NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 18/11/2013
Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.
Deputados antecipam viagem e passam feriadão em NY
Henrique Alves e mais seis deputados federais embarcam para Nova York para cumprir agenda concentrada apenas na próxima segunda-feira
Andreza Matais e Fábio Fabrini
Brasília - O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), e mais seis deputados federais embarcam para Nova York nesta quarta-feira, 13, antevéspera de feriadão, para cumprir agenda concentrada apenas na próxima segunda-feira, 18. A missão oficial antecipada terá diárias pagas pelo contribuinte e tempo de sobra para outras atividades na capital da Broadway, do Museu Metropolitan e do Rockefeller Center.
Os congressistas estavam com embarque marcado para as 18 horas de Brasília para São Paulo, em jato da Força Aérea Brasileira (FAB). Da capital paulista, seguem em voos comerciais para Nova York, com chegada prevista para a manhã desta quinta-feira, 12.
O primeiro compromisso da frente parlamentar no feriadão é gastronômico, no fim do dia seguinte: um jantar oferecido pelo embaixador Antonio Patriota, representante da Missão do Brasil na Organização das Nações Unidas (ONU). Depois disso, só há trabalho previsto para dois dias depois, segundo a agenda confirmada ao Grupo Estado nesta quarta-feira pela Presidência da Câmara.
Para participar de três compromissos na segunda, dia 18, o presidente da Câmara receberá cinco diárias de US$ 550 cada (R$ 1.227), a título de cobrir despesas com hospedagem, alimentação e transporte. Os deputados Fábio Faria (PSD-RN), Márcio Bittar (PSDB-AC), Eduardo da Fonte (PP-PE), André Figueiredo (PDT-CE), Danilo Fortes (PMDB-CE) e Esperidião Amin (PP-SC) têm direito a valores um pouco mais baixos (US$ 428 por dia).
Dois assessores viajaram antecipadamente e já estão em Nova York para assessorar os congressistas em seus compromissos. Segundo fontes da Câmara, as mulheres dos deputados também estão de malas prontas, mas não contam com verba da Casa para viajar.
As passagens para os Estados Unidos são pagas à parte pelo Legislativo, que não divulgou os valores pagos. Nesta quarta-feira, horas antes a partida, a TAM vendia bilhetes de ida e volta para Nova York, nos mesmos dias, por R$ 19 mil em classe executiva.
No sábado, 16, e no domingo, 17, a agenda será livre. Na segunda, segundo a Câmara, os deputados têm encontros com John Ashe, presidente da 68ª Assembleia Geral da ONU, e com o presidente do Conselho de Segurança das Nações Unidas, embaixador Liu Jieyi. Em seguida, concedem entrevista à Rádio ONU, retornando ao Brasil no mesmo dia.
De acordo com a Presidência da Câmara, a agenda dos deputados ainda pode mudar. Até esta quarta-feira, no entanto, havia apenas a previsão de mais compromissos, todos também na segunda-feira.
Nestas quinta, 14, e sexta-feira, 15, a ONU em Nova York sedia evento na União Interparlamentar, organização que reúne representantes dos parlamentos de todo o mundo. Mas nem a Câmara nem a entidade confirmaram a presença dos deputados brasileiros nas discussões desses dias.
A Assembleia Geral da ONU, aberta em setembro pela presidente Dilma Rousseff, tem eventos até o ano que vem. Congressistas brasileiros têm bastante interesse na viagem para Nova York, com a justificativa de participar o evento. Só na Câmara, há previsão de que 22 embarquem para lá até dezembro, às custas do contribuinte.
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DCTA coordena criação de novas rotas aéreas para Copa
Medida, que começa a operar em dezembro, amplia a capacidade de vôos. Vôo entre São Paulo e Rio de Janeiro deve ficar 6 minutos mais curto.
Do G1
Vale do Paraíba e Região
Para aumentar a capacidade de vôos e evitar um congestionamento aéreo com a proximidade da Copa e das Olimpíadas, o Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), em São José dos Campos, está programando novas rotas pelo céu do país. Com a medida, o tráfego aéreo poderá ser ampliado até dezembro.
Uma das principais alterações será que o tráfego aéreo monitorado pela equipe de Brasília (Cindacta 1) será acompanhada pelos controladores do nordeste (Cindacta 3) e norte (Cindacta 4). Com isso, vôos que tinham que passar pelo centro do país poderão fazer outras rotas. A medida resulta em um número maior de vôos simultâneos.
"As empresas poderão ofertar mais voos e com isso a população, os passageiros, poderão ter mais opções e mais horários de voos ao longo do dia", disse o coronel Ary Rodrigues Bertolino do Centro de Navegação Aérea.
As novas rotas também são mais diretas, e poderão deixar a viagem mais curta, mas somente aviões modernos poderão passar por elas. "Na média, os voos entre Rio e São Paulo vão diminuir cerca de seis minutos. Se em um voo de 45 minutos eu estou tirando seis minutos é um percentual razoável da quantidade de tempo do voo", explicou o Coronel Gustavo Oliveira do Departamento de Controle do Espaço Aéreo.
