NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 20/01/2014
Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.
Passageiros seguem viagem após ameaça de bomba em avião
Desembarcaram em Boa Vista os passageiros do voo JJ 3540 da TAM, retido ontem (18) em Manaus, devido a uma ameaça de bomba não comprovada em vistoria realizada pela Polícia Federal, segundo informou hoje (19) a assessoria de imprensa da companhia aérea.
O avião levava 162 passageiros, que tiveram que desembarcar no Aeroporto Eduardo Gomes, em Manaus, e seguir em outro voo para Boa Vista, para que fosse realizada a inspeção policial na aeronave.
Segundo a TAM, os passageiros que se destinavam a Boa Vista viajaram ontem à noite para a capital de Roraima. A assessoria não soube informar se todos seguiram viagem ou se alguém permaneceu em Manaus. Também não tinha informação se a aeronave permaneceu na capital amazonense ou retornou a Brasília.
Aviões da FAB decolam para o Chile para ajudar a combater incêndios
No total, 30 militares da FAB estão envolvidos nesta missão. Oito das 15 regiões do Chile sofrem com algum incêndio atualmente.
Duas aeronaves C-130 Hércules da Força Aérea Brasileira (FAB) decolaram na manhã deste domingo (19) rumo ao Chile para tentar ajudar no combate aos incêndios florestais que atingem o país.
Ainda não existe previsão da duração dessa missão.
De acordo com a FAB, as aeronaves decolaram às 8h da Base Aérea do Galeão (BAGL), no Rio de Janeiro, com destino a Concepción.
Um dos C-130 viajou equipado com o sistema de combate a incêndio conhecido como MAFFS (siga em inglês de Modular Airbone Fire Fighting System). A outra aeronave transportou equipamentos e militares que irão realizar o reabastecimento do sistema.
"O sistema MAFFS é composto por cinco tanques de água. Dois tubos projetam-se pela porta traseira do C-130 e, a uma altitude média de 150 pés (cerca de 45.7 metros), despejam água sobre as áreas previamente determinadas. Por questões de segurança, as equipes de bombeiros e brigadistas que atuam no solo evacuam a área antes da dispersão da água. Pode ser realizado um lançamento de toda carga de 10,4 mil litros de água ou, ainda, três lançamentos menores, disse a FAB, em nota.
No total, 30 militares estão envolvidos nesta missão, entre aeronavegantes, equipe de operação do sistema MAFFS e de manutenção, de acordo com a FAB.
A medida foi autorizada pelo ministro Celso Amorim, após um pedido da embaixada do Chile ao Itamaraty.
De acordo com os dados oficiais, oito das 15 regiões do Chile sofrem com algum incêndio e embora as mais afetadas sejam as de Bío-Bío, Maule e La Araucanía, Santiago sofre com a fumaça das chamas de El Canelo, 30 quilômetros ao sudeste da capital.
Nessa área, perto da Cordilheira dos Andes, 300 hectares de vegetação nativa foram consumidas pelas chamas e 40 casas precisaram ser evacuadas na noite de segunda-feira, embora a maioria das famílias já tenham sido liberadas para voltar a seus lares.
Mais de 60 mil hectares de floresta arderam no Chile por causa de 1992 incêndios florestais no último ano. As regiões do Maule e a Metropolitana de Santiago foram as áreas com maiores danos ambientais, já que perderam mais de 20 mil hectares cada uma.
O presidente do Chile, Sebastián Piñeira, decretou alerta sanitário para a capital Santiago e Valparaíso, além das regiões de Maule e La Araucanía.
Ainda não existe previsão da duração dessa missão.
De acordo com a FAB, as aeronaves decolaram às 8h da Base Aérea do Galeão (BAGL), no Rio de Janeiro, com destino a Concepción.
Um dos C-130 viajou equipado com o sistema de combate a incêndio conhecido como MAFFS (siga em inglês de Modular Airbone Fire Fighting System). A outra aeronave transportou equipamentos e militares que irão realizar o reabastecimento do sistema.
"O sistema MAFFS é composto por cinco tanques de água. Dois tubos projetam-se pela porta traseira do C-130 e, a uma altitude média de 150 pés (cerca de 45.7 metros), despejam água sobre as áreas previamente determinadas. Por questões de segurança, as equipes de bombeiros e brigadistas que atuam no solo evacuam a área antes da dispersão da água. Pode ser realizado um lançamento de toda carga de 10,4 mil litros de água ou, ainda, três lançamentos menores, disse a FAB, em nota.
No total, 30 militares estão envolvidos nesta missão, entre aeronavegantes, equipe de operação do sistema MAFFS e de manutenção, de acordo com a FAB.
A medida foi autorizada pelo ministro Celso Amorim, após um pedido da embaixada do Chile ao Itamaraty.
De acordo com os dados oficiais, oito das 15 regiões do Chile sofrem com algum incêndio e embora as mais afetadas sejam as de Bío-Bío, Maule e La Araucanía, Santiago sofre com a fumaça das chamas de El Canelo, 30 quilômetros ao sudeste da capital.
Nessa área, perto da Cordilheira dos Andes, 300 hectares de vegetação nativa foram consumidas pelas chamas e 40 casas precisaram ser evacuadas na noite de segunda-feira, embora a maioria das famílias já tenham sido liberadas para voltar a seus lares.
Mais de 60 mil hectares de floresta arderam no Chile por causa de 1992 incêndios florestais no último ano. As regiões do Maule e a Metropolitana de Santiago foram as áreas com maiores danos ambientais, já que perderam mais de 20 mil hectares cada uma.
O presidente do Chile, Sebastián Piñeira, decretou alerta sanitário para a capital Santiago e Valparaíso, além das regiões de Maule e La Araucanía.
Ultraleve cai em campo de aviação na PB e piloto sofre queimaduras
Vítima está no Hospital de Trauma de Campina Grande. Acidente aconteceu em campo de aviação de Picuí.
O piloto de um ultraleve sofreu queimaduras após cair com um ultraleve em Picuí, no Seridó da Paraíba, neste sábado (18). De acordo com informações da Polícia Civil, o homem de 27 anos é natural de Pernambuco. O avião teve uma pane no motor, ele tentou arremeter a aeronave, mas perdeu o controle e caiu em um campo de aviação.
O ultraleve pegou fogo e o piloto foi levado para o Hospital de Emergência e Trauma de Campina Grande. A vítima foi encaminhada para a ala de Queimados. A situação do paciente é considerada regular e ele não corre risco de morte.
Segundo o serviço social do hospital de Trauma, o piloto tem apenas queimaduras nos braços e pernas. Ele está consciente e passou por assepsia dos ferimentos, devendo ser submetido depois a uma cirurgia.
