NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 24/12/2013
Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado
nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP
apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas
diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.
Possível fim de bases aéreas mexe com o meio militar
Para comprar caça suecos de R$ 4,5 bilhões, instalações militares podem ser fechadas
Ainda não é oficial, mas a decisão é
dada como certa nos meios militares do país: as bases aéreas de
Fortaleza, Santos e Campo dos Afonsos (RJ) serão desativadas. É provável
que o mesmo aconteça com a unidade da Força Aérea Brasileira (FAB) em
Florianópolis e uma redução de efetivos em Anápolis (Goiás).
O objetivo seria capitalizar a FAB,
num momento de grandes gastos com a compra da nova aeronave de
interceptação estratégica (os 36 caças suecos Grippen,que custarão R$
4,5 bilhões).
Os militares negam, mas alguns
sinais de que a notícia é correta começam a acontecer: aviões de
Fortaleza, Bandeirantes de treinamento, já foram levados para Natal
(RN). A histórica base do Campo dos Afonsos, berço de um esquadrão de
Hércules (quadrimotores de transporte) e outro de helicópteros, será
esvaziada, com transferência de aeronaves para o Galeão e para Santa
Cruz (RJ), respectivamente, avisa o jornal O Globo. Em Anápolis, que
abriga Mirages até a semana que vem, o vazio tomará conta, enquanto os
Grippen não chegam — e vão demorar anos para chegar. O rumor abalou a
auto-estima de militares Brasil afora.
E Florianópolis? Lá as aeronaves
são sete Bandeirantes de patrulha marítima, os famosos Bandeirulhas. O
comandante nega, mas há rumor de que serão transferidos. Há várias
razões para a população desgostar desse tipo de desmobilização. Bases
ativas têm cerca de mil funcionários. Uma base sem aviões fica com no
máximo 100 pessoas, para guarda e manutenção. São 900 famílias de classe
média a menos, dinheiro circulando a menos, segurança de menos.
O gaúcho Nelson Düring, editor do site
Defesanet.com.br (especializado em assuntos militares), admite que a
FAB, por problemas financeiros e até logísticos, não tem capacidade de
fazer política de ocupação territorial como o Exército. Ele também
entende que a compra dos caças exija contenção de despesas, mas lamenta.
— No âmbito administrativo é compreensível, mas como estratégia de proteção nacional, é inadmissível — desabafa.
Público x privado - Senador diz que devolverá verba de voo
Renan viajou na semana passada em avião da FAB para Recife, onde fez implante de cabelo
Cinco dias depois
de usar avião oficial para cumprir agenda privada, o presidente do
Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), decidiu nesta segunda-feira pagar aos
cofres públicos os gastos da viagem.
Renan viajou no dia 18 à noite, em
avião da Força Aérea Brasileira (FAB), de Brasília para Recife, onde
passou por cirurgia para implante capilar.
A decisão foi tomada após Renan
enviar uma consulta ao comando da Aeronáutica para saber se cometeu
alguma "impropriedade". No pedido para o uso da aeronave, Renan informou
à FAB que a motivação do deslocamento era "serviço". O valor do
ressarcimento não foi informado por sua equipe.
A assessoria de Renan não explicou
por que o presidente do Senado usou o avião da FAB para se deslocar até
Recife. Conforme publicou no sábado o jornal Folha de S.Paulo, Renan
usou aeronave para viajar na noite do dia 18 à capital de Pernambuco,
onde, no dia seguinte, submeteu-se a uma cirurgia para implantar 10 mil
fios de cabelo. A agenda oficial publicada no site do Senado não
registrava compromissos do peemedebista em Recife.
O decreto que regulamenta o uso de
aviões da FAB por autoridades não prevê viagens para fins particulares. A
norma permite o uso por questões de segurança e emergência médica,
serviço e deslocamentos para o local de residência permanente.
Pelas regras, "o transporte de
autoridades civis em desrespeito" ao decreto "configura infração
administrativa grave, ficando o responsável sujeito às penalidades
administrativas, civis e penais aplicáveis à espécie".
Para o senador Alvaro Dias
(PSDB-PR), o uso de avião da FAB para fins particulares "fere" a imagem
do Congresso Nacional. - A devolução é o mínimo que se pode exigir nesta
hora - afirmou.O líder do DEM na Câmara, Ronaldo Caiado (GO), disse que
faltou "desconfiômetro" a Renan:- Essas extravagâncias expõem o
Congresso ao ridículo. A FAB não é táxi aéreo.
Esta foi a segunda vez neste ano que Renan usou avião da FAB para fins particulares
Em junho, foi a Trancoso (BA) para o
casamento da filha do colega Eduardo Braga (PMDB-AM). Depois que sua
viagem foi tornada pública, reembolsou R$ 32 mil à União.
A Aeronáutica informou que
disponibilizou na semana passada um avião para o transporte do
presidente do Senado atendendo a regras firmadas e abstraindo questões
de mérito relacionadas ao motivo da viagem. Nota divulgada nesta
segunda-feira pelo Centro de Comunicação Social da Aeronáutica diz que
foge à alçada do Comando da Aeronáutica julgar os motivos da viagem.
Na segunda-feira à noite, já com os
implantes de cabelo, Renan fez um pronunciamento de final de ano em
cadeia nacional de rádio e TV exaltando a sua gestão.
Após uso particular de avião oficial, Renan exalta austeridade de sua gestão
Pronunciamento em rádio e TV, exibido na noite desta segunda, foi gravado pouco antes de o presidente do Senado viajar para Recife em aeronave da FAB para fazer um implante capilar
Em pronunciamento
em cadeia nacional de rádio e TV exibido na noite desta segunda-feira,
23, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) exaltou a
austeridade das decisões tomadas em sua gestão na presidência do Senado
que, segundo ele, deram respostas às manifestações de rua. O vídeo foi
gravado pouco antes de Renan usar avião oficial da Força Aérea
Brasileira para viajar ao Recife, onde se submeteu a um implante
capilar. Renan disse que, em 2013, houve uma demonstração de cidadania e
amadurecimento, com os protestos de rua. E destacou que, logo após as
primeiras manifestações, o Senado aprovou uma série de novas leis em
beneficio da população.
Entre elas, a eliminação dos 14º e 15º
salários dos parlamentares e servidores da Casa; a adoção da lei da
ficha limpa para que as pessoas se tornem servidores públicos; fim do
voto secreto para cassações de mandato e análise de vetos presidenciais;
a destinação dos royalties do petróleo para saúde e educação; a
proposta de emenda à Constituição que regulamenta a profissão de
empregada doméstica.
O presidente do Senado fez questão de
destacar os cortes que fez no orçamento da Casa este ano. Segundo Renan,
foram economizados R$ 260 milhões em despesas. O valor anunciado nesta
segunda-feira, 23, é um "encolhimento" de R$ 15 milhões em relação ao
que disse ter economizado na semana passada, quando fez um balanço aos
senadores antes do recesso parlamentar.
"A austeridade no Senado, você
acompanhou, mostrou que é possível fazer mais com menos", disse, usando
como exemplo o corte de funções comissionadas, o que ele chamou de
"eliminação de privilégios". Ele afirmou que iria recomendar a reversão dos recursos economizados para projetos sociais.
Cirurgia
O presidente do Senado usou na
quarta-feira da semana passada um avião da FAB para ir a Recife, com o
objetivo de fazer uma cirurgia de implante de cabelo. Nesta
segunda-feira, 23, a Força Aérea divulgou nota em que diz que foge da
alçada dela julgar o uso da aeronave pela autoridade.
"A transparência e o controle
social nos ajudam a corrigir erros, a eliminar riscos e a aperfeiçoar
distorções (sic)", finalizou Renan Calheiros, ao desejar a todos boas
festas, no pronunciamento de cinco minutos.
FAB: foge à alçada julgar motivo da viagem de Renan
A
Aeronáutica informou nesta segunda-feira, 23, que disponibilizou na
semana passada um avião para o transporte do presidente do Senado, Renan
Calheiros (PMDB-AL), em voo de Brasília a Recife, atendendo regras
firmadas e abstraindo questões de mérito relacionadas ao motivo da
viagem. Nota divulgada pelo Centro de Comunicação Social da Aeronáutica
cita que foge à alçada do Comando da Aeronáutica julgar os motivos da
viagem.
"Informamos que, em atendimento à
solicitação contida em ofício de 17 de dezembro de 2013, da Subchefia de
Gabinete da Presidência do Senado Federal, o Comando da Aeronáutica
disponibilizou o apoio de aeronave para viagem a serviço, conforme
solicitado", cita a nota divulgada nesta segunda-feira.
O texto destaca, ainda, que "em
resposta ao ofício recebido da Presidência do Senado, de 23 de dezembro
de 2013, que solicita esclarecimento sobre eventual impropriedade na
requisição de aeronave para viagem de Brasília a Recife, no dia 18 de
dezembro de 2013, o Comando da Aeronáutica informou que observa
fielmente o disposto no Decreto nº 4.244, de 22 de maio de 2002,
abstraídas questões de mérito relacionadas ao motivo da viagem o qual,
embora declarado na solicitação, foge à alçada deste Comando julgar."
