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NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 15/12/2013



Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.




Infraero registra 150 voos atrasados em todo o país no primeiro sábado da Operação Fim de Ano

André Richter

Brasília - No início do primeiro fim de semana da Operação Fim de Ano anunciada pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para fiscalizar as empresas aéreas e evitar atrasos nos aeroportos, a Infraero registrou, até 17h, 150 voos (9,1 %)atrasados em todos o país, dos 1.642 voos previstos. De acordo com levantamento feito pela Infraero, 46 voos (2,8%) foram cancelados, e 15 estão atrasados.
Segundo divulgou a Anac, 315 servidores trabalharão em turnos para cobrir os períodos de maior movimento e de grande fluxo de passageiros. A nota da agência informa que, em Brasília, Guarulhos (SP) e no Galeão(RJ), a fiscalização será feita 24 horas.
Os três aeroportos paulistas que vão entrar na intensificação da fiscalização por parte da Anac tiveram hoje (14), até as 16h, cancelamentos e atrasos de voos acima do normal. No Aeroporto de Congonhas, na zona sul da capital, três voos foram cancelados e cinco tiveram atrasos (de um total de 129 voos programados).
No aeroporto de Guarulhos, foram registrados 27 atrasos e um cancelamento (de um total de 169 voos programados). Em Campinas, no aeroporto de Viracopos, houve um cancelamento e seis atrasos (do total de 97 voos programados).
Em Brasília, dos 107 voos previstos, 18 estão atrasados (16,8%), e três (2,8%) foram cancelados.


Paraquedas não abre e militar sobrevive na Capital

Aliny Mary Dias

Um paraquedista ficou ferido depois de ter problemas durante o salto e cair dentro do Aeroporto Internacional de Campo Grande. O acidente ocorreu na tarde de ontem (13) e mobilizou equipes do Corpo de Bombeiros, do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e helicóptero do Exército.
O vendedor Tiago Azambuja, 28 anos, estava no mirante na Avenida Duque de Caxias e observava as decolagens e pousos de aviões. Enquanto filmava os aviões, Tiago percebeu que um paraquedista estava com problemas e direcionou a câmera para o homem.
“Ele caía tão rápido que eu pensei que fosse uma mochila. Foi quando comecei a filmar e vi que o paraquedas dele não abriu. Passou um tempo e várias viaturas foram socorrer ele”, explica o jovem.
Conforme informações do Corpo de Bombeiros, o homem recebeu os primeiros atendimentos pela corporação, mas não se sabe o estado da vítima e nem a unidade de saúde para onde ele foi encaminhado.
O presidente da Federação de Paraquedismo de Mato Grosso do Sul, Luiz Alves Pereira, disse ao Campo Grande News que o paraquedista era um militar e saltou de uma aeronave militar. No entanto, a federação não tem informações sobre a queda do homem.
A reportagem apurou que o paraquedista faz parte do grupo Para-Sar da Base Aérea da Capital. O Campo Grande News tentou contato com a assessoria de imprensa da Base, mas as ligações não foram atendidas até o fechamento desta matéria.

Militar usou paraquedas reserva e pousou em segurança, diz Base Aérea

Aliny Mary Dias

O paraquedista que teve problemas durante o salto, na tarde de ontem (13), e caiu no Aeroporto Internacional de Campo Grande não sofreu ferimentos, de acordo com a Base Aérea da Capital.
A assessoria de imprensa da corporação informou ao Campo Grande News que o militar participava de um curso de salto livre realizado pelo grupo Para-Sar. Durante o salto, o paraquedas principal apresentou problemas e o militar precisou acionar o reserva.
Apesar de não divulgar a identificação do militar, a Base Aérea afirma que ele pousou em segurança e não precisou ser encaminhado para atendimento médico.
Ainda de acordo com a corporação, os militares que fazem parte do curso, que tem duração prevista de dois meses, são altamente treinados e fazem parte da elite da Base Aérea. O curso treina os militares para ações de busca e salvamento.
Sobre a movimentação do Corpo de Bombeiros no local, a Base Aérea afirma que uma das possibilidades é de os socorristas estarem assistindo os saltos e, ao ver o paraquedista com problemas, terem se deslocados no local, mesmo sem o acionamento por parte dos militares.
Vídeo – O vendedor Tiago Azambuja, de 28 anos, estava no mirante da Avenida Duque de Caxias e registrou o momento em que o paraquedista caía.
Ele caía tão rápido que eu pensei que fosse uma mochila. Foi quando comecei a filmar e vi que o paraquedas dele não abriu. Passou um tempo e várias viaturas foram socorrer ele”, explica o jovem.


Voos continuam atrasados

Aeroportos ainda registram demora na decolagem acima do permitido pela Infraero. Passageiros temem piora no fim de ano

Guilherme Araújo

O risco de caos aéreo neste fim de ano continua pairando nos principais aeroportos do país. Às 18h de ontem, dos 1.733 voos previstos em todo o país para o dia, 47 haviam sido cancelados e158 tinham saído com atraso. Os terminais de Guarulhos (SP) e de Confins (MG) concentraram grande parte dos problemas, ameaçando um efeito dominó Brasil afora.
Em Brasília, os passageiros que aguardavam para embarcar no Juscelino Kubistchek manifestaram desconfiança com a capacidade das empresas de cumprirem os horários e de prestarem atendimento adequado aos viajantes nesse período de maior movimento. A ameaça de greve de pilotos e comissários de bordo a partir desta semana aumenta a apreensão.
As ocorrências começaram logo pela manhã. Entre as 10h e as 11h, 15 voos nacionais (15,2 %), de 99 embarques previstos em Guarulhos, e seis internacionais (18,2%), do total de 33 no mesmo terminal, estavam atrasados. Segundo a assessoria de imprensa, “os números não são relevantes porque se trata do aeroporto com maior movimento no país. Os pequenos eventos são normais e muitas vezes se dão por conta do clima”. À tarde, a situação em São Paulo piorou. Dos 151 voos previstos para esse período, 25 (16,6%) estavam atrasados, número acima da tolerância estipulada pela Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), que limita em 15% a demora de mais de 30 minutos na decolagem.
O Aeroporto Internacional Tancredo Neves (Confins), em Minas Gerais, também registrou atrasos na decolagem às 15h. Mais de 15,8% das aeronaves dos 76 voos previstos estavam paradas na pista. A companhia Azul teve o maior índice, com 44 dos 424 voos previstos em atraso. Dos 550 agendados pela GOL 35 estavam em espera. A TAM teve 31 voos atrasados dos 427 confirmados. A maior queixa dos consumidores é a falta de informação. A servidora pública Ana Cristina Evangelista afirma que as empresas aéreas não comunicam de forma adequada as mudanças nos horários dos voos e do portão de embarque. Por essa razão, quase perdeu algumas viagens. “Eles precisam ser mais rápidos porque muitas vezes somos surpreendidos com as alterações feitas em cima da hora”, comenta.
Ana Evangelista diz que sentiu medo na semana passada quando descobriu que a GOL aumentou a carga horária dos funcionários, inclusive dos pilotos. “Percebi que muitos estavam cansados, mas precisaram trabalhar além da carga horária considerada segura. Isso compromete a atenção do piloto e põe em risco a vida dos passageiros”, desabafa. O diplomata Geraldo Saranga, 48, costuma viajar bastante devido ao trabalho e prevê um caos no fim de ano se as empresas aéreas não melhorarem rapidamente os serviços prestados. “Semana passada, fiz um voo entre Brasília e Recife e esperei mais de 1h30 pela minha mala no desembarque. A GOL juntou as bagagens de cinco aviões numa só esteira e isso atrasou meus compromissos”, relata Saranga.
Obras atrapalham

