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NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 13/10/2013

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Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.



Cerimônia abre Comissão da Verdade

ImagemSão José dos Campos

A Comissão da Verdade da Câmara de São José dos Campos foi instaurada ontem à noite, em cerimônia com a presença de ex-presos políticos do regime militar.

A comissão pretende apurar casos de violações de direitos humanos ocorridas na cidade durante a ditadura (1964-1985), como perseguições, torturas e desaparecimentos forçados.

No próximo dia 16, às 14h, estão previstos para acontecer depoimentos de familiares de pessoas que lutaram contra o golpe em 1964 --abrindo os trabalhos da comissão.

Na lista de convidados estão parentes dos ex-sindicalistas José Maria e Lauro Pinto, do ex-vereador de São José Osvaldo Martins Toledo e a viúva do também ex-vereador Argemiro Parisoto.

"Vamos convidar os familiares dessas pessoas que lutaram e tiveram papel fundamental na resistência contra o golpe de 1964. Isso não quer dizer que a presença delas é garantida, mas nós já enviamos os convites", afirmou a vereadora Amélia Naomi (PT), autora do projeto de lei que criou a Comissão da Verdade.

Continuação.

Ao todo, estão previstas oito audiências públicas na cidade e que devem coletar depoimentos de ex-professores do ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica) e ex-funcionários do DCTA (Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial).

A comissão também pretende ouvir pessoas que integraram o movimento estudantil, ex-alunos da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Fundação Valeparaibana de Ensino e trabalhadores demitidos na época da ditadura militar.

Homenagem.

A comissão leva o nome do ex-reitor do ITA Michal Gartenkraut, morto em julho deste ano.

"Ele perdeu o cargo após entregar diplomas para ex-alunos perseguidos na ditadura", afirmou Amélia.

A crise do Inpe é retrato do abandono da ciência no Brasil

Prevaleceu o bom senso na trégua da crise do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), que perderia imediatamente 71 de seus 168 servidores que atuam no Cptec (Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos).

Fica estabelecida a boa-vontade entre a direção do Inpe e o Ministério Público Federal na busca de um desfecho tranquila, sem prejuízos, nem para os servidores e nem para a sociedade, que não ficará desatendida de serviços de extrema importância. A previsão do tempo e do clima impacta diretamente a navegação marítima e aérea, a agricultura e o sistema de monitoramento e alerta de desastres naturais, cuja importância aumenta ainda mais no verão, época de chuvas torrenciais e com forte potencial de danos ao patrimônio e à vida.

Esta crise expõe as dificuldades, não só do Inpe, mas também de outros institutos públicos de pesquisa.

As atividades desenvolvidas nestas instituições são costumeiramente alvo de bonitos discursos, inclusive de presidentes, que as citam como estratégicas para o desenvolvimento econômico e social do Brasil. Entretanto, o discurso não se faz acompanhar do correspondente apoio.

Os institutos públicos de pesquisa do Brasil perderam a metade de sua força de trabalho nos últimos 25 anos, até 2020 terão perdido 75% em relação a 1990. A perda se deve, principalmente, pela alta faixa etária dos servidores aliada à ausência de políticas de manutenção da força de trabalho, principalmente por conta dos pedidos de aposentadoria.
Institutos que fazem pesquisa e produção de importantes medicamentos no diagnóstico e tratamento do câncer, que apoiam a operação das usinas atômicas e regulamentam e fiscalização e a exposição radiológica em todo o país perderam a metade do efetivo de trabalhadores nas duas últimas duas décadas e 38% dos profissionais ativos recebem abono permanência por já terem cumprido as condições para aposentadoria; este índice subirá para 66% até 2020.

A crescente demanda por vigilância das fronteiras com o iminente aumento das águas territoriais nacionais para o limite de 200 milhas marítimas, por causa das descobertas e da exploração do pré-sal, encontram a crise no desenvolvimento de lançadores e de satélites. O Programa Espacial Brasileiro encolheu. O DCTA (Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial) terá apenas 890 servidores em 2020, a metade do quadro de 1.709 servidores em 2012 ou um quarto dos 3.409 em 1987.

