NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 26/11/2013
Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.
Comissão discute propostas sobre terrorismo e direito de greve
A comissão mista de consolidação da legislação federal e de regulamentação de dispositivos constitucionais reúne-se na quarta-feira (27), às 13h, para analisar o parecer parcial do senador Romero Jucá (PMDB-RR) relativo minutas de projetos de lei que regulamentam o crime de terrorismo; e o direito de greve do servidor público.
A comissão examinará o relatório parcial de Jucá sobre projeto que regulamenta o direito de greve do servidor público. Na última quarta-feira (20), Jucá informou que foi procurado por representantes de seis centrais sindicais com uma proposta de inserção de novos itens nessa matéria. Segundo o relator, as centrais não pleiteiam mudanças referentes a greve no setor público, mas a processos correlatos, como acordos coletivos e liberação de dirigentes sindicais. A proposta regulamenta o direito de greve apresentado por Jucá, estabelece que, pelo menos 50% dos servidores públicos terão que continuar trabalhando em caso de greve do funcionalismo. Na área de segurança pública, como as polícias Civil e Federal, o movimento grevista vai ter que garantir que pelo menos 80% do efetivo continue em serviço. No caso de serviços considerados essenciais, 60% dos servidores terão que trabalhar durante a greve. Além de só permitir a paralisação parcial dos servidores públicos, o anteprojeto estabelece que um dos efeitos imediatos da greve será a suspensão do pagamento dos salários dos dias não trabalhados. Terrorismo No parecer sobre o crime de terrorismo, Jucá observa que, mesmo sendo tratado pela Constituição Federal como “inafiançável e insuscetível de graça”, ainda não foi regulamentado na legislação brasileira. O relator lembra também que mesmo no âmbito da Organização das Nações Unidas (ONU) existe o problema da falta de uma definição clara quanto ao tipo penal. De acordo com Jucá, a necessidade da tipificação legal do terrorismo é urgente, sobretudo, em razão dos eventos internacionais que vão ocorrer no Brasil a partir do próximo ano: a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016. O debate será realizado no Plenário 13 da Ala Senador Alexandre Costa, no Senado. |
Grita Geral: Força Aérea - Aparição de Ovni
Há décadas, a possibilidade de haver vida fora da Terra intriga pessoas no mundo todo. O que torna o assunto ainda mais curioso são as supostas aparições de objetos voadores não identificados (Ovnis) nos céus do Brasil. O empresário Carlos Roberto conta que em 10 de novembro, às 12h30, viu um objeto estranho no céu de Samambaia. Segundo o leitor, o equipamento se movia de maneira muito rápida, tinha cor prateada e cortava os céus de uma forma diferente a de qualquer equipamento aéreo conhecido na Terra. "Eu não acreditava em Ovnis e fiquei em estado de choque ao ver o objeto. Eu não fumo, não bebo e sou evangélico."
O Grita Geral entrou em contato com a Força Aérea Brasileira (FAB) para verificar se o órgão havia registrado algo de estranho no dia relatado pelo leitor. A assessoría de imprensa da FAB afirmou que nada foi detectado nos radares. Mas o órgão se comprometeu, no entanto a continuar realizando uma busca nos registros. Informações sobre aparição de Ovnis estão disponíveis no Arquivo Nacional e no site do Ministério da Defesa. Outras informações e documentos referentes a esses casos podem ser obtidos pelo e-mail: sic@arquivonacional.gov.br Documentos relatam aparições de objetos voadores não identificados em Brasília, como um caso testemunhado por 15 pessoas no Lago Sul, em 1991.
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Helibrás testa em Minas primeiro helicóptero militar feito no Brasil
Governo encomendou 50 unidades do EC725 para renovar frota das Forças Armadas; empresa fez fábrica nova em Itajubá
Renê Moreira
Com dois meses de antecedência, foi testado em Itajubá, no sul de Minas Gerais, o primeiro helicóptero militar de grande porte produzido no Brasil. O primeiro voo de uma unidade do EC725 Super Cougar, da Helibrás, foi realizado dia 22, na área de ensaios da empresa.