A assessoria do senador já informou
que Calheiros deverá devolver o valor gasto com o uso de avião da Força
Aérea Brasileira (FAB) em seu deslocamento de Brasília para Recife na
última quarta-feira (18). Renan viajou para a capital de Pernambuco com o
objetivo de fazer um implante de cabelo e não tinha compromissos
oficiais naquela data.
De acordo com dados do site da FAB,
o presidente do Senado saiu de Brasília às 22h15 e chegou a seu destino
às 23h30. A aeronave levou outros quatro passageiros, provavelmente
convidados de Renan, uma vez que não há registros de que o voo tenha
sido compartilhado. O senador informou à FAB que a viagem era "a
serviço". O uso da avião da FAB para fins particulares foi revelado pela
coluna Painel, do jornal Folha de S. Paulo.
É a segunda vez neste ano que o
presidente do Senado utiliza um avião da FAB em compromissos
particulares. Em junho, ele pegou carona para ir ao casamento da filha
do líder do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM), em Trancoso,
Bahia. Após o fato ser revelado pela imprensa, Renan devolveu o dinheiro
aos cofres públicos.
Chuva recorde tira mais de 46 mil das casas no ES; Dilma decide ir ao Estado
Temporais continuam. A Secretaria Nacional de Defesa Civil emitiu alertas de risco muito alto de inundação e deslizamento na região serrana e de alagamentos em Linhares e Colatina. Número de mortos chega a 6 e 45 dos 78 municípios decretaram emergência
Mais da metade
dos municípios do Espírito Santo se encontra em estado de emergência,
por causa das chuvas que atingem o Estado há sete dias. É a pior
temporada de chuva desde 1979. A média histórica para dezembro não
chegava aos 300 milímetros -e neste mês deve ultrapassar os 700, segundo
o Instituto Meteorológico Incaper.
O número de mortos subiu ontem para seis e
o total de pessoas que tiveram de abandonar as casas chegou a 46.189. A
presidente Dilma Rousseff vai sobrevoar hoje as regiões mais atingidas.
Em Minas, várias cidades também vivem situação de calamidade por causa
dos temporais (leia abaixo).
São 4.669 desabrigados, que foram levados
para escolas e abrigos municipais, e 41.520 desalojados, que estão em
casas de parentes ou amigos. Soldados do Exército e da Força Nacional
chegaram anteontem para reForçar os trabalhos de resgate, principalmente
no interior, onde vários rios transbordaram. Dos 78 municípios
capixabas, 45 estão em estado de emergência, tanto no interior quanto na
Região Metropolitana. Desses, 22 já elaboraram o decreto municipal que
relata uma situação de anormalidade (emergência ou estado de calamidade
pública).
Uma mulher de 50 anos morreu soterrada na
localidade de Laranjal, no município de Itaguaçu, bastante atingido
pela enxurrada e por deslizamentos de terra. Foi a segunda morte na
cidade e a sexta no Estado. As outras mortes ocorreram em Colatina, Nova
Venécia, Baixo Guandu e Paraju. Em todo o Estado, pelo menos 45 pessoas
ficaram feridas.
Na segunda-feira voltou a chover forte na
Grande Vitória. Cinco casas desabaram na capital. Houve quedas de
barreira nas cidades de Serra e Viana. A : Defesa Civil informou que o
levantamento de pessoas afetadas pelas chuvas continua prejudicado pelo
difícil acesso.
"Temos várias pessoas ilhadas e
municípios que foram destruídos", disse o coronel Edimilson Ribeiro,
comandante dos Bombeiros. Uma mulher com sintomas de enfarte foi
resgatada em casa e atendida no caminhão do Exército. Em Serra, uma
barragem ameaça ceder. O nível do Rio Doce subiu mais de seis metros,
provocando inundação na estrada que dá acesso à cidade de Colatina.
Ajuda
O governo decretou situação de
emergência. No fim de semana, o governador Renato Casagrande (PSB) pediu
ao governo federal o envio de bombeiros da Força Nacional de Segurança.
Setenta e dois militares chegaram em um avião da Força Aérea Brasileira
(FAB).
Segundo informações oficiais, nunca havia
chovido tanto em dezembro no Espírito Santo. A Secretaria Nacional de
Defesa Civil emitiu alertas de risco muito alto de inundação e
deslizamento na região serrana e de alagamentos em Linhares e Colatina. O
Corpo de Bombeiros abriu uma conta para receber doações para as vítimas
das chuvas no Espírito Santo (Banestes, agência 271, conta corrente
número 23.765.589).
Base Aérea de Florianópolis foi o assunto desta segunda-feira na Tapera
Vizinhos se dividem quando perguntados sobre a desativação da instalação militar
O futuro da Base Aérea de Florianópolis virou o assunto do dia entre os vizinhos da unidade militar nesta segunda-feira.
Quem concorda com a desativação das
instalações fala da possibilidade de encurtar em cerca de 10 quilômetros
o trajeto entre o Centro e a Tapera. Sem falar nos congestionamentos
que poderiam ser evitados com a nova alternativa. Aqueles que têm
autorização para cortar caminho e transitar pela unidade diariamente,
ainda que com restrições de horário, não gostam da ideia de perder a
segurança proporcionada pela simples presença dos militares.
– Não tenho do que reclamar. São os
melhores vizinhos do mundo e ninguém me incomoda. Apesar das restrições
no trânsito, a presença deles garante tranquilidade – fala o policial
militar Pedro Adelino da Rosa, 51 anos, que nasceu e cresceu na Rua do
Sol Nascente, na Tapera, e não acredita que a Base Aérea de
Florianópolis venha a ser desativada pela Aeronáutica.
Nas guaritas de acesso à Base
nenhum militar falou sobre o futuro. Extraoficialmente, disseram que
ouviram falar da desativação pela imprensa, mas não têm mais detalhes e
nem podem comentar o assunto.
Nessa segunda-feira, o Centro de
Comunicação Social da Aeronáutica em Brasília negou a desativação das
instalações em Florianópolis, apesar das notícias de que cortes de
despesas serão necessários para garantir os R$ 4,5 bilhões que serão
gastos na compra de 36 caças suecos Gripen. A informação é de que as
atividades feitas hoje em SC seriam transferidas para a Base Aérea de
Canoas (RS), que continuaria a realizar o patrulhamento do mar do
litoral Sul. Em nota, a Aeronáutica esclarece que realiza estudos
constantes para concentrar meios e otimizar custeio, mas neste momento
não há definição específica para a unidade em SC.
Apesar da declaração oficial, está em
andamento um plano de reestruturação das Forças Armadas para superar o
"estado de penúria", como diz Alexandre Galante, ex-militar e consultor.
Confira, a seguir, os principais trechos da entrevista.
"É correto e necessário cortar gastos"
Diário Catarinense – A possível desativação da Base Aérea de Florianópolis é reversível?
Alexandre Galante – Não acredito.
Faz algum tempo que as Forças Armadas convivem com dificuldades básicas,
como treinar pilotos e manter aviões voando. Já houve mudanças em
Santos (SP), Afonso (Rio de Janeiro) e Fortaleza.
DC – O senhor acha correta a decisão de cortar despesas fechando ou transferindo unidades?
Galante – Sim. É inteligente, correto e necessário cortar onde se pode.
DC – O senhor acredita que essa decisão em relação à Base Aérea de Florianópolis está relacionada a compra dos caças suecos?
Galante – Independentemente da
compra dos caças isso aconteceria. É preciso cortar para não permanecer
no estado de penúria em que se encontram as Forças Armadas, o que vem
acontecendo há bom tempo.
Alvaro Dias aguarda explicações sobre uso de avião da FAB pelo presidente do Senado
O senador
Alvaro Dias (PSDB-PR) cobrou nesta segunda-feira (23) informações sobre o
uso do avião da Força Aérea Brasileira (FAB) pelo presidente do Senado,
Renan Calheiros (PMDB-AL), em uma viagem a Recife.
- Há normas estabelecidas e se elas foram
desrespeitadas há que se exigir o pagamento. Mas isso não é suficiente.
O Congresso Nacional, especialmente o Senado, está trabalhando para
recuperar credibilidade e respeito. E certamente com atitudes dessa
natureza, não há possibilidade de recuperação - afirmou o senador, em
entrevista coletiva.
A viagem está sendo questionada pela
imprensa em razão do fato de que Renan mora em Maceió. A ida a Recife
poderia ser considerada, portanto, de caráter particular.
Ainda de acordo com Alvaro Dias, que
classificou a o uso do avião como "deslize", o episódio "deve servir de
exemplo e impedir que fatos semelhantes venham a ocorrer futuramente”.
Alvaro Dias disse ainda que a devolução dos recursos é o “mínimo” que
pode ser feito.
Renan Calheiros já anunciou, por
meio da assessoria de imprensa, que devolverá o valor gasto, caso o uso
do avião da FAB seja considerado impróprio. O presidente do Senado
encaminhou ofício com consulta sobre o caso ao comandante da FAB, Juniti
Saito.