Em Salvador, saída poderá ser "congelar" obras em aeroporto
O aeroporto de Salvador é outro local, além de Fortaleza, com excesso de atrasos nas obras da Copa.
O ministro da Secretaria de Aviação Civil, Moreira Franco, também pretende visitá-lo hoje. É outra cidade-sede do Mundial em que a situação é "crítica", diz.
O projeto é de reforma. Não haverá ampliação da capacidade de passageiros.
Diante da demora, o ministro disse que o governo estuda paralisar a ampliação do terminal, para diminuir os transtornos aos passageiros. A reforma só teria prosseguimento depois da Copa.
Isso porque o aeroporto tem capacidade para dar conta da demanda, segundo a Infraero. A reforma, que deveria ficar pronta em abril, traria mais conforto aos passageiros, com intervenções no check-in, nas esteiras de bagagem e nos banheiros.
Até o final de novembro, 37% das obras haviam terminado, segundo a Infraero. Todas as intervenções têm o custo de R$ 93,53 milhões.
Cinco aeroportos estão com ao menos 50% das obras para a Copa 2014 concluídas.
Três deles foram concedidos à iniciativa privada: Cumbica (Guarulhos), Brasília e São Gonçalo do Amarante (RN). Os outros dois são Manaus e Galeão (apenas o projeto do terminal 1), no Rio.
Fora os problemas de Salvador, os aeroportos de Confins (BH), Cuiabá, Fortaleza, Porto Alegre e Curitiba também não cumpriram metade do que havia sido prometido
O ministro da Secretaria de Aviação Civil, Moreira Franco, também pretende visitá-lo hoje. É outra cidade-sede do Mundial em que a situação é "crítica", diz.
O projeto é de reforma. Não haverá ampliação da capacidade de passageiros.
Diante da demora, o ministro disse que o governo estuda paralisar a ampliação do terminal, para diminuir os transtornos aos passageiros. A reforma só teria prosseguimento depois da Copa.
Isso porque o aeroporto tem capacidade para dar conta da demanda, segundo a Infraero. A reforma, que deveria ficar pronta em abril, traria mais conforto aos passageiros, com intervenções no check-in, nas esteiras de bagagem e nos banheiros.
Até o final de novembro, 37% das obras haviam terminado, segundo a Infraero. Todas as intervenções têm o custo de R$ 93,53 milhões.
Cinco aeroportos estão com ao menos 50% das obras para a Copa 2014 concluídas.
Três deles foram concedidos à iniciativa privada: Cumbica (Guarulhos), Brasília e São Gonçalo do Amarante (RN). Os outros dois são Manaus e Galeão (apenas o projeto do terminal 1), no Rio.
Fora os problemas de Salvador, os aeroportos de Confins (BH), Cuiabá, Fortaleza, Porto Alegre e Curitiba também não cumpriram metade do que havia sido prometido
Potências já vão atrás das sedes e começam a briga pela Rio-2016
Ainda restam 928 dias para o início dos Jogos do Rio-2016, mas para as principais potências esportivas o cronômetro disparou há tempos.
Estados Unidos, Austrália, França, Rússia e Reino Unido têm disputado clubes e centros esportivos nacionais para formar seus "quartéis", onde farão a parte final da preparação para o evento.
A maior procura é no Sul e no Sudeste brasileiro. Além do Rio, São Paulo, Belo Horizonte, Vitória e Porto Alegre são outras cidades visadas.
Os britânicos vão abrigar atletas de oito esportes no Minas Tênis Clube. Dirigentes europeus já fizeram dez visitas ao local entre abril de 2012 e novembro passado, segundo contou a assessora científica do clube, Izabel Rohlfs.
O valor do "aluguel" é de cerca de R$ 10 milhões, mas os sócios poderão frequentar o clube no período.
O esquema de segurança será o mesmo usado pela cidade de Belo Horizonte na Copa do Mundo da Fifa, com participação de todos os entes governamentais.
Um treinamento em menor escala foi feito em outubro para "proteger" o presidente da BOA, Sebastian Coe, que veio assinar acordo.
Além de poderem usar a estrutura por um mês entre julho e agosto de 2016, atletas terão direito a fazer temporadas no clube a partir de 2014.
"A equipe britânica de canoagem deve começar a treinar já em 2014", disse Izabel.
Estados Unidos, Austrália, França, Rússia e Reino Unido têm disputado clubes e centros esportivos nacionais para formar seus "quartéis", onde farão a parte final da preparação para o evento.
A maior procura é no Sul e no Sudeste brasileiro. Além do Rio, São Paulo, Belo Horizonte, Vitória e Porto Alegre são outras cidades visadas.
Os britânicos vão abrigar atletas de oito esportes no Minas Tênis Clube. Dirigentes europeus já fizeram dez visitas ao local entre abril de 2012 e novembro passado, segundo contou a assessora científica do clube, Izabel Rohlfs.
O valor do "aluguel" é de cerca de R$ 10 milhões, mas os sócios poderão frequentar o clube no período.
O esquema de segurança será o mesmo usado pela cidade de Belo Horizonte na Copa do Mundo da Fifa, com participação de todos os entes governamentais.
Um treinamento em menor escala foi feito em outubro para "proteger" o presidente da BOA, Sebastian Coe, que veio assinar acordo.
Além de poderem usar a estrutura por um mês entre julho e agosto de 2016, atletas terão direito a fazer temporadas no clube a partir de 2014.
"A equipe britânica de canoagem deve começar a treinar já em 2014", disse Izabel.
A maior potência olímpica do planeta vai se alojar no clube mais popular do país.
Estados Unidos e Flamengo assinaram acordo há três anos, mas o remodelaram em 2013. "O contrato era muito restrito e dava mais obrigações ao clube do que ajuda financeira", disse o vice-presidente de esportes olímpicos, Alexandre Póvoa, à Folha.
Na renegociação, ficou acertado que o Comitê Olímpico Americano (Usoc, em inglês) bancará as reformas nas dependências do clube, em um investimento que poderá atingir R$ 10 milhões.
"O Usoc tem alguns locais específicos para uso, como o ginásio e o campo de futebol. Eles vão construir uma arena de lutas, reformar todo o espaço do tênis e os vestiários."
O espaço será cedido aos americanos por três meses em 2016, já que vale também para a Paraolimpíada.
Todo o esquema de segurança será operado pelos visitantes, que trarão suas próprias forças para proteção.
Mesmo com todo esse "exército" a caminho, o contrato não é de exclusividade.
Estados Unidos e Flamengo assinaram acordo há três anos, mas o remodelaram em 2013. "O contrato era muito restrito e dava mais obrigações ao clube do que ajuda financeira", disse o vice-presidente de esportes olímpicos, Alexandre Póvoa, à Folha.