A maquiadora Giúlia Pereira, 26, foi ontem para Fortaleza e teme não conseguir voltar a tempo de passar o fim de ano com a família. “Entendo que os serviços estão comprometidos por conta das obras da Copa, mas estou com medo de acontecer alguma coisa e meu voo atrasar”, afirma. O estudante Victor de Andrade, 19, tem uma expectativa negativa quanto à capacidade das empresas aéreas de fornecerem uma boa qualidade dos serviços durante o fim de ano e, até mesmo, na Copa do Mundo de 2014.


Após 45 anos, o AI-5 ainda é lembrado como o início de um período obscuro

Felipe Canêdo

Há 45 anos, em 13 de dezembro de 1968, uma sexta-feira, às 23h, o Ato Institucional nº 5 (AI-5) era anunciado em rede nacional de televisão e rádio pelo ministro da Justiça Gama e Silva e pelo locutor Alberto Curi no salão principal do Palácio Laranjeiras, no Rio de Janeiro. No mesmo dia, em reunião com ministros e o presidente Arthur da Costa e Silva, o vice-presidente Pedro Aleixo, nascido em Mariana, foi o único a defender a via constitucional, dizendo que o governo federal deveria declarar estado de sítio, mas foi voto vencido, os outros 22 presentes votaram a favor do AI-5, que marcaria várias gerações de brasileiros.
O governador de Minas Gerais, Israel Pinheiro, que vencera a eleição em 1965 como candidato da oposição e não vivia uma situação confortável com os militares, recebeu a notícia pelo rádio e manifestou seu apoio ao governo federal, no dia 18, anunciando que a situação no estado era de “absoluta ordem e tranquilidade”. O ministro da Justiça do governo Castelo Branco, Milton Campos, então senador da República, defendeu a Constituição e articulou um manifesto com colegas do Senado. “Só tenho palavras para lamentar o ocorrido e exprimir minha inconformidade”, declarou ele ao Estado de Minas, em 15 de dezembro de 1968.
O chamado AI-5 marcou o recrudescimento do regime, revogando as liberdades individuais e mergulhando o país em um período sombrio. “Fica suspensa a garantia de habeas corpus nos casos de crimes políticos contra a segurança nacional”, dizia o seu artigo 10º. O ex-deputado estadual Genival Tourinho, do MDB, foi dos poucos em Minas que se manifestaram abertamente contra a medida. “Na falta das principais assembleias legislativas do país, principalmente a de São Paulo e a de Pernambuco, eu disse que nós tínhamos uma responsabilidade maior”, relembra. Em 8 de maio de 1969, quando estreava na tribuna da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), ele denunciou arbitrariedades cometidas pelo regime em sua região – de Montes Claros, no Norte de Minas – e afirmou que já que o Congresso estava fechado, a Assembleia mineira deveria assumir uma responsabilidade maior como Poder Legislativo.
Emocionado, ele disse: “Não somos líricos, mas, pelo contrário, enxergamos com exatidão as coisas. Assaltos violentos a estabelecimentos de crédito e às grandes lojas, onda de terrorismo, morte de policiais no cumprimento do dever, atos altamente reprováveis de todo o povo brasileiro, por elementos extremistas, todo esse tristonho quadro fez com que se estabelecesse como legal a chamada prisão para averiguações”. Segundo Genival, a Presidência da ALMG foi “muito temerosa”, e tentou cassar seu mandato. Ele permaneceu no cargo por nove meses, substituindo Fuhad Sahione, e posteriormente se elegeu deputado federal. “A reação ao AI-5 na Assembleia foi de completo pavor”, afirma. O deputado Joaquim Melo Freire foi um dos que discursaram a favor do ato, no mesmo dia: “Temos confiança nesta nova etapa revolucionária e acreditamos mesmo que de sua energia e de seu vigor sairá o Brasil de nossos sonhos”.
Estopim
Na Câmara dos Deputados, em 12 de dezembro, um dia antes de o ato entrar em vigor, uma sessão presidida pelo mineiro Bonifácio Andrada, conhecido como Zezinho Andrada, derrubou o pedido de cassação do deputado Márcio Moreira Alves (MDB), por 216 votos contra, 114 a favor e 12 abstenções. Três meses antes, Márcio fez um discurso em que conclamava o país a se unir pela democracia e a boicotar os desfiles de 7 de Setembro. “Discordar em silêncio pouco adianta. Necessário se torna agir contra os que abusam das Forças Armadas, falando e agindo em seu nome. Creia-me senhor presidente, que é possível resolver essa farsa, essa ‘democratura’, este falso impedimento pelo boicote. Enquanto não se pronunciarem os silenciosos, todo e qualquer contato entre os civis e militares deve cessar, porque só assim conseguiremos fazer com que este país volte à democracia.”, afirmou ele em 2 de setembro de 1968.
O ministro do Exército, general Lira Tavares, pediu providências ao presidente Costa e Silva, dizendo que as Forças Armadas estavam sendo ofendidas. Duas semanas depois, o ministro da Aeronáutica, brigadeiro Márcio de Souza Melo, fez coro ao pedido de Lira Tavares. O ministro da Marinha, almirante Augusto Redemaker, também se manifestou pedindo a cassação dos direitos políticos do deputado. Posteriormente, em uma reunião da Arena com o presidente Costa e Silva, declarou que qualquer que fosse a decisão da Câmara, seria respeitada. Contudo, o senador Filinto Muller passou a afirmar que o problema deveria ser levado até as últimas consequências, e que haveria uma crise se a Câmara negasse o pedido de cassação. A liderança da Arena ainda julgava que sairia vitoriosa da votação em plenário, mas deputados do partido votaram contra a cassação em 12 de dezembro. No dia seguinte, sexta-feira, o AI-5 foi anunciado como resposta.
No sábado não houve sessão plenária e os deputados foram até a Câmara para discutir uma possível reação, se reunindo no gabinete do presidente Bonifácio Andrada. Na segunda-feira, chegava ao Congresso a decisão de fechá-lo, dando início a um dos períodos mais obscuros do país. O AI-5 vigorou por 10 anos e foi revogado em 13 de outubro de 1978, no governo de Ernesto Geisel.