Companhia aérea diz estar em “choque” com tese de suicídio de piloto
Maputo
– Representantes da empresa Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) admitiram
hoje (23) ter ficado chocados e profundamente preocupados com a tese de
suicídio do comandante do voo TM-470, que provocou 33 mortes, apontada
no relatório sobre a queda do avião.
"A LAM manifesta profunda preocupação e
choque quanto ao conteúdo da declaração divulgada pelas autoridades de
investigação em relação ao inquérito em curso, alusivo à perda do voo
TM-470, ocorrida em 29 de novembro", diz um comunicado da companhia
moçambicana enviado nesta segunda-feira (23) à Agência Lusa.
No último sábado (21), o presidente
do Conselho de Administração do Instituto de Aviação Civil de
Moçambique, João Abreu, revelou que o comandante do voo TM-470, Hermínio
dos Santos Fernandes, teve "a clara intenção" de derrubar o aparelho
Embraer 190.
A hipótese da existência de algum
problema mecânico ou técnico com o avião produzido no Brasil já havia
sido anteriormente afastada. Segundo João Abreu, as escutas feitas na
caixa-preta - que registra as comunicações do voo - permitiram perceber
que, no momento da queda, o comandante, considerado experiente com mais
de 9 mil horas de voo, estaria sozinho no interior da cabine de comando
da aeronave.
Além dos sons dos diversos alarmes
acionados automaticamente pelo avião, o responsável disse que se "ouvem
insistentes batidas na porta da cabine, batidas essas" que teriam “sido
ignoradas” por Hermínio Fernandes.
As caixas pretas também teriam revelado
que a altitude do voo foi alterada manualmente três vezes, de 38 mil pés
(cerca de 11.500 metros) para 592 pés (cerca de 180 metros), antes do
choque do aparelho com o solo.
"A LAM vai solicitar o relatório
detalhado que evidencia e prova os fatos e as conclusões preliminares da
referida declaração e continuará a cooperar inteiramente com as
autoridades de investigação", diz a companhia moçambicana no comunicado.
A LAM ainda não se pronunciou sobre a
questão das indenizações às famílias das vítimas do desastre, mas
especialistas avaliam que dada a tese de suicídio, elas poderão não ser
ressarcidas pelas seguradoras da empresa.
O voo TM-470 da LAM caiu em 29 de
novembro na Namíbia, no Parque Nacional de Bwabwata, quando fazia a
ligação Maputo-Luanda. A tragédia matou 33 pessoas: 27 passageiros e
seis tripulantes.
Renan diz que irá devolver valor de viagem ao Recife
O valor a ser ressarcido ao Tesouro Nacional, por meio de uma Guia de Recolhimento da União (GRU), ainda será calculado pela Força Aérea Brasileira
O
presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), vai devolver aos cofres
públicos o valor referente à sua viagem de Brasília para Recife feita
em avião da Força Aérea Brasileira (FAB) na última quarta-feira para
fazer um implante de cabelo. O valor a ser ressarcido ao Tesouro
Nacional, por meio de uma Guia de Recolhimento da União (GRU), ainda
será calculado pela FAB, segundo informou nesta segunda-feira a
assessoria de Renan.
Mais cedo, a Aeronáutica divulgou uma nota confirmando ter disponibilizado um avião para o transporte do senador atendendo a regras firmadas e abstraindo questões de mérito relacionadas ao motivo da viagem. A mensagem cita que foge à alçada do Comando da Aeronáutica julgar os motivos da viagem. Renan não tinha compromissos oficiais na data.
Mais cedo, a Aeronáutica divulgou uma nota confirmando ter disponibilizado um avião para o transporte do senador atendendo a regras firmadas e abstraindo questões de mérito relacionadas ao motivo da viagem. A mensagem cita que foge à alçada do Comando da Aeronáutica julgar os motivos da viagem. Renan não tinha compromissos oficiais na data.
"Informamos que, em atendimento à
solicitação contida em ofício de 17 de dezembro de 2013, da Subchefia de
Gabinete da Presidência do Senado Federal, o Comando da Aeronáutica
disponibilizou o apoio de aeronave para viagem a serviço, conforme
solicitado", cita a nota divulgada nesta segunda-feira.
O texto destaca, ainda, que "em
resposta ao ofício recebido da Presidência do Senado, de 23 de dezembro
de 2013, que solicita esclarecimento sobre eventual impropriedade na
requisição de aeronave para viagem de Brasília a Recife, no dia 18 de
dezembro de 2013, o Comando da Aeronáutica informou que observa
fielmente o disposto no Decreto nº 4.244, de 22 de maio de 2002,
abstraídas questões de mérito relacionadas ao motivo da viagem o qual,
embora declarado na solicitação, foge à alçada deste Comando julgar."
De acordo com dados do site da FAB,
o presidente do Senado saiu de Brasília às 22h15 e chegou a seu destino
às 23h30. A aeronave levou outros quatro passageiros, provavelmente
convidados de Renan, uma vez que não há registros de que o voo tenha
sido compartilhado. O senador informou à FAB que a viagem era "a
serviço". O uso de avião da FAB para fins particulares foi revelado pelo
jornal Folha de S. Paulo.
É a segunda vez neste ano que o
presidente do Senado utiliza um avião da FAB em compromissos
particulares. Em junho, ele pegou carona para ir ao casamento da filha
do líder do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM), em Trancoso, na
Bahia. Após o fato ser revelado pela imprensa, Renan devolveu o dinheiro
aos cofres públicos.
Em dia com a política
PINGAFOGO
O
presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), decidiu ontem pagar aos
cofres públicos os gastos da viagem feita em avião da Força Aérea
Brasileira de Brasília para o Recife (PE), onde passou por cirurgia para
implante capilar. A decisão foi tomada após Renan enviar uma consulta
ao comando da Aeronáutica para saber se cometeu alguma "impropriedade". O
valor do ressarcimento não foi informado.
O ministro da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento, Antônio Andrade (PMDB), chega de Brasília hoje a Belo
Horizonte para o Natal. Avisa que virá em avião de carreira. Para não
deixar dúvidas, exibe a passagem da Gol, voo 1083, poltrona 17A.
No registro da Aeronáutica, cirurgia capilar de Renan foi evento de serviço
Ao ceder um
jato para que Renan Calheiros voasse de Brasília para Recife na última
quarta-feira (18), a Força Aérea Brasileira imaginou que transportava o
presidente do Congresso Nacional para um compromisso oficial, não para
uma cirurgia de implante capilar.
No registro do Comando da
Aeronáutica, está escrito que Renan viajou a “serviço”. O jato que o
conduziu decolou às 22h15, no horário de Brasília. E pousou às 23h30, no
horário local da capital pernambucana. Havia quatro passageiros a
bordo. A FAB não informa os nomes dos três acompanhantes de Renan.
Armazenados no Comando da
Aeronáutica, órgão do Ministério da Defesa, os dados da FAB não ornam
com os fatos. Em verdade, Renan voou para Recife porque faria no dia
seguinte, quinta-feira (19), uma cirurgia para implantar 10 mil fios de
cabelo.
Na pasta da Defesa, atribui-se ao
Senado a responsabilidade pelo registro equivocado. Partiu do gabinete
de Renan a informação de que a viagem seria de trabalho. Ouvida, a
assessoria do presidente do Senado eximiu-o de responsabilidade. Disse
que “é praxe” do gabinete anotar nos ofícios remetidos à FAB que o
senador viaja “a serviço”.
O uso de jatos da FAB por
autoridades como ministros e os presidentes do Legislativo está
regulamentado num decreto presidencial editado em 2002, sob Fernando
Henrique Cardoso. Prevê que as aeronaves poderão ser requisitadas em
três situações: por motivo de segurança e emergência médica; em viagens a
serviço; e nos deslocamentos para o local de residência permanente.
A viagem de Renan não se encaixa em
nenhuma das possibilidades. Implante capilar é cirurgia estética, não
emergência médica. A agenda daquela quarta-feira previa dois
compromissos: às 14h45, Renan recebeu familiares do ex-presidente João
Goulart. Às 15h, comandou a sessão que restituiu simbolicamente o
mandato a Goulart. Quanto à residência, a de Renan fica em Maceió, não
em Recife.
A despeito da clareza dos fatos,
Renan decidiu consultar a FAB antes de restituir ao Tesouro o dinheiro
que o contribuinte gastou no voo que ele não estava autorizado a fazer.
Nesta segunda-feira, o senador remeteu um ofício ao comandante da
Aeronáutica, brigadeira Juniti Saito.
No texto, perguntou a Saito se
houve alguma irregularidade no voo. Depois de enviar o ofício, Renan
como que caiu em si. E mandou dizer que vai devolver o dinheiro
independentemente da resposta do brigadeiro. Quanto? O Senado não
informa. A FAB também não.
