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NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 10/12/2013

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Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.



Valor mínimo de jato regional pode sair caro à Embraer

Fabricante se comprometeu a pagar 16% do valor original às aéreas, mas aviões menores perderam mercado com alta do combustível

A Embraer SA, uma das pioneiras na indústria global de jatos regionais, corre o risco de sofrer um baque financeiro por causa de uma promessa de garantir um valor mínimo às companhias quando elas revenderem seus aviões mais velhos. “Os preços dos jatos usados estão caindo porque as aéreas evitam os modelos de 50 assentos, que eram preferidos há duas décadas”, disse Darryl Genovesi, analista da UBS, em Nova York.
Os aviões pequenos eram uma opção econômica há duas décadas. Em 1994, o preço médio do querosene de aviação era de cerca de US$ 0,53 por galão (3,78 litros). Na semana passada, esse valor era de US$ 2,97, o que dificulta distribuir os maiores custos de combustível em tão poucos assentos.
“A Embraer costuma repassar às aéreas 16% do valor original de um avião e poderia ter dificuldades para recuperar o dinheiro, disse Genovesi. “Os aviões ERJ ainda cumprem uma missão nos EUA”, disse a companhia por e-mail. “E há oportunidades em mercados secundários para as companhias aéreas regionais em mercados emergentes como a África, a Europa Oriental e a América Latina”.
No passado, a Embraer cotou modelos de 50 assentos como os da família ERJ-145 por até US$ 25 milhões, embora os compradores obtenham, normalmente, descontos. Agora, um ERJ-145 ER de 1999 possui um valor de mercado de aproximadamente US$ 2,8 milhões, segundo estimativas da consultoria de aviação Avitas.
Genovesi disse que a Embraer será responsável pela diferença entre o valor que os jatos podem conseguir atualmente e a garantia, baseada no preço de venda, fechado há anos.
Eric Hugel, analista da S&P Capital IQ Inc., disse que a Embraer não deve arcar mais do que US$ 200 milhões e US$ 300 milhões em garantias de valor residual e que as companhias que fizeram leasing também terão que injetar dinheiro nos aviões para devolvê-los sob condições específicas.


Hollande negociará caças com Dilma

Paulo Silva Pinto

Os franceses contam com a visita do presidente François Hollande ao Brasil, na quinta e na sexta-feira, para destravar o processo de escolha dos novos aviões de combate da Força Aérea Brasileira (FAB) de forma favorável à venda do modelo produzido pelo país, o Rafale F3. Uma prova de que não há chance de o assunto ser esquecido na pauta de conversas entre Hollande e a presidente Dilma Rousseff é o fato de que a comitiva francesa inclui Éric Trappier, o principal executivo da Dassault, empresa que lidera o consórcio Rafale.
A proposta de orçamento para o próximo ano exclui recursos para a compra de caças supersônicos. Embora especialistas vejam a possibilidade de o negócio ser fechado em 2014 para posterior desembolso, o mais provável é que nenhuma decisão seja tomada antes do início do próximo mandato presidencial, em 2015. De qualquer forma, a Rafale acredita que está em uma situação favorável para ganhar pontos em relação ao concorrente, o norte-americano F-18, fabricado pela Boeing.
Uma razão para isso — não propagada, mas tampouco negada pelos franceses — é o fato de que as relações entre Brasil e Estados Unidos se estremeceram depois das revelações de que o serviço de espionagem norte-americano monitorou conversas da presidente Dilma, assim como de outros chefes de Estado. Perguntado sobre o tema, o presidente da Rafale e vice-presidente da Dassault, Benoît Dussaugey, afirmou que “a soberania do Brasil foi violada”, e que “o presidente Hollande está propondo um código de conduta” nas relações entre países para evitar a repetição de episódios como esse.
Certamente ninguém espera que a irritação com os norte-americanos tenha o poder de direcionar uma escolha que envolve bilhões de dólares. Entretanto a espionagem é uma parte do quadro de desconfiança e de busca da manutenção da hegemonia que marca as relações dos Estados Unidos com outros países, mesmo aliados, e que tem influência também na oferta do F-18. A Boeing concorda em transferir tecnologia para o Brasil em um patamar só autorizado a países com quem os norte-americanos mantêm ótimas relações, mas esse pacote exclui a abertura do código-fonte do avião, algo que permitiria aos brasileiros comprar armamentos de outros fornecedores e também desenvolver novos softwares para uso militar próprio.
Já os franceses aceitam transferir toda a tecnologia. Para o Brasil, que pretende comprar 36 unidades, a perspectiva de nacionalização é de 50%, com a montagem final dos caças feita pela Embraer, em São José dos Campos (SP), e o uso de radares a serem produzidos na região do ABC paulista. Dussaugey garante estar preparado “do ponto de vista econômico e político” para fazer uma oferta com nacionalização total do Rafale, mas ressalva que, para uma encomenda pequena, o valor pode não compensar.
Preço

