NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 27/01/2014
Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.
Após estrear em Davos, Dilma faz escala sigilosa em Lisboa
Antes de seguir para Cuba, comitiva presidencial fez escala em Portugal. Segundo jornal, Dilma se hospedou em hotel de luxo da capital portuguesa.
Após estrear no Fórum Econômico Mundial de Davos, na Suíça, a presidente Dilma Rousseff reservou o último sábado (25) para descansar em Lisboa antes de seguir viagem para Cuba, onde realiza visita oficial segunda (27) e terça-feira (28). A hospedagem em Portugal não estava prevista na agenda oficial divulgada pela assessoria da Presidência da República na última sexta (24).
Na tarde deste domingo (26), depois de a passagem da presidente por Lisboa ter sido noticiada por veículos de imprensa brasileiros, o Palácio do Planalto divulgou uma alteração da agenda presidencial, incluindo a estadia em Portugal no roteiro.
No final da tarde deste domingo, a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República divulgou nota em que nega que a escala da comitiva presidencial em Lisboa tenha sido “desnecessária.” De acordo com a nota, a parada era “obrigatória” porque a aeronave oficial, um jato Airbus A319, não tem autonomia para um voo entre Zurique e Havana.
“Dependendo de condições climáticas, o Airbus 319 presidencial tem autonomia média em torno de 9 horas e 45 minutos, tempo insuficiente para um voo direto entre Zurique e Havana. A opção por Lisboa foi a mais adequada, já que se trata do aeroporto mais a oeste no continente europeu com possibilidades de escala técnica”, diz.
Segundo a nota, a decisão de fazer o voo diurno até Cuba “foi tomada pela Aeronáutica a partir da avaliação das condições meteorológicas que permitiram que o trecho Lisboa-Havana fosse coberto no domingo em 9 horas e 45 minutos.”
A Presidência nega ainda que Dilma tenha passado o sábado em Lisboa. De acordo com a nota, a presidente chegou na cidade às 17h30 “e lá pernoitou, seguindo viagem na manhã seguinte [deste domingo].”
Comitiva ocupa 30 quartos em hotéis
Durante a estadia em Lisboa, Dilma e sua comitiva ocuparam 30 quartos de dois hotéis da cidade, o Ritz e o Tivoli. A presidente se hospedou em uma suíte presidencial do Ritz, ao custo de 8 mil euros por dia, o equivalente a R$ 26,2 mil.
Durante a estadia em Lisboa, Dilma e sua comitiva ocuparam 30 quartos de dois hotéis da cidade, o Ritz e o Tivoli. A presidente se hospedou em uma suíte presidencial do Ritz, ao custo de 8 mil euros por dia, o equivalente a R$ 26,2 mil.
O G1 procurou o Palácio do Planalto, mas a assessoria não informa quantas pessoas acompanham Dilma na viagem por questão de "segurança". A assessoria do Planalto confirmou, porém, que fazem parte da comitiva os ministros Fernando Pimentel (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior), Luiz Alberto Figueiredo (Relações Exteriores) e Helena Chagas (Secretaria de Comunicação Social da Presidência).
Na noite deste sábado, segundo informações do jornal “O Estado de S. Paulo”, Dilma jantou com o embaixador do Brasil em Portugal, Mário Vilalva, e a ministra da Secretaria de Comunicação Social, Helena Chagas, em um restaurante de Lisboa.
O Líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP), divulgou neste domigo (26) nota em que chama de “disparate” a estadia da presidente e sua comitiva em Portugal, que segundo ele ocorreu “em sigilo” e sem que a presidente tivesse "compromissos oficiais." Ele diz ainda que o desembolso para a hospedagem de Dilma e sua comitiva em Lisboa é “uma gastança desnecessária.”
Visita a Cuba
Conforme assessores do governo federal, a comitiva presidencial deve desembarcar na ilha governada por Raúl Castro neste domingo. Nesta segunda, a chefe do Executivo brasileiro irá inaugurar, ao lado do colega cubano, a primeira fase do Porto de Mariel, obra financiada pelo BNDES.
Conforme assessores do governo federal, a comitiva presidencial deve desembarcar na ilha governada por Raúl Castro neste domingo. Nesta segunda, a chefe do Executivo brasileiro irá inaugurar, ao lado do colega cubano, a primeira fase do Porto de Mariel, obra financiada pelo BNDES.
No dia seguinte, Dilma participará, em Havana, da 2ª Cúpula da Comunidade dos Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac). O evento internacional terá como tema a luta contra a fome, a pobreza e as desigualdades na região.
Fórum Econômico Mundial
No último ano de seu mandato à frente da Presidência da República, Dilma Rousseff fez sua primeira participação no Fórum Econômico Mundial, evento que reúne em Davos, na Suíça, parte considerável do PIB mundial.
Fórum Econômico Mundial
No último ano de seu mandato à frente da Presidência da República, Dilma Rousseff fez sua primeira participação no Fórum Econômico Mundial, evento que reúne em Davos, na Suíça, parte considerável do PIB mundial.
Em seu discurso a chefes de Estado e empresários do mundo inteiro, na última sexta-feira (24), a presidente se esforçou para "vender" uma imagem positiva do Brasil ao exterior. Na tentativa de dobrar as desconfianças de investidores estrangeiros com o país, a chefe do Executivo teceu, ao longo de cerca de meia hora, uma lista de oportunidades de negócios oferecidas pelo Brasil e destacou medidas adotadas por seu governo com o objetivo de equilibrar a economia.
Carta ao jornal O Dia
Prezado editor,
Após a publicação da notícia "FAB Manda Santander fechar as portas na Base Aérea de Santa Cruz", o Centro de Comunicação Social da Aeronáutica gostaria de esclarecer os fatos, pois a redação da notícia, e principalmente do seu título, pode levar os leitores do jornal O Dia a conclusões equivocadas.
A FAB não mandou o Banco Santander fechar a agência situada na Base Aérea de Santa Cruz. Isso não é fato.
Na realidade, após o término do contrato com o Banco Santander e por força da lei, a FAB abriu uma licitação para a ocupação do espaço. O Banco Santander não apresentou proposta para o certame.
Dessa forma, reitera-se, a FAB não mandou fechar as portas da agência, apenas cumpriu procedimento previsto na legislação, conforme informado ao autor da matéria.
Atenciosamente,
Centro de Comunicação Social da Aeronáutica
Grande movimentação motiva transferência
Alto custo de operações em outras cidades também contribuiu para as mudanças na Base Aérea de Fortaleza
A intensa movimentação de aviões do Aeroporto Internacional Pinto Martins e o alto custo que as operações em outras cidade estavam demandando foram os motivos que fizeram o 1º Esquadrão do 5º Grupo de Aviação (1/5 GAv), o Esquadrão Rumba, que prepara pilotos para comandar aviões Bandeirantes, ser transferido para Natal, capital do Rio Grande do Norte, de acordo com o comandante da Aeronáutica, tenente brigadeiro do ar Juniti Saito. No último dia 10 de outubro, o Diário do Nordeste já tinha antecipado o assunto, revelando que a estrutura já estava esvaziada.
Em artigo publicado no site da Força Aérea, devido ao aniversário de 73 anos da instituição, o comandante, explica que, após ser feita uma análise das unidades, foi constatado que a estratégia elaborada ainda pertencia à época da Segunda Guerra Mundial. Portanto, para redimensionar a Força, foi necessário levar o Esquadrão Rumba para Natal.
“É fato que deixar a bela capital alencarina é uma pena para todos os envolvidos. Mas, com um aeroporto internacional movimentado, Fortaleza passou a não ser uma localidade indicada para determinadas fases do curso de formação de pilotos da aviação de transporte: em determinado período era necessário deslocar para outras cidades, como Parnaíba, no Piauí, para garantir a segurança necessária às operações”, explicou o tenente brigadeiro do ar.
