NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 17/10/2013
Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.
Russos tentam, em vão, voltar à briga dos caças
Ministro russo Shoygu quebra protocolo e oferece 36 aeronaves Sukhoi-35 ao Brasil
Edla Lula
O ministro da Defesa da Rússia, Sergey Shoygu, aproveitou a visita, ontem, ao Brasil, para propor, novamente, a venda de caças russos para o país. A pauta oficial do encontro foi a negociação para aquisição dos sistemas de defesa antiaérea russos, mas diante da iminente desativação dos atuais Mirage 2000, sem que haja uma definição quanto ao programa F-X2, para aquisição de novos caças, o russo ofereceu ao ministro da Defesa Celso Amorim a venda de 36 aeronaves Sukhoi-35.
"Disse (a Shoygu) que com relação aos aviões de 4- geração existe um processo em andamento, que nós esperamos que seja finalizado em breve", afirmou Amorim, em referência à licitação do programa F-X2, que aguarda decisão final da presidenta Dilma Rousseff sobre a fabricante a ser escolhida.
Mas o ministro da Defesa não fechou as portas para futuras negociações com a Rússia, preterida no F-X2. "Estamos interessados, sim, em discutir projetos que digam respeito a uma quinta geração de aviões com parceiros novos", disse Amorim. No pacote apresentado por Shoygu constavam também os Pakfa/T-50, quinta geração de aviões militares, que o governo russo se dispôs a fabricar com transferência de tecnologia para o Brasil.
Por enquanto, certo está que o Brasil enviará no próximo mês uma comissão técnica para assinar o contrato para aquisição das baterias antiaéreas da Rússia, cujo valor está estimado em U$ 1 bilhão. Pelo acordo negociado até agora, o Brasil comprará três baterias de médio alcance, Pantsir-S1, com alcance de até 15 km. Outros dois sistemas são do modelo Igla, portátil, com alcance de até 3,5 km. De acordo com o Ministério da Defesa, o equipamento ficará pronto em 18 meses, contados a partir da assinatura do contrato. Logo, não chegará ao país antes da Copa do Mundo, mas poderá ser utilizado nos Jogos Olímpicos.
A compra dos sistemas antiaéreos começou a ser discutida em dezembro de 2012, quando a presidenta Dilma esteve em visita oficial a Moscou. Em fevereiro deste ano, na visita oficial do primeiro-ministro Medvedev ao Brasil, iniciaram-se as negociações para por em prática a parceria.
O projeto F-X2 e a compra de caças pelo Brasil
A aquisição de equipamentos de quinta geração consta do Plano Nacional de Defesa e do Livro Branco da Defesa, mas o governo encontra dificuldades para emplacar equipamentos da 4- geração, com o programa F-X2.
O projeto vem sendo tratado desde 2001, quando o presidente Fernando Henrique Cardoso decidiu substituir os Mirage III BR. As negociações foram interrompidas em 2005 e retomadas em 2008, com o lançamento da Estratégia Nacional de Defesa. Naquela ocasião, a Aeronáutica deu parecer favorável a três propostas apresentadas: pela americana Boeing, com o F-18E/F, pela francesa Dassault, com o Rafale F3, e pela sueca Saab, com os Gripen. Os russos, que concorriam com os caças Sukhoi, foram excluídos da concorrência.
Os protestos de junho adiaram a decisão da presidente Dilma sobre os caças, mas o Ministério da Defesa conta com a possibilidade da decisão ser anunciada ainda este ano. "Está nas mãos da presidenta", disse uma fonte que participou da conversa de ontem.
Especialistas também apostam numa posição ainda em 2013. "As manifestações sociais pesaram fortemente no adiamento da decisão, porque a sociedade não compreende os investimentos em Defesa como algo tão urgente quanto Saúde e Educação", observa o professor Antônio Jorge Ramalho, especialista em segurança internacional do Instituto de Relações Internacionais da UnB.
Ramalho ressalta, no entanto, que por diversas vezes a presidenta manifestou preocupação com a política de Defesa Nacional. "Dilma já mencionou em várias ocasiões a clareza que tem da necessidade de tomar uma decisão rapidamente", completa o especialista.