Na renegociação, ficou acertado que o Comitê Olímpico Americano (Usoc, em inglês) bancará as reformas nas dependências do clube, em um investimento que poderá atingir R$ 10 milhões.
"O Usoc tem alguns locais específicos para uso, como o ginásio e o campo de futebol. Eles vão construir uma arena de lutas, reformar todo o espaço do tênis e os vestiários."
O espaço será cedido aos americanos por três meses em 2016, já que vale também para a Paraolimpíada.
Todo o esquema de segurança será operado pelos visitantes, que trarão suas próprias forças para proteção.
Mesmo com todo esse "exército" a caminho, o contrato não é de exclusividade.
Os espaços não usados pelos EUA podem ser locados para outras delegações.
A única exigência feita pela superpotência é que ela seja avisada em caso de proposta. Daí, tem uma semana para cobrir a oferta pelo local.
É exatamente o que a China não deseja. O país, maior ameaça aos EUA no quadro de medalhas, procurou o Clube Pinheiros, em São Paulo, em meados de 2013. Mas queria total exclusividade. "Isso é um impeditivo, mas ainda negociamos com eles", disse o presidente do clube, Luís Eduardo Dutra Rodrigues.
A Austrália deve escolher o Espírito Santo como base.
A badalada equipe de natação e o time de triatlo do país treinarão no Coes (Centro Olímpico do Espírito Santo), que fica em Vitória.
A vinda dos nadadores fez com que o projeto original do parque aquático fosse alterado. Em vez de uma piscina olímpica, de 50 m, também será construída uma de 25 m.
"O impacto da vinda dos australianos deve ser tão grande que, durante a estadia, teremos linhas diretas de transporte e novos restaurantes e hotéis", afirmou Helvio Affonso, diretor do Coes.
"A escolha deles pelo Espírito Santo se deu muito por conta da temperatura, muito semelhante à que vão encontrar no Rio", completou.
Se a temperatura ajuda no Sudeste, prejudica no Sul.
Grêmio Náutico União e Sociedade Ginástica de Porto Alegre (Sogipa), tradicionais clubes gaúchos, não têm negociações avançadas.
Um dos motivos pode ser as baixas temperaturas em julho. "Ainda não temos nada engatilhado, mas estamos treinando nossos funcionários com cursos de inglês e esportes", disse Alexandre Algeri, diretor da Sogipa.
Responsáveis pela natação francesa, pelo remo australiano e pela canoagem japonesa visitaram o Grêmio Náutico no ano passado. Destes, a tratativa mais auspiciosa é com os orientais, que mandaram 12 atletas para treinarem no clube em março.
QG do Brasil
O Brasil também terá seu quartel-general para os Jogos. Será na Fortaleza de São João, na Urca.
O local é propriedade do Exército, mas será alugado pelo Comitê Olímpico Brasileiro antes da competição.
Saiba mais
Todos os clubes e centros esportivos que quiseram se candidatar a receber delegações tiveram de passar por um processo seletivo que durou 12 meses e foi conduzido pela organização da Rio-2016.
Eles tiveram de cumprir requisitos estabelecidos por federações internacionais: distância de aeroportos com voos domésticos e rede hoteleira e hospitalar disponível nas proximidades estavam entre eles.
Atualmente, há disponibilidade de 170 instalações esportivas em 70 cidades.
Dinheiro em ação
Embraer
US$ 18,2 bilhões - É o valor acumulado da carteira de pedidos de jatos da Embraer, em 2013. No ano passado, foram entregues 90 aeronaves comerciais e 119 executivas.
US$ 18,2 bilhões - É o valor acumulado da carteira de pedidos de jatos da Embraer, em 2013. No ano passado, foram entregues 90 aeronaves comerciais e 119 executivas.
Avianca pensa pequeno para crescer
Empresa faz plano para decolar no país operando voos regionais, com aviões ATR e Embraer. Investimento pode chegar a US$ 1,6 bi
O objetivo da grande maioria das companhias aéreas é expandir suas operações para além das fronteiras de seus países – voando para destinos mundo afora. O plano de negócios da Avianca no Brasil, no entanto, prevê o contrário. Para crescer no País e conseguir operar num mercado dominado pela TAM e pela Gol, a empresa do grupo colombiano Synergy, que detém 7,7% do mercado nacional e faturou R$ 1,35 bilhão em 2012 (último balanço disponível), aposta todas as suas fichas na aviação regional, setor hoje explorado pela rival Azul, do empresário americano-brasileiro David Neeleman.
Para colocar a estratégia em operação, a Avianca negocia a compra de 15 jatos da Embraer, os modernos E-Jet 195-2, e outros 30 turboélices franceses ATR-72, segundo seu presidente, o boliviano naturalizado brasileiro José Efromovich. O negócio pode chegar a US$ 1,6 bilhão, considerando US$ 855 milhões pelas aeronaves brasileiras e um contrato de US$ 750 milhões com a fabricante europeia. A ideia é aproveitar o Plano de Aviação Regional, lançado pela presidenta Dilma Rousseff, em 2012, e definir as novas rotas que a Avianca vai operar, principalmente nas cidades pequenas. “Já temos opções de compra de aviões para voar para essas cidades”, diz Efromovich, referindo-se ao acordo firmado pelo Synergy para aquisição dos ATR, com capacidade para 70 passageiros.
A ofensiva da Avianca no mercado brasileiro é uma tentativa de reduzir a distância que a separa das líderes, TAM e Gol, que detêm 38,8% e 36,4%, respectivamente, do mercado interno, segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). A Avianca opera uma frota de apenas 39 aviões Airbus e Fokker, enquanto as líderes possuem mais de 130 aviões cada uma. “O projeto é conectar as rotas regionais com a nossa malha entre as capitais”, afirma Efromovich. “O que vai definir em quais cidades vamos atuar é a infraestrutura dos aeroportos.” O plano do governo federal é investir R$ 7,3 bilhões em 270 terminais em cidades de pequeno e médio porte.
O projeto ainda não saiu do papel, mas há uma pressão das companhias aéreas para que sejam definidas as regras ainda neste ano. “É a alternativa para a companhia”, diz o consultor e especialista em aviação comercial Respício do Espírito Santo. “Ou parte para outro segmento ou se contenta em crescer pouco.” Quando os novos aviões da Avianca começarem a chegar, daqui a quatro anos, os atuais Airbus A318 deverão ser aposentados. “Até o fim deste ano definiremos as compras”, diz Efromovich. A escolha pelo avião brasileiro deve ocorrer em razão da maior economia de combustível e da possibilidade de essa aeronave também operar em aeroportos de pistas curtas.