O valor do Rafale permanece uma desvantagem em relação ao F-18. O modelo norte-americano tem preço unitário em torno de US$ 70 milhões, enquanto o francês custa 40% a mais do que isso — números que podem variar em função de equipamentos e mesmo da negociação.

O repórter viajou a convite do consórcio Rafale.


Aeroportos: Alerta de caos para voos de fim de ano

Especialistas em aviação civil apontam atrasos e cancelamentos de viagens no fim de semana como sinais de que o Natal e o réveillon serão de mais transtorno. Aumento da demanda e quadro reduzido de funcionários são alguns dos motivos. A Gol foi multada em R$2,5 milhões devido aos problemas de sábado e domingo.

Pedro Rocha Franco, Rosana Ressel e Sílvio Ribas

Depois de um fim de semana caótico nos principais aeroportos do país, especialistas e entidades de classe alertam para o risco de cenas mais críticas no fim de ano. Atrasos e cancelamentos podem se repetir em escala maior devido à maior demanda. Em Confins, a previsão de aumento de 9,6% no total de passageiros neste mês em relação ao ano passado pode ser agravada pelas quatro obras em execução no aeroporto – terminal, rodovia, pátio, e pista e terminal provisório.
Os duros ajustes financeiros promovidos pelas companhias aéreas ao longo do ano para voltar a lucrar, com corte de pessoal e de rotas, não resistiram ao seu primeiro grande teste. A Gol, vice-líder do mercado doméstico, com cerca de 40% do tráfego, deixou evidente a partir da última quinta-feira, sobretudo no fim de semana, o curto espaço de manobra que a empresa tem para lidar com as dificuldades trazidas por um prolongado tempo chuvoso. Os elevados custos de manutenção das aeronaves e de seu combustível, segundo especialistas, deixaram a sua operação no limite. Para o professor do Núcleo de Inovação da Fundação Dom Cabral Hugo Ferreira Braga Tadeu, pode ter faltado mão de obra para cobrir um pico de demanda. "Não estamos diante da repetição de algo que ocorreu no ano passado?", questiona, lembrando os atrasos em outubro de 2012.
Após quatro dias de transtornos nos maiores aeroportos do país causados pelo grande número de voos atrasados e cancelados, sobretudo da Gol, a diretoria da Agência Nacional de aviação Civil (Anac) se reuniu na manhã de ontem, na sua sede, no Rio de Janeiro, com representantes das quatro principais companhias aéreas, para avaliar o ocorrido. A demora na resposta das empresas e da reação da Anac foi criticada no fim de semana até pelo ministro da Secretaria de aviação Civil (SAC), Wellington Moreira Franco. Ele cobrou uma resposta mais firme para evitar a repetição dos problemas.
Ao final da reunião, a Anac informou que o problema de atrasos e cancelamentos de voos da Gol foi causado por "falhas no gerenciamento de tripulação da companhia". Com isso, a agência vai fazer auditoria nesse processo e a empresa terá que apresentar um plano de contingência para evitar que isso ocorra novamente. "Não vamos admitir esse tipo de falha, que compromete a prestação do serviço. Sempre que isso ocorrer, a Anac vai cobrar ações imediatas das empresas", declarou o diretor-presidente da agência, Marcelo Guaranys, que coordenou o encontro.
A multa estimada para a Gol até agora por falhas na prestação de assistência aos passageiros é de R$ 2,5 milhões, mas, de acordo com Guaranys, o valor poderá superar R$ 5 milhões, após a conclusão do trabalho da equipe de fiscalização durante o período.
CHUVA E CAOS