Os Mirage 2000 já começaram a ser desativados e devem ser totalmente aposentados até dezembro. Para que o espaço aéreo não fique totalmente desprotegido, a Embraer Defesa está reformando os caças F-5. "Mas é uma solução emergencial e paliativa. Os F-5 não elimina a urgência da aquisição de novas aeronaves", salienta Ramalho.
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Exército vai às ruas para dar segurança ao leilão de Libra
Mais de 80 entidades de classe se posicionaram contra o pregão. Manifestações preocupam a presidenta Dilma
Osni Alves
Por conta das manifestações cada vez mais violentas que estão ocorrendo no Brasil, a presidenta Dilma Rousseff solicitou ao Ministério da Defesa que o Exército faça a segurança do leilão do Campo de Libra, que acontecerá na próxima segunda-feira (21), às 15h, no Hotel Windsor, na Barra da Tijuca.
Passeatas com a adesão de grupos organizados, a exemplo dos Black Blocs, têm transformado ruas e avenidas em praças de guerra. "A solicitação da presidenta está tramitando entre o Ministério da Defesa e o Gabinete de Segurança Institucional. O Exército ainda não foi notificado", disse à reportagem o coronel Didio Pereira de Campos. Como de praxe, as instituições citadas não se manifestaram sobre o assunto.
Diretor da Federação Nacional dos Petroleiros, Emanuel Cancella afirma que haverá trabalhadores de todo o Brasil para, "a uma só voz", reclamar a "entrega do tesouro nacional" às companhias estrangeiras. "Hoje faremos uma passeata da Candelária à Cinelândia", disse o organizador, que também é diretor do Sindicato dos Petroleiros do Rio.
Cancella explicou que até o momento, mais de 80 entidades de classe já se manifestaram contra o leilão, enviando cartas àpresidenta Dilma e aderindo aos movimentos organizados pela Federação. Ele lembrou que, no último leilão de petróleo, a entidade reuniu mais de 800 manifestantes na porta do Windsor. Desta vez, a estimativa é triplicar, por conta do clima de protestos que já impera na ruas.
Para Cancella, além de ser um atentado à soberania da nação, o país está "queimando dinheiro". Isto porque o bônus que as onze empresas pagaram para participar do leilão foi de R$ 15 bilhões. Porém, disse, 15 bilhões de barris de petróleo valem mais de US$ 1,5 trilhão. Hoje, a Petrobras tem 14 bilhões de barris de petróleo de reserva. Com a extração do Campo de Libra, estima-se que o volume salte para mais de 40 bilhões.
O ex-diretor-geral da Agencia Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustível (ANP) no governo Lula, Haroldo Lima disse ontem que os protestos organizados contra o leilão são um erro. "As manifestações anteriores também empunhavam a mesma bandeira, de doação às multinacionais", afirmou em entrevista a uma rádio paulista.
Ele disse acreditar que a maior crítica dos que se opõem ao leilão é referente à ingerência do Estado no que seria a liberdade do mercado. Para Lima, o leilão responde de forma muito firme aos interesses do país, "mas isto não significa que não haja espaço para grandes grupos e grandes petroleiras, desde que isso não se dê em detrimento ao Brasil", declarou.
O ex-diretor defendeu os benefícios que o leilão do Campo de Libra proporcionará ao país, com capitalização por meio do Fundo Social do Pré-Sal, que destinará 75% dos royalties para a educação e 25% à saúde. "Dos 41% do óleo excedente, serão pagos imposto de renda e impostos menores, o que, somando com o aluguel de área, significa dizer que aproximadamente 80% do óleo retirado ficarão nas mãos da União", frisou.
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Pesquise: variação de preços chega a 187,4%
Tarifas mais caras para seguir a Seleção Brasileira em quatro das 12 sedes do torneio da Fifa são quase três vezes superiores às econômicas. Presidente da Anac afirma que não há teto para os valores
Vitor de Moraes, Thaís Cunha e Adriana Caitano
Quem está acostumado a viajar de férias sabe que a compra das passagens sempre demanda alguma pesquisa. Isso porque as tarifas de passagens aéreas podem variar muito de acordo com dia, horário e a companhia aérea escolhida. Para a Copa do Mundo, o cuidado tende a ser maior. Levantamento do Correio feito na tarde de ontem aponta variação de até 187,4% entre as passagens mais baratas e as mais caras para seguir o Brasil em seis jogos, por quatro das principais empresas de aviação do país.
Para a Associação Brasileira das Empresas aéreas (Abear), a variação é comum no Brasil e praticada desde 2002. De acordo com a instituição, tarifas para destinos muito concorridos, viagens em alta temporada, dias com muita procura e horários com muito movimento tendem a ter preços mais elevados. Para a Abear, a variação de preços e tarifas muito altas na Copa são fruto de "uma demanda atípica, muito concentrada em dias e horários específicos".
A justificativa não parece funcionar para o presidente da Embratur, Flávio Dino. Na última terça-feira, o executivo entrou com um pedido para que o Ministério Público e o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) investiguem possibilidades de tarifas abusivas em voos domésticos. A ideia é que seja estabelecido um teto para os preços.
Ontem, durante audiência pública na Câmara dos Deputados, o diretor-presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Marcelo Guaranys, considerou o debate "antecipado". "Poucos voos estão sendo comercializados hoje para junho e julho, por isso, menos assentos estão disponíveis e eles são vendidos mais caros", analisou Guaranys. E já adiantou que não há teto para a tarifa: "A lei estabelece liberdade tarifária. Agimos dentro da determinação legal".
Em um dos voos para a abertura do torneio, por exemplo, o trecho do aeroporto de Congonhas (SP) de volta a Brasília custa R$ 1.470 e tem apenas três poltronas vagas. "Essa não é a malha aérea da Copa do Mundo ainda", apontou Guaranys.
De acordo com o presidente da Anac, seria mais prudente começar a comprar os bilhetes a partir do ano que vem, após o sorteio das chaves do Mundial. "Esperamos ter a nova malha aprovada a partir de janeiro e, aí sim, conseguir monitorar os preços que estão sendo praticados." Diante da possibilidade de tarifas tabeladas, a Associação Brasileira das Empresas aéreas (Abear) divulgou nota à imprensa justificando que os preços dos voos domésticos podem ser maiores que trechos internacionais devido ao imposto cobrado sobre o combustível. Enquanto o voo para fora do país recebe isenção, para viagens domésticas, as alíquotas chegam a 25%, dependendo do estado. Para a organização, "isso consiste em um efetivo desestímulo para a aviação brasileira e para o turismo nacional".
Indefinições
Até o sorteio dos grupos da Copa do Mundo, em 6 de dezembro, as passagens aéreas serão compradas "no escuro". Afinal, os confrontos serão definidos em cerimônia na Costa do Sauípe (BA). Por enquanto, 21 de 32 seleções estão classificadas para o Mundial do Brasil. O restante será conhecido até 20 de novembro, com o fim das repescagens. |
Drone é usado para entregar livros na Austrália
Startup irá enviar livros para consumidores via drone. Com um app para smartphones e tablets, clientes poderão ver o status da entrega e fazer encomendas
Gabriela Ruic
Uma startup australiana chamada Flirtey quer transformar os temidos drones, veículos aéreos não tripulados usados pelo governo americano, ferramentas para levar conhecimento aos cidadãos do país. Com a ajuda de outra empresa, a livraria virtual Zookal, a startup irá usar os drones para entregar livros diretamente na casa dos consumidores.
Em cerca de três minutos, o drone é capaz de levar a encomenda até as mãos do cliente. Ao se aproximar do destino, ele irá se aproximar do solo para deixar o pacote, que estará preso a um cabo retrátil.
Através de um app para smartphones e tablets, o consumidor poderá ter acesso ao GPS do drone, que o informará sobre o status da entrega e permitirá a realização do pedido. “O drone conta com um sistema anticolisão, que evitará o seu choque contra pássaros e outros obstáculos”, explicou Ahmed Haider, cofundador da Flirtey e CEO da Zookal
De acordo com Haider, a ideia de usar este tipo de veículo é tornar mais rápida a entrega de produtos. Segundo ele, é possível levar uma encomenda para a casa do cliente em até três minutos. O envio por vias convencionais leva entre dois e três dias úteis.
Outra vantagem do uso do drone neste tipo de procedimento, explicou o também cofundador da Flirtey, Matthew Sweeney, é a redução de custos. “Na Austrália, entregas realizadas em apenas um dia custam entre 8 e 20 dólares. Com o drone, conseguimos reduzir muito este valor.”
A esperança da startup é impulsionar a indústria civil em torno deste tipo de equipamento no mundo inteiro, mas a partir da Austrália. O país é um dos pioneiros na regulamentação do uso comercial dos drones e graças ao apoio da Autoridade de Segurança para a Aviação Civil (CASA), entidade do governo australiano responsável por manter em ordem este setor.
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Brasil compra R$ 2 bi em armas da Rússia e agora negocia caça
País poderia receber jatos Sukhoi-35 para substituir seus Mirage-2000 e participar da produção do novo modelo T-50. Contrato para aquisição de baterias antiaéreas Pantsir-S1 e lançadores Igla-S, contudo, só deve ser assinado em 2014
Igor Gielow
O Brasil aprofundou sua cooperação militar com a Rússia ao fechar a compra de R$ 2 bilhões em baterias antiaéreas e admitiu participar da produção do caça de próxima geração que está sendo desenvolvido por Moscou.
Segundo o ministro Celso Amorim (Defesa), nada impede a participação brasileira no projeto do Sukhoi T-50, caça que tem cinco protótipos voando e que servirá de base para um modelo a ser produzido em conjunto com a Índia.
Amorim fez o comentário após reunião com seu colega Sergei Shoigu. Reafirmou que o processo para comprar caças de geração atual, o F-X2, segue com três concorrentes: o americano F/A-18, o francês Rafale e o sueco Gripen NG.
Os russos não fizeram ofertas formais de seu modelo atual, que ficou de fora do F-X2, o Sukhoi-35. Segundo a Folha apurou, contudo, a Força Aérea recebeu uma consulta informal para receber uma espécie de "combo".
Pela oferta, o Brasil receberia Sukhoi-35 para substituir seus Mirage-2000 que serão aposentados neste ano enquanto o T-50 não atingir estágio operacional, o que deve ocorrer só após 2016. O novo caça só deverá ter produção comercial no fim da década.
No encontro com Amorim, Shoigu falou genericamente que poderia fazer leasing de equipamento militar russo. Isso foi lido como uma senha para a solução intermediária.
A compra dos caças se arrasta desde 2001. O F/A-18 tinha superado o Rafale no favoritismo, mas o escândalo da espionagem americana travou o negócio politicamente. A ampliação da cooperação com a Rússia ocorre no momento em que a relação Brasil-EUA está abalada.
O T-50 é o projeto de caça de quinta geração em estágio mais avançado no mundo. Só os EUA têm um avião deste tipo hoje, o F-22. A denominação é genérica e indica a adoção de itens como alto índice de informatização e capacidade de voo furtivo, o chamado "invisível ao radar". Sua grande vantagem é a abertura da Rússia a cooperações --os EUA não vendem o F-22.
Para que a negociação ande, os russos deverão melhorar seu pós-venda. Segundo a Folha apurou, a delegação de Shoigu recebeu reclamações sobre peças de reposição e manutenção dos helicópteros de ataque Mi-35 que estão sendo fornecidos à FAB.
O fato de ter sido sacramentado o próximo passo para a compra de baterias antiaéreas Pantsir-S1, um produto de alta tecnologia, indica que o Brasil deu um voto de confiança a Moscou.
Amorim ressaltou que a ideia não é a compra em si, mas a capacitação tecnológica. A previsão é de que uma empresa brasileira, que poderá ser a Odebrecht Defesa, venha a produzir a arma. O contrato deverá ser assinado em meados de 2014. Prevê a compra de três baterias mais duas de lançadores Igla-S.
Governos dos dois países criam grupo antiespionagem
Na esteira das denúncias de espionagem por parte dos Estados Unidos, Brasil e Rússia decidiram ontem formar um grupo de trabalho para sugerir soluções em defesa cibernética. A forma como isso será feito não está definida.
Não deixa de ser curioso que o Brasil, país cuja presidente cancelou uma visita de Estado a Washington por causa das denúncias que estaria sendo monitorada, esteja procurando parceria no setor justamente com a nação que abriga o denunciante do caso da espionagem.
