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NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 22/12/2013

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Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.




AGÊNCIA SENADO


Senado fará audiência sobre compra de caças



Tão logo o Congresso retome as atividades, em fevereiro de 2014, a Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) fará uma audiência pública com o ministro da Defesa, Celso Amorim, e o comandante da Aeronáutica, Juniti Saito, para que sejam esclarecidos detalhes relativos à decisão do governo brasileiro de comprar 36 caças da empresa sueca Saab.
Foi o que informou o presidente da CRE, senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES), ao repórter Adriano Faria, da Rádio Senado. Na entrevista, o senador expressa a opinião de que as ações de espionagem realizadas no Brasil pelo governo dos Estados Unidos, reveladas pelo analista de inteligência americano Edward Snowden, certamente prejudicaram a Boeing, empresa daquele país que disputava a preferência das autoridades de defesa brasileiras com a Saab e a francesa Dassault.
– Ainda que nossas autoridades não admitam, é evidente que houve uma reflexão sobre isso. Quando você faz uma aquisição como essa, é como se você estivesse fazendo um casamento. Então a geopolítica foi considerada, juntamente com as questões de eficiência e performance – ponderou Ferraço.
Antecedentes
Anunciada na última quarta-feira (18), a escolha dos caças suecos pôs fim a uma disputa que já durava quase duas décadas. Em 1996, o governo Fernando Henrique Cardoso comunicou a intenção de adquirir as aeronaves. O mesmo objetivo orientou o lançamento, em 2001, do programa FX-2, ainda na gestão FHC.
Durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, o então presidente da República chegou a declarar que o Brasil compraria os equipamentos fabricados pela francesa Dassault.
Na opção pelos caças de modelo Gripen NG, da Saab, pesaram, conforme o Ministério da Defesa, a qualidade dos equipamentos, os custos de aquisição – estimados em US$ 4,5 bilhões – e de manutenção e, sobretudo, os compromissos de transferência de tecnologia e de nacionalização de boa parte do processo de produção. Isso porque a parte de estrutura do avião e outros componentes deverão ser produzidos em São Bernardo do Campo (SP), contribuindo para o desenvolvimento da indústria aeronáutica do país.
Baixo investimento
No Senado, foram positivas as primeiras reações à escolha da Suécia como parceira no projeto de reaparelhamento da Aeronáutica. Em discurso em Plenário na quinta-feira (19), a senadora Ana Amélia (PP-RS) elogiou a decisão.
Lamentou, no entanto, a demora na definição do escolhido e os baixos investimentos do Brasil nas áreas de defesa e de tecnologia.
Ferraço também fez declarações favoráveis ao caminho estratégico pelo qual o país optou. Mas destacou a necessidade de “diálogo” entre Executivo e Legislativo para que sejam esclarecidos “detalhadamente” os diversos aspectos da decisão.
Um desses aspectos tem a ver com as providências que serão tomadas para resguardar os interesses nacionais de defesa a partir deste mês – quando a Aeronáutica deixará de utilizar os caças franceses Mirage – e até 2018, data em que está prevista a entrega dos primeiros aviões Gripen.
– Nós vamos fazer um diálogo muito aprofundado e detalhado sobre as razões que levaram o governo brasileiro a decidir pelo jato supersônico Gripen, e vamos debater o planejamento do Estado brasileiro para esses meses em que termos um vácuo na ocupação desses espaços – afirmou Ferraço à Rádio Senado.

