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NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 02/10/2013

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Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.



Dilma indica general para a APO

Em mensagem enviada ao Senado, a presidenta Dilma Rouseff indicou o general Fernando Azevedo e Silva para o cargo de presidente da Autoridade Pública Olímpica (APO). Antes de assumir o cargo, ele deverá ser sabatinado pelos senadores.
Atualmente, Silva é diretor do Departamento do Desporto Militar do Ministério da Defesa e integra o Conselho Nacional de Esporte.

Ponto final

Ocatávio Costa

A CABEÇA ERGUIDA DE ANA PAULA em dezembro de 2011, uma biografia de Dilma Rousseff escrita pelo jornalista Ricardo Amaral revelou, pela primeira vez, uma foto que se tornou marca registrada da personalidade forte da atual presidente da República. Aos 22 anos, Dilma aparece sentada durante depoimento na Auditoria Militar, no Rio de Janeiro, em novembro de 1970. De cabeça erguida, a prisioneira política encara os oficiais que a interrogam. Eles, porém, escondem o rosto com as mãos. A altivez da ex-guerrilheira é, sem dúvida, impressionante. Ontem, os jornais publicaram uma foto da bióloga brasileira Ana Paula Maciel, de 31 anos, ativista do Greenpeace que está presa em Murmansk, na Rússia. O olhar destemido da ambientalista, atrás das grades, é idêntico ao da jovem Dilma há 43 anos. E a cabeça erguida também é a mesma.
Em Porto Alegre para se juntar às ações do Greenpeace pelo mundo afora e sua mãe, Rosângela Maciel, acompanha aflita as peripécias da filha, em contatos por telefone. Há 13 dias, soube que o protesto da ONG contra a exploração de petróleo no Ártico acabou mal. Além de apreender o navio Artic Sunrise, as autoridades russas pediram a prisão preventiva dos 28 ativistas. No domingo passado, Ana Paula ouviu a decisão da Justiça: ficará encarcerada por mais dois meses sob a acusação de "ameaça real à segurança" dapla- taforma de petróleo. E pode ser condenada a 15 anos por pirataria.Rosângela está preocupada com o destino da filha e critica a inércia do governo brasileiro. Segundo ela, tanto o Ministério das Relações Exteriores quanto a embaixada brasileira "estãoparados" em relação aos direitos de Ana Paula. " Ela é uma pessoa que ama a liberdade e as causas ambientais. Como poderá suportar 60 dias dentro de uma gaiola?" De fato, é estranha a inércia do Itamaraty. Recentemente, quando David Miranda, marido do jornalista GlennGreenwald, foipreso no aeroporto de Heathrow, o governo brasileiro reagiu indignado. E David não era propriamente um turista. Tinha ido a Berlim para buscar novos documentos sobre espionagem em poder do ex-agenteEdward Snowden. Apesar do amparo legal para ação da polícia inglesa, o fato foi qualificado de abuso de poder. E, agora? Por que a reação é tão tímida?
Dizem fontes do Itamaraty que o papel da embaixada em Moscou é acompanhar o caso, mas sem tratar diretamente com as autoridades russas. Iniciativa nesse sentido poderia ser considerada ingerência externa em assunto do Judiciário local. As mesmas fontes garantem que não houve ameaça à integridade física de Ana Paula. Como se vê, o Itamaraty age burocraticamente e não pretende pressionar o governo Putin. Afinal, o que está em jogo não é o explosivo caso de espionagem americana, mas o ativismo do Greenpeace, uma questão bem mais distante do interesse da opinião pública brasileira. Só resta a dona Rosângela torcer para que a presidente Dilma Rousseff, depois de ver afoto de Ana Paula na prisão, peça mais empenho e menos punho de renda aos nossos diplomatas.
Hippertt
Dilma pegou em armas porque acreditava que era o caminho para derrubar a ditadura Militar e mais à frente, quem sabe, implantar o socialismo no país. Este era o sonho comum da juventude politizada dos anos 60. Ana Paula vive outra época e se dedica a uma causa do seu tempo: a defesa apaixonada do meio ambiente. Deixou Por-AROEIRA

Crise nos Estados Unidos tende a favorecer Dilma

Com a paralisação do governo nos Estados Unidos, o presidente Obama deverá enfrentar, além da crise interna, a desconfiança internacional, especialmente dos países emergentes. Em ano difícil, ele precisará transitar por áreas delicadas na tentativa de agregar interessesrepublicanos e democratas. Para Carlos Frederico Pereira da Silva Gama, doutor em Relações Internacionais da PUC-Rio, a crise interna expõe a frágil situação do governo, inclusive, criando uma conjuntura que pode favorecer a presidente Dilma Rousseff.

