NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 11/01/2014
Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.
Aeronáutica faz procura ‘secreta’ por 136 atletas de alto rendimento
Apenas uma nota de rodapé no site da Força Aérea Brasileira informa que estão abertas, desde terça-feira, as inscrições para um processo seletivo que visa a “contratação” de 136 atletas de alto rendimento para comporem os quadros da Aeronáutica Brasileira. Até o início da tarde desta sexta-feira, nem o ministério do Esporte nem o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) haviam divulgado a existência do edital.
O projeto da Aeronáutica faz parte de um projeto das Forças Armadas de incorporar atletas de alto rendimento, oferecendo a eles a possibilidade de competirem como militares. O Exército já faz isso há seis anos e tem sido fundamental no apoio ao COB, não só pelo salário de terceiro sargento (soldo bruto de R$ 2.703,00), mas por oferecer estrutura de treinamentos e levar os atletas a competições internacionais, poupando dinheiro do COB, do Ministério do Esporte e das confederações nacionais.
Tudo bem que a política está sendo investigada pelo TCU, mas é fato que ela deu certo. Tanto é que, depois do Exército e da Marinha, agora também a Aeronáutica entrou no jogo, depois de quase dois anos de negociações com o ministério do Esporte e o COB, além das confederações nacionais de tiro com arco, handebol, badminton, vôlei, ciclismo, triatlo, basquete e atletismo.
Uma ação importante para o esporte brasileiro, mas que vem sendo deixada em segundo plano pelos órgãos. Prova disso: das 143 vagas abertas pela FAB, 44 são para o handebol. Na terça-feira passada, as campeãs mundiais vieram a Brasília para encontrar o ministro do Esporte, pediram apoio para voltarem ao Brasil, mas elas sequer foram informadas da possibilidade de virarem militares.
A própria assessoria do ministério do Esporte confirma que Aldo Rebelo não tinha conhecimento da abertura do edital. Aliás, ninguém parece saber do mesmo. A CBTArco (tiro com arco) só foi informada na quinta-feira, mesmo dia em que a CBBd (badminton) foi avisada. A assessoria do COB disse que só recebeu e-mail nesta sexta-feira.
A FAB alega que não precisaria avisar ninguém. Afinal, as confederações e o COB sabiam que o edital sairia em janeiro e ele foi publicado em Diário Oficial. No mesmo dia em que o edital foi publicado (terça) começaram as inscrições, que seguem apenas por 10 dias, até sexta-feira da próxima semana.
Como comparação, o Exército também está com edital aberto, para 44 vagas. O mesmo foi lançado em 29 de novembro e as inscrições começaram no dia 2 de janeiro, se encerrando nesta sexta-feira. Mais de um mês para preparar documentação. A FAB diz que 10 dias são suficientes e que não há nada que impeça, legalmente, um edital ser lançado no dia de abertura de inscrições para um concurso público.
Polícia prende último suspeito de matar brigadeiro reformado no DF
Segundo investigações, Ailton Reis Brito, de 18 anos, confessou atuação. Crime ocorreu no dia 3 de janeiro, na quadra 112 sul, centro de Brasília.
A Polícia Civil do Distrito Federal prendeu nesta sexta-feira Ailton Reis, de 18 anos, o último suspeito de ter participado da morte do brigadeiro reformado João Carlos Franco, de 66 anos. O crime foi cometido no dia 3 de janeiro, na quadra 112 sul, centro de Brasília.
O suspeito foi preso na casa de parentes, no Lago Azul, Novo Gama (GO). Segundo a polícia, Reis confessou ter participado do crime. Disse que foi ele que desceu do carro com um adolescente de 16 anos para render o brigadeiro reformado. A vítima morreu após ser atingido na nuca por um tiro efetuado pelo menor, diz a polícia.
Reis foi a quarta pessoa presa pelo crime. Ele vai responder por latrocínio e pode pegar até 30 anos de prisão.
Um dos suspeitos de participar do assassinato do brigadeiro reformado é soldado da Aeronáutica. Segundo a 1ª DP, o militar Gessé de Sousa Resende, de 21 anos, estava na noite do crime ocorrido na quadra 112 sul junto com outros dois comparsas: um adulto e o adolescente de 16 anos.
A Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA) diz que o menor confessou ser o autor do disparo que atingiu a nuca o brigadeiro reformado. Análise da impressão da palma da mão do adolescente é igual a que foi encontrada no carro da vítima, afirma a polícia. Ao ser apreendido, o menor estava com uma pistola calibre 32, a mesma utilizada no assassinato do brigadeiro da FAB, informou a polícia.
Segundo as investigações, todos os suspeitos presos fazem parte de uma quadrilha especializada em roubo de veículos no DF.
A delegada-chefe em exercício da 1ª DP, Renata Malafaia, diz que, apesar do vínculo que Resende e a vítima possuíam com a área militar, não há nada nas investigações que indique essa relação como possível causa do crime.
A delegada mantém a tese de latrocínio, ou seja, roubo seguido de morte. Ela afirma que Resende foi quem teria planejado roubar um carro na noite do último dia 3 com a ajuda de comparsas. Porém, a decisão de roubar o veículo onde estava o brigadeiro reformado teria sido tomada momentos antes da ação. "Eles destruíram não só uma vida, mas uma família. Apesar de não ter atirado, ele [Resende] sabia que aquilo poderia acontecer", disse a delegada Renata.
Militar da FAB embriagado bate em árvore em Pirassununga
Veículo teve parte da frente destruída após a colisão, na quinta-feira (9). Segundo a polícia, um médico constatou que ele tinha ingerido álcool.
(Foto: Ademir Naressi/Arquivo Pessoal)
Um tenente-coronel da Força Aérea Brasileira (FAB) perdeu o controle do veículo e colidiu contra uma lixeira e uma árvore, no Centro, em Pirassununga (SP), na noite de quinta-feira (9). Ele não ficou ferido. Segundo a Polícia Militar, um médico constatou que o militar tinha ingerido bebida alcoólica. Câmeras de segurança da redondeza flagraram o acidente.A colisão aconteceu na Rua 13 de Maio, nas proximidades do Departamento de Estradas e Rodagem (DER), depois do cruzamento com a Rua Taufic Maluf. A árvore e a lixeira que ficavam na calçada foram arrancadas com o impacto. O carro teve parte da frente destruída.
Ainda segundo a PM, por pouco, pessoas que estavam na calçada não foram atingidas. Após o acidente, testemunhas contaram que o homem retirou sua carteira funcional para dizer que era tenente.
O Corpo de Bombeiros foi acionado e atendeu o motorista que estava dentro do veículo, mas não se feriu. O militar foi conduzido à Santa Casa pela PM e o médico plantonista constatou a embriaguez.
O homem foi encaminhado para o plantão policial, onde foi registrado um boletim de ocorrência de embriaguez ao volante. Ele foi liberado e vai responder em liberdade.
FAB
Segundo a assessoria da FAB, ele servia em Brasília e está afastado desde agosto de 2013 do cargo justamente para tratar problemas de alcoolismo. Sobre o ocorrido, a FAB informou que a ocorrência em questão está sendo conduzida pelas autoridades policiais competentes.
Passagem aérea sobe mais que a inflação pelo 3º ano seguido
Preço médio subiu 7,42% em 2013, segundo o IBGE. Tendência é de mais alta em 2014, em razão da Copa, diz economista.
Os preços das passagens aéreas subiram mais do que a inflação pelo terceiro ano seguido, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Enquanto a inflação oficial medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou 2013 em 5,91%, as tarifas saltaram 7,42% no acumulado do ano.
Somente em dezembro, a variação foi de 20,13%, o que mostra que a inflação da passagem aérea começa 2014 bastante pressionada.
Apesar da continuidade das altas, o aumento das passagens em 2013 foi menos acentuado do que o dos anos anteriores. Em 2012, a alta acumulada no preço dos voos feitos dentro do país foi de 26%, ante uma inflação oficial de 5,84%. Em 2011, os preços saltaram 52,91%, segundo o IBGE, ante um IPCA de 6,5%. Já em 2010, o serviço subiu abaixo da inflação, com alta de 3,17% ante uma variação de 5,92% do IPCA.