Atualmente são quatro mil controladores de voo no país - destes 800 já aprenderam a nova divisão do espaço aéreo e 150 já treinaram as novas rotas alternativas
"Seja na aviação geral, na aviação comercial, que a gente chama de regular, nós temos acompanhado crescimentos maiores do que acontece no mundo inteiro. Temos que começar a pensar, em um futuro próximo, de como comportar todas essas aeronaves no espaço aéreo mantendo o grau de segurança que é a nossa preocupação principal", disse o brigadeiro José Alves Neto, do Departamento de Controle do espaço aéreo.
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Exumação tenta eliminar dúvidas sobre a morte de Jango
Perícias e exames toxicológicos poderão comprovar se o ex-presidente morreu de ataque cardíaco ou foi envenenado a mando da ditadura militar, como suspeita a família
Os esforços para esclarecer acontecimentos do regime militar entram numa nova fase na quarta-feira 13, com a exumação dos restos mortais do ex-presidente da República João Goulart, deposto pelo golpe militar de 1964. A exumação faz parte dos trabalhos de investigação da Comissão Nacional da Verdade (CNV), instalada em maio de 2012 e que deve concluir suas atividades no próximo ano.
A retirada dos restos mortais da sepultura em São Borja, para a realização de novos exames, é um passo importante para esclarecer dúvidas sobre a morte de Jango. "A exumação faz parte de uma investigação mais ampla", comentou Rosa Cardoso, membro da CNV e coordenadora de grupos de trabalho sobre mortos e desaparecidos durante a ditadura.
Depois de exumados, os restos mortais de Jango seguirão em um avião da Força Aérea Brasileira até a base de Santa Maria, no Rio Grande do Sul. Nesta quinta-feira, a equipe de peritos chega a Brasília, onde haverá uma cerimônia de prestação de honras de chefe de Estado.
A análise pericial acontecerá no Instituto de Criminalística, da Polícia Federal, e exames adicionais serão feitos em laboratórios no exterior. Todo o processo é acompanhado por observadores externos, incluindo membros do Comitê Internacional da Cruz Vermelha, que também acompanhou as recentes exumações de Salvador Allende e de Pablo Neruda.
A morte que levou ao golpe
Deposto da Presidência entre 31 de março e 1º de abril de 1964, Jango, como era conhecido, seguiu para o Rio Grande do Sul, seu estado natal, e depois para o Uruguai e a Argentina. Ele morreu em 1976, quando vivia em Mercedes, na Argentina, tornando-se o único ex-presidente morto no exílio.
As novas perícias poderão apontar se Jango morreu de um ataque cardíaco – conforme a versão oficial sustentada até hoje – ou se ele foi envenenado por agentes uruguaios e argentinos, a mando da repressão brasileira, como suspeita a família. À época, o corpo não passou por autópsia e, quase duas décadas depois de sua morte, novas hipóteses começaram a aparecer, levantadas principalmente pela família e outras pessoas próximas ao ex-presidente.
A proximidade entre as mortes de Jango, em 1976, do ex-presidente Juscelino Kubitschek, também em 1976, e do ex-governador da Guanabara Carlos Lacerda, em 1977, sempre despertou suspeitas. "É no mínimo uma coincidência muito marcante que tantas mortes de opositores expressivos tenham acontecido em um período tão curto", comenta o assessor de direitos humanos da Anistia Internacional, Maurício Santoro.
A suspeita mais forte é a de que Jango teria sido envenenado em uma ação da operação Condor, uma espécie de aliança entre as ditaduras sul-americanas na época. Por meio da análise de documentos, a Comissão Nacional da Verdade já comprovou que João Goulart era monitorado no exílio. "Hoje se sabe que ele foi vigiado em todo o período que esteve no exterior pelos serviços que na época se chamavam de informação e inteligência, mas também por meios diplomáticos", diz Rosa Cardoso.
Investigação mais profunda
"Esse processo é parte de uma investigação e pode ser até inconcludente", completa, ponderando que o sucesso da perícia depende de fatores como as condições em que se encontram os restos mortais e a tecnologia disponível para análise. Ela garante, entretanto, que a documentação "significativa e exuberante" que já está disponível está sendo estudada de forma complementar.
Rosa Cardoso reconhece que o tempo de trabalho da comissão – prevista para durar dois anos e meio – não é suficiente para dar conta de todos os fatos relevantes do período. "Temos a compreensão de que estamos abrindo avenidas para um conhecimento mais amplo que a sociedade vai ter que, através de vários mecanismos e grupos, depois percorrer e avançar."
Santoro afirma que os trabalhos das comissões da verdade devem abarcar o direito à verdade, o direito às reparações e o direito à justiça, este último muito atrasado no país, segundo ele. "O Brasil está muito atrasado com relação a outros países na América Latina nesses três pontos. Na questão do direito à justiça, esse atraso é particularmente grave, especialmente à luz de que já há uma sentença da Corte Interamericana de Direitos Humanos [de 2010], ordenando que o Brasil tome ações nesse campo e até hoje isso não foi cumprido."