Bruno Dutra

O que significa politicamente esta segunda paralisação do governo na história dos EUA?
O Congresso está aproveitando um momento de fragilidade do presidente Obama para infligir danos aos cidadãos, que ficarão sem uma parte dos serviços públicos que cabe ao governo federal. O recado que o Congresso quer mandar é: Obama não pensa tanto assim nas pessoas. A agenda do Congresso no momento é a eleição de 2016 na qual Obama não concorrerá. Um dos pré-candidatos republicanos, por sinal, na semana passada fez um discurso de 21 horas no Senado buscando obstruir a pauta de votações. Como a situação chegou a este ponto?
Parte dos serviços públicos nos EUA é bancada pelo governo federal, com o orçamento votado pelo Congresso. Parte bancada pelos estados e outras unidades federativas, com variados sistemas orçamentários. Nesse caso, o Congresso (que tem a Câmara de Representantes dominada pela oposição republicana) conseguiu bloquear a votação do orçamento federal, o que já tinha tentado no fim de 2012 e no começo de Como o Presidente Obama acaba de aprovar o Health Care Program — uma versão reduzida de seu plano Obamacare de ampliação dos serviços de saúde para grande parte da população norte-americana — o "bloqueio" do Congresso pode ser visto como uma retaliação ao Health Care Program (que tem um orçamento à parte, que não depende da atual posição do Congresso). E o que significa esta crise para o resto do mundo ?
Depende de quem está vendo. Para os estados mais próximos em termos de aliança com os Estados Unidos, é um sinal de fraqueza que pode atrapalhar seus projetos. Caso de Israel em relação ao Irã e Palestina, ou dos membros da OTAN que aguardam uma posição mais clara do governo Obama a respeito da Síria. No caso da Europa, que está lidando com uma crise econômica grave, é um acontecimento importante: parlamentos regionais podem recorrer ao "government shutdown" (onde isso é permitido pela legislação) para tentar impedir os planos de ajuste econômico criados no âmbito da União Europeia. Para os demais emergentes, como Brasil, Rússia, Índia e África.
Em vésperas de ano eleitoral, a Presidenta Dilma ganhou um presente de política externa — área em que seu governo andava patinando, como conturbado fim da gestão Patriota. A conjuntura ajudou a Presidenta. ca do Sul, a fragilidade dos EUA no plano interno é sinal de que as iniciativas dos emergentes no plano internacional serão mais toleradas que de costume.Como a paralisação pode afetar a economia dos Estados Unidos?Obama enfrentou questionamentos da sua capacidade de gerenciar crises internacionais ao longo de todo o ano de 2013. Agora, a crise vem no momento que a economia parecia ir bem.O que esvazia parte do capital político construído por Obama noseu primeiro mandato. Das grandes promessas de campanha, a retirada do Iraque e Afeganistão não foram sucessos, o programa de saúde só começa agora a ser implementado, a reconstrução do multilateralismo internacional não foi adiante em face do desafio dos emergentes. Restou sair da crise econômica e o "shutdown" coloca isso em dúvidas.É possível prever um possível desfecho para a crise?
Provavelmente o governo Obama fará concessões aos republicanos (por exemplo, mantendo as reduções fiscais para proprietários de grandes fortunas e grandes empresas, que foi o ponto de embate mais agudo do primeiro governo Obamae quase levouao "shutdown" no começo de 2013). Os republicanos cobrarão cortes de gastos sociais para "compensar" a aprovação do Health Care Program. O sistema político dos EUA depende dessas barganhas. Esta situação nos EUA se reflete no Brasil de alguma forma?O cancelamento da visita da presidenta Dilma aos EUA no rastro do escândalo de espionagem veio em boa hora. Dilma mandou um recado duro ao governo Obama e diminuiu a possibilidade de sucesso dos EUA em alguns negócios bilaterais (como a compra dos caças). Junte isso ao "shutdown" e temos um cenário em que, aparentemente, o Brasil agiu da forma correta. Foi a NovaYork e denunciou a espionagem que sofreu (apesar de não acusar o governo Obama), propôs um novo modelo multilateral de cooperação na área de tecnologia, mantém seu prestígio junto aos emergentes e ao "Sul global". Em vésperas de ano eleitoral, a presidenta Dilma ganhou um presente de política externa — área em que seu governo andava patinando ao longo de todo o ano, com o conturbado fim da gestão Patriota. A conjuntura ajudou a presidenta.


Nova suspeita na morte de JK

Mais uma peça no quebra-cabeça sobre a morte de Juscelino Kubitschek foi encaixada, ontem, pela Comissão da Verdade de São Paulo, com o depoimento do motorista Josias Nunes de Oliveira, de 69 anos, acusado à época de ter provocado o acidente que causou a morte do ex-presidente. Ele contou que recusou uma mala de dinheiro oferecida por dois homens que foram de motocicleta a sua casa para que assumisse o crime. "Queriam que eu me declarasse culpado e disseram que, se eu não pegasse o dinheiro, bateriam em mim", afirmou. Oliveira dirigia um ônibus de viagem no momento do desastre, em 22 de agosto de 1976, e foi absolvido duas vezes em processo que ouviu nove passageiros que estavam presentes no veículo conduzido por ele.
Segundo o presidente da Comissão da Verdade, vereador Gilberto Natalini (PV), o depoimento prestado ontem por Oliveira reforça a desconfiança na versão oficial. Nela, o Chevrolet Opala em que JK viajava de São Paulo para o Rio de Janeiro teria sido fechado pelo ônibus da Viação Cometa — dirigido por Josias —, cruzado o acostamento e atingido por uma carreta. "Havia uma articulação forte tentando mostrar que o Juscelino morreu em um acidente e tentando incriminar o motorista. Nós, cada vez menos, acreditamos nisso", afirma Natalini. Contudo, em entrevista concedida ao Estado de Minas, em junho do ano passado, Josias Oliveira disse acreditar que a morte do ex-presidente não havia sido obra de um atentado. "Foi acidente. Acidente mesmo. O duro é que ele (JK) estava com a passagem de avião no bolso", afirmou, na primeira vez que falou para a imprensa desde a época do acidente. Juscelino iria para Brasília e seguiria para o sítio em que morava em Luziânia (GO), mas foi convocado para uma reunião no Rio e mudou de planos.
Na semana passada, o governo de Minas reuniu-se com a Comissão da Verdade de São Paulo e decidiu acatar o pedido para que nova investigação seja feita em um fragmento metálico encontrado no crânio de Geraldo Ribeiro, motorista que dirigia o carro em que estava JK, funcionário do ex-presidente por 36 anos. Uma perícia no corpo chegou a ser feita em 1996, constatando que havia um pequeno orifício na cabeça. O laudo oficial relata que se tratava de um pedaço de prego do caixão que perfurou o crânio de Geraldo, mas a comissão pediu que nova exumação seja feita para apurar a questão. Na entrevista que concedeu ao jornal mineiro no ano passado, Josias disse: "Não teve nenhuma explosão antes (do acidente). Se alguém atirou no motorista, eu não vi, mas acredito que é muito difícil".
Sofrimento
Na audiência de ontem, Josias, que vive de aposentadoria em Indaiatuba, no interior de São Paulo, chorou mais de uma vez e afirmou que quer ser indenizado pelo sofrimento que passou. Em seu depoimento, ele falou que não houve acidente envolvendo o ônibus. Gilberto Natalini considerou relevante a informação. Para o vereador, outro ponto importante do depoimento do motorista foi a parte em que ele lembrou do laudo do processo que dizia haver tinta do carro em que estava o ex-presidente na lateral do coletivo, indicando uma batida.
"Quando foram verificar, a tinta era da Rodoviária de São Paulo e não tinha nada a ver com o ônibus. E o laudo não estava nem assinado. Havia uma movimentação de militares para abafar a história", relatou Natalini. Além de Josias, o primo de JK e ex-deputado federal Carlos Murilo Felício dos Santos deve ser ouvido pela comissão.