O analista Edward Snowden, que vazou documentos mostrando a ação de espionagem da Agência de Segurança Nacional americana, está asilado temporariamente na Rússia.
Outro acordo assinado entre os dois países prevê uma maior cooperação na área de tecnologia espacial.
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Congresso Nacional mantém mais cinco vetos presidenciais
O Congresso Nacional manteve todos os vetos presidenciais analisados na última terça-feira (15). Foram apreciados vetos relativos a cinco propostas, a maioria delas ligadas a planos de carreira do Executivo. Um dos vetos da presidente Dilma Rousseff refere-se a dois critérios para a escolha dos postos que gerariam o direito ao adicional de fronteira a policiais e outros servidores que trabalhem em regiões de fronteiras. Esses critérios, segundo o governo, garantiriam o benefício para servidores lotados em postos onde não há dificuldade de fixação de profissionais. Outro veto trata de novas regras para a avaliação de desempenho do cargo de especialista em meio ambiente. A proposta foi vetada porque altera um artigo que já não existe. Deputados e senadores votaram ainda o veto à criação do cargo de analista de controle interno do SUS. Esses pontos foram vetados por terem sido criados por iniciativa de parlamentar, e não do Executivo.
Seguro e álcool - Outro veto trata de um projeto que concede privilégio ao pagamento de credores por restituição de prêmio de seguro. O veto ocorreu sob o argumento de que o texto não levou em conta a lei que quebrou o monopólio do IRB-Brasil Resseguros. O último veto analisado é relativo relativo a concessão de crédito presumido de PIS/Pasef e Cofins para produtores de álcool, retirando esse benefício das empresas controladas ou interligadas a produtores de álcool. O governo argumentou que isso provocaria duplo creditamento a essas empresas. |
Cidades cobram mais agilidade de Belo Monte
O consórcio responsável pela construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, tem atrasado suas obrigações socioambientais nos municípios que serão impactados pelas obras. O alerta foi dado ontem por Flexa Ribeiro (PSDB-PA), em audiência na Subcomissão Temporária de Acompanhamento das Obras da Usina de Belo Monte.
O senador apontou atrasos e cobrou fiscalização.
— A barragem será construída, a usina vai gerar energia em 2016, como previsto, mas é preciso assegurar que sejam cumpridas as condicionantes para os municípios impactados — disse Flexa.
Na emissão de licença para as obras, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) estabeleceu ao Consórcio Norte Energia obrigações em diversas áreas, como saúde, educação, saneamento básico e segurança, para que os cinco municípios impactados pelas obras possam fazer frente ao acelerado aumento de população nas localidades.
Na avaliação do senador, o cumprimento das condições está aquém do esperado. Ele observou que o apoio aos municípios de Altamira, Vitória do Xingu, Brasil Novo, Senador José Porfírio e Anapu deveria ter sido feito antes do início das obras.
O secretário de Planejamento de Altamira, Antônio Carlos Bortoli, teme que o município não consiga responder à crescente demanda de atendimento médico até que seja feita a reforma do hospital local, uma das obrigações do consórcio que assumiu a usina. Para evitar que o município chegue "a uma situação caótica", ele pede que as Forças Armadas instalem um hospital de campanha na cidade.
A preocupação com a falta de estrutura das localidades foi compartilhada pelo prefeito de Vitória do Xingu, Erivando Amaral. Para ele, as ações implementadas até agora atendem apenas a questões emergenciais. Ele lembrou que o município concentrará 93% das obras de Belo Monte e muitos agricultores terão que ser retirados de suas terras.
Consórcio responde
Amaral cobrou agilidade no levantamento das famílias que serão afetadas e na definição dos valores que serão pagos a cada uma. A preocupação do prefeito é no sentido de que os deslocados não consigam comprar uma nova área, por conta do aumento de preço.
Segundo Antônio Coimbra, diretor socioambiental do Consórcio Norte Energia, o cadastro das pessoas que serão removidas está sendo concluído. Ele também afirmou que estão sendo cumpridos os 153 projetos em saúde e educação previstos para os cinco municípios. Sobre a questão da segurança, Johaness Eck, coordenador do Comitê Gestor do Plano de Desenvolvimento Regional Sustentável do Xingu, informou que o aparato na região está sendo reforçado.