Serão produzidas ao todo 50 aeronaves EC725, uma encomenda do Ministério da Defesa para equipar a frota das três Forças Armadas. O investimento total é de € 1,9 bilhão.
A Helibrás é a única fabricante brasileira de helicópteros, sendo responsável no País pela montagem e venda das aeronaves do grupo europeu Euro-copter.
O governo brasileiro estabeleceu como cláusula condicionante da encomenda a transferência de tecnologia e do conhecimento necessários para a fabricação das aeronaves no Brasil. A companhia também se compromete a atingir o índice de 50% de conteúdo nacional nas aeronaves até o final do contrato, em 2017.
Nos termos do acordo entre o governo e consórcio Helibrás/ Eurocopter, o lote total será dividido em três grupos de 16 unidades para Aeronáutica, Exército e Marinha cabendo duas aeronaves à frota da Presidência da República.
A Helibrás está aplicando R$ 420 milhões na construção de um novo parque industrial da empresa em Itajubá. O modelo testado é o número 17 da série.
A produção regular começou em maio de 2012, quando o hangar principal foi finalizado. Outras sete aeronaves já estão na linha de montagem em fase final. Antes disso, os EC725 recebiam no País os cabos, sistemas eletrônicos, caixa de transmissão, rotor e toda a configuração básica. •
Agora também são feitos no Brasil os trabalhos de pré-equipagem, equipagem elétrica e mecânica, mais a instalação dos pacotes de missão - os recursos que peculiarizam o emprego nas diversas operações especializadas, como ataque armado, transporte, resgate, socorro médico ou ação antissubmarino.
Além do mercado militar, a Helibrás quer atender o segmento civil, principalmente empresas da indústria do petróleo, que usam os helicópteros para voar até as plataformas de exploração oceânica.
Para o setor, a empresa oferece o EC225, uma versão civil do EC725, configurado, por exemplo, para atividades em alto-mar. A nova aeronave de asas rotativas deve custar em torno de R$ 70 milhões.
Investimento
R$420 mi
é quanto a Helibrás investirá na construção de um novo parque fabril no Brasil; pedido do governo é de que Eurocopter transfira tecnologia para fábrica brasileira. |
Entre a ética e a Realpolitik
RUBENS BARBOSA
As revelações de que os EUA estão espionando não só governos, mas também dados de empresas e pessoais no mundo inteiro, até mesmo de cidadãos norte-americanos, causaram grande mal-estar e profundo desgaste para o governo Obama. Washington está agindo com base na seção 215 do US Freedom Act (Patriot Act), em muitos aspectos contrário à Constituição, que garante a inviolabilidade do cidadão norte-americano.
Com o Patriot Act o Executivo ganhou o poder de devassar a privacidade dos indivíduos e de entrar na internet mediante requisição judicial, nunca negada. Os grupos que lutam pelos direitos civis protestam contra o fato de as empresas americanas, por pressão do governo de Washington, estarem fornecendo dados pessoais, uma vez que ainda não existe uma lei que permita a proteção da vida privada dos internautas. Em fevereiro de 2012 o presidente Barack Obama propôs uma "declaração dos direitos de privacidade" (Privacy Bill of Rights), mas o Congresso resiste a se pronunciar a esse respeito. Com a inação do governo federal, os Estados locais aprovaram leis próprias de proteção da privacidade individual.
Nos EUA, a psicose coletiva causada pelo 11 de Setembro levou à proliferação de órgãos ligados a programas de combate ao terrorismo. Hoje são mais de 1.200, produzindo mais de 50 mil relatórios anuais e ocupando mais de 1 milhão de funcionários, dos quais 850 mil com credenciais de acesso a documentos ultrassecretos. Esse verdadeiro complexo segurança/militar está aparentemente fora do controle da Casa Branca, tanto no tocante à espionagem sobre outros países quanto acerca da bisbilhotagem de dados pessoais e de empresas na internet.
A Casa Branca tem repetido platitudes e respostas vagas, procurando distanciar-se da questão da espionagem sobre chefes de Estado. Em depoimento no Senado americano, o presidente da Agência Nacional de Segurança (NSA) informou que sempre manteve o gabinete presidencial ciente sobre todos os passos tomados pela agência, acrescentando que outros países também espionam os EUA.