Não é a primeira vez que Renan voa
ilegalmente nas asas do contribuinte. Em junho, sob o ronco das ruas, o
senador viajou de FAB com sua mulher, Verônica, para um casamento em
Trancoso, na Bahia.
Naquela ocasião, Renan era feito
100% de certezas. Não lhe passava pela ainda calva cabeça a ideia de
ouvir o comandante Saito. “A FAB não pode dizer [o que pode ou não
pode]. Nós é que temos o que dizer para a FAB. O transporte é em função
da chefia do poder, da representação."
Ante a má repercussão do episódio,
Renan acabou devolvendo R$ 32 mil ao erário. A FAB não informa quanto
custou a você, caro contribuinte, a reincidência de Renan.
Renan consulta FAB sobre voo oficial para implante capilar no Recife
O
presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), enviou nesta
segunda-feira (23) uma consulta ao comandante da Aeronáutica, brigadeiro
Juniti Saito, para saber se houve irregularidade em seu voo de Brasília
para Recife (PE), onde realizou um implante capilar na semana passada.
Segundo a
assessoria do peemedebista, se a viagem for considerada fora do escopo
do decreto que dita as regras para uso oficial de aeronaves por
autoridades, ele devolverá o dinheiro correspondente ao trajeto. A
assessoria de Renan não explicou porque o presidente do Senado usou o
avião da FAB (Força Aérea Brasileira) para se deslocar até Recife.
Conforme
publicou a coluna Painel na edição de sábado (21) da Folha, Renan usou
aeronave da FAB para viajar na noite de quarta-feira (18) à capital de
Pernambuco, onde, no dia seguinte, submeteu-se a uma cirurgia para
implantar 10 mil fios de cabelo. A agenda oficial publicada no site do
Senado não registrava compromissos do peemedebista na capital
pernambucana.
REINCIDENTE
É a segunda
vez neste ano que Renan usa avião da FAB para fins particulares. Em
junho, Renan foi a Trancoso (BA) para o casamento da filha do senador
Eduardo Braga (PMDB-AM). Depois que a coluna Painel revelou o fato, ele
reembolsou R$ 32 mil à União.
A FAB
informou que disponibiliza as aeronaves para autoridades de acordo com a
solicitação de serviços sem questionar a razão do compromisso. No
registro de voo do presidente do Senado, consta a previsão de quatro
passageiros.
De acordo
com decreto presidencial, de 2002, que regulamenta o uso das aeronaves,
autoridades, entre eles ministros de Estado e o presidente do Senado,
podem viajar em aviões da FAB por motivo de segurança e emergência
médica; em viagens a serviço; e em deslocamentos para o local de
residência permanente.
Renan decide devolver verba de voo oficial para implante capilar
O
presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), decidiu nesta
segunda-feira (23) pagar aos cofres públicos os gastos da viagem feita
em avião da Força Aérea Brasileira de Brasília para Recife (PE), onde
passou por cirurgia para implante capilar.
A decisão foi tomada após Renan
enviar uma consulta ao comando da Aeronáutica para saber se cometeu
alguma "impropriedade". No pedido para o uso da aeronave, Renan informou
à FAB que a motivação do deslocamento era "serviço". O valor do
ressarcimento não foi informado por sua assessoria.
A assessoria de Renan não explicou
porque o presidente do Senado usou o avião da FAB (Força Aérea
Brasileira) para se deslocar até Recife. Conforme publicou a coluna
Painel na edição de sábado (21) da Folha, Renan usou aeronave da FAB
para viajar na noite de quarta-feira (18) à capital de Pernambuco, onde,
no dia seguinte, submeteu-se a uma cirurgia para implantar 10 mil fios
de cabelo. A agenda oficial publicada no site do Senado não registrava
compromissos do peemedebista na capital pernambucana.
O decreto que regulamenta o uso de
aviões da FAB por autoridades não prevê viagens para fins particulares. A
norma permite o uso por questões de segurança e emergência médica,
serviço, e em deslocamentos para o local de residência permanente.
Pelas regras, "o transporte de
autoridades civis em desrespeito" ao decreto "configura infração
administrativa grave, ficando o responsável sujeito às penalidades
administrativas, civis e penais aplicáveis à espécie".
Para o senador Alvaro Dias
(PSDB-PR), o uso de avião da FAB para fins particulares "fere" a imagem
do Congresso. "A devolução é o mínimo que se possa exigir nesta hora",
afirmou.
O líder do DEM na Câmara, Ronaldo
Caiado (GO), disse que faltou "desconfiômetro" a Renan. "Essas
extravagâncias expõem o Congresso ao ridículo. A FAB não é táxi aéreo."
Esta foi a segunda vez neste ano
que Renan usa avião da FAB para fins particulares. Em junho, foi a
Trancoso (BA) para o casamento da filha do colega Eduardo Braga
(PMDB-AM). Depois que sua viagem for tornada pública, reembolsou R$ 32
mil à União.
Renan defende austeridade após usar avião da FAB para fazer implante de cabelo em Recife
Envolvido
em mais uma polêmica após ter usado um avião da FAB (Força Aérea
Brasileira) para fins particulares, o presidente do Senado, Renan
Calheiros (PMDB-AL), defendeu austeridade com gastos públicos nesta
segunda-feira (23), durante pronunciamento em cadeia nacional de rádio e
televisão.
O peemedebista ainda inflou a "agenda
positiva" do Congresso em resposta aos protestos de junho destacando a
aprovação de matérias aprovadas pelo Senado, mas que ainda não se
tornaram leis porque esperam votação na Câmara. Estão nessa situação,
por exemplo, a proposta que transforma corrupção em crime hediondo, a
ficha limpa para o servidor público e o fim da aposentadoria como
"prêmio" para juízes e promotores punidos.
Renan afirmou que "2013 entrará para
história como ano da mudança nas instituições" e "amadurecimento da
democracia". Ele disse ainda que as manifestações que sacudiram as ruas
pediram mais "eficiência, decência, transparência", além de serviços
públicos de qualidade.
Falando em nome do Congresso, o senador
afirmou que estava prestando contas e sustentou que os congressistas
deram respostas rápidas para "transformar o Brasil no Brasil que os
brasileiros querem". Ele apontou ainda que "a transparência e controle
social corrige erros, elimina vícios e aperfeiçoa distorções".
O presidente também questões que estão em
práticas como o fim do pagamento do 13º e 14º salários para os
congressistas, a transformação em lei da aposentadoria especial para
pessoas com deficiência, e destacou a otimização de sua gestão no
comando do Senado.
De acordo com Renan, mais de 600 cargos
de indicações políticas foram bloqueadas, novas nomeações foram
proibidas e teria ocorrido uma economia de mais de R$ 260 milhões.
O pronunciamento de Renan foi
gravado antes dele embarcar na quarta-feira passada de Brasília para
Recife (PE), onde passou por uma cirurgia para implante capilar e ainda
uma correção das pálpebras. O deslocamento foi feito com um avião da FAB
(Força Aérea Brasileira). Ao solicitar a viagem, ele informou que a
motivação era serviço. O decreto presidencial que regulamenta o voo de
autoridades não prevê o uso para fins particulares.
Após uma consulta a FAB, Renan
informou na noite de hoje que vai ressarcir os cofres públicos pelo
gasto com a viagem. As autoridades podem usar voo da FAB por questões de
segurança e emergência médica, serviço, e em deslocamentos para o local
de residência permanente.
Renan mora em Maceió (AL), mas como a
coluna Painel da Folha revelou na edição de sábado, viajou na noite de
quarta-feira para Recife, onde submeteu-se a uma cirurgia para implantar
10 mil fios de cabelo. A agenda oficial publicada no site do Senado não
registrava compromissos do peemedebista na capital pernambucana.
A consulta de Renan foi direcionada
ao comandante da Aeronáutica, brigadeiro Juniti Saito. Em nota, o
Comando da Aeronáutica informou que "abstraídas questões de mérito
relacionadas ao motivo da viagem o qual, embora declarado na
solicitação, foge à alçada deste Comando julgar" . O valor do
ressarcimento ainda será calculado pela FAB.
Essa foi a segunda vez em que o
presidente do Senado foi flagrado usando uma aeronave da FAB para fins
particulares. Em julho, Renan foi a Trancoso (BA) para o casamento da
filha do senador Eduardo Braga (PMDB-AM).
Inicialmente, o peemedebista
mostrou resistência a desembolar o valor gasto com a viagem, mas diante
da polêmica e das críticas, o senador resolveu pagar R$ 32 mil aos
cofres públicos. Na época, a decisão foi tomada pelo presidente do
Senado sem nenhuma consulta ao Comando da Aeronáutica.
Brinquedo novo
A FAB (Força Aérea Brasileira) deverá receber em 2018 os primeiros dos 36 caças Gripen NG que o governo comprou da Suécia por US$ 4,5 bilhões
Oposição quer que Renan devolva dinheiro por uso de jato da FAB
Partidos de oposição cobraram nesta
segunda-feira (23) que o presidente do Senado, Renan Calheiros
(PMDB-AL), devolva aos cofres públicos dinheiro relativo ao uso de um
jato da Força Aérea Brasília (FAB) para ir de Brasília a Recife fazer
cirurgia de transplante capilar. Na manhã desta segunda, Renan enviou ao
comandante da FAB, Juniti Saito, ofício perguntando se o uso da
aeronave para essa finalidade seria “imprópria”.