Segundo a Anac, na última quinta-feira, em razão de problemas meteorológicos, os aeroportos de Guarulhos (SP), Congonhas (SP), Santos Dumont (RJ) e Galeão (RJ) ficaram fechados algumas horas, "causando também restrições às operações nos aeroportos de Brasília, Belo Horizonte, Curitiba, Florianópolis e Porto Alegre". Em decorrência disso, voos de diversas empresas áreas foram afetados. Mas, ressaltou a agência, a Gol "não conseguiu administrar o problema com a mesma agilidade das outras empresas", fazendo o problema perdurar no sábado e no domingo.
Os atrasos levaram a jornada de trabalho de tripulantes da Gol a extrapolar a carga horária permitida devido a questões de segurança, confusão agravada pela dificuldade em deslocar substitutos com agilidade. A fiscalização percebeu ainda falhas da companhia na assistência aos passageiros pela empresa.
A Gol informou que retomou ontem os índices de normalidade nas suas operações, com índice de 5,6% de atrasos nos voos domésticos, segundo dados da estatal Infraero, responsável pela gestão dos terminais aeroportuários. Foram 19 voos atrasados mais de de 30 minutos desde a 0h de ontem. Os cancelamentos alcançaram 7%, ou 24 voos. A Gol considerou o desempenho "adequado à rotina das operações aéreas".
"Devido às fortes chuvas que acometeram a Região Sudeste do país na madrugada de sexta-feira, a companhia sofreu atrasos e cancelamentos na sua operação. A Gol pede desculpas pelo desconforto causado aos passageiros e ressalta que a segurança de seus clientes e colaboradores é item prioritário em sua política de gestão", afirmou a companhia em nota. Na quinta-feira, o ministro da Secretaria de aviação Civil da Presidência da República, Moreira Franco, deverá se reunir com representantes das empresas aéreas para discutir a Operação Fim de Ano.
Plano tenta proteger passageiros
Na reunião de ontem com a Anac, as companhias aéreas relataram seus respectivos planos de contingência, que farão parte da Operação Fim de Ano, realizada pela agência reguladora no período de alta temporada, de 13 de dezembro a 13 de janeiro. Além do presidente da Anac, estavam presentes o diretor de operações, Carlos Eduardo Pellegrino, e o superintendente de padrões operacionais, Wagner Moraes. A Gol estava representada pelo seu vice-presidente técnico, Adalberto Bogsan.
O plano de contingência deve conter, entre outras ações, o compromisso de ocupação máxima das posições de check-in das companhias nos aeroportos nos horários de pico e o reforço de funcionários em guichês exclusivos para informações e registro de reclamações. Também está previsto o compromisso de não praticar overbooking, garantir aeronaves reserva, reforçar a tripulação e equipes de solo e remanejar manutenções programadas nas aeronaves. A Anac promete intensificar a fiscalização no período, com 300 servidores nos 12 principais aeroportos mais movimentados do país.
No governo é consenso que a razão do calvário dos passageiros está na gestão das companhias aéreas e, por causa disso, não há disposição das autoridades a conceder incentivos ao setor. O problema da Gol é o mais grave. A única empresa que cobra por refeição dos passageiros a bordo é a que tem os piores problemas financeiros e operacionais. Após suas demissões, a empresa não teria quadro suficiente para suprir o plano de contingência. Ela e outras companhias tentam flexibilizar a escala dos aeronautas, ampliando o número de horas sem elevar salários e enfrenta a resistência dos sindicatos.
CONFUSÃO

Ontem, em Confins, as operações foram menos conturbadas, com 10 voos atrasados e dois cancelados, dos 99 que decolaram do aeroporto até as 17h. Em nota, a Infraero afirmou que o aeroporto "operou por instrumentos na parte da manhã, porém a chuva não causou impactos nas operações". A confusão foi maior com a presença da torcida do Atlético no terminal para acompanhar o embarque do time para o Marrocos.