A questão não é se os governos devem ou não coletar informação sobre outros países. Todos, de alguma maneira, o fazem e continuarão a fazê-lo.
Dentre os problemas causados por essas atividades, menciono dois. O primeiro é o dilema entre Realpolitik e ética. Se a espionagem deve estender-se também a países aliados e seus principais líderes, como ocorreu com Angela Merkel, na Alemanha, e Dilma Rousseff, no Brasil. Cabe indagar se espionar telefones dos líderes mundiais (até aqui foram relacionados 35 chefes de governo) seria o meio mais efetivo para obter informações e se o custo de eventuais revelações públicas compensaria esse risco. Levando em conta a reação púbica recente, parece que a resposta é não. O fato de os EUA terem uma superioridade tecnológica inigualável, permitindo a quebra de códigos de segurança em qualquer país, não quer dizer que devam fazer isso sem limites.
O segundo tem que ver com o acesso aos dados pessoais e de empresas via internet em terceiros países. Basta dizer que apenas na França, entre dezembro de 2012 e janeiro de 2013, 70 milhões de pessoas e algumas de suas principais empresas tiveram sua privacidade invadida. Embora a espionagem comercial não seja novidade (na década de 1990 o programa Echelon e a própria NSA foram denunciados por fazê-la), a escala e a sofisticação dessa ação intrusiva despertaram enorme preocupação em todos os países.
A União Europeia vem discutindo esse assunto há cerca de dois anos. No final de outubro os países-membros debateram, sem chegar a um acordo, medidas concretas para, de alguma forma, tentar limitar o acesso aos dados pessoais dos cidadãos europeus. Cedendo à forte pressão de empresas americanas (Yahoo, Google, Amazon e outras), a matéria ficou adiada para 2015. "É importante reforçar a confiança dos cidadãos e das empresas na economia digital. A adoção de um quadro geral de proteção de dados e da diretiva sobre a segurança cibernética é essencial para preservar o mercado único digital em 2015", lê-se no documento final do encontro. Esse paper, apresentado pela comissária da Justiça, Viviane Reding, aceita a possibilidade de os usuários permitirem ou não a utilização de seus dados pelo Google, Facebook, Yahoo e Amazon.
Com o Reino Unido, o Canadá, a Austrália e a Nova Zelândia, os chamados Five Eyes (cinco olhos), Washington mantém acordo de plena transparência e ampla cooperação em matéria de segurança e informação. Depois das notícias de violações de privacidade, França e Alemanha pediram aos EUA acesso a esse clube restrito. Embora sejam tradicionais aliados dos EUA, as chances de sucesso são poucas, em razão da desconfiança em relação a eles da parte de Washington.
O vazamento da espionagem sobre o governo brasileiro, a presidente Dilma, empresas e indivíduos causou natural reação do governo, a exemplo do que ocorreu em outros países. O Brasil, com o apoio da Alemanha, está propondo uma nova regulamentação de governança global para proteger dados pessoais. Para tentar reduzir nossa vulnerabilidade, reconhecida até pelo ministro Celso Amorim, o governo propôs algumas iniciativas no âmbito da legislação sobre o Marco Civil da Internet, algumas delas irrealistas pela falta de recursos tecnológicos e financeiros para implementá-las.
Como assinalou o professor Silvio Meira em recente artigo na revista Interesse Nacional, o Brasil tem de estabelecer uma estratégia de informação que dê conta de toda a cadeia de valor do que há de mais importante na sociedade de hoje, como base para o conhecimento - dados e informações. Uma das consequências dessa falta de estratégia é que nunca geramos capacidade nacional, de classe global, para a solução de problemas desse tipo.
PRESIDENTE DO CONSELHO DE COMÉRCIO EXTERIOR DA FIESP
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Exército brasileiro planeja 1ª redução de contingente no Haiti para 2014
Corte de 73 militares na tropa da Engenharia é o 1º em 10 anos de missão. Novas tropas brasileiras partem para Porto Príncipe a partir desta terça (26).