Pressão indígena trava avanço de PEC

Em mais um dia de protestos em Brasília contra decisões do governo e propostas que tramitam no Congresso Nacional, os índios conquistaram ontem uma vitória provisória. O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), decidiu suspender a instalação da comissão especial que analisaria a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 215/00. A matéria tira a competência do Poder Executivo de demarcar terras indígenas e passa a decisão final ao Poder Legislativo. De acordo com a organização não governamental (ONG) Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), os cerca de 1,5 mil índios de mais de 100 etnias que estão acampados no gramado da Esplanada dos Ministérios, em frente ao Congresso, formam a maior concentração indígena da história de Brasília. Eles ficam no DF até sexta-feira, para cobrar o arquivamento de todos os projetos que julgam atender a interesses capitaneados por ruralistas.
Ontem de manhã, convidado para participar de uma audiência pública na Comissão de Direitos Humanos do Senado sobre os 25 anos da Constituição brasileira, um grupo de 70 índios foi barrado pela segurança da Casa. Segundo a Polícia Legislativa, apenas 20 estavam autorizados a entrar. Porém, em negociação entre a senadora Ana Rita (PT-ES), presidente do colegiado, e o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), todos foram liberados para assistir a audiência, desde que deixassem arcos e flechas na portaria do Senado.
À tarde, os manifestantes marcharam pela Esplanada dos Ministérios, passando pela Praça dos Três Poderes. O grupo chegou a parar em frente ao Palácio do Planalto por alguns minutos. Depois, contornou o Palácio da Justiça. Não houve confronto com a polícia, que acompanhou a passeata de perto. Cerca de 40 homens do Exército reforçaram a segurança na frente do Palácio do Planalto, onde a presidente Dilma Rousseff despachava. “Dilma, respeite os nossos direitos”, gritou parte do grupo.
Sem privilégios
“Se os nossos direitos estivessem sendo cumpridos como prevê a Constituição, não precisaríamos vir a Brasília. Estamos aqui para dizer que ela tem de ser cumprida. Não estamos pedindo benefícios e privilégios”, disse a coordenadora executiva da Apib, Sônia Boni dos Santos.
Em abril, os índios invadiram o plenário da Câmara dos Deputados para protestar contra a PEC que transfere para o Congresso a competência pela demarcação de terras indígenas. Ontem, em meio à pressão, o presidente da Câmara reconheceu que este não é o melhor momento para tratar de questões relativas à questão indígena.
A expectativa dos índios, hoje, é a de participar de audiências públicas na Câmara. Pela manhã, eles vão se reunir para tratar da pauta do dia. Quilombolas também engrossam o acampamento no gramado da Esplanada. Um grupo de ativistas do Greenpeace também reforçou o protesto, em Brasília. Ontem, integrantes da ONG ambientalista hastearam uma bandeira com a imagem de um líder indígena no mastro da Bandeira Nacional, na Praça dos Três Poderes.

Curtas

Dilma escolhe general para comandar a APO
O presidente da Comissão Desportiva Militar do Brasil, Fernando Azevedo e Silva, foi indicado para comandar a Autoridade Pública Olímpica (APO), responsável por coordenar a União, o estado e o município do Rio de Janeiro na preparação para os Jogos de 2016. Com a publicação da indicação na edição de ontem do Diário Oficial da União, a previsão é que o general seja sabatinado, já na próxima terça-feira, na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado. Em agosto, Márcio Fortes, que foi ministro do governo Lula, pediu demissão do cargo, após perder espaço político com a descentralização de projetos e o aumento de poder dos órgãos estaduais e municipais. Caso a indicação passe pelo Senado, Fernando Azevedo e Silva terá a missão de responder pelos prazos das obras para os Jogos, além de tentar frear os gastos no orçamento.

Aeroportos de Minas prontos para decolar

Em 16 anos, terminal da Pampulha deve receber 2,9 milhões de passageiros. Confins movimentará 28,2 milhões até 2033

Pedro Rocha Franco

O fluxo de passageiros no aeroporto da Pampulha deve aumentar 276,62% até 2029, segundo projeção do plano de desenvolvimento do terminal elaborado pela empresa de consultoria KED Consultantes. Por ano, o aeródromo deve receber 2,9 milhões de passageiros. Para isso, a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) deverá fazer uma série de investimentos na ampliação da unidade, permitindo, entre outros, pousos e decolagens com capacidade para até 72 passageiros. Com o avanço, os usuários devem representar pouco mais de 10% do total do aeroporto de Confins, que, em 2033, deverá atingir 28,2 milhões de passageiros, segundo estudo apresentado pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para os interessados na concessão. Hoje o Tribunal de Contas da União (TCU) analisa as correções feitas na minuta do edital das concessões de Confins e do Galeão. Caso sejam aprovadas, os editais devem ser lançados amanhã.
Apesar da expectativa de aumento do fluxo, a proposta do governo de Minas, corroborada pelas principais vozes do setor no governo federal, é limitar o fluxo na Pampulha à aviação regional e executiva, garantindo assim não haver concorrência em relação a Confins. A proposta é que o aeroporto internacional receba voos nacionais e internacionais, além do transporte de carga. As diretrizes básicas do projeto devem nortear o plano diretor do aeroporto da Pampulha que será protocolado pela Infraero na Anac nos próximos dias. Segundo o presidente da Infraero, Gustavo do Vale, a área externa do aeroporto da Pampulha passará por uma reurbanização. "Vão ter que ser feitas, sim, algumas adequações no aeroporto, tanto no terminal de passageiros quanto na infraestrutura, com construção de novos hangares", afirma.
A transferência do Centro de Instrução e Adaptação da Aeronáutica (Ciaar) do entorno do aeroporto para Lagoa Santa deve liberar também enorme área pertencente à Infraero. A expectativa é que em até dois anos o espaço esteja pronto para receber investimentos. As áreas comercial e operacional da Infraero ainda estudam o que será feito. "A nossa ideia inicial é fazer daquela região uma área que guarde características de BH, mas que seja mais aproveitado do ponto de vista comercial", diz Gustavo do Vale. Inclusive, são buscadas soluções para o problema de inundação da região com a Prefeitura de Belo Horizonte.
Aviação executiva Pelo estudo, o aeroporto pode ter capacidade para receber mais de 300 jatos executivos, fortalecendo a aviação executiva, inclusive com a criação de uma aduana para controle da entrada e saída de mercadorias de voos internacionais. O setor de manutenção de aeronaves seria capaz de gerar aproximadamente 3 mil novas vagas de emprego.
A conclusão do estudo tem como função também sinalizar às empresas interessadas na concessão de Confins que não haverá concorrência entre os dois principais aeródromos da Grande BH. Nas audiências públicas representantes das empresas se mostraram receosos quanto ao futuro até então indefinido da Pampulha. Inclusive, pelo projeto apresentado pela Infraero, diferentemente do elaborado pelo governo mineiro, em 2033 o terminal receberia 2,2 milhões de passageiros e 3,3 milhões uma década depois. "Para que essa licitação fosse ainda mais bem sucedida, era imprescindível que o aeroporto da Pampulha não corresse o risco de concorrer com Confins", reitera o governador Antonio Anastasia.
As melhorias na Pampulha têm como função garantir a expansão da aviação regional, o que pode induzir ao desenvolvimento de cidades do interior do estado. A expectativa do governo estadual é que, até 2016, 30 municípios tenham voos regulares para a capital. Atualmente, apenas 12 cidades têm conexão direta. Os planos preveem também voos diretos para cidades de outros estados, como Vitória da Conquista (BA), Cabo Frio (RJ), Palmas (TO), Rio Verde (GO) e Ribeirão Preto (SP).
Voos regionais O Palácio do Planalto trabalha para incentivar o setor. Ontem, o ministro da Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República, Moreira Franco, anunciou que até o mês que vem deve ser publicado o primeiro edital do pacote de aviação regional. De início, 47 terminais devem receber melhorias. Ao todo, o programa prevê que sejam ampliados 270 terminais, sendo 32 em Minas mais uma unidade que será construída em Ouro Preto.
O aumento do fluxo de passageiros e aeronaves, no entanto, não deve significar aumento dos transtornos, segundo o subsecretário estadual de Assuntos Estratégicos, Luiz Antônio Athayde. A possibilidade de a Anac liberar pousos e decolagens de aeronaves de até 72 lugares representa a modernização da frota. "O impacto é causado pelo tipo de aeronaves e não pelo número de voos", diz.