O Inpe precisaria ter o dobro de seus atuais 1.041 servidores para bem cumprir sua missão institucional, segundo o relatório do Tribunal de Contas da União que deflagrou a crise em tela. Conclusão: os institutos públicos de pesquisa brasileiros estão sendo jogados na lata de lixo, numa afronta à soberania nacional, para alegria dos países que detêm conhecimento tecnológico em várias áreas imprescindíveis para o desenvolvimento da nação, que assim poderão decidir o que vender ou não, quando e por quanto quiserem, aliás, como já o fazem.
Ivanil Elisiário Barbosa - Presidente do Sindct de S. José


Entre ceder e conceder

Janio de Freitas
Colunista

Por falta de batalha não será, mas pode ser por falta de firmeza para a palavra decisiva. Por que tal falta, não está claro. O fato é que os leilões para concessão dos aeroportos do Galeão e de Confins (região metropolitana de Belo Horizonte), a julgar pela preocupação do próprio grupo central do governo, estão em risco iminente de juntar-se à história moral das privatizações das teles e da Vale no governo Fernando Henrique.
Embora, fique ressalvado desde logo, essa integração se desse com inversão dos papéis representados nas privatizações anteriores e nas previstas para o próximo 22 de novembro. Ou seja, naquelas foi o núcleo poderoso do governo a entortar as concorrências e dirigi-las previamente para determinados resultados. Agora, o grupo central do governo pressente o dirigismo, faz investidas contra ele, mas só ganha batalhas, não a guerra.
Como de praxe nas licitações, as exigências a serem preenchidas pelos concorrentes são a chave. Tanto para a incomum preservação de condições limpas e igualitárias entre os pretendentes, como para selecionar os concorrentes pela eliminação antecipada de alguns, enfraquecimento mortal de outros e consagração do sobrevivente.
Aqui mesmo foi revelada, há tempos, a fraudulência de uma concorrência em que os pretendentes, para habilitar-se, precisavam comprovar a experiência de colocar 20.000 m² de piso de granito. Ora, quem sabe colocar 10m² sabe fazer o mesmo ao infinito. Mas a exigência tinha finalidade precisa: só a empreiteira Andrade Gutierrez podia comprovar a colocação da metragem pedida, que fez ao construir o aeroporto de Confins.
As grandes empreiteiras estão todas interessadas nas privatizações de agora. É apenas habitual, portanto, que já nos primeiros estudos aparecessem exigências exóticas. E se sucedessem, ou ressurgissem, à medida em que a Casa Civil da Presidência da República as derrubava. O que foi feito, parcialmente, também pelo Tribunal de Contas da União. Mas dois fatos esquisitos deram-se nos últimos dias.
Um deles, a viagem da relatora do assunto no TCU e o parecer do relator-substituto, em nova revisão das exigências, protegendo a adoção de cláusulas que a Casa Civil da Presidência considerara impeditivas de concorrência aberta, ampla e igualitária para todos os possíveis interessados. Além disso, a preocupação no governo continua se agravando. Ainda na sexta-feira, o jornalista Lauro Jardim informava pela internet que a ministra Gleisi Hoffmann, da Casa Civil, tivera mais uma dura reunião com Moreira Franco, da Secretaria da Aviação Civil, onde se prepara a concessão dos dois aeroportos. Aloizio Mercadante e Fernando Pimentel, que integram o núcleo da Presidência, são outros dois ministros inquietos com os rumos das concorrências.
Mas o ministério e a Presidência são as instâncias mais altas de responsabilidade sobre os aeroportos e sobre o processo de concessões. É seu o dever administrativo, jurídico e moral de dizer como deve ser o processo. Que poder impede a eliminação completa e definitiva dos indícios de restrições para dirigismo dos resultados, eis o que falta esclarecer.
O PMDB tem participação nisso, ao lado de grandes empreiteiras. Quem confundirá, ou não, ceder com conceder, será o governo. A história das privatizações aguarda.