“A Avianca, assim como a Azul, tem perfil e experiência para operar em cidades médias e pequenas”, diz o consultor e professor da FGV Renaud Barbosa. “Elas são mais preparadas do que a TAM e a Gol e estão no caminho para o crescimento.” O novo plano de voo da Avianca surge no momento em que a companhia espera ter seu primeiro lucro em 14 anos de operação no Brasil – resultado que seria alcançado em 2013, mas se manteve no vermelho em razão da disparada do dólar. “Estamos voando alto com os pés no chão”, afirma Efromovich. A opção por uma espécie de ousadia cautelosa se justifica. Em 2007, a empresa quase faliu ao tentar expandir sua malha em demasia.
No ano seguinte, foi implementado um plano de reestruturação, com redução das rotas e um modelo de negócio mais enxuto, com a operação de uma frota de apenas 14 aviões. Com isso, vários destinos foram abandonados, inclusive em capitais importantes como Belo Horizonte e Curitiba. “Não podíamos operar nessas cidades com apenas dois voos porque não seria um serviço adequado aos olhos dos clientes”, diz Efromovich. O redesenho da cobertura geográfica da Avianca fez toda a diferença. Prova disso é que, no ano passado, a empresa atingiu uma taxa de ocupação de 82%, acima da média de 76% do setor, e transportou 6,2 milhões de passageiros. A meta para 2014 é um crescimento de 19% nesse indicador, chegando a 7,4 milhões de passageiros.
Um dos fatores que apontam a Avianca para cima é a entrada da companhia na StarAlliance, a maior aliança de empresas aéreas do mundo. Com 28 membros, a Avianca ocupará a vaga deixada pela TAM, que migrará para o OneWorld, grupo fundado por sua controladora, a chilena LAN. As mudanças ocorrerão até maio. “Tudo vai depender de a companhia estar ou não preparada operacionalmente para fazer parte da StarAlliance”, diz a coordenadora da aliança no Brasil, Rebecca Meadows. A julgar pelo investimento da Avianca, os prazos serão cumpridos. Efromovich afirma que já estão sendo gastos R$ 55 milhões na troca do sistema de reservas atual para o Amadeus, exigido pela StarAlliance e utilizado pela TAM. “Não queremos ser pegos de surpresa.”
Para colocar a estratégia em operação, a Avianca negocia a compra de 15 jatos da Embraer, os modernos E-Jet 195-2, e outros 30 turboélices franceses ATR-72, segundo seu presidente, o boliviano naturalizado brasileiro José Efromovich. O negócio pode chegar a US$ 1,6 bilhão, considerando US$ 855 milhões pelas aeronaves brasileiras e um contrato de US$ 750 milhões com a fabricante europeia. A ideia é aproveitar o Plano de Aviação Regional, lançado pela presidenta Dilma Rousseff, em 2012, e definir as novas rotas que a Avianca vai operar, principalmente nas cidades pequenas. “Já temos opções de compra de aviões para voar para essas cidades”, diz Efromovich, referindo-se ao acordo firmado pelo Synergy para aquisição dos ATR, com capacidade para 70 passageiros.
A ofensiva da Avianca no mercado brasileiro é uma tentativa de reduzir a distância que a separa das líderes, TAM e Gol, que detêm 38,8% e 36,4%, respectivamente, do mercado interno, segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). A Avianca opera uma frota de apenas 39 aviões Airbus e Fokker, enquanto as líderes possuem mais de 130 aviões cada uma. “O projeto é conectar as rotas regionais com a nossa malha entre as capitais”, afirma Efromovich. “O que vai definir em quais cidades vamos atuar é a infraestrutura dos aeroportos.” O plano do governo federal é investir R$ 7,3 bilhões em 270 terminais em cidades de pequeno e médio porte.
O projeto ainda não saiu do papel, mas há uma pressão das companhias aéreas para que sejam definidas as regras ainda neste ano. “É a alternativa para a companhia”, diz o consultor e especialista em aviação comercial Respício do Espírito Santo. “Ou parte para outro segmento ou se contenta em crescer pouco.” Quando os novos aviões da Avianca começarem a chegar, daqui a quatro anos, os atuais Airbus A318 deverão ser aposentados. “Até o fim deste ano definiremos as compras”, diz Efromovich. A escolha pelo avião brasileiro deve ocorrer em razão da maior economia de combustível e da possibilidade de essa aeronave também operar em aeroportos de pistas curtas.
“A Avianca, assim como a Azul, tem perfil e experiência para operar em cidades médias e pequenas”, diz o consultor e professor da FGV Renaud Barbosa. “Elas são mais preparadas do que a TAM e a Gol e estão no caminho para o crescimento.” O novo plano de voo da Avianca surge no momento em que a companhia espera ter seu primeiro lucro em 14 anos de operação no Brasil – resultado que seria alcançado em 2013, mas se manteve no vermelho em razão da disparada do dólar. “Estamos voando alto com os pés no chão”, afirma Efromovich. A opção por uma espécie de ousadia cautelosa se justifica. Em 2007, a empresa quase faliu ao tentar expandir sua malha em demasia.
No ano seguinte, foi implementado um plano de reestruturação, com redução das rotas e um modelo de negócio mais enxuto, com a operação de uma frota de apenas 14 aviões. Com isso, vários destinos foram abandonados, inclusive em capitais importantes como Belo Horizonte e Curitiba. “Não podíamos operar nessas cidades com apenas dois voos porque não seria um serviço adequado aos olhos dos clientes”, diz Efromovich. O redesenho da cobertura geográfica da Avianca fez toda a diferença. Prova disso é que, no ano passado, a empresa atingiu uma taxa de ocupação de 82%, acima da média de 76% do setor, e transportou 6,2 milhões de passageiros. A meta para 2014 é um crescimento de 19% nesse indicador, chegando a 7,4 milhões de passageiros.
Um dos fatores que apontam a Avianca para cima é a entrada da companhia na StarAlliance, a maior aliança de empresas aéreas do mundo. Com 28 membros, a Avianca ocupará a vaga deixada pela TAM, que migrará para o OneWorld, grupo fundado por sua controladora, a chilena LAN. As mudanças ocorrerão até maio. “Tudo vai depender de a companhia estar ou não preparada operacionalmente para fazer parte da StarAlliance”, diz a coordenadora da aliança no Brasil, Rebecca Meadows. A julgar pelo investimento da Avianca, os prazos serão cumpridos. Efromovich afirma que já estão sendo gastos R$ 55 milhões na troca do sistema de reservas atual para o Amadeus, exigido pela StarAlliance e utilizado pela TAM. “Não queremos ser pegos de surpresa.”