FOLHA DE SÃO PAULO


Para ficar quites



O melhor da compra dos caças suecos não está nas condições do negócio nem nas conveniências do avião, já muito conhecidas. Está no momento em que foi comunicada. Foi só o presidente francês François Hollande dar as costas, encerrada a vinda a Brasília com ofertas e um chefão da fábrica do caça Rafale, e Dilma Rousseff noticiou a vitória dos suecos. Ficamos quites com as desfeitas da França de Hollande e de seu antecessor Sarkozy ao Brasil. 
Não foi a única retribuição dada ao medíocre Hollande. Mas a outra, por acaso concomitante com aquela, aplica-se também a todos os que aqui ridicularizaram a iniciativa de Dilma e do então ministro Antonio Patriota, das Relações Exteriores, de apresentar à ONU uma proposta de resolução motivada pela espionagem dos Estados Unidos: estender às comunicações digitais, em todo o mundo, os direitos de proteção já reconhecidos a governos, cidadãos, empresas e entidades.
O "socialista" Hollande não permitiu a adesão da França à proposta. Só a conservadora Angela Merkel, entre os governantes citados na espionagem denunciada, teve a dignidade de juntar-se a Dilma. A resolução foi aprovada por consenso da Assembleia Geral, na quarta-feira, sem sequer precisar de votação. A França de Hollande teve de se curvar. Aqui, para conhecimento (ligeiro) desse êxito, só esmiuçando o noticiário.
Apesar de nem lembrado, foi uma grande vitória também do denunciador Edward Snowden, extensiva ao jornalista Glenn Greenwald, que o ajudou na revelação de injustificáveis espionagens americanas. A nova consequência das denúncias dá-se, aliás, em momento de certa confusão a propósito de asilo de Snowden no Brasil. Minha leitura da sua carta aos brasileiros não vê ali uma proposta de asilo no Brasil em troca de revelações. Seu impedimento de atender a pedidos de senadores brasileiros, "até que um país conceda asilo permanente", aplica-se a qualquer país. E, a meu ver, reflete muito menos um possível pedido do que uma realidade conhecida: mesmo na Rússia, seu asilo provisório está sob a condição de que não revele documentos da espionagem americana.
Daí que não tenha havido recusa do governo brasileiro a asilo de Snowden. Nem decisão negativa de Dilma Rousseff a respeito, só a ela cabendo decidir. A campanha para concessão do asilo está crescendo, mas o fator decisivo, não só no Brasil, será outro. Como ninguém sabe o que Snowden tem ainda a revelar, prevalece o temor de que grandes novidades provoquem reações extremadas dos Estados Unidos. Não é de pedido e concessão que Snowden depende, mas de encontrar, com seus coadjuvantes, solução para os medos que provoca.
A propósito, a eliminação do caça americano, na compra brasileira, está identificada por muitos como represália à espionagem de e-mails de Dilma. Do ponto de vista moral não faz muita diferença, mas outra razão fixou-se desde longe: os americanos não são confiáveis. Por mais que a Boeing ofereça garantias de transferência de tecnologia, acima dela estará sempre o governo americano, para impor limitações e proibições quando queira, por motivos políticos e não necessariamente reais. Com a democracia sueca não há risco.
SEM ESQUECER
João Goulart recebeu de volta, simbolicamente, o seu mandato de presidente, por proposta dos senadores Randolfe Rodrigues e Pedro Simon. Em 2 de abril de 1964 o Congresso declarou vaga a Presidência, por abandono alegado pelo senador paulista Auro de Moura Andrade. Mas era mentira, Jango não saíra do país. Houve, portanto, dois golpes de Estado em 64: o militar e o parlamentar. Este, ainda mais desprezado pela historiografia do que o outro, e isentados os seus articuladores de toda consequência, ainda que apenas como nódoa biográfica. Lá está Moura Andrade, por exemplo, em retrato presidencial no Senado.
Jango ressurge por efeito da passagem do Brasil de "país sem memória" a "país que não esquece". Melhor: que não deixam esquecer. Não é o caso só dos desaparecimentos e torturas. Estão aí, outra vez, as mortes de Jango e de Juscelino. O que torna mais plausíveis as suspeitas de suas causas é sempre o mesmo: a ideia de investigá-las, para chegar-se a uma palavra final em qualquer sentido, levanta a inquietação de pessoas que se ligaram à ditadura, e procuram depreciar qualquer esforço de esclarecimento. Por certo, têm os seus motivos. E outros têm memória. 

PORTAL G-1


Rio transborda e deixa Santa Leopoldina, no ES, inundada


Familiares não conseguem falar com parentes por telefone. Estrada e propriedades foram tomadas pela água.

ImagemO município de Santa Leopoldina, na região Serrana do Espírito Santo, ficou debaixo dágua neste sábado (21), após o rio que corta a cidade transbordar. Segundo moradores, a cerca de 15 quilômetros do Centro da cidade, já não era mais possível fazer travessias no local, pois a estrada que dá acesso à região foi inundada pela água. De acordo com o Corpo de Bombeiros, devido a enxurrada, uma senhora ficou ferida, mas o resgate precisou esperar um veículo de porte maior para chegar ao local.
Segundo a Defesa Civil, propriedades inteiras foram tomadas pela água e até um trator ficou no meio do alagamento. Por volta das 14h deste sábado, a chuva voltou a cair forte e o nível da água continuou subindo no município.
Parentes de moradores da região relataram que não conseguem contato por telefone com os familiares. A Defesa Civil informou que as vítimas com ferimentos leves são atendidas em uma base montada na cidade,e as pessoas que apresentam estado mais grave, estão sendo transferidas pra hospitais da Grande Vitória.
Defesa Civil

De acordo com o último boletim divulgado pela a Defesa Civil , subiu para 20.902 o número de pessoas que precisaram deixar suas casas após as fortes chuvas que atingem o Espírito Santo. No total, são 3.535 desabrigados, levados para abrigos das prefeituras; e 17.367 desalojados, encaminhados para casas de parentes e amigos. Ainda de acordo com Defesa Civil, cinco mortes já foram provocadas.
Governador

Na manhã do sábado (21), o governador Renato Casagrande (PSB), decretou estado de emergência nos 78 municípios que compõem o Espírito Santo. Na quinta-feira (19), ele já havia pedido ajuda ao Governo Federal para auxiliar na reestruturação dos municípios e também no resgate de pessoas atingidas pelas fortes chuvas. Foi solicitado um helicóptero da Força Aérea Brasileira, que através da Defesa Civil Estadual vai ajudar moradores em áreas de risco.

PORTAL R7


Tecnologia de caça Gripen pode ser usada em jatos comerciais


Para especialista, Embraer tem oportunidade de desenvolver projetos com peças em carbono