As companhias aéreas atribuem a alta dos últimos anos, sobretudo, à elevação do preço do combustível de aviação, mas afirmam que a tarifa doméstica yield (valor médio que o passageiro paga para voar 1 km em território nacional) ainda se mantém abaixo do patamar de 2002.
As empresas têm buscado incessantemente a eficiência e a melhoria dos serviços, têm promovido a transferência integral dos ganhos aos passageiros por meio da redução de tarifas, motivadas por uma concorrência acirrada no setor, e atualmente lidam com obstáculos além de sua gestão, representados essencialmente pela precificação ultrapassada do combustível e pela pesada tributação do insumo, além das deficiências de infraestrutura aeroportuária e de navegação aérea”, afirmou a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), em nota.
As empresas têm buscado incessantemente a eficiência e a melhoria dos serviços, têm promovido a transferência integral dos ganhos aos passageiros por meio da redução de tarifas, motivadas por uma concorrência acirrada no setor, e atualmente lidam com obstáculos além de sua gestão, representados essencialmente pela precificação ultrapassada do combustível e pela pesada tributação do insumo, além das deficiências de infraestrutura aeroportuária e de navegação aérea”, afirmou a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), em nota.
Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a tarifa média praticada no país no 1º semestre de 2013 foi de R$ 302,98, valor 4,15% superior à tarifa média do primeiro semestre de 2012. A agência ainda não divulgou o seu balanço anual. Apesar dos últimos aumentos, a Anac afirma que, de 2005 a 2012, a tarifa média de voos domésticos caiu 48,77%.
A Abear considera a avaliação do IBGE imprecisa para a medição do comportamento dos preços das passagens aéreas. A entidade destaca que há diferenças metodológicas entre os índices do IBGE e da Anac. Segundo a associação, enquanto o IPCA avalia preços públicos disponíveis nos sites e sujeitos a variações até o momento da comercialização, a Anac fornece a média aritmética dos valores de todos os bilhetes efetivamente comercializados.
Com Copa, tendência é de alta em 2014
O economista Evaldo Alves, professor da Fundação Getulio Vargas (FGV), avalia que a tendência é de alta nos preços das passagens em 2014, em razão da Copa do Mundo no Brasil.
Vamos ter uma procura anormal neste ano. As empresas vão tentar se ajustar com voos extras, leasing, entre outras adaptações que certamente elevarão os custos"
Evaldo Alves, da FGV
O economista Evaldo Alves, professor da Fundação Getulio Vargas (FGV), avalia que a tendência é de alta nos preços das passagens em 2014, em razão da Copa do Mundo no Brasil.
Vamos ter uma procura anormal neste ano. As empresas vão tentar se ajustar com voos extras, leasing, entre outras adaptações que certamente elevarão os custos"
Evaldo Alves, da FGV
"Vamos ter uma procura anormal neste ano. Com o aumento da procura, as empresas vão tentar se ajustar com voos extras, leasing, entre outras adaptações que certamente elevarão os custos e, consequentemente, os preços", afirma.
O economista destaca, porém, que, para driblar os preços altos, é cada vez mais comum o hábito de antecipar as compras de passagens.
"Temos uma mercado fechado, com poucas companhias atuando no setor. O que temos observado são consumidores utilizando melhor o seu poder de barganha. Como todas as empresas oferecem descontos na compra antecipada, até o mercado corporativo começou a implementar a diretriz de programar melhor os voos dos seus funcionários", diz Alves.
O professor da FGV acredita que a partir de 2015 aumentará a pressão para uma abertura do mercado aéreo. "A tendência é entrarem mais empresas no mercado, que está exigindo isso. Com mais concorrentes, teoricamente há mais chances de o preço cair", afirma ele, lembrando que a legislação atual não permite que empresas estrangeiras atuem na aviação doméstica.
Recentemente, o presidente da Embratur, Flávio Dino, defendeu um teto para passagens durante o mercado e autorização temporária para que companhias aéreas estrangeiras operem no mercado interno. Na visão dele, as atuais regras do mercado aéreo nacional são o “pior dos mundos”.
As empresas brasileiras resistem à proposta e a ideia também foi descartada pela Anac.
