lisboa levando cerca de três quilos de cocaína.
De acordo com os policiais que efetuaram a apreensão da droga, o rapaz, residente em Tabatinga (AM), ficou bastante nervoso ao ser abordado para uma entrevista rotineira e se contradisse em algumas das respostas. Indagado sobre o valor que havia pago pela passagem e o local onde ficaria hospedado em Portugal, ele não soube responder.
Os policiais suspeitaram da reação do rapaz e solicitaram que sua bagagem fosse averiguada. Nas malas, foram localizados pacotes contendo três quilos de cocaína com alto grau de pureza. Para a Polícia Federal, é possível que a droga tenha sido produzida na Colômbia.
Jonilson foi preso em flagrante e levado à sede da Polícia Federal no Recife, onde respondeu a interrogatório e confessou o transporte da droga. Segundo ele, esta seria a sua segunda viagem internacional para levar entorpecentes à Europa.
Durante o depoimento, o ex-soldado informou que já havia recebido R$ 2 mil para custear suas despesas até chegar em Portugal, onde seria recompensado com 6 mil euros (cerca de R$ 19 mil) . O homem foi autuado por tráfico internacional de entorpecentes e, se condenado, pode pegar até 20 anos de prisão.
"Coloque mais gente, faça o necessário"
Ministro Moreira Franco vistoria reformas no aeroporto, reclama da desorganização que incomoda passageiros e impõe cumprimento do prazo de entrega. Terminal recebeu nota 7
Fim de papo. Em visita especial para vistoriar o Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, o ministro da Secretaria de aviação Civil (SAC) da Presidência da República, Moreira Franco, deu um ultimato nos representantes do consórcio responsável pelas obras do terminal de passageiros. Em tom áspero, e visivelmente insatisfeito com a situação das obras, o ministro disse repetidas vezes que o terminal tem de ser entregue até o fim de abril para que sejam feitos testes operacionais em maio. Novo atraso, no entanto, coloca em xeque o planejamento do ministro: a obra do terminal provisório, antes prevista para terminar na última semana de março, teve o cronograma adiado para meados de abril.
Ao sair da sala de desembarque, o ministro se deparou com uma série de operários alterando o piso do saguão, fazendo adequações no teto e outras mudanças que permitirão ampliar a capacidade operacional do terminal de passageiros. De imediato, Moreira Franco convocou o representante do consórcio Marquise/Normatel para falar sobre a situação: "Você vai entregar a obra até o fim do mês de abril. Coloque mais gente, faça o necessário", disse ele. Em resposta, o representante do grupo tentou justificar: "Você tem que entender... nós precisamos conversar sobre isso", no que foi rebatido de prontidão pelo ministro: "Não tem conversa. Eu quero a obra até abril. Senão, nós vamos ter outro tipo de conversa", disse o político logo após desembarcar, no meio do saguão do aeroporto.
Depois de vistoriar o terminal de passageiros, passando, inclusive, pelo terceiro andar, onde serão as instalações administrativas do aeroporto – obras que serão entregues em novembro –, Moreira Franco se reuniu com representantes das empresas contratadas para executar as três obras do Tancredo Neves (terminal de passageiros, terminal provisório e pista de pouso e pátio de aeronaves). Participaram também representantes do consórcio vencedor da concessão e o superintendente da Regional Sudeste da Infraero, Mário Jorge Fernandes, além do subsecretário estadual de Assuntos Estratégicos da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Luiz Antônio Athayde.
Ao sair da reunião, o ministro se mostrou mais confiante e deu nota 7 para as obras do aeroporto. A principal preocupação diz respeito à entrega da ampliação da cobertura do terminal, o que garante a ampliação da área de check-in. A conclusão estava prevista para depois de 30 de abril, mas, o ministro disse que, na reunião, ficou acertada a antecipação. "O mês de maio precisa ser usado pela Infraero e pela empresa que vai operar o aeroporto para organizar a circulação, a mobilidade dentro do aeroporto e, com isso, garantir que tenhamos condições de ter um aeroporto pronto para receber o brasileiro e os estrangeiros na Copa", afirma o ministro.
