NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 25/09/2013
Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.
Comissão de Orçamento adia reunião
Foram canceladas as duas reuniões da Comissão Mista de Orçamento que ocorreriam nesta terça-feira (14h30 e 18h). O presidente do colegiado, senador Lobão Filho (PMDB-MA), marcou uma nova reunião para o dia 25 (quarta-feira), depois da audiência pública com a ministra do Planejamento, Miriam Belchior.
A ministra irá à comissão falar da proposta orçamentária de 2014 (PLN 9/13), do contingenciamento de R$ 28 bilhões no Orçamento de 2013, anunciado pelo governo em maio, e da situação dos restos a pagar de 2012.
A pedido da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara, a ministra também irá debater a execução orçamentária das Forças Armadas neste ano.
A reunião desta terça havia sido convocada para votar o relatório final da proposta de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO – PLN 2/13) para 2014.
A reunião será às 14h30 no plenário 2.
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Do discurso à prática
Edson Luiz
A presidente Dilma Rousseff, como era esperado, adotou um tom crítico ao abordar, durante discurso na Organização das Nações Unidas (ONU), a questão da espionagem dos Estados Unidos a ela e a outros cidadãos. A chefe da nação já havia adiado visita de Estado a Washington para se encontrar com o colega Barack Obama. A alegação foi que os americanos não deram respostas aos questionamentos do Palácio do Planalto em relação ao monitoramento feito pela agência de segurança dos EUA. É cedo para avaliar se, do ponto de vista político e diplomático, a presidente agiu certo.
Entretanto, o episódio revelou que o nosso país necessita de legislação mais rígida sobre o tema. Parece que os governos não atentaram, nos últimos anos, para a área da cibernética. Apenas alguns setores da administração, como as Forças Armadas, se tocaram que o assunto é de extrema relevância. Na ONU, Dilma avisou que o Palácio do Planalto vai apresentar projetos para a criação de um marco civil para o uso da internet. Ela quer usar o mecanismo com neutralidade e não como arma de guerra.
A presidente tem razão, mas isso era para ter sido feito antes, assim como acertar o setor de inteligência do governo, o que ajudaria impedir a espionagem. Para se ter uma ideia, desde o fim de 2010, está no Palácio do Planalto, para ser regulamentada, a Política Nacional de Inteligência, que definirá os rumos do setor. Pode não ser o único caminho para evitar ações como a espionagem, mas já é um passo que o Brasil está demorando a adotar. Além disso, é preciso profissionalizar e valorizar os órgãos que cuidam do tema.
O país é hoje uma das grande potências mundiais. Por isso, não pode ficar devendo em algumas áreas, como a inteligência e a cibernética. Se não tomarmos providências, investindo nesses setores, seremos sempre alvos de todos os tipos de ações, inclusive da espionagem. Entretanto, se tivermos uma política no setor para nos apoiar, haverá chances de nos antecipar, adotando medidas preventivas. Porém, nada justifica atos que atentem à soberania do país.
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Projeto pode transformar Brasil em centro de pesquisa aérea
Projetos militares contribuem para o aquecido setor de aeronaves não tripuladas
Rodrigo de Oliveira Andrade, da Agência Fapesp
São Paurlo - Um projeto ambicioso, desenvolvido para fins militares, poderá levar o Brasil a se tornar um importante polo de pesquisa, desenvolvimento e produção de novas tecnologias relacionadas aos veículos aéreos não tripulados, os vants – também conhecidos como drones. Idealizado para uso das Forças Armadas, o Falcão, como foi batizado, será o maior vant militar nacional.
Se o projeto avançar, a aeronave terá 11 metros de envergadura, de uma ponta a outra da asa, e autonomia mínima de 16 horas. Ele poderá atuar em operações de vigilância marítima e de fronteiras, missões de busca e salvamento, no combate ao tráfico de drogas, crimes ambientais e na segurança e monitoramento de grandes eventos, como os Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro, ano em que a aeronave deverá ser concluída. Até agora, cerca de R$ 85 milhões já foram investidos por parte da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), de institutos de pesquisa e da própria indústria.
O Falcão começou a ser desenvolvido pela Avibras no final da década passada. A empresa brasileira com sede em São José dos Campos, interior paulista, em parceria com o Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) da Aeronáutica, contou com os sistemas de navegação e controle de outra empresa da mesma cidade, formada no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), a Flight Technologies.
Desde fevereiro deste ano, o Falcão integra a linha de produtos da Harpia Sistemas, empresa criada a partir da associação entre a Embraer Defesa & Segurança, braço militar da Embraer, e a AEL Sistemas, com sede em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, subsidiária da Elbit Systems, uma das maiores fabricantes de produtos de defesa de Israel – a mesma a fornecer os primeiros drones para uso da Força Aérea Brasileira (FAB) em 2010. Em janeiro deste ano, a Avibras também se tornou acionista da Harpia.
“Desde então conduzimos estudos de configurações para atender aos requisitos operacionais das Forças Armadas para um sistema de vant capaz de cumprir missões de inteligência, vigilância e reconhecimento”, diz Rodrigo Fanton, presidente da Harpia. O primeiro protótipo do Falcão está sendo usado como ponto de partida para a adequação aos requisitos apresentados pelo Ministério da Defesa, que incluem um conjunto de sensores, sistema de comunicação de dados e uma estação de controle em solo.
A aeronave terá cerca de 800 quilos (kg), podendo transportar mais combustível e equipamentos do que outros drones da mesma categoria a uma altura de 5 mil metros. Dentro do veículo aéreo, no lugar do piloto, poderão ser instalados sensores, câmeras e radares, entre outros itens. Boa parte da estrutura do Falcão foi desenvolvida com tecnologia nacional, como os sistemas de eletrônica de bordo, controle e navegação. “Ele terá dimensões equivalentes ao Super Tucano, aeronave turboélice da Embraer para ataque tático”, comenta Flavio Araripe d’Oliveira, coordenador do projeto vant no DCTA. “Vants de médio e grande porte, como o Falcão, são controlados do solo por técnicos em contêineres equipados com computadores e sistemas de comunicação”, diz.
