NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 06/12/2013
Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.
Aceno ao Brasil
A segunda intervenção militar da França na África em menos de um ano, depois da ação de janeiro no Mali, é um dos temas da agenda política que o presidente François Hollande pretende abordar com a colega Dilma Rousseff, na próxima quinta-feira. Hollande fará uma visita de Estado de dois dias, que tem na cooperação econômica e científica os pontos centrais, mas contemplará também o aprofundamento do diálogo político entre os dois governos — nos marcos da parceria estratégica firmada em 2006 entre os presidentes Jacques Chirac e Luiz Inácio Lula da Silva.
"É importante ser transparente sobre a África", disse ontem a um grupo de jornalistas brasileiros o embaixador francês, Denis Pietton, ao apresentar o programa de Hollande em Brasília e São Paulo, sob o impacto da escalada dos combates em Bangui e do sinal verde da ONU para o avanço das tropas francesas no país. "O Brasil tem ambições no continente, multiplicou o número de embaixadas, desenvolve programas de assistência ao desenvolvimento", ponderou o diplomata. Pietton ressaltou o papel brasileiro no comando da missão de paz das Nações Unidas na República Democrática do Congo.
Hollande vem acompanhado de cerca de 80 empresários e assinará acordos de cooperação, entre eles para o projeto de um satélite geoestratégico de uso civil e militar — uma parceria entre a empresa francesa Thales e a brasileira Visiona, joint-venture entre a Telebrás e a Embraer. |
Passageiros passam a madrugada em aeroporto de São Paulo à espera de voo
Passageiros de um voo cancelado da TAM, que deveria ter partido às 22h50 de ontem (5) com destino a Curitiba, passaram a madrugada no aeroporto internacional de Guarulhos, na Grande São Paulo. Segundo os passageiros, funcionários da companhia alegaram que não há vagas em hotéis conveniados.
Os passageiros reclamam que funcionários da TAM deram várias desculpas para o avião não ter decolado. Segundo o engenheiro Ricardi Andriani, eles disseram que o aeroporto de Curitiba ficaria fechado durante a madrugada para obras. Depois, informaram que não havia tripulação e que seriam colocados em um voo que partiria às 2h30, o que não ocorreu, de acordo com Andriani.
" Tem mulher grávida, amamentando, idosos e várias pessoas dormindo no chão da área de desembarque do aeroporto, alguns passageiros vindos do interior. Eles serviram bolacha e suco de lanche para os passageiros", disse Andriani.
O empresário Marcelo Márcio Xavier reclama que seu voo da TAM partiu atrasado de Nova York e que foi informado pelos funcionários da companhia que seria levado a um hotel e recebeu a passagem para pegar o voo às 6h20.
Xavier explica que chegou às 21h em São Paulo e atendentes da companhia aérea disseram ele deveria correr para pegar o voo das 22h50. Segundo Xavier, a funcionária da TAM rasgou a passagem das 6h20 e emitiu outra para o voo 3335.
" Pedimos dinheiro para jantar, mas falaram que não isso não existe. Deram bolacha e suco para os passageiros", reclama Xavier.
OUTRO LADO
Segundo a TAM, o aeroporto de Cumbica foi fechado temporariamente ontem devido ao mau tempo, o que ocasionou atrasos e cancelamentos de voos. A companhia alega que devido ao grande número de passageiros que foram remanejados para outros voos não foi possível acomodação de todos em hotéis de São Paulo por falta de vaga.
Por volta das 6h, os passageiros tinham embarcado no voo 9371 com destino a Curitiba.
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Força aérea celebra veterano "elegante"
Cerimônia homenageia os 30 anos do uso do turboélice Tucano T-27 na formação de pilotos da aviação militar nacional
Roberto Godoy
A Força Aérea recebe hoje os novos aspirantes a oficial da arma, e celebra um veterano - o turboélice Tucano T-27, que completa 30 anos de uso na formação dos pilotos da aviação militar brasileira.
Na turma de 168 cadetes da Academia da FAB, em Pirassununga, 107 são aviadores, 40 intendentes e 21 infantes. Há um grupo de mulheres - 8 delas vão pilotar aeronaves, de combate inclusive, enquanto as outras 18 optaram pelos serviços administrativos. Um aluno estrangeiro foi indicado pelo governo da Guatemala e integra o quadro.
Os aspirantes passarão ainda por um ciclo de 28 semanas antes de serem promovidos a oficiais e designados para postos em todo o território nacional. A cerimônia de hoje será marcada por atos simbólicos. A troca dos espadins pelas espadas é a marca da meta atingida. O quepe lançado ao ar é um gesto informal de comemoração.
O elegante, ágil e preciso Tucano foi desenvolvido pela Embraer na segunda metade da década de 70, definido pela empresa como "treinador avançado". Mais tarde, passaria a ser oferecido com facilidades para o ataque leve ao solo.
O primeiro voo, em 19 de agosto de 1980, revelou certas ousadias no projeto, inéditas para essa classe, dos monomotores turboélices, como os assentos ejetáveis, "cabides" para cargas externas, trem de pouso retrátil e cabine inspirada no arranjo dos caças pesados da época.
Na cerimônia da manhã de hoje, o Tucano T-27 de matrícula 1361, com uma pintura especial comemorativa, vai liderar 16 aeronaves do mesmo tipo. A unidade é uma veterana: tem servido à instrução dos alunos da AFA e também ao Esquadrão de Demonstração Aérea -a Esquadrilha da Fumaça, agregada à Academia.