Em nota, o consórcio Marquise/Normatel afirma que os atrasos estão ligados à elaboração do projeto de engenharia, que não é de responsabilidade das empresas. "O consórcio alertou a Infraero por diversas vezes sobre as consequências dos atrasos na entrega dos projetos", diz a nota.
Bagunça
Ontem, no terminal, Moreira Franco disse que as obras estavam bastante "desorganizadas". A bagunça deve ser corrigida nos próximos dias, de forma a reduzir o barulho e sujeira. "A obra está muito mal organizada. Ela precisa estar mais bem organizada para garantir limpeza, conforto ao passageiro. O que eu tenho dito é que, nessa etapa de transformação da infraestrutura brasileira, sua excelência é o passageiro. Eu creio que dentro de uma semana teremos o ambiente modificado", disse o ministro. O governo estadual também deve melhorar a sinalização na rodovia que dá acesso ao aeroporto. Na semana que vem, o diretor de Operações da Infraero deve visitar Confins para conferir se as correções requisitadas foram feitas.
A visita ao Tancredo Neves faz parte de uma série de vistorias que o ministro tem feito aos aeroportos das cidades-sede da Copa do Mundo. Restam somente os dois terminais do Rio de Janeiro para concluir o roteiro.
Em Minas, o foco do planejamento é a partida semifinal que será disputada no Mineirão. O jogo pode ter a participação da Seleção Brasileira. Imprensa de todo o mundo deve se deslocar para Belo Horizonte para a cobertura da partida, aumentando significativamente a demanda do aeroporto.
Sistema independente no terminal provisório
Iniciada em agosto do ano passado, a obra de adequação do terminal de aviação geral, que amplia a capacidade operacional do aeroporto de Confins em 5,4 milhões de passageiros ao ano, deveria ser entregue até 28 de março. Atrasada, o prazo foi prorrogado para abril. Um dos motivos alegados para o atraso é a demora para aprovação do projeto de engenharia. O diretor da Urbtopo, uma das empresas contratadas para a reforma, Wilson Rezende, disse ontem que a interligação do sistema operacional do terminal principal com o provisório era o principal entrave para a entrega das obras. Na reunião com o ministro, ficou decidido que os terminais vão operar com sistemas independentes.
"Está tudo sob controle", disse ele sobre as definições tomadas depois da reunião. Durante a Copa"2014, o terminal provisório terá uso compartilhado pelas principais empresas, tornando-se exclusivo de uma companhia aérea depois do evento. A Azul é a favorita para assumir o espaço.
Hoje teria início a terceira etapa da ampliação da pista de pousos e decolagens. Atrasos na execução, no entanto, obrigaram a empresa a adiá-la. Apesar de as companhias aéreas terem alterado a escala de voos nacionais e internacionais devido à interdição da pista durante a madrugada, a última etapa será iniciada somente na segunda metade do mês. A Infraero garante que isso não afetará a entrega. (PRF)
Movimento 1,66% maior
A movimentação de passageiros nos aeroportos brasileiros aumentou 1,66% no ano passado, segundo balanço divulgado ontem pela Agência Nacional de aviação Civil (Anac). Ao todo, 111,2 milhões de passageiros foram transportados em voos domésticos e internacionais. É o menor crescimento desde 2010. Em 2012, houve elevação de 7,28% e, em 2011, de 16,88% em relação aos anos anteriores. Em contrapartida, o número de reclamações, críticas e elogios caiu 14,7% no ano passado, tendo sido anotadas 12,5 mil manifestações.
Portal Vermelho
China ultrapassou a Rússia e os EUA na exploração do espaço
A Coréia do Sul – membro do clube cósmico de elite. Marte é explorado pela Índia. A Lua, pela China. São estas as etapas da penetração da Ásia no espaço em 2013.
A Coréia do Sul conseguiu na terceira tentativa lançar um míssil do seu cosmódromo. A sonda indiana Mangalyaan, munida da aparelhagem nacional para fotografar Marte e os seus satélites, foi lançada de um cosmódromo indiano a bordo de um míssil indiano. E o veiculo lunar chinês "Coelho de Jade" (Yutu), percorre a partir do dia 15 de dezembro com êxito a superfície da Lua com a velocidade de 200 metros horários.
A "Coelho de Jade" estuda a estrutura geológica da Lua. As fotografias panorâmicas da Lua, que ele tinha enviado para a Terra, são de qualidade mais alta do que as fotos feitas outrora por sondas russas e americanas.
O veículo lunar chinês, acionado por pilhas solares, vai trabalhar três meses. Ele está munido de câmaras e radares que permitem perscrutar o solo lunar até a profundidade de algumas centenas de metros. Tudo isso é resultado de toda uma etapa de desenvolvimento da ciência espacial da China,- assegura o perito do Instituto do Extremo Oriente Alexander Larin:
“É uma grande realização da astronáutica chinesa, uma prova do salto no desenvolvimento de tecnologias espacial mais modernas. Há quem considere no mundo que a China é apenas capaz de copiar as tecnologias alheias. Mas os chineses demonstraram que a situação real é totalmente diferente. Pode-se esperar que a China realize o seu sonho chegando a ser não somente a maior economia do mundo, mas também o líder do progresso tecnológico”.
A julgar por tudo, a "Coelho de Jade" é uma obra puramente chinesa ao contrário das espaçonaves pilotadas chinesas, que tinham sido projetadas na base da experiência espacial da União Soviética. O diretor geral da companhia Grupo JC Evgueni Tchernyakov reputa que a Rússia e a China têm um novo campo para a colaboração no espaço cósmico:
“A China desenvolve muito rapidamente a sua astronáutica. Nesta etapa, a Rússia pode unir os seus esforços com a China, conservando o seu avanço tecnológico e científico em relação a este país. Um exemplo disso são projetos complicados que são bastante onerosos para o orçamento no âmbito nacional. A Rússia e a China têm a necessidade objetiva de colaborar. A China recebeu muito da Rússia para o desenvolvimento da sua astronáutica e continua a receber, o que lhe permite diminuir os prazos de criação dos elementos da estrutura espacial”.
O acadêmico da Academia Russa da Cosmonáutica Igor Marinin, redator – chefe da revista Notícias da cosmonáutica, aponta os projetos russo – chineses mais prospectivos na esfera cósmica:
“A colaboração pode ser nas pesquisas e no processamento das informações, procedentes dos satélites científicos. Seria muito útil unir o sistema de navegação chinês Bei Dou com o sistema russo GLONASS. O aumento da potência proporcionará grandes vantagens a ambos os países. Na Rússia este programa será financiado bem: logo nos próximos anos irão surgir dez novos satélites, destinados a investigar a Terra. Os chineses também têm boas pesquisas neste setor. Quanto a vôos pilotados, o mais provável que não haja nenhuma colaboração. A China dispõe de um número suficiente de cosmonaves próprias e não necessita, ao contrário dos europeus e japoneses, que não possuem cosmonaves pilotadas, realizar vôos cósmicos juntamente com a Rússia”.
O primeiro desembarque na Lua, realizado no século XXI, fez surgir publicações sobre a intenção da China de criar uma base militar neste planeta. O diretor do Centro de Pesquisas Sociopoliticas Vladimir Evseev acha que esta informação não passa de um “balão” mas qualquer ataque ao cosmos sempre tem uma “segunda intenção”:
“Não acredito que seja possível cuidar exclusivamente da exploração pacífica do espaço sem pensar, se se pode ou não, instalar lá as armas. Creio que é preciso sempre ver uma “segunda intenção” nos êxitos espaciais da China. Tanto mais que agora este país pode oferecer resistência maior aos EUA no cosmos. A China sabe que se o exército americano for privado do apoio a partir do espaço, vai perder a sua vantagem principal. Tem-se em vista o bloqueio de canais de comunicação e de sistemas de pontaria. A China prepara-se para isso com o máximo de persistência. É bem provável que ela crie semelhantes sistemas que irão reduzir a zero esta vantagem dos EUA”.
Em 2013 a China colocou na órbita 20 aparelhos espaciais. Na opinião de Vladimir Evseev a maioria esmagadora dos satélites têm uma função dupla.
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