O Falcão utiliza outro vant brasileiro como plataforma de testes para o sistema de navegação e controle: o Acauã, um drone de 150 kg e 5 metros de envergadura concluído em 2010. Ele foi desenvolvido pelo DCTA, centros de pesquisa do Exército (CTEx) e da Marinha (IPqM) (ver Pesquisa FAPESP n° 185) e pela Avibras. Foram realizados dezenas de voos experimentais na Academia da Força Aérea, em Pirassununga, interior de São Paulo.
Hoje o Acauã é utilizado pelo DCTA, Exército e Marinha, e pelas empresas Flight Technologies e Bossan Computação Científica (BCC), do Rio de Janeiro, num novo projeto, agora voltado à concepção de uma tecnologia de pouso e decolagem automáticos, que já apresentou bons resultados nos primeiros experimentos em pista realizados em agosto. O projeto conta com financiamento de R$ 4 milhões da Finep. “Desenvolvemos um sistema com sensores de aproximação com DGPS, que garante um posicionamento muito preciso por satélite, e radar altímetro capaz de medir a altura da aeronave em relação ao solo. Até agora, pouso e decolagem eram realizados apenas sob o comando de um operador”, explica D’Oliveira.
Também no DCTA pesquisadores do Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), em parceria com professores do ITA e engenheiros da empresa TGM Turbinas, com sede em Sertãozinho, interior paulista, trabalham em outro projeto que poderá impulsionar o setor brasileiro de drones. Trata-se de um motor turbojato movido a querosene de aviação que pode ser usado em vants com peso máximo de 1,2 tonelada.
A Turbina Aeronáutica de Pequena Potência (TAPP) é a primeira a ser produzida no Brasil com características de durabilidade e potência de 5 mil newtons (N), força capaz de impulsionar uma aeronave de até 1,5 tonelada. “Planejamos um grupo de turbinas que possam ter aplicações em vants, mísseis e uma linha para geração de energia”, diz Alexandre Roma, da TGM, um dos engenheiros responsáveis pelo projeto. Ele conta que o equipamento não será usado no Falcão, mas instalado inicialmente em alvos aéreos para treinamento de pilotos em aviões de combate.
Produção em série
Em julho, a turbina foi testada pela primeira vez no banco de provas do IAE. Segundo o engenheiro mecânico José Francisco Monteiro, coordenador do projeto, todos os componentes da TAPP foram fabricados no Brasil, exceto o rolamento para a sustentação de seu eixo. Um dos objetivos é qualificar a mão de obra brasileira para sua produção em série. “Como essa turbina pode ser instalada em mísseis de longo alcance, sua comercialização tem sido dificultada, devido aos tratados de não proliferação de armas nucleares. A alternativa é fabricar a turbina no Brasil”, avalia Monteiro.
Novos testes estão programados até o fim deste ano com o objetivo de fazê-la atingir a rotação máxima de 28 mil rotações por minuto. O projeto conta com financiamento de R$ 30 milhões da Finep. A agência já firmou 23 contratos e convênios, num total de R$ 69 milhões, voltados ao trabalho de pesquisa e desenvolvimento tecnológico de vants no Brasil, conta William Respondovesk, chefe do Departamento das Indústrias Aeroespacial, Defesa e Segurança da Finep.
As vantagens inerentes ao uso dos drones em operações militares – sobretudo pelos Estados Unidos, após os atentados de 11 de setembro de 2001 – têm atraído cada vez mais a atenção de vários países. Entre 2005 e 2012, por exemplo, o número de nações que adquiriram essa tecnologia subiu de 41 para 76. Nesse mesmo período, o número de programas de pesquisa voltados para essa área nesses países saltou de 195 para 900, impulsionando um mercado em contínua evolução. Os norte-americanos ainda controlam boa parte desse mercado. Juntas, as empresas North Grumman e General Atomics Aeronautical Systems detêm 63% de toda a produção mundial de drones, de acordo com o Government Accountability Office dos Estados Unidos.
Também os gastos anuais em pesquisa, desenvolvimento e comércio dessas aeronaves devem dobrar na próxima década, chegando aos US$ 12 bilhões – totalizando US$ 90 bilhões nos próximos 10 anos –, como mostra o relatório World unmanned aerial vehicles systems, market profite and forecast 2013, divulgado em junho pela consultoria norte-americana Teal Group, especializada nas áreas aeroespacial e de defesa.
O Departamento de Defesa dos Estados Unidos deve seguir líder nesse setor. Israel vem logo em seguida. O país foi responsável por 41% dos drones exportados entre 2001 e 2011, segundo a Stockholm International Peace Research Institute, organização voltada à realização de pesquisas em questões sobre conflitos e segurança internacionais.
Obtenção de dados
Avanços recentes em áreas de tecnologia computacional, além do desenvolvimento de materiais mais leves e de avançados sistemas globais de navegação, também têm atraído a atenção de pesquisadores, que usam drones para a obtenção de dados em áreas de difícil acesso.
No dia 13 de junho a revista Nature publicou um artigo mostrando como esse tipo de tecnologia pode ser útil para o mundo acadêmico. Pesquisadores da Universidade do Colorado, nos Estados Unidos, por exemplo, têm usado vants para medir jatos de ventos que sopram no continente antártico. Isso poderá ajudá-los a entender a dinâmica que deu origem à formação das geleiras marinhas ao redor da Antártida. Também os biólogos aderiram aos vants em seus trabalhos de campo. Já na Índia, a World Wildlife Fund (WWF) tem usado os drones para detectar a presença de caçadores.
Esse crescimento para além do âmbito militar tem se refletido no Brasil. Nos últimos anos, pelo menos cinco empresas passaram a investir em pesquisa e desenvolvimento de novas aeronaves. A AGX é uma delas. Com sede em São Carlos, interior paulista, a empresa desde 2009 trabalha com o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Sistemas Embarcados Críticos (INCT-SEC), com sede na Universidade de São Paulo (USP) de São Carlos, na concepção de soluções voltadas para o uso de vants na agricultura, meio ambiente e mineração.
“Esse é o setor mais dinâmico, e o de maior crescimento, da indústria aeroespacial e de defesa em todo o mundo”, diz Adriano Kancelkis, diretor-presidente da AGX, empresa que contou com o apoio do Programa Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (Pipe) da FAPESP.
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Embraer compra a totalidade das ações da Atech
A Embraer fechou contrato para a aquisição da totalidade das ações da Atech, empresa nacional de sistemas que atua na área de Defesa
Desde 2011, a Embraer Defesa & Segurança já era dona de 50% das ações da Atech.
A Atech presta consultoria, suporte técnico e logístico, e desenvolve sistemas de tecnologia para as Forças Armadas. A empresa foi responsável, por exemplo, por desenvolver, para a Aeronáutica, o sistema usado para o controle do tráfego aéreo.
"A associação entre as duas empresas tem sido extremamente positiva, criando diversas oportunidades de negócio e contribuindo para ampliar o portfólio de produtos e serviços nas áreas de sistemas, defesa e segurança e controle de tráfego aéreo, complementares ao negócio aeronáutico", disse em nota Luiz Carlos Aguiar, presidente da Embraer Defesa & Segurança.
"Além disso, o fato de poder contar com o reconhecimento internacional da Embraer ajuda a reforçar o posicionamento da Atech no mercado brasileiro e no exterior".
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EUA pagam preço da omissão com Brasil
Nikolas Gvosdev
Pesquisador russo-americano de relações internacionais
Uma das realidades inevitáveis para qualquer governo americano é que o próprio presidente só pode se concentrar em aproximadamente dez questões urgentes de política externa em um determinado momento. Crises imediatas e ameaças urgentes à segurança nacional tendem a dominar essa lista, o que causa o lamentável efeito de tornar os altos escalões do aparelho americano de política externa mais reativos do que proativos.
Assim, a maior parte da atenção da equipe de segurança nacional do governo Barack Obama se concentrou, nas últimas semanas, na crise da Síria, em detrimento de assuntos que podem ser menos urgentes neste momento, mas terão um impacto muito mais importante no longo prazo sobre a posição dos EUA no mundo. O adiamento da visita de Estado da presidente brasileira, Dilma Rousseff, a Washington no próximo mês, em razão das revelações sobre atividades de espionagem dos EUA uma reação que poderia ter sido atenuada com pronta e apropriada atenção é um claro lembrete de que o governo americano precisa alcançar um equilíbrio entre reagir a eventos correntes e assentar as bases para o futuro.
Ninguém duvida que forjar um relacionamento mais estreito entre os EUA e a potência ascendente que é o Brasil faz, do ponto de vista estratégico, todo o sentido. Mas o governo Obama, aparentemente, não consegue encontrar tempo para dedicar a energia e o capital político necessários para estimular esse processo.
Dois anos atrás, eu adverti que "o foco de Washington na administração da crise atual impediria o trabalho lento e consistente necessário para cultivar laços com potências globais em ascensão, como índia e Brasil, que ainda permanecem cautelosas sobre a consolidação de qualquer tipo de parceria formal com os EUA".
Quando Obama visitou o Brasil, em 2011, Dilma deu a entender ao presidente: os brasileiros não iam mais se satisfazer com "retórica vazia" sobre parceria e buscariam uma relação mais equilibrada com os: Estados Unidos, uma "construção entre iguais". Aliás, uma mensagem indireta, mas clara de suas observações foi que Washington não poderia esperar que o Brasil aguardasse pacientemente até os EUA estarem prontos para tornar a relação mais ampla e profunda. No entanto, a visita de Obama ocorreu à sombra da crise na Líbia - a Operação Aurora da Odisséia começou quando o presidente estava no Brasil -e, por isso, uma operação militar no Oriente Médio ocupava o grosso da atenção da equipe de segurança nacional do presidente.
Reconhecendo que Obama, sozinho, não poderia ser capaz de dedicar muita atenção para assentar as bases de uma parceria estratégica mais estreita com o Brasil, argumentei na época que era preciso criar uma comissão Obama-Dilma permanente, com uma autoridade americana de peso - o vice-presidente ou o secretário de Estado -para lhe conferir o necessário prestígio e transmitir ao lado brasileiro o recado que Washington levava a sério a relação emergente.
No mínimo, Obama precisava entregar o cotidiano da administração das relações a alguém que pudesse ser visto como o alter ego do presidente nessa questão: alguém capaz de falar com a voz do presidente e avançar o processo entre agências americanas. Sem uma estrutura para traduzir palavras em recomendações políticas concretas, eu escrevi, então, "a advertência de Rousseff sobre "retórica vazia" se tomará uma profecia que induz sua própria realização".
Gradualismo
O tipo de foro que defendi não surgiu. Em vez de um esforço abrangente do tipo da ofensiva vigorosa do governo de George W. Bush para melhorar as relações com a índia, esforços graduais caracterizaram a relação EUA-Brasil. O resultado foi uma visita sem brilho de Dilma a Washington, no primeiro semestre do ano passado, em retribuição. Nenhum progresso real foi feito para avançar uma agenda de segurança e econômica abrangente para o hemisfério e nenhuma solução foi encontrada para desfazer algumas obstruções que haviam inibido o estreitamento dos laços.