Além da instalação de infraestrutura, o representante do Ibama, Thomaz Miazaki de Toledo, lembrou que também deve haver coordenação com as políticas públicas, para que os serviços sejam efetivamente oferecidos à população.
Aeroporto de Altamira tem movimento maior
As condições de operação do Aeroporto de Altamira foi outro aspecto analisado na audiência. Para Flexa, o município é "a porta de entrada de Belo Monte", e o aeroporto não reúne condições para fazer frente às novas demandas.
O representante da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), Manoel Campos, informou que em 2011 passaram pelo aeroporto 104.700 passageiros — 28% a mais que em 2010. Ele informou que foram iniciadas obras de recuperação da pista de pouso e que os trabalhos, interrompidos devido a chuvas, serão retomados em junho.
Flexa contestou afirmação do representante da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Rodrigo Moser, de que o terminal de passageiros do Aeroporto de Altamira oferece conforto. Ele também lamentou que a construção do novo terminal esteja projetada apenas para 2016. Conforme observou, as condições atuais já não suportam a demanda de movimentação de pessoas.
O debate feito ontem pela subcomissão integra o plano de trabalho do colegiado, que é ligado à Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA) e tem como relator Delcídio do Amaral (PT-MS).
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Azul vai recorrer da decisão da CVM de indeferir o pedido de abertura de capital
A Azul vai recorrer da decisão da área técnica da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) de indeferir o pedido de registro de companhia aberta da aérea. A empresa informou, em nota, que vai apelar desse parecer com a CVM por acreditar que "a oferta pública das ações da companhia junto ao mercado brasileiro é uma oportunidade ímpar para o investidor". A empresa não esclareceu o motivo do indeferimento. A companhia fez o pedido em maio, mas em agosto anunciou a desistência do processo de abertura de capital, alegando "condições macroeconômicas desfavoráveis". Mas executivos da empresa têm reiterado o plano de realizar a operação tão logo o cenário esteja favorável.
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Preços de voos serão justos, garante Anac
Anne Warth
Os voos que vão estar disponíveis para o período da Copa do Mundo, entre junho e julho no Brasil, ainda não foram definidos, mas os preços devem ser mais baixos que os ofertados neste momento, garante o diretor-presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Marcelo Guaranys.
O sorteio das chaves e dos jogos da competição está marcado para o dia 6 de dezembro. Somente depois dessa data as companhias vão solicitar voos para a Anac, a quem cabe autorizá-los conforme a capacidade das empresas e dos aeroportos.
"O debate foi muito antecipado. Poucos voos estão sendo comercializados neste momento. Essa não é a malha aérea da Copa do Mundo ainda", afirmou, Guaranys depois de participar de audiência pública na Comissão de Viação e Transportes da Câmara dos Deputados.
O diretor da Anac explicou que novos voos devem ser ofertados em janeiro. Ele admitiu, porém, que os preços das passagens aéreas durante a Copa devem ser mais elevados que os normalmente praticados.
"Esperamos que esses preços que foram verificados agora não, sejam os de fato praticados", afirmou. "Quando há uma grande demanda, os preços tendem a ser mais altos, mas não no patamar que foi visto agora." Guaranys disse ainda que a legislação brasileira não permite a imposição de tetos tarifários para as passagens aéreas. "A lei da Anac estabelece a liberdade tarifária. Nós agimos dentro da determinação legal"
Algumas empresas de viagem divulgaram que uma passagem área do Rio para São Paulo, no dia da abertura da Copa, custa até R$ 1.879. Na mesma data, uma passagem São Paulo-Nova York ficaria em R$ 2.084, apenas R$ 200 mais que caro que a ponte área Rio-São Paulo.
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Governo muda edital com receio de fracasso em Confins
Anne Warth
O governo fez ajustes no edital do leilão dos aeroportos de Galeão, no Rio de Janeiro, e Confins, em Belo Horizonte, para ampliar a concorrência entre os consórcios. O objetivo é evitar a concentração de interesse por Galeão, considerado a joia da coroa, e um fracasso na licitação de Confins.
As regras do leilão não permitem que um mesmo consórcio arremate os dois aeroportos. Por isso, alguns grupos haviam sinalizado ao governo que iriam priorizar Galeão e não fariam nenhuma oferta por Confins.