Em nota, Planalto comenta limites de Obama à espionagem
Após dois dias de silêncio, governo brasileiro diz apenas que avalia "detidamente" medidas tomadas pelo americano
Após dois dias de silêncio, o Palácio do Planalto se pronunciou oficialmente ontem sobre o discurso do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que anunciou na sexta-feira mudanças na atuação dos serviços de inteligência americanos, inclusive com a promessa de que não vai mais monitorar comunicações de chefes de Estado e governos aliados.
Segundo o porta-voz da Presidência da República, Thomas Traumann, o governo brasileiro analisou "detidamente" o anúncio de Obama sobre mudanças nos serviços de vigilância virtual.
A sinalização da Casa Branca serviu como resposta às revelações do ex-técnico da Agência de Segurança Nacional (NSA) Edward Snowden de que os Estados Unidos monitoraram uma série de dirigentes estrangeiros, entre eles a presidente Dilma Rousseff e a chanceler da Alemanha, Angela Merkel.
A Petrobrás e o Ministério de Minas e Energia também teriam sido dos alvos da espionagem norte-americana.
Conforme publicação no Blog do Planalto, o porta-voz da Presidência disse que o discurso de Obama "é um primeiro passo" e que o governo brasileiro "irá acompanhar com extrema atenção os desdobramentos práticos do discurso".
Conforme publicação no Blog do Planalto, o porta-voz da Presidência disse que o discurso de Obama "é um primeiro passo" e que o governo brasileiro "irá acompanhar com extrema atenção os desdobramentos práticos do discurso".
As revelações feitas por Snowden levaram Dilma a cancelar a visita de Estado que faria a Washington em outubro.
Após o episódio, a presidente acabou escolhendo comprar caças da Suécia, em detrimento da oferta da norte-americana Boeing, considerada uma das favoritas - a francesa Dassault também estava na disputa.
As novas rotas da Copa
Para ampliar a oferta e evitar a prática de preços abusivos, a Anac autoriza 1,9 mil novos voos para as aéreas brasileiras durante a competição
Os aeroportos e a aviação civil brasileira têm sido, com razão, uma das maiores preocupações da Fifa e do próprio governo quando o assunto é a Copa do Mundo de 2014. Com o histórico recente de apagões aéreos, caos nos aeroportos e passagens com preços exorbitantes, o temor era de que o sistema pudesse entrar em colapso durante os jogos. Apesar do medo, há poucos indicativos de que torcedores brasileiros e estrangeiros irão sofrer para se deslocar entre as cidades-sedes durante os jogos. Com a ampliação dos aeroportos e do sistema de controle de tráfego, a grande preocupação a pouco menos de seis meses do início da partida inicial está concentrada nos preços que as companhias aéreas do País, pródigas em inflacionar as tarifas às vésperas de feriados e grandes eventos, irão praticar em junho e julho.
TEMOR
A aviação civil brasileira ainda é uma das maiores preocupações da Fifa e do governo quando o assunto é a Copa do Mundo de 2014 no Brasil
Na quinta-feira 16 a Anac, a agência reguladora do setor, decidiu aceitar os pedidos das companhias aéreas e forneceu 160 mil slots – o termo técnico para as vagas de pouso e decolagem em um aeroporto. Na prática, a agência concedeu às quatro aéreas brasileiras – TAM, Azul, Avianca e Gol – o direito de realizar 80 mil voos durante o torneio. Destes, apenas 1.973 são novos e os restantes correspondem a voos que foram remanejados para conseguirem atender as cidades com maior fluxo de passageiros. "Garantimos que os voos estão sendo aprovados dentro da capacidade dos aeroportos", disse Marcelo Guaranys, diretor-presidente da Anac, em entrevista coletiva.
Antes de serem colocados à venda, os voos autorizados precisam ser avaliados pelas empresas aéreas, mas aquelas que concordarem com o que foi concedido já estão aptas a comercializá-los. As companhias ainda podem, a qualquer momento, pedir alterações e novos slots, mas apenas para o período dos jogos em que houver disputa da fase de grupos, cujas datas e seleções já estão definidas e acontecem de 12 a 26 de junho. Novos voos durante os jogos das oitavas, quartas, semifinais e finais só poderão ser solicitados após o dia 24 de junho, quando os times que competem nessas fases já estiverem classificados. A previsão é que, durante o evento, até companhias aéreas operem com 95% de sua capacidade, semelhante ao que ocorre em períodos de alta temporada, como os feriados de Carnaval, Natal e Ano-Novo. A Copa do mundo, porém, é um desafio muito maior, já que o grande fluxo acontece em diversas cidades ao mesmo tempo e, principalmente, não é possível prever com antecedência e detalhes a procura pelas passagens durante os jogos que acontecem a partir das oitavas de final.
As companhias aéreas, por sua vez, estão tentando mudar a imagem de empresas gananciosas que estão dispostas a tudo para conseguir o maior lucro possível. A Azul e a Avianca, por exemplo, fixaram o valor máximo de suas passagens em R$ 999. "Não queremos ser vistos como uma empresa que quer arrancar o couro do consumidor. Podemos buscar formas de recuperar as perdas que ocorrem com esse valor", afirma Marcelo Bento, diretor de planejamento e aliança da Azul. Já a Gol não fixou um valor máximo, mas afirmou em nota que, em 2013, 98% de seus clientes pagaram menos de R$ 1 mil nas passagens, inclusive em datas festivas. Também em nota, a TAM informou que serão ofertadas passagens aéreas a preços competitivos e acessíveis.
Apesar de a fixação dos preços no mercado brasileiro ser livre, o Código de Defesa do Consumidor considera prática abusiva a elevação de preços de produtos e serviços sem justa causa. "Deve haver uma correspondência dos lucros com o aumento de custos", afirma Renan Ferraciolli, assessor-chefe do Procon-SP. O governo garantiu que vai ficar de olho nos preços. "Vamos fazer o acompanhamento quinzenal do preço das passagens e os órgãos de defesa do consumidor podem agir no caso de verificação de abuso na cobrança", disse o diretor-presidente da Anac. Até agora, apenas 4% das passagens ofertadas para o período foram comercializadas.
TEMOR
A aviação civil brasileira ainda é uma das maiores preocupações da Fifa e do governo quando o assunto é a Copa do Mundo de 2014 no Brasil
Na quinta-feira 16 a Anac, a agência reguladora do setor, decidiu aceitar os pedidos das companhias aéreas e forneceu 160 mil slots – o termo técnico para as vagas de pouso e decolagem em um aeroporto. Na prática, a agência concedeu às quatro aéreas brasileiras – TAM, Azul, Avianca e Gol – o direito de realizar 80 mil voos durante o torneio. Destes, apenas 1.973 são novos e os restantes correspondem a voos que foram remanejados para conseguirem atender as cidades com maior fluxo de passageiros. "Garantimos que os voos estão sendo aprovados dentro da capacidade dos aeroportos", disse Marcelo Guaranys, diretor-presidente da Anac, em entrevista coletiva.
