NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 29/12/2013
Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.
Veja os satélites que 'morreram' ou falharam em 2013
Confira quais foram as descobertas que fizeram no espaço. Cbers-3, parceria entre Brasil e China, foi o último deles a falhar
Em 2013, pelo menos nove missões científicas espaciais deram adeus a seus satélites e sondas. Entre os motivos, estão falha mecânica, fim do combustível, perda de comunicação e falha no lançamento, o que ocorreu em dezembro com o Cbers-3, uma parceria entre o Brasil e China. Relembre os satélites e sondas que terminaram suas missões em 2013:
Herschel
Em abril, o telescópio Herschel, enviado ao espaço em 2009 pela Agência Espacial Europeia (ESA), encerrou suas atividades de observações após consumir toda a reserva de hélio líquido que resfriava seus instrumentos. Uma das suas principais funções era estudar a formação das estrelas.
Em abril, o telescópio Herschel, enviado ao espaço em 2009 pela Agência Espacial Europeia (ESA), encerrou suas atividades de observações após consumir toda a reserva de hélio líquido que resfriava seus instrumentos. Uma das suas principais funções era estudar a formação das estrelas.
O Observatório Espacial Herschel, nome oficial do equipamento, acumulou mais de 25 mil horas gravadas de dados científicos e fez aproximadamente 35 mil observações espaciais no período em que esteve em operação. A ESA o avaliou como o maior e mais poderoso telescópio infravermelho já lançado ao espaço.
O Herschel encontrou moléculas de oxigênio e de gases nobres no espaço, detectou o nascimento de estrela giante, a existência de uma “fábrica de estrelas”, entre outras descobertas.
Landsat 5
Em junho, o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS) transmitiu o último comando para o satélite Landsat 5. Ele era administrado em parceria com a Nasa e havia sido lançado ao espaço em 1984. Em 29 anos e 3 meses de operação, o Landsat 5 orbitou o planeta Terra por mais de 150 mil vezes e transmitiu mais de 2,5 milhões de imagens da superfície da Terra, segundo o USGS.
Em junho, o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS) transmitiu o último comando para o satélite Landsat 5. Ele era administrado em parceria com a Nasa e havia sido lançado ao espaço em 1984. Em 29 anos e 3 meses de operação, o Landsat 5 orbitou o planeta Terra por mais de 150 mil vezes e transmitiu mais de 2,5 milhões de imagens da superfície da Terra, segundo o USGS.
O Landsat 5 documentou secas, inundações, cheias de rios, erupções vulcânicas, desmatamento, a influência humana sobre o ambiente, entre outros fenômenos. O satélite foi o principal instrumento usado para monitoramento remoto da Amazônia, oferecendo dados para o Prodes (Projeto de Monitoramento do Desflorestamento na Amazônia Legal), do Ministério do Meio Ambiente do Brasil.
Segundo o USGS, o Landsat 5 entrou para o Guinness Book por ser a missão de satélite de observação da Terra mais longa da história.
Jason-1
O satélite Jason-1, que acompanhou o aumento do nível do mar por mais de uma década e ajudou meteorologistas de todo mundo a realizar melhores previsões de tempo, entrou em colapso em julho.
O satélite Jason-1, que acompanhou o aumento do nível do mar por mais de uma década e ajudou meteorologistas de todo mundo a realizar melhores previsões de tempo, entrou em colapso em julho.
O equipamento foi construído por uma parceria entre os Estados Unidos e a França, sendo lançado ao espaço em 2001. De acordo com a Nasa, o satélite vai permanecer em órbita por pelo menos mil anos antes de cair em qualquer parte do planeta.
O Jason-1 foi responsável por realizar uma vasta varredura da superfície dos oceanos, realizando medições precisas sobre a altura das ondas e as mudanças de temperatura nos mares.
Segundo os cientistas, o equipamento também foi fundamental para controlar dados sobre o El Niño, fenômeno caracterizado por aquecimento anormal das águas superficiais do Oceano Pacífico perto dos trópicos e que afeta o regime de chuvas nessas regiões.
Kepler
Em agosto, após falhas no telescópio, a Nasa anunciou que parou de tentar solucionar os problemas apresentados pelo Kepler, que foi lançado em 2009 com a missão de buscar provas da existência de planetas similares à Terra fora do sistema solar.
