|

NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 16/10/2013

Imagem


Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.



Banda da Base Aérea faz concerto gratuito nesta sexta-feira

Nesta sexta-feira (19), a Banda da Base Aérea de Campo Grande realiza concerto gratuito no Centro de Convenções Arquiteto Rubens Gil de Camilo, às 19h. O evento faz parte da Semana da Asa, comemorando o Dia da Força Aérea Brasileira e o Dia do Aviador.
O tenente-músico Carlos Alberto Rocha Sobrinho, regente da Banda, garante que o público pode esperar repertório variado, do erudito estilizado até o popular, com músicas nacionais e internacionais.
“Engana-se quem pensa que uma banda militar limita-se a músicas marciais, dessas que ouvimos nas paradas e desfiles. Os músicos que vestem farda contam com repertório variado e interpretam obras que sempre emocionam o público”, diz.
Além das músicas internacionais e nacionais interpretadas pela Banda, a apresentação contará com a participação especial de artistas locais.
Tradicionalmente a Semana da Asa homenageia o feito de Alberto Santos-Dumont que, no dia 23 de outubro de 1906, fez o primeiro voo em um aparelho mais pesado que o ar – até então os voos eram feitos em balões – levando o estranho 14-Bis a percorrer cerca de 70 metros a pouco mais de 4 metros de altura.
  

General aprovado para presidir a APO

Por 20 votos a um, a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou ontem a indicação do general Fernando Azevedo e Silva, feita pela presidente Dilma Rousseff, para presidir a Autoridade Pública Olímpica (APO). O objetivo da APO é coordenar e acompanhar a participação do governo federal, do governo do Rio de Janeiro e da prefeitura da capital nos Jogos Olímpicos de 2016. Azevedo é general de divisão do Exército e presidente da Comissão Desportiva Militar do Brasil.


Giro Econômico

Aeroportos no interior

O governo espera concluir até dezembro as licitações para reformar 50 aeroportos que integram o Plano de Aviação Regional. A expectativa de prazo foi divulgada ontem pela Secretaria de Aviação Civil (SAC). Anunciado em 2012, o plano quer incentivar o tráfego aéreo no interior do país. A previsão é investir R$ 7,3 bilhões em 270 aeroportos. Segundo a SAC, as obras devem começar em fevereiro de 2014 e a conclusão varia conforme o aeroporto. Os demais 220 aeródromos ou terminais devem ter as licitações publicadas em até três meses após o primeiro lote, com prazo final em março de 2014.


Entregas da Embraer sobem 10% no terceiro trimestre

 A fabricante de aviões brasileira Embraer teve alta de 10% nas entregas de aeronaves no terceiro trimestre sobre o mesmo período do ano passado e viu sua carteira de pedidos subir em mais de 40% em igual base de comparação.
A companhia entregou 44 aviões entre julho e setembro ante 40 unidades em igual período do ano passado.
Apesar do crescimento nas entregas, houve queda de quase 30%  nos envios a clientes de aviões comerciais, maiores e mais caros. O volume de entregas do segmento caiu de 27 unidades entre julho e setembro de 2012 para 19 em igual período deste ano.
Já na aviação executiva, as entregas do terceiro trimestre quase dobraram, passando de 13 para 25 aviões.
A fabricante também informou que sua carteira de pedidos firmes para entrega totalizava US$ 17,8 bilhões no fim de setembro, um aumento de mais de 40% sobre os 12,4 bilhões registrados um ano antes. A alta foi impulsionada pelos negócios fechados na Feira de Aviação de Paris e pelo lançamento do modelo E-Series.
O total de entregas da Embraer no ano está em 124 aeronaves, sendo 58 comerciais e 66 executivas. Em igual período de 2012, a empresa havia entregue 129 aviões, sendo 83 de aviação comercial e 46 de executiva.
Para este ano, a empresa tem a meta de entregar 105 e 120 jatos executivos, entre aviões leves e grandes, neste ano, além de 90 a 95 jatos comerciais.
Em julho, na apresentação de resultados do segundo trimestre, o presidente da Embraer chegou a afirmar que a entrega de jatos executivos pode ficar no menor ponto da faixa em 2013.
Apesar de ter apenas três meses para atingir as metas de entregas, os executivos da empresa já sinalizaram expectativas de um quarto trimestre melhor.
Em meados de setembro, o responsável pelos negócios na Aviação Comercial, Paulo César de Souza e Silva, afirmou que esperava um grande número de entregas de aviões no quarto trimestre e para atingir a meta para 2013.
As ações da empresa operavam em queda na Bovespa, com recuo de 1,21% às 10h25


Aeroporto de Viracopos tem aumento de 19% no registro de balões em 2013

No estado de SP, também cresceu o nº de comunicações feitas ao Cenipa. Risco de choque com aeronaves é maior durante pousos e decolagens.