O EDA está trocando de avião e estreia o novo A-29 Super Tucano em 2014. O homenageado T-27 acumula 500 mil horas de voo. Desde a chegada a Pirassununga, em 1983, atuou na formação de 2.700 aviadores. Ao menos 16 países utilizam o Tucano que, no Brasil, será submetido a um programa de revitalização e poderá ser empregado até 2025.
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Novo enterro de Jango terá honras de Estado
Restos mortais do ex-presidente João Goulart serão levados hoje, em avião da FAB, de volta para São Borja; prefeito decretou feriado na cidade
Elder Ogliari - Colaborou Tânia Monteiro
Os restos mortais do ex-presidente João Goulart serão enterrados hoje em São Borja, a 630 quilômetros de Porto Alegre, na fronteira do Brasil com a Argentina. Será o segundo sepultamento de Jango, desta vez com as honras de chefe de Estado que não teve na primeira vez. A cerimônia será acompanhada pela viúva Maria Thereza, os filhos João Vicente e Denize e netos do ex-presidente, que morreu há exatos 37 anos, em 6 de dezembro de 1976. O prefeito Farelo Almeida decretou feriado em São Borja, cidade de 62 mil habitantes.
A família Goulart quer que os simpatizantes do ex-presidente possam homenageá-lo com tranquilidade e desvincula o segundo enterro de um ato político. "Apreocupação é que as despedidas não se tornem um palanque", afirmou João Vicente em entrevista à Rádio Estadão.
Multidão.
No primeiro enterro, em 1976, os militares permitiram que o corpo de Jango entrasse no Brasil por Uruguaiana e fosse levado em alta velocidade, por 200 quilômetros, até São Borja, onde o caixão deveria seguir rapidamente para o cemitério Jardim da Paz. O veículo teve de reduzir a velocidade e acabou parando em meio à multidão postada diante da Igreja Matriz São Francisco de Borja.
Depois de velar o corpo no templo, os admiradores do ex-presidente levaram o caixão até o cemitério a pé, quando a ordem era que seguisse em carro fúnebre.
Goulart foi deposto em 1964 pelo regime militar que se instalava no País e partiu para o exílio. Morreu em 1976 em sua fazenda em Mercedes, na Argentina. Como não houve autópsia, a tese de um assassinato sempre foi ventilada junto com a versão oficial de enfarte. Neste ano, a pedido da família, a Comissão Nacional da Verdade decidiu exumar os restos mortais para tentar esclarecer a causa.
Os restos mortais serão levados hoje de Brasília para São Borja em voo da Força Aérea. A ministra da Secretaria dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, vai acompanhar o traslado do corpo. Devem chegar por volta das 11h. Depois o caixão será levado em cortejo ao cemitério. O segundo sepultamento está marcado para às 16 horas.
A cidade abriga os restos mortais de quatro personagens históricos do trabalhismo brasileiro. No mesmo jazigo da família Goulart repousa o ex-governador Leonel Brizola. Em um túmulo ao lado está Gregório Fortunato, que foi chefe da guarda pessoal do ex-presidente Getúlio Vargas - cujos restos mortais foram depositados em um memorial perto dali, na Praça 15 de Novembro.
Para lembrar
Cerimonial na capital federal
Quase 50 anos após João Goulart ter sido deposto pelos militares, em 31 de março de 1964, os restos mortais do ex-presidente foram recebidos em Brasília, em 14 de novembro passado, em um simbólico cerimonial com a presença da presidente Dilma Rousseff e de todos os ex-presidentes da democracia vivos (exceto Fernando Henrique Cardoso, que não foi por motivos de saúde). Na capital federal, deu-se o prosseguimento ao processo de exumação.
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Ex-Anfavea será presidente da divisão de defesa da Embraer
Jackson Schneider substituirá Luiz Aguiar no comando da EDS em março; Área é a que mais cresce na empresa
Reuters e Roberto Godoy
O presidente da Embraer Defesa e Segurança (EDS), Luiz Aguiar, deixará o comando da companhia em março de 2014, informou a Embraer, em comunicado. O executivo será substituído pelo atual vice-presidente de Pessoas, Relações Institucionais e Sustentabilidade, da Embraer, Jackson Schneider.
Aguiar entrou na Embraer como presidente do Conselho de Administração em abril de 2004, indicado pela Previ. Ele se tornou executivo da empresa em 2006, passando pelos cargos de vice-presidente de Defesa e Governo e vice-presidente financeiro de relações com investidores. Aguiar participou do processo de criação de EDS, em 2011, e preside a empresa desde então. A renúncia foi motivada por razões pessoais e ele já prepara a sua saída há cerca de um ano, disseram fontes próximas à empresa.
Schneider ingressou na Embraer cm meados de 2011, depois de uma carreira de quase 20 anos na Mercedes-Benz e de ocupar a presidência da Associação Nacional de Veículos Automotores (Anfavea) entre 2007 c 2010. Ele chega para o comando da empresa com experiência em negociações com governos, uma habilidade importante na área de defesa, que tem como principais clientes as Forças armadas de diversos países.
A companhia informou, em comunicado, que passará por um período de transição até o fim de fevereiro.
Além da troca no comando da EDS, a companhia também anunciou que o mandato do atual vice-presidente do Negócio de Aviação Executiva, Ernest Joseph Edwards, será encerrado antecipadamente em 31 de dezembro. Ele será substituído pelo vice-presidente de operações da Embraer Aviação Executiva, Marco Pellegrini.
Defesa.