Dilma decide aprender a pilotar e pede sugestões para comprar motocicleta

Aldo Cruz e Julianna Sofia

Após experimentar a sensação de andar de motocicleta, a presidente Dilma Rousseff resolveu que não basta estar na garupa. Agora, quer aprender a pilotar e até embala o desejo de comprar sua própria moto. Na mira, um modelo da famosa marca americana Harley-Davidson.
Tudo começou em 4 de agosto, quando, como a Folha revelou, Dilma deu uma volta de uma hora na garupa do secretário-executivo do Ministério da Previdência, Carlos Gabas. Assim que voltou do passeio, Dilma decretou: "Quero aprender a pilotar".
O pedido combina com o estilo dilmista, que em certas ocasiões mandou até o piloto do avião presidencial mudar planos de voo para evitar turbulências que a desagradam.
Em agosto, Gabas perguntou à presidente se ela tinha experiência no assunto. "Não, mas já andei muito de bicicleta, sou boa de equilíbrio", ela respondeu. O assessor foi encarregado então de ajudá-la a comprar a moto e conseguir a carteira de habilitação.
Gabas já fotografou a máquina que vai sugerir à presidente. Será uma Harley vermelha, modelo Iron, própria para usar na cidade. Pesa 260 kg, tem 883 cilindradas e velocidade final de 173 km/h. A R$ 30.900, está no extremo inferior da tabela das Harley.
Não há limitações pessoais para cada modelo, mas na concessionária brasiliense da marca a Iron não é recomendada para o biótipo de Dilma.
Sem saber de quem se tratava a potencial cliente, a consultora de vendas ouvida pela reportagem sugeriu: "Mulher, não muito alta, deveria optar por um modelo mais baixo". Mas é possível fazer adaptações de altura para adequá-la à cliente.
Quando a presidente der o sinal verde, a intenção de Gabas é contratar um instrutor de autoescola para dar aulas a Dilma no Palácio do Alvorada. O Detran poderá organizar uma banca especial para submetê-la à prova.
Dilma animou-se com a brincadeira. Em 27 de setembro, ao fim de uma cerimônia no Palácio do Planalto, chamou Gabas e perguntou: "Meu amigo da motocicleta, quando vamos repetir o passeio?"
"Quando a senhora mandar", respondeu o assessor. Os dois não voltaram a falar desse assunto desde então.
Resistente inicialmente diante do assédio da imprensa por causa do passeio de agosto, Dilma tem sido convencida por assessores de que esse noticiário acabou sendo favorável à sua imagem.
Ela afirmou a auxiliares que a escapadela de agosto lhe deu uma "sensação de liberdade enorme". Como diz o ministro das Minas e Energia, Edison Lobão, a liturgia do cargo acaba limitando muito a vida da presidente.
No passeio, Dilma usou fones no capacete para ouvir música ao gosto de Gabas: o rock pesado do AC/DC e do Black Sabbath aliado ao pop-rock do U2 e de Coldplay.
A segurança teve de correr atrás, mas a petista não se descuidou: usou cotoveleira, joelheira e capacete. Experimentou primeiro um que ganhou de presente do campeão de Fórmula 1 Emerson Fittipaldi.
"Estou me sentindo sufocada", reclamou. Mudou para outro, aberto. "Mas com esse capacete vão me reconhecer", reclamou novamente. "Qual o problema? Podem até reconhecer, mas não vão acreditar", ouviu de Gabas.

Apesar da recuperação no Datafolha, Dilma não retomou seu espaço entre a classe alta

Andréia Sadi e Bruno Boghossian

“Faxina” virou pó Apesar da recuperação na pesquisa Datafolha, Dilma Rousseff não retomou todo seu espaço no eleitorado de renda mais alta, que era refratário a Lula, mas que a presidente tinha conquistado nos primeiros anos de mandato. Em março, Dilma chegou a ter 51% das intenções de voto entre eleitores com renda superior a cinco salários mínimos. Despencou para 21% em junho e pontuou 31% agora. A erosão dá respaldo ao conselho de Lula para que a sucessora foque no eleitorado mais pobre.

Inflação Aécio Neves (PSDB) passou de 15% nas duas faixas mais altas de renda, em março, para 26%. Eduardo Campos (PSB) subiu de 5% para 17%. Marina Silva, que aparecia com 19% nesses grupos, hoje tem 35%.

Foco Após analisar a pesquisa, o governo vai intensificar as viagens de Dilma ao Nordeste para evitar o avanço de Campos e consolidar a vantagem da presidente na região, tradicional reduto do PT.