Incitados, talvez, pelo não preenchimento das expectativas da retribuição da visita de Dilma, os Estados Unidos aumentaram seus esforços. Uma série de autoridades americanas de alto nível foi a Brasília e, após uma viagem do vice-presidente Joe Biden, em junho, Dilma aceitou o convite para fazer uma visita de Estado em outubro. Biden também transmitiu garantias de que, se o Brasil escolhesse a Boeing para fornecer jatos F-18 a sua Força Aérea, o Congresso americano, provavelmente, não bloquearia a venda ou a transferência de tecnologias sensíveis - reconhecendo que uma decisão brasileira que beneficiasse a empresa americana refletiria um novo alinhamento estratégico com os EUA.
Depois, em setembro, vieram as revelações de atividades americanas de espionagem no Brasil, incluindo interceptações de comunicações presidenciais. Os brasileiros ficaram furiosos e Dilma, antes da cúpula do G-20, em São Petersburgo, cancelou a visita a Washington da equipe de preparação para encontrar Obama.
Foi uma clara advertência de que o Brasil estava falando sério. No entanto, a atenção da Casa Branca estava nos relatos de que o governo de Bashar Ássad havia usado armas químicas na Síria e, como nenhuma autoridade de alto escalão do governo - seja o vice-presidente, o secretário de Estado ou o conselheiro de Segurança Nacional - tinha a "conta do Brasil" não havia ninguém em posição de desarmar a crise.
Os EUA tampouco tentaram programaram encontro paralelo bilateral entre os dois presidentes em São Petersburgo, que poderia ter sinalizado que Washington compreendia a perspectiva do Brasil Em vez disso, a aproximação foi circunstancial, com Obama tentando amaciar as coisas com Dilma pouco antes do banquete de abertura da cúpula do qual os dois participa seus esforços diplomáticos mais centrais na região."
A Casa Branca sustenta que isso é apenas um adiamento temporário, mas algumas fontes próximas de Dilma sugeriram que Washington não deve esperar que a visita seja reprogramada em um futuro próximo. O negócio com a Boeing está sob risco, agora, e outros acordos sobre exploração de petróleo e bio-combustíveis - essenciais para qualquer parceria energética significativa entre os dois países - também estão ameaçados.
Os danos ainda não são permanentes. Washington e Brasília podem se beneficiar do estreitamento dos laços. No entanto, Dilma deixou claro: o Brasil não deve ser desconsiderado. Se os EUA estão falando sérios sobre assegurar sua relação com a "segunda potência" do Hemisfério Ocidental, já é hora de o Brasil entrar na lista presidencial das dez questões prioritárias. / Tradução de Celso Paciornik.
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Operação militar simula guerra e atende população carente no RS
Operação Laçador começou no dia 16 de setembro nos três estados do Sul. Oito mil militares do Exército, Marinha e Aeronáutica estão envolvidos.
Dayanne Rodrigues- Da RBS TV
Moradores de Nova Santa Rita, na Região Metropolitana de Porto Alegre, estão recebendo nesta terça-feira (24) atendimento gratuito de militares que participam da Operação Laçador. Exames de glicose, consulta com médico e dentista, além de corte de cabelo, são algumas das atividades que estão sendo oferecidas no Terceiro Batalhão de Suprimento, em Nova Santa Rita.
Oito mil militares do Exército, Marinha e Aeronáutica estão envolvidos. A Operação Laçador começou no dia 16 de setembro nos três estados do Sul e vai até o dia 27.
De acordo com o Ministério da Defesa, o objetivo é preparar as três Forças Armadas para atuar de forma coordenada e eficaz em conflitos convencionais. Os exercícios envolvem simulações de ataque, defesa de espaço aéreo e terrestre, além de missões de busca e salvamento e ações cívico-sociais.
Em barracas no pátio do quartel, os militares simulam uma operação de guerra. É um treinamento de como seria o atendimento a população em uma situação extrema. É como se a população fosse levada para um “local de destino seguro”, expressão usada pelos militares.
Os moradores são recepcionados, passam por uma triagem e recebem café da manhã. Depois são orientados quanto aos serviços prestados. Militares da Força Aérea Brasileira, Marinha e Exército dos três estados do sul participam da Operação Laçador.
"Os militares sempre passam por esse tipo de adestramento e até é um momento de aproximação entre os militares e a população", ressalta o Coronel Marcelo Santos.
Oito cidades do Rio Grande do Sul vão sediar os exercícios militares até o dia 27 de setembro. No Rio Grande do Sul, as principais manobras serão realizadas nos municípios de Rosário do Sul, Alegrete, Rio Grande, Nova Santa Rita, Santa Maria, São Borja, Canoas e Porto Alegre. Três cidades de Santa Catarina e duas do Paraná também sediarão os exercícios.
Um Centro de Coordenação e Controle foi instalado na sede do Comando Militar do Sul (CMS), em Porto Alegre, para comandar as operações. Sistemas modernos permitem a integração, o estabelecimento de comunicações seguras e o acompanhamento de todas as ações realizadas pelas tropas, diz o Ministério da Defesa.
Só na Base Aérea de Santa Maria, na Região Central do estado, cerca de 1,5 mil militares estão envolvidos com a operação. No local estão 20 das 60 aeronaves que serão usadas no país. Já a Terceira Divisão do Exército deve coordenar três helicópteros e quase 250 veículos.
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Drone da FAB filma invasão de tropas em simulação de guerra no RS
Avião não tripulado orientou blindados na travessia de rio para o combate. Vídeo ajuda militares a invadir área do inimigo sem ser alvo ou correr riscos.
Tahiane Stochero do G1 em São Paulo
Imagens realizadas por um drone da Força Aérea Brasileira (FAB) ajudaram a tropa do Exército a invadir a área do inimigo durante uma simulação de guerra realizada durante um treinamento no Rio Grande do Sul.