Sinais de caos no horizonte

Guilherme Araújo

A sinalização dos pilotos e comissários de bordo das companhias aéreas brasileiras de uma possível greve no dia 20 e o caos que aconteceu na semana passada nos aeroportos de Brasília e São Paulo, por causa dos atrasos e cancelamentos dos voos da Gol Linhas Aéreas por falta de tripulação, deixaram muitos consumidores com data marcada para viajar nos próximos dias assustados e desconfiados da capacidade de as empresas cumprirem os horários e prestarem os serviços adequadamente neste fim de ano. Os atrasos nos voos nacionais e internacionais se repetiram ontem nos principais aeroportos do Brasil, como o de Guarulhos (SP) e o Tancredo Neves, em Confins, na Grande BH.
As ocorrências começaram logo pela manhã, entre as 10h e as 11h, com 15 voos nacionais (15,2%) atrasados de 99 embarcações previstas no aeroporto de Guarulhos, e seis voos internacionais atrasados (18,2%), do total de 33 no mesmo aeroporto. Segundo a assessoria de imprensa do aeroporto de Guarulhos, "os números não são relevantes porque se trata do aeroporto que mais faz embarque e desembarque no país. As pequenas ocorrências são normais e muitas vezes se dão por conta do clima". À tarde, às 15h, a situação piorou. Dos 151 voos previstos, 25 (16,6%) estavam atrasados. A Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) estipula em 15 % o percentual máximo para demora de mais de 30 minutos na decolagem.
No aeroporto de Confins também foram registrados problemas de decolagem. Treze dos 87 voos domésticos previstos tiveram atrasos até as 17h de ontem, o equivalente a 14,9% do total. Três aeronaves não decolaram. Na Pampulha, um voo atrasou e outro foi cancelado. Ao todo, 12 estavam previstos para o fim da tarde.
A Azul registrou o maior índice de atrasos, com 44 voos, dos 424 previstos. Dos 550 previstos pela Gol, 35 estavam atrasados, e a TAM teve 31 voos atrasados dos 427 previstos. A servidora pública Ana Cristina Evangelista afirma que as empresas aéreas não informam quando um voo está atrasado ou mudança do portão de embarque e, por conta disso, quase perdeu alguns voos que já fez. "Eles precisam ser mais rápidos porque muitas vezes pegamos trânsito para chegar ao aeroporto e, quando chegamos um pouco em cima da hora, ainda contamos com essas surpresas", comenta.
O diplomata Geraldo Saranga mora em Brasília mas costuma viajar bastante devido ao trabalho que ele exerce e prevê um caos neste fim de ano se as empresas aéreas não melhorarem rapidamente os serviços prestados. "Na semana passada fiz um voo doméstico entre Brasília e o Recife e esperei por minha mala por mais de uma hora e meia na hora do desembarque. A Gol juntou as malas de cinco aviões numa só esteira e isso atrasou meus compromissos marcados", relata.


Taxa de atraso de voos cai, mas tempo de viagem aumenta

Desde o apagão aéreo, em 2007, índice de partidas e chegadas fora de horário nunca foi tão baixo – 8% em 2013, mas 94 das 100 rotas mais movimentadas tiveram o tempo previsto ampliado; em 2000, o voo SP-Rio era estimado em 47 minutos e agora é em 60

José de Toledo, Mônica Reolom e Rodrigo Burgarelli

"Antes as distâncias eram maiores porque o espaço se mede pelo tempo." No Brasil, a frase do escritor argentino Jorge Luís Borges tem de ser lida com sinal trocado: as distâncias brasileiras aumentaram, em vez de diminuir. Em regra, leva-se mais tempo para voar de um aeroporto a outro em 2013 do que se levava antes do apagão aéreo de 2007. No papel, porém, os atrasos nunca foram tão raros. Neste ano, só 8% dos voos atrasaram. É a menor taxa de atraso do século.
Qual é a mágica? Aumentaram os tempos previstos de voo. Isso aconteceu em 94 das cem rotas mais movimentadas. A distância aérea entre São Paulo e Rio continua sendo de 385 km, mas cariocas e paulistanos nunca estiveram tão longe.
Em 2000, demorava-se, em média, 51 minutos para ir de Congonhas ao Santos Dumont. O avião atrasava 4 minutos para deixar o terminal e levava mais 47 até abrir as portas no Rio. Hoje, a viagem demora 64 minutos: o atraso médio ainda é de 4 minutos, mas o tempo gasto pelo passageiro dentro da aeronave é, em média, de 60 minutos.
Os dados foram compilados pelo Estadão Dados com base nos mais de 13 milhões de registros de voos catalogados pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) desde janeiro de 2000 até setembro de 2013. As companhias dizem que fizeram sua parte: estão colocando o passageiro dentro do avião em tempo recorde – graças, em boa parte, à transferência para o cliente do trabalho de fazer o check-in nos terminais de autoatendimento.
O problema começa quando o passageiro entra no avião. É aí que começa a contar o chamado tempo de voo, que é informado pelas próprias companhias. Esse intervalo vai do momento em que as portas do avião são fechadas no aeroporto de origem, passa pelo tempo no ar e só termina depois que a aeronave estacionou no destino e reabriu as portas.
A Aeronáutica, responsável pelo controle do tráfego aéreo, afirma que o tempo médio de uma aeronave no ar não teve alterações desde 2000. Ou seja: só pode ter crescido o tempo do avião em solo.
 "Fecham a porta do avião no horário certo, mas você fica sentado esperando. É como se dissessem ‘você que reclame com o tráfego’", diz o conselheiro de empresas Joaquim de Castro, de 69 anos, que costuma viajar até duas vezes por semana com a arquiteta Carol Ludolf, de 39. "Eu tenho notado que uma maior espera dentro do avião tem acontecido com muito mais frequência do que há alguns anos", diz Carol.
Infraestrutura. As próprias companhias admitem que esse problema justificou o aumento do tempo de voo. Segundo a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), o taxiamento em Congonhas durava em média 10 minutos em 2005. Hoje, já é de 18. Essa demora entrou na conta da previsão dos tempos de voo. "Tivemos de adequar. Senão, nós iríamos programar um serviço que não podemos dar", disse Mauricio Emboaba Moreira, consultor técnico da Abear.
Segundo as empresas aéreas, a infraestrutura aeroportuária não acompanhou o aumento do número de voos domésticos, que passou de 611 mil, em 2003, para 1,126 milhão em 2012. "À medida que se adensa o tráfego, o tempo que se perde nos aviões aumenta. Se o pátio do aeroporto está todo adensado, tem de esperar para pousar e para decolar", afirma Moreira.
A Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) não comentou se o aumento do tempo de voo está relacionado à falta de infraestrutura. Segundo a empresa, obras, reformas e ampliações estão sendo feitas em 32 dos 63 aeroportos administrados pela estatal. O objetivo é que, no futuro, os terminais estejam aptos para atender à demanda de passageiros e aeronaves.