Menina dos olhos
Uma das pontas de lança dessa operação será o Mais Médicos, concentrado em cidades do interior nordestino.

Hormônio O QG de Campos projetava na semana passada que o pernambucano só chegaria aos dois dígitos nas pesquisas em dezembro.

Que oposição? Eleitores críticos ao governo preferem Aécio a Campos, mas Marina é quem vai melhor nesse grupo. Entre quem julga Dilma ruim ou péssima, o tucano tem 33%, e o pessebista, 23%. Já Marina tem 43% desses votos, contra 27% de Aécio.

Fase de beijos Dilma tem melhor desempenho entre eleitores que não tomaram conhecimento sobre a aliança entre Marina e Campos. Ela tem 47% nesse grupo no cenário mais provável, contra 34% entre aqueles que se dizem "bem informados".

Marinou Já Campos tem seu melhor resultado no grupo de entrevistados bem informados sobre a coligação. Nesse extrato, ele empata tecnicamente com Aécio: vai a 24%, frente a 25% do mineiro.

Sem Lula Dilma voltou a crescer entre os eleitores que têm o PT como partido preferido. Depois de cair para 58% após os protestos, a presidente aparece com 71% no grupo.

Tela livre 1 Além de flexibilizar o entendimento sobre campanha antecipada na propaganda partidária, o vice-procurador-geral eleitoral, Eugênio Aragão, também acha que não cabe punição a políticos entrevistados em programas de TV, caso não peçam voto abertamente.

Tela livre 2 Pré-candidatos à Presidência fizeram périplo por programas populares nos últimos meses. Aécio foi alvo de representação de Sandra Cureau, antecessora de Aragão, por ter ido ao "Programa do Ratinho".

Alfarrábios Eduardo Campos anota todas as expressões de Marina que fogem ao seu "repertório", dizem aliados. Na última semana, tomou nota quando a ex-senadora falou que será necessário "metabolizar" a aliança e quando ela citou o psicanalista Jacques Lacan.

Voo... O PMDB na Câmara votou a favor da convocação do ministro da Aviação Civil na Comissão de Finanças e Tributação para explicar o leilão dos aeroportos.
... solo Há uma divisão no governo quanto a limitar a 15% a participação nos leilões de Galeão (RJ) e Confins (MG) de grupos que já possuem outras concessões.

Terminais A ala que é contra a barreira teme que concorrentes de peso sejam excluídos da disputa, com prejuízo para o governo. Franco defende o limite para evitar monopólio no setor.
TIROTEIO

"O problema da Marina com o agronegócio não é ideológico: é patológico. E Eduardo Campos parece que já foi contagiado."

DA SENADORA KÁTIA ABREU (PMDB-TO), presidente da CNA, sobre o veto de Marina Silva a Ronaldo Caiado (DEM-GO), que gerou protestos entre ruralistas.
CONTRAPONTO

Melhor idade

Miguel Arraes era governador de Pernambuco quando aceitou convite de Márcio França (PSB) para participar de um evento de sua campanha para prefeito de São Vicente, em 1996.

Conhecido por fumar cachimbo, o avô de Eduardo Campos, com quase 80 anos, acendeu um ao entrar no carro, com as janelas fechadas. O motorista começou a tossir, e Arraes perguntou ao correligionário:

-Você se importa se eu fumar aqui?

-Claro que não, doutor Arraes! -respondeu França.

-Que bom, porque estou velho demais para me preocupar com o que as pessoas gostam ou não...