Em agosto, após falhas no telescópio, a Nasa anunciou que parou de tentar solucionar os problemas apresentados pelo Kepler, que foi lançado em 2009 com a missão de buscar provas da existência de planetas similares à Terra fora do sistema solar.
O aparelho apresentou falha no sistema de direção. Foi perdido o controle de dois de seus quatro rotores, utilizados para estabilizar o telescópio e ajustar a direção de suas lentes.
O Kepler vigiou mais de 150 mil estrelas na busca de planetas ou candidatos a planetas a 64 milhões de quilômetros da Terra. Entre suas descobertas, detectou novo planeta a 700 anos-luz da Terra.
Durante seus primeiros anos de missão, encontrou 132 planetas fora de nosso sistema solar. Em novembro, a Nasa divulgou que, segundo dados do Kepler, um quinto das estrelas parecidas com o Sol tem planetas habitáveis.
GOES-12
Ainda em agosto, a vida do satélite GOES-12, monitorado pelo NOAA (Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos Estados Unidos) chegou ao fim. Lançado em 2001, ele teve a missão de monitorar o tempo na costa leste dos Estados Unidos, parte do Oceano Atlântico, e na América do Sul. Detectou desde pequenas tempestades até os eventos climáticos mais devastadores, como o furacão Katrina, que passou pelos Estados Unidos em 2005.
Ainda em agosto, a vida do satélite GOES-12, monitorado pelo NOAA (Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos Estados Unidos) chegou ao fim. Lançado em 2001, ele teve a missão de monitorar o tempo na costa leste dos Estados Unidos, parte do Oceano Atlântico, e na América do Sul. Detectou desde pequenas tempestades até os eventos climáticos mais devastadores, como o furacão Katrina, que passou pelos Estados Unidos em 2005.
Planck
Outro telescópio da ESA, o Planck foi desativado em outubro após quatro anos e meio de operação.
Outro telescópio da ESA, o Planck foi desativado em outubro após quatro anos e meio de operação.
O Planck, que iniciou sua missão em 2009, era capaz de detectar com uma sensibilidade sem precedentes, a radiação de fundo de micro-ondas (CMB, por sua sigla em inglês), ou seja, a radiação fóssil do Big Bang. Seus dados permitiram elaborar a mais precisa imagem disponível do Universo em sua infância.
O primeiro mapa detalhado da radiação CMB capturada por Planck foi revelado no início deste ano. Os próximos dados cosmológicos obtidos serão divulgados em 2014.
GOCE
Em novembro o satélite Goce, de uma tonelada, fez reentrada programada na atmosfera da Terra e se desintegrou após cruzar o céu sobre a Sibéria, os oceanos Pacífico e Índico e a Antártida, segundo a ESA.
Em novembro o satélite Goce, de uma tonelada, fez reentrada programada na atmosfera da Terra e se desintegrou após cruzar o céu sobre a Sibéria, os oceanos Pacífico e Índico e a Antártida, segundo a ESA.
O satélite foi lançado em 2009 para mapear o campo gravitacional da Terra e ficou sem combustível em outubro de 2013, terminando sua missão no espaço.
Durante sua missão, o GOCE captou as vibrações de terremoto que atingiu Japão em 2011, forneceu dados que traçaram mapa preciso da gravidade terrestre e que ajudaram a criar mapa em alta resolução do interior da Terra.
Cbers-3
Uma falha na terceira e última etapa do lançamento do satélite sino-brasileiro Cbers-3 fez sua colocação em órbita fracassar em dezembro. Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o motor de propulsão de seu lançador, que era chinês, foi desligado 11 segundos antes do previsto, o que impossibilitou que o equipamento atingisse a velocidade mínima para ser mantido em órbita.
Uma falha na terceira e última etapa do lançamento do satélite sino-brasileiro Cbers-3 fez sua colocação em órbita fracassar em dezembro. Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o motor de propulsão de seu lançador, que era chinês, foi desligado 11 segundos antes do previsto, o que impossibilitou que o equipamento atingisse a velocidade mínima para ser mantido em órbita.
O projeto do Cbers-3 foi desenvolvido por parceira entre o Inpe e a Cast para coletar imagens de alta qualidade de atividades agrícolas do território brasileiro e contribuir com o monitoramento da Amazônia. Ele ajudaria no combate a desmatamentos ilegais e queimadas.