Com previsão maior, avião chega antes

O aumento do tempo previsto de voo em 94 das 100 rotas mais movimentadas do Brasil, além de diminuir a taxa de atraso, produziu um fenômeno inédito, voos que chegam no destino antes do horário previsto.
Em 2000, essa possibilidade era praticamente inexistente, apenas 855 voos nacionais entre os principais aeroportos brasileiros chegaram adiantados. Em 2012, foram 22,7 mil em pontos porcentuais, a quantidade de voos adiantados passou de 0,1%, em 2000, para 2,7% no ano passado.
"Eu costumo ir a Belo Horizonte visitar minha família. Colocam no cartão de embarque que vai demorar 1h15 (entre Congonhas e Confins), mas a duração do voo não passa de 55 minutos", afirma a decoradora Paloma Salun, de 30 anos. "Acho que a ideia é que, se houver atraso, ele não fique aparente."
De acordo com a Agência Nacional de aviação Civil (Anac), a infraestrutura aeroportuária inadequada pode tornar os voos mais demorados e dificultar o planejamento dos horários de partidas e chegadas dos voos, ocasionando antecipações ou atrasos. Apropria agência identificou aumento nos casos de fechamento das portas da aeronave com antecedência em relação à partida prevista, quando todos os passageiros já estão embarcados. De janeiro a novembro de 2000, 0,74% dos voos domésticos foram antecipados em mais de dez minutos.
No mesmo período de 2013, esse número salta para 5,58%. O tempo médio de antecipação desses voos foi de 19 minutos.
Otimização. Fontes do setor também afirmam que a política perseguida pelas empresas de otimização dos recursos pode encurtar a rota em horários menos movimentados. "Os pilotos estão muito focados em economia de combustível, então, o que eles puderem fazer para encurtar a navegação, principalmente na decolagem e na aproximação para pouso, eles fazem. Você consegue tirar às vezes 4 minutos na navegação", diz um piloto de uma das principais companhias aéreas, que preferiu não ser identificado.
Essas medidas, no entanto, não afetam suficientemente o tempo de voo para que ele diminua ao longo do ano, como revelam os registros compilados pelo Estadão Dados. Dessa maneira, apesar da diminuição no atraso da saída das aeronaves, o resultado dessa "contabilidade criativa" ainda é negativo para os passageiros. Isso acontece porque o tempo total gasto pelos passageiros aumentou em relação a 2000 em 75 das 100 rotas mais movimentadas do País, apesar desse número ter diminuído em relação ao caos aéreo de 2007. 


Paraquedista sofre acidente durante salto em Campo Grande

Acidente foi filmado por vendedor que percebeu a movimentação. Homem teve problemas ao acionar equipamento, mas não ficou ferido.

Um paraquedista em treinamento sofreu acidente durante um salto na Base Aérea de Campo Grande na sexta-feira (13). O vendedor Tiago Azambuja filmou o momento em que o paraquedista teve problemas ao acionar o equipamento. Segundo a assessoria de imprensa da Base Aérea, ele não sofreu ferimentos.
Azambuja disse que estava fotografando o local quando percebeu o problema e começou a gravar. Segundo ele, o paraquedas parecia sem controle. “O que me chamou a atenção foi uma manobra diferenciada que ele estava fazendo dos outros paraquedistas”, disse.
O vendedor lembra que, a princípio, não acreditou que fosse uma pessoa. “Só comecei a acreditar a partir do momento que os bombeiros e o pessoal da Força Aérea começaram a fazer uma movimentação na região onde aconteceu a queda”, conta.
Ainda conforme a assessoria de imprensa da Base Aérea de Campo Grande, o paraquedista participava de um curso e, no momento do salto, usava dois equipamentos, o principal e o auxiliar. Ao acionar o primeiro paraquedas, percebeu que havia um problema. A partir disto, abriu o reserva e conseguiu pousar.

Avião derrapa na pista e fica atolado em aeroporto de Uberlândia

Mais de 90 passageiros ficaram dentro da aeronave. Corpo de Bombeiros disse que ninguém ficou ferido.

Carolina Portilho e Leandro Moreira

Uma aeronave derrapou, na noite deste sábado (14), na pista do aeroporto Tenente Coronel Aviador César Bombonato, em Uberlândia. De acordo com o Corpo de Bombeiros, a aeronave estava com mais de 90 passageiros e ninguém ficou ferido. O sargento Ramos informou ao G1 que com a chuva a aeronave derrapou na pista e atolou. Unidades de resgaste dos bombeiros que ficam no aeroporto ajudam na ocorrência.
O avião partiu de Campinas, do Aeroporto Internacional de Viracopos, e desembarcou em Uberlândia por volta das 19h45. O superintendente do aeroporto, Sérgio Kennedy, informou à reportagem que o aeroporto está fechado por conta do ocorrido. Pousos e decolagens estão suspensos até que a aeronave seja retirada do local.
Kennedy disse ainda que a previsão é que o avião seja retirado da pista até a manhã deste domingo (15). O superintendente também destacou que não houve danos à aeronave e que uma equipe do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), de Brasília, foi acionada apurar o caso.
Por meio de nota, a assessoria de imprensa da Azul informou que a aeronova envolvida é um Embraer 195, que operava o voo AD 6913. A companhia destacou que não houve qualquer ferimento aos 93 clientes e cinco tripulantes, e que todos receberam total atenção por parte da companhia.
A Azul informou ainda que o voo seguinte, AD 6914, que operaria a etapa Uberlândia - Campinas foi cancelado em consequência deste incidente. Igualmente, os clientes afetados estão recebendo apoio da empresa, segundo a Resolução 141 da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Uma equipe técnica da companhia foi deslocada para Uberlândia, onde fará a avaliação da aeronave e remoção da mesma do local.
Alerta Defesa Civil

Após forte chuva registrada no início da noite deste sábado (14), a Defesa Civil de Uberlândia pede à população que evite passar por pontos críticos conhecidos na cidade devido a possíveis alagamentos. A informação foi repassada pela assessoria de comunicação da Prefeitura. Em caso de emergência, a população deve acionar a Defesa Civil pelo 199 ou o Corpo de Bombeiros, no 193.


