NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 10/10/2013

Uma solução global sobre como lidar com as emissões de gases-estufa das empresas aéreas foi acertada em conferência internacional na semana passada- essa é a boa notícia para reduzir as emissões de um setor que responde por 2% do total. A má notícia é que o sistema internacional será desenhado até 2016, para começar a funcionar em 2020, se tudo der certo.

Esta foi a resolução acertada por representantes de 192 países reunidos na semana passada em Montreal, no Canadá, em reunião da Icao - sigla para Internacional Civil Aviation Organization, órgão técnico da ONU que trata das questões relacionadas à aviação civil.

A questão mais complexa da reunião era se a redução de emissões do setor aéreo pode ser apoiada por medidas de mercado. Isto significa criar dispositivos econômicos para favorecer os cortes - uma taxa sobre o carbono emitido ou a criação de mercados de créditos de carbono (com licenças para emitir), por exemplo.

Para a União Europeia este era um ponto prioritário. Em 2010, a UE incluiu as emissões das empresas aéreas em seu mercado de créditos de carbono. "Foi uma decisão unilateral e muito mal recebida pelas outras nações", diz um representante do governo brasileiro. Aviões que voassem sobre território europeu deveriam pagar pelas suas emissões, decidiu a UE. Os outros protestaram, da China aos Estados Unidos. A UE recuou dando um ano para uma decisão multilateral - até a reunião de Montreal.

"Medidas de mercado são parte de uma cesta e devem ser entendidas como uma parcela pequena da solução", diz o executivo do governo. "O que a UE fez foi transformar medidas de mercado como a solução por excelência." Para o governo brasileiro, medidas operacionais como controle do tráfego aéreo (que possibilitam gasto menor de combustível), frotas mais modernas ou uso de biocombustíveis fazem parte desta "cesta". "O Brasil não acha que medidas de mercado estão erradas, mas que têm participação reduzida no problema".

Enquanto o esquema global não é criado, os países acertaram na Icao que decisões neste campo têm que ser acertadas com os outros e que países com pouco tráfego aéreo estão fora destas regras.

"A ciência diz claramente que 2020 será muito tarde," reagiu Samantha Smith, líder da Iniciativa Global de Clima e Energia da rede WWF. "Esta foi a primeira oportunidade que os governos tiveram de tomar medidas firmes depois da divulgação do novo relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), mas eles falharam."

Por conta do perigo oferecido por esse tipo de caneta, a Lei Geral da Copa, aprovada no ano passado, proíbe a entrada de pessoas com essas canetas nos estádios, já que a brincadeira – de mal gosto! - virou mania entre os torcedores, que direcionam a luz no rosto dos jogadores de futebol e juízes para atrapalhar a visão deles.

Risco para aeronaves

Além do risco para os olhos, esse tipo de caneta pode até derrubar um avião! Isso porque o laser pode confundir o piloto e até fazer com que algum equipamento deixe de funcionar. Por isso, apontar uma caneta dessas para uma aeronave é considerado crime de atentado contra a segurança de transporte aéreo. Um risco para piloto e passageiros. E o número assusta: só neste ano já foram 1.400 casos de aeronaves atingidas por laser em todo o país. O código penal diz que a pena é de dois a cinco anos de reclusão só por expor ao perigo! Se causar o acidente, a pena pode chegar a 12 anos de prisão.
Para provar que o estrago que uma canetinha a laser pode fazer, o Mais Você foi até o Instituto de Pesquisas Tecnógicas (IPT) para testar essa caneta. O Insituto mede a potência, a cor e comprova: a caneta a laser pode cortar papel e acima de 5 miliwatts, ela pode ser prejudicial aos olhos.

Eduardo Velozo Fuccia

O juiz Rodrigo Barbosa Sales, da 3ª Vara Criminal de São Vicente, decretou na tarde desta quarta-feira a prisão temporária por 30 dias de três acusados de participação no assassinato de um soldado da Polícia Militar em um baile funk, no Dique do Sambaiatuba, na madrugada do último sábado.

Um dos suspeitos é o ex-presidiário Vagner Domingues, o WD, de 31 anos, apontado como tesoureiro do Primeiro Comando da Capital (PCC). Ele foi detido no final da tarde de terça-feira em um apartamento alugado em seu nome, na Vila Caiçara, em Praia Grande.

Marília de Oliveira, a Maiara, de 29 anos, também foi detida em sua casa, no Balneário Esmeralda, em Praia Grande, na tarde de terça-feira, tendo hoje a temporária decretada pela Justiça. Garota de programa de uma boate na Ilha Porchat, ela conhecia o soldado executado e mantinha, segundo disse, “amizade colorida” com WD.

Pouco antes do crime, o soldado Leandro Nascimento Carvalho, de 29 anos, telefonou para a jovem, que lhe disse estar no Baile do Mandela, perto do lixão do Sambaiatuba. Não demorou muito, o PM chegou à festa funk com dois amigos: um guarda municipal de São Vicente e um engenheiro, que já foi sargento da Aeronáutica.

Segundo o investigador Ricardo Félix, em outra ocasião, o ex-sargento da Aeronáutica já havia discutido com WD na boate da Ilha Porchat. O tesoureiro do PCC não gostou de ver o desafeto no baile, principalmente porque ele estava com o soldado, que tentava conversar com a garota de programa.

Clima tenso

WD começou a encarar o soldado, o guarda municipal e o ex-sargento. Esse comportamento do ex-detento já era o prenúncio de algo ruim e Maiara, atuando como o estopim de uma bomba, segundo revelaram testemunhas, o alertou: “Todos são policiais”.

Essa informação foi imediatamente repassada por WD para cerca de cinco homens que o acompanhavam, entre os quais Jaílton de Jesus Trindade, o Bebê, apontado como o gerente do tráfico no Sambaiatuba. Em seguida, o trio de amigos foi cercado e só o guarda municipal conseguiu fugir.