A assessoria da presidência do Senado disse que Renan devolverá os recursos se for apontada alguma irregularidade. Para o senador Álvaro Dias (PSDB-PR), o presidente do Senado deveria devolver os valores, independentemente da resposta da FAB.
“A devolução é o mínimo que se possa exigir nesta hora como cumprimento de dever. Evidentemente há normas que são estabelecidas e, se elas foram desrespeitadas, há que se exigir o pagamento”, afirmou.
O senador do PSDB ressaltou ainda que o uso do jato da FAB para finalidade particular "fere" a imagem do Congresso Nacional. “O exemplo deve ser no sentido de que o Congresso, principalmente o Senado Federal, está trabalhando para recuperar credibilidade e respeito. Certamente, com atitudes desta natureza, não há possibilidade de recuperação."
O líder do DEM no Senado, José Agripino Maia (RN), destacou que existem "normas claras" para o uso de jatos da FAB por autoridades. “O uso do avião da FAB é dimensionado de forma muito clara. Ele vai saberá interpretar. O presidente do senado sabe muito bem o que deve fazer”, afirmou ao G1.
A ida de Renan Calheiros a Pernambuco ocorreu na última quarta (18) e não constava da agenda oficial do parlamentar. No registro de voos da FAB, a viagem é justificada por motivo de “serviço”.
Segundo decreto presidencial 4244, de 2002, autoridades como ministros de Estado e o presidente do Senado, podem viajar em aviões da FAB nas seguintes circunstâncias: por motivo de segurança e emergência médica; em viagens à serviço; e em deslocamentos para o local de residência permanente. A residência permanente de Renan fica em Maceió, capital alagoana.
O líder do DEM na Câmara, Ronaldo Caiado (GO), afirmou que faltou “bom senso” e “desconfiômetro” por parte de Renan Calheiros ao usar o jato da FAB para uma viagem destinada à realização de transplante de cabelo.
“Essas extravagâncias expõem o Congresso ao ridículo. O cidadão passa a não acreditar mais que as pessoas que lá estão têm compromisso com o bem público, o espírito público. Fica um processo de desmoralização e uma imagem irrecuperável. Isso será citado em milhares de momentos quando qualquer um se referir ao Congresso”, disse.
A assessoria da presidência do Senado disse que Renan devolverá os recursos se for apontada alguma irregularidade. Para o senador Álvaro Dias (PSDB-PR), o presidente do Senado deveria devolver os valores, independentemente da resposta da FAB.
“A devolução é o mínimo que se possa exigir nesta hora como cumprimento de dever. Evidentemente há normas que são estabelecidas e, se elas foram desrespeitadas, há que se exigir o pagamento”, afirmou.
O senador do PSDB ressaltou ainda que o uso do jato da FAB para finalidade particular "fere" a imagem do Congresso Nacional. “O exemplo deve ser no sentido de que o Congresso, principalmente o Senado Federal, está trabalhando para recuperar credibilidade e respeito. Certamente, com atitudes desta natureza, não há possibilidade de recuperação."
O líder do DEM no Senado, José Agripino Maia (RN), destacou que existem "normas claras" para o uso de jatos da FAB por autoridades. “O uso do avião da FAB é dimensionado de forma muito clara. Ele vai saberá interpretar. O presidente do senado sabe muito bem o que deve fazer”, afirmou ao G1.
A ida de Renan Calheiros a Pernambuco ocorreu na última quarta (18) e não constava da agenda oficial do parlamentar. No registro de voos da FAB, a viagem é justificada por motivo de “serviço”.
Segundo decreto presidencial 4244, de 2002, autoridades como ministros de Estado e o presidente do Senado, podem viajar em aviões da FAB nas seguintes circunstâncias: por motivo de segurança e emergência médica; em viagens à serviço; e em deslocamentos para o local de residência permanente. A residência permanente de Renan fica em Maceió, capital alagoana.
O líder do DEM na Câmara, Ronaldo Caiado (GO), afirmou que faltou “bom senso” e “desconfiômetro” por parte de Renan Calheiros ao usar o jato da FAB para uma viagem destinada à realização de transplante de cabelo.
“Essas extravagâncias expõem o Congresso ao ridículo. O cidadão passa a não acreditar mais que as pessoas que lá estão têm compromisso com o bem público, o espírito público. Fica um processo de desmoralização e uma imagem irrecuperável. Isso será citado em milhares de momentos quando qualquer um se referir ao Congresso”, disse.
Para Caiado, Renan Calheiros não deveria ter que perguntas à FAB se o uso do jato para cirurgia estética é “impróprio”.
“Cirurgia estética não se enquadra
no rol de possibilidades previstas para o uso do avião da FAB. Se ele
fosse acometido de problema de saúde, seria mais que justo. Mas cirurgia
estética não tem nenhuma relação a posição que ocupa com cabelo. Não
tem que perguntar, é mais que óbvio. A FAB não é taxi aéreo."
Renan pergunta à FAB se foi irregular usar jato em viagem para implante
Renan Calheiros foi com jato da FAB para Recife, onde fez implante capilar. Presidente do Senado afirmou que devolverá dinheiro se for necessário.
O
presidente do Senado, Renan Calheiros, enviou na manhã desta
segunda-feira (23) um ofício ao comandante da Força Aérea Brasileira
(FAB), Juniti Saito, perguntando se cometeu alguma “impropriedade” no
uso de jato da FAB para uma viagem de Brasília a Recife (PE), onde
realizou uma cirurgia de implante capilar.
A ida a
Pernambuco ocorreu na última quarta (18) e não constava da agenda
oficial de Renan. No registro de voos da FAB, a viagem é justificada por
motivo de “serviço”. A assessoria da presidência do Senado informou
que, se Juniti Saito disser que o uso do jato não respeitou as regras,
Renan Calheiros devolverá os valores gastos, conforme cálculo que será
feito pela própria FAB.
Em Recife, o
senador passou por procedimento cirúrgico de implante capilar durante
aproximadamente 7 horas na última quinta (19) no Hospital Memorial São
José, área central da cidade. De acordo com o médico que realizou a
cirurgia, foram implantados mais de dez mil fios de cabelos. Renan
passava bem após o procedimento.
Segundo
decreto presidencial 4244, de 2002, autoridades como ministros de Estado
e o presidente do Senado, podem viajar em aviões da FAB nas seguintes
circunstâncias: por motivo de segurança e emergência médica; em viagens à
serviço; e em deslocamentos para o local de residência permanente. A
residência permanente de Renan fica em Maceió, capital alagoana.
Em junho
deste ano, Renan fez viagem em avião da FAB entre Maceió e Trancoso para
acompanhar o casamento da filha do líder do governo no Senado, Eduardo
Braga (PMDB-AM). Apesar de inicialmente ter dito que não devolveria o
valor referente ao voo, Renan recuou e anunciou a devolução aos cofres
públicos R$ 32 mil.
Antes da
devolução, Renan chegou a afirmar que usou o avião porque, como
presidente do Senado, exerce um cargo de representação. "Deixa eu
explicar. O avião da FAB usado por mim é um avião de representação. E eu
o utilizei como tenho utilizado sempre, na representação como
presidente do Senado", declarou na ocasião.
Câmara e Ministério
Também em
junho, o presidente da Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves
(PMDB-RN), usou um avião da FAB em junho para viagem de ida e volta com
seis acompanhantes entre Natal e o Rio de Janeiro.
Nesse período,
Alves disse que teve encontro com o prefeito do Rio, Eduardo Paes
(PMDB-RJ) e assistiu à final da Copa das Confederações, entre Brasil e
Espanha, no Maracanã. Depois da divulgação da viagem, Alves anunciou a
devolução de R$ 9,7 mil, como valor equivalente ao preço das passagens
em voo comercial.
O ministro
da Previdência Social, Garibaldi Alves, também devolveu dinheiro aos
cofres públicos este ano por uso de aeronave da FAB com fins pessoais.
Ele anunciou em setembro a devolução de gasto por viagem entre o Ceará e
o Rio de Janeiro, onde ele assistiu à final da Copa das Confederações,
entre Brasil e Espanha. O valor devolvido não foi informado.
Comandante diz que não cabe à FAB 'julgar' viagem de Renan
Presidente do Senado usou avião para ir a PE, onde fez transplante capilar. Juniti Saito disse que disponibilizou jato porque Renan usaria para 'serviço'.
O
comandante da Força Aérea Brasileira (FAB), tenente-brigadeiro do ar
Juniti Saito, informou nesta segunda-feira (23), em reposta a um ofício
enviado pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que não
cabe à instituição militar “julgar” os motivos das viagens de
autoridades em jatos da FAB.