O governo brasileiro, que investiu R$ 160 milhões no projeto, declarou que pretende antecipar o lançamento do Cbers-4, que estava previsto para o final de 2015.
Deep Impact
Em agosto, a Nasa anunciou que sua sonda Deep Impact perdeu comunicação por rádio com a Terra devido a um suposto problema de software. A sonda (que não é um satélite, já que não orbita um corpor celeste) havia sido lançada em janeiro de 2005 com a missão de estudar de perto o cometa Tempel-1.
Em agosto, a Nasa anunciou que sua sonda Deep Impact perdeu comunicação por rádio com a Terra devido a um suposto problema de software. A sonda (que não é um satélite, já que não orbita um corpor celeste) havia sido lançada em janeiro de 2005 com a missão de estudar de perto o cometa Tempel-1.
A sonda liberou um pedaço de metal de 372 quilos que colidiu contra o núcleo do cometa, provocando uma chuva de partículas para serem analisadas pela nave-mãe e por observatórios remotos.
Depois, a Deep Impact sobrevoou o cometa Hartley 2, em novembro de 2010, analisou seu núcleo e estudou outros objetos distantes. O cometa Ison, conhecido como “cometa do século”, também foi registrado pela sonda.
Sem chuva, bebê nasce em bote e bairros seguem alagados no ES
Neste domingo (29), moradores esperam escoamento de água em bairros. 24ª morte foi registrada e mais de 1700 pessoas voltaram para casa.
Durante três dias sem chuva na maior parte do Espírito Santo, uma grávida foi resgatada em uma área isolada pela enchente e teve o filho dentro do bote dos bombeiros. Parte de uma ponte caiu no distrito de Pontal do Ipiranga, no muncípio de Linhares. Na Grande Vitória, mesmo com sol, bairros continuavam alagados. A Defesa Civil registrou a 24ª morte e mais de 1700 pessoas voltaram para suas casas. No estado, 69% das cidades foram afetadas pelas chuvas.
Em Vila Velha, mais de 10 bairros continuavam alagados. Para resolver o problema, a prefeitura abriu as três comportas do Rio Jucu. A expectativa é dar vazão a água acumulada nas comunidades pelo Canal Guaranhuns, neste domingo (29). A auxiliar de enfermagem Janete Medeiros, de 53 anos, encontrou uma cobra atrás do sofá. "Além da cobra, vivo encontrando ratos morto e nesta manhã o muro da casa do meu vizinho estava tomado pro caramujos africanos", contou.Na Serra, os bairros mais afetados pela chuva foram Central Carapina e José de Anchieta II. Pelo menos duas mil casas ficaram embaixo da água. A venderora Lucinéia Fonseca conseguiu voltar para casa, em Central Carapina, mas encontrou muita coisa destruída. Ela ficou fora por três dias. "Agora é reconstruir. Trabalhar para conseguir tudo novamente", disse.
No Norte do estado, no município de Aracruz, o Rio Riacho está com 10 metros de profundidade, oito acima do nível normal e a comunidade de Vila do Riacho ficou alagada. A Defesa Civil começou a levar cestas básicas à reserva indígena de Comboios, que está isolada. O local é uma ilha.
Em Nova Venécia, uma indústria de leite que recebe, em média, 200 mil litros por dia, no período das enchentes recebeu apenas 20 mil litros. O prejuízo foi de mais de R$ 1 milhão.
Ponte quebrada
Em Linhares, parte da ponte que liga a sede da cidade ao distrito de Pontal do Ipiranga desabou na manhã deste sabado. A cozinheira Rosana Ramalho mora na localidade e contou que tudo está indundado desde a tarde desta sexta-feira (27). "Não temos mais como comprar comida e água. Na minha casa entrou mais de um metro de água, mas deu para colocar os móveis para cima. Estamos preocupados porque ainda há muitas crianças e idosos para serem resgatados", falou.
Em Linhares, parte da ponte que liga a sede da cidade ao distrito de Pontal do Ipiranga desabou na manhã deste sabado. A cozinheira Rosana Ramalho mora na localidade e contou que tudo está indundado desde a tarde desta sexta-feira (27). "Não temos mais como comprar comida e água. Na minha casa entrou mais de um metro de água, mas deu para colocar os móveis para cima. Estamos preocupados porque ainda há muitas crianças e idosos para serem resgatados", falou.