Como o aeroporto mineiro é menos atrativo, o receio dos consórcios é o de que sejam os únicos a fazer um lance por Confins e o arrematem, o que automaticamente os retiraria da disputa por Galeão.
Para evitar que isso ocorra, a Agência Nacional de aviação Civil (Anac) publicou normas que estimulam os consórcios a fazer propostas pelos dois aeroportos e oferecem soluções paia a eventual possibilidade de que um mesmo grupo faça o melhor lance por Confins e Galeão. Nessa hipótese, ele só será considerado vencedor do aeroporto cuja proposta corresponda ao maior valor ofertado, em termos absolutos.
Como a outorga mínima para o Galeão, de R$ 4,828 bilhões, é bem superior à de Confins, de R$ 1,096 bilhão, se isso ocorrer, ele só levará Galeão. Mas se essa regra não for suficiente para determinar o vencedor, o consórcio poderá, ainda, manifestar qual deles prefere.
"Nós queremos que todos deem lances para os dois", afirmou o diretor-presidente da Anac, Marcelo Guaranys. "Não queremos "desincentivar"lances para os dois. E essa alteração visa justamente incentivar lances pelos dois aeroportos", disse Guaranys.
Risco. A mudança nos editais, no entanto, não afasta totalmente um dos fantasmas que assombram o governo. Se o mesmo grupo oferecer a melhor proposta pelos dois, optar por Galeão e tiver sido o único a ter feito lance por Confins, o aeroporto mineiro ficará sem vencedor.
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Guarda-parques participam de curso da FAB para situações de calamidade
Quatorze guarda-parques da Reserva Biológica de Araras, com sede em Petrópolis, Região Serrana do Rio, participam nesta quarta (16) e quinta-feira (17) de um curso de operações com aeronaves promovido pela Força Aérea Brasileira (FAB). A capacitação tem o objetivo de melhorar o desempenho dos agentes em ações que incluem resgates em situações de risco, como enchentes, queimadas, buscas e salvamentos.
A instrução ocorre na Base Aérea dos Afonsos, onde se situa o Terceiro Esquadrão do Oitavo Grupo de Aviação, Esquadrão Puma da FAB. Para o chefe da Rebio Araras, o geógrafo Ricardo Ganem, “a capacitação é extremamente importante, pois grande parte das ações hoje utilizam aeronaves. Isso ficou ainda mais evidente depois da tregédia de janeiro de 2011. O transporte aéreo, muitas vezes, é o único que permite a realização de resgates e de transporte de alimentos e equipamentos”, ressalta Ricardo.
Nesta quarta-feira, os 14 guarda-parques receberam as orientações teóricas. Na quinta, será a vez do treinamento prático com helicóptero. “A aeronave é um H-34 Super Puma”, explica o chefe da Rebio Araras, acrescentando que a instituição que é ligada ao Instituto estadual do Ambiente (Inea), tem uma aeronave à disposição para ações de busca e salvamento em áreas remotas. “Ela fica na sede da Polícia Militar, que nos dá apoio”, acrescenta.
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Por medida de segurança, passageiros são retirados de aeronave em Brasília
Voo seguia para o aeroporto de Congonhas, que estava com a pista molhada
Dois passageiros precisaram desembarcar de um voo da Gol partindo de Brasília com destino a São Paulo nesta quarta-feira (16) por medidas de segurança. O motivo foi a pista molhada do Aeroporto de Congonhas por conta da chuva. A Gol informou que o voo prosseguiu com atraso de 40 minutos, com 156 passageiros à bordo, e os dois clientes que optaram por desembarcar serão reacomodados em outros voos.
Segundo a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), dependendo das condições climáticas, a empresa aérea pode sim adotar o desembarque de passageiros e de cargas. Se isso acontecer, a comunicação aos passageiros tem que ser feita em até uma hora e a alimentação fornecida a partir da segunda hora.
Os passageiros podem pedir seu dinheiro de volta, a remarcação do voo para outra data, sem a cobrança de taxa, ou podem sem deslocados para um outro voo da própria empresa ou de outra.