Renan Calheiros enviou na manhã desta
quarta um documento a Saito perguntando se cometeu alguma irregularidade
ao usar a aeronave para uma viagem entre Brasília e Recife (PE), onde
realizou uma cirurgia de transplante capilar.
O comandante respondeu que
disponibilizou a aeronave para uma viagem a “serviço”, conforme
solicitado pelo presidente do Senado, e que não cabe à FAB “julgar” o
mérito dos traslados.
“Informamos que, em atendimento à
solicitação contida em ofício de 17 de dezembro de 2013, da Subchefia de
Gabinete da Presidência do Senado Federal, o Comando da Aeronáutica
disponibilizou o apoio de aeronave para viagem a serviço, conforme
solicitado”, diz o comandante, na nota enviada a Renan Calheiros.
“O Comando da Aeronáutica informou
que observa fielmente o disposto no Decreto nº 4.244, de 22 de maio de
2002, abstraídas questões de mérito relacionadas ao motivo da viagem o
qual, embora declarado na solicitação, foge à alçada deste Comando
julgar”, completou Saito no ofício enviado ao presidente do Senado.
A ida a Pernambuco ocorreu na
última quarta (18) e não constava da agenda oficial de Renan. Conforme
mencionado por Juniti Saito, no registro de voos da FAB, a viagem é
justificada por motivo de “serviço”.
Segundo decreto presidencial 4244,
de 2002, autoridades como ministros de Estado e o presidente do Senado,
podem viajar em aviões da FAB nas seguintes circunstâncias: por motivo
de segurança e emergência médica; em viagens à serviço; e em
deslocamentos para o local de residência permanente. A residência
permanente de Renan fica em Maceió, capital alagoana.
Em Recife, o senador passou por
procedimento cirúrgico de implante capilar durante aproximadamente sete
horas na última quinta (19) no Hospital Memorial São José, área central
da cidade. De acordo com o médico que realizou a cirurgia, foram
implantados mais de 10 mil fios de cabelos. Renan passava bem após o
procedimento.
Ressarcimento
A assessoria do Senado havia informado que Renan devolveria os valores relativos à viagem feita com o jato se a FAB considerasse o uso "impróprio".
Nesta quarta, partidos de oposição
cobraram a devolução do dinheiro aos cofres públicos pelo presidente do
Senado, independentemente da resposta da Força Aérea.
“A devolução é o mínimo que se
possa exigir nesta hora como cumprimento de dever. Evidentemente, há
normas que são estabelecidas e, se elas foram desrespeitadas, há que se
exigir o pagamento”, afirmou senador Álvaro Dias (PSDB-PR).
Dias ressaltou ainda que o uso do
jato da FAB para finalidade particular "fere" a imagem do Congresso
Nacional. “O exemplo deve ser no sentido de que o Congresso,
principalmente o Senado Federal, está trabalhando para recuperar
credibilidade e respeito. Certamente, com atitudes desta natureza, não
há possibilidade de recuperação."
O líder do DEM no Senado, José
Agripino Maia (RN), destacou que existem "normas claras" para o uso de
jatos da FAB por autoridades. “O uso do avião da FAB é dimensionado de
forma muito clara. Ele vai saberá interpretar. O presidente do Senado
sabe muito bem o que deve fazer”, afirmou ao G1.
O líder do DEM na Câmara, Ronaldo
Caiado (GO), disse que faltou “bom senso” e “desconfiômetro” por parte
de Renan Calheiros ao usar o jato da FAB para uma viagem destinada à
realização de transplante de cabelo.
“Essas extravagâncias expõem o
Congresso ao ridículo. O cidadão passa a não acreditar mais que as
pessoas que lá estão têm compromisso com o bem público, o espírito
público. Fica um processo de desmoralização e uma imagem irrecuperável.
Isso será citado em milhares de momentos quando qualquer um se referir
ao Congresso”, disse.
Para Caiado, Renan Calheiros não
deveria ter que perguntar à FAB se o uso do jato para cirurgia estética é
“impróprio”. “Cirurgia estética não se enquadra no rol de
possibilidades previstas para o uso do avião da FAB. Se ele fosse
acometido de problema de saúde, seria mais que justo. Mas cirurgia
estética não tem nenhuma relação a posição que ocupa com cabelo. Não tem
que perguntar, é mais que óbvio. A FAB não é taxi aéreo".
Na TV, Renan ressalta 'austeridade' do Senado com dinheiro público
É possível ‘fazer mais com menos’, disse presidente do Senado. Na quarta (18), ele usou avião da FAB em viagem para transplante capilar.
Em pronunciamento
em rede nacional de rádio e TV na noite desta segunda-feira (23), o
presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) afirmou que a
“austeridade” da Casa com gastos em 2014 demonstrou que “é possível
fazer mais com menos”.
Alvo de polêmica por usar, na
semana passada, jato da Força Aérea Brasileira (FAB) em uma viagem para
fazer transplante capilar em Recife, Renan Calheiros destacou que cortou
gastos durante sua gestão no comando do Senado.
“A austeridade do Senado mostrou que é
possível fazer mais com menos. Foram feitos cortes que significaram
economia de mais de R$ 260 milhões do dinheiro do contribuinte. Esse
dinheiro que será revertido à sociedade. Mais de 630 funções
comissionadas foram transformadas ou extintas”, disse.
Nesta segunda, o presidente do Senado
afirmou que, depois de a FAB calcular o valor, ele devolverá o dinheiro
correspondente ao custo da viagem a Recife.
No pronunciamento na TV, Renan Calheiros
afirmou que as manifestações que se espalharam pelas ruas do país em
julho deste ano provocaram uma “transformação na política”.
“A transparência e controle social nos
ajuda a corrigir erros e aperfeiçoar. Sei que com a nossa vontade vamos
fazer um Brasil melhor para todos. É esse meu desejo.”
O presidente do Senado destacou projetos
aprovados pela Casa, como a da exigência de ficha limpa para
funcionários públicos (escolhidos por concurso) e cargos em comissão
(escolhidos por indicação) – o texto ainda precisa, contudo, ser
aprovado por uma comissão especial na Câmara e pelo plenário antes de
ser sancionado.
Renan Calheiros também ressaltou a
aprovação pelo Congresso do fim do voto secreto em processos de cassação
e a votação de vetos presidenciais, além da PEC das Domésticas,
proposta que garantiu direitos trabalhistas a essa categoria.
“O Brasil pediu eficiência e
transparência. Por isso, é chegada a hora de o Congresso prestar contas a
todos os brasileiros, aos que saíram nas ruas ou os que apoiaram de
casa. Logo após as primeiras manifestações, conseguimos apoiar novas
leis, leis modernas”, afirmou, citando como exemplo o fim dos 14ª e 15º
salários para parlamentares e servidores do Congresso.
Renan diz que devolverá dinheiro de viagem para transplante capilar
Presidente do Senado usou avião da FAB, que registrou viagem de 'serviço'. Ele informou que vai esperar que seja calculado o valor antes de devolver.
O
presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse nesta
segunda-feira (23) à TV Globo que devolverá aos cofres públicos o valor
da viagem que fez na semana passada em um jatinho da Força Aérea
Brasileira (FAB) para Recife (PE).
A FAB registrou a viagem como de
"serviço", mas, no dia seguinte (quinta, 19) o senador fez uma cirurgia
de transplante capilar durante aproximadamente sete horas no Hospital
Memorial São José, área central da cidade. Nesta segunda, parlamentares
de oposição defenderam a devolução do valor da viagem pelo presidente do
Senado.
Renan disse que devolverá o
dinheiro depois que a FAB fizer o cálculo do custo da viagem e informar o
valor. Nesta segunda, ele enviou um ofício ao comandante da instituição
militar, tenente-brigadeiro do ar Juniti Saito, no qual indagou se
cometeu alguma “impropriedade” no uso do avião. Saito respondeu dizendo
que não cabe à FAB "julgar" se houve irregularidade.
O presidente do Senado afirmou que,
além de viagem a serviço, um dos motivos que asseguram a ele o uso do
avião oficial é a volta para o estado de origem – no caso dele, Alagoas.
Renan argumenta que viajou para Pernambuco, estado vizinho, e depois
seguiu de carro para Alagoas.
Segundo o decreto presidencial
4244, de 2002, autoridades como ministros de Estado e o presidente do
Senado, podem viajar em aviões da FAB nas seguintes circunstâncias: por
motivo de segurança e emergência médica; em viagens a serviço; e em
deslocamentos para o local de residência permanente.
Na resposta ao ofício de Renan
Calheiros, o comandante da Aeronáutica respondeu que disponibilizou a
aeronave para uma viagem a “serviço”, conforme solicitação do presidente
do Senado, e que não cabe à FAB “julgar” o mérito dos traslados.
“Informamos que, em atendimento à
solicitação contida em ofício de 17 de dezembro de 2013, da Subchefia de
Gabinete da Presidência do Senado Federal, o Comando da Aeronáutica
disponibilizou o apoio de aeronave para viagem a serviço, conforme
solicitado”, diz o comandante, na resposta enviada a Renan Calheiros.