Juniti Saito ainda destacou que o custo desse tipo de mudança é considerado grande e se junta aos gastos do curso, com duração de três meses, de Tática Aérea, realizado em Natal. “Foi nesse cenário que Natal, distante menos de 600 Km e com as mesmas vantagens climáticas, apresentou-se como a localidade ideal para voltar a sediar aquela unidade”, escreveu o comandante em seu artigo.
Ele ainda ressaltou que a Base Aérea de Fortaleza (BAFZ) vai continuar ativa. “A mudança do Rumba para Natal movimentou pouco mais de 100 militares de um efetivo de mais de mil que ainda atuam na BAFZ, onde permanece a manutenção dos Bandeirantes”, destacou.
Transferência
Em 2001, já houve a transferência do 1º Esquadrão do 4º Grupo de Aviação (1/4 GAv), que passou 54 anos em terras cearenses. No lugar onde funcionava o 1/4 GAv, foram instalados galpões de cargas da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero).
O também chamado Esquadrão Pacau era o único grupo de formação de líderes de esquadrilha de caça (elite da aviação militar). Um dos fatores da retirada foi a segurança do Aeroporto Pinto Martins. Outro problema é que a Base Aérea de Fortaleza sofreu um corte orçamentário nos últimos anos. Na verdade, a redução aconteceu em todas as unidades brasileiras que são comandadas pela Aeronáutica, no valor de R$ 919 milhões, atingindo o Ministério da Defesa.
FIQUE POR DENTRO
BAFZ teve início como 6º Regimento
A Base Aérea de Fortaleza (BAFZ) começou como 6º Regimento de Aviação Militar. Antes, existia a Unidade e Serviços Aéreos do Exército. Àquela época, havia o Quartel Destacamento de Aviação do Exército. Em 1939, tornou-se o 6º Corpo de Base.
Com a criação do Ministério da Aeronáutica, em 1941, a unidade ficou subordinada ao órgão, tendo como missão assegurar recursos técnicos e administrativos para manutenção. A história da unidade se confunde com a da Força Aérea Brasileira, com 75 anos de atuação. As atividades na Capital começaram com o 1º Esquadrão do 4º Grupo de Aviação.
Brasileiro recebe maior prêmio do Facebook após encontar bug
Reginaldo Silva recebeu R$ 80 mil, a maior recompensa da história da rede social após encontrar brecha de segrança. Facebook: premiação vem por meio do programa Facebook Bug Bounty, inaugurado pela rede social em novembro passado
São Paulo - O Facebook pagou, nesta última semana, a maior recompensa da história da rede social a um “caçador de bugs”: 33,5 mil dólares, ou cerca de 80 mil reais. O premiado foi o mineiro Reginaldo Silva, engenheiro da computação de 27 anos, que encontrou uma brecha de segurança que permitia a execução de códigos remota afetando os servidores do site.
A premiação vem por meio do programa Facebook Bug Bounty, inaugurado pela rede social em novembro passado. Silva reportou à empresa todo o procedimento feito até chegar à falha, que foi logo corrigida pelos engenheiros do próprio site – todo o longo processo, aliás, você pode conferir aqui. O valor entregue ao brasileiro foi definido de acordo com a gravidade da brecha – e pela alta soma, dá para imaginar o estrago que o bug poderia causar se tivesse sido descoberto por um cracker.
Hoje residente em São José dos Campos (SP), o mineiro formado pelo Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA) falou a INFO sobre sua carreira como especialista em segurança da informação e caçador de bugs – e ainda dá algumas dicas para quem quer começar na área.
Primeiro, quando você começou a se interessar e a procurar por bugs de segurança pela internet? E qual foi o primeiro que encontrou?
Eu me interesso por segurança da informação já há 10 anos, e meio que decidi fazer carreira nessa área. A primeira falha que encontrei pela internet foi em um framework para programação Web em Java, chamado Play Framework. O processo para isso é sempre o mesmo: ler o código fonte do software pacientemente, enumerar os problemas – por mais simples que sejam – e ver as maneiras pelas quais eles podem ser explorados. Mas quando o código fonte não está disponível, é na base da tentativa e erro mesmo.
Até hoje, quantas falhas já achou? Todas renderam algum tipo de recompensa?
Estimo que algumas centenas, somando os bugs que acho atuando profissionalmente e os de vários programas de recompensa ao redor da internet. Procuro bastante por falhas também em software de código livre, então muitas das que acho não rendem nenhuma recompensa financeira imediata. A principal é mesmo ter o trabalho reconhecido e saber que estou contribuindo para uma internet mais segura. E como também atuo como consultor, a notoriedade gerada pela associação do meu nome à descoberta de falhas importantes ajuda a atrair clientes.
Antes de receber essa recompensa do Facebook, você já havia parado até em um hall da fama do Google. Como isso aconteceu?
O Google mantém um "hall da fama" que lista os pesquisadores que mais relataram falhas de segurança à empresa. Como reportei alguns problemas ao longo de 2012 e 2013, acabei indo parar nessa lista. [A tabela foi criada em novembro 2010, junto do programa de recompensas do Google. Ela é atualizada de três a quatro vezes por ano, e Reginaldo Silva não é o único brasileiro na lista.
Parada de Dilma em Lisboa foi 'escala obrigatória', diz Planalto
'Estado' revelou que presidente passou o sábado num dos hoteis mais caros da cidade depois de sair da Suíça
A Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República divulgou neste domingo, 26, uma nota na qual argumenta que a passagem da comitiva da presidente Dilma Rousseff por Lisboa foi "uma escala técnica obrigatória". O Planalto afirmou que o avião presidencial não tem autonomia suficiente para realizar um voo direto entre Zurique, na Suíça, e Havana, em Cuba. "A opção por Lisboa foi a mais adequada, já que se trata do aeroporto mais a oeste no continente europeu com possibilidades de escala técnica", diz o documento.
Neste sábado, o Estado revelou que Dilma e sua comitiva, que estavam na Suíça para o Fórum Econômico Mundial, passaram o sábado em Lisboa e ocuparam 45 quartos em dois dos mais caros hotéis da cidade, com custo estimado de mais de R$ 71 mil. A diária da suíte ocupada por Dilma no hotel Ritz em Lisboa custa R$ 26 mil. Na noite de sábado, ela saiu para jantar no restaurante Eleven, com vista privilegiada sobre o rio Tejo.
A passagem da presidente por Portugal não estava na agenda oficial divulgada inicialmente. Ela deixou a capital portuguesa na manhã deste domingo e já pousou em Cuba, onde inaugura um porto erguido com investimento brasileiro e também participa da II Cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac).
Na nota, a Secretaria de Comunicação Social da Presidência diz ainda que Dilma chegou a Lisboa por volta das 17h30 de sábado e apenas pernoitou na cidade. "A decisão de fazer um voo diurno foi tomada pela Aeronáutica a partir da avaliação das condições meteorológicas, que permitiram que o trecho Lisboa-Havana fosse coberto no domingo em 9 horas e 45 minutos", concluiu a nota.
Parada de Dilma em Portugal foi adequada, diz Presidência em nota
Em nota divulgada neste domingo, a Presidência da República afirma que a parada técnica da presidente Dilma Rousseff em Lisboa (Portugal) foi "adequada" porque o Airbus presidencial não tem autonomia para voar de Zurique (Suiça) a Cuba –onde Dilma cumpre agenda oficial a partir de hoje.
Na nota, o Planalto diz não ser verdade que a escala foi "desnecessária" porque a aeronave tem "autonomia média em torno de 9h45 minutos de voo dependendo das condições climáticas", tempo que a Presidência diz ser "insuficiente" para cumprir a rota de Dilma. A presidente estava na Suiça para participar do Fórum Econômico Mundial.
"A opção por Lisboa foi a mais adequada, já que se trata do aeroporto mais a oeste no continente europeu com possibilidades de escala técnica", diz a nota.
O comunicado também afirma não ser verdade que Dilma tenha passado o sábado em Lisboa. "Ela lá chegou às 17h30, e lá pernoitou, seguindo viagem na manhã seguinte. A decisão de fazer um voo diurno foi tomada pela Aeronáutica a partir da avaliação das condições meteorológicas, que permitiram que o trecho Lisboa-Havana fosse coberto no domingo em 9 horas 45 minutos", diz a nota.
A presidente chegou a Lisboa por volta das 17h (horário local) de sábado e se hospedou no Ritz, um dos mais caros da capital portuguesa. Uma parte da equipe ficou hospedada no Tívoli, outro hotel de luxo. Dilma já deixou Lisboa rumo a Cuba.
A Folha apurou que Dilma aproveitou a parada e saiu para jantar em um tradicional restaurante na capital portuguesa.
Congressistas da oposição vão pedir informações à Presidência da República sobre a parada técnica da presidente em Lisboa. Os oposicionistas querem, oficialmente, confirmar os gastos da comitiva presidencial no país para pedir o ressarcimento dos recursos aos cofres públicos.
"Se a presidente não tem compromissos oficiais em Lisboa, não tem como justificar esse turismo com dinheiro público. Há que se restituir os cofres públicos", disse o senador Álvaro Dias (PSDB-PR).
Líder do PSDB na Câmara, o deputado Carlos Sampaio (SP) afirmou que a viagem é um "disparate" no momento em que o Brasil enxuga gastos em meio à instabilidade econômica internacional. "É um total disparate, uma afronta aos brasileiros. Dilma quer se reeleger para continuar passeando com dinheiro público", atacou o tucano.
Leia a íntegra da nota divulgada pelo Palácio do Planalto:
"Não é verdade que a comitiva presidencial tenha feito qualquer escala desnecessária em Lisboa.
A escala técnica era obrigatória. Dependendo de condições climáticas, o Airbus 319 presidencial tem autonomia média em torno de 9 horas e 45 minutos, tempo insuficiente para um vôo direto entre entre Zurique e Havana. A opção por Lisboa foi a mais adequada, já que se trata do aeroporto mais a oeste no continente europeu com possibilidades de escala técnica.
Não é verdade que a presidenta tenha passado o sábado em Lisboa. Ela lá chegou às 17h30, e lá pernoitou, seguindo viagem na manhã seguinte. A decisão de fazer um vôo diurno foi tomada pela Aeronáutica a partir da avaliação das condições meteorológicas, que permitiram que o trecho Lisboa-Havana fosse coberto no domingo em 9 horas 45 minutos."
Parreira critica organização do Brasil para a Copa do Mundo
DE SÃO PAULO
O coordenador técnico da seleção brasileira, Carlos Alberto Parreira, criticou neste domingo a organização das autoridades públicas brasileiras para a Copa do Mundo, principalmente no que diz respeito às obras de infraestrutura urbana nas cidades-sede.
Em entrevista para a rádio CBN, Parreira fez duras críticas ao fato de a concessão dos principais aeroportos brasileiros (Cumbica, Galeão, Viracopos, Brasília e Confins) para a iniciativa privada ter acontecido pouco tempo antes da realização do Mundial.
"A gente queria tudo para a Copa, mas para a Copa foi um descaso total. Vejo que os aeroportos vão ser licitados a partir de março, três meses antes. É uma brincadeira, fomos indicados há sete anos e só agora vão licitar os aeroportos?"
Parreira também lamentou o fato de que muitas obras projetadas para a competição sairão do papel anos depois de o país ter sediado o Mundial.
"A gente perdeu uma oportunidade de dar conforto e mostrar um Brasil diferente", afirmou.
Sobre os protestos que podem acontecer durante a Copa, o coordenador técnico da seleção brasileira admitiu uma espécie de blindagem ao grupo de jogadores.
"De certo modo eles estão blindados, sabem que não podem misturar. Se começar a se preocupar, dividir o foco, vai ser difícil. Vamos pensar em ganhar a Copa, e fora do campo é problema das autoridades. Mas ninguém ali é alienado", disse.
PROTESTO
Neste sábado, protestos contra a realização da Copa do Mundo se espalharam pelas principais cidades do Brasil. Em São Paulo, um rapaz de 22 anos foi baleado no bairro de Higienópolis, na região central.
Aparelho que orienta voos deve operar neste ano em Uberlândia
Após dois anos inativo, o equipamento que orienta pousos e decolagens de aviões no aeroporto de Uberlândia (MG) deve começar a operar neste ano.
A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) iniciou esta semana a última inspeção do ILS (sigla em inglês para instrumento de aterrissagem), adquirido em 2011.
O aeroporto é um dos campeões no Brasil em fechamento por causa das condições do clima.
No último dia 18, por causa da chuva, um voo da Azul Linhas Aéreas, que seguia de Campinas (93 km de São Paulo) para Uberlândia, precisou pousar no aeroporto de Uberaba (MG). Os passageiros tiveram que fazer o percurso de 110 quilômetros por via terrestre.
Os 48 empregados da Infraero (Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária) que atuam na área de navegação aérea do aeroporto de Uberlândia já passaram por treinamento para utilização do ILS.
O equipamento tem Categoria 1 e permite a aeronaves homologadas pousarem em condições de visibilidade de 1.300 metros, no mínimo, e 300 pés de altitude de nuvem (aproximadamente 90 metros).
"Só será possível verificar se a infraestrutura está adequada para operar o equipamento após o término do relatório da inspeção, que deve demorar alguns dias", informou a assessoria da Anac.
Cerca de R$ 2,1 milhões já foram investidos em melhorias de infraestrutura no aeroporto de Uberlândia para operação do ILS, segundo a Infraero.
As obras de adequação do sistema de balizamento da pista, implementação da área de segurança da cabeceira, regulamentação funcional da pista de pouso e decolagem e regularização da faixa de pista foram iniciadas no primeiro semestre de 2011.
A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) iniciou esta semana a última inspeção do ILS (sigla em inglês para instrumento de aterrissagem), adquirido em 2011.
O aeroporto é um dos campeões no Brasil em fechamento por causa das condições do clima.
No último dia 18, por causa da chuva, um voo da Azul Linhas Aéreas, que seguia de Campinas (93 km de São Paulo) para Uberlândia, precisou pousar no aeroporto de Uberaba (MG). Os passageiros tiveram que fazer o percurso de 110 quilômetros por via terrestre.
Os 48 empregados da Infraero (Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária) que atuam na área de navegação aérea do aeroporto de Uberlândia já passaram por treinamento para utilização do ILS.
O equipamento tem Categoria 1 e permite a aeronaves homologadas pousarem em condições de visibilidade de 1.300 metros, no mínimo, e 300 pés de altitude de nuvem (aproximadamente 90 metros).
"Só será possível verificar se a infraestrutura está adequada para operar o equipamento após o término do relatório da inspeção, que deve demorar alguns dias", informou a assessoria da Anac.
Cerca de R$ 2,1 milhões já foram investidos em melhorias de infraestrutura no aeroporto de Uberlândia para operação do ILS, segundo a Infraero.
As obras de adequação do sistema de balizamento da pista, implementação da área de segurança da cabeceira, regulamentação funcional da pista de pouso e decolagem e regularização da faixa de pista foram iniciadas no primeiro semestre de 2011.
Parada foi 'escala técnica'
Palácio do Planalto explica em nota que passagem de comitiva por Lisboa foi necessária porque avião presidencial não tem autonomia para chegar a Cuba. Oposição critica gastos Presidente Dilma chegou ontem à tarde a Cuba, após passar a noite na capital portuguesa, e passou em revista tropa de Raúl Castro
Depois de a passagem da presidente Dilma Rousseff (PT) por Lisboa no sábado ter sido noticiada pela imprensa – e diante da reação da oposição, que criticou "a gastança desnecessária" –, o Palácio do Planalto divulgou ontem uma nota em que justificou a "escala" como uma "parada técnica" necessária porque o Airbus presidencial não tem autonomia para voar de Zurique, na Suiça – onde Dilma participou do Fórum Econômico Mundial – a Cuba – país onde a presidente cumpre agenda oficial hoje e amanhã. A hospedagem em Portugal não estava prevista na agenda oficial divulgada pela assessoria da Presidência da República na sexta, mas ontem o Palácio do Planalto divulgou uma alteração da agenda presidencial, incluindo a estada em Portugal no roteiro.