Lançamento de satélite sino-brasileiro fracassa

Falha no veículo lançador impediu que o satélite atingisse a órbita prevista

Fracassou a tentativa de colocar em órbita o satélite CBERS-3, o quarto do programa de observação da Terra que o Brasil mantém em parceria com a China. O satélite caiu devido a uma falha no foguete que deveria colocá-lo em órbita, pouco após ter sido lançado ontem da base militar de Taiyuan, no norte da China.
Segundo a estatal chinesa Great Wall Industry, responsável pelo lançamento, o problema ocorreu na última fase do lançamento, quando o satélite se separa do foguete. A propulsão do veículo lançador parou 11 segundos antes do previsto, impedindo que ele imprimisse ao satélite a velocidade necessária para posicioná-lo em órbita. "É como um estilingue. Se não puxar bem o elástico, a pedrinha cai bem na sua frente", comparou o vice-diretor do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), Oswaldo Duarte Miranda.
A investigação para apurar a origem do problema deve levar pelo menos um mês.
Nos primeiros momentos, o lançamento deu a impressão de ter sido um sucesso. As condições meteorológicas eram boas, com dia claro e sem ventos. O lançamento foi feito no horário marcado, 11h26 (1h26 de Brasília). Chineses e brasileiros trocaram cumprimentos e seguiram para o banquete comemorativo. O clima de festa entre os brasileiros aumentou quando técnicos chineses anunciaram que os painéis solares haviam se aberto e que outros sistemas do CBERS-3 funcionavam normalmente.
Menos de uma hora após o lançamento, veio a notícia de que o satélite não estava em órbita. O almoço foi tenso. "Avaliações preliminares sugerem que o CBERS-3 tenha retornado ao planeta", disse um comunicado conjunto de chineses e brasileiros.
O fiasco pegou os dois lados de surpresa. O foguete chinês era o Longa Marcha 4B. Veículos desse modelo já haviam feito 34 lançamentos de satélites, sem falhas.
Os técnicos chineses estimaram que o CBERS-3 tenha caído no mar da Antártida. Foi o fim de um satélite que levou oito anos para ficar pronto. O investimento do governo só nesse aparelho é estimado em R$ 289 milhões.
A construção é uma parceria entre Brasil e China. Cada país faz 50% do projeto. Já o lançamento é responsabilidade da China, embora o custo, de US$ 30 milhões, seja dividido entre os dois países.
Com a perda do CBERS-3, o Brasil vai continuar dependendo da compra de imagens de satélites de outros países. Desde 2010, quando o CBERS-2B deixou de operar, o Brasil não tem imagens próprias de sensoriamento remoto. O novo satélite ajudaria, em especial, o monitoramento do desmatamento da Amazônia.
O que resta ao país agora é tentar antecipar o lançamento do CBERS-4, um gêmeo do CBERS-3, previsto para 2015. Brasileiros e chineses farão hoje uma reunião para discutir o prazo mínimo em que ele pode ser lançado. Os equipamentos estão prontos. Faltam a integração entre a parte chinesa e a brasileira e os testes. Mas técnicos afirmam que o processo exige no mínimo 14 meses.
O ministro Marco Antonio Raupp (Ciência e Tecnologia), que chefiou a delegação brasileira, admitiu que levou um "choque", mas disse que é preciso manter o programa. "A falha é a mãe do sucesso."
Na parceria Brasil-China, não há compensação para o caso de um incidente. Como a falha foi do lançador chinês, há a chance de o Brasil não pagar o custo do próximo lançamento. "É o que vamos buscar", disse Raupp.