A Abear justifica o preço elevado das passagens para os dias da Copa devido à alta demanda, "atípica, muito concentrada em dias e horários específicos". A entidade culpa ainda o sistema tributário pelos preços elevados dos voos domésticos, especialmente sobre o combustível.
Confira abaixo nota da Abear sobre as diferenças nos índices de variação de preços das passagens aéreas domésticas da Anac e do IBGE:
"A diferença está na metodologia de apuração. A ANAC mede preços efetivamente pagos, enquanto o IBGE faz pesquisas toda semana no site das companhias.
Para calcular as tarifas praticadas no país, a ANAC se baseia em dados passados pelas companhias. Em um ano, são considerados mais de 50 milhões de bilhetes vendidos em 7.500 rotas.
Já o IBGE faz pesquisas toda semana no site das empresas (tarifas públicas). As rotas têm como origem apenas as 11 cidades nas quais o IBGE pesquisa preços: Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, Goiânia e Brasília.
A comparação é sempre com os mesmos voos, em viagens de ida e volta, com partidas aos sábados e retornos aos domingos da semana seguinte. O IBGE apura preços com 60 dias de antecedência em meses de férias – janeiro, fevereiro, julho e dezembro – e 30 nos demais meses."
Só 11 das 25 empresas com previsão de ocupar instalação farão a transferência antes da Copa do Mundo, em junho
Os novos terminais de passageiros de Guarulhos e Viracopos vão operar com ociosidade na Copa do Mundo.
As obras devem estar prontas em maio, como previsto, mas, para minimizar riscos de problemas operacionais, como cancelamentos ou perda de bagagem, as principais companhias que utilizarão regularmente esses terminais optaram por fazer a transferência depois da Copa.
Das 25 companhias com previsão de ocupar o novo terminal internacional de Guarulhos, o T3, só 11 se mudarão antes do início da Copa, em junho. O aeroporto confirma o número de empresas, mas não divulga os nomes.
A Folha apurou que a empresas que mais têm voos internacionais, como TAM e American Airlines, só se mudarão depois de agosto. Estarão operando na Copa: Lufthansa, TAP, Air China e Air Maroc, entre outras.
Sem a transferência das maiores empresas, o alívio em termos de conforto para quem fica nos terminais 1 e 2, que hoje operam acima da capacidade, será limitado.
O aeroporto recebeu 32 milhões de passageiros em 2013, 23% acima da capacidade (26 milhões/ano).
No caso de Viracopos, em que o novo terminal substituirá completamente o antigo, apenas a TAP, com três voos semanais, estará operando na Copa.
A Azul, responsável por mais de 90% do movimento do aeroporto, assim como TAM e Gol, optaram por fazer a transferência após o Mundial, quando, então, o terminal velho será desativado.
O gestor de Viracopos diz que espera receber muitos fretamentos internacionais e que o aeroporto vai atender à demanda de sete equipes, como Portugal, que ficarão baseadas na região de Campinas.
Segundo o GRU Airport, administrador de Guarulhos, a transição gradual das empresas para o novo terminal segue uma recomendação de consultorias internacionais.
EXPERIÊNCIA EXTERNA
Inaugurações de terminal nem sempre acontecem de forma tranquila.
O Terminal 5 de Heathrow, em Londres, aberto em 2008, teve centenas de voos cancelados nos primeiros dias de operação. Em um único fim de semana, 28 mil malas foram perdidas.
Na Olimpíada de Pequim, a inauguração do Terminal 3, após quase quatro anos de obras, foi programada para anteceder em quatro meses a abertura do evento.
Guarulhos e Viracopos foram leiloados em fevereiro de 2012, mas os concessionários privados só assumiram efetivamente a operação em novembro do mesmo ano.
O contrato de concessão prevê multa de R$ 150 milhões para quem não entregar as obras até maio.
Procurada, a Anac informou que está "acompanhando a evolução dos investimentos obrigatórios e que tem discutido com as concessionárias sobre o planejamento e as fases da abertura das novas instalações".
As obras e as obrigações previstas não se limitam ao novo terminal. Entre outras melhorias, os concessionários construíram prédios de estacionamento e ampliaram o pátio de aeronaves.
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