As imagens, divulgadas pela FAB, foram captadas por um veículo aéreo não tripulado (vant, na sigla em português) que orientava os militares o caminho a seguir em terra para não serem alvo dos inimigos. O treinamento de combate foi realizado no último dia 18 no campo de instrução de Saicã, em Rosário do Sul.
Durante a ação, blindados do Exército e embarcações militares atravessam um rio. Nas margens do outro lado está o país a ser invadido e conquistado. O risco de serem alvo de bombardeios das tropas inimigas ou serem emboscadas, não sabem o que irão encontrar, é o que preocava.
As imagens foram feitas no último dia 18 pelo vant de fabricação israelense Hermes 450 entre 2 mil e 5 mil metros de altitude. Diferente de helicópteros, o vant não é identificado pelo inimigo.
“Infiltrar uma tropa e realizar um ataque transpondo um curso de água é uma situação crítica, que exige apoio aéreo. O vant coleta as imagens que nos mostraram o que há na margem oposta do rio, quais são as armas inimigas que estão disponíveis, o que iremos enfrentar, se a travessia está sendo correta, até para evitar riscos”, explica o coronel Ruben da Costa Neto.
A ação ocorreu durante a “Operação Laçador”, um treinamento conjunto do Exército, Marinha e Aeronáutica que reuniu mais de 8 mil militares. A operação começou dia 16 e segue até o dia 27 de setembro.
Os drones militares ficaram famosos ao serem usados pelos Estados Unidos durante as guerras no Oriente Médio. Imagens realizadas por drones monitoraram durante dias o terrorista Osama Bin Laden em uma casa no Paquistão antes de um ataque em que foi morto por tropas americanas. Drones armados também são usados pelos americanos para matar suspeitos de terrorismo no Iêmen, Afeganistão e Paquistão.
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Jornal que denunciou espionagem destaca 'discurso furioso' de Dilma
The Guardian diz que palavras da presidente brasileira representam a 'mais séria crise diplomática' provocada pelas denúncias
O jornal britânico The Guardian - que publicou desde junho denúncias sobre um esquema de espionagem em massa mantido pelo governo americano - destacou nesta terça-feira o "discurso furioso" da presidente Dilma Rousseff contra as denúncias de interceptação dos EUA ao Brasil, na abertura da Assembleia Geral da ONU, em Nova York. "O discurso furioso de Rousseff foi um desafio direto ao presidente Barack Obama (...) e representou a mais séria crise diplomática causada pelas revelações do ex-funcionário da NSA (Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos, na sigla em inglês) Edward Snowden", escreveu o periódico em sua versão online.
O Guardian deu ênfase a vários trechos da fala da presidente Dilma, e lembrou que ela já havia cancelado a visita de Estado que faria aos EUA em outubro com o objetivo de demonstrar sua indignação diante das denúncias. Segundo o jornal, a líder brasileira deu voz a um "grito de guerra global contra o que ela retratou como o presunçoso poder do aparato de segurança americano".
"Os esforços de Washington para amenizar a indignação brasileira sobre a espionagem da NSA foram, até agora, rejeitados por Rousseff, que propôs que os brasileiros construam sua própria infraestrutura de internet", disse a publicação.
Segundo o Guardian, "como anfitriões da sede da ONU, os EUA já foram atacados pela Assembleia Geral muitas vezes no passado". "Mas o que fez a denúncia de Rousseff ainda mais dolorosa diplomaticamente foi o fato de que ela foi feita em nome de um Estado grande, cada vez mais poderoso e historicamente amigável."
Discurso de Dilma repercute na mídia internacional
Outros jornais também deram destaque às palavras da presidente brasileira hoje na ONU. A emissora britânica BBC ressaltou que Dilma chamou de "afronta" os casos de espionagem americana ao Brasil. O mesmo trecho foi sublinhado pelo jornal francês Le Monde.
O argentino Clarín disse que a presidente enviou uma "dura mensagem" contra os EUA. "Sabia-se que a mandatária enviaria uma dura mensagem devido à espionagem global norte-americana da qual ela foi pessoalmente vítima. E assim foi: "O ciberespaço não pode ser usado como uma arma de guerra", sentenciou a chefe de Estado hoje em Nova York", escreveu o jornal.
A emissora americana Fox News ressaltou o trecho em que Dilma falou que a espionagem é uma "violação dos direitos humanos". O discurso também foi notícia no Washington Post e no Los Angeles Times, entre outros jornais.
Espionagem americana no Brasil
Matéria do jornal O Globo de 6 de julho denunciou que brasileiros, pessoas em trânsito pelo Brasil e também empresas podem ter sido espionados pela Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos (National Security Agency - NSA, na sigla em inglês), que virou alvo de polêmicas após denúncias do ex-técnico da inteligência americana Edward Snowden. A NSA teria utilizado um programa chamado Fairview, em parceria com uma empresa de telefonia americana, que fornece dados de redes de comunicação ao governo do país. Com relações comerciais com empresas de diversos países, a empresa oferece também informações sobre usuários de redes de comunicação de outras nações, ampliando o alcance da espionagem da inteligência do governo dos EUA.
Ainda segundo o jornal, uma das estações de espionagem utilizadas por agentes da NSA, em parceria com a Agência Central de Inteligência (CIA) funcionou em Brasília, pelo menos até 2002. Outros documentos apontam que escritórios da Embaixada do Brasil em Washington e da missão brasileira nas Nações Unidas, em Nova York, teriam sido alvos da agência.
Logo após a denúncia, a diplomacia brasileira cobrou explicações do governo americano. O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, afirmou que o País reagiu com “preocupação” ao caso.
O embaixador dos Estados Unidos, Thomas Shannon negou que o governo americano colete dados em território brasileiro e afirmou também que não houve a cooperação de empresas brasileiras com o serviço secreto americano.
Por conta do caso, o governo brasileiro determinou que a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) verifique se empresas de telecomunicações sediadas no País violaram o sigilo de dados e de comunicação telefônica. A Polícia Federal também instaurou inquérito para apurar as informações sobre o caso.
Após as revelações, a ministra responsável pela articulação política do governo, Ideli Salvatti (Relações Institucionais), afirmou que vai pedir urgência na aprovação do marco civil da internet. O projeto tramita no Congresso Nacional desde 2011 e hoje está em apreciação pela Câmara dos Deputados.
Monitoramento
Reportagem veiculada pelo programa Fantástico, da TV Globo, afirma que documentos que fariam parte de uma apresentação interna da Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês) dos Estados Unidos mostram a presidente Dilma Rousseff e seus assessores como alvos de espionagem.
De acordo com a reportagem, entre os documentos está uma apresentação chamada "filtragem inteligente de dados: estudo de caso México e Brasil". Nela, aparecem o nome da presidente do Brasil e do presidente do México, Enrique Peña Nieto, então candidato à presidência daquele país quando o relatório foi produzido.
O nome de Dilma, de acordo com a reportagem, está, por exemplo, em um desenho que mostraria sua comunicação com assessores. Os nomes deles, no entanto, estão apagados. O documento cita programas que podem rastrear e-mails, acesso a páginas na internet, ligações telefônicas e o IP (código de identificação do computador).
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RS: FAB e Exército fazem simulação com uso de óculos de visão noturna
A Força Aérea Brasileira (FAB) anunciou nesta terça-feira a realização de um exercício simulado, em conjunto com o Exército Brasileiro, para aprimorar o uso de óculos de visão noturna em cenários de conflito. A ação fez parte da Operação Laçador, que mobiliza as três Forças Armadas no Sul do País.
A missão simulada, realizada na última semana no Rio Grande do Sul, tinha o objetivo de atacar e destruir um radar inimigo fictício, com o uso do NVG (sigla em inglês para night vision goggles, ou óculos de visão noturna). O equipamento aumenta em até 50 mil vezes a luminosidade e aproveita a luz das estrelas para que os pilotos consigam realizar missões noturnas sem referências visuais.
Participaram da ação militares do Esquadrão Aeroterrestre de Salvamento da FAB, pilotos do Esquadrão Pantera e uma equipe dos Comandos do Exército. A equipe embarcou nas aeronaves H-60 Black Hawk na noite de quarta-feira, na Base Aérea de Santa Maria, no centro do Rio Grande do Sul, e foi levada a uma região a cerca de 15 quilômetros do alvo no território do inimigo. Segundo a FAB, a temperatura baixa na região, inferior a 10°C, não foi problema para os militares de Operações Especiais, "treinados para cumprir missões com alto grau de dificuldade em situações extremas".
"Esta missão é uma experiência muito importante para os militares do nosso esquadrão e também para os outros envolvidos. Na teoria, seria fácil a coordenação dos esforços. Mas, na prática, nós vemos que existem dificuldades a serem superadas e temos de estar preparados para uma situação de guerra", afirma um dos pilotos.
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Airbus prevê mais 29 mil aviões em 20 anos devido à demanda dos emergentes
Londres, 24 set (EFE).- A empresa aeronáutica europeia Airbus previu nesta terça-feira que necessitará de pelo menos 29 mil aviões a mais nos próximos 20 anos por causa da crescente demanda dos mercados emergentes.
Em entrevista coletiva direto de Londres, o diretor da área de clientes da Airbus, John Leahy, indicou que, segundo a Previsão do Mercado Global da companhia, o tráfego aéreo crescerá a um ritmo de 4,7% anual no período, o que requereria 29.220 novos aparatos com um valor de aproximadamente US$ 4,4 trilhões.
De acordo com Leahy, até 2032, a demanda de aviões se multiplicará nos mercados emergentes devido ao crescimento econômico, o aumento das classes médias com vontade de viajar, a acessibilidade e o aumento da imigração.
A maior urbanização nesses países também é um fator determinante, já que, segundo os cálculos de Airbus,"99% do tráfego mundial de longa distância será entre ou através dessas cidades".
O crescimento do tráfego aéreo mundial deverá influenciar até nos tamanhos dos aviões, que aumentarão ao redor de 25%, enquanto as companhias aéreas deverão optar por aparatos de maior capacidade. Neste aspecto, a Airbus sustenta que grandes aviões como o A380 poderão responder a essa demanda.
Por sua parte, o diretor de programas futuros e estratégia de mercado da Airbus, Bob Lange, assinalou que essa análise de mercado global prevê a quantidade de novos aviões que serão necessários nos próximos 20 anos, "mas não quem receberá os pedidos", tendo a americana Boeing como sua principal concorrente.
Com a prevista incorporação desses 29.220 aparatos entre 2013 e 2032 e levando em consideração a retirada ou substituição de alguns aviões já existentes, a frota aérea mundial deverá se situar, no final do período estudado, em 36.560 aviões, o dobro do número registrado na atualidade, segundo os cálculos da companhia aérea europeia.
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THE GUARDIAN
Brazilian president: US surveillance a "breach of international law"
Dilma Rousseff"s cathing speech to UN general assembly the most serious diplomatic fallout over revelations of US spying
Julian Borger - New York Brazil"s president, Dilma Rousseff, has launched a blistering attack on US espionage at the UN general assembly, accusing the NSA of violating international law by its indiscriminate collection of personal information of Brazilian citizens and economic espionage targeted on the country"s strategic industries.
Rousseff"s angry speech was a direct challenge to President Barack Obama, who was waiting in the wings to deliver his own address to the UN general assembly, and represented the most serious diplomatic fallout to date from the revelations by former NSA contractor Edward Snowden.
Rousseff had already put off a planned visit to Washington in protest at US spying, after NSA documents leaked by Snowden revealed that the US electronic eavesdropping agency had monitored the Brazilian president"s phone calls, as well as Brazilian embassies and spied on the state oil corporation, Petrobras.
