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NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 20/10/2013




Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.



Gol fará primeiro voo comercial com biocombustível

Mariana Barbosa

No próximo dia 23 de outubro, 107 anos depois do primeiro voo de Santos Dumont em um avião, a Gol fará o primeiro voo comercial com biocombustível do Brasil.
O voo G3 1408 vai decolar de Congonhas às 12:42, pousando em Brasília às 14h30.
A companhia já tinha feito um voo não comercial com biocombustível, durante a Rio + 20, em junho do ano passado.

Israel recorre a drones para vigiar áreas palestinas

Aviões não tripulados foram usados em ações contra Líbano e Gaza. Há suspeita de que os aparelhos também sejam usados em ações ofensivas, o que o governo de Israel nega

Diogo Bercito
Enviado especial a Palmachim

Em uma espécie de caçamba estacionada na base aérea israelense de Palmachim, manches e botões coloridos se parecem com um grande e complicadíssimo videogame. Ali dentro se disputam, porém, as batalhas reais.
Conforme o capitão W. vai manejando o equipamento, uma tela mostra imagens em detalhe de uma rua movimentada. Essas são cenas vistas, em tempo real, pelos olhos de um drone israelense do tipo "Heron".
Os drones (aviões não tripulados) são usados em Israel como apoio para ações militares, com uma importante participação na Segunda Guerra do Líbano (em 2006), na Operação Chumbo Fundido (na faixa de Gaza, em 2008-2009) e na Operação Pilar de Defesa (também sobre Gaza, em 2012).
O capitão, que por razões de segurança não pode ser identificado, afirma que o avião não tripulado que transmite o vídeo está em uma altura na qual não pode ser visto a partir do solo.
Silenciosas, essas pequenas aeronaves se tornaram as vedetes para a inteligência israelense. Israel não revela quantos são os seus drones. Oficialmente, o país afirma apenas usar essas criaturas eletrônicas para realizar vigilância.
Há suspeita, no entanto, de que haja também aviões que são capazes de carregar mísseis, como os utilizados atualmente pelos EUA em lugares com atividade da rede terrorista Al Qaeda, como Paquistão e Iêmen.
ORGULHO
Em visitas a bases aéreas israelenses recentemente, a reportagem da Folha conversou com pilotos e observou drones tipo "Heron" estacionados. Um deles pousou durante a vistoria.
"Eles são o nosso orgulho", diz o major Gil, cujo sobrenome também é omitido a pedido do Exército. Os drones usados por Israel são produzidos no país, incluindo os seus componentes internos.
Israel utiliza os aviões não tripulados para recolher imagens e preparar ataques. Por exemplo, foi a partir da investigação visual de um drone que Ahmad al-Jabari, um dos líderes da facção militante Hamas, foi morto na faixa de Gaza, durante 2012.
A reportagem assistiu, durante a visita, às imagens de inteligência que levaram ao ataque contra Jabari. O vídeo da explosão de seu veículo está disponível na internet.
EXPORTAÇÃO
O major Gil, que pilota drones há sete anos, afirma que esses aviões têm sido os prediletos nas Forças de Defesa de Israel para esse tipo de missão. Eles são mais baratos, afirma. Além disso, "não arriscam a vida do piloto, e podemos usar em áreas arriscadas por mais tempo".
Os aviões não tripulados usados em Israel podem ficar mais de 30 horas em voo. Isso é quase três vezes o tempo de um avião tripulado, diz o major. Além disso, seus pilotos podem ser alternados em rodízio, evitando que sofram de fadiga física.
A qualificação de um operador de drone toma seis meses adicionais, durante o treinamento militar. É necessário estudar a análise das imagens, que são reunidas e enviadas aos aviões de combate.
Israel é atualmente considerado o maior exportador de drones no mundo, tendo o Brasil entre seus principais clientes.