Parceria é o principal foco do programa espacial do país

SALVADOR NOGUEIRA

Perda de espaçonave por falha de foguete é uma inevitabilidade no mundo inteiro. Mas a destruição do satélite CBERS-3 é um revés mais sentido porque representava o principal foco do programa espacial brasileiro.
Forjado em 1988, o acordo de cooperação com a China foi durante duas décadas prioridade absoluta no Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Originalmente, o programa teria quatro satélites. Acabou ganhando um quinto, no meio do caminho, batizado de CBERS-2B. O atual lançamento seria o quarto da série.
Uma olhadinha no orçamento da Agência Espacial Brasileira em 2012 revela o viés dessa escolha. Quase metade da verba anual destinada a desenvolvimento de satélites (R$ 126,4 milhões) foi para o programa CBERS (R$ 59,6 milhões). Enquanto isso, outros projetos focados no desenvolvimento de satélites 100% nacionais acabaram escanteados e sofreram atrasos de pelo menos cinco anos, na melhor das hipóteses. E agora uma quantidade significativa de dinheiro (estima-se um custo de R$ 289 milhões para a parte brasileira do satélite) foi perdida.
Sem o CBERS-3, a única solução é acelerar o desenvolvimento do CBERS-4, para lançá-lo já no ano que vem. E isso provavelmente acarretará em mais adiamentos para os outros projetos sob encargo do Inpe.
Moral da história: enquanto o governo mantiver o programa espacial caminhando a conta-gotas, permanece o fantasma de falhas capazes de fazê-lo descarrilar.
FALHAS ANTERIORES
Vale lembrar que o projeto brasileiro de desenvolver um foguete lançador de satélites ainda não se recuperou do acidente na base de Alcântara, no Maranhão, em 2003. Na ocasião, 21 técnicos e engenheiros morreram. Aquela era a terceira tentativa de lançamento do VLS-1 (Veículo Lançador de Satélites), totalmente desenvolvido no Brasil. As duas operações anteriores, realizadas em 1997 e 1999, também haviam fracassado, mas sem produzir vítimas.


Militares voltam a se manifestar

Ponto do Servidor
Bombeiros e policiais militares planejam nova manifestação para quinta-feira, em frente ao Palácio do Buriti, a partir das 9 horas. Eles reivindicam o cumprimento das 13 promessas de campanha feitas pelo governador Agnelo Queiroz, além do encaminhamento da reestruturação do plano de carreira, equivalência de cursos na PMDF semelhante à aplicada no Corpo de Bombeiros, o pagamento de auxílio-inatividade, moradia e transporte e a ampliação do quadro de oficiais e promoção independente de vagas até a graduação de subtenente.


Dependência ameaça o Brasil no espaço

Roberto Godoy

O Programa Espacial Brasileiro, maduro de 53 anos, sofre com a falta de recursos. Com as dotações adequadas, as agências do País construiriam seus próprios veículos lançadores, ofereceriam serviços e ganhariam dinheiro em um mercado internacional estimado em US$ 30 bilhões. Com dinheiro curto, resta amargar por 10 anos a tragédia de agosto de 2003, quando a explosão de um dos motores do VLS-1/V03 na plataforma da base de Alcântara, no Maranhão, matou 21 técnicos e transformou em metal esturricado o objetivo de uma geração inteira de pesquisadores. De 1994 até o desastre de 2003, o governo havia investido magros R$ 73 milhões no projeto do foguete de quatro estágios, 50 toneladas e possibilidade de colocar sua carga útil no espaço a até mil quilômetros de distância. O caso da China era visto ontem à noite, no meio da Defesa, como alerta para os riscos da dependência. Militares assinalaram que a área é prioritária na agenda de assuntos estratégicos da presidente Dilma Rousseff.


ITA aplica vestibular para mais de 7,2 mil candidatos a partir desta terça

Provas serão realizadas em 23 cidades do país nos próximos quatro dias. Em 2014, instituto oferece 180 vagas em seis cursos de graduação.