FAB
A Força Aérea Brasileira (FAB) informou, no final desta tarde, que os resgates no distrito foram iniciados. Cerca de 100 moradores estavam em situação de socorro, então foi montado um esquema especial usando dois helicópteros. Um deles ficou responsável apenas pelo resgate de pessoas. O outro ficou com as viagens de ida para levar mantimentos para a população e na viagem de volta resgatava mais pessoas. Durante todo este sábado, a FAB informou que fez uma varredura na região leste de Linhares, fazendo trabalhos de resgate.
A Força Aérea Brasileira (FAB) informou, no final desta tarde, que os resgates no distrito foram iniciados. Cerca de 100 moradores estavam em situação de socorro, então foi montado um esquema especial usando dois helicópteros. Um deles ficou responsável apenas pelo resgate de pessoas. O outro ficou com as viagens de ida para levar mantimentos para a população e na viagem de volta resgatava mais pessoas. Durante todo este sábado, a FAB informou que fez uma varredura na região leste de Linhares, fazendo trabalhos de resgate.
Risco
Famílias estão em casas condenadas devido as fortes chuvas, mas se recusam a deixá-las. Em Cariacica, na Grande Vitória, a dona de casa Creuzimar Soares, teve sua casa interditada pela Defesa Civil. "De uma hora para outra desceu tudo. Foi um susto. Mas não temos condições de sair daqui para pagar um aluguel", contou. A Serra é um dos 45 municípios que está em situação de emergência.
Famílias estão em casas condenadas devido as fortes chuvas, mas se recusam a deixá-las. Em Cariacica, na Grande Vitória, a dona de casa Creuzimar Soares, teve sua casa interditada pela Defesa Civil. "De uma hora para outra desceu tudo. Foi um susto. Mas não temos condições de sair daqui para pagar um aluguel", contou. A Serra é um dos 45 municípios que está em situação de emergência.
Também em Cachoeiro de Itapemirim, região Sul do estado, ainda existem vários pontos de riscos que podem levar perigo aos moradores, segundo a Defesa Civil Municipal. O comerciante Geneci Marques, trabalha em uma loja que fica em frente a um barranco. "Tenho muito medo de cair barreiras próximo à loja", falou. O aconselhável é que as pessoas deixem essas áreas.
O coordenador da Defesa Civil Municipal, Cleidson Mar, afirma que a solução para recuperar áreas de risco do município é a longo prazo. "São obras caras e de grande porte. O mais importante é que as pessoas que moram em áreas de riscos fiquem atentas a alguns sinais, como aumento de rachaduras nas paredes", afirmou Cleidson.
Destruição
Em Santa Teresa, Noroeste do estado, sete casas foram destruídas por duas enchentes que inundaram a cidade em três dias. Um deslizamento de terra também fez com que três casas desabassem. Além disso, trinta e cinco residências estão condenadas pela Defesa Civil. Santa Teresa é um dos 45 municípios que está em situação de emergência.
Em Santa Teresa, Noroeste do estado, sete casas foram destruídas por duas enchentes que inundaram a cidade em três dias. Um deslizamento de terra também fez com que três casas desabassem. Além disso, trinta e cinco residências estão condenadas pela Defesa Civil. Santa Teresa é um dos 45 municípios que está em situação de emergência.
Mais de 150 famílias estão desabrigadas e muitas em alojamentos no Ginásio Municipal do município. O calçamento do Centro do município não resistiu a força das águas e ficou destruído. Na estrada de acesso a cidade foram registradas quedas de barreiras, o que dificulta a entrada e saída de Santa Teresa.
Já em Colatina, após a água do Rio Doce ter baixado, as ruas ficaram tomadas por lama e entulhos. No interior do município, muitos comerciantes ainda não conseguiram abrir as portas, e comunidades estão isoladas. O exército está na cidade para dar assistência às vítimas das chuvas. São mais de 600 pessoas desabrigadas e desalojadas e oito mortes confirmadas.
Cartão Desastre
Os quarenta e cinco municípios que decretaram situação de emergência no Espírito Santo, atingidos pelas fortes chuvas dos últimos dias já podem receber o cartão eletrônico da Defesa Civil, também chamado de Cartão Desastre. Isso também vale para as cidades na mesma situação em Minas Gerais. O cartão é cedido pelo governo federal e, conforme explicou a presidente Dilma Rousseff, nesta sexta-feira (27), pode ser usado para pequenos gastos na assistência de vítimas. A presidente não informou quanto pode ser gasto por cada município.