Estação terá 19 laboratórios

Com área total em torno de 4.500 m² no edifício principal, além de 500 m² nas unidades isoladas, a nova estação antártica brasileira será organizada em três blocos interligados, com toda a estrutura necessária ao conforto dos 64 ocupantes que será capaz de abrigar simultaneamente. Isso inclui áreas de convívio com sala de vídeo/auditório, lan house e biblioteca. Mas o principal ganho em relação à estrutura anterior diz respeito aos laboratórios, cujo número subirá de cinco para 19.
Explica-se: a pesquisa científica é a principal razão para a presença do Brasil na Antártida, uma vez que garante ao País soberania para participar das decisões futuras sobre o continente detentor das maiores reservas mundiais de água, gelo, gás e quase 200 tipos de minérios.
O tempo de vida útil previsto para as novas instalações é de pelo menos 40 anos. Para isso, destaca o comandante Moura Neto, "o projeto buscou utilizar materiais com a máxima eficiência de manutenção e de operação, empregando, nas estruturas, um aço de alta resistência à corrosão".
A futura estação também incorpora conceitos inovadores de sustentabilidade. A matriz energética contempla o uso de energias a partir de fontes renováveis (fotovoltaica e eólica), a cogeração, que proporciona o aproveitamento de mais de 70% da energia térmica proveniente do combustível utilizado, e o gerenciamento inteligente dos sistemas. Para minimizar os impactos ambientais, a gestão de água e esgoto será feita por sistemas de reaproveitamento.
No que se refere à prevenção de incêndios, como o que destruiu 70% da estação antiga e matou um militar em 2011, "foram adotados os princípios básicos da setorização e do isolamento de riscos", diz o comandante da Marinha, Julio Soares de Moura Neto. A estação será equipada com barreiras corta-fogo, antecâmaras de emergência e paredes pré-fabricadas em concreto celular capazes de resistir às labaredas por seis horas.
OPERANTAR
Para assegurar a continuidade dos estudos enquanto a nova base é reconstruída, os cientistas dispõem de módulos provisórios e o apoio dos navios Almirante Maximiano e Ary Rongel. Ambos partiram no último dia 6 do porto do Rio de Janeiro com destino à Antártida, dando início à 32ª Operação Antártica, que ainda conta com 10 voos de aeronaves C-130 (Hércules) da Força Aérea Brasileira (FAB).
A atual edição da Operantar apoiará 24 projetos científicos, incluindo investigações sobre os impactos das mudanças climáticas na Antártida em âmbito global e estudos sobre a biodiversidade, oceanografia, geologia e glaciologia. A maioria com implicações diretas sobre a vida em todas as regiões do País. A operação envolve cerca de 300 pessoas, que, à luz da ciência, tratarão de marcar o território do Brasil no continente gelado.

Licitação para reconstruir base sai até fim do ano

ANTÁRTIDA
Projeto executivo que norteará obras foi entregue quinta. Pedra fundamental será lançada entre fevereiro e março
Mona Lisa Dourado
Um ano e oito meses depois do incêndio que destruiu a antiga Estação Antártica Comandante Ferraz (EACF), o Brasil se prepara para lançar "o gelo fundamental" da sua nova casa no continente branco entre fevereiro e março de 2014.
Vencedor do concurso promovido pela Marinha e o Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB) em maio, o escritório paranaense Estudio 41 entregou na última quinta-feira (10) o projeto executivo que norteará a obra, orçada em R$ 110 milhões. O valor é semelhante ao gasto pela Espanha na remodelação recente de sua base.
Entre outros elementos, o documento detalha pontos vulneráveis e de difícil execução. "Demos uma atenção especial para o detalhamento da envoltória e das esquadrias, que assegurem o isolamento adequado e o funcionamento eficiente dos mecanismos internos", diz um dos membros da equipe do Estúdio 41, João Gabriel Rosa.
O projeto executivo é a peça-chave para o lançamento do edital de licitação ainda este mês. Poderão se candidatar para assumir a reconstrução da EACF tanto empresas brasileiras, quanto estrangeiras, desde que associadas a companhias nacionais. Caso todo o processo ocorra dentro da normalidade, sem disputas judiciais, o resultado sairá já em dezembro. É para quando estão previstos os estudos geotécnicos do solo para o estabelecimento das fundações, de até 15 metros de profundidade.
Até o fim do verão antártico, em abril, a Marinha espera estar com o terreno literalmente preparado para erguer a futura estação na Baía do Almirantado, Ilha Rei George. "No inverno, temperaturas negativas e ventos acima dos 150 km/h impedem o trabalho na Antártida", diz o contra-almirante Marcos Silva Rodrigues, secretário da Comissão Interministerial para os Recursos do Mar (SeCirm). As obras serão retomadas a partir de novembro de 2014.
Enquanto isso, os módulos da nova estação serão construídos, montados e testados no Brasil, em um local ainda não determinado. Com todas as correções realizadas, serão desmontados para o transporte ao continente gelado. Finalmente, em março de 2015 a nova EACF deve estar de pé e pronta para ser inaugurada.
Segundo o comandante da Marinha, o almirante-de-esquadra Julio Soares de Moura Neto, o programa científico brasileiro será o principal contemplado com a nova estrutura. "Em decorrência do compromisso do País com a ciência, cabe destacar que o espaço destinado aos laboratórios foi o que apresentou a maior ampliação e melhorias qualitativas, além de estar prevista a adoção de tecnologias voltadas à minimização do impacto ao meio ambiente", disse, durante a cerimônia de entrega do projeto executivo da EACF.
"A ideia é aumentar a qualidade dos projetos", corrobora Jefferson Simões, diretor do Centro Polar e Climático da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e delegado brasileiro no Comitê Internacional de Pesquisa Antártica.