COLUNA SÔNIA RACY

Quem chega
Desembarca hoje no Brasil – mais precisamente no aeroporto de Guarulhos – Abdulaziz bin Abdullah, terceiro filho do rei Abdullah, da Arábia Saudita. Não poderá aterrissar na Base Aérea, conforme previsto, devido ao... tamanho de seu avião.


Avião Xavante será montado em São Carlos, SP, para homenagear aviador

Aeronave pesa 2,5 toneladas e ficará em praça que será construída. Estimativa é que aparelho seja montado nos próximos dez dias.

Avião ficará na rotatória da Rua Miguel Petroni com a Avenida João Dagnone (Foto: Rodrigo Facundes/EPTV)
O avião Xavante que ficará permanentemente na rotatória da Rua Miguel Petroni com a Avenida João Dagnone, em São Carlos (SP), chegou neste sábado (19) ao local onde deverá ser montado nos próximos dez dias. A aeronave enfeitará a praça que será construída em homenagem ao empresário e aviador, Fernando Arruda Botelho, morto em 2012.
Cedido pela Aeronáutica, o Xavante pesa 2,5 toneladas, tem 10,8 metros de comprimento por 10,6 de largura e 2,8 metros de altura. O avião está com as asas e parte da fuselagem desmontada e será preciso um caminhão munck (guindaste) para colocá-lo sobre o pedestal. O trabalho de montagem deve ficar pronto em 10 dias.
Botelho

O empresário Fernando de Arruda Botelho morreu em um acidente aéreo em abril de 2012, em Itirapina (SP). Segundo o Corpo de Bombeiros, a aeronave sobrevoava o balneário da Represa do Broa, quando caiu e explodiu. Botelho era conhecido por divulgar a importância da aviação para o Brasil.
 Em 2005, Botelho fez os primeiros testes com a réplica da histórica aeronave, o Demoiselle. No lugar dos bambus usados por Santos Dumont, ele desenvolveu uma estrutura com materiais mais modernos e leves. Foram necessários cinco anos de trabalho para o projeto ficar pronto.
Botelho também foi defensor do meio ambiente. O instituto Arruda Botelho, ONG criada pelo empresário, além de desenvolver projetos de aviação promove ações de proteção a espécies ameaçadas de extinção.
Ele era bisneto de Antônio Carlos de Arruda Botelho, o Conde do Pinhal, um dos fundadores de São Carlos.

5 anos após pacificar área violenta do Haiti, Brasil volta a enfrentar gangues

'Dei o 1º tiro', diz oficial brasileiro responsável pela segurança de Cité Soleil. Soldados do MS foram encurralados em tiroteio, em agosto, e revidaram.

Tahiane Stochero

Do G1, em Porto Príncipe - a repórter viajou a convite do Ministério da Defesa
Mais de cinco anos após pacificar Cité Soleil, área considera pela Organização das Nações Unidas (ONU) como a mais pobre e violenta do Haiti, o Exército brasileiro voltou, em agosto deste ano, a enfrentar grupos armados. Em um dos tiroteios, soldados do Mato Grosso do Sul ficaram encurralados e tiveram que realizar 20 disparos de fuzil, o que não ocorria desde 2007.
Cité Soleil é reduto de rebeldes que apoiavam o ex-presidente Jean Bertrand-Aristides, e se tornou conhecida internacionalmente como uma "fortaleza" onde grupos armados impunham terror à população. Foi a queda de Aristides, em 2004, durante um princípio de conflito civil, que fez a ONU criar a missão de paz para estabilizar o país caribenho (chamada de "Minustah") O Exército brasileiro comanda a Minustah e possui o maior efetivo - cerca de 1.300 soldados - e é responsável por cuidar de Cité Soleil.