 O Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP), é o segundo do país em número de registro de ocorrências envolvendo balões na rota de pousos e decolagens do país, segundo dados do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa). O número de comunicações em 2013 já é 19% maior em relação a todo o ano passado. O risco maior de choque é durante aterrisagens e partidas porque são procedimentos em que os aviões estão normalmente na altitude dos balões.
Apesar das comunicações feitas por pilotos e controladores de voo após visualização de balões na área da pista do terminal de Campinas, não houve acidentes registrados no período, segundo a concessionária Aeroportos Brasil, que administra Viracopos. Entre janeiro e setembro de 2013, 6,8 milhões de passageiros domésticos e internacionais embarcaram ou desembarcaram no aeroporto. Em volume de aeronaves, a movimentação foi de 10,7 mil no mesmo período.
No estado de São Paulo também houve um aumento de 21,5% do registro de ocorrências no comparativo a todo ano de 2012 e entre janeiro e outubro deste ano. A soltura de balões, além de ser crime ambiental, é um perigo para aviação. Uma colisão pode causar até a queda de uma aeronave, dependendo da velocidade do avião e da massa do balão.
O Cenipa explica que um balão com cerca de 15 kg, considerado pequeno, bata em um avião que esteja a uma velocidade de 300 km/h. Nesse caso, o impacto pode ser de 3,5 toneladas. Se o peso do balão for de 50 kg e colidir com uma aeronave a 450 km/h, o impacto sobe para 100 toneladas, o que pode derrubar um avião.
  Relatórios e flagrante
Na manhã desta terça-feira (15), a EPTV flagrou um balão em Viracopos. No site do Cenipa, é possível ter acesso a todos os relatórios feitos sobre ocorrências deste tipo. No dia 25 de agosto desse ano, às 15h40, um avião estava a três mil pés de altitude e o comandante relata a presença de um balão a cerca de mil metros.
A tripulação já se preparava para o pouso no Aeroporto de Viracopos, mas precisou arremeter para evitar um acidente. No relatório ao Cenipa, o controlador de voo que acompanhava a aeronave e que conversou com o piloto durante o procedimento de aterrisagem descreveu que um balão pequeno caiu na pista e foi levado para fora da área de pouso.
Em outro caso, no dia 8 de setembro, a situação foi mais grave no Aeroporto Internacional de Guarulhos, na Grande São Paulo. O avião Airbus A340, da companhia aérea Avianca, estava na etapa de pouso quando o copiloto avistou um balão de proporções médias na proa da aeronave. O comandante reportou ao Cenipa que desligou o piloto automático, fez uma curva para evitar a colisão no nariz do avião, mas que parte do balão atingiu a asa esquerda. Apesar dos problemas, o piloto conseguiu aterrisar.
O comandante Claudio Cesar é piloto de helicóptero há cinco anos e garante que a maior incidência da balões é no estado de São Paulo. Ele já voou no Rio Grande do Sul e Minas Gerais, mas nunca encontrou uma situação semelhante. O pior período é o mês de junho, por causa das festas juninas. "Eu já vi balões de todos os tipos, tamanhos, em altitudes diversas. Até mesmo alguns com botijões de gás pendurados", conta.
O diretor de operações de Viracopos, Marcelo Mota, defende que o risco dos balões podem ser eliminados com a educação dos moradores no entorno dos aeroportos. "Um choque do balão com uma aeronave pode ter consequencias muito sérias, como um acidente aéreo, além do dano patrimonial como um incêndio no sítio aeroportuário", explica. A concessionária responsável pelo terminal de Campinas realiza um trabalho nas escolas próximas ao aeroporto, com distribuição de cartilhas e palestras de orientação.
 Quedas
Em Viracopos, apesar da ausência de registros de acidentes ou incidentes envolvendo aeronaves e balões, ocorreram 11 quedas de balões na área do aeroporto em 2010, 21 em 2011 e 16 em 2012. Os terminais do Brasil com maior índice de avistamento e ocorrências deste tipo na rota de pousos e decolagens são o de Guarulhos, Campinas e Curitiba (PR), todos internacionais.

PF detém 16 e apreende 3 aeronaves durante operação contra tráfico

PF visa desarticular tráfico internacional de drogas entre Brasil e Bolívia. Aviões foram apreendidos em duas cidades de MT e em Belém.

Três aeronaves foram apreendidas durante a Operação "Touro Branco", deflagrada pela Polícia Federal em Mato Grosso e em outros quatro estados nesta terça-feira (15). A operação cumpre mandados contra o tráfico internacional de drogas nos estados de Mato Grosso, Goiás, Rio Grande do Norte, Pará e São Paulo.

Além das apreensões, 16 pessoas foram presas, conforme informou ao G1 a PF. A operação cumpre 17 mandados de prisão preventiva, 3 de prisão temporária e 20 de busca apreensão. Desse número, quatro estão foragidos, sendo três deles na Bolívia. Os 20 mandados de busca também já foram cumpridos. A PF afirmou que só vai detalhar as prisões ao final da operação.

As aeronaves utilizadas pela quadrilha foram apreendidas em Sinop, Colíder e Belém. A PF também está na procura de outros dois aviões citados na investigação. Durante a operação foi feita uma prisão em flagrante por posse ilegal de arma de fogo.

De acordo com o superintendente da PF em Mato Grosso, Élzio Vicente da Silva, as aeronaves eram usadas para transporte da droga entre Bolívia e Mato Grosso. “Verificamos a existência de uma organização criminosa que se uniu para entregar droga em vários pontos do país. Eles utilizavam principalmente essas aeronaves que traziam entorpecente da Bolívia. Eles pousavam em pistas clandestinas e faziam esse repasse de droga", disse Élzio. A maior parte da droga vinha da Bolívia.

Todos os suspeitos começaram a ser ouvidos ainda nesta manhã em cada delegacia da PF onde foram presos. Outros policiais continuam a operação para prender o restante dos suspeitos. A PF deve fazer uma coletiva e divulgar o balanço da operação a partir do meio-dia [horário de Mato Grosso].

Touro Branco

A operação batizada de Touro Branco começou há um ano e meio, quando a PF identificou o transporte de droga na fronteira de Mato Grosso com a Bolívia através de aeronaves de pequeno porte. Os traficantes escondiam grandes quantidades de entorpecente em regiões de áreas rurais e fazendas, até que um transporte fosse disponibilizado para levar a droga aos consumidores de Mato Grosso e outros estados.
Em Mato Grosso, os mandados são cumpridos em Cuiabá, Cáceres, Mirassol D”Oeste, São José dos Quatro Marcos, Araputanga, Sapezal, Colíder, Sinop, Sapezal e Rondonópolis. Os demais em Luziânia (GO), Apodi (RN), Santarém, Paragominas, Belém, ambas cidades no Pará, e em São Paulo e Lavínia, interior de São Paulo.