Renan consulta FAB sobre voo ao Recife para implante capilar
O
presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), enviou ofício nesta
segunda-feira ao comandante da Força Aérea Brasileira (FAB), Juniti
Saito, no qual questiona se houve irregularidade no uso de um avião
oficial na semana passada. Calheiros pegou um avião da FAB para o
Recife, na noite da última quarta-feira, onde realizou um procedimento
de implante capilar.
O parlamentar quer saber se
precisará ou não ressarcir os cofres públicos. No registro da FAB, o
motivo do voo utilizado pelo senador consta como "serviço". Na agenda de
Calheiros não constava, no entanto, compromissos oficiais no Recife.
Em junho, Renan Calheiros foi até a
Bahia para o casamento da filha do também senador Eduardo Braga
(PMDB-AM) num avião da FAB. Na ocasião, o alagoano reembolsou R$ 32 mil à
União pelo voo.
Na semana passada, antes da cirurgia de
implante capilar, Renan Calheiros fez um balanço anual do Senado e
comemorou uma economia de R$ 275 milhões com políticas de cortes de
gastos. Ele disse que comunicaria o governo federal para que o dinheiro
fosse aplicado em ações sociais.
FAB - Uso irregular de aviões oficiais por autoridades e familiares
Quatro autoridades das mais altas
esferas do poder nacional tiveram que dar explicações em junho e julho
de 2013 sobre o uso irregular de aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) e
também de cotas de viagens oficiais.
Gripen, a vingança de Dilma?
A
presidenta Dilma Rousseff bateu o martelo sobre a escolha dos jatos de
combate Gripen para renovação da frota da Força Aérea Brasileira,
praticamente sucateada. O pessoal da Aeronáutica desde o primeiro
momento optara pelos aparelhos suecos. Historiando esse processo de
compra, ainda no governo de Fernando Henrique Cardoso concluiu-se pela
necessidade de reaparelhamento da FAB. Mas, FHC enrolou e deixou para o
Lula a decisão final sobre a compra dos caças a jato.
Desde o primeiro momento, a FAB
optara pelos aspectos técnicos e econômicos. Os jatos de combate da
Gripen custavam cerca de 4 bilhões de dólares. Bem menos que os aviões
norte-americanos e franceses. E os suecos ainda transfeririam tecnologia
de seus aparelhos para o Brasil. Em oito anos de gestão, Lula namorou
os aviões Rafale, construídos pela Dassault, da França, bem mais
onerosos.
Lula vislumbrava a entrada no Brasil no
Conselho de Segurança da ONU, que a França insinuava apoiar. Por isso,
flertava com a nação francesa a compra de seus jatos de combate. Como a
verba estava curta, seu governo enrolou o que pode e deixou a decisão
para a presidenta Dilma.
Na realidade, a compra dos jatos de
combate virou uma novela. Um negócio tão cobiçado do setor de defesa e
que tende a definir alianças estratégicas do Brasil nos próximos anos,
só podia mexer com os países classificados para esse fornecimento.
Os Estados Unidos, que estavam no auge de
uma crise financeira, queriam comer o “bolo”, através da Boeing, para
que fornecesse o seu modelo de combate F-18 Super Hornet. A presidenta
Dilma Rousseff estava propensa a fechar o contrato com os americanos.
Afinal, os States são os segundo maiores importadores do Brasil e que
também remontando à Segunda Guerra foram aliados dos brasileiros.
A revelação da extensão do programa de
espionagem americana pelo técnico da CIA e da Agência de Segurança
Nacional dos Estados Unidos, Edward Snowden, hoje recluso na Rússia
porque se voltar ao seu país será fatalmente condenado, fez com que
Dilma desse sinal vermelho à Boeing.
No fundo, no fundo, sua atitude
transparece àquele tipo de vingança feminina que sabe machucar na hora
exata. De pouco adiantou a diplomacia americana dar razão ao governo
brasileiro em condenar as ações da NSA e reafirmar que a força das
relações comerciais entre Brasil e EUA vai além das denúncias.
O que se sabe é que se Dilma tentou “dar o troco”, o tiro em parte saiu pela culatra. É que a
sueca Saab, que assinará o contrato de 4,5 bilhões de dólares com o
Ministério da Defesa do Brasil, detém uma série de fornecedores de
peças. As turbinas dos jatos do Gripen, por exemplo, são fornecidas pela
Boeing, empresa norte-americana.
É claro que a escolha dos 36 caças
Gripen NG foi oportuna. O Brasil, como média potência econômica, precisa
estar aparelhado no plano militar. A Saab, empresa sueca que venceu a
licitação, desde o primeiro momento se dispôs a transferir tecnologia,
construindo os aviões no Brasil. Trata-se, sem dúvida, de um caça
moderno e os preços foram os melhores. Gastar menos com defesa é uma
preocupação mundial. A proposta da empresa vencedora é dispor de uma
planta em conjunto com a Embraer, em São Bernardo do Campo.
Renan vai pagar voo em avião da FAB
Flagrado mais uma vez usando jatinho da Força Aérea para fins particulares, o presidente do Senado diz que ressarcirá os cofres públicos. Aeronáutica evita polêmica
O
presidente do Senado Federal, Renan Calheiros (PMDB-AL), decidiu
devolver ao Tesouro Nacional o dinheiro gasto com o voo que fez de
Brasília para o Recife em um jatinho da Força Aérea Brasileira (FAB), na
última quarta-feira. Na capital pernambucana, o parlamentar fez um
implante capilar e se submeteu a uma cirurgia de correção das pálpebras.
Consultada por Calheiros se a viagem foi regular, a FAB preferiu não
emitir juízo de valor sobre o tema. Em nota, o órgão informou que não
faz julgamentos sobre a justificativa das viagens, em resposta ao ofício
encaminhado pela Presidência do Senado, “que solicita esclarecimento
sobre eventual impropriedade na requisição de aeronave”.
Apesar da resposta evasiva da FAB, a
assessoria de imprensa do presidente do Senado informou que o valor a
ser devolvido ainda será calculado. A Aeronáutica limitou-se a dizer que
“observa fielmente o disposto no Decreto nº 4.244, de 22 de maio de
2002, abstraídas questões de mérito relacionadas ao motivo da viagem, o
qual, embora declarado na solicitação, foge à alçada deste Comando
julgar”. O decreto diz que os pedidos de transporte de autoridades ao
comando da Arma devem ser atendidas apenas por motivo de segurança ou
emergência médica, em viagens a serviço e em deslocamentos ao local de
residência permanente.
A viagem de Calheiros a Pernambuco para
se submeter a uma cirurgia de implante de 10 mil fios de cabelo,
revelada pelo jornal Folha de S.Paulo, não se enquadra em nenhuma das
situações previstas no decreto. Ele informou à FAB que se tratava de uma viagem de “serviço”, mesmo sem agenda de trabalho definida.
Em junho deste ano, ele já havia usado uma aeronave da FAB para
assuntos particulares e teve de reembolsar a União em R$ 32 mil, após a
péssima repercussão do episódio. Na ocasião, ele foi ao casamento da
filha do senador Eduardo Braga (PMDB-AM), em Trancoso, no litoral da
Bahia.
Discurso
Ontem, em cadeia de tevê e rádio, Renan
fez o segundo pronunciamento deste ano como presidente do Senado. Ele
fez um balanço de projetos aprovados no Congresso em 2013, como o fim
dos 14º e 15º salários, o voto aberto para cassação de mandatos e vetos
presidenciais, e a concessão de novos direitos trabalhistas para os
empregados domésticos. Embora tenha falado em nome de todo o parlamento,
boa parte das propostas citadas por ele como resposta às manifestações
de junho ainda não viraram lei porque falta a votação na Câmara. Estão
nessa lista projetos como o que torna a corrupção crime hediondo, o que
impõe perda automática de mandato para quem for condenado, a exigência
de ficha limpa para servidores públicos e o do orçamento impositivo.
Renan Calheiros também disse que fez
economia com o dinheiro público. Mas o Correio mostrou na edição de
ontem que, ao contrário do discurso de austeridade de Renan, as despesas
da Casa aumentaram em 2013 em relação a 2012. De acordo com a base de
dados do Siga Brasil, o Senado gastou R$ 2,732 bilhões entre fevereiro
(mês em que Renan assumiu a presidência) e novembro, valor R$ 23,4
milhões superior aos R$ 2,709 bilhões desembolsados no mesmo período de
2012. O cálculo levou em conta tudo que foi gasto pelo órgão, incluindo
os restos a pagar quitados. O aumento se deu, principalmente, com o
pagamento de pessoal e de encargos sociais, que inclui os salários de
parlamentares, servidores e comissionados. Em nota divulgada ontem, o
Senado “esclarece que a economia anunciada pelo presidente Renan
Calheiros é relativa à diferença entre o orçamento autorizado e o que
foi realmente executado no ano de 2013”. De acordo com a nota, o cálculo
não foi feito com base em comparação ao que foi executado em 2012,
Por falar em…
Roberto Requião dispensou ontem a possibilidade de falar na última sessão não-deliberativa do ano no Senado.