Entre 2006 e 2007, uma série de operações, comandadas pelo Brasil, prenderam e mataram vários criminosos. Desde então, a Polícia Nacional Haitiana (PNH) começou a atuar na região. A situação de relativa tranquilidade acabou entre junho e agosto de 2013. Diante da indefinição de um cronograma para as eleições, que devem ser realizadas em 2014 para o Senado e as prefeituras, grupos armados apoiados por grupos políticos voltaram a se enfrentar em Cité Soleil, preocupando a ONU.
Os assassinatos, considerados raros até então, passaram a ser frequentes. Foram de 5 a 10 por semana em uma área de 5 km quadrados. Corpos decapitados, comuns entre 2004 e 2007, voltaram a ser encontrados nas ruas, e tiros ouvidos todas as noites pelos 140 soldados brasileiros, que são originários de Mato Grosso do Sul e estão morando dentro da favela.
Um dos confrontos ocorreu quando 16 soldados brasileiros ficaram encurralados em Boston, uma das áreas disputadas pelos criminosos. “Eu dei o primeiro tiro”, diz o capitão Victor Bernardes Faria, de 32 anos, que comanda a companhia do Brasil em Cité Soleil.
Ele estava junto com os soldados em uma patrulha à noite quando a troca de tiros entre as gangues começou.
“Vi um homem de longe apontando uma arma na minha direção e depois vi o clarão do disparo dele”, conta o oficial, que estava com mais 8 soldados em um beco de uma rua. Mais à frente, na mesma rua, um sargento que comandava o restante do grupo também foi alvo de tiros e revidou.
O comandante lembra ter orientado o subordinado a não avançar, pois os bandidos estavam logo a frente e, se seus soldados saíssem do local onde estavam abrigados, estariam em perigo.
Faria pediu apoio de blindados dos Fuzileiros Navais e do Destacamento de Operações de Paz (DOPaz), a tropa de elite que o Exército possui no Haiti para ações de risco, para resgatar os soldados encurralados.
“Por sorte nenhum dos meus homens ficou ferido. Nossa maior preocupação é com efeito colateral (feridos ou mortos civis nos confrontos). Mas os soldados foram treinados e só atiram quando conseguem identificar e ver o alvo (um suspeito)”, afirma o capitão.
Estes foram os primeiros disparos reais na vida do oficial, que trabalha no 47º Batalhão de Infantaria, em Coxim, no Mato Grosso do Sul. Casado e sem filhos, Faria acredita que os disparos não foram direcionados contra a tropa do Brasil, mas sim, de um confronto entre os bandidos.
Ao contrário de 2007, quando a ONU autorizava o Exército a ter ações pró-ativas e atacar as gangues, hoje esta responsabilidade é da polícia haitiana. O Brasil só dá o apoio necessário. A ONU fez uma investigação sobre o caso e, segundo o capitão, encontrou cartuchos de fuzis e pistolas no local do confronto, tanto usados pelo Exército brasileiro quanto pelos criminosos.
População diz que violência voltou
“Os brasileiros entraram aqui em Cité Soleil em 2006 e 2007 e pacificaram, prenderam todos os bandidos. Antes a violência era ruim, os criminosos atiravam todas as noites, a gente não podia sair de casa. Os brasileiros acabaram com aquilo. Agora que os brasileiros passaram para nossa polícia agir, a situação voltou a piorar. Todos os dias os bandidos atiram aqui”, diz o aposentado Merat Jean, de 57 anos, que mora em Boston, área disputada por gangues.

Para poder patrulhar a região à noite, o Exército colocou em postes lâmpadas que são alimentadas por energia solar. O país não possui um sistema de distribuição de energia elétrica e boa parte da capital, Porto Príncipe, fica às escuras à noite.
A tropa brasileira é chamada diariamente para atender casos de brigas - algumas acabam em morte ou ferimentos graves, provocados por pedras e facas. "A população ainda não confia na PNH. O efetivo deles aqui é pequeno, são 6 a 8 policiais por dia, um carro e eles não fazem patrulhamento nas ruas. As pessoas confiam nos brasileiros para passar informações, mesmo a base da polícia sendo aqui do meu lado", diz o capitão.