A operação recebeu esse nome por causa de traficantes que utilizavam várias vezes o termo “touro branco” durante as negociações envolvendo o tráfico de entorpecentes, tentando simular a compra e venda de gado na tentativa de despistar a polícia em eventuais interceptações telefônicas.


CURTAS

Embraer I
A Embraer entregou 19 jatos comerciais e 25 aviões executivos no terceiro trimestre, segundo comunicado da empresa. Com o desempenho de julho a setembro, a carteira de pedidos firmes alcançou US$ 17,8 bilhões. A carteira do ano registra 1,362 mil pedidos firmes de aviões. Desse total, 966 já foram entregues. Dentre as opções de encomendas, que podem aumentar o volume de entregas, aparecem 838 unidades. Os US$ 17,8 bilhões de carteira de encomendas representam aumento de 4,1% ante o patamar do segundo trimestre.
Embraer II
O volume de entregas de aviões comerciais surpreendeu negativamente o mercado. A alta no terceiro trimestre foi de 10% sobre o registrado um ano antes. O problema veio na aviação comercial: a entrega desse tipo de avião - mais caro e mais rentável - caiu 30%, para 19 unidades. "Isso provocou ajuste nas expectativas para os resultados do terceiro trimestre", disse Gabriel Ribeiro, da Um Investimentos. Para Marcelo Torto, da Ativa Corretora, a prévia foi negativa, mas é natural que haja algum atraso nas entregas.

Governo divulga aeroportos regionais que receberão investimentos

O governo divulgou, nesta terça-feira, 15, a lista dos primeiros 50 aeroportos que serão contemplados com investimentos do programa de aviação regional, lançado em dezembro do ano passado, pela presidente Dilma Rousseff. No total, serão aplicados R$ 7,3 bilhões em obras de 220 aeródromos do país.
Segundo comunicado da Secretaria de Aviação Civil (SAC), as primeiras licitações deverão ocorrer em dezembro e a expectativa é ter obras em andamento a partir de fevereiro.
"Os 50 primeiros aeródromos dependem exclusivamente de terminais de passageiros (salas de espera, áreas de inspeção de segurança, banheiros, lanchonetes etc) para que possam operar plenamente, por isso foram priorizados", explicou, em nota, o assessor especial da SAC, Mário Rodrigues Júnior, responsável pela execução do programa.
De acordo com o comunicado, haverá aprimoramento nas pistas em alguns aeroportos, enquanto outros devem receber melhorias em pátios e terminais de cargas.
Dos terminais listados, 17 estão no Norte - entre eles os de Vilhena e Humaitá -, 12 no Sudeste - como Angra dos Reis, Resende, Marília e Botucatu -, dez no Nordeste - como Crateús e Serra Talhada -, seis no Sul - entre eles o de Rio Grande e Pato Branco - e cinco no Centro-Oeste -como Rio Verde de Goiás.
A seleção foi feita com base no estágio em que se encontram os projetos. Na próxima semana, a SAC iniciará estudos topográficos e outras coletas de dados nos terrenos onde os terminais serão construídos.


Voos seis vezes mais caros

Comparativo de preços de passagens a partir da Capital no período do Mundial e um mês antes mostram diferenças de até 577%

Os gaúchos que quiserem viajar de avião durante a Copa devem preparar o bolso. O preço das passagens aéreas de Porto Alegre para outras cidades-sedes a partir do início do torneio será até 577% mais alto do que o cobrado um mês antes.
O tema veio à tona no início da semana, depois de o jornal Folha de S. Paulo apontar que o trecho entre a capital paulista e o Rio custaria quase o mesmo que viajar a Nova York. Pesquisa feita por Zero Hora considerando diferentes trechos e companhias aéreas, tendo Porto Alegre como origem e destino, mostra uma variação abrupta de preços.
Uma passagem para o Rio, que custa R$ 261,57 para partida em maio, passa para R$ 1.771,57 no dia 12 de junho, quando começam os jogos. É possível perceber variação de mais de 100% na maior parte dos trajetos pesquisados. As maiores altas ocorrem, no entanto, nos destinos comuns nos períodos de férias: as praias do Nordeste.
A explicação das companhias é o aumento na procura pelo serviço no período. Com a maior demanda por passagens, diminui o número de lugares disponíveis e o preço sobe. A justificativa não foi suficiente para a Embratur, que encaminhou ofício ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) pedindo que seja estabelecido um teto para aumento nos valores.
CONTRAPONTOS
AVIANCA
- Não quis se pronunciar sobre o tema.
AZUL
- As passagens podem ter o preço mais elevado em razão da alta procura dos destinos participantes do evento, informou a empresa.
GOL
- Em períodos de grandes eventos, como a possibilidade de voos extras é finita, a procura é maior e, eventualmente, os bilhetes restantes são os de maior valor.
TAM
- Durante a Copa, a TAM não terá tarifas em patamares superiores aos de outros períodos que concentram alta demanda. O valor da passagem varia de acordo com a demanda de cada perfil e com a oferta de assentos disponíveis no período para as rotas específicas, informou a empresa.