Antes de serem colocados à venda, os voos autorizados precisam ser avaliados pelas empresas aéreas, mas aquelas que concordarem com o que foi concedido já estão aptas a comercializá-los. As companhias ainda podem, a qualquer momento, pedir alterações e novos slots, mas apenas para o período dos jogos em que houver disputa da fase de grupos, cujas datas e seleções já estão definidas e acontecem de 12 a 26 de junho. Novos voos durante os jogos das oitavas, quartas, semifinais e finais só poderão ser solicitados após o dia 24 de junho, quando os times que competem nessas fases já estiverem classificados. A previsão é que, durante o evento, até companhias aéreas operem com 95% de sua capacidade, semelhante ao que ocorre em períodos de alta temporada, como os feriados de Carnaval, Natal e Ano-Novo. A Copa do mundo, porém, é um desafio muito maior, já que o grande fluxo acontece em diversas cidades ao mesmo tempo e, principalmente, não é possível prever com antecedência e detalhes a procura pelas passagens durante os jogos que acontecem a partir das oitavas de final.
As companhias aéreas, por sua vez, estão tentando mudar a imagem de empresas gananciosas que estão dispostas a tudo para conseguir o maior lucro possível. A Azul e a Avianca, por exemplo, fixaram o valor máximo de suas passagens em R$ 999. "Não queremos ser vistos como uma empresa que quer arrancar o couro do consumidor. Podemos buscar formas de recuperar as perdas que ocorrem com esse valor", afirma Marcelo Bento, diretor de planejamento e aliança da Azul. Já a Gol não fixou um valor máximo, mas afirmou em nota que, em 2013, 98% de seus clientes pagaram menos de R$ 1 mil nas passagens, inclusive em datas festivas. Também em nota, a TAM informou que serão ofertadas passagens aéreas a preços competitivos e acessíveis.
Apesar de a fixação dos preços no mercado brasileiro ser livre, o Código de Defesa do Consumidor considera prática abusiva a elevação de preços de produtos e serviços sem justa causa. "Deve haver uma correspondência dos lucros com o aumento de custos", afirma Renan Ferraciolli, assessor-chefe do Procon-SP. O governo garantiu que vai ficar de olho nos preços. "Vamos fazer o acompanhamento quinzenal do preço das passagens e os órgãos de defesa do consumidor podem agir no caso de verificação de abuso na cobrança", disse o diretor-presidente da Anac. Até agora, apenas 4% das passagens ofertadas para o período foram comercializadas.
MARCOS COIMBRA
O panorama visto de janeiro
Este mês sempre apontou o favorito no ano das presidenciais. Na perspectiva atual, Dilma Rousseff já ganhou.
Desde o fim da ditadura, em todas as eleições que fizemos, as pesquisas disponíveis em janeiro conseguiram antecipar o que as urnas mostraram.
Em três, os favoritos no início do ano eleitoral terminaram vencendo. Em janeiro de 1998, Fernando Henrique Cardoso liderava e nenhum adversário apresentava fôlego para derrotá-lo. LuIa chegou a quase empatar nas pesquisas de junho, mas a vantagem do tucano prevaleceu.
Nas duas oportunidades em que Lula teve sucesso, a mesma coisa; em janeiro de 2002, obtinha índices parecidos à votação que recebeu no primeiro turno. José Serra. Anthony Garotinho e Ciro Gomes, cada um de sua vez, cresceram, mas nenhum se firmou. Quatro a nos mais tarde, algo semelhante. De janeiro de 2000 para a frente, o petista nunca perdeu a dianteira.
Em 1989, 1994 e 2010 o líder de janeiro não venceu. Mas, adequadamente interpretadas, as pesquisas identificaram n que acabou acontecendo.
A eleição mais difícil de prever foi a primeira. Ninguém apostava na vitória de Fernando Collor.
Era, no entanto, uma hipótese admissível. O desejo de renovação do eleitorado, sua disposição para o risco, a rejeição ao governo José Sarney, tudo se conjugava para torná-la possível. Feitas em maio de 1988 e janeiro de 1989, pesquisas da Vox Populi indicavam que quase 40% do eleitorado queria votarem em "um candidato novo, desvinculado dos partidos tradicionais". Collor surgiu como oferta para aquela procura.
Em 1994. o fraco desempenho de Fernando Henrique nas pesquisas de janeiro só enganava quem desconhecia a formidável armação em curso. Nada menos que um plano anti-inflacionário havia sido sincronizado com o calendário eleitoral, de forma a turbinar a candidatura do ministro da Fazenda que por ele era responsável.
(E ainda há quem, na oposição hoje, se diga "indignado" quando, por exemplo, o governo Dilma Rousseff anuncia, para 2014, metas mais ambiciosas para programas como o Minha Casa Minha Vida, achando que é "intervenção" do governo na eleição. Quem viu o tamanho da "intervenção" que foi o Plano Real só pode achar cômica a acusação.)
Quanto à 2010, a vantagem que Serra apresentava em janeiro tinha a consistência de uma quimera, na qual talvez apenas seus amigos na "grande imprensa" acreditavam. Qualquer um medianamente versado na análise de pesquisas percebia que Dilma seria eleita.
Assim, em todas nossas eleições modernas, seja quando apontaram o nome do vencedor, seja quando deixaram claros os sentimentos com que o eleitorado estava indo para as urnas, as pesquisas feitas a distância em que estamos da eleição foram capazes de mostrar o que terminou por ocorrer.
Há alguma razão para imaginar que, em 2014 será diferente?
Considerando o cenário provável (em que enfrentaria Aécio Neves, pelo PSDB, e Eduardo Campos, pelo PSB) Dilma tem, nas pesquisas recentes, mais vantagem que Fernando Henrique em 1998 e Lula em 2002 e 2006 em momento semelhante. Seus 42% superam os 35% do tucano e os 30 e poucos pontos porcentuais de Lula em janeiro daqueles anos (dados do Datafolha e do Ibope). Ou seja: se repetirmos, este ano, o padrão daquelas eleições (das quais duas de reeleição), ela deve ser considerada favorita absoluta.
Poderíamos, ao contrário, ter algo análogo às eleições de 1989, 1994 e 2010?
Nada indica que exista hoje um sentimento parecido àquele da primeira. O eleitor brasileiro típico não aceita aventurar-se na procura de mudanças vagas e calcula que tem muito a perder se acreditar na conversa de candidatos que mal sabem quem são. Um "novo Collor" é, a bem dizer, impossível.
Existe, nas oposições, alguém que possa ser um "novo Fernando Henrique"? Têm elas instrumentos para voltar a fabricar um personagem como aquele de 1994? Fora do governo, é certo que não.