"Eu também sonho em voltar para o espaço"

Vinícius Menna

O primeiro e único astronauta brasileiro, Marcos Pontes, esteve em Natal na última sexta-feira (13) para participar da Jornada Espacial. Na ocasião, ele também ministrou uma palestra para alunos da Escola Antônio Dantas, de Apodi, onde é mantido um grupo de estudo de astronomia e astronáutica. 
Sete anos após viajar para o espaço ao lado dos russo, com a missão Centenário, Pontes revela que hoje, aos 50 anos, sua intenção é fomentar a formação de novos astronautas brasileiros, através de uma espécie de “agenda oculta” que ele desenvolve à revelia da Agência Espacial Brasileira (AEB).
Com o turismo espacial sendo uma realidade cada vez mais próxima, talvez até em 2014, e também com a expectativa de ser chamado para uma nova missão, o astronauta brasileiro admite que a hipótese de retornar ao espaço ainda mexe com ele. “Eu também sonho em voltar para o espaço”, disse.
Qual o motivo da sua visita a Natal?
Essa palestra era um compromisso meu com a Agência Espacial Brasileira (AEB) e tive também um encontro com os alunos da Jornada Espacial. A Agência Espacial tem um programa chamado AEB Escola, que leva Ciência & Tecnologia, através de astronáutica e astronomia, para dentro das escolas. Então tem formação de professores e isso é acoplado na Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica. Os alunos que são os melhores classificados nas escolas são reunidos depois em dois eventos, um em São José dos Campos e outro aqui. Faço questão de ir nesses eventos porque os estudantes são o futuro do programa.
Qual foi o objetivo da sua ida ao espaço em 2006?
Foi a missão Centenário. Eu entrei no programa em 1998. O Brasil entrou em 1997, com a participação na Estação Espacial Internacional, através da Nasa, junto com 15 países. E a Nasa obrigou que o Brasil tivesse um astronauta no grupo da Nasa. Eu faço parte dos astronautas de manutenção da estação espacial da Nasa, mas carrego a bandeira do Brasil. Entrei através de um concurso público, acabei sendo selecionado aqui no Brasil, era capitão da Força Aérea, piloto de testes, e tive que deixar essas atividades. A carreira é civil, deixei as atividades militares e em 2005 fui escalado pela Agência Espacial para a missão Centenário, como eles chamaram, com a Rússia porque os ônibus espaciais estavam parados desde 2003, com o acidente da Columbia, então fui pra Rússia, onde tive mais três meses de treinamento. Foram sete anos e meio de treinamento. Fiz a missão, retornei após dez dias de voo.
Quais os requisitos para ser astronauta?
Tem que ser graduado ou em exatas ou em biológicas, pode se engenheiro, físico, químico, biólogo, veterinário, médico. Esse é o primeiro requisito. O segundo é que o seu trabalho de pós-graduação, de mestrado, doutorado ou pós-doc tem que ser voltado para a área aeroespacial. Aí começa a fase do “conta mais ponto”. Ajuda se você tiver pesquisas na área, se você for piloto também porque acaba tendo ritmo operacional, se você for mergulhador porque os treinamentos são feitos dentro d’água. Se você não for piloto, acaba fazendo curso privado lá, da mesma forma para mergulhador. Anos de trabalho na área aeroespacial também conta.
Outra coisa que é primordial é saber lidar com pessoas porque o astronauta enfrenta situações de risco, com estresse, sem poder errar e trabalhando num ritmo acelerado, com o corpo alterado. Se você pegar uma pessoa que não trabalhe bem em grupo, que não saiba lidar com críticas, que não tenha liderança, complica muito. Essa parte psicológica conta muito, assim como a parte fisiológica. Não é que precise ser atleta, mas tem que ter um condicional normal, mas com uma fisiologia boa. Não pode ter problema na coluna, tem que enxergar bem, não pode ter problema cardiorrespiratório. Tem que ser saudável porque existe um estresse fisiológico, então a saúde tem que estar muito boa.
Há chances para novas seleções? Quais oportunidades existem hoje para se tornar um astronauta?
Nos Estados Unidos, as seleções ficaram suspensas por um bom tempo com a parada dos ônibus aeroespaciais, aí reabriu e ano que vem vai ter uma turma nova, em Houston [Texas]. Já foi realizada a seleção. Lá, abrem turmas com mais frequência. No Brasil, só teve uma seleção, a que eu entrei. E não teve mais porque no Brasil o programa espacial não teve mais interesse em ter outros astronautas, infelizmente.
Mas existem outras formas de trabalhar na área?
Eu tenho uma certa agenda oculta com relação a isso. Em 2001, eu elaborei um processo de seleção para a Agência Espacial, mas ele ficou engavetado. Aí eu vi que através da agência ia ser difícil de ter isso. Passado um tempo, com a mudança do programa espacial americano, surgiu o desenvolvimento do setor privado nos Estados Unidos, que vai começar agora a levar turistas para o espaço. Para isso, é preciso de astronautas profissionais para pilotar, testar e montar os sistemas no espaço, o que tem gerado uma procura por esses profissionais. Por enquanto, a Nasa tem suprido essa demanda. Eu mesmo já recebi convites para isso e estou com um pé cá, um pé lá.
Acontece que aqui no Brasil a gente precisa motivar a garotada, por isso converso com os estudantes com frequência. Outro ponto extremamente necessário é formar professores. O terceiro ponto é que faltavam cursos de formação para a área aeroespacial. Por isso, minha primeira ação ao voltar do espaço foi ir até o ITA [Instituto Tecnológico de Aeronáutica] e começar a picotar um curso de Tecnologia Aeroespacial. No início, pensaram que não tinha demanda, mas acabaram montando e hoje já está na terceira ou quarta turma lá. A federal do ABC também já tem, assim como na federal de Minas Gerais já está começando. Na estadual de São Carlos, em São Paulo, eu criei o currículo de Engenharia Espacial, que estava para entrar no vestibular agora, mas ainda não entrou.
Eu consegui uma centrífuga da Força Aérea que estava parada para colocar lá em São Carlos e assim treinar os alunos, aviões para fazer voos parabólicos. Então já quero dar um treino operacional para começar a selecionar alguns alunos para encaixar ou em alguma agência de algum programa ou nessa parte privada.
Você pretende trabalhar com o turismo aeroespacial?
Todo professor quer que o aluno vá mais acima e eu, para falar a verdade, prefiro que um aluno meu vá do que eu. Mas eu também sonho em voltar para o espaço. Eu penso em duas possibilidades, uma é que, hoje em dia, tenho casa em Houston e em São Paulo, esperando que a agência me escale novamente. Como existe essa indefinição, você fica sempre nessa expectativa. Por outro lado, tem amigos meus que saíram da Nasa, que estão nas empresas privadas e muitas vezes me convidam. Eles precisam de pilotos de teste, de manutenção.
Quando os voos aeroespaciais começam?
A estimativa mais otimista é final de 2014, mas isso pode se estender até 2016 porque no momento, a Virgin Galactic ainda estão fazendo os voos de teste, mas sempre se acha algumas coisas para corrigir. Outra situação é que ainda não tem lei específica, por isso esse prazo. Mas os testes já começaram.
Quem
Marcos César Pontes nasceu em Bauru (SP), em 11 de março de 1963. É tenente-coronel da Força Aérea Brasileira (FAB), atualmente na reserva. Em 30 de março de 2006, partiu em direção à Estação Espacial Internacional (ISS) a bordo da nave russa Soyuz TMA-8, com oito experimentos científicos brasileiros para execução em ambiente de microgravidade. Retornou no dia 8 de abril a bordo da nave Soyuz TMA-7. É embaixador das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial, mantém a Fundação Astronauta Marcos Pontes, é diretor técnico do Instituto Nacional para o Desenvolvimento Espacial e Aeronáutico e atua como professor, pesquisador, palestrante e consultor.