"Mas agora a missão mudou e minhas tropas não podem atacar os bandidos, sou a terceira opção. Temos sempre que deixar a polícia haitiana e a polícia da ONU atuarem primeiro", acrescenta ele.
A previsão da ONU, conforme o comandante da Minustah, general brasileiro Edson Pujol, é que a missão chegue a cerca de 3.300 militares em 2016. Os soldados brasileiros devem ser os últimos a deixar a missão, que conta com tropas de 19 países.
"Estamos aqui basicamente para ajudar a PNH a manter um ambiente seguro para que as organizações tanto internas quanto externacionais possam trabalhar. Acho difícil chegar em 2016 e tirar toda a tropa, isso vai ser avaliado anualmente. Vai depender das condições do país de se autogerenciar. No caso da segurança, em especial as condições da polícia de assumir as responsabilidades", aponta.


RONDÔNIA AO VIVO

REVOLTANTE - Taxista sem autorização para trabalhar humilha passageiro deficiente e joga cadeira de rodas na rua

Um taxista da empresa Lig-Táxi, identificado inicialmente apenas pelo nome de “Edi”, é acusado por um casal de humilhar, constranger e difamar os passageiros na última quinta-feira (17) em Porto Velho. O militar reformado da Aeronáutica, Rafael Palheta Bezerra, 25 anos e a noiva, a administradora hospitalar Renata Bentes, contam que esta semana passaram pelos piores momentos de suas vidas e o motivo é porque o militar é cadeirante.
Vítima de uma tentativa de assalto em 2008, Rafael ficou paraplégico após ser atingido por um tiro durante a ação dos bandidos. A noiva, desde então, está sempre ao lado do companheiro e conta que não foi a primeira vez que eles passaram por uma situação humilhante, mas que com certeza, foi a pior.
“Nós ligamos para a Lig-Táxi e pedimos à atendente um táxi que transportasse deficiente físico. Essa senhora por sinal é sempre muito grosseira com a gente, extremamente intolerante e nos trata sempre muito mal. Já a denunciei várias vezes à empresa pela falta de educação como nos atende, acho que por isso não gosta de mim e do meu noivo”, conta a administradora.
Segundo Rafael, mesmo tendo pedido a atendente um carro que transportasse um cadeirante, o taxista que chegou para buscá-los ficou irritado ao perceber a condição de um dos passageiros.
“Quando ele me viu fez cara feia na hora. Como eu demoro um pouco pra entrar no carro ele já começou a reclamar, dizer que se soubesse que era “pra isso” ele não teria atendido a chamada, que já teria feito dez corridas, disse que "aleijado" e gente em supermercado ele não gostava de atender”, conta o militar reformado.
A noiva explica que quando entrou no carro percebeu que o motorista havia colocado o taxímetro na bandeira dois, mesmo não estando no horário.
“Eu questionei o motivo pra ele estar me cobrando bandeira dois se ainda não eram oito da noite. Ele foi bem arrogante quando me disse que pra transportar cadeirante ele cobra a mais e que já liga o taxímetro quando recebe a chamada, antes mesmo de chegar no destino. Foi aí que começou a discussão”, relata.
Segundo o casal, o taxista ficou irritado com os questionamentos e passou a humilhar a situação de deficiente físico de Rafael.
“Ele não respeitou nem minha sobrinha de três anos que estava com a gente no carro. Começou a falar barbaridades. Que aleijado é tudo sujo e que só presta pra “cagar e mijar” no carro dele e me acusou de já ter feito isso. Minha noiva pediu para que ele me respeitasse e ele continuou a nos humilhar, principalmente a mim. Foi quando não aguentei mais e pedi para parar o carro. Ele parou na hora, nos mandou descer aos gritos, tirou minha cadeira de rodas do porta malas e a arremessou na calçada. Minha sobrinha chorando, minha noiva nervosa, eu atônito com tudo aquilo, ainda dentro do carro tendo que esperar minha noiva montar a cadeira, me retirar de dentro sozinha e ele nos humilhando. Pessoas que estavam próximas viram tudo e vieram no ajudar ficaram indignadas com a conduta desse homem”, explica Rafael.
A noiva conta que Rafael não suportou a humilhação e começou a chorar muito, o que deixou a sobrinha ainda mais assustada. Segundo ela, uma viatura da Polícia Militar foi chamada e os integrantes da guarnição teriam ficado indignados com a atitude do taxista.
“Eles saíram atrás dele em seguida, foram muito atenciosos com a gente, quero muito agradecer ao Sargento Evandro e sua equipe. Uma pena não ter encontrado este homem, gente assim não pode estar nas ruas trabalhando com pessoas, causando esse tipo de situação humilhante. Meu noivo não levou um tiro porque era bandido não, ele estava trabalhando, não tem culpa e não pediu pra hoje estar em uma cadeira de rodas. Ele não precisa que tenham pena dele, ele só precisa do respeito das pessoas e de um pouco de tolerância diante de suas necessidades. Vamos processar esse homem por preconceito, danos morais, difamação e o que mais tivermos direito, vamos ao Ministério Público e também procurar a Associação dos Cadeirantes e iniciar um movimento para acabar com esse tipo de absurdo, de crime”, desabafa Renata.
SEMTRAN
O casal procurou a Secretaria Municipal de Transportes (Semtran) para denunciar a conduta do taxista, lá descobriram que o motorista não tem autorização para trabalhar na praça. Rafael e Renata foram informados ainda que o dono da placa será multado e que todas as providências serão tomadas.
“Quero deixar claro que não são todos os taxistas que agem dessa forma. Tenho muito respeito e gratidão por vários profissionais dessa mesma empresa que são muito atenciosos e entendem minha situação. Porém, vou até o fim pra garantir que isso nunca mais aconteça. E não vou lutar só por mim, pelo o que aconteceu comigo, vou lutar por todos que estão nas mesmas condições que eu e que merecem ser tratados com o mesmo respeito dado a quem não é deficiente físico. Vamos iniciar um movimento para colocar um fim ao preconceito”, promete o militar reformado.