Embratur pede ao Cade ação contra aéreas

A disparada no valor das passagens aéreas para o período da Copa do Mundo levou a Embratur a enviar um ofício ontem ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), vinculado ao Ministério da Justiça, pedindo providências. Conforme a Embratur, a alta dos preços deixarão como legado "a imagem do Brasil como um destino turístico caro e que aceita passivamente a superexploração dos turistas".
A entidade informou que pedirá abertura de procedimento administrativo por entender que houve infração ao artigo 36 da Lei de Defesa Econômica, que considera infração "aumentar arbitrariamente os lucros" e "exercer de forma abusiva posição dominante". O Cade, no entanto, não estabeleceu prazos para conclusão da análise. Especialistas divergem quanto aos efeitos práticos de uma possível interferência governamental.
– Todo o aumento abrupto no preço das passagens, quando ocorre sem que tenha havido reajuste em combustíveis, pode ser considerado aumento na margem de lucro. Os turistas ficam sem opção e vão acabar obrigados a pagar mais para se deslocar pelo Brasil – afirma o especialista em setor aéreo Renier Rocha da Silva, diretor da consultoria Airpry.
Silva avalia que a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) tem poderes para interferir em cenários que podem prejudicar o consumidor, pois tem atribuição legal de monitorar a competição do setor. Procurada por ZH, a Anac não se manifestou.
Carlos Ari Sundfeld, presidente da Sociedade Brasileira de Direito Público, avalia que a decisão da Embratur de encaminhar o ofício ao Cade tem mais força política do que prática. Para o especialista, dificilmente o órgão emitirá alguma medida preventiva para propor um teto para os preços ou aplicará multas às empresas aéreas, já que isso significaria implantar um tabelamento no mercado.
– A postura das empresas aéreas de aumentar o preço durante a Copa é normal do ponto de vista da concorrência econômica. A lei coíbe aumentos injustificados, o que não é o caso, pois temos uma Copa do Mundo aí. O aumento deve ser avaliado dentro do contexto em que acontece – argumenta.

Projeto de e-mail nacional avança e terá duas versões

Serviço criado para driblar espionagem estrangeira teria módulo para governo e para cidadão comum

O projeto do governo para criação de um serviço de e-mail brasileiro foi desmembrado em duas versões: uma para atender ao governo e outra para a população. O plano é criar alternativas para o Outlook e o Hotmail, da Microsoft, e o Gmail, da Google.
Oproduto mais elaborado, com foco na administração pública, está em fase de testes e deve ficar pronto em novembro. Trata-se da evolução do Expresso, programa já utilizado por alguns órgãos públicos e oferecido a empresas privadas que queiram comprar essa tecnologia. Esse "e-mail popular" está ainda em fase de formatação pelo Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) e pelos Correios e só deve ficar pronto em fevereiro de 2014. Até lá, os dois órgãos vêm realizando encontros para discutir o modelo que será adotado e as ferramentas que estarão incluídas no programa.
No momento, a discussão gira em torno das ferramentas que serão mantidas e as que serão retiradas para se chegar ao modelo popular. A criptografia e a certificação digital, por exemplo, são opções que podem ficar de fora. Por meio da criptografia, os textos são codificados durante o envio do e-mail. Assim, se houver a interceptação da mensagem, ela ficará incompreensível, dificultando a espionagem. Já no sistema de certificação digital, o usuário precisa utilizar uma espécie de pendrive para ter acesso ao e-mail. Desta forma, a autoria das mensagens fica comprovada, já que o dono da conta é o único que terá acesso à senha e à chave de certificação digital.
Segundo o Ministério das Comunicações, mesmo sem as duas ferramentas, o e-mail nacional ainda se manterá atrativo uma vez que a cláusula contratual não irá prever que o sigilo das informações possa ser quebrado, caso o administrador julgue necessário. Nos programas de e-mails estrangeiros, o contrato com os usuários deixa claro que, em casos específicos, considerados necessários e em que a empresa julgar ser de boa-fé, o conteúdo do usuário pode ser acessado ou divulgado sem limitações.
O armazenamento de dados será feito no Brasil, o que dificultaria espionagem por outros países.


BLOG AVIAÇÃO EM FLORIPA

EXPOAER 2013: Northrop F-5EM Tiger II - FAB 4858

ImagemComo faz anualmente, o 1º Esquadrão do 14º Grupo de Aviação, sediado na Base Aérea de Canoas (BACO), disponibilizou uma de suas aeronaves para exposição estática com os diversos tipos de armamentos e equipamentos utilizados pelos F-5EM/FM Tiger II da Unidade no hangar do 5º Esquadrão de Transporte Aéreo. A escolha do local é estratégica, pois é passagem obrigatória para grande parte do público que visita a Expoaer.

Este ano o Esquadrão Pampa utilizou o F-5EM matriculado FAB 4858. Como parte dos armamentos empregados pela unidade aérea, a aeronave estava exposta com mísseis inertes (sem carga explosiva) de emprego ar-ar de curto alcance Mectron MAA-1 Piranha de fabricação nacional nas pontas das asas e Rafael Python 3 (sem as aletas dianteiras) e Rafael Derby (de médio alcance) respectivamente nos cabides externos esquerdo e direito sob as asas, ambos, de fabricação israelense. Ao lado deles, do lado interno, duas bombas incendiárias de fabricação nacional BINC-300. Em frente à aeronave estavam dispostos um casulo SECAPEM com sua característica cor vermelha, utilizado para transporte de alvo aéreo e um lançador múltiplo de foguetes e bombas de treinamento SUU-20 com capacidade para transportar quatro foguetes não guiados SBAT 70 de 70 mm e seis bombas de exercício BEX-11 de 11 kg cada. Podemos observar sobre as duas telas usadas para o treinamento de tiro aéreo diversas destas bombas. Na parte frontal da fuselagem do lado direito (visto de frente) fica alojado o canhão de 20 mm Pontiac M39A3 com cadência de tiro de 1.500 a 1.700 disparos por minuto. Originalmente o F-5 era equipado com dois destes canhões, entretanto com a modernização um deles foi retirado para ceder espaço a diversos tipos de equipamentos eletrônicos.

BLOG AVIAÇÃO EM FLORIPA

EXPOAER 2013 - Base Aérea de Canoas

ImagemA Base Aérea de Canoas (BACO) localizada na região metropolitana de Porto Alegre (RS) realizou no último sábado (12/10) o seu tradicional evento de Portões Abertos. A Expoaer, como é chamada, ocorre uma vez por ano, sempre no feriado de Nossa Senhora Aparecida e é uma das principais atrações do município de Canoas, tanto é que faz parte do calendário oficial de eventos turísticos da cidade.