Leilão da Vasp

Giro econômico
A Justiça de São Paulo arrecadou R$ 1,9 milhão em leilão que negociou ontem 17 aeronaves da massa falida da Vasp. Segundo o Tribunal de Justiça de São Paulo, os recursos levantados serão destinados ao pagamento de credores da empresa, especialmente os que detêm créditos trabalhistas. Foram vendidas 17 aeronaves – 16 Boeings 737-200 e um Airbus A300, sendo que quatro aviões estão desmontados. Os demais estão inteiros, mas foram classificados pela Agência Nacional de avião Civil (Anac) como "não aeronavegáveis".


Governo federal indica general para autoridade olímpica

2016 Missão de militar à frente da APO é buscar conciliação com demais órgãos ligados à preparação

FILIPE COUTINHO e NATUZA NERY
DE BRASÍLIA

Após perder relevância na preparação dos Jogos Olímpicos de 2016, a APO (Autoridade Pública Olímpica) será comandada pelo general Fernando Azevedo e Silva. Ele substituiu Márcio Fortes, que se demitiu em agosto.
A indicação, feita após uma sugestão do ministro do Esporte, Aldo Rebelo, foi sacramentada ontem pela presidente Dilma Rousseff.
Para valer oficialmente, o nome do militar ainda precisa ser aprovado pelo Senado, depois de sabatina, para que assuma as novas funções.
A APO é um consórcio formado entre União e os governos do Rio de Janeiro para tocar a preparação e realização da Olimpíada de 2016.
A nomeação ocorre uma semana após o comitê organizador dos Jogos Olímpicos ser duramente criticado.
A três anos do evento, a falta de planejamento põe em risco obras e inviabiliza estimativas sobre o custo de projetos e identificação de responsáveis, conforme apontou o Tribunal de Contas da União após fiscalização.
Com orçamento de mais de R$ 15 bilhões, as obras são responsabilidade da União e dos governos, em modelo de organização inédito no país.
Desde seu início, em 2010, a estrutura tripartite teve problemas políticos. A prefeitura do Rio, por vezes refratária à interferência, nunca quis dividir a proeminência da Olimpíada com o órgão.
A interlocutores, o ministro Aldo Rebelo afirmou ter optado por uma solução "técnica e profissional".
Um dos objetivos do governo federal é reduzir as tradicionais fricções, além de indicar alguém experiente.
Márcio Fortes, ex-presidente da APO, deixou a função após perder poderes.
O TCU afirmou que a APO tem sofrido um "esvaziamento do papel de coordenação".
O tribunal destacou que o governo e a prefeitura do Rio preferiram criar novos órgãos em vez de fortalecer a instituição. "Atualmente, a APO não possui funcionários do Estado ou município do Rio. De sorte que é que vista pelos diversos atores como uma entidade federal. A despeito de serem consorciados na APO, os demais entes preferiram criar sua própria estrutura", diz o relatório do TCU sobre o caso.
Auxiliares da pasta afirmam que o ministro incumbiu o general de trabalhar pela conciliação dentro da APO, sob justificativa de que não dá para fazer uma Olimpíada com entes brigando entre si.
A Folha apurou que Rebelo avisou ao presidente do COB (Comitê Olímpico Brasileiro), Carlos Arthur Nuzman, que faria a indicação.
O general Azevedo e Silva foi presidente da comissão de desporto militar do Exército.
Ele também integra o grupo de trabalho entre os ministérios do Esporte e da Defesa para a preparação dos Jogos Olímpicos e hoje é diretor do Departamento de Desporto Militar da Defesa.
Sua indicação dá fôlego ao setor militar em outra disputa, esta entre o Ministério da Justiça e da Defesa, pelo comando da segurança dos grandes eventos.

Raio-X
Nome
Fernando Azevedo e Silva
Cargos
Diretor do Departamento de Desporto Militar do Ministério da Defesa desde 2012. Integrou o grupo responsável pela realização dos 5º Jogos Mundiais Militares, ocorridos em 2011, no Rio de Janeiro.

Presidenta da República indica general para presidir a Autoridade Pública Olímpica

A presidenta Dilma Rousseff encaminhou ao Senado Federal a mensagem nº 420 para apreciação do nome do general Fernando Azevedo e Silva para presidir a Autoridade Pública Olímpica (APO). A próxima etapa desse processo é a sabatina do oficial pelos senadores na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) e a votação da indicação no plenário do Senado.
Atual diretor do Departamento de Desporto Militar do Ministério da Defesa, o general Fernando integrou o grupo responsável pela realização dos 5º Jogos Mundiais Militares, ocorridos em 2011. Ele também teve papel destacado na preparação da bem-sucedida equipe de atletas-militares que participou dos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012. A APO é a entidade do governo federal que faz a interligação com os governos estadual e municipal nos Jogos Olímpicos Rio 2016.
ImagemA mensagem da presidenta Dilma foi publicada, hoje (1º), na Seção 1 do Diário Oficial da União. Logo pela manhã, o general esteve com o ministro da Defesa, Celso Amorim, e com o secretário geral do MD, Ari Matos. Ainda pela manhã, se reuniu também com o comandante do Exército, general Enzo Martins Peri.
Após os encontros, o general Fernando informou que pretende ir ao Senado dentro dos próximos dias para se colocar à disposição dos parlamentares.
Londres 2012 e Rio 2016

Na gestão do general Fernando no Departamento de Desporto Militar, o Brasil enviou a maior delegação de atletas-militares aos Jogos Olímpicos de Londres. Os 51 atletas foram responsáveis pela conquista de cinco das 17 medalhas olímpicas, com destaque para a judoca Sarah Menezes, que obteve ouro no judô.

Agora, uma vez aprovado seu nome no Senado, o oficial general terá por missão comandar a APO para os jogos olímpicos Rio 2016. Natural do Rio de Janeiro, general Fernando foi declarado aspirante a oficial da Arma de Infantaria, em 14 de dezembro de 1976, e promovido ao posto atual (general-de-divisão) em 31 de março de 2011.