"Personal data of citizens was intercepted indiscriminately. Corporate information – often of high economic and even strategic value – was at the centre of espionage activity.
"Also, Brazilian diplomatic missions, among them the permanent mission to the UN and the office of the president of the republic itself, had their communications intercepted," Rousseff said, in a global rallying cry against what she portrayed as the overweening power of the US security apparatus.
"Tampering in such a manner in the affairs of other countries is a breach of international law and is an affront of the principles that must guide the relations among them, especially among friendly nations. A sovereign nation can never establish itself to the detriment of another sovereign nation. The right to safety of citizens of one country can never be guaranteed by violating fundamental human rights of citizens of another country."
Washington"s efforts to smooth over Brazilian outrage over NSA espionage have so far been rebuffed by Rousseff, who has proposed that Brazil build its own internet infrastructure.
"Friendly governments and societies that seek to build a true strategic partnership, as in our case, cannot allow recurring illegal actions to take place as if they were normal. They are unacceptable," she said.
"The arguments that the illegal interception of information and data aims at protecting nations against terrorism cannot be sustained. Brazil, Mr President, knows how to protect itself. We reject, fight and do not harbour terrorist groups," Rousseff said.
"As many other Latin Americans, I fought against authoritarianism and censorship and I cannot but defend, in an uncompromising fashion, the right to privacy of individuals and the sovereignty of my country," the Brazilian president said. She was imprisoned and tortured for her role in a guerilla movement opposed to Brazil"s military dictatorship in the 1970s.
"In the absence of the right to privacy, there can be no true freedom of expression and opinion, and therefore no effective democracy. In the absence of the respect for sovereignty, there is no basis for the relationship among nations."
Rousseff called on the UN oversee a new global legal system to govern the internet. She said such multilateral mechanisms should guarantee the "freedom of expression, privacy of the individual and respect for human rights" and the "neutrality of the network, guided only by technical and ethical criteria, rendering it inadmissible to restrict it for political, commercial, religious or any other purposes.
"The time is ripe to create the conditions to prevent cyberspace from being used as a weapon of war, through espionage, sabotage and attacks against systems and infrastructure of other countries," the Brazilian president said.
As host to the UN headquarters, the US has been attacked from the general assembly many times in the past, but what made Rousseff"s denunciation all the more painful diplomatically was the fact that it was delivered on behalf of large, increasingly powerful and historically friendly state.
Obama, who followed Rousseff to the UN podium, acknowledged international alarm at the scale of NSA snooping revealed by Snowden. He said: "Just as we reviewed how we deploy our extraordinary military
capabilities in a way that lives up to our ideals, we have begun to review the way that we gather intelligence, so as to properly balance the legitimate security concerns of our citizens and allies, with the privacy concerns that all people share."
Brazilian officials said that Washington had told them about this review but had noted that its results would not be known for months and that Rousseff believed it was urgent to raise the need for an international code of ethics for electronic espionage.
Rousseff will leave New York tomorrow without meeting Obama but Brazil"s new foreign minister, Luiz Alberto Figueiredo, will remain at the UN throughout the week and will meet his opposite number, John Kerry, Brazilian officials said, in an attempt to start mending the rift between the two countries.
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GLOBO ESPORTE.COM
Epcar conquista dez ouros em competição das Forças Armadas
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AGÊNCIA PARÁ DE NOTÍCIAS
Segup e I Comar realizam Curso de Socorro Pré-hospitalar para policiais
A Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup) realiza, em parceria com o I Comando Aéreo Regional (I Comar), o Curso de Socorro Pré-Hospitalar Militar, entre os dias 24 e 27 de setembro. Haverá aulas teóricas, no Hospital da Aeronáutica de Belém (Habe), e atividades práticas, na Base Aérea de Belém (Babe). O curso visa capacitar os tripulantes do Grupamento Aéreo de Segurança Pública (Graesp) para o atendimento durante operações de salvamento e resgate de pacientes, no interior do Estado e na Região Metropolitana de Belém (RMB). O curso também contará com a participação de policiais civis e militares, bombeiros militares e policiais federais.
A iniciativa, que conta com o apoio do Instituto de Medicina Aéreo Espacial (IMAE), terá atividades das 8 às 17 h. No primeiro dia, os participantes farão pré-teste e receberão instruções sobre a introdução à saúde operacional, avaliação de cenário/biossegurança, anatomia e funcionamentos e oficina de exame físico. No dia 25, o treinamento abordará ferimentos, lesões de risco iminente de morte, lesões osteoarticulares, animais peçonhentos, oficina de curativos, imobilizações, extirpação rápida e padrão, e movimentação e transporte.
No dia 26 serão abordados lesões térmicas, acidentes com múltiplas vítimas, transporte aero médico, afogamento e oficina de triagem. No último dia, 27, será realizado o pós-teste simulado, seguido da cerimônia de formatura, que vai contar com a presença do secretário de Estado de Segurança Pública e Defesa Social, Luiz Fernandes Rocha; do major brigadeiro do ar Carlos Eurico Peclat dos Santos, comandante do I Comar; coronel Eduardo Camerini, diretor do Hospital da Aeronáutica de Belém; tenente coronel aviador Marcos dos Santos Silva; comandante da Base Aérea de Belém; tenente coronel Josilei Gonçalves, diretor do Grupamento Aéreo de Segurança Pública, e representantes do Instituto de Medicina Aéreo Espacial.