Os quarenta e cinco municípios que decretaram situação de emergência no Espírito Santo, atingidos pelas fortes chuvas dos últimos dias já podem receber o cartão eletrônico da Defesa Civil, também chamado de Cartão Desastre. Isso também vale para as cidades na mesma situação em Minas Gerais. O cartão é cedido pelo governo federal e, conforme explicou a presidente Dilma Rousseff, nesta sexta-feira (27), pode ser usado para pequenos gastos na assistência de vítimas. A presidente não informou quanto pode ser gasto por cada município.
Doações
Mesmo com a diminuição das chuvas em todo o estado, as doações de donativos às vítimas das chuvas continuam sendo importantes. Muitas pessoas perderam o que tinham em casa e também dependem de cestas básicas e água potável. São mais de 70 pontos de doação estão espalhados pelo Espírito Santo. As doações seguem suspensas na Praça do Papa, em Vitória.
Mesmo com a diminuição das chuvas em todo o estado, as doações de donativos às vítimas das chuvas continuam sendo importantes. Muitas pessoas perderam o que tinham em casa e também dependem de cestas básicas e água potável. São mais de 70 pontos de doação estão espalhados pelo Espírito Santo. As doações seguem suspensas na Praça do Papa, em Vitória.
Presente de grego no Natal
BRASÍLIA - Os viajantes brasileiros deixaram (deixamos) mais de US$ 20 bilhões no exterior neste ano. No fim das contas vai dar umas cinco vezes mais do que a compra de caças suecos para renovar a frota da FAB, a serem pagos durante décadas.
Em vez de aquecer a economia do Brasil, estamos movimentando o comércio e gerando empregos nos países alheios, sobretudo nos ricos. Miami passou a ser o principal destino da brasileirada, que volta com malas gigantescas abarrotadas de peças de grife e todo tipo de bugiganga.
Na versão cor de rosa do governo, tudo isso é resultado do sucesso: o país está bombando, e os brasileiros estão cheios de amor para dar e com montanhas de dinheiro para viajar e gastar. Mas a realidade é outra e tem um nome: preço. Os preços no Brasil estão pela hora da morte.
Numa tarde em Miami, sentei para tomar um café e me senti em casa, mas a minha casa é aqui. À mesa da direita, paulistas; à da esquerda, nordestinos. E havia três moças de Minas. Todos cheios de sacolas.
Na volta, fiquei vagando duas horas num shopping em São Paulo à procura de lembrancinhas de Natal e tudo o que comprei foram dois lencinhos de seda, só para não sair de mãos abanando. Ah! E gastei R$ 60 de estacionamento num único dia.
Os produtos nacionais viraram artigo de luxo, os importados custam três vezes mais que nos EUA. Nem as feiras e o comércio popular escapam. Imagine a aflição da maioria de trabalhadores ao procurar brinquedos, tênis e roupas para os filhos.
Não foi nenhuma surpresa saber que o comércio teve seu pior Natal em 11 anos. A surpresa ficou por conta da reação desvairada do governo: em vez de se preocupar e se ocupar com os preços internos abusivos, aumentou o IOF e penalizou os cartões de débito em moeda estrangeira. Falta pão? Suprimam-se os brioches.
Se o brasileiro ficar, o bicho preço come; se correr, o bicho imposto pega. Obrigada, presidente Dilma, pelo presente de grego no Natal.
Embraer realiza primeiro voo do jato Legacy 450
A Embraer realizou neste sábado (28) o primeiro voo do novo jato Legacy 450, produzido pela empresa. O voo durou 1 hora e 35 minutos, período no qual os pilotos avaliaram as características de controle e desempenho da aeronave.
O jato também fez manobras para o teste de sistemas.
"O voo foi um sucesso", disse o comandante Eduardo Camelier. "Com um avançado sistema de aviônicos (equipamentos eletrônicos de aviação), a operação da aeronave foi muito fácil e intuitiva."
O Legacy 450 tem dois motores de baixo consumo de combustível e espaço para quatro passageiros.