DIÁRIO DE S. PAULO

Capitão filmado em ação é condecorado na PM

Segundo o Comando da Polícia Militar, oficial se destacou em um ato de bravura e a ação foi legítima
O capitão Antonio Carlos Gonçalves Bernardo, que evitou o roubo de uma motocicleta na Penha, Zona Leste, no sábado passado, foi condecorado nesta sexta-feira, 18, com a Láurea de Mérito Pessoal em 1 Grau (a mais alta honraria da PM concedida a policiais que se destacam em atos de bravura).
A imagem do assalto com a intervenção policial foi gravada pela vítima com uma câmera acoplada ao capacete. O oficial ficará fora por alguns dias para realizar cirurgia que já estava marcada, segundo a polícia.
Na avaliação do Comando da PM, as imagens mostram uma ação legítima, praticada segundo o procedimento operacional padrão. E a postura do oficial, em seu horário de folga, colocando a vida em risco, demonstra profissionalismo e devoção à causa pública.
O ladrão Leonardo Escarante Santos teve alta do hospital e foi para a cadeia nesta sexta.

PORTAL IG

Startup brasileira consegue autorização da Anac para voar drones

Xmobots desenvolve aviões não tripulados para monitoramento aéreo e fatura R$ 1,2 milhão
Patrícia Basilio - iG São Paulo
A paixão pela aviação e o conhecimento técnico em programação obtido na faculdade de engenharia da Universidade de São Paulo (USP) foram fundamentais para que Fabio Assis, 31 anos, decolasse no mercado com a Xmobots, startup que fabrica veículos aéreos não tripulados (VANTs) — mais conhecidos com drones.