MIDIAMAX (MS)

Paraquedas reserva salva vida de militar durante treinamento em Campo Grande

Wendy Tonhati
O paraquedas reserva salvou a vida de um militar que realizava um treinamento, na Base Aérea no fim da tarde da sexta-feira (13), em Campo Grande. A queda foi gravada por um cinegrafista amador que filmava decolagens e pousos no mirante do Aeroporto Internacional da Capital.
No vídeo, que tem 50 segundos de duração, é possível ver que o militar tenta acionar o paraquedas que apresenta problemas e então, o reserva é ativado.
A assessoria de comunicação da Base Aérea confirmou que o militar teve problemas com o paraquedas principal e acionou o paraquedas reserva para aterrissar com segurança. Ainda conforme a assessoria, ele não teve ferimentos e não precisou ser socorrido pelo Corpo de Bombeiros.
Segundo a Base Aérea, o militar é integrante Para-Sar – Esquadrão Aeroterrestre de Salvamento que estava realizando treinamentos durante a semana.

BARBACENA ONLINE (MG)

Epcar realiza formatura de 200 alunos

A Força Aérea Brasileira forma neste sábado (14) cerca de 200 alunos no ensino médio, vindos de todo o Brasil, que estudaram por três anos em regime de internato na Escola Preparatório de Cadetes do Ar (EPCAR), em Barbacena. A cerimônia militar será realizada às 10h.
André Risali (18), um dos formandos da turma Sírius, se prepara para transferir o comando da cadeia de liderança, grupo de alunos do 3º ano que colabora com a formação dos colegas. O título é prerrogativa do primeiro aluno da escola. Por isso, ele também é o único a usar o bibico, um tipo de quepe, com friso prata, modelo usado por militares no posto de Oficial.

COSTA NORTE (SP)

Governo e Aeronáutica firmam outorga para construção do aeroporto civil metropolitano

Antônio Pereira
Após anos de tentativas, o aeroporto utilizado pela Base Aérea de Santos, em Guarujá, está mais próximo de operar com voos comerciais para todo o Brasil. Na manhã de terça-feira (3) foi assinado documento que transfere o equipamento para o município e autoriza os estudos de impacto ambiental para a construção do futuro Aeroporto Civil Metropolitano de Guarujá. O evento, na própria Base Aérea, no distrito de Vicente de Carvalho, contou com a presença do vice-presidente da República Michel Temer, o ministro da Secretaria da Aviação Civil (SAC) Wellington Moreira Franco, a prefeita Maria Antonieta de Brito e o comandante da Aeronáutica Januti Saito, entre outras autoridades federais, estaduais e regionais.
Para o ministro da SAC, o aeroporto de Guarujá significa um robusto crescimento econômico. “Nós estamos em uma das regiões mais ricas do país, portanto, se tivermos o privilégio de ter uma boa estrutura aeroportuária ao lado de uma estrutura portuária e rodoviária eficaz e grande teremos um crescimento assegurado”, afirmou Moreira Franco, ressaltando a importância não só nos terminais de passageiros, mas também nos de carga. Segundo o vice-presidente da República, a instalação em Guarujá é um dos principais projetos de aeroportos regionais do país. “Agora está assinado e o aeroporto sairá do papel”, disse Temer.
Conforme estudos realizados pela prefeitura, a expectativa é que o aeroporto, orçado em R$ 80 milhões, atenda cerca de 500 mil passageiros por ano, numa média de 17 voos diários.
A previsão de conclusão das obras é para 2015, ou seja, após a Copa do mundo, mas os governos federal e municipal têm interesse que o espaço opere a serviço das delegações que se hospedarem na região. “A princípio, pensamos em utilizar esse aeroporto exclusivamente para as seleções da Suíça e México que, respectivamente, ficarão em Guarujá e Santos, mas estamos aguardando uma definição da Fifa”, afirmou a prefeita de Guarujá.
Empresas
Sem revelar nomes, a prefeita Antonieta afirmou que algumas empresas já demonstraram interesse em operar no aeroporto, porém, isso só será discutido em uma fase futura, provavelmente após a licitação para a concessão do aeroporto. “Nos próximos meses será lançado um edital para a disputa do processo licitatório e só depois disso começaremos a avaliar as propostas tanto para a concessão quanto para as empresas que pretendem operar.”
Em agosto do ano passado, a holding Azul Trip S/A, uma fusão entre a Azul Linha Aéreas e a Trip Linhas Aéreas, detentora dos grupos Capriolli e Águia Branca, já havia demonstrado interesse em operar no local. A viação conta uma frota de 60 aeronaves e atende 88 cidades em todas as regiões brasileiras.
Próximos passos
A partir do recebimento da outorga, o município tratará dos estudos ambientais (EIA/Rima) necessários para a implantação do empreendimento e, paralelamente, a prefeitura deverá, num prazo de até 150 dias, disponibilizar à SAC, o modelo pretendido de concessão à iniciativa privada. Após essas duas etapas serem concluídas, já será possível iniciar o processo licitatório de concessão junto ao mercado.
O aeroporto, que será construído em uma área de 280 mil metros quadrados da Base Aérea de Santos, aproveitará a pista de 1.390 metros já existente, mas serão necessários investimentos na reforma da pista, construção do pátio de aeronaves e terminal de passageiros, estacionamento, vias de acesso, além dos equipamentos relacionados à atividade aeroportuária.
A previsão é que a edificação, que será de responsabilidade da iniciativa privada, seja de infraestrutura modular, o que garante a agilidade na construção.
PAC R$ 50 bilhões
Ainda durante a visita, o vice-presidente da República reiterou a inclusão dos nove municípios da Baixada Santista no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Mobilidade Urbana. Os prefeitos já estão finalizando os projetos e, a partir de agora, o governo federal definirá as prioridades.
O PAC Mobilidade Urbana prevê R$ 50 bilhões a serem disponibilizados para obras de melhoria de mobilidade urbana nos estados e municípios com mais de 700 mil habitantes. A Baixada foi inclusa no programa após reivindicação dos prefeitos, por meio do deputado federal Beto Mansur (PP-SP).
Aeroporto de Guarujá em números:
Previsão de voos diários: 17
Capacidade de passageiros/ano: 500 mil
Extensão da pista: 1.390 metros (futuramente terá 1.600 metros)
Área total do Núcleo de Base Aérea: 2 milhões e 800 mil m²
Área onde será construído o aeroporto: 274.866,92 m2
Geração de empregos: 500 para a construção, e 1.000 empregos – entre diretos e indiretos – na futura operação

PÚBLICO (PORTUGAL)

OGMA investiu 34 milhões de euros e criou 180 empregos

Sucesso do novo avião da Embraer, accionista maioritário da empresa, pode gerar mais crescimento em Alverca.
Jorge Talixa
A OGMA-Indústria Aeronáutica de Portugal, que celebra este ano 95 anos de existência, está a viver uma fase de expansão e de conquista de novos mercados. O novo presidente da empresa de Alverca disse ao PÚBLICO que a companhia investiu 34 milhões de euros na modernização da sua actividade e no projecto de participação no fabrico do novo avião da Embraer e que, ao mesmo tempo, criou mais 180 empregos.
A empresa aeronáutica alverquense é o maior empregador do concelho de Vila Franca de Xira, com cerca de 1600 postos de trabalho, e o presidente da comissão executiva da OGMA, Rodrigo Rosa, acredita que o sucesso do novo avião KC-390 vai, também, criar condições para que a empresa portuguesa continue a crescer.
Depois de alguns anos de dificuldades, a OGMA foi privatizada em 2005 com a venda de 65% do capital ao grupo brasileiro Embraer. O Estado português, através da Empordef, mantém os restantes 35%. Os anos seguintes ainda foram complicados, mas a OGMA iniciou, em 2010, uma fase de crescimento e conseguiu recuperar muitos dos seus grandes clientes internacionais. Também por isso, a empresa conta atingir no final deste ano uma quota de 97% de exportação do seu trabalho quando, em 2009, essa fasquia estava nos 85%.
Em Alverca, é feita a manutenção de aeronaves das forças aéreas dos Estados Unidos da América, Bélgica, Brasil, Camarões, França, Holanda, Índia, Marrocos, Paquistão e Tunísia. Ao nível das companhias transportadoras, a OGMA presta igualmente serviços à Lufthansa, à Virgin Australia e à Euro Atlantic, para além das portuguesas TAP e Portugália. No domínio da fabricação, para além das parcerias mais estreitas com a Embraer, trabalha também com a Airbus, com a Boeing, com a Eurocopter e com a Lockeed Martin.
A participação no projecto do KC-390, um novo avião militar de transporte em que a Embraer deposita grandes expectativas, tem sido, nos últimos dois anos, o maior factor de expansão da actividade da OGMA, que teve uma participação importante na investigação e desenvolvimento da aeronave e produz, agora, boa parte das suas componentes, sobretudo ao nível da fuselagem. “Estes projectos todos perfazem um investimento de aproximadamente 45 milhões de dólares (34 milhões de euros no câmbio actual), que vai aumentar, expandir e trazer novas tecnologias, além da participação da OGMA no próprio desenvolvimento da aeronave, no desenvolvimento de engenharia, porque participa com a Embraer desde o desenvolvimento e não apenas na produção”, explica Rodrigo Rosa, que assumiu a presidência da OGMA a 15 de Novembro passado.
“Isso já criou, aproximadamente, 180 postos de trabalho na empresa, sejam engenheiros, na qualidade ou na produção. E estamos numa fase inicial ainda. Com o sucesso da aeronave é lógico que, eventualmente, a produção venha a crescer no futuro. Esperamos crescer, logicamente”, observou o administrador brasileiro da OGMA, que nos últimos anos trabalhou como vice-presidente executivo da empresa.
De acordo com o administrador, a OGMA, depois de anos de alguma dificuldade, tem conseguido encontrar no mercado português engenheiros e pessoal de produção “bastante qualificados” e que necessitam apenas de alguma formação específica. Já no que diz respeito aos fornecedores, nem sempre é possível encontrar os materiais necessários no mercado português. “A OGMA sempre prioriza o fornecimento em Portugal de produtos, de peças, de ferramentas. Infelizmente, algumas especializações hoje não existem em Portugal. Estão a ser desenvolvidas com o mercado, porque isso também precisa de um mercado. Conforme o mercado se vai expandindo, as oportunidades vão aparecendo e mais empresas se interessam por isso”, sublinha Rodrigo Rosa, garantindo que a OGMA está disponível para apoiar eventuais projectos de instalação de fornecedores na área de Alverca.
Os últimos anos, num quadro de crise económica nacional e internacional, têm sido bastante positivos para a OGMA, que alcançou em 2012 o seu recorde de volume de negócios, com 159,3 milhões de euros de vendas. A empresa de Alverca registou algum “travão” no seu crescimento nos anos de 2010 e 2011, mas conseguiu retomar uma fase de expansão em 2012, que se deverá manter em 2013, também com o reforço do projecto de fabrico de componentes para o novo avião militar da Embraer, o KC-390. No que diz respeito aos lucros do exercício, a OGMA conseguiu em 2011 um resultado líquido de 10,8 milhões de euros, que baixou no ano passado para 9,4 milhões.
O Embraer KC-390 é um projecto de aeronave de transporte táctico/logístico e reabastecimento em voo. Foi desenvolvido para atender aos requisitos operacionais da Força Aérea Brasileira, que admite usá-lo em substituição do C-130 Hércules. A Embraer pretende que o KC-390 venha a ser escolhido por forças aéreas de outros países que possuam frotas de cargueiros militares.