Tem início nesta terça-feira (10) um dos mais concorridos vestibulares do país, o do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA). Serão 7.992 vestibulandos disputando 180 vagas em seis cursos de graduação, uma média de 42 candidatos por vaga. As provas, que começam às 8h, serão aplicadas durante os próximos quatro dias em 23 cidades. O gabarito deve ser divulgado no dia 17 e a classificação sai no dia 27 de dezembro, ambos no site do ITA.
O primeiro dia de avaliação terá questões de física e nos dias seguintes serão aplicadas provas de português e inglês (quarta-feira), matemática (quinta-feira) e química (sexta-feira). Em todos os dias, os candidatos terão quatro horas para realizar as provas. O concorrente que perder um dia do processo seletivo será eliminado do vestibular.

O coordenador do vestibular do ITA, Luiz Carlos Rossato, orienta que é fundamental os vestibulandos terem todas as informações referentes à inscrição e chegar aos locais de prova com pelo menos 50 minutos de antecedência do início da prova, marcado de acordo com o horário de Brasília.
"Os vestibulandos vão precisar mostrar documento com foto para acessar os locais de prova e terão que estar munidos de lápis preto apontado, borracha e caneta de tinta preta. O lápis para as questões dissertativas e a caneta para passar as questões para a ficha óptica", afirmou. O ITA recomenda ainda que os vestibulandos não levem celulares para a prova. Redes sociais serão monitoradas e o concorrente pode ser desclassificado.
As provas serão aplicadas em Belém, Belo Horizonte, Brasília, Campinas, Campo Grande, Cuiabá, Curitiba, Fortaleza, Goiânia, Juiz de Fora, Londrina, Manaus, Natal, Porto Alegre, Recife, Ribeirão Preto, Rio de Janeiro, Salvador, São José dos Campos, São José do Rio Preto, São Paulo, Teresina e Vitória.
São Paulo foi a que teve a maior procura com 1.564 inscritos. Fortaleza e São José dos Campos tiveram 783 e 781, respectivamente, e o Rio de Janeiro gerou 634 inscrições. Em 2014, o ITA terá aumento de 50 vagas nos seis cursos de graduação existentes. Pela primeira vez, serão oferecidas 170 vagas para civis e 10 para militares. Em anos anteriores eram oferecidas 120 vagas para civis e 10 para militares.
Considerada uma das melhores universidades do país, o ITA disponibiliza vagas para os cursos de graduação em engenharia nas seis especialidades - aeronáutica, eletrônica, mecânica-aeronáutica, civil-aeronáutica, da computação e aeroespacial.


Antes de irem ao espaço, recrutas treinam em aviões de guerra dos EUA

Durante a semana de treinamentos que os mais de 100 recrutas da Axe Apolo Space Academy (AASA) tiveram em Orlando, nos Estados Unidos, duas atividades foram as mais esperadas: a possibilidade de experimentar um ambiente de gravidade zero, durante um voo parabólico em um Boeing, e a chance de voar – e pilotar por alguns minutos – em um Marchetti SF 260, pequeno avião utilizado para exercícios acrobáticos e militares ao redor do mundo.
A primeira experiência, contudo, acabou frustrada para a maioria deles por causa de problemas técnicos na aeronave, que por dois ou três dias ficou "encostada" na oficina, supostamente por problemas no sistema de ar condicionado. Quando o avião ficou pronto, sexta-feira, somente os 23 vencedores do concurso ainda estavam por lá para a realização do voo de gravidade zero.
ImagemJá a outra aventura foi completada com sucesso por todos os que concorriam a uma vaga em um passeio suborbital – que deve ocorrer entre o fim do próximo ano e o começo de 2015 e que fará deles astronautas amadores. Ao longo da semana, eles voaram com a equipe do Air Combat USA a partir do aeroporto de Kissimmee, na Flórida, e colecionaram histórias de aventura, adrenalina e também de algumas cenas inusitadas – um deles, durante uma das acrobacias, fez simplesmente o pior que poderia ter feito: agarrou-se no piloto.
O avião é pequeno, os lugares são apertados e você ainda precisa vestir, além do macacão com as insígnias do programa que te faz se sentir como Maverick em Top Gun, uma mochila pesada onde fica seu paraquedas – que os pilotos costumam brincar dizendo que INFELIZMENTE ainda não tiveram a oportunidade de usar, como se desejassem que isso ocorresse justo naquele momento com você, e que se mesmo assim desse tudo errado eles devolveriam o dinheiro.
É tudo brincadeira, claro. Os pilotos que te levam para esse passeio são todos extremamente experientes, muitos com passagens pelas forças armadas americanas, e alguns, inclusive, com participação em guerras – um deles, aliás, veterano da guerra do Vietnã, acabou levando para dar uma volta um competidor desse país (e ambos voltaram realizados).
Antes de tudo, ocorre um briefing de aproximadamente meia hora, quando um dos pilotos explica quais são as manobras que eles pretendem praticar em instantes com dois aviões, o quanto essas são seguras e como se deve puxar o ar quando a força gravitacional for muito forte – respirar normalmente, explica o piloto Russell Campbell, ou Vifa, codinome que usa no trabalho, é difícil nesse momento.
Grosso modo, uma força G de nível 4, que é a experimentada pela maioria dos "caronas" nesses voos, nos faz sentir o corpo quatro vezes mais pesado do que de fato é quando estamos com os pés no chão. No caso desse exercício, isso ocorre durante uma subida quase vertical do Marchetti que culmina com uma descida tão radical quanto que faz com que os tripulantes sintam, por poucos segundos, a ação da força G e, depois, da ausência de peso.
É nesse momento que controlar o ar que entra nos pulmões e forçar pernas e abdome para diminuir o fluxo de sangue que vai para a cabeça podem fazer a diferença entre curtir plenamente a experiência ou sentir algum efeito colateral, como visão em preto e branco ou até mesmo um desmaio. Mas os pilotos também estão preparados para avaliar quando é preciso pegar mais leve, e diminuem a tensão criada pelas manobras se for preciso.
ImagemQuem não sentiu nada foi o brasileiro Marco Aurélio Gorrasi, um dos 23 vencedores do projeto AASA, para quem o exercício foi uma dos melhores partes do programa. "Voar num avião de guerra americano de verdade, a sensação de estar com o senso de gravidade 4 G no corpo, sentir a pressão que é estar viajando tão rápido e sentindo aquela pressão da nave indo tão rápido... Nossa!".
Para Michael Blackstone, ou Maverick, presidente e piloto do grupo Air Combat USA, não há qualquer razão para temer. "Somos todos pilotos experientes, que procuramos fazer aquilo que mais gostamos com a maior segurança possível. Muitos aqui saíram das forças armadas e agora nós estamos aqui para continuar voando, que é a nossa paixão. Somos na verdade crianças que não querem crescer jamais, queremos continuar brincando de voar para sempre".
Brincando, o Air Combat ainda faz uma série de manobras. "Ele fez várias acrobacias: looping, parafuso, outra tipo um funil que ia descendo (quando o avião desce percorrendo trajeto em espiral, imitando a reentrada na atmosfera da Terra de algumas naves espaciais, como a Atlantis). Foi muito forte, mas foi muito legal", explica Gorrasi.
Pilotando um avião de guerra
E se isso já não fosse emoção suficiente, os pilotos ainda permitem que o passageiro comande a aeronave por um tempo. "Pilotei um pouco. A gente percebeu que ela é muito sensível. Qualquer pequeno movimento que você faz a nave já desce, sobe ou vira para o lado. Você tem que tomar muito cuidado, mas é uma experiência totalmente inesquecível", completa o brasileiro, que pode se tornar a segunda pessoa do país a ir ao espaço, caso nenhum outro que tenha pagado pela experiência chegue lá antes.
Depois disso, os dois aviões retornam ao solo para abastecer, pegar mais duas vítimas e começar tudo de novo. Afinal, eles são apenas crianças que não querem parar de brincar de voar.
O jornalista viajou a convite da organização do evento.

Surgiu (TO)

Cauda de helicóptero quebra e aeronave faz pouso de emergência

Um helicóptero precisou fazer um pouso forçado em uma zona rural, a 6 km de Gurupi, sul do Tocantins, na tarde deste domingo (8). O táxi aéreo que vinha de Anapólis (GO) com destino a Imperatriz (MA) parou em Gurupi para abastecer, minutos depois uma peça da parte traseira quebrou e por isso o piloto foi obrigado a fazer o pouso de emergência.
Assim que a piloto percebeu que a peça tinha quebrado conseguiu entrar em contato com a companhia aérea, que logo acionou o Corpo de Bombeiros de Gurupi. Segundo o tenente Sorllan, o helicóptero continua no local e está sendo supervisionado por seguranças particulares contratada pela empresa.
As pessoas que estavam dentro da aeronave não quiseram se identificar. Eles ainda estão em Gurupi. "Graças a Deus os três tripulantes estavam sem nenhum ferimento, eles desceram da aeronave e foram caminhando até um local onde encontrou com a equipe do Corpo de Bombeiros", disse o capitão Nilton Rodrigues.
Segundo Rodrigues a aterrissagem foi perigosa já que a área fica na zona rural e é bastante irregular.

Âmbito Jurídico

Preenchimento de requisitos não garante promoção de militar

O militar que atende às exigências para ser promovido não tem necessariamente o direito líquido e certo à desejada promoção. Com base nesse entendimento, a Primeira Seção do Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou pedido de militar reformado que pretendia ser promovido ao posto de capitão.
No mandado de segurança, ele sustentou que o ministro da Defesa foi omisso, pois não teria respondido formalmente ao requerimento administrativo que lhe fora encaminhado por advogado. Além disso, afirmou que o não reconhecimento de seu direito por parte do comandante da Aeronáutica não teve nenhum fundamento jurídico.
Segundo o militar, mesmo que fosse aplicado o prazo máximo de sete anos para cada promoção, ele deveria ter alcançado o posto de capitão em 1975. Com base nisso, pediu que fosse determinada sua promoção, com a fixação de novos proventos, além do pagamento de valores retroativos.
Prescrição
Para o comandante da Aeronáutica, o alegado direito do militar prescreveu. “Sendo a promoção um ato administrativo de efeitos concretos, deveria o impetrante, ao se sentir prejudicado por não ter sido promovido anteriormente, ter ajuizado a ação pertinente dentro do lapso temporal de cinco anos”, disse.
Além de ter sustentado a prescrição quinquenal, ele afirmou que o militar não teria direito líquido e certo ao posto de capitão, pois “as promoções de militares encontram-se condicionadas às limitações impostas na legislação e regulamentação específicas”.
O ministro Sérgio Kukina, relator do mandado de segurança, afirmou que, embora a jurisprudência do STJ se oriente no sentido de que as ações propostas para revisão do ato de promoção estejam sujeitas ao prazo de prescrição quinquenal, contado da data da respectiva publicação, isso não vale para o caso específico, por duas razões.
“Primeiro, porque se ataca omissão do ministro da Defesa – não sujeita à prescrição – e ato comissivo do comandante da Aeronáutica, publicado no Diário Oficial de 14 de maio de 2012”, explicou Kukina. Além disso, “o que o impetrante busca não é rever sua promoção, mas obter uma nova, a que julga ter direito”.
Ato discricionário
Diferentemente do que afirmou o militar impetrante, Kukina verificou que o ministro da Defesa não deixou de responder ao requerimento, mas se declarou incompetente para apreciar o pedido que lhe fora encaminhado, remeteu-o à autoridade competente e informou esse fato ao interessado.
Para o ministro do STJ, não houve omissão: “Tal agir está em consonância com os princípios da limitação da competência e da atuação da administração pública, insertos nos artigos 37, caput, da Constituição Federal e 11 e 47 da Lei 9.784/99.”
O ministro entendeu que, ao negar o pedido, o comandante da Aeronáutica, “no estrito cumprimento da norma legal, cuidou de apontar os fatos e os fundamentos jurídicos que impunham o indeferimento do pedido”.
Ele ressaltou que a promoção de militar é, em regra, ato administrativo discricionário. “Assim, como ato discricionário que é, sujeita-se à avaliação – até certo ponto subjetiva – da autoridade competente, que decidirá sobre a conveniência e oportunidade de sua efetivação”, concluiu.



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