Lançada em 2007 dentro da incubadora do Centro de Inovação, Empreendedorismo e Tecnologia (Cietec), a empresa — administrada por três jovens formados pela Universidade de São Paulo (USP) — faturou R$ 1,2 milhão nos últimos 12 meses e deve chegar a R$ 3 milhões neste ano.
“Fazia iniciação científica com o Giovani Amianti [um dos sócios da empresa] no laboratório de robótica quando decidimos abrir a startup. Ele tem a experiência com aviões e eu as técnicas de programação”, recorda Assis.
Apesar de não haver guerra no Brasil — os VANTs são bastante utilizados no setor bélico —, Amianti encontrou um mercado promissor para vender os drones nos segmentos de monitoramento aéreo de terrenos de grandes dimensões (tanto agrícolas quanto urbanos), mapeamento de preservação de áreas, segurança pública e vigilância de obras. Há três modelos de aviões: Echar, Apoena e Nauru.
“O projeto que deu vida à empresa surgiu de uma necessidade do mercado de linhas de transmissão de energia”, acrescenta Assis.

Como a empresa ainda está nos seus estágios iniciais, a produção de um VANT leva de três a seis meses. Também não há estoque. A entrega é sob demanda. Com 15 funcionários, a startup está localizada em São Carlos (interior de São Paulo), em um fábrica de 300 metros quadrados. “Não temos dinheiro para comprar as peças, nem espaço para estocar os aviões. Recebemos um sinal para, então, produzirmos o drone.”
Para se ter uma ideia, um avião básico da Xmobots custa a partir de R$ 120 mil, podendo chegar a R$ 500 mil, dependendo das funcionalidades do modelo. Apesar do preço, Assis afirma já ter pedidos fechados até o final deste ano.
Já na nova sede, fora do Cietec, a XMobots tornou-se a primeira empresa do Brasil a obter o Certificado de Voo Experimental (CAVE) da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para um VANT privado e de uso civil. Com o documento, emitido para a aeronave Nauru 500, a companhia foi autorizada a voar um drone em território nacional.
“Esse é o primeiro passo que uma empresa fabricante de VANTs precisa dar para atingir o objetivo de operar comercialmente os aviões. Nosso objetivo agora é continuar aprimorando o equipamento e, ao mesmo tempo, demonstrar para a Anac o seu nível de confiabilidade”, explica Giovani Amianti, também sócio da empresa.
Apesar do crescimento da empresa, os sócios não pretendem desenvolver novas aeronaves. O foco agora está em obter mais certificações, afirma Assis. “A chave para uma empresa de aviação ter sucesso é ter esses documentos. O da Anac é a mais simples de todos. Temos um caminho bem longo pela frente”, prevê o empreendedor.

MIDIAMAX (CAMPO GRANDE - MS)

Mulher grávida, marido, crianças e amigo são as vítimas de avião que caiu no Pantanal

A marqueteira Fernanda Braga dos Santos Almeida, o pecuarista Ricardo Jardim de Almeida, duas crianças e um amigo do casal ainda não identificados, são as vítimas do avião que caiu na manhã deste sábado (19) no Pantanal. Ricardo, que tinha brevê há dois anos, pilotava o avião e ia para a fazenda Santa Gertrudes, de sua propriedade.
Fernanda, que trabalhava na Plaenge, estava grávida de dois meses. As informações foram dadas por familiar das vítimas.
A queda
A aeronave monomotor, prefixo PT NKO modelo P28R, pilotada por Ricardo saiu por volta das 6h deste sábado do aeródromo Teruel, em Campo Grande, e ia para a fazenda Santa Gertrudes, em Corumbá.
O avião foi dado como desaparecido às 8h e a FAB (Força Aérea Brasileira) foi acionada para realizar a busca. Uma aeronave civil avistou os destroços do avião e os corpos carbonizados, no Pantanal, a 140 km de Campo Grande, por volta das 17h.
Por conta das más condições de visibilidade, a FAB não conseguiu realizar o resgate que deverá ser feito por volta das 6h deste domingo (20), com dois helicópteros do Esquadrão Pelicano.



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