Dilma e sua comitiva desembarcaram no sábado à tarde em Lisboa. Ocuparam para a pernoite 30 quartos de dois hotéis de luxo da cidade, o Ritz e o Tívoli. A presidente se hospedou em uma suíte presidencial do Ritz, ao custo de 8 mil euros por dia, o equivalente a R$ 26,2 mil. O custo da hospedagem nos dois hotéis da comitiva é de R$ 71 mil. Na noite de sábado, Dilma jantou com o embaixador do Brasil em Portugal, Mário Vilalva, e a ministra da Secretaria de Comunicação Social, Helena Chagas, em um tradicional restaurante de Lisboa.
Em nota, o Planalto negou ter sido uma escala "desnecessária" , explicando que a aeronave tem "autonomia média em torno de nove horas e 45 minutos de voo, dependendo das condições climáticas", tempo que a Presidência da República considera ser "insuficiente" para cumprir a rota de Dilma. "A opção por Lisboa foi a mais adequada, já que se trata do aeroporto mais a Oeste no continente europeu, com possibilidades de escala técnica", diz a nota. O comunicado do Palácio do Planalto também negou que Dilma tenha passado o sábado em Lisboa. "Ela chegou às 17h30, e lá pernoitou, seguindo viagem na manhã seguinte. A decisão de fazer um voo diurno foi tomada pela Aeronáutica a partir da avaliação das condições meteorológicas, que permitiram que o trecho Lisboa-Havana fosse coberto no domingo em nove horas e 45 minutos", afirma a nota.
RESSARCIMENTO
A oposição no Congresso Nacional vai pedir informações à Presidência da República sobre a parada em Lisboa, numa tentativa de, oficialmente, confirmar os gastos da comitiva presidencial para pedir o ressarcimento dos recursos aos cofres públicos. "Se a presidente não tem compromissos oficiais em Lisboa, não tem como justificar esse turismo com dinheiro público. Há que se restituir os cofres públicos", disse o senador Alvaro Dias (PSDB-PR). Também o líder do PSDB na Câmara, o deputado Carlos Sampaio (SP), considerou a viagem um "disparate" no momento em que o Brasil enxuga gastos em meio à instabilidade econômica internacional.
A oposição no Congresso Nacional vai pedir informações à Presidência da República sobre a parada em Lisboa, numa tentativa de, oficialmente, confirmar os gastos da comitiva presidencial para pedir o ressarcimento dos recursos aos cofres públicos. "Se a presidente não tem compromissos oficiais em Lisboa, não tem como justificar esse turismo com dinheiro público. Há que se restituir os cofres públicos", disse o senador Alvaro Dias (PSDB-PR). Também o líder do PSDB na Câmara, o deputado Carlos Sampaio (SP), considerou a viagem um "disparate" no momento em que o Brasil enxuga gastos em meio à instabilidade econômica internacional.
Em nota, Sampaio criticou: "É uma gastança desnecessária, que não condiz com a situação econômica do nosso país e muito menos com as dificuldades com as quais os brasileiros são obrigados a conviver todos os dias, como inflação alta e serviços públicos precários, problemas que Dilma não consegue resolver". E acrescentou: "São esses mesmos cidadãos que, obrigados a passar por privações e dificuldades financeiras, estão bancando o fim de semana da presidente e de seus assessores". Na avaliação do tucano a presidente poderia ter se hospedado na embaixada brasileira na capital portuguesa – a justificativa do Planalto é que o edifício da missão diplomática não comportaria a delegação. "A presidente Dilma deveria dar exemplo de austeridade e sensatez", afirmou Sampaio. Para ele, "não dá para esperar coisa diferente" de um governo que mantém 39 ministérios e que tem "pouco respeito no uso do dinheiro público".
Agenda cubana
A comitiva presidencial desembarcou em Havana ontem à tarde. Hoje, a presidente Dilma Rousseff vai inaugurar, ao lado do colega cubano, Raúl Castro, a primeira fase do Porto de Mariel, obra financiada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Amanhã, Dilma participará, na capital cubana, da 2ª Cúpula da Comunidade dos Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac). O evento internacional terá como tema a luta contra a fome, a pobreza e as desigualdades na região.
Vai acabar
As quatro últimas sucatas de aviões da massa falida da VASP serão leiloadas na quinta-feira 30, na 1ª Vara de Falências de São Paulo. São três boeings 737-200 - com lance inicial entre R$ 28 mil e R$40 mil - e um Airbus A300 (R$ 60 mil), que estão nos aeroportos de Salvador, São Luís e Brasília. Das 27 aeronaves largadas em dez terminais pela empresa falida, todas foram arrematadas em leilões anteriores feitos com aval do CNJ.
Bilhões em alto-mar
Marinha dá o pontapé inicial para uma megalicitação de R$ 10 bilhões e atrai para a costa do País gigantes brasileiras e estrangeiras, como Embraer, Odebrecht, OAS e Airbus
A costa brasileira, conhecida mundialmente por suas belíssimas praias e belezas naturais, está se tornando um negócio bilionário. A descoberta do pré-sal já colocou os mares tupiniquins no radar das petroleiras e demais empresas que atuam no setor de óleo e gás. Agora é a defesa desse vasto território marítimo que promete atrair uma nova leva de contratos vultosos e grandes conglomerados multinacionais. Na sexta-feira 17, a Marinha do Brasil deu o pontapé inicial para a implantação do Sistema de Gerenciamento da Amazônia Azul (Sisgaaz). Trata-se de uma megalicitação que vai movimentar R$ 10 bilhões.
O valor é semelhante ao da compra dos caças Gripen, da sueca Saab, pela Força Aérea Brasileira, anunciada no final do ano passado, que vai consumir US$ 4,5 bilhões. O objetivo do projeto naval é comprar equipamentos de última geração para monitorar e defender a chamada Amazônia Azul, uma área que se estende por 4,5 milhões de quilômetros quadrados, o equivalente à metade do território terrestre nacional, abrangendo toda a costa do País e uma parte do continente. O território inclui importantes ativos econômicos para o Brasil, como as reservas do pré-sal, áreas utilizadas para pesca e portos turísticos e de carga.
"Precisamos proteger os interesses econômicos do Brasil em nossas águas", afirmou o vice-almirante Antônio Carlos Frade Carneiro, que está à frente do projeto, durante apresentação realizada na Escola de Guerra Naval, na cidade do Rio de Janeiro. Entre as aquisições previstas no Sisgaaz estão radares, sistemas de comunicação e captura de imagem, softwares de guerra eletrônica, equipamentos meteorológicos e até veículos aéreos não tripulados, também conhecidos como vants. O modelo de licitação será o mesmo utilizado no programa Sisfron (Sistema de Monitoramento de Fronteiras), cujo pleito, realizado em 2012, foi vencido pelo consórcio Tepro, formado por Savis e Bradar, companhias controladas pela Embraer.
A Marinha vai contratar uma empresa que ficará responsável por implantar o projeto. As interessadas poderão participar sozinhas ou em consórcios. Companhias nacionais terão prioridade, mas poderão se unir a estrangeiras. Alguns fornecedores nacionais, como Embraer, Avibras, Imbel e Odebrecht, levam vantagem por estarem enquadrados pelo governo na categoria de empresa estratégica de defesa. O status, concedido no ano passado a 26 empresas, dá direito a redução de impostos para vendas às Forças Armadas. O projeto está aquecendo o mercado de defesa e segurança. Gigantes do setor, como as brasileiras Embraer, Odebrecht e OAS, a americana Boeing e a franco-alemã Airbus, estão se movimentando.
Uma das favoritas para levar o certame, a OAS, inclusive, já está formando um consórcio para participar. Ela vai se unir à israelense IAI, que atua na área aeroespacial, e às brasileiras Iacit, fabricante de radares, e Módulo, especializada em softwares de segurança. A Odebrecht, em nota, também confirmou a participação no pleito, por meio de sua divisão de defesa e segurança. A empresa participa de outro projeto da Marinha ligado ao Sisgaaz: o Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub). Lançado em 2008, ele contempla a construção do primeiro submarino nuclear brasileiro, além de outros quatro convencionais a diesel. A companhia baiana firmou uma parceria com o estaleiro francês DCNS, especializado nesse tipo de embarcação, para tocar o projeto.