Lana Torres
O Exército brasileiro planeja realizar, no segundo semestre do ano que vem, a primeira redução do contingente de militares na Missão das Nações Unidas para Estabilização no Haiti (Minustah). Segundo o coronel Anisio David de Oliveira Junior, que assume o comando das tropas em dezembro, a redução inicial será restrita à companhia de engenharia. Um novo contingente de 1,2 mil militares segue para o país caribenho na manhã desta terça-feira (26) para substituir o grupo que está no local desde o início do ano.
As tropas que partem para Porto Príncipe nesta terça serão o 19º Contingente Brasileiro de Força de Paz (BRABAT) enviado ao Haiti desde que a missão teve início, em 2004, com a justificativa de garantir estabilidade ao país que viveu sucessivas e turbulentas trocas de líderes de governo, inclusive, com conflitos armados entre grupos rivais. O BRABAT 19 é constituído por servidores de São Paulo, Osasco, Campinas, Caçapava, São Vicente, Pirassununga e Lins.
A redução do efetivo prevista para o próximo contingente deve ser ainda tímida, de 73 militares componentes do grupo de engenharia, que desempenha funções, por exemplo, de obras de infraestruturas em vias e prédios públicos. O Exército mantém o mesmo número de soldados no Haiti de quando a Minustah foi criada, há nove anos. A única variação de pessoal no país ocorreu após o terremoto, quando o Brasil, diante do desastre, reforçou o efetivo com tropas extras que foram mantidas até abril deste ano no local. Oliveira Junior estima que o enxugamento significativo das tropas tenha início a partir de 2016, mas lembra que esta é uma decisão política.
“O Exército vai trabalhar com essa perspectiva. O ideal da missão de paz é que as instituições do país se fortaleçam e a tropa retorne. O tempo exato quem vai ditar, entretanto, vai ser uma ação da ONU com o governo brasileiro”, afirmou o coronel, na tarde desta segunda-feira, durante a última reunião das tropas em Campinas antes do embarque.
Eleição e conflitos
Em 16 de novembro deste ano, as lideranças da Minustah divulgaram nota na qual se diziam “profundamente preocupados” com os recentes incidentes de violência no país, que deverá passar por processo eleitoral no ano que vem. Uma das regiões em que foi registrada a onda de “violência e matança”, segundo a ONU, foi o bairro Cité Soleil, uma das mais problemáticas e para onde seguirá boa parte dos militares brasileiros.
Durante os treinamentos das tropas, realizados de forma intensa há pelo menos dois meses, em Campinas, os soldados receberam orientações especiais para atuar no contexto de eventuais conflitos durante o pleito. Oliveira Junior explica que as ações serão intensificadas nesse período para assegurar segurança durante o processo.
“Nós imaginamos que esse período eleitoral pode ser mais tenso e nós nos preparamos para isso. No nosso treinamento, demos ênfase para este tipo de atividade. Eu acredito que, pela ação [do novo contingente], pela própria presença deles lá, já deve inibir conflito”, diz.
A viagem
Os militares que seguirão para a nação caribenha a partir desta terça serão distribuídos em seis voos diários consecutivos em aeronaves fretadas pela ONU, segundo o Exército. Antes de embarcar na base aérea do Exército em São Paulo, os militares deverão se reunir na brigada de infantaria leve de Campinas, onde foi concentrado o comando do contingente.
Pelos planos do Exército, até 5 de dezembro, as novas tropas já estarão em Porto Príncipe prontas para atuar e haverá a transferência oficial do comando das operações para o coronel David, que assumirá o posto máximo no grupo. O efetivo, formado exclusivamente por voluntários, assim como vem ocorrendo desde o início da missão, deve ficar durante seis meses no Haiti. Este período pode ser prorrogado por, no máximo, mais seis meses.
No início da semana passada, um avião da Força Aérea Brasileira já transportou alguns comandantes de companhias e alguns militares que precisavam assumir suas funções antes da chegada dos demais.