Avião aterrissa "de barriga" após falha no trem de pouso em Varginha, MG

Piloto e passageiro que estavam no monomotor não ficaram feridos. Pouso forçado aconteceu por volta das 10h deste sábado (12).

ImagemUm avião monomotor fez um pouso forçado logo após a decolagem no Aeroporto Brigadeiro Trompowsky, em Varginha (MG) por volta das 10h da manhã deste sábado (12). Segundo a Brigada de Bombeiros e Aeronáutica do aeroporto, além do piloto, apenas um passageiro estava na aeronave no momento da pane.
De acordo com a brigada, houve um problema no trem de pouso e por isso o avião aterrissou ‘de barriga’ em um trecho de pelo menos 200 metros. Ninguém ficou ferido. A brigada fez a retirada do avião da pista e o encaminhou à manutenção.
O responsável pela aeronave não quis ser identificado e negou o pouso forçado. Segundo ele, o monomotor teve um problema com o abastecimento de combustível. Ele também não disse para onde estava se dirigindo no momento em que aconteceu o acidente.
Ainda segundo a brigada, o pouso forçado não alterou os horários dos voos regulares de Varginha para Campinas (SP).


Alunos da Unesp Bauru participam de concurso de aeromodelismo

Mais de 40 estudantes se preparam para etapa da competição no dia 24. Evento reúne dezenas de faculdades do país e da América Latina.

ImagemQuarenta estudantes dos cursos de engenharia e física da Unesp de Bauru (SP) estão prontos para decolar em uma das maiores competições de aeromodelismo do país. Ela reúne dezenas de universidades brasileiras e da América Latina.
A competição nacional de aeromodelismo vai reunir 105 equipes e mais de 1.400 universitários em São José dos Campos. Faz nove meses que os estudantes se dedicam a montagem dos aviões. E não é à toa. Além da competição no Brasil, os ganhadores têm a chance de concorrer com universidades do mundo inteiro. É mais do que conhecimento, é troca de experiência que prepara para o mercado de trabalho.
É por isso que cada detalhe que aproxime o protótipo de um avião de verdade é importante. Isso muda o desempenho da aeronave, ajuda a somar mais pontos e chama a atenção de outros profissionais. "Ir à competição, viver essa disputa, essa troca conhecimento e informações entre outras equipes e outras universidades, além da troca de informações com os juízes, que são os engenheiros da Embraer, é muito importante. Então acrescenta muito pra gente”, ressalta o estudante de engenharia mecânica Pedro Henrique Gonçalves.