Ele também defende que a comunicação do trabalho realizado pela Comissão Nacional da Verdade seja mais eficiente. "Seria importante que a TV pública transmitisse as audiências, como foi feito na África do Sul – e isso teve um impacto muito considerável."
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Dilma oferece honras de chefe de Estado aos restos mortais de Jango, o presidente deposto pelo golpe de 1964
Restos mortais foram para Brasília, quase 50 anos após ex-presidente ser deposto; análise vai apurar se sua morte foi por causas naturais ou envenenamento
Laura Greenhalgh
Com salva de 21 tiros de canhão, na presença da presidente Dilma Rousseff e de três ex-presidentes – José Sarney, Fernando Collor e Luiz Inácio Lula da Silva – e com os comandantes militares batendo continência, os restos mortais do ex-presidente João Goulart tocaram nessa quinta-feira, 14, o solo da capital federal, 37 anos depois de morto e quase 50 depois de deposto, em 1964.
O significado histórico da cena, bem como seu impacto político, foram no entanto contidos por um cerimonial rigoroso, que não abriu espaço para discursos e manifestações improvisadas.
Depois de uma exumação que consumiu 18 horas, em São Borja, terra natal de Jango, como era conhecido, o corpo do ex-presidente seguiu em avião militar da FAB ontem cedo, rumo à Base Aérea de Brasília.
Ficará na capital federal até 6 de dezembro – data de sua morte, em 1976, na Argentina -, quando então voltará a São Borja para ser reenterrado, daí com as honras devidas a chefe de Estado. A análise vai para apurar se ele morreu de causas naturais ou vítima de envenenamento.
Dentro do Hércules da FAB, peritos, equipes de apoio e o prefeito de São Borja, Farelo de Almeida, acompanharam o corpo. O aguardavam na base a presidente Dilma ao lado de boa parte de seu ministério, membros da Comissão Nacional da Verdade, incluindo o atual presidente, o jurista José Carlos Dias, e uma centena de ocupantes de cargos de destaque, entre eles, o presidente do Senado, Renan Calheiros, e o governador de Brasília, Agnelo Queiroz.
O caixão original chegou dentro de uma urna de madeira de 140 quilos e foi depositado no hangar principal da base, para uma celebração fúnebre oficial.
Dilma entrou no hangar acompanhando a viúva de Jango, Maria Thereza Goulart, que sentou-se entre a presidente e Lula, tendo Sarney e Collor na mesma fileira. O único presidente da redemocratização a não comparecer à homenagem foi Fernando Henrique Cardoso, que não foi por razões de saúde.
O gesto mais aguardado pelos presentes aconteceu: comandantes militares de hoje batendo continência ao chefe da Nação que foi deposto por seus antecessores nas forças armadas, em 1964.
Emocionada, Dilma, por sua vez uma ex-perseguida pelo regime militar, também cumpriu o protocolo.
Junto com a viúva de Jango, depositou uma coroa de flores sobre o caixão. A viúva também recebeu a bandeira nacional.
Mais cedo, em sua conta pessoal no microblog Twitter, Dilma escreveu que a recepção dos restos mortais do ex-presidente é um “gesto histórico” e destacou que Jango foi o “único presidente a morrer no exílio”.
Após a cerimônia, os restos mortais de Jango seguiram em van da Polícia Federal para o Instituto Nacional de Criminalística, onde continuará o processo de análise.
A ministra Maria do Rosário, da Secretaria de Direitos Humanos, agradeceu o esforço realizado na véspera pela equipe internacional de peritos e reiterou que conta com a determinação de Dilma para a elucidação da causa de morte de Jango.
Mais uma vez questionada sobre os custos da exumação, ela respondeu: “Vamos declarar todos eles. E serão menores do que os da ditadura, que custou muitas vidas”.
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Queda de avião mata ao menos 50 pessoas
Boeing 737 explodiu na segunda tentativa de aterrissagem, na cidade de Kazan, na Rússia. O acidente aconteceu neste domingo, matando 44 passageiros e seis tripulantes
Um avião caiu neste domingo na Rússia, matando pelo menos cinquenta ocupantes a bordo – 44 passageiros e seis tripulantes. O acidente ocorreu na cidade de Kazan, segundo informou o Ministério para Situações de Emergência da Rússia. O presidente Vladimir Putin determinou que o governo forme uma comissão para investigar a causa do acidente.
Segundo informações preliminares, o Boeing 737, que havia saído do aeroporto de Domodedovo, em Moscou, se chocou contra a pista e explodiu. O piloto estava tentando arremeter para realizar a segunda tentativa de aterrissagem no aeroporto de Kazan. Segundo relatos de testemunhas, havia ventos fortes, o céu estava nublado e as temperaturas eram inferiores a zero.
O voo U363 era operado pela companhia aérea regional Tatarstan, disse um porta-voz do ministério. Agentes dos serviços de bombeiros e de emergência estão no local do acidente, embora não acreditem na possibilidade de encontrar sobreviventes. O aeroporto internacional de Kazan, que se encontra cerca de 700 quilômetros ao leste da capital russa, foi fechado.
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