A aeronave é capaz de voar, sem escalas, de Los Angeles a Boston, nos Estados Unidos, ou de São Paulo a Lima, no Peru.
EMBRAER
O novo modelo começou a ser desenvolvido em 2007. A companhia está no mercado de avião executiva desde 2000, quando lançou o Legacy 600.
Forças federais começam busca em reserva indígena de Humaitá (AM)
Cerca de 200 homens de forças federais e estaduais iniciaram na tarde deste sábado (28) as buscas de três homens desaparecidos na reserva dos índios da etnia tenharim, em área próxima ao município de Humaitá (AM).
A decisão pelas buscas foi tomada após uma onda de violência de moradores no sul do Estado, que começou na última quarta-feira (25), quando a sede da Funai (Fundação Nacional do Índio) e veículos foram incendiados.
Um gabinete de crise foi montado, e três postos avançados serão construídos ao longo da rodovia Transamazônica, que atravessa a reserva, pelas forças federais e estaduais.
Moradores de Humaitá e da vizinha Apuí (AM) suspeitam que os três homens que estão desaparecidos há 12 dias –Aldeney Salvador (funcionário da Eletrobras), Luciano Ferreira (representante comercial) e Stef de Souza (professor em Humaitá)– tenham sido sequestrados pelos índios após a morte de um cacique.
A polícia afirma que o cacique Ivan Tenharim morreu atropelado, mas os índios acreditam que a morte pode ser uma retaliação à cobrança de pedágio ilegal feita pelos tenharim na rodovia Transamazônica, em área dentro da reserva indígena. A Funai (Fundação Nacional do Índio) também levantou dúvidas sobre a morte do cacique.
Durante a manhã deste sábado (28), autoridades e policiais sobrevoaram a área para traçar a estratégia da operação que buscará os três homens desaparecidos.
Além dos 200 homens que já estão na reserva, mais efetivos das forças federais são aguardados para reforçar as investigações, segundo a Polícia Militar. As incursões dentro da reserva são feitas por Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e Força Nacional.
O secretário de Segurança Pública do Amazonas, Paulo Roberto Vital, que sobrevoou a área, disse que situação na região está sob controle.
"Montamos um gabinete de crise no local, com apoio médico, de comunicação e logístico, montaremos outros três pontos avançados em três da rodovia [Transamazônica]: no ponto em que os homens desapareceram, no local onde funcionava a cobrança de pedágio [pelos índios] e um outro ponto estratégico onde podem ocorrer novos conflitos", afirmou à Folha.
"A situação está totalmente sob controle com a presença das forças federais e estaduais. Agora é papel da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e Força Nacional a incursão dentro da reserva e a ordem na rodovia", disse.
Na sexta-feira (27), 300 pessoas destruíram em Apuí (AM) o local utilizado por índios da etnia tenharim como pedágio ilegal na rodovia Transamazônica, em área dentro da reserva indígena. Ameaçados, cerca de 150 indígenas da região estão abrigados em um batalhão do Exército.
A república do despudor
Hábito ancestral e nefasto que só piora com os exemplos que vêm de cima, o despudor das autoridades brasileiras no trato da coisa pública afronta diariamente uma sociedade que só não reage com a indignação cabível porque - é a triste realidade - de algum modo ela se mostra desgastada pela deterioração dos valores morais e éticos que devem presidir a convivência social civilizada. Só isso pode explicar o fato de o presidente do Senado e do Congresso Nacional, o notório Renan Calheiros, permanecer no comando de um dos Poderes da República depois de ter convocado cadeia nacional de rádio e televisão, no último dia 23, para, entre outros floreios, vangloriar-se de austeridade nos gastos públicos, poucas horas após ter reincidido na requisição irregular de um jato da FAB, desta vez para viajar de Brasília ao Recife a fim de se submeter a urgentíssimo implante capilar. Tanto com a intervenção cirúrgica a que se submeteu quanto com o teor do pronunciamento que fez poucas horas depois à Nação, o senador alagoano revela-se extremamente fiel a um princípio que orienta a carreira dos políticos bem-sucedidos "da hora": salvar sempre as aparências.
Mal o verdadeiro objetivo da viagem "oficial" do presidente do Senado ao Recife veio a público, o próprio apressou-se em anunciar que consultaria a FAB para saber se podia ou não ter requisitado o avião e que, se fosse o caso, faria o devido reembolso aos cofres públicos. Por inverossímil e absurdo que pareça, é isso mesmo: o chefe de um dos Poderes da República, reincidente específico em casos dessa natureza, que certamente dispõe de especialistas em qualquer assunto legal nos quadros de sua ampla assesso-ria, achou que precisava perguntar à Aeronáutica se podia ou não podia ter usado uma aeronave oficial para melhorar sua aparência, inclusive com um retoque nas pálpebras ligeiramente caídas. Seria uma piada de mau gosto, se não fosse um escárnio à Nação que paga impostos e respeita as leis.
Renan Calheiros tem um retrospecto de conflito com o artigo 37 da Constituição, segundo o qual a administração pública "obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência". Em julho último, já tinha ido de jatinho da FAB a Trancoso, na Bahia, para a festa de casamento da filha de um colega do PMDB. Quando a imprensa denunciou o abuso, mais do que depressa Calheiros reembolsou a FAB em R$ 32 mil, antes mesmo de qualquer manifestação das autoridades Aeronáuticas. Mas parece não ter aprendido muito com a experiência.
Renan Calheiros tem um retrospecto de conflito com o artigo 37 da Constituição, segundo o qual a administração pública "obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência". Em julho último, já tinha ido de jatinho da FAB a Trancoso, na Bahia, para a festa de casamento da filha de um colega do PMDB. Quando a imprensa denunciou o abuso, mais do que depressa Calheiros reembolsou a FAB em R$ 32 mil, antes mesmo de qualquer manifestação das autoridades Aeronáuticas. Mas parece não ter aprendido muito com a experiência.
Muito pior do que essas lambanças aéreas, no entanto, foi o senador alagoano ter sido forçado, em 2007, a renunciar à mesma presidência do Senado que hoje ocupa, por causa das várias denúncias de corrupção de que era alvo e que resultaram na apresentação, por seus pares, de seis representações ao Conselho de Ética da Casa pedindo a cassação de seu mandato. Renunciando à presidência da Casa, mas não ao mandato de senador, Calheiros acabou sendo absolvido por seus pares de todas as acusações que lhe eram feitas, inclusive a de que uma empreiteira pagava polpuda pensão para o sustento de filho havido fora do matrimônio.
Mas, como já dissemos, o despudor é generalizado nos quadros da administração pública e o exemplo vem de cima. Quando a presidente Dilma Rousseff, movida pela ambição de permanecer no cargo e pela enorme pressão de Lula e do PT, abandona a rotina de uma governança que não tem enfrentado poucos problemas para atropelar o calendário e se concentrar numa intensa agenda estritamente eleitoral, nao só dá um péssimo exemplo, como sinaliza que não há limites - nem os da lei eleitoral - para os detentores do poder. O argumento para justificar a multiplicação das viagens presidenciais por todo o País, com objetivos inegavelmente eleitorais, foi dado recentemente pela ministra-chefe da Casa Civil da Presidência, Gleisi Hoffmann: depois de quase três anos de operosa gestão, chegou a hora de o governo "entregar" suas realizações à população. O despudor, como se vê, não é monopólio de Renan Calheiros.
DIÁRIO DO LITORAL (SP)
Major Olympio assume o comando do Núcleo da Base Aérea
O major Januzzi deixa o posto para cumprir missão internacional na Coreia do Sul
O major Olympio de Carvalho Mendes Neto assumiuMo Comando do Núcleo de Base Aérea de Santos (Nubast), onde será implantado o Aeroporto Civil Metropolitano de Guarujá. Na oportunidade da troca de comando, o major Alexandre Januzzi, que cumprirá missão internacional na Coreia do Sul, transferiu o cargo para o seu sucessor.
A cerimônia contou com a participação do Comandante do IV Comando Aéreo Regional (IV Comar), Major-Brigadeiro do Ar, José Geraldo Ferreira Malta; da prefeita de Guarujá, Maria Antonieta de Brito; os secretários adjuntos Maria Eunice Grötzinger (Turismo) e Adilson Cabral (Desenvolvimento Tecnológico e Logístico); e do vereador Luciano Lopes (China).
Em seu discurso de despedida, o major Januzzi recordou que ficou dois anos e 11 meses à frente do Nubast. “Ao ter o privilégio de ter esta experiência brilhante, reconheço e agradeço a oportunidade de exercitar a liderança em prol do cumprimento da Força Aérea”. Ele citou ainda que foi um compromisso desafiador, “uma verdadeira escola de vida conduzir esta imensa nave chamada Nubast e pilotar esta nau às margens do maior Porto da América Latina”, ilustrou.
Januzzi complementou ainda que o engrandecimento enquanto ser humano por conta de tudo que viveu é o que fica desta experiência. Questionado sobre os momentos mais marcantes vividos à frente do comando da Nubast, o major respondeu que foram “a indicação para vir comandar a Base Aérea; a assunção ao posto, que é o desafio; e a missão cumprida, com a assinatura da outorga do Aeroporto Civil Metropolitano”, pontuou.
A prefeita Antonieta ressalta que o Núcleo de Base Aérea é emblemático para a identidade de Guarujá e Vicente de Carvalho. “Quem mora na nossa Cidade não consegue enxergar sua história sem a Base. Há anos venho de muitas lutas, com a então deputada Mariângela Duarte, hoje minha secretária de Cultura, para a manutenção e permanência da Base Aérea em Guarujá. O amor que o cidadão guarujaense tem pela Base Aérea é muito grande porque ela está aqui antes de Guarujá e Vicente de Carvalho se tornarem independentes de Santos. Já no meu governo, nós conseguimos algumas conquistas junto à Força Aérea, como a assinatura da outorga do Aeroporto. O Aeroporto é estratégico para a Região, Estado e para o Brasil”, relatou.
Trajetória – O novo comandante da Base Aérea, major Olympio, nasceu em Volta Redonda, no estado do Rio de Janeiro, e ingressou na Força Aérea em 1996. Formou-se em 1999 e seguiu o caminho de aviação de caça, pilotando as aeronaves AMX e Xavante. Ele conta que teve uma carreira voltada à área operacional e agora, com a evolução natural, passa a ocupar uma posição de administração da Base Aérea, e proverá o apoio para as unidades da Força Aérea, que venham necessitar.
“Quero aproveitar a oportunidade para exaltar o trabalho realizado pelo major Januzzi. É inegável a sua dedicação no Núcleo de Base Aérea e vou me empenhar para dar continuidade a este excelente trabalho. Tenho 18 anos de Força Aérea e o amor por ela e pela Nação só aumentam. A oportunidade que ela nos proporciona de aprender a lidar com o ser humano e liderar pessoas, seja pilotando uma aeronave de caça ou conduzindo uma tropa de cadetes. O mais importante é o sentimento de dever cumprido na direção dos objetivos da Força Aérea”, concluiu.
DIÁRIO DO LITORAL (SP)
Guarujá e Santos pedem uso da Base Aérea durante a Copa do Mundo
A prefeita Maria Antonieta e o prefeito Paulo Alexandre Barbosa encaminharam ofício ao presidente da Anac
A Baixada Santista deve receber três seleções durante a Copa do Mundo 2014: Bósnia, que deve se hospedar em Guarujá; e México e Costa Rica, que ficarão em Santos. Para facilitar o deslocamento das delegações dos três países, a prefeita de Guarujá, Maria Antonieta de Brito, e o prefeito de Santos, Paulo Alexandre Barbosa, encaminharam um ofício ao diretor-presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Marcelo Pacheco dos Guimarães, na última segunda-feira, solicitando a realização de operações eventuais para receber aeronaves das seleções no período da Copa do Mundo.
O pleito foi realizado pelas duas cidades porque o Comitê Organizador (COL) indicou o aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, para ser utilizado pelas delegações. Como o equipamento fica a 95 quilômetros da Baixada, os prefeitos entendem que o deslocamento provocará desconforto aos jogadores por conta da altitude da Serra do Mar e o congestionamento de carretas que trafegam em direção ao Porto.
Como as federações estrangeiras têm a expectativa de uma operação mais facilitada, ambos os municípios apontam no ofício que as instalações do Núcleo de Base Aérea são viáveis para o evento internacional, considerando ainda a manifestação da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear). Neste sentido, as cidades solicitaram que a Anac avaliasse a possibilidade da realização de uma operação eventual no aeródromo de equipamento de pequeno e médio porte.
Antonieta e Paulo Alexandre se comprometeram ainda a enviar nas próximas semanas laudo feito por especialistas para fundamentar o pedido.
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