Foi comandante da Brigada de Infantaria Paraquedista (2007 a 2009); comandante do Centro de Capacitação Física do Exército (2009 a 2011); diretor do Departamento de Desporto Militar e presidente da Comissão Desportiva Militar do Brasil do Ministério da Defesa (2012 até o presente momento).
Integrou, como atleta, as equipes das Forças Armadas de Voleibol e de Paraquedismo. Disputou os campeonatos Brasileiro (infantil e juvenil), os Jogos Estudantis Brasileiros (JEB’s), o Mundial Militar do Conselho Internacional do Desporto Militar, entre outros.
EMCFA se dispõe a formar militares da Mauritânia em escolas brasileiras

Com o objetivo de estreitar relações e cooperações bilaterais, o chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA), do Ministério da Defesa, general José Carlos De Nardi, recebeu, nesta segunda-feira pela manhã, o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas da Mauritânia, general El Ghazovani.

Entre os assuntos tratados pelos chefes dos Estados-Maiores dos países estavam a colaboração militar nas áreas de ensino, treinamento de pessoal e produtos de defesa. O general De Nardi destacou que o país está “à disposição para oferecer suas instituições de ensino para a formação dos militares da Mauritânia”.

Por sua vez, o general El Ghazovani mencionou o interesse em um projeto de grande importância para o seu país: a criação de um sistema de monitoramento e controle do espaço aéreo da Mauritânia. “Já estamos discutindo com a Embraer esse projeto e esperamos a finalização da proposta e o aval financeiro.”

Nos próximos dias, os militares da delegação do país africano irão participar de conversas com o Comando da Aeronáutica e outros atores do sistema de defesa brasileiro. O general De Nardi disse que espera visitar, em abril ou março, a Mauritânia com a finalidade de aprofundar as negociações entre os países.  

No chão

Sônia Racy

Para comemorar seus 30 anos de atuação na Europa, a Embraer acaba de doar ao museu Le Bourget de aviação, em Paris, um Tucaninho. A aeronave, que também está completando três décadas, foi operada pela Força Aérea francesa entre 1994 e 2009.

Escritor é impedido de viajar aos EUA

Maria Fernanda Rodrigues

De passagem pelo Brasil para o lançamento de seu romance Degelo (Companhia das Letras), o escritor alemão de origem búlgara Ilija Trojanow, de 48 anos, foi impedido, na segunda-feira, de embarcar em Salvador num voo da American Airlines ramo aos Estados Unidos para um encontro acadêmico. "Não me deram nenhuma razão ou explicação", disse o escritor ao Estado.
Em texto publicado ontem pelo jornal Frankfurter Allgemeiner, ele comenta que suas críticas ao escândalo de espionagem da Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos (NSA) teriam motivado a proibição de sua entrada no País e conta em detalhes sua passagem pelo aeroporto de Salvador, quando uma funcionária da companhia aérea teria dito que seu caso era "especial".
Já no aeroporto do Rio, no início da noite, enquanto esperava para embarcar de volta à Alemanha, o escritor afirmou que tinha um visto válido. "Eu me sinto prejudicado no meu trabalho de escritor e jornalista porque eu estava viajando para um grande colóquio sobre literatura alemã, onde eu seria um dos conferencistas." Sobre o motivo da proibição do embarque, disse: "Eu só posso especular: não sou o primeiro jornalista crítico que foi incomodado pelas autoridades americanas. Qualquer que seja a razão, tal arbitrariedade não é aceitável numa sociedade democrática."
Procurado pelo Estado, o Consulado Geral dos Estados Unidos no Rio de Janeiro respondeu, por meio de sua assessoria de imprensa, que não se pronuncia sobre casos específicos de visto. A American Airlines não comentou o caso até o fechamento da edição.
Trojanow vai tentar viajar de novo para os Estados Unidos e, diz que pretende descobrir por que está na lista negra. Este não foi o primeiro problema do autor com o país. No artigo do diário alemão, ele contou que no ano passado solicitou um visto - que foi negado - para atuar como professor convidado da Universidade de Washington em St. Louis. Depois de protestos da universidade, o visto foi concedido.
O alemão é, ao lado de Juli Zeh, autor de Angriff auf die Frdheit (Ataque à Liberdade), de 2009. O livro traz o subtítulo Obsessão Com a Segurança, Estado de Vigilância e o Desmantelamento dos Direitos Civis, assunto caro ao autor que já publicou artigos sobre o tema e que é coautor de cama aberta à chanceler alemã Angela Merkel, na qual questiona a posição do governo alemão acerca da questão da espionagem americana.

'O governo vai desistir do modelo atual de ferrovias'

Alexa Salomão

Entrevista
Armando Castelar Pinheiro, coordenador de Economia Aplicada do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV)
Na avaliação de Castelar, concessões no setor não saem em 2013 e, caso 0 governo insista no modelo, ficam para 2015
Para o economista Armando Castelar Pinheiro, do Ibre/ FGV, o modelo de concessões para as ferrovias tem várias inconsistências, e dificilmente alguma concessão ferroviária deve sair ainda este ano.
O governo acredita que pode licitar dois trechos de ferrovia ainda neste ano.
Acho muito difícil sair qualquer concessão ferroviária este ano. Acho também que o governo vai desistir do modelo atual e refazer várias licitações ferroviárias. Há uma chance grande de que se abandone a ideia de separação vertical entre operador de infraestrutura e operador de transporte. Se isso for mantido, as licitações só saem em 2015 ou mais tarde.
Qual o problema do modelo?
Há benefícios na operação integrada do trem e do trilho. Gera problemas separar as coisas: o cara que opera o trilho não tem incentivo para fazer o trem ir e vir bem. Ao mesmo tempo, quem opera o trem não se preocupa se está destruindo o trilho. Isso ocorre nas rodovias no Brasil. O caminhoneiro coloca no caminhão uma carga para a qual a rodovia não foi construída para suportar no longo prazo. O cara do caminhão não está preocupado se a estrada a aguenta. Não é problema dele. Quando o Brasil começou a instalar ferrovia no século 19, adotou-se um modelo parecido. Havia uma garantia de retorno independente do fluxo de trens. O serviço foi um desastre porque o retomo da concessão não dependia do uso da ferrovia. A empresa dava o pior serviço ao custo que lhe fosse mais barato. É isso que vai acorrer nesse modelo atual. O chamado risco Valec, agora Empresas Brasileira de Ferrovias, também é muito grande. O governo pode prometer de pé junto que vai bancar a Valec para comprar as cargas. Mas aí vem um outro governo, que não dá o dinheiro, e como ela vai pagar?
Qual a possibilidade de o modelo vingar como está?
O governo esta colocando um caminhão de subsídios, dando dinheiro de graça. A maior parte dos recursos do BNDES é com juro real zero. Se o governo tirar todos os impostos der todo o dinheiro e assumir todos os riscos, talvez o modelo vingue. Mas eu acho difícil. Um governo não pode amarrar o dinheiro de outro governo. Não há como prometer isso. Há um risco também na TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo). Os empréstimos para 80% do investimento têm TJLP quase zero. Nada garante que um governo no futuro não vai igualar a TJLP à Selic. Se isso ocorrer, toda a equação financeira muda. Existe um risco alto no financiamento. A ideia de tentar trocar o pedágio, que é a remuneração da concessão, por um crédito subsidiado e pagamentos de orçamento cria riscos políticos e regulatórios. Seria mais simples dizer: o seu pedágio é tanto e te remunera tanto. A boa prática diz que o consumidor deve pagar uma parte da concessão. O problema é que o governo quer reduzir a participação do usuário e com isso aumenta a do contribuinte. Gomo o dinheiro do orçamento está comprometido com gastos sociais (educação, saúde, previdência), o investimento no setor público não anda, e o governo, via banco público, dá dinheiro para o investimento. É um orçamento paralelo mantido via aumento da dívida bruta. Isso é muito injusto. Por que o cara do Rio Grande do Sul precisa pagar pela estrada da Bahia?
Quem é
Engenheiro pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica e doutor em Economia pela Universidade da Califórnia, Berkeley, atuou no Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada e no Gávea Investimentos.