Apontado por colegas como um dos maiores especialistas brasileiros em projeto aeronáutico, o professor Alvaro Martins Abdalla, da Escola de Engenharia da USP-São Carlos, afirma que a escolha do caça Gripen para renovar a frota das Forças Armadas representa uma oportunidade para o Brasil reduzir sua dependência tecnológica no setor.
Para o professor, dependendo do acordo entre a Embraer e a Saab, a parceria pode resultar em vantagens não só para a aviação militar, mas também para a aviação civil.
Conheça o caça Gripen
Abdalla esteve recentemente na Europa, como pesquisador, para desenvolver projeto conceitual de aeronave militar. Lá, manteve contato com a empresa sueca. Confira abaixo as respostas enviadas, por e-mail, pelo professor às questões feitas pelo R7:
R7 - O governo acertou ao escolher comprar o caça Gripen?
Alvaro Abdalla - Sem dúvida. Apesar de as três aeronaves selecionadas cumprirem todos os requisitos do programa FX, a decisão pela compra do Gripen foi acertada. Pilotos, engenheiros e a Comissão Coordenadora do Programa Aeronave de Combate da FAB fizeram uma avaliação detalhada das propostas e escolheram o Gripen. A aeronave tem baixo custo unitário e operacional, sistemas relativamente simples, o que facilita a integração de armamentos de diferentes tipos e fabricantes, inclusive nacionais.
R7 - Qual a importância, para o Brasil, da transferência de tecnologia?
Abdalla - A Saab garantiu total e irrestrita transferência de tecnologia do Gripen para a indústria brasileira. Além disso, a empresa se comprometou em ter a indústria brasileira integrada em todas as fases de desenvolvimento da aeronave. Mas, mais do que a transferência de tecnologia, é importante o fato de o Brasil poder ser parceiro no desenvolvimento da aeronave. O Gripen NG não está totalmente pronto. Poderemos aprender a projetar, a modificar e a aperfeiçoar uma aeronave de combate. É uma oportunidade para o Brasil reduzir sua dependência tecnológica no setor. A escolha do Gripen NG proprciona a base para o desenvolvimento de uma aeronave militar supersônica brasileira.
R7 - A Embraer deve participar do projeto. O senhor acredita que a empresa possa usar o conhecimento adquirido também em novos jatos comerciais?
Abdalla - Tecnicamente sim, mas dependerá do tipo de acordo firmado entre a Saab e a Embraer. Uma das tecnologias críticas que poderia beneficiar a Embraer seria o projeto e a manufatura de estruturas em material composto principalmente de carbono. Hoje, há uma tendência em construir grandes partes estruturais de aeronaves comerciais com cabono.
R7 - Há, porém, crítica ao fato de boa parte dos componentes do Gripen ser de fabricação americana. Isso pode anular a transferência tecnológica?
Abdalla - Penso que seria difícil anular totalmente. E, havendo problemas com o fabricante, a SAAB tem de garantir o fornecimento, tem de negociá-los. Há a alternativa de modificar o projeto da aeronave e trocar esses componentes por componentes de outros fabricantes. Não é uma tarefa simples para todos os componentes, mas não é impossível.
R7 - Pode haver problemas no cronograma de entrega?
Abdalla - Se houver problemas no fornecimento de componentes, por exemplo, pode, sim, haver atrasos.
R7 - Há risco de boicote por parte de algum fornecedor?
Abdalla - Acredito que nenhum país tenha interesse em boicotar ou prejudicar o desenvolvimento e a fabricação da aeronave no Brasil porque todos têm relações comerciais e interesse em produtos fabricados pela Embraer. Um fator importante é que as partes mais sensíveis da aeronave, como a manipulação e a decodificação do sistema de armamento, serão feitas no Brasil.
R7 - Qual é o risco que o Brasil corre pelo fato de o caça ser, por enquanto, um protótipo? Os testes já feitos são suficientes?
Abdalla - Já existem várias forças aéreas operando a aeronave: Suécia, África do Sul, República Tcheca, Tailandia e Suíça também elegeram o Gripen como seu caça.
R7 - Será necessário treinar os pilotos brasileiros para que lidem com o novo caça? Como deve ser feito esse treinamento?
Abdalla - Sim. Isso deverá ser feito com modelos da aeronave Gripen para treinamento. São modelos com assentos duplos em “tandem” (posicionados um a frente do outro).
R7 - O Gripen é menor e mais leve que os concorrentes. Qual é a vantagem dessa característica?
Abdalla - A principal vantagem, a meu ver, seria a capacidade de operar em pequenas pistas. O Gripen poderia atender à Marinha brasileira, operando no porta-aviões São Paulo, o que o Rafale e outros concorrentes não poderiam fazer.
R7 - Mas há quem critique o Gripen justamente por não poder ser usado em porta-aviões.
Abdalla - De fato, a versão naval do Gripen ainda está na fase conceitual, mas existe uma grande possibilidade de ser apresentada em breve. O caça tem muitas características de aeronave naval. Ele possui, por exemplo, “canards” relativamente grandes. Os “canards” são aquelas pequenas asas que ficam à frente da asa. Eles têm várias funções. Além de tornarem o Gripen uma aeronave mais ágil, também funcionam como freios. O modelo, então, decola de pistas de menos de 900 metros e pousa em 500 metros. Isso levou a Saab a estudar a versão naval.
R7 - A autonomia de voo do Gripen é menor que a dos concorrentes. Em um país de dimensões continentais, como o Brasil, isso não pode prejudicar as operações?
Abdalla - O Gripen NG terá a sua autonomia aumentada com a modificação do trem de pouso principal, que resultará em um espaço suficiente para alojar um tanque de combustível de 1.200 litros, aumentando o raio de combate para 1.300 quilômetros (o raio original é de 800 quilômetros).
R7 - É realmente necessário renovar a frota das Forças Armadas?
Abdalla - Sim. A frota de aeronaves Mirage 2000 já era para estar aposentada há anos. Só foi possível esticar seu tempo em serviço graças a peças de reparos - obtidas, talvez, por meio de "canibalização" de outras aeronaves (retirada de peças de um avião para consertar em outro).
R7 - E o número de aeronaves que devem ser adquiridas é compatível com a necessidade do Brasil?
Abdalla - Não. Eu penso que uma quantidade maior de aeronaves seria necessária. Com um maior número de aeronaves, uma melhor distribuição dentro do território poderia ser feita. Assim, o problema do alcance seria minimizado, reduzindo também os custos operacionais.

Controladores de voo são afastados depois que aviões quase batem em pleno ar em Campinas


Piloto precisou fazer manobra de emergência para evitar colisão; Aeronáutica investiga o caso

A FAB (Força Aérea Brasileira( afastou os controladores de voo depois que um avião da companhia aérea Azul foi forçado a fazer uma manobra de emergência para evitar uma colisão em pleno ar. A manobra aconteceu poucos minutos depois da decolagem na tarde de quinta-feira (19). 
O Ministério da Aeronáutica abriu investigação para apurar o que aconteceu. Os controladores de voo, que deveriam ter evitado o problema, foram afastados até o fim do trabalho de apuração do Decea (Departamento de Controle do Espaço Aéreo).
O avião da Azul, fazia o voo 5114, saiu do aeroporto de Viracopos, em Campinas, interior paulista, e seguia para o aeroporto de Santos Dumont, no Rio de Janeiro. O outro avião ainda não foi identificado. Numa área de responsabilidade do controle de tráfego de São Paulo, os aviões seguiam em rotas próximas quando o TCAS (Sistema Anticolisão de Tráfego) dos dois teria sido acionado.
O equipamento, que se comunica com outros aviões, informa ao piloto os procedimentos para evitar uma colisão — numa aeronave, indica que o comandante suba e no outro, que desça. No acidente do avião da Gol com o Legacy, em setembro de 2006, o sistema estava desligado no jato da Embraer.
Para evitar a colisão com a outra aeronave que seguia na mesma rota, o piloto da Azul desceu de forma brusca, em um procedimento parecido com um mergulho. Em seguida, ele pediu desculpas aos passageiros e disse que a manobra foi necessária para evitar a colisão.
De acordo com nota da Azul, o voo 5114 "teve de desviar seu percurso durante o trajeto por conta de outra aeronave, que seguia em rota próxima". "A companhia esclarece que essa é uma ação preventiva e visa conferir a segurança de suas operações."

Mais que um brinquedo, drone vira tendência em serviços de entrega no Brasil


Especialistas afirmam que já há pedidos de compra de aviação não tripulada para o comércio

O drone, aviação compacta não tripulada, deixou de ser só mais um dos brinquedos preferidos dos geeks e virou tendência no setor de serviços do Brasil. Agora, a popularidade do equipamento cresce mensalmente. Pelo menos é o que diz o diretor comercial da Gohobby, Arthur Vaz.
— A gente acredita que a popularidade dos drones está crescendo mensalmente. Tem gente de site de músicas que me ligam pedindo o drone. Cada vez mais as pessoas vão precisar dos drones.
Recentemente, a loja virtual norte-americana Amazon veio a público para dizer que está desenvolvendo um drone próprio para entregas de pedidos on line. A declaração causou clamor público por conta dos trâmites legais para introduzir o serviço nos Estados Unidos, que pode fazer com que os drones voem apenas em 2020 por lá.

 Eles vão fazer isso em cinco anos? Não, porque é uma empresa muito grande e demora. Precisa de uma legislação para fazer a conta.
Independentemente do tempo que vai levar para o drone fazer parte do nosso dia a dia, esta tecnologia chama a atenção pela facilidade com que o condutor tem ao usar, os recursos com celulares, seu alcance e o alto nível da tecnologia que permite ao aparelho ficar suspenso no ar.

JORNAL DO COMMERCIO


O último voo dos guardiães do poder


AVIAÇÃO Com anúncio da compra de caças suecos pela FAB, caças serão aposentados. Defesa ficará temporariamente com F5s

SÃO PAULO - O momento é de despedida. Os guerreiros dizem adeus às máquinas de combate na base de Anápolis, em Goiás. São os pilotos dos 12 caças Mirage 2000 C/B, do 1º Esquadrão de Defesa Aérea. A eles, cabe garantir a segurança de Brasília. E, de quebra, também de determinados pontos estratégicos em regiões vizinhas, alguns deles no Estado de São Paulo.
A frota de caças, nesse momento limitada a seis supersônicos - os outros servem de banco de peças e ficam na reserva -, está sendo desativada. A princípio, o último voo está previsto para a noite do dia 31, isso se uma aeronave não identificada invadir o limite do espaço aéreo do centro do poder.
Não se sabe quem fará a saída derradeira. Depende da escala de serviço. O perfil desse homem é, todavia, o padrão da elite dos combatentes, reunida no grupo: o aviador do voo final tem entre 27 e 37 anos e forma física para suportar as pressões superiores a nove vezes a da força da gravidade.
A melancólica aposentadoria do interceptador Mirage 2000, preso ao chão sem sucessor nos mesmos níveis de velocidade e poder de fogo, é a pior consequência da longa espera - pouco menos de 20 anos - pela escolha de um novo caça de múltiplo emprego e alta tecnologia para os esquadrões de caça da FAB. O procedimento terminou esta semana. A vencedora foi a sueca Saab, com o caça Gripen NG, ainda em desenvolvimento. O contrato vale US$ 4,5 bilhões.
Não muda a dificuldade imediata de operação. O Ministério da Defesa negocia o leasing, uma espécie de arrendamento de cerca de 12 jatos Gripen usados, modelo JAS-39. É uma geração anterior à do NG, para suprir a demanda enquanto a encomenda não for entregue, a partir de 2018 ou, talvez, um ano antes.
Até lá, o quadro do 1º Grupo, em Anápolis, será reduzido a apenas seis pilotos - hoje são cerca de 35. A missão de defesa passa para os caças F-5M, configurações modernizadas do americano F-5E Tiger II, construído há 35 anos. É o caça mais importante da FAB, que opera 46 deles e espera a incorporação de outros 11, comprados usados na Jordânia para serem revitalizados pela Embraer na fábrica de Gavião Peixoto, a 300 quilômetros de São Paulo. Um contrato total de US$ 470 milhões.
Os supersônicos de ataque serão deslocados alternadamente das bases da FAB em Santa Cruz, no Rio, de Manaus, no Amazonas, e de Canoas, no Rio Grande do Sul. Sua única tarefa é a guarda de Brasília. Dia e noite, dois deles vão permanecer prontos, armados com o canhão de 20 milímetros e mísseis ar-ar, preparados para decolar cinco minutos depois do uivo da sirene de emergência.
NO LIMITE
A rotina do esquadrão é dura. Quase sempre a interceptação é um exercício, fora do alcance visual do alvo, e feita, até agora, por um poderoso Mirage 2000, armado com canhões de 30 milímetros, mais dois mísseis Super-530 de 275 quilos, 3,80 metros - levando 45 quilos só de carga explosiva.
Nessa situação, o piloto, cujo treinamento é avaliado em US$ 3 milhões, dispara pela pista de 3,5 mil metros a bordo de um dos caças cinzentos de 6 milhões - comprados à França em 2005, usados e revisados, a um custo total de 80 milhões. O acionamento faz parte da rotina do GDA desde 1973, quando a unidade ainda se chamava 1ª Alada e operava o Mirage IIIE/Br - desativado 33 anos mais tarde, em 2005, também na noite de 31 de dezembro.
O caçador a bordo do supersônico só recebe os dados da missão quando já está no ar, motores trovejando sobre o planalto goiano. Localizado e identificado o "ilícito" - quase sempre um jato executivo ou avião privado -, o oficial retorna à base em 20 minutos. Demora outro tanto para voltar ao hangar, já preparado para sair outra vez.
O clima na reservada instalação militar do Planalto é o de tempo de guerra. A missão mais ampla é defender 1,5 milhão de quilômetros quadrados até o complexo industrial de São Paulo.
Os abrigos do alerta ficam próximos da pista, para permitir decolagem em 5 minutos, e suficientemente distantes para escapar das bombas de um eventual ataque contra as aeronaves em terra.
Há alguns anos, sem que o episódio seja confirmado ou desmentido, um jato de grande porte apareceu nos radares. O passageiro seria o então presidente da Venezuela, Hugo Chávez, para uma visita sigilosa ao amigo Lula. Legitimado, teria ganho a escolta de dois caças.
Os 12 Mirage 2000 C/B, usados, cedidos pela França por 60 milhões, mais 15 milhões em suprimentos e 5 milhões pelo treinamento técnico "foram a melhor solução até a execução do programa FX-2 novo caça de 4ª Geração", diz o comandante da Aeronáutica, brigadeiro Juniti Saito.

FAB em posição vulnerável


AVIAÇÃO Países como Venezuela e Chile possuem hoje uma frota de caças mais moderna que a brasileira, formada por F-5s e AMXs

SÃO PAULO - A opinião de especialistas é praticamente unânime: a Força Aérea Brasileira (FAB) se encontra numa situação vulnerável e, por isso, a compra dos 36 caças Gripen NG é considerada fundamental. Atualmente, em relação aos vizinhos, a frota de caças brasileira é inferior à de Venezuela e Chile.
Em 2006, o governo de Hugo Chávez comprou 24 Sukhoi russos, caças de combate considerados de ponta, num investimento de US$ 5 bilhões. O Chile gastou cerca de US$ 1 bilhão e hoje possui uma frota que inclui 36 F-16s americanos, também bastante modernos. Enquanto isso, com o desativamento, no dia 31 de dezembro, dos 16 Mirage atuantes no território nacional, o Brasil ficará apenas com 57 F-5s e 43 AMXs que, apesar de terem sido modernizados por empresas como a Embraer, com tecnologia israelense, não são considerados aviões de completa superioridade aérea.
Segundo Alexandre Galante, diretor da Aeronaval Comunicação, que edita, entre outros, a revista Força de Defesa, a Suécia (fabricante dos Gripen) deve inclusive enviar "caças-tampão" ao Brasil, de gerações anteriores ao NG, já que esses só chegarão em 2018. "Para que o país não fique completamente desprotegido. O Brasil tem uma extensão territorial, uma larga costa e uma posição estratégica na geopolítica mundial que não permite essa vulnerabilidade", alerta Galante que, improbabilidades à parte, diz: "Perto dos Sukhoi venezuelanos, nossos F-5 são limitados em alcance e no radar. Se os bolivarianos quisessem tomar a Amazônia, hoje conseguiriam", alerta.
Segundo Galante, além das questões de segurança territoriais em si (como plataformas de petróleo e a Amazônia), o Brasil ocupa uma posição estratégica no Atlântico Sul, área do mundo que vem sendo cada vez mais atacada por piratas e grupos terroristas atuantes na África Ocidental. Os ataques a plataformas de petróleo no Delta do Níger e no Golfo da Guiné, por exemplo, vêm se intensificando ao longo dos anos.
"O Brasil vive falando que não gostaria de uma presença maior da Organização do Atlântico Norte (Otan) no Atlântico Sul, mas, para isso, precisa estar presente nesses mares", avalia.
Os Gripen também serão instrumentos importantes de cooperação internacional. A África do Sul já usa uma geração anterior dos mesmos caças e trabalha, junto com o Brasil, no desenvolvimento de mísseis que se adaptarão melhor e mais rápido a caças dos mesmos modelos.
João Roberto Martins Filho, especialista em estratégia militar da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), lembra que a função principal dos aviões é ter capacidade rápida de estabelecer a defesa inicial no caso de uma invasão aérea. O rápido deslocamento é capaz de neutralizar ataques. "É muito importante o país ter capacidade de se defender de situações vulneráveis, caso ele seja pressionado. Devemos lembrar que o Brasil possui riquezas como petróleo, a biodiversidade amazônica, uma costa extensa e rica, além da água doce. Ter bons caças deve fazer parte de qualquer boa estratégia nacional de defesa", diz.

O ESTADO DE SÃO PAULO


Renan Calheiros terá de pagar por uso de avião oficial em compromisso particular


Presidente do Senado tinha informado a FAB que viajava 'a serviço', mas ele foi de Brasília até Recife para fazer um implante de cabelo; Renan não tinha compromissos oficiais na data

BRASÍLIA - O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), deverá devolver aos cofres públicos o valor gasto com o uso de avião da Força Aérea Brasileira (FAB) em seu deslocamento de Brasília para Recife na última quarta-feira, segundo informou sua assessoria de imprensa. Renan viajou para a capital de Pernambuco com o objetivo de fazer um implante de cabelo e não tinha compromissos oficiais naquela data.
De acordo com dados do site da FAB, o presidente do Senado saiu de Brasília às 22h15 e chegou a seu destino às 23h30. A aeronave levou outros quatro passageiros, provavelmente convidados de Renan, uma vez que não há registros de que o voo tenha sido compartilhado. O senador informou à FAB que a viagem seria "a serviço". O uso da avião para fins particulares foi revelado pelo jornal Folha de S. Paulo.
Segundo a assessoria de Calheiros, ele vai consultar a FAB sobre a regularidade da viagem e pagará o valor referente ao voo caso se conclua que teve caráter particular.
Antecedentes. É a segunda vez neste ano que o presidente do Senado utiliza um avião da FAB em compromissos particulares. Em junho, ele pegou carona para ir ao casamento da filha do líder do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM), em Trancoso, Bahia. Após o fato ser revelado pela imprensa, Renan devolveu o dinheiro.
Ministros do governo Dilma e outras autoridades mantêm o hábito de usar os aviões da FAB para retornar a seus Estados, embora um decreto de 2009, assinado pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, autorize o uso de voos comerciais em deslocamentos para casa. Para evitar mais gastos, a presidente Dilma Rousseff já orientou ministros que moram nos mesmos Estados a compartilhar os voos da FAB em suas viagens de ida e volta para Brasília.
Na última quinta-feira, 19, das 10 viagens registradas no site da FAB, seis levaram ministros e o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), para os Estados onde mantêm residências. O site da FAB diz que essas viagens foram "a serviço".  

Enfim, a compra dos caças



O grande mérito da presidente Dilma Rousseff ao tomar a decisão sobre o modelo e o país de origem dos caças de combate e interceptação destinados ao reequipamento da Força Aérea Brasileira (FAB) foi escrever o epílogo de uma história que se arrastava havia 12 anos - ou duas décadas, conforme o momento que se prefira para começar a contá-la. Já não era sem tempo, literalmente. Hoje, a Aeronáutica decreta a aposentadoria por invalidez dos 12 caças Mirage 2000 responsáveis pela proteção dos céus de Brasília. O seu último voo está marcado para a meia-noite do último dia do ano.
A nova frota de 36 aparelhos a serem produzidos pela sueca Saab, presumivelmente com alguma parceria com o Brasil - os Gripens NG (New Generation) -, só começará a ser integrada à FAB em algum momento de 2018, se for cumprido o prazo de 48 meses depois da assinatura do contrato, a ocorrer, por sua vez, em algum momento do ano que vem. E só em 2023 a compra se concluirá. Ciente do intervalo entre os velhos que se vão e os novos ainda por chegar, o governo pretende apressar o processo. Com 10 ou 12 aviões incorporados a cada ano, a transação se consumará em 2021. De qualquer modo, o Brasil só assinará o primeiro cheque depois de receber a última unidade.
O preço - da ordem de US$ 4,5 bilhões - foi um dos fatores levados em conta pelo Planalto para preferir o produto sueco aos concorrentes Rafale F3, da francesa Dassault (US$ 8 bilhões), e Boeing F-18 Super Hornet, da Boeing (US$ 7,5 bi). A proposta da Saab era vantajosa mesmo se mantivesse o valor inicial de US$ 6 bi. O negócio abrange, além dos caças, suporte logístico e treinamento dos pilotos. Ao anunciar a escolha, o ministro da Defesa, Celso Amorim, citou, além do custo, o desempenho da família Gripen e o compromisso do vendedor, a ser detalhado no contrato, de transferir tecnologia. O comandante da Aeronáutica, brigadeiro Juniti Saito, assegura que 80% de toda a estrutura (dos aparelhos) será fabricada no País, envolvendo 15 empresas.
Desempenho e coparticipação são coisas diferentes. Desempenho conhecido e aprovado é o do Gripen C/D, cujas 235 unidades operam na Suécia, Suíça, Hungria, República Checa, Tailândia e, só para treinamento, no Reino Unido. O sucessor, por enquanto, é um "protótipo conceitual", como diz Amorim, com 360 horas de voo. Já a transferência de tecnologia, se bem que favorecida pelo estágio em que o caça ainda se encontra, dificilmente deixará de enfrentar turbulências. Uma delas é o fato de os Estados Unidos deterem as patentes de vários componentes do avião. Amorim garante, porém, que uma das partes mais sensíveis - a abertura do código-fonte do sistema de armas - será 100% nacional.
Existe um precedente no setor. O acordo da Embraer com os produtores italianos do AMX, na década de 1980, foi tão bem-sucedido a ponto de transformar a empresa do Vale do Paraíba em líder mundial no segmento de jatos para até 120 passageiros e fabricante da aeronave de ataque leve e treinamento, o Super Tucano. Mas a preferência pelo Gripen - como acontece em toda parte em decisões do gênero - foi essencialmente política. Se dependesse do então presidente Lula, o Brasil teria fechado um pacotaço de defesa com a França a partir da compra do Rafale. Ele se rendeu, porém, ao veto da Aeronáutica, pró-Gripen. Já se dependesse de Dilma, apesar da posição da FAB, a vitoriosa seria a Boeing.
A compra, que consagraria o processo de reaproximação com os EUA por ela iniciado para superar as tensões no relacionamento bilateral dos anos Lula, tinha até data e local para ser anunciada. Seria em Washington, no dia 23 de outubro passado, por ocasião de sua visita de Estado aos EUA. A repercussão, evidentemente, seria global. A revelação de que ela, pessoalmente, também foi espionada pela Agência de Segurança Nacional americana derrubou a viagem e tornou politicamente inviável levar adiante o acerto com a Boeing. Nem por isso a hipótese Rafale voltou a ser considerada, como o presidente François Hollande ficou sabendo pela própria Dilma. Por exclusão, enfim, deu-se a escolha.

EXAME.COM


Calheiros deve devolver valor por uso de avião da FAB


É a segunda vez neste ano que o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), utiliza um avião da FAB em compromissos particulares

Brasília - O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), deverá devolver o valor gasto com o uso de avião da Força Aérea Brasileira (FAB) em seu deslocamento de Brasília para Recife na última quarta-feira, dia 18, segundo informou neste sábado, 21, sua assessoria de imprensa. Renan viajou para a capital de Pernambuco com o objetivo de fazer um implante de cabelo e não tinha compromissos oficiais naquela data.
De acordo com dados do site da FAB, o presidente do Senado saiu de Brasília às 22h15 e chegou a seu destino às 23h30. A aeronave levou outros quatro passageiros, provavelmente convidados de Renan, uma vez que não há registros de que o voo tenha sido compartilhado. O senador informou à FAB que a viagem era "a serviço". O uso da avião da FAB para fins particulares foi revelado hoje pela coluna Painel, do jornal Folha de S. Paulo.
Um voo de Brasília para Recife, em avião comercial, nessa alta temporada, custa no mínimo R$ 1 mil. A FAB ainda não divulgou se Renan também usou a aeronave da Força para retornar de Recife a Maceió, onde tem casa.
É a segunda vez neste ano que o presidente do Senado utiliza um avião da FAB em compromissos particulares. Em junho, ele pegou carona para ir ao casamento da filha do líder do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM), em Trancoso, Bahia. Após o fato ser revelado pela imprensa, Renan devolveu o dinheiro aos cofres públicos.
Ministros do governo Dilma e outras autoridades mantêm o hábito de usar os aviões da FAB para retornar a seus Estados, embora um decreto de 2009, assinado pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, autorize o uso de voos comerciais em deslocamentos para casa. Para evitar mais gastos, a presidente Dilma Rousseff já orientou ministros que moram nos mesmos Estados a compartilharem os voos da FAB em suas viagens de ida e volta para Brasília.
Na última quinta-feira, 19, das 10 viagens registradas no site da FAB, seis levaram ministros e o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), para os Estados onde mantêm residências. O site da FAB diz que essas viagens foram "a serviço".

VEJA.COM


Após viagem em avião da FAB para implante capilar, Renan terá de devolver o dinheiro


Assessoria de imprensa do presidente do Senado não confirmou a quantia nem quando será feito o reembolso