Caberia pensarem uma "nova Dilma", um nome de desempenho modesto nas pesquisas atuais, mas apoiado por uma liderança do calibre de Lula, capaz de superar qualquer adversário?
Não. O que Aécío enfrenta são problemas com seus correligionários. Eduardo Campos conta, no máximo, com o endosso de Marina Silva, que, comparada a Lula, é uma força miúda.
Sempre é possível que o inesperado aconteça. Mas o provável é que as pesquisas de agora sejam confirmadas em outubro, como nas eleições anteriores.
Este mês sempre apontou o favorito no ano das presidenciais. Na perspectiva atual, Dilma Rousseff já ganhou.
Desde o fim da ditadura, em todas as eleições que fizemos, as pesquisas disponíveis em janeiro conseguiram antecipar o que as urnas mostraram.
Em três, os favoritos no início do ano eleitoral terminaram vencendo. Em janeiro de 1998, Fernando Henrique Cardoso liderava e nenhum adversário apresentava fôlego para derrotá-lo. LuIa chegou a quase empatar nas pesquisas de junho, mas a vantagem do tucano prevaleceu.
Nas duas oportunidades em que Lula teve sucesso, a mesma coisa; em janeiro de 2002, obtinha índices parecidos à votação que recebeu no primeiro turno. José Serra. Anthony Garotinho e Ciro Gomes, cada um de sua vez, cresceram, mas nenhum se firmou. Quatro a nos mais tarde, algo semelhante. De janeiro de 2000 para a frente, o petista nunca perdeu a dianteira.
Em 1989, 1994 e 2010 o líder de janeiro não venceu. Mas, adequadamente interpretadas, as pesquisas identificaram n que acabou acontecendo.
A eleição mais difícil de prever foi a primeira. Ninguém apostava na vitória de Fernando Collor.
Era, no entanto, uma hipótese admissível. O desejo de renovação do eleitorado, sua disposição para o risco, a rejeição ao governo José Sarney, tudo se conjugava para torná-la possível. Feitas em maio de 1988 e janeiro de 1989, pesquisas da Vox Populi indicavam que quase 40% do eleitorado queria votarem em "um candidato novo, desvinculado dos partidos tradicionais". Collor surgiu como oferta para aquela procura.
Em 1994. o fraco desempenho de Fernando Henrique nas pesquisas de janeiro só enganava quem desconhecia a formidável armação em curso. Nada menos que um plano anti-inflacionário havia sido sincronizado com o calendário eleitoral, de forma a turbinar a candidatura do ministro da Fazenda que por ele era responsável.
(E ainda há quem, na oposição hoje, se diga "indignado" quando, por exemplo, o governo Dilma Rousseff anuncia, para 2014, metas mais ambiciosas para programas como o Minha Casa Minha Vida, achando que é "intervenção" do governo na eleição. Quem viu o tamanho da "intervenção" que foi o Plano Real só pode achar cômica a acusação.)
Quanto à 2010, a vantagem que Serra apresentava em janeiro tinha a consistência de uma quimera, na qual talvez apenas seus amigos na "grande imprensa" acreditavam. Qualquer um medianamente versado na análise de pesquisas percebia que Dilma seria eleita.
Assim, em todas nossas eleições modernas, seja quando apontaram o nome do vencedor, seja quando deixaram claros os sentimentos com que o eleitorado estava indo para as urnas, as pesquisas feitas a distância em que estamos da eleição foram capazes de mostrar o que terminou por ocorrer.
Há alguma razão para imaginar que, em 2014 será diferente?
Considerando o cenário provável (em que enfrentaria Aécio Neves, pelo PSDB, e Eduardo Campos, pelo PSB) Dilma tem, nas pesquisas recentes, mais vantagem que Fernando Henrique em 1998 e Lula em 2002 e 2006 em momento semelhante. Seus 42% superam os 35% do tucano e os 30 e poucos pontos porcentuais de Lula em janeiro daqueles anos (dados do Datafolha e do Ibope). Ou seja: se repetirmos, este ano, o padrão daquelas eleições (das quais duas de reeleição), ela deve ser considerada favorita absoluta.
Poderíamos, ao contrário, ter algo análogo às eleições de 1989, 1994 e 2010?
Nada indica que exista hoje um sentimento parecido àquele da primeira. O eleitor brasileiro típico não aceita aventurar-se na procura de mudanças vagas e calcula que tem muito a perder se acreditar na conversa de candidatos que mal sabem quem são. Um "novo Collor" é, a bem dizer, impossível.
Existe, nas oposições, alguém que possa ser um "novo Fernando Henrique"? Têm elas instrumentos para voltar a fabricar um personagem como aquele de 1994? Fora do governo, é certo que não.
Caberia pensarem uma "nova Dilma", um nome de desempenho modesto nas pesquisas atuais, mas apoiado por uma liderança do calibre de Lula, capaz de superar qualquer adversário?
Não. O que Aécío enfrenta são problemas com seus correligionários. Eduardo Campos conta, no máximo, com o endosso de Marina Silva, que, comparada a Lula, é uma força miúda.
Sempre é possível que o inesperado aconteça. Mas o provável é que as pesquisas de agora sejam confirmadas em outubro, como nas eleições anteriores.
PAINEL
Medalha Comemorativa
Com uma mensagem do comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro Juniti Saito, o Sexto Comando Aéreo Regional comemorou o Jubileu de Ouro durante cerimônia em 4 de dezembro de 2013, conferido a pessoas de vários segmentos, "em reconhecimento aos bons serviços prestados à nossa Organização". Junto do diploma entregue durante a solenidade, os agraciados receberam uma medalha, que certamente estará adornando as mesas e estantes de todos, orgulhosos de serem merecedores de tamanha distinção, assim como o maravilhoso livro de belas ilustrações, que revelam a história, mensagens dos gorvenadores do Distrito Federal, de Goiás, de Mato Grosso e do Tocantins, fotos raras sobre os primórdios de Brasília. Ser distinguido pelo "Guardião Alado do Centro Oeste Brasileiro" como define o comandante Juniti Saito, é motivo de satisfação para todos nós e incentivo para que continuemos desempenhando nossa missão com desvelo. Fazemos votos para que, como os "valorosos bandeirantes dos céus", possamos ser orgulho para nossos filhos, para a pátria e para nós mesmos. O anfitrião foi o comandante do 6° Comar, Major-Brigadeiro do Ar Antônio Carlos Morreti Bermudez (foto).