Alinhando-se ao apelo cultural e turístico, a Expoaer proporciona à Base Aérea de Canoas uma importante visibilidade de suas atividades para as pessoas que a visitam, sendo uma oportunidade ímpar para se conhecer alguns dos equipamentos e aeronaves operadas pela Força Aérea Brasileira (FAB) e o trabalho realizado pelos militares que compõem as diversas unidades ali sediadas, na salvaguarda da nossa soberania.

Comparada com outras edições, a Expoaer 2013 não teve o mesmo brilho. Alguns fatores contribuíram para isso, entre eles, os principais que podemos elencar, a previsão meteorológica adversa para o dia do evento, com expectativa de chuva. O planejamento para um evento deste porte é feito com bastante antecedência e requer uma série de detalhes que devem ser levados em consideração, entre eles, a meteorologia. Dessa forma vários aeroclubes e esquadrões da Força Aérea Brasileira cancelaram sua participação. Outro fator foi a ausência do Esquadrão de Demonstração Aérea (EDA), popularmente conhecido como Esquadrilha da Fumaça, que sempre atrai um grande público para a Expoaer, mas que encontra-se em fase de recebimento das novas aeronaves e treinamento dos pilotos, devendo retomar suas apresentações somente no próximo ano. Mesmo assim, uma das novas aeronaves A-29 Super Tucano já com a pintura da Unidade esteve presente em exposição estática durante todo o dia. Ainda podemos citar a não realização dos sobrevoos e passagens constantes das aeronaves Northrop F-5EM/FM Tiger II do 1º Esquadrão do 14º Grupo de Aviação, sediado na Base. Este ano as aeronaves do Esquadrão Pampa estavam operando deslocadas na Base Aérea de Santa Maria (BASM) e as condições meteorológicas adversas no interior do estado, onde fica localizada a Base, impediram a decolagem e o sobrevoo das aeronaves em Canoas.

Estiveram presentes este ano em Canoas, um T-27 Tucano da Academia da Força Aérea (Pirassununga/SP), dois A-29 Super Tucano, sendo um do EDA (Pirassununga/SP) e o outro do Esquadrão Grifo (Porto Velho/RO), um P-95B Bandeirante Patrulha (Florianópolis/SC), um C-97 Brasília (Galeão/RJ), um Mirage 2000B (Anápolis/GO), um A-1A (Santa Maria/RS), um C-99 (Galeão/RJ), um C-105 Amazonas (Campo Grande/MS), um H-60L Black Hawk (Santa Maria/RS), além dos anfitriões C-97 Brasília e C-98A Grand Caravan, pertencentes ao 5º Esquadrão de Transporte Aéreo, sediado em Canoas. Já o Esquadrão Pampa, também sediado na Base, disponibilizou duas aeronaves para o público, uma exposta com armamentos e outra sob os hangaretes, esta última, servindo de pano de fundo para quem quisesse tirar uma foto equipado com o traje completo de voo de piloto da Força Aérea Brasileira. O setor civil foi representado por uma aeronave Seneca do Aeroclube de Eldorado do Sul e por um bimotor King Air e um helicóptero Esquilo da UniAir (empresa de transporte aeromédico da Unimed/RS). Completando o quadro de aeronaves, um helicóptero Esquilo da Polícia Civil do Rio Grande do Sul.

Engana-se porém quem acha que a Expoaer é feita só de aeronaves. Muitas outras atrações foram programadas e estavam à disposição do público, entre elas, mais uma edição do Hangar da Leitura (com contação de histórias, apresentações de dança e teatro e distribuição de livros), sorteio de voos panorâmicos, diversos brinquedos infláveis para as crianças, apresentação da banda de música da Base, além de ampla praça de alimentação.

É verdade que a previsão meteorológica felizmente não se confirmou, mas também não tivemos em praticamente nenhum momento a presença de Sol. O que se viu foi um dia com tempo encoberto, prejudicando bastante a captação e a qualidade final das imagens. Além deste artigo com as impressões gerais da Expoaer 2013, publicaremos também matérias especiais com fotos e informações específicas sobre algumas das aeronaves presentes em Canoas.

Por fim, O blog Aviação em Floripa gostaria de parabenizar a Base Aérea de Canoas e a Comissão Organizadora da EXPOAER pela realização do evento, proporcionando ao público presente a oportunidade de passar um dia agradável na BACO e de conhecer um pouco melhor o trabalho realizado pela Força Aérea Brasileira. Em especial, gostaríamos de agradecer ao Cel.-Av. R1 Antônio Ricieri Biasus, que com sua paciência e dedicação, nos conduziu a locais diferenciados para a realização das fotos.

CRUZEIRO DO SUL (SP)

SAC licita obras de 50 aeroportos regionais até dezembro

O governo espera concluir até dezembro as licitações para reformar 50 aeroportos que integram o Plano de Aviação Regional. A expectativa de prazo foi divulgada nesta terça-feira (15) pela Secretaria de Aviação Civil (SAC). Anunciado em 2012, o plano quer incentivar o tráfego aéreo no interior do País, com a modernização de terminais aeroportuários em cidades com rotas comerciais viáveis. A previsão é investir R$ 7,3 bilhões em 270 aeroportos.
"Começamos a licitar a partir da segunda quinzena de novembro, e vamos concluir toda a licitação dos 50 primeiros terminais até dezembro", afirmou Mário Rodrigues Júnior, assessor especial do ministro Moreira Franco e responsável pela execução do programa. Segundo a SAC, as obras devem começar em fevereiro de 2014 e a conclusão varia conforme o aeroporto. Os demais 220 aeródromos ou terminais devem ter as licitações publicadas em até três meses após o primeiro lote, com prazo final em março de 2014.
Segundo Júnior, o principal critério para definir os aeroportos foi a existência de pistas asfaltadas. "Os 50 primeiros aeródromos dependem exclusivamente de terminais de passageiros (salas de espera, áreas de inspeção de segurança, banheiros, lanchonetes etc) para que possam operar plenamente, por isso foram priorizados."
Outro fator, segundo ele, é o potencial interesse das empresas aéreas. "São terminais com potencial de ter voos e empresas interessadas em operar. Espero que os 270 tenham, mas nesses 50 existe um estudo dessa demanda", afirmou. A operação de voos comerciais nos aeroportos regionais, entretanto, só será discutida após a conclusão das obras, conforme a secretaria.
Os contratos serão executados pelo Banco do Brasil e as licitações feitas pelo Regime Diferenciado de Contratação, que prevê a contratação com preço fechado para as obras. Os aeroportos da primeira fase se concentram no Norte (17), Região que recebeu prioridade pela carência desse modal de transporte. Também foram contemplados 12 terminais no Sudeste, 10 no Nordeste, 6 no Sul e 5 no Centro-Oeste. (AE)