Jogo Rápido

Rio 2018 - General é indicado para a presidência da APO

Fernando Azevedo e Silva, que dirige a Comissão Desportiva Militar, foi indicado para assumir a Autoridade Pública Olímpica pela presidente Dilma Rousseff. Seu nome será avaliado pelo Senado.


Soldado do Exército é preso com réplica de arma em Campinas

Jovem de 19 anos estava com outros três suspeitos de praticar roubo. Quadrilha foi abordada pela Polícia Militar na madrugada desta terça-feira.

Do G1 Campinas e Região

Um soldado do Exército e outros três jovens, entre eles dois adolescentes foram detidos na madrugada desta terça-feira (1°), em Campinas (SP), por suspeita de roubo. O grupo estava com um simulacro de arma de fogo.

O bando foi abordado em um carro modelo Palio durante patrulhamento de rotina na região. Segundo o sargento da Polícia Militar Abrão Stefano, por falta de esclarecimentos sobre a origem de um smartphone, os policiais entraram em contato com a proprietária do aparelho, que informou que foi vítima de assalto. Ela reconheceu o bando e o equipamento roubado.

O jovem de 19 anos, que está prestando serviços militares, foi preso e será encaminhado para a corporação. Além dele, outro rapaz de 22 anos foi levado para a cadeia anexa ao 2° Distrito Policial, e os dois adolescentes, de 13 e 16 anos, permanecem à disposição da Justiça. "Um enquadrou com o simulacro e o outro que fez a revista e subtraiu o celular e pediu o dinheiro. Os outros dois indivíduos assumiram que teria ficado no veículo e o que faz o serviço militar obrigatório é o que estava responsável pela condução do veículo”, explicou o sargento.

Quatro celulares e a réplica de arma foram apreendidos. O caso foi registrado no 1° DP.

Morador de Ferraz de Vasconcelos ajuda na reconstrução do Haiti

Ele faz parte de missão da ONU que atua no país. Terremoto destruiu o local em 2010.

Do G1 Mogi das Cruzes e Suzano

Desde o terremoto de 2010 que deixou mais de 250 mil mortos, entre eles, 20 brasileiros o Haiti é um país em reconstrução. Para isso conta com a ajuda humanitária de mais de 50 países, inclusive o Brasil. Os habitantes do Alto Tietê também estão nessa luta.
Gilmar de Souza Fernandes é cabo da Força Aérea Brasileira. Ele é morador de Ferraz de Vasconcelos e saiu do município para atuar nas Forças Armadas. Fernandes conta que seu grande sonho sempre foi servir em uma missão de paz. Há dois meses, ele trabalha na capital do Haiti, Porto ImagemPríncipe, na Missão da Organização das Nações Unidas para Estabilização do Haiti (Minustah). A missão é formada por mais de 6 mil militares de 18 países. “É uma imensa satisfação estar aqui, representando Ferraz de Vasconcelos e o Alto Tietê. Há nove anos estou na Força Aérea e servir nessa missão é a realização de um sonho”, afirma o cabo.
Apesar de todas as dificuldades que enfrenta no Haiti, Fernandes diz que ajudar o povo haitiano é uma imensa alegria. “Quando eu vejo o sorriso de uma criança haitiana, recarrego as baterias.” Fernandes encontra na satisfação do trabalho uma forma de driblar a saudade que sente de Ferraz de Vasconcelos. "Porto Príncipe e Ferraz de Vasconcelos são duas cidades com características semelhantes. As mesmas dificuldades que vejo na minha cidade encontro aqui também. Mas, no fundo, tudo é novidade e a cada dia é um trabalho diferente. Eu nunca imaginei estar aqui”, detalha o cabo da Força Aérea.Imagem
Fernandes assim como os outros militares são chefiados na Minustah pelo general brasileiro Edson Leal Pujol. "A importância das Nações Unidas se fazerem presentes aqui, de enviarem uma missão é na tentativa de ajudar o governo haitiano, ajudar o país a se fortalecer e se reestruturar para dar condições de prosseguir em busca de um futuro melhor!", explica Pujol. O contingente de brasileiros é o maior de todos com 1,4 mil militares.
O trabalho dos integrantes da Minustah não é fácil. Apesar de estar no Caribe rodeado por um mar de azul cristalino, o Haiti é um país marcado pelo caos e pela tragédia. Além do pior terremoto do século em 2010, os furacões arrasam cidades inteiras, sendo uma média de 20 por ano. Segundo a Minustah, dos 9,8 milhões de habitantes, 90% não têm energia elétrica, 80% não possuem água encanada, 70% estão desempregados e mais da metade são analfabetos.
Cotidiano