Após a revelação de que o presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB-AL), viajou em avião da Força Aérea Brasileira (FAB) de Brasília a Recife para submeter-se a uma cirurgia de implante de cabelos, a assessoria de imprensa do peemedebista informou neste sábado que Renan deverá devolver o valor gasto com o deslocamento aos cofres públicos. A viagem ocorreu na última quarta-feira, dia 18. Na ocasião, 10.000 novos fios foram implantados. A revelação de que a viagem teve fins estéticos e não oficiais foi feita neste sábado pelo jornal Folha de S. Paulo. Ainda não foi divulgado, contudo, quando será feito o estorno ao Erário - ou qual quantia será devolvida. 
Na agenda oficial de Renan, publicada no site do Senado, não há nenhum registro de compromisso oficial do presidente da Casa na capital pernambucana. Já nos registros de voos da FAB, o motivo da viagem do presidente do Congresso é justicado como serviço. De acordo com o documento, Renan partiu de Brasília no dia 18 às 22h15 e chegou a Recife às 23h30.
Prejuízo - Um voo entre Brasília e Recife, em avião comercial, agora na alta temporada, custa no mínimo 1.000 reais. A FAB ainda não divulgou se Renan também usou a aeronave da FAB para retornar de Recife a Maceió, onde tem casa.
Esta é a segunda vez neste ano que Renan usa avião da FAB para comparecer a compromissos particulares. Em junho ele voou até Trancoso, na Bahia, para o casamento da filha do colega Eduardo Braga (PMDB-AM). Após o fato ser revelado pela imprensa, Renan devolveu o dinheiro.
Rotina - Ministros do governo Dilma e outras autoridades mantêm o hábito de usar os aviões da FAB para retornar a seus Estados, embora um decreto de 2009, assinado pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, autorize o uso de voos comerciais em deslocamentos. Para evitar gastos, a presidente Dilma Rousseff já orientou ministros que moram nos mesmos Estados a compartilharem os voos da FAB em suas viagens de ida e volta para Brasília.
Na última quinta-feira, 19, das dez viagens registradas no site da FAB, seis levaram ministros e o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), para os Estados onde mantêm residências. O site da FAB diz que essas viagens foram "a serviço".

Opção brasileira pelo Gripen abala fornecedores da Boeing


Recusa pelos caças F-18 e perda de contrato com Coreia do Sul ameaçam ainda linhas de produção em cidade que emprega funcionários da Boeing nos EUA

A opção do governo brasileiro pelos caças suecos Gripen causou surpresa ao ser anunciada na última quarta-feira. Como as atuais aeronaves usadas pela Força Aérea Brasileira (FAB), os Mirage 2000, da francesa Dassault, já ultrapassaram todos os limites da recauchutagem e serão aposentadas em 31 de dezembro, o governo se viu obrigado a revelar sua escolha após um processo que passou por diversos adiamentos nos últimos anos e remonta a 1991. Ao optar pelo Gripen, o Brasil descartou a Dassault e a americana Boeing – favorita da presidente Dilma Rousseff até a revelação da extensão do programa de espionagem dos Estados Unidos. Confiante que o negócio seria fechado, a cidade rural de Alton, no Missouri, foi atingida em cheio pela notícia. E teme agora pelo futuro.
Ao ser preteria pela sueca Saab, a Boeing deixou de assinar um contrato de 4,5 bilhões de dólares com o Ministério da Defesa. As aeronaves Gripen NG ainda estão no papel, o que as deixa atrás das concorrentes do contrato, Dassault (com o Rafale) e Boeing (com o Super Hornet F18), no quesito horas de voo. Mas o governo brasileiro insistiu que se tratava do melhor custo-benefício para o país, tendo em vista que o Gripen custará menos e sua manutenção é mais barata. Após o anúncio da decisão, a companhia francesa e a americana demonstraram frustração, em notas enviadas à imprensa.
Agora, a recusa brasileira do Super Hornet e a perda de um grande contrato de F-15s com a Coreia do Sul no mês passado ameaçam as linhas de produção na área de St. Louis que emprega funcionários da Boeing, os fornecedores e a qualidade do crédito do município. Nos níveis de produção atuais, o Super Hornet sairia de linha em 2016, e os F-15 dois anos depois. A Boeing e seus fornecedores vinham contando com acordos militares no exterior para ampliar a vida dos dois aviões, mas as pressões orçamentárias estão atrasando os fechamentos de contrato em alguns mercados cruciais, além de reduzir compras nos Estados Unidos.
"Certamente estamos preocupados com o desfecho disso", declarou Chet Sisco, gerente-geral da Central Ozark Machine Inc., que emprega 25 pessoas e obtém cerca de 85% de seu trabalho fabricando peças de alumínio e titânio para Super Hornets e F-15s. O Super Hornet, cujo maior cliente é a Marinha dos EUA, sustenta cerca de um terço dos 15.000 empregados da Boeing no Missouri. O avião e outros negócios da empresa fornecem cerca de 1 bilhão de dólares em encomendas anuais para quase 700 fornecedores no Missouri.
O tema dos caças foi preterido ao longo do governo Dilma. Nas poucas discussões consistentes sobre o tema, a favorita da presidente era Boeing. Não só a proposta de transferência de tecnologia da gigante americana havia agradado à FAB, como a vinda da empresa ao Brasil havia suscitado uma série de possibilidades de parcerias com a indústria que iam além dos F18. Segundo documentos sigilosos divulgados pelo Wikileaks, o brigadeiro Juniti Saito também havia explicitado, em 2009, a superioridade técnica da aeronave americana. Contudo, a saia-justa causada pelas denúncias do ex-técnico da CIA e da Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês) dos Estados Unidos, Edward Snowden, que revelaram práticas de espionagem do órgão a diversos governos — inclusive o brasileiro — colocaram a Boeing no fim da fila e colocaram no páreo apenas franceses e suecos.
Em entrevista ao site de VEJA, a presidente da Boeing no Brasil e ex-embaixadora, Donna Hrinak, afirmou que o F18 não só é tecnicamente superior, como também a proposta da empresa para o projeto foi aprimorada ao longo dos anos. Segundo Donna, o governo brasileiro tem toda a razão em condenar as ações da NSA, mas reafirmou que a força das relações comerciais entre Brasil e EUA vai muito além das denúncias. “É uma relação bilateral de muitos anos. Compartilhamos valores e interesses. E não podemos deixar que essa relação seja afetada por Edward Snowden”, afirmou.



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