A divisão de defesa e segurança é a área da Embraer que mais cresce nos últimos anos. A EDS superou a marca de US$1 bilhão de faturamento em 2012, quando registrou um crescimento de 24%. No ano passado, a área representou 17% da receita total da Embraer, atrás ainda das divisões de aviação comercial e executiva.
A expectativa da empresa é de que a unidade continue a crescer expressivamente nos próximos anos. Em março, Aguiar disse em encontro com a imprensa que a companhia deveria crescer em média 12% ao ano até 2020.
No próximo ano, espera-se que a Força Aérea Brasileira (FAB) assine um pedido firme pelo primeiro avião militar de carga da Embraer, o KC-390. A empresa investiu US$2 bilhões no desenvolvimento do avião que competirá com o Hercules, da Lockheed Martin.
O cargueiro militar é uma aposta da empresa para um mercado que, segundo estimativas da Embraer, deve demandar cerca de 700 aeronaves nos próximos dez anos cm transações que podem somar US$ 50 bilhões.
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Tíquete aéreo terá novo tipo de venda na web
A Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA) no Brasil apresentou ontem uma nova ferramenta de busca e compra de passagens aéreas pela internet. Denominada NDC (Nova Capacidade de Distribuição, na sigla em inglês), a plataforma visa a facilitar a comparação de ofertas das companhias aéreas. O projeto está em fase de desenvolvimento e deve ser lançado em 2015.
O passageiro poderá escolher, por meio de um único sistema, o espaçamento para as pernas, refeições e bebidas a bordo, se fará embarque prioritário e até a contratação de serviços fora do avião, como acesso a salas VIP e aluguel de carros.
O diretor da IATA no Brasil, Carlos Ebner, afirmou que esse modelo foi desenvolvido pensando em agências de viagens, mas que se estenderá a todos os interessados na compra de passagens. "Queremos que agentes de viagem tenham capacidade similar aos sites de empresas aéreas no acesso às ofertas", afirmou Ebner.
Hoje as agências têm acesso a um sistema que mostra apenas a oferta de assentos disponíveis em um voo e, se o cliente solicitar um assento especial, elas não conseguem informar.
Já as empresas aéreas oferecem apenas em seus sites produtos personalizados, como a escolha da comida a bordo. Assim, o passageiro não consegue comparar os serviços, a não ser que faça buscas em sites de todas as companhias.
"Com o NDC, as companhias vão competir entre si baseadas nos produtos e serviços oferecidos", afirma Ebner.
Privacidade. Embora o modelo seja atraente para ps consumidores, as agências de turismo veem com ressalva a nova plataforma. A Associação Brasileira de Agências de Viagem (Abav) se manifestou contra o projeto. Em carta, as associações de viagens declararam preocupação quanto à privacidade dos passageiros no sistema. A IATA informou que todas as etapas da pesquisa de preços poderão ser feita de forma anônima, de acordo com as regras internacionais de privacidade.
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Viracopos tenta reduzir burocracia no transporte de carga
Aeroporto começa a usar em dezembro um sistema que elimina as guias de papel para desembaraço de cargas
Mearão Branãt
O Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas, começa a operar em dezembro um sistema inédito no País que elimina as guias de papel para trâmite de cargas internacionais.
O sistema deve agilizar em pelo menos 10% o tempo de desembaraço das mercadorias no terminal, que hoje é o segundo maior em movimento, com 300 mil toneladas em 2012.
Desenvolvido pela Associação Internacional de Transporte Aéreo (lata), em parceria : com a concessionária Aeroportos Brasil Viracopos, o projeto e-AWB (Air Way Bill) vai desburocratizar o sistema de liberação de cargas internacionais no terminal, adotando o processo eletrônico de conhecimento aéreo. Só em 2012, foram geradas 38 mil guias de papel - cada uma delas tem 12 cópias.
"De 10% a 20% das cargas têm problemas pelo sistema atual. O novo sistema eletrônico agiliza o processo e dá maior segurança e rastreabilidade para o usuário, além de eliminar o uso absurdo de papel", afirma o diretor da lata para o Brasil, Carlos Ebner. Hoje, a liberação para exportação passa das 20 horas. A meta é chegar a 5 horas. "A revolução desse sistema será a mesma provocada com o bilhete eletrônico para passageiros quando ele foi criado."
Viracopos será o primeiro aeroporto do País a adotar esse sistema, difundido no mundo. Segundo o representante da Iata, o terminal de Campinas foi o primeiro por vocação, mas o fim das guias de papel deve ser adotado pelos demais terminais cargueiros. "Começou por Viracopos porque é um aeroporto que tem no seu DNA o movimento de carga, o que facilita. Tanto as companhias como o aeroporto se mostraram dispostos a implantar", disse.
O diretor-presidente da concessionária, Luiz Alberto Küs-ter, disse que há uma expectativa que todas as companhias adotem o sistema em 2014 por causa da agilização do processo e redução de custos. "A homologação de Viracopos para a utilização do e-AWB trará mais agilidade às exportações brasileiras." A Lufthansa e a DB Schen-ker começam a usar o sistema em dezembro na rota Viracopos-Frankfurt (Alemanha). Inicialmente o e-AWB será utilizado apenas na exportação. A partir de 2014, a expectativa é que novas empresas adotem o processo eletrônico.
"Nossa expectativa é reduzir em até 25% o tempo de nossas liberações, com base nas experiências que já temos em outros aeroportos do mundo", afirmou o gerente da Lufthansa em Viracopos, Ditmar Schoendorf.