A Minustah transformou uma antiga fortaleza de 1794, um dos pontos mais altos de Porto Príncipe, no “Forte Nacional”. No local é possível avistar o porto do Haiti, o centro urbano e a Catedral de Notre Dame destruída pelo terremoto. “Nós nos encontramos no centro, inseridos na área de responsabilidade do batalhão. Nós temos condições de observar não só a nossa área como também as áreas de outras companhias podendo comunicar oportunamente o comando do batalhão sobre qualquer fato e até mesmo intervir prontamente se preciso for”, explica o capitão e subcomandante da 1ª Companhia de fuzileiros da Força de Paz, Túlio Pires Barbosa.
A principal atividade dos brasileiros no Haiti são as patrulhas. Isso porque a polícia haitiana ainda não tem condições de, sozinha, garantir a segurança.
O trânsito nas ruas de Porto Príncipe é caótico e sem nenhum respeito. Não há transporte público, a população se vira como pode nos "tap taps" ônibus extravagantemente decorados à moda haitiana.
Muitos passageiros corajosos vão pendurados em caminhonetes adaptadas e até em cima de caminhões. Em algumas motos é possível ver até três 3 pessoas. Nos horários de pico, 1 quilômetro pode demorar até mais de duas horas para ser percorrido embaixo de um calor de 40 graus na sombra o dia inteiro.
ImagemSe o transporte é improvisado, o comércio não fica para trás. Um dos principais centros de compra da capital haitiana é o "Mercado Salomão".
Os produtos ficam espalhados no chão acondicionados em cestas e balaios. Mesmo com alimentos repletos de moscas e vendidos ao lado de poças com água de esgoto, o mercado ainda é considerado um dos mais organizados da cidade.
Outro local muito popular para compras é o “Mercado da Venezuela” também conhecido como “Cozinha do Inferno”. A ideia do espaço foi dos venezuelanos e a característica principal do local é que os vendedores carregam na cabeça seus produtos. O apelido o mercado ganhou por causa de matadouro que fica na mesma área e que usa métodos cruéis, segundo os haitianos, no abate dos animais.
A atuação da Minustah não fica restrita apenas a capital do Haiti. Eles também circulam por outros municípios, como Cité Soleil. Segundo a Missão das Nações Unidas, a cidade é uma das mais complicadas para o patrulhamento por causa dos becos estreitos. “É difícil mapear esses becos. A população também às vezes coagida pode estar escondendo criminosos e eles se misturam em meio a população. Assim fica meio difícil identificá-los. O calor também atrapalha um pouco”, diz o capitão Victor Berbardes de Faria.
É em um dos becos de Cité Soleil que a situação de miséria do Haiti se materializa. Alguns moradores do local montaram uma fábrica de biscoitos. Mas, o espanto é em relação a matéria-prima principal do produto: lama.
Os haitianos misturam barro, manteiga, sal e água. E depois de misturar os “ingredientes” e dar o formato do biscoito, eles são colocados ao sol para secar. A família responsável pela fábrica informa que produz cerca de 2,5 mil biscoitos por dia. Eles vendem seis unidades por US$ 1.

Para voar com conforto, taxas extras

"Sabemos quem é você. Podemos customizar os produtos que lhe oferecemos", diz o CEO da Delta, Richard Anderson.

Scott Mayerowitz e Itsuo Inouye
AP

As companhias aéreas estão colocando no mercado um novo conjunto de tarifas, mas desta vez os passageiros podem até gostar. Ao contrário da primeira geração de taxas, que levava os passageiros a pagar por serviços até então gratuitos, como despachar uma mala, essas novas tarifas prometem um gostinho da vida que gostaríamos de viver, ou pelo menos um voo mais prazeroso.
Espaço adicional para as pernas, embarque antecipado e acesso a salas de espera tranquilas foram só o começo. Hoje as companhias aéreas alugam iPads pré-carregados com filmes, vendem refeições quentes de primeira classe na categoria econômica e permitem que os passageiros paguem para ter uma poltrona vazia ao seu lado. Em terra, eles podem pular a fase do recolhimento de bagagem e ter suas malas entregues diretamente em casa ou no escritório.
No futuro próximo, as empresas aéreas pretendem ir além, ao usar maciços volumes de dados pessoais para customizar produtos para cada passageiro. "Mudamos da cobrança por antigos benefícios para elevações de categoria", diz John F. Thomas, da L.E.K. Consulting. "A questão é personalizar a experiência de viajar."
As empresas aéreas enfrentam dificuldades para elevar o valor das passagens o suficiente para cobrir os custos. As taxas adicionais arrecadam mais de US$ 15 bilhões por ano e são o motivo pelo qual muitas delas são lucrativas. Mas a receita proveniente de taxas mais conhecidas como a de despachar malas estagnou. Assim, as companhias estão vendendo novos extras e copiando métodos de marketing aprimorados pelas varejistas.
A modernização tecnológica permite que as aéreas vendam produtos diretamente aos passageiros no ato da reserva, em e-mails subsequentes, diante da aproximação da data da viagem, no check-in e ainda em mensagens de texto por celular antes do embarque.
A Delta Air Lines deu recentemente a seus comissários de voo aparelhos sem fio, que lhes permitem vender aos passageiros, de última hora, lugares de categoria superior, com mais espaço para as pernas. E, assim como a Amazon oferece sugestões com base nas compras passadas de cada internauta, as companhias aéreas conseguirão em breve lançar mão do comportamento passado para abordar os passageiros.
"Temos enormes volumes de dados", diz o principal executivo da Delta, Richard Anderson. "Sabemos quem é você. Sabemos qual foi a sua história na companhia. Podemos customizar os produtos que lhe oferecemos."
Outras empresas aéreas estão testando o rastreamento da movimentação dos passageiros pelo aeroporto. No futuro, se alguém passar nos controles de segurança horas antes de seu voo, poderá receber, por mensagem no celular, um vale com desconto para usar na sala de espera da companhia aérea.
Por enquanto, a maioria desses dados está sendo usada para reconquistar os passageiros que tiveram o voo adiado ou a bagagem perdida. "Queremos voltar a um ponto em que as pessoas sintam que viajar não é coisa a ser suportada, mas algo que podem curtir", diz Bob Kupbens, vice-presidente de marketing e comércio digital da Delta.
A maioria dos passageiros escolhe os voos com base na tarifa mais baixa. Os sites de vendas de passagens e pacotes de viagem, que permitem comparar preços, acentuam essa tendência. Quando as companhias aéreas tentam elevar os valores, encontram resistência. "Os clientes são muito rápidos em alterar seu plano de viagem, usar outra empresa aérea, ou desistir de vez de viajar", afirma Jim Corridore, analista da Standard & Poor"s.
Nos últimos três anos, as companhias aéreas tentaram elevar as tarifas 48 vezes, segundo a FareCompare.com. Em 29 dessas tentativas, as reservas caíram o suficiente para as empresas abandonarem a elevação.
A maioria das tarifas hoje não cobre o custo do voo. Enquanto a tarifa básica média doméstica de ida e volta (nos EUA) subiu 3% nos últimos dez anos, o preço do querosene de aviação quase triplicou.
Sem as cobranças extras, dizem os especialistas, as passagens seriam 15% mais altas. "Ou você fecha a empresa ou encontra uma maneira de cobrir" seus custos, diz Robert Jordan, diretor comercial da Southwest Airlines.
A Southwest absteve-se de cobrar pela maioria das bagagens embarcadas. Mas vende muitos outros opcionais. Por US$ 40, por exemplo, quem está no fim da fila de embarque pode passar à frente.
As companhias aéreas afirmam que as taxas trazem um senso de justiça ao sistema. Por que um passageiro com uma pequena bagagem deveria subsidiar uma família de quatro pessoas que despache suas malas?