PORTAL A CRÍTICA (MS)

  

Banda da Base Aérea fará concerto gratuito em Semana da Asa
 

Imagem
Em comemorações da Semana da ASA 2013, Força Aérea Brasileira em Campo Grande irá promover show em concerto gratuito, que presenteará a Capital com apresentação musical de Jazz, temas de filmes, música clássica, MPB, Rock e Samba. Esses serão alguns dos estilos musicais que serão apresentados pela Banda da Base Aérea de Campo Grande no concerto, que acontecerá no dia 16 de outubro, no Teatro Rubens Gil de Camilo.

Além das músicas instrumentais, seis cantores se apresentam no concerto, interpretando estilos diversos. Os cantores convidados são: Carlos Alberto Rocha, Priscila Nogueira, Bárbara Zão, Nice Calheiros, Lucas Cruz e Melissa de Azevedo. Veja repertório listado abaixo.

Durante as apresentações o público poderá acompanhar em telões imagens que remetem as músicas executadas.

O evento, que faz parte das comemorações da Semana da ASA 2013, começa às 19 horas e tem entrada gratuita. A orquestra conta com 61 integrantes, entre músicos da Força Aérea e convidados das bandas do Exército, Corpo de Bombeiros, Polícia Militar e Universidade Federal de Mato Grosso do Sul.

DIÁRIO DO GRANDE ABC

Delegação russa chega ao Brasil para negociar caças


Uma delegação de ministros e técnicos da Rússia desembarcou ontem (14) no Brasil para negociar o contrato de compra pelo Exército dos sistemas de defesa antiaérea Pantsir S1 e Igla 9K38, de porte individual - negócio avaliado em mais de US$ 1 bilhão. De quebra, o grupo quer apresentar uma proposta para a venda de 36 caças supersônicos Sukhoi-35, os mais avançados do arsenal russo.

A oferta seria feita por fora da escolha F-X2, aberta em 2006 pelo Ministério da Defesa para reequipar a Força Aérea Brasileira (FAB) e ainda sem definição de escolha. As empresas finalistas no processo são três - uma dos Estados Unidos, uma da França e outra da Suécia.

A ofensiva russa terá um diferencial em relação aos concorrentes: ela inclui a possibilidade de fabricação inteiramente no território nacional, em sistema de coprodução - primeiro os Su-35 e depois a futura geração de caças furtivos, os Pakfa/T-50, quinta geração de aviões militares da companhia Sukhoi. O problema é que a inclusão dos russos no procedimento só seria possível com o cancelamento da F-X2 e a abertura de uma F-X3, acarretando enorme desgaste diplomático e de credibilidade para o País.

A informação foi obtida pelo Estado de uma fonte diplomática brasileira envolvida nas negociações, reveladas também por reportagens da agência de notícias Ria-Novosti e pelo jornal Kommersant, ambos da Rússia.

Até aqui, a escolha F-X2 era disputada por três concorrentes: Rafale, da francesa Dassault, F-18 Super Hornet, da americana Boeing, e Gripen NG, da sueca Saab.
Decisão demorada. Em 2008, o Ministério da Defesa afastou três outros concorrentes: F-16 Falcon, da americana Lockheed-Martin, o Eurofighter Typhoon, do consórcio Eurofighter, e o Su-35 Super Flanker, da russa Sukhoi.

Com a demora na decisão brasileira, os russos voltaram à ofensiva e decidiram oferecer o caça ao Brasil em novas condições. A delegação, comandada pelo ministro da Defesa, Sergei Choigou, e por seu adjunto, Anatoli Antonov, chegou ontem (14) a Brasília e permanece até o dia 17 na América Latina, passando também pelo Peru, que está comprando de Moscou tanques pesados, blindados e helicópteros.
Enquanto estiver no País, a delegação russa terá encontros com o ministro da Defesa, Celso Amorim, e com o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, general José Carlos de Nardi. O grupo quer também um encontro direto com a presidente Dilma Rousseff.

A oferta russa inclui a venda dos Su-35 Brasil e a criação de uma joint venture russo-brasileira, para a construção em território nacional da nova geração de caças Sukhoi, o T-50. O projeto já é alvo de uma parceria com a Índia.

De acordo com a agência de nóticias russa Ria-Novosti, um membro da delegação destacou que "quando das negociações no Brasil, nós estaremos prontos a oferecer não só a compra dos modernos Su-35, construídos pela Sukhoi, mas também a construção em conjunto dos caças ultrassofisticados T-50". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

PORTAL JANE"S DEFENSE

Russia to offer fighter sales and development to Brazil

Russia is to offer Brazil joint development of the Sukhoi T-50 (PAK-FA) fifth-generation fighter in a bid to secure an order for its Su-35S “Flanker-E” combat aircraft, Russian media disclosed on 14 October.
A military delegation is expected to make the offer when it visits the South American country in the coming days, according to RIA Novosti .
"During the talks in Brazil, we are ready to offer deliveries of ready-for-sale advanced aircraft like the Su-35, but also joint development of a next-generation [combat] aircraft of the T-50 type," the publication quoted a delegation source as saying.