JORNAL A VERDADE (MOÇAMBIQUE)

Voo TM 470 não caiu por problemas mecânicos segundo investigação preliminar

As evidências da investigação preliminar que está a ser levada a cabo nas caixas negras do avião Embraer-190 das Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) mostram que o despenhamento não teve nada a ver com o funcionamento mecânico.
A constatação foi apresentada pelo Instituto de Aviação Civil de Moçambique (IACM), órgão regulador, em conferência de imprensa havida hoje em Maputo, destinada a actualizar os dados da investigação em curso a volta das causas da queda da aeronave a 29 de Novembro que vitimou as 33 pessoas a bordo (27 passageiros e seis membros da tripulação).
João Abreu, presidente do Conselho de Administração (PCA) do IACM, disse que os gravadores de bordo de dados e voz (caixas negras) resistiram ao impacto da queda da aeronave.
Na investigação feita no local do acidente ao "electrónica cockpit voice recorder e ao electronic flight data recorder" não foi, segundo Abreu, evidenciado nenhum mau funcionamento mecânico do aparelho.
"As investigações ainda estão em curso e poderão estar concluídas mesmo antes dos 30 dias recomendados pela Organização de Aviação Civil Internacional (ICAO)", disse o presidente, acrescentando que o acidente do Embraer entra na categoria dos grandes acidentes.
Desta feita, segundo a fonte, a Namíbia como país responsável pela investigação tudo fará para que a legislação relativa aos regulamentos sobre a investigação de acidentes aéreos recomendados pela ICAO sejam estritamente observados para a disseminação dos resultados.
Enquanto isso, o Ministro moçambicano dos Transportes e Comunicações, Gabriel Muthisse, desloca-se domingo a Namíbia, onde vai manter contactos com as autoridades daquele país que superintendem a Aviação Civil para se inteirar em detalhe de todo o trabalho que está a ser feito desde o fatídico dia da queda do avião.

RFI (PORTUGAL)

"Não houve falhas técnicas na queda de avião da LAM", diz PCA da transportadora moçambicana 

Não houve falhas técnicas na queda do avião das linhas aéreas moçambicanas, no dia 29 de novembro último, na Namíbia, e que matou 33 pessoas, disse o Presidente do Instituto moçambicano de aviação civil.
Durante uma conferência de imprensa, este sábado, 14 de dezembro, na capital moçambicana, o PCA, Presidente do conselho de administração da companhia de aviação, LAM, linhas aéreas moçambicanas, João de Abreu, declarou que não houve nenhuma avaria técnica no avião que fazia a ligação Maputo/Luanda.
"Não foi evidenciado nenhum mau funcionamento mecânico e de navegabilidade do avião; e o relatório preliminar do acidente, poderá estar concluído, mesmo antes dos trinta (30) dias recomendados pela ICAO, a Organização da aviação civil internacional", foi assim que o PCA, da transportadora moçambicana LAM, falou aos jornalistas.
Recorda-se, que a 29 de novembro deste ano, um avião das linhas aéreas moçambicanas, despenhou-se em território da Namíbia, e provocou a morte de 33 pessoas.
O ministro moçambicano dos Transportes e Comunicações, Gabriel Muthisse, estará amanhã, domingo, na Namíbia, para acompanhar de perto os trabalhos dos peritos que elaboram o relatório final do acidente.

O DIÁRIO

Empresa produz drones em Mogi

Darwin Valente
Num prédio de modestos três andares, ao lado do viaduto de Braz Cubas, está localizada a empresa que poderá ser o embrião de um futuro polo tecnológico que a Cidade há muito tempo espera e necessita.
Criada por um mogiano de 36 anos, formado em Engenharia da Computação pela UBC, com mestrado e doutorado no ITA e passagens por Embraer e Avibrás, em São José dos Campos, a BRVant Soluções Tecnológicas desenvolve e fabrica sistemas de veículos aéreos, terrestres e submarinos não tripulados. Capaz ainda de produzir software aeronáutico embarcado e simuladores para clientes civis e militares, a empresa também executa serviços técnicos, como a manutenção de sistemas robóticos de veículos controlados à distância.
Seus principais produtos, entretanto, são mesmo os drones ou Vant, sigla que identifica os veículos aéreos não tripulados, pequenas aeronaves que ganharam fama internacional por apresentarem diferentes formatos e serem capazes de promover ações absolutamente inacreditáveis, como carregar centenas de quilos de bombas e mísseis e se tornarem protagonistas nos principais fronts de guerra americanos contra o terror.
Foram imagens feitas por drones que ajudaram a identificar a casa onde estava abrigado Osama Bin Laden, que só não foi bombardeada pelos pequenos aparelhos porque o presidente Barack Obama preferiu usar as forças especiais americanas para ter provas da morte e acesso aos documentos do terrorista. Figurões da Al-Qaeda, porém, não têm sido poupados dos ataques de drones, tanto no Oriente Médio como no Paquistão e Afeganistão.
Embora sejam utilizados também para fins militares, como alvos aéreos para treinamento das Forças Armadas do Brasil, os Vant produzidos em Mogi servem para uso civil, como inspeções em linhas de transmissão de alta tensão e complementação dos serviços de batimetria, destinados a apontar os pontos dos rios que necessitam de limpeza e desassoreamento.
Na Cidade, os sistemas da BRVant são utilizados pela Prefeitura Municipal para monitoramento ambiental de áreas a serem preservadas e de terrenos onde há riscos de invasões.
Para executar missões desse tipo, a empresa se vale, principalmente, de uma Plataforma de Monitoramento Aéreo Multiuso, um completo sistema Vant, totalmente portátil, que permite ao operador voar e controlar remotamente uma aeronave dotada de câmeras de alta resolução, sistemas de georeferenciamento (GPS) e sensores de imageamento e de navegação, capazes de captar e transmitir em tempo real os mais diferentes tipos de dados.
Todos esses sistemas foram desenvolvidos e devidamente patenteados pelo engenheiro Rodrigo Kuntz, hoje à frente de uma equipe de jovens que o auxilia no desenvolvimento de novos projetos e nos trabalhos da BRVant, em Braz Cubas.



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