Disputa por aeroportos gera guerra de bastidores

De Brasília

Os consórcios interessados no leilão dos aeroportos do Galeão (RJ) e de Confins (MG) armaram uma guerra de bastidores em Brasília, nos últimos dias, para convencer o Tribunal de Contas da União (TCU) com seus argumentos. Eles só concordam em um ponto: a decisão do tribunal - manter ou não restrições à participação dos acionistas de aeroportos já administrados pelo setor privado - pode mudar completamente os rumos do leilão.
Até ontem à tarde, o relatório da equipe técnica responsável pelo assunto no TCU ainda não estava fechado. Havia uma leve tendência, conforme apurou o Valor, a preservar o limite de 15% à fatia dos atuais controladores de aeroportos privados nos consórcios da nova disputa. Alguns ministros, no entanto, já se mostravam convencidos a derrubar essa restrição. Um deles afirmou, reservadamente, que "cabe ao TCU garantir a maior concorrência possível no momento da licitação" e fica com o Cade e a Agência Nacional de aviação Civil (Anac) a responsabilidade por "assegurar que haja um ambiente competitivo entre os operadores".
Outro ministro comenta que, embora tenha uma opinião sobre o assunto, deverá acompanhar as conclusões do relatório técnico. Uma corrente no TCU entende que não há problemas em manter o limite de 15%. Para esse grupo, o intuito de cobrar esclarecimentos do governo era apenas evitar a imposição de novas barreiras no futuro, de forma discricionária. Mas essa ala acredita que é importante ter cinco operadores diferentes à frente dos maiores aeroportos do país e que isso permitiria criar padrões de qualidade, um "benchmark", com base na melhor empresa.
Para outra corrente, a prioridade é aumentar a concorrência no leilão. Seis consórcios já estão prontos para a disputa do Galeão. Se os atuais controladores dos aeroportos privatizados forem autorizados a entrar na disputa, outros quatro grupos devem se somar. Invepar, Inframérica, Triunfo e UTC têm parcerias engatilhadas com grandes operadoras estrangeiras. A Triunfo e a UTC são sócias na Aeroportos Brasil, concessionária de Viracopos (SP), mas devem se separar.
Essas empresas argumentam que Viracopos e Guarulhos não concorrem diretamente com o Galeão. Portanto, não há fundamentos para manter restrições, já que o aeroporto carioca está a mais de cinco horas de distância - de carro - dos aeroportos paulistas. Os defensores das restrições alegam que, juntos, o Galeão e Guarulhos representam 84% dos passageiros internacionais.
A ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, reiterou ontem que a decisão sobre a manutenção de barreiras aos atuais controladores de aeroportos está nas mãos do TCU. "Deixamos claro que essa não é uma questão imutável para nós. Queremos ter um leilão bastante competitivo", disse Gleisi ao Valor. Ela preferiu não manifestar expectativas sobre o pronunciamento, hoje à tarde, do tribunal de contas. "Temos que esperar as orientações."
Outro ponto sob análise do órgão de controle, mas que deve ser aprovado, é a presença obrigatória nos consórcios de um estrangeiro com operações relevantes no exterior. No Galeão, o operador internacional precisa ter experiência de 35 milhões de passageiros ao ano, em pelo menos um aeroporto.
Em Confins, a regra inicial previa o mesmo patamar mínimo, mas depois baixou para 20 milhões. O governo aplicou um fator de 2,2 vezes a movimentação atual nos terminais que serão concedidos para fixar essa exigência. Alegou, para isso, ter-se baseado em regras definidas para leilões de aeroportos que ocorreram no exterior.(DR)


BAND.UOL.COM.BR

Satélite deve cair na Terra até o fim do mês

No entanto, local e data exatos para impacto ainda são desconhecidos
ImagemO satélite europeu GOCE irá cair na Terra em outubro. Após uma missão bem sucedida de mapear a gravidade da Terra, o combustível do objeto irá se esgotar, fazendo com que ele comece a cair.

A ESA (Agência Espacial Europeia) informou que a entrada do satélite na atmosfera deve criar um forte calor e formar uma bola de fogo pela grande velocidade, o que fez a ESA o chamar de “Ferrari do espaço”.

O local exato, assim como a data da queda, ainda não são conhecidos, mas deve ocorrer cerca de duas a três semanas após o fim do combustível do satélite, programado para acontecer no meio de outubro.

“A área afetada será reduzida assim que se aproximar o tempo de sua reentrada. Mas levando em conta que dois terços da Terra são formados por oceanos e ainda há grandes espaços com pouca população, o perigo para vida é baixo”, disse um comunicado da ESA.

BARBACENA ON LINE (MG)

Ex-alunos da EPCAR doam livros para a instituição

Através do projeto “Lendo nas Alturas”, ex-alunos da Escola Preparatória de Cadetes do Ar (EPCAR), formados em 1998, doaram no sábado (28 de setembro) mais de 100 livros e revistas para a biblioteca da instituição. A iniciativa visa estabelecer parcerias voluntárias com os ex-alunos para a doação de livros e materiais didáticos para a modernização do acervo, que é utilizado por alunos regulares e de outras escolas de Barbacena. “A literatura possui diversas funções, dentre elas, a de tornar um homem um cidadão crítico e com uma perspectiva mais ampla de passado, presente e futuro, algo extremamente necessário ao militar”, destacou Gabriel Henrique Dias de Souza, representante dos alunos da EPCAR.

RONDONIAAOVIVO.COM.BR (RO)

Base Aérea de Porto Velho realiza Portões Abertos 2013

Como parte das comemorações da Semana da ASA (semana em que se comemora o dia da Força Aérea Brasileira, o do Dia do Aviador e o Aniversário da BAPV – 29 anos) a Base Aérea de Porto Velho promoverá, no próximo dia 13 de outubro, o evento Portões Abertos 2013, cujo objetivo principal é estreitar os laços com a comunidade e apresentar as atividades da FAB para a população rondoniense.
O evento, que ocorrerá durante todo o dia de domingo, das 9h às 17h, terá diversas atrações: apresentações artísticas, saltos de paraquedas, tirolesa, apresentações de dança, apresentação de bandas de música e da Banda da BAPV, praça de alimentação, exposição estática de aeronaves, entre outros. Paralelamente às atrações artísticas, também deverão ser desenvolvidas ações sociais e de saúde, tais como orientações sobre Saúde e Higiene bucal.
No dia, estão previstos sobrevoos de Caças A-29, do Esquadrão Grifo, e os Helicópteros AH-2 Sabre, do Esquadrão Poti. Além disso, os visitantes que doarem um quilo de alimento não perecível, poderão concorrer a voos panorâmicos em aeronaves da Unidade.
Este ano, são esperadas mais de 35 mil pessoas e busca-se superar o número de alimentos arrecadados em relação ao ano passado, que serão revertidos a entidades carentes de Porto Velho.



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