Preparativos
Na tarde desta segunda, os militares de Campinas se reuniram para um último encontro antes do embarque para definir os últimos detalhes da viagem e realizar uma pesagem inicial da bagagem, que não pode passar de 30 quilos por pessoa. A técnica e enfermagem Raquel da Assunção Andrade Costa encarou com bom humor o primeiro desafio antes da viagem.
Com sorriso aberto, ela conta que errou os cálculos e precisou abrir mão de parte do "carregamento" de cosméticos e roupas "civis" que colocou na mala. "Eu já tirei 13 quilos de bagagem. Desodorante, roupas civis, chinelos vão ter que ficar", contou ao risos pouco antes de conseguir um espaço na mala de um colega para parte do que não coube na bagagem própria. Raquel, que é a única mulher em uma das companhias do batalhão de Campinas, vai pela primeira vez ao Haiti, onde atuará na área de saúde.
Treinamento
Dois meses antes de partir os integrantes do grupo já passaram por treinamento intensivo na sede do Exército, que incluiu simulação de conflitos, treino de uso de armas não letais, realização de blitzes, além de aula de creole, dialeto falado pelos haitianos.
Em outubro, as tropas de outras cidades que participam da expedição se concentraram em Campinas para um treino conjunto, agora com atividades externas, pelas ruas de bairros com características semelhantes às do local onde eles atuarão. Eles simularam exercícios como a ocupação de áreas, escoltas de comboios, operações de segurança, patrulhamento a pé e motorizado.
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Helicóptero com cocaína no ES é da família do senador Zezé Perrella
Ação policial foi neste domingo (24) em Afonso Cláudio, no Espírito Santo. Advogado da família disse que responsabilidade pelo crime é do piloto.
O helicóptero que foi apreendido neste domingo (24) em Afonso Cláudio, no Espírito Santo, pertence a uma empresa da família do senador Zezé Perrella (PDT). A informação foi dada pelo advogado da família. No entanto, a defesa afirma que a responsabilidade pelo crime é do piloto da aeronave, que a teria usado sem permissão. A Junta Comercial de Minas Gerais confirmou que a empresa Limeira Agropecuária, que seria a dona da aeronave, está em nome dos filhos do senador.
(Correção: ao ser publicada, esta reportagem errou ao informar que a Junta Comercial de Minas Gerais confirmava que o helicóptero pertence à família do senador. A informação foi corrigida às 15h25.)
A Polícia Militar (PM) apreendeu mais de 400 quilos de cocaína dentro da aeronave, na Região Serrana do estado capixaba. Quatro pessoas foram presas, entre elas o piloto. A operação descobriu que traficantes estavam usando um helicóptero para transportar cocaína para dentro do Espírito Santo. A aeronave em questão saiu de São Paulo.
No momento da chegada da polícia, os cerca de 455 quilos de drogas já estavam prontos para serem despachados em dois carros. Também foram apreendidos R$ 16 mil que, segundo a polícia, era fruto da venda da droga. "A gente acredita que uma parte da droga possa ser desmembrada, para ser vendida no Espírito Santo, e uma grande parte que vai para o tráfico de drogas internacional, sendo exportada para a Europa", falou o major Santiago, da Polícia Militar daquele estado.
De acordo com a polícia, há 20 dias já estava sendo investigada a movimentação na propriedade rural, mas a presença do helicóptero chamou a atenção. "Era uma coisa totalmente inesperada, em um local ermo e de difícil acesso, um helicóptero chegando na nossa região sem ninguém ter conhecimento. A maioria das aeronaves que vem para a região é para trazer autoridades ou algum visitante, mas tudo é avisando com antecedência", explicou o major Santiago.
O advogado da família Perrella, Antônio Castro, confirmou que o helicóptero é da Limeira Agropecuária, empresa que pertence aos filhos de Zezé Perrella, e afirmou que a responsabilidade pelo crime é do piloto.
De acordo com o advogado, o piloto tinha a chave da aeronave e agiu de forma indevida, sem autorização da empresa. Antônio Castro disse também que a empresa não costuma fazer rotas que ligam São Paulo ao Espírito Santo, e que a família vai tomar as medidas necessárias para ter de volta o helicóptero.
A reportagem não localizou o advogado do piloto.