E acrescenta prêmios na estante do laboratório. Desde 2008, as equipes da Unesp de Bauru têm ficado entre as três primeiras do campeonato. O segredo? O coordenador geral dos projetos explica.
Imagem"É a força de vontade deles, porque o nosso curso é um curso de engenharia mecânica normal e mecânica geral. Não é um curso específico da aeronáutica e eles têm que competir com ITA, com São Carlos, com UFMG que são escolas que são dedicadas exclusivamente para a engenharia aeronáutica", afirma Reinaldo Sebastião Silva.
Força de vontade que faz os estudantes consertarem os erros dezenas de vezes em busca do primeiro lugar. Quem participa da Equipe Advanced que o diga. A complexidade de detalhes e o desafio da equipe este ano é carregar 22 litros de água. E eles estão preparados. Na verdade, o que falta para um protótipo se tornar um avião de verdade é apenas um detalhe: o patrocínio. Mas, a ideia da competição é outra. "É colocar em prática aqui alguns conceitos que a gente aprende lá. E aprender coisas novas, experiências dos veteranos, que eles podem passar", conta o estudante Matheus Augusto Fantinati.
Já o avião da equipe da categoria Micro já foi testado e funciona perfeitamente de acordo com a competição. É leve e não perde a estabilidade, mesmo carregando peso. E tem um diferencial. "Esse avião é um conceito diferenciado, só tem uma asa. Então, ela apresenta uma melhor relação de força de sustentação e o atrito com o ar. Fazendo com que esta aeronave tenha um melhor desempenho. Ele é projetado para carregar bolinhas de tênis, que é uma carga diferente que a comissão, que a comissão inventou este ano e lá o desafio é carregar o maior número de bolinhas em uma distância de cinquenta metros", ressalta Diego de Matos Monteiro.
A competição nacional de aeromodelismo começa no dia 24 deste mês. No interior de São Paulo, são 22 equipes inscritas. A etapa mundial vai ser realizada nos estados unidos, em 2014.


Corrida Santos Dumont reúne 5 mil pessoas em São Paulo

A décima edição da Corrida Santos Dumont reuniu neste sábado cerca de 5 mil corredores no Parque da Aeronáutica (Pama), localizado na Zona Norte da cidade de São Paulo. A competição tem o apoio do Instituto Amo Correr e é organizada pela Federação Paulista de Atletismo.
Entre os homens, o título ficou com José Roberto Pereira de Jesus, que cruzou a linha de chegada em 30min12 - apenas 19 s à frente de Israel dos Anjos. Carlos Moreira dos Santos (30min31), Ronicesse Felix de Lima (31min04) e Joel Ferreira Junior (31min18) completam o top 5.
Já no feminino, a queniana Consolata Cherotich completou a prova em 35min09 e foi a grande campeã. A medalha de prata ficou com Maria Aparecida Ferraz, que cruzou a linha de chegada em 35min41, seguida de Fernanda Raimunda Soares, com 35min57. Maria Bernardete Cabral (36min34) e Beatriz Nascimento (37min26) completam o grupo das cinco melhores.
"O esporte deve ser incentivado no Brasil através de iniciativas que privilegiem todo o tipo de população. Esta prova é democrática e todos podem participar", afirma José João da Silva, ex-maratonista que tornou-se o primeiro brasileiro a vencer a São Silvestre e diretor do Instituto Amo Brasil.