Data: 24/09/2013 às 08:00
Expiração: 27/09/2013 17:00:00 Local: Hospital da Aeronáutica de Belém Endereço: Avenida Almirante Barroso, 3492, bairro do Souza Contatos: 3215-6559/3215-6556 Sugestões de entrevistas: - Tenente Cláudia Carreira, da Seção de Capacitação e Treinamento do Habe - telefone 3215-6559 - Tenente Leila Araújo, da Comunicação Social do Habe - telefone 3215-6556 |
JORNAL A CIDADE (Ribeirão Preto - SP)
Ribeirão Preto ganha local para passeios turísticos de balão
A viagem dura 1h, podem embarcar sete pessoas e o preço é de aproximadamente R$ 300
Juliana Rangel
Balonismo
Ribeirão Preto tem agora um ponto fixo para quem quer ver a cidade do alto. Voos de balão já podem ser feitos no início da manhã ou no final da tarde, em um terreno cedido pela prefeitura próximo ao Novo Mercadão. Uma empresa particular é responsável pelos agendamentos e passeios.
Balonismo 2 Segundo o secretário de Turismo, Tanielson Campos, o objetivo é fomentar o turismo em Ribeirão com voos de balão. Seria um projeto parecido com o da Capadócia, Turquia. “A cidade tem um clima apropriado e isso é um novo atrativo turístico para aquelas pessoas que querem conhecê-la”, explica. Balonismo 3 Além dos voos turísticos, também vem aumentando a procura de balões para fazer pedidos de casamento no céu e outras homenagens. Em um único voo, que tem duração de 1h, é possível embarcar até sete pessoas. O preço é de aproximadamente R$ 300, de acordo com a escolha do kit, que pode incluir champanhe e petiscos. |
CONTAS ABERTAS
Apesar de espionagem dos EUA, orçamento para defesa cibernética é reduzido em R$20 milhões
Marina Dutra
Ao contrário do esperado após as ações de espionagem do governo americano ao Brasil, o orçamento para defesa cibernética, previsto no Projeto de Lei Orçamentária Anual (Ploa), foi reduzido em R$ 20 milhões para o próximo ano. Apenas R$ 70 milhões foram destinados à ação “Implantação do Sistema de Defesa Cibernética”, valor que representa 78% dos R$ 90 milhões previstos no Ploa 2013 e autorizados no orçamento deste ano, considerando os valores correntes.
Os recursos da iniciativa são destinados ao Centro de Defesa Cibernética (CDCiber), criado em 2012 para atuar na proteção das redes e infraestruturas de tecnologia da informação das instituições e entidades que compõem a defesa nacional. As atividades do CDCiber estão centradas em ações relativas à segurança do Estado, por meio da utilização de sistemas de defesa contra possíveis ameaças e de mecanismos de proteção de dados sensíveis. Desde a criação, o Centro atuou na Rio+20, na Copa das Confederações e na visita do papa ao país.
O Ministério da Defesa (MD) informou que o orçamento da ação foi definido antes das recentes denúncias sobre práticas ilegais de interceptação de dados de cidadãos e de autoridades do governo brasileiro. “À luz desses novos fatos, o Ministério da Defesa iniciou uma série de iniciativas com o objetivo de reforçar os mecanismos de proteção das redes de dados dos órgãos, militares e civis, que compõem a defesa nacional”, afirma em nota.
O Ministério da Defesa (MD) informou que o orçamento da ação foi definido antes das recentes denúncias sobre práticas ilegais de interceptação de dados de cidadãos e de autoridades do governo brasileiro. “À luz desses novos fatos, o Ministério da Defesa iniciou uma série de iniciativas com o objetivo de reforçar os mecanismos de proteção das redes de dados dos órgãos, militares e civis, que compõem a defesa nacional”, afirma em nota.
No início de setembro, o MD criou um grupo de trabalho com o objetivo de estudar e propor, em 60 dias, medidas para ampliar a capacidade da defesa cibernética nacional. “As medidas a serem propostas deverão demandar mais recursos para o setor cibernético a partir de 2014, valores que serão submetidos à consideração da área econômica do governo”, afirma o ministério.
O MD reforçou que o montante previsto do Ploa 2014 refere-se apenas ao orçamento para o Centro de Defesa Cibernética (CDCiber) do Exército Brasileiro. Não contempla, portanto, outros valores que os comandos das Forças Armadas investem em ações de proteção de suas redes e sistemas informatizados, e nem os investimentos que outros órgãos e entidades governamentais fazem com o mesmo propósito.
Em entrevista recente ao jornal Correio Braziliense, o ministro da Defesa, Celso Amorim, afirmou que o Brasil está vulnerável a ataques cibernéticos e é necessário promover uma modernização tecnológica. Para Amorim, o CDCiber precisa evoluir, criar capacidades e uma “escola de defesa cibernética”. “Precisamos desenvolver tecnologia brasileira. Isso leva tempo, demanda investimentos, formação de pessoal e mudança de cultura”, apontou o ministro.
Questionado a respeito do orçamento destinado a ação de defesa cibernética, Celso Amorim não mostrou preocupação com a verba destinada à iniciativa: “O orçamento do Centro, este ano, é de R$ 90 milhões. Os outros países, com exceção dos EUA, não gastam muito mais. Talvez três ou quatro vezes mais, não chegando à casa dos bilhões. A Marinha faz alguma coisa em sua área, a Aeronáutica também, a Abin investe em criptografia”.
Como já divulgado pelo Contas Abertas em reportagem anterior (relembre aqui), os recursos destinados à ação estão mal executados. Dos R$ 90 milhões autorizados para 2013, apenas R$ 15,7 milhões foram empenhados (reservados em orçamento para pagamento posterior) e somente R$ 14,4 milhões haviam sido pagos até o dia 21 deste mês.
De acordo com o Ministério da Defesa, o fato de ter havido empenho de apenas parte do valor previsto não significa que os recursos não serão desembolsados. “O orçamento da área cibernética segue histórico de execução que registra uma concentração de empenho dos recursos no segundo semestre do ano” afirma o órgão. Ainda segundo a Defesa, há projetos e contratações em curso este ano que permitem a execução integral do montante previsto na LOA.
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