Com uma mensagem do comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro Juniti Saito, o Sexto Comando Aéreo Regional comemorou o Jubileu de Ouro durante cerimônia em 4 de dezembro de 2013, conferido a pessoas de vários segmentos, "em reconhecimento aos bons serviços prestados à nossa Organização". Junto do diploma entregue durante a solenidade, os agraciados receberam uma medalha, que certamente estará adornando as mesas e estantes de todos, orgulhosos de serem merecedores de tamanha distinção, assim como o maravilhoso livro de belas ilustrações, que revelam a história, mensagens dos gorvenadores do Distrito Federal, de Goiás, de Mato Grosso e do Tocantins, fotos raras sobre os primórdios de Brasília. Ser distinguido pelo "Guardião Alado do Centro Oeste Brasileiro" como define o comandante Juniti Saito, é motivo de satisfação para todos nós e incentivo para que continuemos desempenhando nossa missão com desvelo. Fazemos votos para que, como os "valorosos bandeirantes dos céus", possamos ser orgulho para nossos filhos, para a pátria e para nós mesmos. O anfitrião foi o comandante do 6° Comar, Major-Brigadeiro do Ar Antônio Carlos Morreti Bermudez (foto).
PORTAL DIÁRIO DO PARÁ
Aeronáutica proíbe operação em Belém
Por recomendação do Departamento de Controle de Espaço Aéreo (Decea), órgão ligado diretamente ao comando da Aeronáutica e ao Ministério da Defesa, a partir da última sexta-feira, a pista principal do aeroporto internacional de Belém não pode ser utilizada em dias de chuva se estiver apresentando um acúmulo de água no local, que tem a extensão de 2.800 metros. A informação foi confirmada pela Infraero, que anunciou ainda que nestes casos a pista auxiliar, de 2.400 metros, deve ser usada para dar apoio nos dias de chuva para evitar qualquer tipo de transtorno.
Segundo a assessoria de imprensa, técnicos da Infraero já analisam a pista para definir que medidas deverão ser adotadas para melhorias.
Em dezembro, a Infraero concluiu os serviços de revitalização da pista principal de pousos e decolagens do Aeroporto Internacional de Belém/Val-de-Cans - Júlio Cezar Ribeiro (PA). A obra teve o objetivo de garantir as boas condições de funcionamento do sistema de pistas. O investimento foi de R$ 5,6 milhões. Os serviços foram realizados em três etapas, com ações de recapeamento (troca de asfalto) e revitalização do pavimento, restauração e execução da nova sinalização horizontal (pintura) da pista. Mas ao contrário do que se pretendia, desde a conclusão das obras o que se viu foi uma reclamação geral sobre a a segurança da pista.
As inspeções constataram que a pista acumula água em excesso que se mistura ao óleo liberado pelo asfalto, tornando-a extremamente escorregadia.
Além disso, pilotos relatam que após as chuvas poças d’águas atrapalham pousos e decolagens. O boletim proibindo as operações na pista foi emitido pelo Serviço de Informação Aeronáutica (SIF) do Decea, no final da noite da última sexta-feira, proibindo pousos e decolagens na pista principal do aeroporto Júlio Cezar Ribeiro, o aeroporto internacional de Belém, em casos de chuvas moderadas ou fortes. A orientação agora é válida para todas as companhias. O comunicado, disponível no site do Decea, foi publicado às 00h16h (HBV) e a recomendação é válida em princípio até as 23h59 (HBV) do dia 17 de abril deste ano.
Inicialmente, apenas a TAM estava impondo dificuldades, mas agora todas as companhias aéreas terão que restringir suas operações no aeroporto de Belém. Os problemas com cancelamentos de voos por parte da TAM Linhas Aéreas iniciaram no dia 9 e se estenderam até o dia 12.
TAM voltou a cancelar voos após nova análise
Na última segunda-feira, já com os voos aparentemente normalizados, o DIÁRIO teve acesso a um documento enviado pela TAM à Aeronáutica, impondo algumas condições para continuar operando na pista.
Entre as restrições estão a não permissão para que aeronaves de grande porte aterrissem no aeroporto, além de não posar com vento de calda e proibição caso ocorra a previsão de vento com chuva forte. Obrigatoriamente, o pouso terá que ser feito pelo comandante da aeronave, ainda que as condições climáticas sejam as melhores.
Desde a noite da última quinta-feira, a TAM cancelou sete voos, dois deles com decolagem em Belém e os demais pousos foram cancelados. A empresa informou que, após análise minuciosa das condições da pista, optou por retomar a sua decisão de não operar no local em caso de chuva forte ou moderada, com pista molhada ou escorregadia.
Além da TAM, a Gol também desviou para Macapá um voo que estava previsto para pouso em Belém, devido às condições da pista.
PORTAL A TARDE
Aviação brasileira é uma das mais seguras do mundo
Fabiana Mascarenhas
O avião é considerado um dos meios de transportes mais seguros do mundo e o índice de acidentes aeronáuticos do Brasil está abaixo da média mundial, de acordo com a Organização de Aviação Civil Internacional.
As chances de morrer em um acidente de avião são muito mais baixas do que as de ser vítima em um acidente de carro, por exemplo.
O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) ainda está concluindo os dados sobre o setor de aviação referente ao ano de 2013, mas tudo indica que houve uma redução de acidentes aéreos no Brasil no último ano.
Até julho do ano passado, foram 103 acidentes com aeronaves de matrícula nacional e 3 com matrícula estrangeira no País. Quarenta e duas pessoas morreram.
Em 2012 - ano em que houve um recorde de acidentes aéreos -, foram 178 acidentes envolvendo aeronaves com matrícula nacional e 6 com aeronaves de matrícula estrangeira. Número de mortos: 78.
De acordo com a assessoria de imprensa do Cenipa, o fator humano é o principal responsável em mais de 80% dos casos de acidentes aéreos.
Entre os elementos contribuintes estão o julgamento de pilotagem, supervisão gerencial, planejamento de voo, aspectos psicológicos, aplicação dos comandos, indisciplina de voo e pouca experiência do piloto.
Incidência
A maior parte dos acidentes não ocorre na aviação regular (que faz o transporte de passageiros por meio de linhas aéreas), mas na geral, como táxi aéreo, aviação agrícola e executiva ou pequenos aviões particulares.
O último acidente com aviação regular no Brasil aconteceu no dia 13 de julho de 2011, em Recife (PE), durante um voo da Noar Linhas Aéreas. O acidente provocou a morte de 16 pessoas.
Blog do Planalto
Governo brasileiro acompanha desdobramentos do anúncio de mudanças na atuação da NSA, diz porta-voz.
O porta-voz da Presidência da República, Thomas Traumann, informou que o governo brasileiro analisou detidamente o anúncio do presidente Barack Obama de mudanças na atuação da NSA, a agência de segurança norte-americana. “É um primeiro passo. O governo brasileiro irá acompanhar com extrema atenção os desdobramentos práticos do discurso”, disse Traumann.
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