Além da união com a construtora francesa, a Odebrecht tem parcerias na área de defesa com a franco-alemã EADS, dona da Airbus, e comprou, em 2012, a fabricante de mísseis Mectron, de São José dos Campos, interior de São Paulo. Quem também saiu às compras foi a Embraer. A fabricante dos conceituados Super Tucanos, aviões de treinamento e ataque leve que venceram uma recente licitação da Força Aérea americana, adquiriu, em 2011, a fabricante de radares Orbisat, sediada em Campinas, no interior paulista. "A Embraer se estruturou, nos últimos anos, para atender às necessidades das Forças Armadas do Brasil", afirma Jackson Schneider, presidente da Embraer Defesa & Segurança.
Entre os produtos de interesse da Marinha fornecidos pela empresa, que nasceu no setor militar, estão os vants. Nesse segmento, a Embraer formou uma joint venture com a Elbit Systems, maior companhia militar privada de Israel. Dessa união nasceu a Harpia, fabricante de aviões não tripulados utilizados para vigilância, mas que também podem realizar ataques aéreos. A Força Aérea dos Estados Unidos, inclusive, vem utilizando constante-mente esse tipo de equipamento em bombardeios. A licitação do Sisgaaz é mais um dos projetos responsáveis pelo renascimento do mercado de defesa e segurança brasileiro. Negligenciada por cerca de duas décadas, a máquina de guerra do País está sendo reaparelhada.
Somente em 2012, o Brasil investiu US$ 33 bilhões na modernização de equipamentos e na contratação de mão de obra especializada, segundo a empresa de pesquisas britânica Defence IQ. A estimativa é que sejam investidos mais de US$ 120 bilhões em sistemas de defesa para o País nas próximas duas décadas. Além da Marinha e da Força Aérea, responsáveis por projetos que somam cerca de R$ 20 bilhões, o Exército também vem movimentando esse mercado. O projeto de monitoramento das fronteiras, por exemplo, deve consumir R$ 12 bilhões. Há planos, ainda, para modernizar a frota de veículos blindados. Para um país conhecido internacionalmente por suas praias, esses investimentos mostram que invasão, por aqui, só se for de turistas.
O valor é semelhante ao da compra dos caças Gripen, da sueca Saab, pela Força Aérea Brasileira, anunciada no final do ano passado, que vai consumir US$ 4,5 bilhões. O objetivo do projeto naval é comprar equipamentos de última geração para monitorar e defender a chamada Amazônia Azul, uma área que se estende por 4,5 milhões de quilômetros quadrados, o equivalente à metade do território terrestre nacional, abrangendo toda a costa do País e uma parte do continente. O território inclui importantes ativos econômicos para o Brasil, como as reservas do pré-sal, áreas utilizadas para pesca e portos turísticos e de carga.
"Precisamos proteger os interesses econômicos do Brasil em nossas águas", afirmou o vice-almirante Antônio Carlos Frade Carneiro, que está à frente do projeto, durante apresentação realizada na Escola de Guerra Naval, na cidade do Rio de Janeiro. Entre as aquisições previstas no Sisgaaz estão radares, sistemas de comunicação e captura de imagem, softwares de guerra eletrônica, equipamentos meteorológicos e até veículos aéreos não tripulados, também conhecidos como vants. O modelo de licitação será o mesmo utilizado no programa Sisfron (Sistema de Monitoramento de Fronteiras), cujo pleito, realizado em 2012, foi vencido pelo consórcio Tepro, formado por Savis e Bradar, companhias controladas pela Embraer.
A Marinha vai contratar uma empresa que ficará responsável por implantar o projeto. As interessadas poderão participar sozinhas ou em consórcios. Companhias nacionais terão prioridade, mas poderão se unir a estrangeiras. Alguns fornecedores nacionais, como Embraer, Avibras, Imbel e Odebrecht, levam vantagem por estarem enquadrados pelo governo na categoria de empresa estratégica de defesa. O status, concedido no ano passado a 26 empresas, dá direito a redução de impostos para vendas às Forças Armadas. O projeto está aquecendo o mercado de defesa e segurança. Gigantes do setor, como as brasileiras Embraer, Odebrecht e OAS, a americana Boeing e a franco-alemã Airbus, estão se movimentando.
Uma das favoritas para levar o certame, a OAS, inclusive, já está formando um consórcio para participar. Ela vai se unir à israelense IAI, que atua na área aeroespacial, e às brasileiras Iacit, fabricante de radares, e Módulo, especializada em softwares de segurança. A Odebrecht, em nota, também confirmou a participação no pleito, por meio de sua divisão de defesa e segurança. A empresa participa de outro projeto da Marinha ligado ao Sisgaaz: o Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub). Lançado em 2008, ele contempla a construção do primeiro submarino nuclear brasileiro, além de outros quatro convencionais a diesel. A companhia baiana firmou uma parceria com o estaleiro francês DCNS, especializado nesse tipo de embarcação, para tocar o projeto.
Além da união com a construtora francesa, a Odebrecht tem parcerias na área de defesa com a franco-alemã EADS, dona da Airbus, e comprou, em 2012, a fabricante de mísseis Mectron, de São José dos Campos, interior de São Paulo. Quem também saiu às compras foi a Embraer. A fabricante dos conceituados Super Tucanos, aviões de treinamento e ataque leve que venceram uma recente licitação da Força Aérea americana, adquiriu, em 2011, a fabricante de radares Orbisat, sediada em Campinas, no interior paulista. "A Embraer se estruturou, nos últimos anos, para atender às necessidades das Forças Armadas do Brasil", afirma Jackson Schneider, presidente da Embraer Defesa & Segurança.
Entre os produtos de interesse da Marinha fornecidos pela empresa, que nasceu no setor militar, estão os vants. Nesse segmento, a Embraer formou uma joint venture com a Elbit Systems, maior companhia militar privada de Israel. Dessa união nasceu a Harpia, fabricante de aviões não tripulados utilizados para vigilância, mas que também podem realizar ataques aéreos. A Força Aérea dos Estados Unidos, inclusive, vem utilizando constante-mente esse tipo de equipamento em bombardeios. A licitação do Sisgaaz é mais um dos projetos responsáveis pelo renascimento do mercado de defesa e segurança brasileiro. Negligenciada por cerca de duas décadas, a máquina de guerra do País está sendo reaparelhada.
Somente em 2012, o Brasil investiu US$ 33 bilhões na modernização de equipamentos e na contratação de mão de obra especializada, segundo a empresa de pesquisas britânica Defence IQ. A estimativa é que sejam investidos mais de US$ 120 bilhões em sistemas de defesa para o País nas próximas duas décadas. Além da Marinha e da Força Aérea, responsáveis por projetos que somam cerca de R$ 20 bilhões, o Exército também vem movimentando esse mercado. O projeto de monitoramento das fronteiras, por exemplo, deve consumir R$ 12 bilhões. Há planos, ainda, para modernizar a frota de veículos blindados. Para um país conhecido internacionalmente por suas praias, esses investimentos mostram que invasão, por aqui, só se for de turistas.
Os drones invadem os negócios
Saiba por que empresas como Amazon, DHL, Eldorado, AES Tietê e Domino's estão investindo no bilionário mercado dos robôs voadores que prometem revolucionar o universo corporativo
Ele é parecido com um morcego, embora seu nome oficial seja eBee (de abelha eletrônica, em inglês). Pesa menos de um quilo, voa a uma velocidade de 45 quilômetros por horas, tem uma câmera acoplada de 16 megapixels e autonomia de 45 minutos. Os funcionários da fabricante de celulose Eldorado, em Três Lagoas, em Mato Grosso do Sul, no entanto, o apelidaram de “dedo-duro”. A alcunha faz sentido. Esse pequeno robô voador, fabricado pela suíça senseFly, sobrevoa as plantações de eucaliptos da companhia da holding J&F, da família Batista, dona também do frigorífico JBS.
Sua missão: encontrar mudas que não foram plantadas da forma correta. Se localizadas a tempo, dá tempo de replantá-las e evitar a perda. Daí o apelido. Com mais de 160 mil hectares de área plantada de eucaliptos, matéria-prima para fazer a celulose, os drones são a melhor forma para monitorar essa gigantesca área, que equivale a 160 mil campos de futebol. “Os drones são uma grande inovação que vai mudar o panorama dos negócios”, afirma José Carlos Grubisich, presidente da Eldorado, dono de três drones e com planos de adquirir mais três neste ano. É bom levar a sério as palavras de Grubisich.
Surgidos como poderosas e polêmicas armas de guerra, esses veículos aéreos não tripulados estão invadindo o universo empresarial e vão influenciar diversos setores, do comércio global à logística, passando pela área de prestação de serviços. De uma forma ou de outra, todos eles vão ser inexoravelmente influenciados pelos drones. As cifras movimentadas pelos drones civis já são bilionárias. No ano passado, foram US$ 5,2 bilhões em todo o mundo, segundo cálculos da consultoria americana Teal Group, especializada na indústria aeroespecial. Em dez anos, esse mercado deve mais do que dobrar, atingindo US$ 11,2 bilhões.
Surgidos como poderosas e polêmicas armas de guerra, esses veículos aéreos não tripulados estão invadindo o universo empresarial e vão influenciar diversos setores, do comércio global à logística, passando pela área de prestação de serviços. De uma forma ou de outra, todos eles vão ser inexoravelmente influenciados pelos drones. As cifras movimentadas pelos drones civis já são bilionárias. No ano passado, foram US$ 5,2 bilhões em todo o mundo, segundo cálculos da consultoria americana Teal Group, especializada na indústria aeroespecial. Em dez anos, esse mercado deve mais do que dobrar, atingindo US$ 11,2 bilhões.
Muitos analistas acreditam que se trata de uma previsão conservadora, dado o número de projetos que devem começar a sair do papel a partir de agora. Mais: lembram que esses dados não levam em conta a inexistência, ainda, de regulamentação dessa atividade, o que se constitui numa barreira para uma expansão maior (de forma resumida, é preciso definir o espectro de frequências para operar essas máquinas voadoras e estabelecer regras de ocupação do espaço aéreo). Só no mercado americano, por exemplo, há um potencial anual de US$ 10 bilhões adicionais, caso haja uma legislação de uso para os drones civis, de acordo com a Auvsi, associação americana que representa os fabricantes desses aviões.
Nada disso, no entanto, parece arrefecer o apetite das empresas. Assim como a Eldorado, muitas delas já estão usando drones em suas operações ou trabalham com projetos-pilotos inovadores, que prometem transformar para sempre as paisagens das grandes cidades e das áreas rurais. É o caso da companhia de geração de energia AES Tietê, de São Paulo, que usa o mesmo drone da Eldorado para monitorar suas redes de transmissão. “Antes, um relatório de ocupação irregular demorava uma semana para ser concluído”, diz Ítalo Freitas Filho, diretor-geral de geração da AES Tietê, que investiu R$ 200 mil em um drone e planeja comprar mais um. “Agora bastam dois dias.”
A agricultura vem liderando a adoção dos drones no Brasil. Estima-se que pelo menos 200 deles estejam sobrevoando as plantações. “Os drones são os olhos dos agricultores na lavoura”, afirma Lúcio André de Castro Jorge, pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), de São Carlos, no interior paulista.“Eles são uma ferramenta essencial para a agricultura de precisão.” O caso da Eldorado é mais uma vez ilustrativo. A empresa utiliza as fotografias feitas pela eBee para fazer uma avaliação do plantio. “Dá para comparar as imagens captadas em diferentes períodos e acompanhar o desenvolvimento da floresta”, afirma Carlos Justo, gerente de planejamento da Eldorado.
Nada disso, no entanto, parece arrefecer o apetite das empresas. Assim como a Eldorado, muitas delas já estão usando drones em suas operações ou trabalham com projetos-pilotos inovadores, que prometem transformar para sempre as paisagens das grandes cidades e das áreas rurais. É o caso da companhia de geração de energia AES Tietê, de São Paulo, que usa o mesmo drone da Eldorado para monitorar suas redes de transmissão. “Antes, um relatório de ocupação irregular demorava uma semana para ser concluído”, diz Ítalo Freitas Filho, diretor-geral de geração da AES Tietê, que investiu R$ 200 mil em um drone e planeja comprar mais um. “Agora bastam dois dias.”
A agricultura vem liderando a adoção dos drones no Brasil. Estima-se que pelo menos 200 deles estejam sobrevoando as plantações. “Os drones são os olhos dos agricultores na lavoura”, afirma Lúcio André de Castro Jorge, pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), de São Carlos, no interior paulista.“Eles são uma ferramenta essencial para a agricultura de precisão.” O caso da Eldorado é mais uma vez ilustrativo. A empresa utiliza as fotografias feitas pela eBee para fazer uma avaliação do plantio. “Dá para comparar as imagens captadas em diferentes períodos e acompanhar o desenvolvimento da floresta”, afirma Carlos Justo, gerente de planejamento da Eldorado.
Mundialmente, os projetos com drones são mais ousados, como se tivessem saído de livros de ficção científica. O empresário americano Jeff Bezos está na linha de frente dessa área, para variar. Bezos já revolucionou o comércio mundial com a Amazon.com, virou de cabeça para baixo o mercado de livros, com o seu e-book Kindle, e foi um dos primeiros a investir em serviços de computação em nuvem. Agora, ele quer reinventar o setor de logística. Os drones são parte essencial de seu plano. No fim do ano passado, Bezos revelou que poderia começar a entregar produtos de até 2,2 kg por meio de drones – peso de 86% das encomendas da Amazon – a partir de 2015.
O serviço já tem até nome: Prime Air. O “carteiro voador” proposto pelo lendário empresário transportaria mercadorias em até meia hora através de um quadricóptero que deixa os pacotes na porta das casas de forma segura e veloz. O projeto de Bezos está longe de parecer um delírio típico de um visionário – muitas de suas “alucinações” viraram negócios bilionários, como comprova a trajetória da empresa de Seattle, que em apenas duas décadas se transformou na maior varejista virtual do mundo, com receita de US$ 61 bilhões. A área de logística, de fato, é uma das que mais devem se transformar com os drones.
A empresa alemã de entregas DHL, controlada pelo Deutsche Post, o maior grupo de logística do planeta, também anunciou que pesquisa o uso de drones para entregas urgentes, como remédios para localidades distantes de centros urbanos. Um pequeno quadricóptero amarelo entregou, no fim do ano passado, um pacote com fármacos de um extremo ao outro da cidade de Bonn, onde está localizada sua sede. A rede de pizzaria americana Domino’s testa também entrega de pizzas no Reino Unido. Chamado de Domicopter, o robô aéreo foi criado e operado pela empresa AeroSight e age como um motoboy voador. Além de sua eficácia nos serviços prestados, os drones estão se mostrando uma eficiente ferramenta de marketing.
O serviço já tem até nome: Prime Air. O “carteiro voador” proposto pelo lendário empresário transportaria mercadorias em até meia hora através de um quadricóptero que deixa os pacotes na porta das casas de forma segura e veloz. O projeto de Bezos está longe de parecer um delírio típico de um visionário – muitas de suas “alucinações” viraram negócios bilionários, como comprova a trajetória da empresa de Seattle, que em apenas duas décadas se transformou na maior varejista virtual do mundo, com receita de US$ 61 bilhões. A área de logística, de fato, é uma das que mais devem se transformar com os drones.