"Hoje, estou amargo. Não vou nem
discursar. Se o fizer, vou pedir um gripen emprestado para ir cortar o
cabelo no Recife”, afirmou, já fazendo chacota com o implante de Renan e o uso do jato da FAB.
PODER AÉREO
Lockheed Martin vai modernizar radar 3D de defesa aérea TPS-B34 da Aeronáutica
Na edição do Diário Oficial da União DOU
desta segunda-feira, 23 de dezembro, foi publicado o Extrato de
Inexigibilidade de Licitação para a modernização dos radares
tridimensionais de Defesa Aérea TPS-B34 (apesar do extrato tê-los
denomidado TBS-B34).
Seis unidades deste sistema
transportável de radar foram adquiridas quando da implantação do SIVAM,
há 15 anos, e já contam com 10 anos de operação em condições ambientais
adversas, o que demandou, em setembro, um contrato de suporte técnico e
logístico entre a organização apoiadora do equipamento, o Parque de
Material de Eletrônica da Aeronáutica do Rio de Janeiro (PAME-RJ) e o
fabricante Lockheed Martin.
DEFESANET
Acidentes quase puseram em xeque projeto dos caças Gripen
Claudia Varejão Wallin
Há vinte anos, quando um dos primeiros
protótipos do caça Gripen se despedaçou no centro da capital sueca
diante de uma multidão atônita e desesperada, muitos questionaram a
sabedoria da decisão política de empregar anos de pesquisas e milhões de
coroas suecas no desenvolvimento de um caça nacional de última geração.
Mas a fórmula sueca acabaria por provar a
eficácia do engenho doméstico: hoje a terceira geração de caças
Gripen-NG, da fabricante sueca Saab é reconhecida como uma aeronave
avançada, com boas vendas em todo o mundo. Na semana passada, o governo
brasileiro anunciou que renovará a frota de caças da Força Aérea
Brasileira (FAB) com a aquisição de 36 aeronaves Gripen-NG, da
fabricante Saab.
O avanço da indústria de defesa sueca,
que hoje desponta entre os grandes fabricantes do setor, tem sua origem
na antiga política de neutralidade do país.
"Como era um país neutro, a Suécia tinha
que erguer a sua própria indústria militar – aviões, navios, submarinos,
equipamentos, armamentos. Pode-se dizer que o caça Gripen, assim como
os modelos que o antecederam, são resultado da tradição de neutralidade
da Suécia", disse Christer Åström, considerado um dos principais
especialistas em defesa da Suécia, em entrevista à BBC Brasil.
Mas o projeto dos caças Gripen,
inaugurado na década de 80, era especialmente ambicioso: não se tratava
apenas do desenvolvimento de um caça-bombardeiro, mas de um amplo e
abrangente sistema de defesa. O sistema incorporava desde componentes de
voo, controles de mecanismo em terra e manutenção, a sistemas de
comunicação com armamentos.
Uma característica central diferenciava o
Gripen de outros projetos anteriores: ele usa sofisticadas tecnologias
de ponta, mas pode ser produzido a um custo mais baixo.
Turbulências
Não foi, porém, uma trajetória sem
turbulências. A história dos caças Gripen começou no fim dos anos 70,
quando uma série de estudos foi conduzida para o desenvolvimento de um
sucessor para o caça sueco Viggen, que entrava no fim de seu ciclo
operacional. No momento em que o projeto JAS Gripen foi apresentado, no
início da década de 80, os partidos políticos de esquerda se mostraram
céticos.
"A principal controvérsia era se a Suécia
deveria comprar um caça já desenvolvido e testado (um caça americano,
por exemplo), que seria mais barato, ou desenvolver uma nova geração de
caças suecos, que custariam mais caro, mas colocariam o país na
liderança tecnológica do setor", observa Annika Brändström, em relatório
da Escola Nacional de Defesa Sueca.
A decisão de produzir um caça nacional,
em vez de importar, foi fortemente influenciada por considerações
políticas, como o forte potencial de geração de empregos no país. Em
junho de 1982, o Parlamento sueco aprovou a decisão de autorizar o
desenvolvimento de 30 caças JAS Gripen, com a opção de estender o
contrato para outras 110 unidades.
Na época, outros países europeus planejavam, simultaneamente, caças semelhantes.
"O Rafale, o Mirage 2000 (França), o LAVI
(Israel) e o europeu Eurofighter foram alguns dos projetos de caças
concorrentes lançados nos anos 70 e 80. Estes aviões eram considerados
instáveis e tinham características diferentes daquelas dos caças suecos
anteriores. Problemas com os sistemas de controle de vôo e uma série de
acidentes e quedas ocorreram com quase todos os projetos", destaca
Annika Brandström.
Com a Suécia, não foi diferente. Já na
etapa inicial do projeto, a construção dos protótipos sofreu uma série
de atrasos, provocados em parte por problemas graves no sistema de
navegação. E os primeiros tempos do Gripen seriam sombrios.
No dia 8 de agosto de 1993, um domingo, a
cidade de Estocolmo esteve perto de sofrer uma tragédia humana.
Milhares de pessoas estavam reunidas no centro da capital sueca para um
festival anual, e uma das principais atrações do dia era um show aéreo
em que o caça JAS 39A Gripen voaria sobre o público. Poucos minutos após
o vôo, o piloto foi subitamente ejetado do caça, que iniciou uma queda
fulminante diante de uma multidão em pânico. O avião se chocaria contra a
ilha de Långholmen, no centro da capital, a cerca de 30 metros da ponte
de onde milhares de pessoas assistiam ao espetáculo.
Ninguém – nem o piloto - saiu ferido
seriamente. Mas as imagens do avião em chamas geraram um debate sobre a
credibilidade do Gripen, e em última instância sobre a própria
existência futura do projeto. Afinal, não era a primeira vez: quatro
anos antes, no dia 2 de fevereiro de 1989, o primeiro protótipo do JAS
39-1 havia caído durante seu sexto vôo quando tentava aterrissar na
cidade de Linköping, sede da fábrica da Saab. O mesmo piloto, Lars
Rådeström, protagonizara as duas quedas.
"Apesar dos dois acidentes, os políticos
que apoiavam o projeto do Gripen nunca desistiram, e lutaram até atingir
os resultados de excelência planejados para o avião", contou o
especialista Christer Åström.
Vendendo para o mundo
Exportar era preciso: vender os novos
caças no mercado internacional era essencial para tornar o projeto
lucrativo, e situar a Suécia no mapa da concorrência como um dos líderes
do setor.
"A primeira exportação foi um contrato de
leasing de 14 caças Gripen para a Hungria e a República Tcheca. Na
década de 90, a África do Sul tornou-se o primeiro país a comprar os
caças, num total de 28 aviões. Desde então, a Tailândia adquiriu 12
modelos Gripen, e a Suíça assinou uma carta de intenção para comprar 22
caças, sendo que o anúncio oficial da compra é esperado para o próximo
verão europeu", destacou Åström, acrescentando que o governo sueco acaba
de encomendar 60 novos caças para a Força Aérea do país.
Na Saab, o porta-voz Rob Hewson oberva
que, desde aqueles incidentes, o caça sueco continuou a ser
continuamente aperfeiçoado. E o atual modelo, a ser produzido em
parceria com o Brasil, corresponde à terceira geração de caças Gripen da
Saab.
"Apenas as pessoas na Suécia ainda se
lembram da queda do avião em 1993. Fora da Suécia, o acidente foi visto e
compreendido como parte do processo de risco durante a fase de testes
de vôo. Uma vez superados aqueles incidentes, que foram na verdade
ocorrências relativamente normais da etapa de testes, o Gripen tem
demonstrado um nível exemplar de segurança operacional", disse o
porta-voz à BBC Brasil.
Para o especialista Christer Åström, o segredo da fórmula do Gripen está na eficiência do modelo
"O Gripen possui apenas um motor, é
extremamente sofisticado e é bem mais barato em comparação ao Boeing
F/A-18 Super Hornet, ao Rafale da francesa Dassault e também ao europeu
Eurofighter Typhoon. Os custos operacionais do Gripen são
significativamente menores do que os dos demais caças, que possuem
motores duplos. É interessante notar que o Gripen pesa a metade do que
pesam os outros modelos da concorrência. E é um avião eficaz, com
tecnologia de ponta e equipado com armamentos de última geração", disse
Åström, lembrando ainda que o Gripen participou com êxito das operações
da Otan na Líbia há dois anos.
Superado um sombrio começo marcado por
acidentes, acrescenta Åström, o Gripen está atualmente entre os caças
mais vendidos do mundo, ao lado dos americanos F/A-18 Super Hornet e
F-16 Fighting Falcon.
Segundo o porta-voz da Saab, a terceira
geração de caças Gripen é uma sofisticada aeronave produzida por um país
"pequeno e inventivo, que cumpriu a meta de desenvolver aviões com
excelente nível operacional que não custassem uma fortuna".
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