The Brazilian Air Force”s (Força Aérea Brasileira - FAB) is in the middle of its F-X2 fighter competition to find a replacement for its ageing Dassault Mirage 2000 aircraft. Along with the Eurofighter Typhoon and Lockheed Martin F-16 Fighting Falcon, the Sukhoi Su-35 has already been axed from the proceedings, leaving the Saab JAS 39 Gripen E, Dassault Rafale, and Boeing FA-18E/F Super Hornet to battle it out for the 36-jet tender.

Although the Brazilian government has delayed its announcement of a winning platform until after the 2014 general election, it has made it clear that it will not be reopening the competition to admit new offerings. As such, any Russian bid would need to be outside the scope of the F-X2 programme.

Brazil”s National Defence Strategy (NDS) approved in 2008 is inextricably tied to the National Strategy of Development (NSD), and development of the country”s indigenous aerospace industry is as important to the government as fielding a new fighter aircraft. "If we want to have a strong defence strategy, it has to be with a strong development strategy to strengthen our defence industrial base. The focus is national technological independence," General Aprígio Eduardo de Moura Azevedo, FAB Chief of Staff, said during the IQPC International Fighter conference in late 2012.

While the Su-35S is a highly capable 4+ Generation platform that employs fifth-generation systems such as the NIIP Irbis-E passive electronically scanned array (PESA) radar, any Brazilian interest in the Russian proposals will likely hinge on the co-development work being offered on the PAK-FA.

India is already onboard with the Russian programme, which it designates the Fifth-Generation Fighter Aircraft (FGFA), or Future Prospective Fighter (FPF), and with the project in its prototype stage, there is still plenty of scope for Russia to offer development opportunities to Brazil.