A Gol informa que, “em decorrência de pista molhada no Aeroporto de Congonhas por chuva, o comandante do voo solicitou o desembarque voluntário de apenas dois passageiros como medida de segurança”. A companhia esclarece que pousos na pista de Congonhas, quando molhada, são feitos com restrição de peso.
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Quem quer USP ou ITA faz Enem só para testar conhecimento e resistência física
Apesar de cada vez mais popular, prova não é considerada em algumas das mais renomadas universidades do País
Julia Carolina
iG São Paulo
Nem todo mundo que vai prestar o Enem está interessado em conseguir uma vaga por meio do exame. É que, apesar de cada vez mais popular - todas as universidades federais do País o adotam como critério de seleção -, o Enem não é levado em conta em algumas das mais renomadas instituições de ensino, como a Universidade de São Paulo (USP) e o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA). Nesse caso, fazer a prova é mais uma forma de testar os conhecimentos e treinar resistência física.
É o caso da jovem Mayara Aparecida Ramos, de 20 anos, aluna do cursinho Henfil, que foca os estudos para passar no curso de química. Ela vai prestar Fuvest e tentar a USP pela segunda vez. Já a prova do Enem, conta, será feita pela terceira vez. “Fiz o Enem das outras vezes como uma forma de testar meus conhecimentos. A prova é boa, apesar de extensa e acabar cansando. Mas o que eu quero mesmo é a USP”, conta.
Para o coordenador Juliano Costa, gerente pedagógico do Sistema de Ensino COC/Pearson, a participação de alunos que só estão fazendo a prova para se testarem é positiva. “Serve como processo diagnóstico do desenvolvimento da aprendizagem e também como técnica de comparação para que o vestibulando avalie como está em relação estatística aos outros estudantes espalhados pelo Brasil”, diz.
Costa lembra, porém, que a prova do Enem tem um sistema de avaliação diferente dos vestibulares tradicionais. Isso porque, enquanto boa parte dos vestibulares tradicionais tem base em avaliação de conteúdo, o Enem cria seus itens de avaliação a partir de Competências e Habilidades relacionadas a certos conteúdos (objetos de aprendizagem). “Esse sistema representa uma mudança de modelo de avaliação mais moderno e que vem sendo aceito de maneira favorável pelos brasileiros”, completa.
Costa diz ainda que o Enem tem se aperfeiçoado como avaliação. Para Paulo Roberto Moraes, coordenador de uma das unidades do Anglo, o nível do Enem aumentou nos últimos exames.
“A prova do Enem mudou muito. Desde que teve a questão da fraude [em 2009, quando funcionários da gráfica contratada para impressão foram acusados de roubar a prova e tentar vendê-la], que vazou a prova, ela teve muitas mudanças. Colocamos isso com um marco de mudança. O nível subiu e começou a se cobrar mais conteúdo, ela está muito elaborada”, avalia.
“Muitos especialistas diziam que a prova era vazia, cobria o cotidiano, a vida das pessoas, mas não media conhecimento. Mas agora o Enem está em transformação e o grande mérito dele é essa transformação”, completa Moraes.
Os treineiros
Além dos que não se interessam pelas vagas oferecidas via Enem, há um outro grupo de pessoas que não se utilizará dos resultados do exame: são os treineiros.Segundo dados do Inpe, do Ministério da Educação (MEC), entre os candidatos que confirmaram a inscrição 1.095.747 concluirão o Ensino Médio apenas após o ano atual.
Costa avalia que é oportuna a ideia de que os estudantes façam o exame, para ter experiência e para que a avaliação efetiva seja feita no futuro sem surpresas. “É aconselhável que o aluno faça as provas de forma séria, coerente, mas sem a preocupação de ter um resultado de destaque", conclui.
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Voz da Rússia
Rússia fornecerá ao Brasil helicópteros Mi-35 sob contrato de 2008
Dentro em breve, a Rússia vai fornecer ao Brasil o último, quarto lote de helicópteros Mi-35 sob contrato de 2008, informou o diretor do Serviço Federal para a Cooperação Técnico-Militar Alexander Fomin.
O contrato para o fornecimento de 12 helicópteros Mi-35 foi assinado em 2008. A máquina russa ganhou na altura o concurso em que seus concorrentes eram a AgustaWestland com o helicóptero A-129 Mangusta e a Eurocopter com o EC 665 Tiger.
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