A empresa alemã de entregas DHL, controlada pelo Deutsche Post, o maior grupo de logística do planeta, também anunciou que pesquisa o uso de drones para entregas urgentes, como remédios para localidades distantes de centros urbanos. Um pequeno quadricóptero amarelo entregou, no fim do ano passado, um pacote com fármacos de um extremo ao outro da cidade de Bonn, onde está localizada sua sede. A rede de pizzaria americana Domino’s testa também entrega de pizzas no Reino Unido. Chamado de Domicopter, o robô aéreo foi criado e operado pela empresa AeroSight e age como um motoboy voador. Além de sua eficácia nos serviços prestados, os drones estão se mostrando uma eficiente ferramenta de marketing.
Quem descobriu isso foi a indústria imobiliária americana, que passou a usar as aeronaves não tripuladas para fazer imagens impossíveis de serem registradas mesmo com helicópteros. “Imóveis de vários milhões de dólares exigem táticas de marketing dignas da Avenida Madison”, afirmou Matthew Leone, diretor de marketing da imobiliária Halstead Property, em entrevista ao jornal The New York Times, referindo à tradicional avenida que reúne as principais agências de publicidade dos Estados Unidos, em Manhattan. A Halstead Property usou um drone para filmar uma casa avaliada em US$ 7,6 milhões, cujo vídeo já foi visto meio milhão de vezes no YouTube.
UMA NOVA INDÚSTRIA
UMA NOVA INDÚSTRIA
Os drones criam a oportunidade para o desenvolvimento de um novo mercado. Embora tenham surgido como uma máquina de guerra (leia em "Máquinas de guerra" ao final da reportagem), eles são primos de primeiro grau do aeromodelismo, prática de pilotar miniaturas de aviões através de controle remoto. Ao redor do mundo, há uma série de startups que estão se aproveitando desse boom de veículos não tripulados de uso de civil. A suíça senseFly, dona do eBee, usado pela Eldorado e pela AES Tietê, por exemplo, tem apenas dois anos de vida. Nenhuma empresa, no entanto, conseguir atingir o status da chinesa DJI, que desenvolveu o modelo Phanton II, o mais barato do mundo, vendido por apenas US$ 1,2 mil.
Seus drones foram comparados pelo presidente do conselho de administração do fundo de investimento americano Sequoia, Michael Moritz, ao lendário Apple II. Apesar de ser o segundo de sua geração, ele foi de fato o primeiro computador pessoal da história – o Apple I precisava ser montado, coisa que só os nerds conseguiam. É bom prestar atenção quando Moritz está falando. O Sequoia foi um dos primeiros fundos a investir na Apple e no Google, dois gigantes da área de tecnologia americana, quando ainda não passavam de ideias interessantes. O Brasil não está fora dessa onda de fabricantes de drones.
A Embraer, terceira maior fabricante mundial de aviões comerciais, entrou nessa área com o projeto de um drone militar. Por enquanto, são startups de São Carlos, no interior de São Paulo, e de Porto Alegre que lideram a produção desses robôs voadores autônomos. A XMobots, criada em São Carlos, em 2007, fabrica três modelos de drones, dois deles voltados para o segmento agrícola e um de monitoramento de linhas de energia, com um câmera aprimorada. “A indústria aeronáutica não muda do dia para a noite”, diz Giovani Amianti, fundador da XMobots. “Mas o mercado de drones vai crescer naturalmente.” Conterrânea da XMobots, a AGX foi comprada no ano passado pela Transpreserv, empresa mineira especializada em levantamentos topográficos de áreas rurais.
A Embraer, terceira maior fabricante mundial de aviões comerciais, entrou nessa área com o projeto de um drone militar. Por enquanto, são startups de São Carlos, no interior de São Paulo, e de Porto Alegre que lideram a produção desses robôs voadores autônomos. A XMobots, criada em São Carlos, em 2007, fabrica três modelos de drones, dois deles voltados para o segmento agrícola e um de monitoramento de linhas de energia, com um câmera aprimorada. “A indústria aeronáutica não muda do dia para a noite”, diz Giovani Amianti, fundador da XMobots. “Mas o mercado de drones vai crescer naturalmente.” Conterrânea da XMobots, a AGX foi comprada no ano passado pela Transpreserv, empresa mineira especializada em levantamentos topográficos de áreas rurais.
Máquinas de guerra
O garoto Tariq Aziz, 16 anos, fã de futebol, assistiu, em 2011, a uma conferência antidrones em Islamabad, no Paquistão. Ele estava preocupado com as mortes de civis provocadas por ataques de drones na região onde morava, na fronteira entre Paquistão e Afeganistão. Alguns dias depois, um avião não tripulado americano o matou. A história de Aziz e de outras dezenas de vítimas está retratada no filme Unmanned: America’s Drone War (em tradução literal, Não Pilotado: Guerra dos Drones da América), do documentarista Robert Greenwald.
O garoto Tariq Aziz, 16 anos, fã de futebol, assistiu, em 2011, a uma conferência antidrones em Islamabad, no Paquistão. Ele estava preocupado com as mortes de civis provocadas por ataques de drones na região onde morava, na fronteira entre Paquistão e Afeganistão. Alguns dias depois, um avião não tripulado americano o matou. A história de Aziz e de outras dezenas de vítimas está retratada no filme Unmanned: America’s Drone War (em tradução literal, Não Pilotado: Guerra dos Drones da América), do documentarista Robert Greenwald.
O governo americano não divulga dados oficiais de mortes provocadas por drones. O senador republicano Lindsey Graham, em fevereiro de 2013, calculou que foram 4.700 vítimas. Drones viraram uma espécie de assinatura das táticas bélicas da administração do presidente Barack Obama. Os robôs aéreos permitem que os militares detectem e destruam alvos a quilômetros de distância. Os EUA contam com o superdrone Reaper, fabricado pela General Atomics. Com peso de mais de quatro toneladas, o avião é capaz de carregar e disparar quatro mísseis AGM-114 Hellfire. No Brasil, a FAB adquiriu drones de Israel em 2010. Mas a estratégia é desenvolver tecnologia própria e quem quer tomar a frente nesse processo é a Embraer.
Em janeiro do ano passado, em associação com a Avibras, sua vizinha do setor aeroespacial, de São José dos Campos, a empresa criou a Harpia Sistemas, que desenvolve o drone batizado de Falcão para cumprir missões de inteligência e vigilância. O Falcão tem sido usado como ponto de partida para estudos que incluem sensores, sistema de comunicação e uma estação de controle no solo. O drone da Embraer pesa 630 quilos e conta com autonomia de 16 horas de voo. É produzido em fibra de carbono e tem envergadura de 11 metros. Ele pode detectar uma pessoa a até 15 quilômetros de distância. Por enquanto, nada de mísseis.
Em janeiro do ano passado, em associação com a Avibras, sua vizinha do setor aeroespacial, de São José dos Campos, a empresa criou a Harpia Sistemas, que desenvolve o drone batizado de Falcão para cumprir missões de inteligência e vigilância. O Falcão tem sido usado como ponto de partida para estudos que incluem sensores, sistema de comunicação e uma estação de controle no solo. O drone da Embraer pesa 630 quilos e conta com autonomia de 16 horas de voo. É produzido em fibra de carbono e tem envergadura de 11 metros. Ele pode detectar uma pessoa a até 15 quilômetros de distância. Por enquanto, nada de mísseis.
A VASP acaba em festa
Um cargueiro Boeing 737-200 da extinta Vasp, abandonado há nove anos no aeroporto de Guarulhos, terá um destino mais animado. O avião fabricado em 1978, ou o que sobrou dele, foi comprado por R$ 133 mil pelo piloto Edinei Capistrano, 58 anos. A carcaça foi levada para Araraquara, no interior paulista, onde será adaptada a um salão de festas. Depois de reformado, o avião de passageiros receberá celebrações de casamento e comportará mesas para festas de até 110 pessoas.
A nova tripulação da Gol
A Gol levanta voo com uma nova diretoria operacional a partir de fevereiro
A Gol levanta voo com uma nova diretoria operacional a partir de fevereiro. O comandante Sérgio Quito, até então responsável pela área de segurança, assume a direção-executiva de operações, cargo então ocupado por Adalberto Bogsan, que renunciou na terça-feira 14. A empresa também criou duas diretorias: a de vendas e marketing e a de planejamento. Além disso, os setores de comunicação, alianças e sustentabilidade foram incorporados pela área de relações institucionais.
Todos os novos diretores vão se reportar diretamente ao presidente, Paulo Kakinoff. A nova composição é anunciada num momento em que a Gol busca operar de maneira mais enxuta e rentável. Resultado este que já vem aparecendo, conforme balanço divulgado na quarta-feira 22. Em 2013, a empresa diminuiu em 4,3% sua oferta de assentos domésticos, mas aumentou em 18% a receita por passageiro. O mercado reagiu bem aos números. No dia da divulgação do resultado, as ações preferenciais da empresa subiam 6,98%, para R$ 11,34.
CIRCUITOMATOGROSSO (MT)
Entenda os riscos de usar o celular durante o voo
Para alegria e conforto de muita gente, a Agência Federal de Aviação dos Estados Unidos anunciou que as companhias aéreas estão autorizadas a permitir o uso de aparelhos eletrônicos portáteis durante todas as fases do voo; inclusive durante o pouso e a decolagem. Para isso, as empresas terão até o final do ano para comprovar junto à agência que suas aeronaves estão aptas a oferecer essa facilidade sem comprometer a segurança.
Segundo a própria agência norte-americana, a decisão é resultado de anos de trabalho e pesquisa. Entre os itens liberados estão tablets, smartphones em modo avião, MP3 players, e-readers e até brinquedos eletrônicos de pequeno porte.
"Nem tudo foi liberado. Não são celulares, apenas equipamentos para ler e escrever. Tansmitir dados e voz ainda não pode", comenta Ronaldo Jenkins, diretor de Segurança e Operações de Voo da ABEAR.
Segundo o diretor da Associação Brasileira das Empresas Aéreas, a decisão tem como base a evolução tecnológica desses aparelhos. A FAA considera que todos os gadgets autorizados não são capazes de causar interferências que comprometam a segurança do voo. Aliás, toda essa história está ligada exatamente a um fenômeno físico: a interferência eletromagnética.
"A inteferência eletromagnética não é algo matemático. Acontece de vez em quando e em determinadas circunstâncias", explica Jenkins.
Jenkins nos contou uma história que mostra como o que parece inofensivo pode se tornar perigoso dentro de uma aeronave. Em um voo, determinado comandante, de repente, notou que o marcador de combustível começou a subir em pleno ar; claro, o avião não estava sendo abastecido em voo – algo anormal estava acontecendo. O piloto pediu então que um comissário de bordo fosse conferir se havia algo de estranho entre os passageiros.
"Ele viu alguns garotos brincando com o GameBoy. Quando os meninos desligaram o jogo, o marcador voltou ao normal", lembra o diretor.
Quem poderia imaginar que um mero videogame portátil pudesse interferir em qualquer equipamento de uma aeronave de grande porte? Ninguém! Por sorte a interferência foi apenas no marcador de combustível e nada grave ocorreu, mas situações como esta podem, sim, oferecer risco. E ainda assim, tem gente que ignora quem são solicitados para desligar seus devices – principalmente durante a decolagem e o pouso.
Em sua determinação, a agência americana deixou claro também que em situações de baixa visibilidade, durante as aproximações de precisão para pouso, a tripulação deverá instruir que todos os passageiros desliguem qualquer aparelho eletrônico que esteja sendo usado.
"Quando estiverem usando pouso automático e informações de pouso de precisão, que dependem de sinais eletrônicos para guiar a aeronave, não será possível usar os aparelhos", conta.
Outro exemplo interessante, aqui em São Paulo, acontece próximo ao aeroporto de Congonhas, que fica em frente a uma das avenidas mais movimentadas da capital paulista. Quando alguém passa por ali falando ao celular, normalmente a ligação sofre interferência e cai. Muita gente acha que é falha da operadora ou coisa parecida... pois saiba que não!
A Agência Nacional de Aviação Civil, parceira da agência norte-americana, disse em entrevista ao Olhar Digital que o Brasil também deve seguir o exemplo e liberar o uso de alguns gadgets durante pousos e decolagens, mas ainda não há data definida para isso.
Segundo a própria agência norte-americana, a decisão é resultado de anos de trabalho e pesquisa. Entre os itens liberados estão tablets, smartphones em modo avião, MP3 players, e-readers e até brinquedos eletrônicos de pequeno porte.
"Nem tudo foi liberado. Não são celulares, apenas equipamentos para ler e escrever. Tansmitir dados e voz ainda não pode", comenta Ronaldo Jenkins, diretor de Segurança e Operações de Voo da ABEAR.
Segundo o diretor da Associação Brasileira das Empresas Aéreas, a decisão tem como base a evolução tecnológica desses aparelhos. A FAA considera que todos os gadgets autorizados não são capazes de causar interferências que comprometam a segurança do voo. Aliás, toda essa história está ligada exatamente a um fenômeno físico: a interferência eletromagnética.
"A inteferência eletromagnética não é algo matemático. Acontece de vez em quando e em determinadas circunstâncias", explica Jenkins.
Jenkins nos contou uma história que mostra como o que parece inofensivo pode se tornar perigoso dentro de uma aeronave. Em um voo, determinado comandante, de repente, notou que o marcador de combustível começou a subir em pleno ar; claro, o avião não estava sendo abastecido em voo – algo anormal estava acontecendo. O piloto pediu então que um comissário de bordo fosse conferir se havia algo de estranho entre os passageiros.
"Ele viu alguns garotos brincando com o GameBoy. Quando os meninos desligaram o jogo, o marcador voltou ao normal", lembra o diretor.
Quem poderia imaginar que um mero videogame portátil pudesse interferir em qualquer equipamento de uma aeronave de grande porte? Ninguém! Por sorte a interferência foi apenas no marcador de combustível e nada grave ocorreu, mas situações como esta podem, sim, oferecer risco. E ainda assim, tem gente que ignora quem são solicitados para desligar seus devices – principalmente durante a decolagem e o pouso.
Em sua determinação, a agência americana deixou claro também que em situações de baixa visibilidade, durante as aproximações de precisão para pouso, a tripulação deverá instruir que todos os passageiros desliguem qualquer aparelho eletrônico que esteja sendo usado.
"Quando estiverem usando pouso automático e informações de pouso de precisão, que dependem de sinais eletrônicos para guiar a aeronave, não será possível usar os aparelhos", conta.
Outro exemplo interessante, aqui em São Paulo, acontece próximo ao aeroporto de Congonhas, que fica em frente a uma das avenidas mais movimentadas da capital paulista. Quando alguém passa por ali falando ao celular, normalmente a ligação sofre interferência e cai. Muita gente acha que é falha da operadora ou coisa parecida... pois saiba que não!
A Agência Nacional de Aviação Civil, parceira da agência norte-americana, disse em entrevista ao Olhar Digital que o Brasil também deve seguir o exemplo e liberar o uso de alguns gadgets durante pousos e decolagens, mas ainda não há data definida para isso.
DIÁRIO COMÉRCIO INDÚSTRIA E SERVIÇOS
"Plano de Voo": A Anac fecha o cerco às cias. Aéreas
Liliana Lavoratti
Prevendo possíveis problemas durante a Copa do Mundo, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) anunciou medidas para evitar que as companhias aéreas atrasem seus voos: multa de até R$ 3,2 milhões por cada transtorno causado aos passageiros. A agência diz que voos com mais de quatro horas de atraso renderão multa de até R$ 10 mil por passageiro, se as aéreas não garantirem reembolso, realocarem os clientes a outros voos ou instalarem-nos em hotéis.
Atualmente, os dois maiores aeroportos do País, no Rio e em São Paulo, operam acima de sua capacidade. E, para piorar, as novas instalações de outros aeroportos de menor porte não serão testadas antes da Copa. O clima tenso já se configura: neste fim de semana, passageiros de uma das aéreas quebraram as portas de emergência de uma aeronave, após esperarem o desembarque por quatro horas.
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