OBSERVATÓRIO DA IMPRENSA

Cuidado, drones podem estar de olho em você

Rodney Brossart, dono de uma fazenda de 1.214 hectares em Dakota do Norte, é um definidor de tendências improvável. Em 2011, seis vacas de uma propriedade vizinha entraram em sua fazenda. Quando ele se recusou a devolver as vacas e impediu a entrada da lei em suas terras, a polícia solicitou um Predator (um veículo aéreo não tripulado) de uma base local da Força Aérea americana, que voou sobre sua fazenda para descobrir se Brossart estava armado.
No mês que vem, o fazendeiro será julgado por acusações de roubo, depois que uma corte rejeitou sua alegação de que ele foi submetido a uma “busca sem mandado”. Mas ele já fez história como o primeiro cidadão a ser preso em solo americano com a ajuda de um drone – como são chamados no setor os sistemas aéreos não tripulados.
Armados com mísseis Hellfire, os drones se tornaram o símbolo da guerra global dos Estados Unidos contra o terrorismo. Operar um drone no país exige uma licença especial cuja concessão é criteriosa. Porém, o Congresso decidiu que, a partir de 2015, os drones deverão ter acesso ao espaço aéreo doméstico. Para seus defensores, isso equivale à criação do automóvel ou da internet – uma tecnologia poderosa capaz de transformar dezenas de setores da economia e mudar a ideia de distância.
Eles veem os drones, com um valor de mercado potencial de US$ 12 bilhões até 2023, como a chegada da era da robótica. “É como o lançamento do computador na década de 80, está no mesmo patamar”, afirma Peter Singer, um acadêmico da Brookings Institution. “Ele apresenta muitos usos e aplicações diferentes, mas também levanta questões complexas.”
Para os críticos, o advento dos drones domésticos traz a ameaça de um novo tipo de vigilância – uma versão exagerada da espionagem conduzida pela tecnologia, dramatizada recentemente pelas revelações de Edward Snowden sobre a Agência Nacional de Segurança (NSA, na sigla em inglês). “A maior das ameaças à privacidade dos americanos é o drone, seu uso e as poucas regulamentações que existem hoje”, diz Dianne Feinstein, uma importante senadora pelo Partido Democrata.
Lembrete visceral
Os drones apresentam as mais diversas formas e tamanhos. Os Predators e os Global Hawks, operados pelos militares, são quase tão grandes quanto um caça. Por outro lado, o Nano Hummingbird da Aerovironment tem uma envergadura de 16 centímetros. A Harvard University está desenvolvendo um robô voador do tamanho de um inseto chamado Robobee.
Chris Anderson, ex-editor da revista “Wired” e que hoje comanda a 3D Robotics, uma companhia que fabrica pequenos drones, diz que o setor de certa forma é “um subproduto da revolução do smartphone”, que criou novas câmeras, sensores e dispositivos de localização que são ao mesmo tempo pequenos e baratos. “Os militares inventaram a internet, mas as pessoas a colonizaram”, diz ele. “Queremos desmilitarizar e democratizar os drones.”
Agências de aplicação da lei estão vendo os drones como uma alternativa muito mais barata aos helicópteros que elas usam em algumas operações. A polícia de Boston disse que gostaria de usar um drone para monitorar a rota da maratona da cidade depois que duas bombas explodiram na reta final da competição este ano.
Don Roby, um capitão da polícia de Baltimore e um dos maiores defensores dos drones, diz que a tecnologia poderia ser eficiente em operações de busca e resgate, para mapear cenários de crimes ou monitorar acidentes de trânsito. “Imagine que haja uma criança desaparecida em uma área pequena e confinada – esse é o tipo de coisa em que poderíamos usá-los”, diz ele. “Comparado aos helicópteros, estamos falando de centavos de dólar para operar.”
Entre as possíveis aplicações comerciais, a indústria do transporte de cargas é um dos candidatos óbvios. Nos últimos 18 meses, os fuzileiros navais americanos vêm usando um helicóptero não tripulado chamado K-Max para transportar cargas de até 2,7 mil quilos pelo Afeganistão, que despertou a atenção de empresas de logística como a FedEx e a UPS.
A Matternet, uma companhia iniciante, quer usar os drones para entregar medicamentos e outros bens essenciais em locais com infraestrutura rodoviária ruim. Os drones podem ser usados para detectar plantações ilegais de maconha, mas também poderiam dar um jeito na larica: entre os planos de negócios já propostos, está o de minidrones para entrega de burritos e tacos para estudantes.
Mas antes dessas ideias ganharem força, intensas preocupações políticas são despertadas com o impacto dos drones sobre a privacidade e o obstáculo previsto na Quarta Emenda da constituição americana, sobre “buscas e apreensões desmedidas”. Após as revelações de Snowden, aumentaram as preocupações com os riscos à privacidade representados pela vigilância do Estado.
Os drones domésticos levantam muitas dúvidas sobre quando e onde o Estado pode monitorar as pessoas e como as informações são usadas. “Os drones aglutinam vários tipos de medos quanto a mudanças tecnológicas reais”, diz Daniel Rothenberg, especialista em direitos humanos da Arizona State University. “Não aconteceu até agora, mas há potencial para intrusões profundas, escandalosas”.
Os partidários dos drones dizem que houve o mesmo tipo de preocupação quando helicópteros e aviões pequenos foram usados pela primeira vez em áreas urbanas e que os abusos temidos por defensores da privacidade nunca se materializaram. Muitos Estados já têm leis contra assédio que poderiam ser aplicadas aos drones.
Executivos do setor dizem acreditar que os drones ganham mais visibilidade entre muitas formas de vigilância. “Nesta manhã, passei por 32 semáforos e 19 bancos, cada um provavelmente com uma câmera. Tenho GPS em meu carro e Bluetooth em meu telefone”, diz Michael Toscano, presidente da AUVSI, o grupo lobista das empresas de drones. “Não é preciso um drone para rastrear meu paradeiro”.
Alguns dos avanços tecnológicos em torno aos drones tornam as preocupações mais prementes. A Boeing desenvolve um drone, alimentado por painéis solares, que a empresa espera ter capacidade para ficar no ar por cinco anos. A BAE Systems desenvolveu um avião que opera com câmera de 1,8 bilhão de megapixels e pode filmar uma cidade média. A 5,3 mil metros de altitude, poderá detectar um objeto de 15 centímetros de largura.
Essas tecnologias ainda estão em fase experimental, mas demonstram o potencial para que os drones façam da vigilância permanente uma realidade. “Os drones são um lembrete muito mais visceral da situação de vigilância do que qualquer coisa que a NSA esteja fazendo”, diz Ruan Calo, especialista jurídico em questões de privacidade na University of Washington.
Danos e doenças
Os dois lados do debate sobre os drones e a privacidade esperam que uma enxurrada de casos chegue à Corte Suprema nos próximos anos. Em geral, a corte vem julgando que a política de vigilância pelo ar não infringe a expectativa razoável de privacidade do cidadão. Em 2001, no entanto, a corte determinou que a polícia não podia usar equipamentos de imagens por calor em aviões pequenos para monitorar uma casa sob suspeita de plantio de maconha. Em 2012, a corte determinou que a polícia havia se excedido ao colocar um GPS no carro de um suspeito.
Para os defensores da privacidade, uma das questões mais complicadas seria o uso de drones por empresas privadas que vendem dados. Mesmo se regras rigorosas fossem aprovadas para reger as forças da lei, essas normas não se aplicariam a empresas que não estão sujeitas à Quarta Emenda.
Da mesma forma que o Google sabe mais sobre mais pessoas do que a NSA poderia sonhar, operadoras de drones privados poderiam monitorar e coletar informações de maneiras que o Estado não teria permissão. Os clientes desses dados poderiam ser agências do governo, mas também detetives particulares ou jornais sensacionalistas. “Qualquer restrição sobre a vigilância pelo governo não valerá nada se o governo simplesmente puder comprar a mesma informação de um grupo privado”, diz Catherine Crump, advogada da American Civil Liberties Union (Aclu), que já trabalhou na defesa do direito de que cidadãos tirem fotos em lugares públicos.
Já há debates consideráveis na esfera estadual sobre os drones. Mesmo antes do vazamento de informações por Snowden, 42 Estados haviam estudado leis sobre os drones e o interesse sobre o assunto deverá crescer. A polícia de Seattle desistiu de planos para usar dois drones em missões de busca e resgate após a oposição pública.
Da mesma forma que no debate sobre a NSA, a oposição a drones vem unindo estranhos companheiros, desde a direita libertária até a esquerda favorável às liberdades civis – um novo segmento político que une críticos ao “establishment”. A lei antidrone mais estrita foi aprovada na Virgínia, que instituiu uma moratória de dois anos em qualquer uso de seu espaço aéreo. O autor foi Todd Gilbert, um republicano conservador, acusado pela Aclu de intolerância contra os homossexuais. Quando chegou a hora de votar o projeto de lei antidrone, no entanto, Gilbert e a Aclu de Virgínia trabalharam juntos.
Tendo em vista o emaranhado de questões jurídicas diante das empresas de drones, alguns executivos dizem que, por agora, a maior demanda pelos aparelhos virá da agricultura. À medida que as fazendas ficam maiores, os drones poderiam monitorar as colheitas em busca de doenças ou danos, permitindo aos agricultores serem mais seletivos no uso de pesticidas e na irrigação. Pesquisadores desenvolvem sensores para identificar doenças em vinhas antes de atingirem as frutas. As fábricas de drones preveem que os agricultores responderão por 80% das vendas nos EUA dentro de dez anos.
“Quem iria reclamar de agricultores sobrevoando seus próprios campos?”, pergunta Steven Gitlin, executivo da Aerovironment, cujos pequenos drones que podem ser usados na agricultura.



Leia também:










Receba as Últimas Notícias por e-mail, RSS,
Twitter ou Facebook


Entre aqui o seu endereço de e-mail:

___

Assine o RSS feed

Siga-nos no e

Dúvidas? Clique aqui




◄ Compartilhe esta notícia!

Bookmark and Share






Publicidade






Recently Added

Recently Commented