Como funciona o cérebro da Copa

A MÁQUINA DA SEGURANÇA
Dentro do Centro Integrado de Comando e Controle Nacional, um paredão de monitores impressiona o visitante. Dali, é possível acompanhar, simultaneamente, pelo menos 56 imagens, que podem ser originadas de diversas regiões do país ou todas associadas a apenas um estádio de futebol, por exemplo. É nesse centro, localizado em Brasília, que funciona a cúpula da segurança da Copa do Mundo. ZH visitou o local, conheceu seus principais equipamentos e conversou com o delegado federal responsável pela coordenação do trabalho, Andrei Augusto Passos Rodrigues.
Océrebro e o coração da segurança da Copa do Mundo no Brasil estão abrigados em um prédio do Ministério da Justiça, localizado no setor policial de Brasília.
De lá será possível analisar, de forma simultânea, no ápice do evento, até 56 pontos do país para zelar pela segurança de delegações, seleções, turistas. Por trás da tecnologia de última geração, pulsa o desafio que a Secretaria Extraordinária de Segurança para Grandes Eventos (Sesge), do Ministério da Justiça, tem de integrar e coordenar forças diversas em prol de uma meta, a de registrar o Brasil na história do esporte mundial como referência em segurança.
A missão, sustentada por um orçamento de R$ 1,2 bilhão, está nas mãos do delegado da Polícia Federal (PF) Andrei Augusto Passos Rodrigues, nomeado titular da secretaria em agosto. A longa lista de riscos intrínsecos a esse tipo de evento – como ações terroristas, ataques cibernéticos, assaltos, protestos com vandalismo e agressões – não é o que mais sobressalta o secretário.
O maior desafio é que a engrenagem da integração entre todas as instituições envolvidas no plano de segurança se encaixe para funcionar naturalmente (leia entrevista nas páginas 6 e 7). A expectativa é de que em torno de 100 mil servidores estejam aptos a trabalhar nas 12 cidades-sede dos jogos, que se iniciam em 12 de junho de 2014.
Zero Hora conheceu o quartel-general da segurança da Copa do Mundo, inspirado no que existe em outros 12 países. Por três horas, esteve no Centro Integrado de Comando e Controle Nacional (CICCN), um órgão estratégico, responsável por monitorar e abastecer de informações os 12 centros regionais já instalados ou sendo construídos no país. O órgão nacional reúne o alto escalão. É só dele que podem partir as decisões de governo, do Ministério da Justiça, sobre qualquer situação crítica de segurança.
Uma parede de olhos
Na sala de gestão de crise, há assentos para ministros e linha direta com a presidente Dilma Rousseff. Entre os membros da secretaria, porém, a torcida é para que o espaço fique sem uso. Que sirva apenas para reuniões ordinárias, sem casos de extrema gravidade a serem tratados.
Um andar abaixo, está o salão que abriga o video wall de 17 metros de comprimento e seis de altura. O equipamento é composto por 56 módulos (telas) e, portanto, pode manter em análise, com boa qualidade de visão, 56 imagens simultâneas de regiões diversas.
Ou, ao contrário, ampliar ao máximo uma única cena para análise dos operadores. Os módulos podem ainda ser divididos em imagens menores, elevando a quantidade de situações sob observação dos representantes de, pelo menos, 15 forças de segurança e de outras áreas que já ocupam posições dentro do comando nacional.
Além de polícias, bombeiros e agentes de trânsito, o cérebro da segurança da Copa também é integrado, por exemplo, por órgãos como a Agência Nacional de aviação, a Infraero e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária. E ainda chegarão os reforços internacionais, já que a secretaria mantém cooperação para troca de informações com representantes dos países que estarão no Mundial – serão 32 seleções na competição.
Engana-se quem imaginar que o video wall é somente um grande telão de imagens. Perito criminal da PF e coordenador-geral de tecnologia da informação e comunicação da secretaria, Daniel Russo detalha o potencial do equipamento:
– Temos softwares com mapas de planejamento, de gestão de eventos – composto, por exemplo, pela agenda de uma delegação, com dados de percurso e horário e de quem deve estar atuando naquela ação –, e mapas situacionais, que mostram as posições dos policiais, onde há barreiras, onde temos ambulâncias, hospitais, disponibilidade de leitos.
O centro nacional foi inaugurado por Dilma em junho de 2013 e operou com outros seis centros regionais, durante a Copa das Confederações. De lá, foram acompanhadas as manifestações que incendiaram o país durante o torneio. Será de lá que, em 242 dias, autoridades esperam começar a assistir ao sucesso, no Brasil, da maior competição de futebol do mundo. Sem vítimas. E sem arranhões à imagem do país.

Estação turbinada na Antártica

A nova Estação Antártica Comandante Ferraz, que deverá ser inaugurada em 2015, será dotada de modernos instrumentos de pesquisas que facilitarão os projetos desenvolvidos pelos cientistas.
Para isso, segundo Janice Romaguera Trotte Duhá, coordenadora-geral para o Mar e Antártica, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, o órgão trabalhou com a comunidade científica.
– Em várias ocasiões, conseguimos fazer uma melhoria de um padrão instrumental. Hoje, por exemplo, discutimos a necessidade imperativa de termos uma câmara hiperbárica que nos permite fazer um mergulho na região Antártica – disse.
Para Janice, essas alterações repercutem no custo final da estação.
– Custo esse vinculado à melhoria do apoio que nós possamos dar à ciência na Antártica – completou.
A construção da nova estação está avaliada em cerca de R$ 100 milhões.
Na quinta-feira, no Rio, foi realizada a solenidade de entrega à Marinha do projeto executivo da nova estação, elaborado pelo Estúdio 41, de Curitiba. O escritório foi o vencedor de concurso internacional para a escolha, promovido pela Marinha e coordenado pelo Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB).
A nova estação será construída no mesmo lugar onde funcionou a unidade anterior, que foi destruída por um incêndio, em 25 de fevereiro do ano passado.



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