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Saab fecha primeiro contrato com Infraero
Guilherme Serodio
Conhecida internacionalmente como uma fabricante de equipamentos militares, a sueca Saab quer mostrar ao Brasil que seus negócios não se restringir ao mercado bélico. Um consórcio liderado pela empresa assinou recentemente um contrato de R$ 15,9 milhões com a Infraero para fornecimento de equipamentos de monitoramento para os aeroportos do Galeão, no Rio de Janeiro - cuja concessão foi leiloada na semana passada -, e Afonso Pena, em Curitiba.
A empresa vê os investimentos na modernização da infraestrutura aeroportuária no Brasil como uma chance para apresentar seus produtos ao mercado. Há oportunidades em grandes terminais e aeroportos regionais, diz o diretor-geral da Saab no Brasil, Ake Albertsson, que avalia ter oportunidades semelhantes no setor portuário. Albertsson acredita que o potencial do mercado brasileiro de monitoramento soma US$ 5 bilhões entre portos e aeroportos.
Com um escritório no Brasil desde 2005, a Saab deixou de centrar suas atenções apenas no mercado militar e nas negociações para a venda dos caças Gripen ao país - o programa FX-2, de renovação da frota brasileira - atualmente paralisadas e que só devem ser retomadas em 2015.
O contrato assinado com a Infraero é o primeiro do tipo firmado no setor da aviação civil pela empresa no Brasil. Sua subsidiária HITT Traffic vai fornecer, por R$ 7,3 milhões, um sistema de controle e orientação de movimento na superfície (surface movement guidance & control system), o A3000, aos dois aeroportos. O equipamento presta apoio aos controladores de tráfego aéreo no acompanhamento da movimentação das aeronaves e veículos em solo, aumentando a segurança nas operações em solo e reduzindo o trabalho dos operadores de tráfego e ainda auxilia as operações em situação de baixa visibilidade. Do consórcio ainda participam as empresas Ambriex e RRJ Engenharia. O equipamento estará em operação nos terminais em cerca de 20 meses.
"O sistema em implantação no Rio e em Curitiba torna mais eficiente a operação dos aviões no solo, mas também temos equipamentos para as empresas aéreas", afirma Albertsson ao Valor. "Mas o Brasil precisa estar atento às tendências que mostram como será o futuro dos aeroportos", complementa o executivo.
A empresa quer trazer para o Brasil um leque de produtos de monitoramento e controle de tráfego para aeroportos e empresas aéreas. Entre as soluções oferecidas pela empresa estão torres remotas de controle de voo, capazes de gerenciar o tráfego de até seis aeroportos regionais a partir de uma mesma sala que pode estar a milhares de quilômetros dos terminais. Equipamentos do tipo já são utilizados na Alemanha, Suécia e Austrália.
Com 60 clientes em 40 países, os sistemas de controle de voo da Saab estão em 120 aeroportos, incluindo 19 dos 20 terminais mais movimentados no mundo. Os sistemas da Saab são utilizados no monitoramento de cerca de dois milhões de voos por mês, o equivalente a 24% do tráfego global de aeronaves. No setor portuário, os produtos de monitoramento da empresa são empregados em 108 terminais no mundo. No ano passado, as vendas da empresa em todo o mundo somaram US$ 3,9 bilhões. O continente americano representou apenas 12% das vendas.
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Recrutas do Rio poderão fazer curso profissionalizante de graça
Recrutas em vias de conclusão do serviço militar obrigatório das Forças Armadas no Estado do Rio de Janeiro receberão a oportunidade de participar de cursos profissionalizantes gratuitos, ministrados pelo Senai. A medida valerá a partir do ano que vem.
O acordo de cooperação técnica foi assinado na semana passada, entre o ministro da Defesa, Celso Amorim, e o presidente do Sistema Firjan, Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira. A iniciativa permitirá a qualificação profissional de 3 mil recrutas em vias de conclusão do serviço militar obrigatório. As primeiras turmas têm previsão de início para março de 2014. As vagas serão oferecidas em capacitações nos segmentos automotivo, alimentos, construção civil, informática e madeira e mobiliário.