Abner afirmou que a administração privada dos aeroportos concedidos no Brasil tem agilizado a adoção de novas tecnologias e a busca de maior eficiência na operação. "Agestão privada tem influído nos investimentos, na infraestrutura. Os aeroportos vão se transformar. A Infraero tem seus problemas burocráticos, a Lei de Licitações", disse o diretor da lata.
Hoje, Viracopos tem 70% de sua receita originária do movimento de cargas. "Pretendemos, ao longo da concessão, equilibrar as receitas em 33% de carga, 33% dás tarifas aeroportuárias e 33% de exploração comercial e publicitária", explica Küster.
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Corpos de piloto e co-piloto mortos em queda de avião são resgatados
Corpos das vítimas forma resgatados em Novo Progresso. Três índios morreram no acidente, ocorrido na quarta (4).
Do G1 PA
Foram resgatados nesta quinta-feira (5) os corpos do piloto e co-piloto que morreram na quarta (4) na queda de um avião bimotor, em Novo Progresso, no oeste do Pará.
Os corpos serão levados para o Insituto Médico Legal (IML) de Itaituba e, de lá, seguem para Brasília e Belo Horizonte. Os corpos dos três índios kayapó que estavam no avião foram enterrados na aldeia pukanu. A empresa Heringer Táxi Aéreo, responsável pela aeronave, falou que só vai se posicionar depois que a FAB emitir nota dando informações sobre o que aconteceu no local. O Distrito Sanitário Indígena esclarece que a empresa Heringer foi contratada para fazer o transporte dos pacientes indígenas em tratamento, e confirma que o resgate dos indígenas foi realizado pelos próprios parentes da tribo. A Fundação Nacional do Índio (Funai) em Belém afirmou ter conhecimento do acidente, mas não se pronunciou sobre o caso. Entenda o caso Uma família de índios Kaiapó morreram durante a queda de uma aeronave nesta quarta-feira (4), na Comunidade de Cachimbo, próximo ao município de Novo Progresso, sudoeste do Pará. Segundo a Casa de Saúde Indígena (Casai) de Novo Progresso, o piloto e o co-piloto também faleceram. O chefe do pólo da Casai, o indígena Bepy, informou que o avião caiu momentos após a decolagem. A aeronave teria saído da aldeia Pukanu com destino a Novo Progresso, onde os indígenas receberiam atendimento médico. O avião bimotor pertencia a empresa Heringer Táxi Aéreo. |
Restos mortais de Jango voltam nesta sexta para São Borja
Ex-presidente foi exumado para esclarecimento de circunstâncias da morte. Resultados de exames só devem ficar prontos em oito meses, segundo PF.
Juliana Braga Do G1, em Brasília
Os restos mortais do ex-presidente João Goulart, em Brasília desde 14 de novembro, retornam para São Borja nesta sexta-feira (6). Deposto com o golpe militar de 1964, Jango, como era conhecido, foi exumado para que sejam esclarecidas as circunstâncias da sua morte.
O ex-presidente morreu em 1976, supostamente de infarto, mas, para a família, ele foi assassinado. De acordo com a Polícia Federal, os resultados dos exames realizados por peritos só devem ser conhecidos em oito meses.
A Secretaria de Direitos Humanos (SDH) informou que os restos mortais serão levados de volta para São Borja em um avião da Força Aérea Brasileira. O embarque está previsto para as 7h30.
De acordo com a SDH, o desembarque no aeroporto municipal de São Borja está previsto para as 11h. De lá, os restos mortais seguirão em cortejo para a Igreja Matriz da cidade, para uma missa de corpo presente, por volta das 15h30. Segundo a secretaria, a prefeitura decretou feriado no município.
A reinumação (designação para o novo enterro) está marcada para as 16h30, no Cemitério Jardim da Paz. Todos os deslocamentos feitos em São Borja serão acompanhados pela Brigada Militar do Rio Grande do Sul e pelas Forças Armadas.
A Secretaria de Direitos Humanos não confirma quem participará da cerimônia na Base Aérea em Brasília. De acordo com a Comissão Nacional da Verdade (CNV), o secretário-executivo da comissão, André Sabóia acompanhará.
Os senadores Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) e Pedro Simon (PMDB-RS) foram convidados pela família. Os dois assinaram o projeto que anulou a sessão legislativa que destituiu João Goulart do cargo, em 1964.
Morte no exílio
Jango morreu em 6 de dezembro de 1976 em sua fazenda em Mercedes, na Argentina.
Cardiopata, ele teria sofrido um infarto, mas uma autópsia nunca foi realizada. Na última década, evidências levantaram a hipótese de que o ex-presidente tenha sido envenenado por agentes das ditaduras uruguaia e argentina, em colaboração com o governo brasileiro.
A principal delas foi o depoimento dado pelo ex-espião uruguaio Mario Neira Barreiro ao filho de Jango, João Vicente Goulart, em 2006. Preso por crimes comuns, ele cumpria pena em uma Penitenciária de Charqueadas, no Rio Grande do Sul. Disse que espionava Jango e que participou de um complô para introduzir uma substância mortal nos medicamentos que o ex-presidente tomava.
Em 2007, a família de Jango solicitou ao Ministério Público Federal (MPF) a reabertura das investigações. O pedido de exumação foi aceito em maio deste ano pela Comissão Nacional da Verdade (CNV).
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Exumados em novembro, restos mortais de Jango serão recebidos com honras de chefe de Estado nesta sexta em São Borja
Há 37 anos, ex-presidente foi sepultado às pressas, sob intimidação de militares e sem autópsia
Carlos Rollsing - São Borja
Passados exatos 37 anos da sua morte no exílio, o ex-presidente João Goulart, o Jango, será enterrado pela segunda vez hoje, em São Borja, no cemitério Jardim da Paz.
Diferentemente da primeira vez, em 6 de dezembro de 1976, quando foi sepultado às pressas por pressão do regime militar, Jango terá, agora, as honras e solenidades que não foram permitidas no passado.
Os restos mortais do líder trabalhista devem chegar à cidade às 11h. A cerimônia religiosa e o enterro estão previstos para a tarde. Exumado no dia 13 de novembro por uma equipe de 14 peritos, sob supervisão da Comissão Nacional da Verdade e da Secretaria dos Direitos Humanos da Presidência da República, o corpo de Jango foi levado para Brasília.
Especialistas fizeram coletas, e o material foi enviado para dois laboratórios europeus. Ainda não se sabe quantos meses de análise dos despojos serão necessários. No final, o objetivo é responder a uma dúvida histórica: Jango foi vitimado por um infarto, conforme registrado na documentação oficial, ou envenenado por agentes da ditadura militar no desenrolar da Operação Condor?
Enquanto a pergunta permanece sem resposta, o ex-presidente, afilhado político de Getúlio Vargas e natural de São Borja, voltará ao seu lugar de repouso, o jazigo da família Goulart. A ideia é envolver a população.
Na chegada, haverá salva de tiros de fuzil
No dia da exumação, o rigor técnico que cercava o trabalho impediu a aproximação dos moradores e a visualização da exumação. Agora, tudo deve ser diferente. Os vereadores aprovaram um projeto do prefeito Farelo Almeida (PDT), que decretou feriado geral no município no dia do enterro.
— Tudo vai ser aberto à comunidade. Estamos falando do João Goulart, o nosso ex-presidente. Isso só vai ocorrer uma vez na vida, temos de prestigiá-lo — diz Farelo, justificando o feriado, que sofreu resistência dos empresários.
Para a família, a expectativa é de que o momento seja de reencontro e homenagens, algo distinto do episódio da exumação, que se estendeu por 19 horas de espera e angústia.
— Se é que pode existir um segundo velório, ele aconteceu com a retirada do caixão. Foi um momento que trouxe uma carga emocional muito pesada. Agora, com o feriado, esperamos que seja um evento público — explica Christopher Goulart, neto de Jango.
Residente em Porto Alegre, Christopher será acompanhado pelo restante da família, que virá do Rio de Janeiro, incluindo a viúva Maria Thereza Goulart.
— A expectativa é de que São Borja receba o seu filho. Vamos devolvê-lo a sua terra, onde ele merece estar, junto dos seus conterrâneos — afirma o filho João Vicente Goulart.
Trazido da capital federal por um avião da Força Aérea Brasileira (FAB), o esquife será recebido, no aeroporto de São Borja, pelo Exército. Depois de retirada da aeronave, a urna será coberta com a Bandeira do Brasil. A solenidade terá prosseguimento com uma salva de tiros de fuzil.
Em caminhão do Corpo de Bombeiros, o caixão será levado para a Igreja São Francisco de Borja, onde haverá uma missa pública presidida pelo padre Irineu Machado Guedes, convidado pela família Goulart.
A população poderá se aproximar do esquife. Depois, por volta das 16h, o cortejo seguirá para o cemitério Jardim da Paz, onde uma parte da busca pela verdade sobre a morte de Jango será encerrada.
Para Simon, resgate da memória de João Goulart é ato de amor à pátria
No sepultamento, estão previstas apenas duas manifestações: uma de João Vicente Goulart, em nome dos familiares, e outra do senador Pedro Simon (PMDB-RS), que participou da histórica reunião em Porto Alegre em que Jango, Brizola e outros líderes discutiram o que fazer diante do golpe.
Jango quis evitar um banho de sangue e o risco de guerra civil, enquanto Brizola insistia em resistir aos militares. Simon, então deputado estadual, assistia a tudo.
— O que é mais importante é que estamos, como nunca se fez, reescrevendo uma parte da história do país que estava mal contada. O que se falava em 1964 é que Jango havia fugido para lugar incerto, e o Congresso alegou vacância do cargo, consolidando o golpe. Na verdade, Jango estava em Porto Alegre. É um ato de amor a nossa pátria fazer as coisas serem ditas historicamente da forma como ocorreram — diz ele.
A escolha de Simon como orador passou pelo crivo da família.
— Ele esteve no enterro do Jango em 1976, era um amigo pessoal do meu avô. Entendemos que Simon está acima da questão partidária. A figura dele contempla a história e a família — afirma Christopher Goulart.
João Vicente diz que a necessidade de desvelar a verdade não acaba com a exumação:
— A exumação é só um dos meios para esclarecer o que aconteceu. Seguimos esperando a coragem, a dignidade e a soberania do Ministério Público Federal, que, até hoje, não abriu ação cautelar para ouvir os agentes americanos envolvidos no processo da Operação Condor.
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Empresas aéreas assinam acordo que prioriza o transporte de órgãos nos voos
Em aviões lotados, passageiros poderão ceder sua vaga para que o órgão possa ser deslocado
AGÊNCIA BRASIL
O Ministério da Saúde assinou nesta quinta-feira um acordo com as cinco principais empresas aéreas para que elas deem prioridade ao transporte de órgãos e tecidos para transplantes. Em voos lotados, a empresa poderá pedir a um passageiro que ceda sua vaga para o transporte do órgão, apresentando a solicitação do Sistema Nacional de Transplantes (SNT).
De acordo com Eduardo Sanovicz, presidente da Associação das Empresas Aéreas, são raras as situações em que um passageiro precisa ceder a vaga para transporte de órgão.
— Geralmente é levado na cabine, mas algumas vezes é preciso o acompanhamento de um médico. É importante estarmos preparados para essa situação — disse.
Com o acordo, que inclui como participantes a Secretaria de Aviação Civil e a Força Aérea Brasileira, as aeronaves que estiverem transportando órgão passam a ter prioridade para pousos e decolagens. O encarregado de acompanhar o órgão também terá prioridade no embarque e desembarque.
Segundo o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, essa será a formalização de uma relação que já existe, de forma voluntária, por parte das empresas aéreas.
— Nenhum passageiro será obrigado a não embarcar ou sair do avião para o transporte do órgão — ressaltou o ministro, acrescentando que conta com a solidariedade das pessoas. O acordo inclui o transporte de hemoderivados e outros tecidos enviados a locais de catástrofe.
De acordo com Sanovicz, diariamente são feitos 2.700 voos comerciais, enquanto o transporte de tecidos e órgãos ocorrem em 35 voos por dia. O transporte de órgãos é feito de forma gratuita pela empresa e, caso algum passageiro precise ceder sua vaga, a empresa terá que realocar o cliente.
No próximo final de semana, uma equipe do SNT será instalada no Centro de Gerenciamento de Navegação Aérea, localizado no Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, para monitorar informações como voos disponíveis, conexões, condições meteorológicas e aeroportos em reforma, por exemplo, para agilizar o transporte. Essa equipe vai trabalhar 24 horas por dia, todos os dias da semana.
Em alguns estados, quase 60% dos transplantes necessitam de logística aérea comercial ou militar. No Distrito Federal, 61,1% dos transplantes de coração precisaram de deslocamento aéreo.
O Ministério da Saúde espera aumentar em 10% o número de órgãos sólidos transportados, que são os que exigem maior rapidez por conta do tempo de falência biológica. Em 2012, 1.296 órgãos e tecidos foram transportados. Este ano, até agora, foram feitos 3.514 transportes de órgãos.
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REDACAO GAZETA DO SUL- RS
Prática do voluntariado une disposição e solidariedade
O pagamento não é em dinheiro, mas em amor. No Dia Internacional do Voluntariado, saiba mais sobre esse serviço
LUISA ZIEMANN
Dispor do seu tempo, do seu conhecimento e, sobretudo, da sua emoção em prol de uma causa. Esse é o papel de um voluntário. Hoje é comemorado o Dia Internacional do Voluntariado, momento de homenagear aqueles que estão sempre prontos para ajudar. Seja direta ou indiretamente, qualquer um de nós pode fazer o bem sem exigir nada em troca – e mesmo assim ser retribuído com inúmeros sorrisos. Em Santa Cruz do Sul, para facilitar o processo, existe a Organização Não Governamental Parceiros Voluntários (PV). Há 12 anos, ela auxilia 17 instituições através da divisão do trabalho de mais de mil voluntários cadastrados no município.
De acordo com a coordenadora da PV em Santa Cruz, Alice Kwiatkowski, a missão da entidade é mobilizar pessoas e instituições estimulando redes e parcerias através do voluntariado organizado. A ONG acredita que toda pessoa é solidária e um voluntário em potencial.
Mas Alice salienta que esse “ser voluntário” vai muito além de contribuir para uma sociedade mais justa. “Partimos do pressuposto de que quando realizamos algo para alguém, fazemos também parte dessa ação”, explica. “Assim, é como se formássemos um círculo virtuoso, onde uma boa ação desenvolve outra e outra e outra.” Por isso, o trabalho feito de forma espontânea, sem nenhuma remuneração, também beneficia – e muito – quem o pratica. “É muito comum ouvir dos voluntários ‘eu pensei que iria ajudar, mas por fim o maior beneficiado sou eu mesmo’”, conta a coordenadora.
Para estender seus serviços, a ONG criou parcerias com entidades de classe de todo o Rio Grande do Sul e, através da Associação de Entidades Empresariais de Santa Cruz do Sul (Assemp), desenvolve sua metodologia de trabalho. Afinal, ser um trabalhador voluntário exige algumas coisas, como tempo, conhecimento e emoção. E, claro, disposição para oferecer tudo isso. “O tempo é necessário, mesmo que programado ou curto; o conhecimento pode ser técnico, específico ou um simples saber, como pentear o cabelo de uma criança ou fazer companhia a um idoso. Já a emoção é o sentimento que move o ser humano.”
Realização de um sonho
Os voluntários, aliás, esbanjam emoção. O sorriso no rosto de Sirnei Garcia Nunes, o “Tio Nunes”, não deixa dúvidas: ele ama o que faz. Aos 54 anos, o militar da reserva da Aeronáutica, quase todos os dias, dedica um tempo para empurrar um bebê no balanço, ensinar outro a caminhar ou então contar histórias para aqueles um pouco mais velhos. Tudo isso na Associação Comunitária Pró-Amparo do Menor (Copame), de Santa Cruz. Isso porque, há quatro anos e meio, ele decidiu concretizar o sonho antigo de ser voluntário.
Antes de chegar ao município, há sete anos, “Tio Nunes”, que é natural de Santo Ângelo, serviu nas bases aéreas de Canoas e Santa Maria. Lá, aprendeu valores ligados à solidariedade e ao companheirismo. Hoje, coloca tudo em prática. “Eu me identifico muito com as crianças, além de ser gratificante oferecer amor, carinho e atenção a quem precisa”, salienta. Depois de 30 anos ouvindo os ruídos dos motores de aviões e caças, nem o choro das crianças atendidas na entidade atrapalha. “Não tem dinheiro que pague o que eu recebo aqui, eu me sinto realizado.”
A afinidade com as cerca de 40 crianças, de recém-nascidos a 12 anos, é tanta que “Tio Nunes” já os considera da família. “A Copame é a extensão da minha casa”, ressalta. O militar aposentado conta que buscou atuar no voluntariado através da PV. “Me identifiquei muito com a entidade e, agora, sou eu que me sinto honrado em poder ajudar essas crianças.” Nessas horas, o apoio da família também é fundamental. “Eles sentem orgulho de mim e do trabalho que faço”, salienta. “Indico o voluntariado para qualquer pessoa. Até para aquelas que possuem pouco tempo, procurem fazer o bem, nem que seja por apenas uma hora na semana.”
Qualquer um de nós pode ser voluntário
Para a coordenadora Alice Kwiatkowski, em Santa Cruz há muita predisposição para o trabalho voluntário. “Estamos terminando o ano com mais de mil voluntários cadastrados na PV”, comemora. “Destes, 75 apenas nos dois últimos anos, quando a Assemp assumiu a coordenação da ONG.” Mas é claro que a ajuda nunca é demais. Para aqueles que têm interesse em auxiliar alguma entidade, o primeiro passo é saber em qual programa se enquadram: Voluntário Pessoa Física (VPF), Voluntário Pessoa Jurídica (VPJ), Programa Jovem Voluntário (PJV) ou Organização da Sociedade Civil (OSC).
No caso da comunidade em geral, que pode ser VPF, é preciso participar de uma reunião de conscientização, onde o interessado é orientado sobre o que é ser voluntário e também recebe informações conceituais sobre o trabalho. “Esse é o momento onde ele decide se realmente quer atuar dessa forma”, frisa Alice. Depois desse encontro, é realizada uma entrevista de encaminhamento, quando são apresentadas as opções de organizações sociais para o interessado atuar e ele indica a sua área e público de interesse. Atualmente, 17 organizações são conveniadas à PV. Destas, 16 são de Santa Cruz e uma de Vera Cruz.
O voluntário cadastrado na PV pode trabalhar sistematicamente e escolher uma organização ou projeto social para desenvolver suas atividades. Ou, então, de forma pontual, participar de campanhas da própria ONG e também em ocasiões eventuais que ocorrem nas entidades beneficiadas. “O voluntário atua conforme a sua disponibilidade”, explica Alice. “Também é ele quem indica público de interesse.” Por isso, a coordenadora define que a PV é o elo entre as vontades – de quem quer ajudar, o voluntário – e as necessidades – de quem precisa, as organizações e projetos sociais. Nenhum programa ou atividade envolve custos para os voluntários ou para as organizações sociais.
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PORTAL BRASIL - DF
Governo e empresas aéreas firmam acordo para traslado de órgãosMinistério da Saúde, FAB e empresas assinam pacto para priorizar pousos e decolagens de aviões para transporte de órgãos para transplanteUm acordo firmado entre o Ministério da Saúde, a Aeronáutica e empresas aéreas vai viabilizar que os pousos e decolagens de voos contendo órgãos tenham prioridade sobre os demais voos nos aeroportos do País. A medida ainda vai disponibilizar o maior número possível de aeronaves para o transporte de órgãos e tecidos, com o objetivo de reduzir distâncias e desigualdades regionais no que diz respeito ao transporte desse tipo de material.
Segundo o coordenador-geral do Sistema Nacional de transplantes, Heder Murari Borba, no ano de 2013, mais de 7 mil transplantes de órgãos sólidos, como rim e fígado, foram realizados no País e R$ 1,4 bilhão foi investido na área no mesmo período.
Borba afirmou, também, que nos últimos três anos houve redução de 36% na lista de espera por uma doação. “O Brasil possui o maior sistema público de transplantes do mundo. Cerca de 97% das intervenções cirúrgicas desta natureza são realizadas pelo SUS [Sistema único de Saúde]”, completou o coordenador-geral.
Heder Borba explicou, ainda, que a agilidade no transporte de órgãos é fundamental para a realização de um transplante, tendo em vista que coração e pulmão, por exemplo, devem ser deslocados no tempo máximo de quatro e seis horas, respectivamente. “Em 2013, foram utilizados 5.102 voos para o traslado desse material”, acrescentou. Para ele, o acordo representa “grande bem para o povo”
Força Aérea Brasileira
Responsável pelos voos de toda a região central do Brasil, o comandante do Primeiro Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta I), brigadeiro Carlos Minelli de Sá, assinou o termo de cooperação e garantiu a participação das Forças Armadas na iniciativa. “Uma de nossas missões é preservar vidas. Podem ter a certeza de que a FAB trabalhará com agilidade e alto grau de segurança no transporte desses órgãos. Este é o primeiro passo para que outros acordos sejam firmados e mais vidas sejam salvas”, disse o brigadeiro.
Sobre isso, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, destacou a competência da FAB em ações que envolvem complexidade,como foi o caso da remoção das vítimas do incêndio da boate Kiss, em Santa Maria (RS). Padilha lembrou, ainda, do apoio que a FAB prestou no transporte dos profissionais da saúde envolvidos no Programa Mais Médicos, do governo federal.
Brigadeiro Minelli assina o acordo com o Ministério da Saúde
De acordo com o ministro, já a partir da próxima semana, oito profissionais da área estarão atuando 24 horas no Centro de Controle do Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro. O objetivo é auxiliar os técnicos na escolha dos melhores voos para o traslado dos órgãos. “Vocês estão ajudando a melhorar a saúde do País”, sentenciou Alexandre Padilha.
Congresso
A assinatura da cooperação marcou o início do 1º Congresso do Sistema Brasileiro de Transplantes, que acontece até este sábado (7) na capital federal. São esperadas mais de 1.200 pessoas, que assistirão a palestras de 120 profissionais do País e de mais cerca de 20 convidados internacionais. Além disso, no mesmo evento, foi lançado pelos Correios selo e carimbo comemorativos alusivos ao congresso e ao transplante de órgãos.
Participaram da solenidade, o ministro da Secretaria de Aviação Civil (SAC), Wellington Moreira Franco; o presidente da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), Eduardo Sanovicz; o diretor-presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Marcelo Guaranys; o presidente da Empresa de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), Antonio Gustavo Marcos do Valle, e demais autoridades do setor.
Fontes: Força Aérea Brasileira / Ministério da Defesa
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PORTAL INOVAÇÃO E TECNOLOGIA
Satélite CBERS-3 é acoplado a foguete de lançamentoA coifa com o satélite sino-brasileiro CBERS-3 foi transportada e montada no foguete Longa Marcha 4B, na China. O lançamento do satélite está previsto para a próxima segunda-feira (9). A distância de pouco menos de 10 km foi percorrida em aproximadamente 1h. A torre de lançamento está localizada nas instalações do TSLC (Taiyuan Satellite Launch Center), na província de Shanxi, a 700 km da capital Pequim. Na segunda-feira (5), o satélite já havia sido acoplado ao adaptador do terceiro estágio do lançador Longa Marcha 4B. CBERS-3
O CBERS-3 é o quarto satélite do Programa CBERS (sigla para China-Brazil Earth Resources Satellite, ou Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres).
Por meio da parceria entre o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e a Academia Chinesa de Tecnologia Espacial (CAST, na sigla em inglês), já foram lançados os satélites CBERS-1, em 1999; CBERS-2, em 2003; e CBERS-2B, em 2007.
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PORTAL BRASIL - DF
Base e Comando Aéreo de Brasília comemoram 50 anos
Unidades da Força Aérea Brasileira homenageiam civis e militares e plantam árvores em solenidade de aniversário
O Sexto Comando Aéreo Regional (VI Comar) e a Base Aérea de Brasília (BABR) realizaram, nessa quarta-feira (4), solenidade militar alusiva ao cinquentenário das duas Unidades da Força Aérea Brasileira (FAB). A cerimônia contou com a presença de autoridades civis e militares e homenageou funcionários e parceiros do VI Comar e BABR.
Para o Comandante do VI Comar, Major-Brigadeiro Antônio Carlos Moretti Bermudez, a data representa um marco na história das duas Organizações. “Cabe a nós a responsabilidade de continuar o trabalho que foi feito nestes 50 anos por aqueles que já passaram por aqui”, afirma.
Durante a solenidade, foram entregues honrarias a civis e militares como Medalha Militar por Tempo de Serviço, Título de Membro Honorário da Força Aérea, Medalha Comemorativa do VI Comar e BABR. O Sargento Getúlio Brandão Figueiredo do Lago foi um dos militares que receberam a Menção Destaque Operacional do Comando-Geral de Operações Aéreas (Comgar). “É muito gratificante receber este prêmio. Ele representa o meu trabalho na Força Aérea, da qual tenho orgulho de fazer parte e servir à Pátria”, conta o Sargento.
O Comandante da BABR, Coronel Aviador Avelar Konrad Hegermann, ressalta as expectativas para o futuro da Unidade. “Esta Base recebe as mais altas autoridades nacionais e internacionais e serve de apoio para vários eventos. Em 2014 estamos nos preparando para a chegada de seis delegações da Copa do Mundo”, revela.
VI Comar
Pouco antes da formatura militar em comemoração ao cinquentenário, o VI Comar inaugurou um monumento alusivo à data, colocado em frente ao prédio da Unidade. Além disso, no local, foram plantadas cinco mudas de Ipê para representar as cinco décadas celebradas.
A Organização Militar é responsável pela jurisdição administrativa das unidades da FAB nos estados de Goiás, Mato Grosso, Tocantins e Distrito Federal. Em comemoração ao aniversário, o VI Comar realizou neste ano duas Ações Cívico-Sociais (Acisos) que, juntas, totalizaram mais de 2600 procedimentos médicos e odontológico nos municípios de São João d’Aliança e Cidade Ocidental (GO).
O VI Comar também atua operacionalmente, como na preparação dos militares participantes da Missão de Paz no Haiti.
BABR
Considerada o portal do Brasil para o mundo, a BABR já recebeu figuras ilustre como o Papa João Paulo II, a Banda U2, Chefes de Estado, Seleções de Futebol, entre outras. É da Base também que chegam e partem muitas missões humanitárias. Foi de lá que uma equipe da FAB saiu para realizar o transporte de um pulmão, que proporcionou o primeiro transplante deste tipo de órgão no Centro-Oeste.
A Base ainda é responsável por projetos sociais: o Projeto Forças no Esporte, que através do desporto proporciona inclusão social, e dois cursos profissionalizantes - o Programa Nacional de acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) e Soldado cidadão – capacitando os participantes em atividades como auxiliar administrativo, pintor de obra, pedreiro de alvenaria, telefonia e segurança eletrônica.
Fonte: Força Aérea Brasileira
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