As aulas acontecerão nos quartéis, em salas de aulas e oficinas de aulas práticas preparadas especialmente para abrigar os cursos. Caberá às Forças Armadas selecionar os soldados que participarão, considerando o interesse dos candidatos, a escolaridade mínima exigida e a disponibilidade dos cursos.
Mais informações junto ao Senai-RJ.
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VOZ DA RÚSSIA
EUA: caças de sexta geração serão equipados com armas laserA Força Aérea estadunidense anunciou a aceitação dos pedidos para o fornecimento de lasers para o equipamento de caças de sexta geração.
Os representantes da Força Aérea informaram que o departamento está interessado no desenvolvimento de lasers de baixa potência para atrapalhar o funcionamento de radar inimigo, de lasers de média potência para destruir mísseis antiaéreos e de lasers de alta potência para atacar alvos aéreos ou terrestres.
Os militares gostariam que os principais componentes de armas sejam testados em condições próximas à realidade até 2022.
Os caças de sexta geração estão sendo desenvolvidos pelas empresas Boeing e Lockheed Martin. Espera-se que os veículos sejam adotados pelas tropas até 2030.
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JORNAL A CIDADE (SP)
Comar explica portaria dos imóveis
Desde março último, empreendimentos com desnível acima de 60 metros têm de obter novo aval
Raissa Scheffer
A portaria 256 do Comando da Aeronáutica, que também regulamenta as construções no entorno do aeroporto Leite Lopes não deve restringir e nem prejudicar o crescimento imobiliário em Ribeirão Preto. A afirmação é do Quarto Comando Aéreo Regional de São Paulo (IV Comar).
O Comando disse ainda que está aberto a discutir as solicitações feitas pela prefeitura e o Sindicato da Construção (Sincuscon) de Ribeirão para que a situação da cidade seja analisada.
Como o artigo 90 da portaria da Aeronáutica restringe construções que tenham mais de 60 metros de desnível em relação ao aeroporto e mais 30 metros de altura passem por análise do Comar, a preocupação, segundo o sindicato das construtoras da cidade e a Secretaria do Planejamento do município, é que Ribeirão sofra uma restrição ainda maior em suas edificações, pois está cerca de 50 metros acima da pista do Leite Lopes.
Segundo o Capitão Samuel Boschetti, chefe do Serviço Regional de Engenharia do IV Comar (Sereng-4), o artigo não vai barrar novas construções e nem atrapalhar o desenvolvimento da cidade.
“Não significa que os projetos que se encaixam nessas características serão indeferidos. Pelo contrário, a quantidade de processos que são negados é muito pequena no Comar, menos de 5%. O objetivo é analisar os projetos para verificar se não há risco a segurança das operações no aeroporto”, explica.
Ainda de acordo com o capitão, o Comar sempre analisou projetos no entorno do aeroporto, e com a portaria 256, ficou mais claro quais são os critérios para encaminhar os projetos ao órgão.
“Agora existe um parâmetro técnico. Os projetos têm de se enquadrar nas duas condições, ter mais de 30 metros de altura e mais de 60 metros de desnível em relação à pista. E cada caso precisa ser interpretado”, disse.
O tempo que os processos levam para ser analisados pelo IV Comar varia de 60 a 120 dias, segundo o chefe do Serviço Regional de Engenharia do órgão.
O comandante disse ainda que o órgão analisa processos de projetos em Ribeirão Preto e que não há registro de obras indeferidas na cidade e na região.
‘Estamos abertos a discutir’
Na semana passada, o Sinduscon e a prefeitura protocolaram um pedido no Comando da Aeronáutica para que o caso de Ribeirão seja analisado separadamente.
O Capitão Samuel Boschetti, chefe do Serviço Regional de Engenharia do IV Comar (Sereng-4), disse que o Comar está aberto a discutir a situação do município.“Sempre que solicitado conversamos, além de explicarmos como é o processo e como são feitas as análises”, diz. Ainda segundo o capitão, um workshop está sendo programado para o início de 2014 para esclarecer a portaria. “São muitas dúvidas e a resolução é complexa de ser interpretada.”Leia também: