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NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 21/09/2013



Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.



Turistas brasileiros deixam Acapulco

Os 39 idosos brasileiros que estavam isolados em Acapulco, no México, devido às chuvas provocadas pelo furacão Manuel, foram resgatados ontem e levados para a capital mexicana. As chuvas provocaram grande devastação nas vias terrestres da região. O grupo solicitou o auxílio da embaixada e do consulado do Brasil no México e foi transportado até o aeroporto de Acapulco, de onde seguiu, em voo comercial, para a Cidade do México.

Segundo o cônsul-geral adjunto do Brasil no México, Luiz Guilherme da Silva, cerca de 60 brasileiros, no total, entraram em contato para pedir auxílio. "As notícias são boas, todos os brasileiros que solicitaram ajuda já estão encaminhados", afirmou o cônsul ao Correio. Algumas famílias que estavam com carro próprio optaram por esperar que a situação das estradas fosse regularizada, apesar da possibilidade de também serem transportados.

O restante dos brasileiros que pediu ajuda à embaixada e ao consulado seguiu, em voos disponibilizados por companhias aéreas e autoridades mexicanas, para a Cidade do México. Uma parceria entre o governo mexicano e empresas foi responsável por possibilitar que os brasileiros de terceira idade ilhados na região de Acapulco pudessem deixar o local.

Parte dos turistas brasileiros viajou em aviões militares cargueiros, que também estão resgatando a população local. No caso dos idosos, empresas áereas locais foram acionadas para garantir a segurança necessária para o grupo de terceira idade. As aeronaves militares são despressurizadas e não contêm assentos, por isso poderiam provocar danos à saúde do grupo mais velho. Segundo o cônsul Luiz Guilherme, não houve registros de turistas brasileiros feridos.
Desaparecidos

As prioridades do governo mexicano agora são a busca por dezenas de desaparecidos no povoado de La Pintada, localizado em Guerrero, que foi parcialmente soterrado por um grande deslizamento, e a abertura das estradas de Acapulco para facilitar e agilizar a retira de turistas que ainda estão retidos no país. Uma das estradas bloqueadas pelas chuvas foi reaberta na tarde de ontem e possibilitou que milhares de turistas pudessem deixar a região. Muitos aguardavam ônibus na rodoviária de Acapulco para seguir viagem.

Até a noite de ontem, as duas tempestades que atingiram o país na costa do Pacífico e na região do Golfo do México haviam provocado 97 mortes, deixado 200 mil desabrigados e obrigado 50 mil pessoas a abandonar suas casas.


Aeronaves de pilotagem remota farão parte cotidiana de companhias

ANE EISENBER
DO "NEW YORK TIMES"

Não vai demorar para que drones (aeronaves de pilotagem remota) percorram os céus dos Estados Unidos e se tornem parte dos negócios cotidianos de muitas companhias.

Os veículos não são como as versões militarizadas que há muito servem às forças armadas. Em lugar disso, executarão centenas de funções civis, entre as quais acompanhamento de tráfego, agrimensura aérea e inspeções de oleodutos.

Companhias norte-americanas vêm lutando há muito pelo direito de usar drones, que a cada ano se tornam menores e mais inteligentes. Mas embora a Administração Federal da Aviação (FAA), a agência que regulamenta a aviação civil norte-americana, tenha autorizado uso limitado de drones pela polícia e outras agências do setor público, manteve a proibição ao seu uso comercial.

Isso mudará em 2015, o ano em que o Congresso instruiu a FAA a definir regras para integrar os drones em segurança aos céus do país. A partir de 2015, por exemplo, agricultores poderão comprar ou alugar drones para monitorar a situação de suas safras. Corretores de imóveis poderão oferecer vistas áreas das casas que tenham à venda, usando drones para registrar imagens de ângulos raramente vistos. Engenheiros poderão usá-las para inspecionar pontes e rodovias.

Mas antes que todos esses drones possam voar no mundo de negócios norte-americano, alguns legisladores e organizações de defesas dos direitos civis e da privacidade estão instando por limites severos ao seu uso.

Com suas câmeras e software cada vez mais sofisticados, os drones mudam o jogo no mundo da vigilância, diz Jay Stanley, analista sênior de política na American Civil Liberties Union (ACLU), uma organização de defesa dos direitos civis.

No passado, o custo substancial dos tradicionais aviões tripulados impunha limite natural ao uso da vigilância aérea. Mas os drones, muito mais baratos, podem mudar profundamente o caráter da vida pública, ele advertiu.

A ACLU deseja impedir agências governamentais de utilizar drones para "vigilância em massa generalizada e sem base em suspeita razoável", diz Stanley. Mesmo que essa vigilância seja proibida no futuro, "existe potencial real de que o governo recorra ao setor privado para que este faça o que as autoridades estão impedidas de fazer".

"É parte de uma questão mais ampla ± se as pessoas querem permitir que o governo rastreie, colija e armazene dados, e talvez possa ter em mãos um retrospecto da vida de uma pessoa, descobrindo em detalhe o que a pessoa fez no passado, caso ela um dia atraia por qualquer motivo as atenções das autoridades", diz.

Os drones comerciais também podem se tornar a mais nova ferramenta para empresas que desejam recolher dados sobre os consumidores, disse Parker Higgins, ativista da Electronic Frontier Foundation, uma organização de defesa da privacidade online sediada em San Francisco.

"Levamos conosco aparelhos que transmitem nossa identidade a quem quer que esteja interessado em descobri-la", ele disse. "Drones serão outra forma de as empresas recolherem fluxos intermináveis de dados sobre os indivíduos".

Os legislativos de diversos Estados já estão preparando leis que limitarão o uso de drones. A Virgínia determinou uma moratória de dois anos no uso de drones pelas agências policiais, exceto em caso de emergência, a fim de dar ao Legislativo estadual o tempo de que precisa para estabelecer proteções legais.

Grupos locais já começam a criar oposição aos drones do governo, e o advento de drones comerciais pode intensificar essa oposição. Em Deer Trail, Colorado, os cidadãos vão votar no final do ano uma lei municipal que permitiria a cidadãos atirar contra drones e derrubá-los. (A lei é em larga medida simbólica, porque a FAA já decidiu que será ilegal atirar contra as aeronaves de pilotagem remota.)

Já há drones comerciais em teste no Canadá. Em Edmonton, província de Alberta, a Stantec, consultoria que usa aerofotografia em seus serviços de design e mapeamento, recentemente adquiriu um drone da senseFly e está treinando com ele há alguns meses. A Stantec solicitou certificação e licenciamento para uso comercial da máquina junto ao governo canadene.
Gavuinb Schrock, agrimensor profissional e editor associado da revista "Professional Surveyor", diz acreditar que os agrimensores estarão entre os primeiros profissionais a acrescentar drones aos seus recursos. Sistemas aéreas são perfeitos para avaliar locais como minas a céu aberto. Um pequeno drone pode voar sobre um poço, formando um padrão preciso de percursos e tirando fotos que poderiam ser montadas e convertidas em um modelo tridimensional com precisão de alguns poucos centímetros. Um sistema como esse é mais seguro que usar um agrimensor equipado de ferramentas tradicionais percorrendo o local. "Odeio fazer esse trabalho", diz Schrock. "É perigoso".
A Trimble, uma companhia de Sunnyvale, Califórnia, que vende equipamentos de mapeamento e congêneres, criou um drone de 2,5 quilos chamado UX5, de acordo com Rob Miller, supervisor da linha de produtos da companhia ± a qual inclui também outro drone, o X100. Os sistemas custam de US$ 30 mil a US$ 50 mil, a depender do modelo e software. Já estão em uso no exterior para acompanhar mudanças em locais de mineração, construção e em plantações.
Mas antes que os drones possam realizar esses e outros trabalhos nos Estados Unidos, a questão da vigilância terá de ser decidida. "Precisamos criar proteção forte à privacidade", diz Stanley, da ACLU, "para que as pessoas possam inovar com essa tecnologia sem que o Grande Irmão fique em condição de nos vigiar".
A organização dele não se opõe a todos os usos de drones. "Não gostamos de vigilância em vídeo das pessoas pelo governo", diz. "Mas se os cidadãos quiserem usar fotografia para vigiar o governo, achamos que é uma boa ideia".
Tradução de PAULO MIGLIACCI


País precisa de legislação antiterror, alerta PF

A necessidade de uma legislação antiterror no País foi um dos principais assuntos discutidos no seminário internacional “Terrorismo e Grandes Eventos”, realizado ontem pelas comissões de Relações Exteriores da Câmara e do Senado e pela Comissão Mista de Controle de Inteligência. Proposto pelos deputados Nelson Pellegrino (PT-BA) e Walter Feldman (PSDB-SP), o evento faz parte das discussões preparatórias para a realização da Copa do Mundo de 2014 e dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016.

Apesar de ser signatário da Convenção de Palermo, que trata do crime organizado internacional, e ainda da Convenção Interamericana Contra o Terrorismo e de 13 acordos de assistência jurídica para prevenção e punição a atos terroristas, o Brasil não tem lei que tipifique o crime de terrorismo, o que representa um risco, segundo o diretor de Inteligência da Polícia Federal, José Alberto Iegas. “Infelizmente a falta de uma legislação, de uma tipificação, muitas vezes impede uma atuação mais efetiva, principalmente da Polícia Federal e da Agência Brasileira de Inteligência [Abin]”, disse Iegas. Segundo o diretor da PF, no trabalho cotidiano a polícia observa as normas internacionais para acompanhar os suspeitos, mas as convenções e tratados assinados referentes ao assunto não são suficientes para tipificar criminalmente o terrorismo.

Definição - Segundo o analista de assuntos estratégicos André Luís Woloszin, as definições de terrorismo variam, mas em regra o terrorismo abrange ações violentas executadas por grupos e pessoas com objetivo de intimidar a população ou segmentos da sociedade e coagir o governo. Para ele, as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) praticam ações terroristas, e uma instituição pode não ser terrorista e praticar algumas ações terroristas, como o Hezbollah e o Hamas, que são partidos políticos no Líbano e na Autoridade Palestina.

“É uma linha tênue, mas não podemos, principalmente no Brasil, criar uma tensão interna, de que todo ato possa ser terrorismo. Essa é uma preocupação importante, mas é o grande desafio das democracias: combater o terrorismo sem entrar na questão dos direitos e garantias individuais”, afirmou Woloszin.

Movimentos - Nelson Pellegrino afirmou que a intenção é não criminalizar os movimentos sociais. “Por exemplo, você desenvolver um ataque a uma estação, a alguma instalação física do Estado, com o objetivo de criar o caos, isso pode ser uma ação terrorista. Mas se o movimento social tem um enfrentamento e isso gerar uma interrupção de um fornecimento de energia elétrica, não há uma intenção de criar o caos”, exemplificou Pellegrino, que preside as comissões de Relações Exteriores da Câmara e de Controle das Atividades de Inteligência do Congresso.

Existem seis propostas sobre terrorismo tramitando na Câmara.

Relator que ouvir envolvidos sobre direito de greve do servidor público

Tema está em análise na comissão mista de consolidação das leis a partir de minuta de projeto baseada na Convenção 151 da OIT

A comissão mista criada para consolidar a legislação federal e regulamentar a Constituição discute o direito de greve do servidor público. O relator, senador Romero Jucá (PMDB-RR), deve entregar o relatório na próxima reunião, marcada para 3 de outubro. Até lá, o colegiado analisa minuta de projeto do senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), apresentada ontem.

Baseado na Convenção 151 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), de 1978, o texto do projeto (PLS 710/2011) prevê instalação de mesa de negociação e expõe requisitos para a deflagração da greve, como comunicação antecipada à autoridade superior, apresentação de um plano de continuidade dos serviços públicos e de alternativas de atendimento, além de esclarecimentos à população sobre a paralisação.

A greve deflagrada sem o atendimento desses requisitos passaria a ser considerada ilegal. O projeto também assegura direitos aos grevistas. O direito de greve está previsto no inciso VII do artigo 37 da Constituição, mas ainda não foi regulamentado.

Para Aloysio Nunes, a falta de regulamentação permite arbitrariedades como a dispensa sem justa causa e o tratamento discricionário de determinadas categorias profissionais.

— [A regulamentação] É uma garantia também ao servidor, na medida em que preserva esses direitos e que abre a porta para a negociação, que, se bem-sucedida, evitaria a deflagração da greve — afirmou.

Entre os pontos polêmicos, está a definição dos serviços considerados essenciais, que devem manter um nível mínimo de atendimento à população, a exemplo da assistência médica hospitalar e ambulatorial, distribuição de medicamentos, pagamento de benefícios previdenciários, tratamento e abastecimento de água, segurança pública, transporte coletivo e operação do sistema financeiro.

O presidente da comissão, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), apontou a necessidade de acelerar a análise da matéria sob pena de “ideologização do debate” e risco de travar a discussão.

O relator informou que distribuirá o texto entre representantes do governo, centrais sindicais, Ordem dos Advogados do Brasil e demais setores interessados para que possam colaborar com o debate.

— A gente sabe que haverá contestação, mas eu acho que essa é uma lei do Brasil, da sociedade brasileira e que precisa realmente ser discutida. — disse Jucá.

Projeto institui política de defesa da Amazônia

Foi aprovado ontem pelo Plenário projeto (PLS 380/2012) que institui a Política Nacional de Defesa e de Desenvolvimento da Amazônia e da Faixa de Fronteira — trecho de até 150 quilômetros de largura, ao largo das fronteiras terrestres, considerada fundamental para a defesa do território nacional. O texto será encaminhado à Câmara.

A proposta foi desenvolvida pela Subcomissão Permanente da Amazônia e da Faixa de Fronteira (Crepaff), presidida por Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR). De acordo com o projeto, a estratégia será implementada de modo articulado e integrado com outras políticas públicas, em especial as relacionadas a educação, arte, cultura, lazer e extensão universitária, saúde, segurança, tecnologia de assistência social, energia, recursos hídricos e recursos minerais.


Anac e Polícia Federal investigam voos ilegais de drones no país

Agência multa empresa por voo sem autorização e risco à aviação em SP. Voo comercial e em cidade é proibido; polícias de 3 estados usam sem aval.

Tahiane Stochero - Do G1, em São Paulo

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) está investigando três casos de voos irregulares de drones (veículos aéreos não tripulados, chamados no Brasil de vants) no país. As provas são repassadas para a Polícia Federal, que abre um inquérito para apurar possível crime de atentado contra a segurança do transporte aéreo.
Isso porque, atualmente, só quatro modelos civis estão autorizados a operar: dois israelenses, de grande porte, da PF, e outras duas unidades de fabricação nacional, que receberam certificado para realizar voos experimentais em maio e em agosto deste ano.
ImagemSegundo a Anac, a Gerência Geral de Ação Fiscal (GGAS) não pode divulgar detalhes dos processos em andamento. A Anac não diz quais são os casos.
Mas, um levantamento realizado pelo G1 mostra que, apesar da Anac alertar aos órgãos de segurança pública sobre a proibição, polícias de ao menos três estados realizam voos irregulares (leia mais abaixo).
No último dia 4 de abril, uma quarta investigação da Anac foi concluída: a agência autuou e multou uma empresa do interior de São Paulo que usa os drones com fins comerciais, o que, atualmente, é proibido. O inquérito foi repassado à Polícia Federal, que apura agora se algum responsável pela empresa poderá ser indiciado pelo crime de atentado contra a segurança do transporte aéreo, por ter colocado em risco a segurança de pessoas e carros em terra e outras aeronaves no ar.
Conforme a agência, todo e qualquer tipo de aeronave não tripulada, independente de peso e altitude de voo, não pode operar sem ter um Certificado de Autorização de Voo Experimental (Cave), que é expedido após avaliação do projeto técnico. Para cada voo também é necessário avisar o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), da Aeronáutica.
No caso da empresa do interior de São Paulo, a Anac obteve provas de voos irregulares e com fins lucrativos e repassou o material para agentes da PF. A empresa foi notificada administrativamente e autuada em 4 de abril, quando a Anac emitiu um auto de infração. O nome da empresa e o valor da multa não foram divulgados.
O Código Brasileiro Aeronáutico estabelece para caso de infrações penalidades que vão desde multa até cassação de certificados e habilitações e apreensão. Em novembro de 2012, a agência aumentou o teto da multa por infrações aéreas para R$ 20 milhões. 
Alé de empresas que prestam serviços, polícias e outros órgãos públicos e privados estão operando drones irregularmente. Segundo a Anac, a dificuldade de se investigar é porque nem sempre é possível o flagrante e a confirmação da responsabilidade pelo voo, já que o drone, ao contrário de um avião, não possui uma numeração. Outro fator que atrapalha é o fato do Brasil ainda não ter uma legislação sobre o tema.
Em fevereiro, a Superintendência de Aeronavegabilidade da Anac enviou uma circular aos secretários de Segurança de todos os estados e do Distrito Federal alertando que nenhum voo pode ser feito sem que o avião possua uma Cave. No documento, a agência informava oficialmente os procedimentos que devem ser adotados para o caso.
Mesmo assim, nos últimos três meses, polícias de Rio de Janeiro, Santa Catarina e Rio Grande do Sul usaram drone sem registro junto à agência. Ouvidos pelo G1, oficiais da PM e delegados afirmam que desconhecem qualquer regra para realizar voo. A Anac afirma que avalia qual caso será investigado com base nas provas e informações disponíveis.
Em março, o G1 divulgou um levantamento inédito mostrando que mais de 200 drones estão em operação no Brasil sem que exista regulamentação para o uso civil e comercial destas aeronaves. Desde então, aumentou a pressão para que a Anac faça uma legislação para que drones de pequeno porte possam voar sem restrições.
Conforme a Associação Brasileira de Indústrias de Defesa (Abinde), há ao menos 15 fabricantes de vants à espera de regulação do tema. “O que está acontecendo é que todo dia mais se vê drones voando pelos céus das cidades. São emissoras de televisão, empresas que vendem imóveis, construtoras, polícias, todo mundo já quer um drone para fazer filmagem. Há um risco enorme de um acidente”, afirma Antonio Castro, presidente do comitê que discute vants na Abinde.
ImagemA Anac espera finalizar até o fim de 213 uma norma para que possam ser realizados voos não experimentais de aeronaves remotamente pilotadas. Segundo Castro, a ideia da Abinde é que seja permitido voos de drones de até 2 quilos a uma altitude máxima de até 150 metros.
Polícias usam avião

No Rio de Janeiro, o tenente-coronel Ramiro Oliveira Campos, comandante da Polícia Militar em Macaé pegou emprestado com um amigo um drone para uma operação de 15 dias. Com o modelo, que voo a até mil metros, conseguiu prender “meliantes escondidos em uma área de restinga e lamaçal”.
"Usamos para monitorar a área e foi de grande ajuda, pois o PM vai sabendo quais armas os traficantes têm, se há crianças por perto, evitando tiroteios”, diz o coronel. Segundo ele, o vant não tem registro. "As pessoas usam isso como aeromodelismo. Qualquer um pode ter um vant destes, não tem que avisar nenhum órgão. Não fomos cobrados por nada até agora"
No Rio Grande do Sul, a Brigada Militar e a Polícia Civil usaram um drone em julho em uma operação conjunta contra uma facção que domina o tráfico de drogas em Restinga, na zona sul de Porto Alegre, e em Eldorado, na região metropolitana.
“Foi uma operação grande, com 15 presos, e a secretaria de segurança fez a contratação da empresa que usou o avião, pois há interesse em comprar um. É um equipamento pequeno, de cerca de 50 centímetros, não tem necessidade de cadastro ou autorização de voo e nos ajudou muito”, diz o delegado Nilton Martins.
Ele afirmou desconhecer qualquer orientação sobre a necessidade de registro junto à Anac. “Voamos baixo, a menos de 100 metros de altura. Tinha até um helicóptero nosso voando ali, tomamos cuidado para evitar contato entre os dois”, pondera ele.
Monitorando suspeitos

Já em Santa Catarina, agentes da delegacia de Santa Cecília, no Oeste do estado, prenderam um casal suspeito de tráfico de drogas com a ajuda de um drone. O aparelho foi usado durante uma semana para monitorar o local onde o casal estava O delegado Evandro Luiz Oliveira de Abreu disse que comprou com o drone com dinheiro próprio.
“Eu acredito que, hoje, não há mais como fazer investigação sem um desses. Economiza dinheiro com helicóptero e faz um levantamento detalhado para evitar até troca de tiros na hora que invadirmos o local”, defende o delegado.
“Subimos com o drone até sumir de vista, acho que uns 300 metros de altura. Nós mesmos operamos aqui na delegacia. Não precisa de registro na Anac nem avisar a Aeronáutica, não. É muito simples”, afirma o delegado Abreu.
A Anac esclarece que explorar economicamente veículos aéreos não tripulados sem autorização ou usar aparelhos sem certificação implica em violação às normais atuais e que acompanha os casos divulgados pela imprensa. Se comprovadas irregularidades, os responsáveis serão autuados e multados.

Quatro vítimas de acidente aéreo em Goiás eram do Sul de Minas

Vítimas passariam fim de semana em fazenda de Tocantins; cinco morreram. Avião decolou pela manhã de Ouro Fino e caiu em Caldas Novas (GO).

Do G1 Sul de Minas

Quatro das cinco vítimas de um acidente aéreo em Caldas Novas (GO) na manhã desta sexta-feira (20) eram do Sul de Minas. Segundo a família, Isolina Tumioto e o marido dela, João Consentini, de 81 anos, moravam em Jacutinga (MG). O filho do casal, João Batista Consentini e a nora, Maria Márcia da Silva Consentini, de 53 anos, também morreram no acidente. Eles eram naturais de Ouro Fino (MG), mas moravam em Rio Verde (GO). O piloto era natural de Goiás.
O avião modelo Seneca 3, prefixo PTVRF, decolou às 8h45 desta sexta-feira de Ouro Fino (MG) com cinco ocupantes. Eles iriam passar o fim de semana em uma fazenda em Tocantins.
O avião de pequeno porte caiu em uma área semiurbana. A aeronave se preparava para pousar no aeroporto de Caldas Novas, quando aconteceu o acidente. O aparelho caiu em uma mata próxima à cabeceira da pista do Aeroporto Nelson Ribeiro Guimarães. Segundo o Corpo de Bombeiros, a aeronave deveria abastacer em Caldas e de lá seguiria para Gurupi (TO). Por isso, a falta de combustível é uma das hipóteses para a queda.
A Polícia Técnico-Científica realizava perícia no local durante a tarde desta sexta-feira. Técnicos do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) de Brasília irão a Caldas Novas para investigar as causas do acidente.
Os corpos das quatro vítimas do Sul de Minas devem ser levados para Jacutinga. O corpo do piloto deve ser enterrado em Rio Verde (GO). Até a publicação desta reportagem, eles ainda estavam no IML de Caldas Novas. Ainda não há informações sobre horário de enterro ou velório.

Prefeitura busca antecipar instalação de ILS no Aeroporto de Londrina

Reunião com representantes da Infraero criou um cronograma de atuação. Previsão do Decea é que equipamento seja instalado somente em 2019.

Representantes da Prefeitura de Londrina, no norte do Paraná, e da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) se reuniram nesta sexta-feira (20), buscando uma forma de agilizar as obras de ampliação do aeroporto da cidade. A intenção é permitir que a instalação do Sistema de Pouso por Instrumento (ILS CAT I), equipamento que auxilia pousos e decolagens em dias de mau tempo, seja antecipada. O Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea) previa a liberação para 2019. Segundo o prefeito de Londrina, Alexandre Kireeff (PSD), o objetivo é diminuir esse prazo em pelo menos dois anos.

“A reunião de hoje foi justamente com o objetivo para encurtar esse prazo, porque ao nosso entender, 2019 é absolutamente inaceitável. Nós nos colocamos em reação a isso e eles [Infraero] reagiram, enviando essa missão a Londrina, e apresentando alternativas para que possamos encurtar esse prazo”, disse Kireeff.

O Decea informou que a previsão para instalação do ILS passou de 2016 para 2019 por causa do atraso nas obras de ampliação do Aeroporto de Londrina. O equipamento custará R$ 15 milhões e facilita as operações de voos em dias de mau tempo, reduzindo o período de fechamento do aeroporto.

Para acelerar o processo de instalação, prefeitura e Infraero definiram um cronograma de atuação, com desapropriações de áreas próximas ao aeroporto e licitação de projetos.

“Esse cronograma, sincronizando o ritmo das desapropriações e das prioridades das áreas, foi acordado com a Infraero, inclusive, com os projetos de melhorias na infraestrutura do nosso aeroporto”, explicou o prefeito.

O próximo passo será a desativação de parte da Avenida Salgado Filho e a construção de um desvio, liberando a área para o aeroporto. A expectativa é que essas obras iniciem até o final deste ano.

Desapropriações e obras

Cerca de 70 imóveis precisam ser desapropriados na região para a ampliação do aeroporto. Para isso, são necessários R$ 35 milhões, recursos que serão negociados junto aos governos federal e estadual. A Infraero informou ainda que vai publicar em outubro a licitação para ampliação da pista do aeroporto.

As desapropriações de imóveis e terrenos para a ampliação do aeroporto começaram em 2009, segundo a prefeitura. Todas as obras, incluindo a reforma e ampliação do Aeroporto de Londrina, custarão R$ 80 milhões.


ITA abre 50 novas vagas para vestibular 2014; inscrições vão até domingo

O Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) aumentou o número de vagas do vestibular 2014 para 170 vagas, 50 a mais que em 2012. O período de inscrição do vestibular se encerra no próximo domingo (22). O candidato pode se inscrever pelo site ita.br/vestibular, e a taxa de inscrição é de R$ 120.
O ITA oferece cursos de graduação em engenharia aeronáutica, eletrônica, mecânica-aeronáutica, civil-aeronáutica, computação e aeroespacial, todos com duração de cinco anos. As provas, compostas por questões de múltipla escolha, dissertativas e redação, serão aplicadas de 10 a 13 de dezembro, das 8h às 12h (horário de Brasília).
O vestibular começa com a prova de física. No segundo dia, os estudantes terão de responder a questões de português e inglês. Matemática, na quinta-feira, e química, na sexta, encerram o processo de seleção. No dia 19 de novembro, por meio do site, será divulgada a relação dos endereços dos locais de exames.


As pressões são legítimas

O julgamento dos embargos infringentes interpostos por réus do mensalão frustrou muita gente, mas foi uma lição de democracia para o país. Houve, sim, uma enorme pressão popular sobre os ministros do Supremo, especialmente sobre o magistrado encarregado do voto de Minerva. Desta vez, as multidões não foram às ruas, como ocorreu nas manifestações de junho, mas as redes sociais e a imprensa independente que atua como representação informal dos cidadãos nos regimes democráticos posicionaram-se majoritariamente pela rejeição dos recursos e pela aplicação imediata das penas impostas aos condenados. Ninguém pode ter dúvida de que o tribunal ouviu, sim, a voz da opinião pública, mas manteve sua autonomia e optou pelo tecnicismo legal, que possibilitará a delonga do processo por tempo indeterminado e, muito provavelmente, a redução de penas para alguns réus.

Isso só comprova a legitimidade das pressões, sejam elas feitas diretamente pelos cidadãos por meio de manifestações públicas, sejam elas feitas pela mídia. Os veículos de comunicação responsáveis tentam interpretar a vontade dos seus públicos. Nas democracias, a mídia, tanto quanto outros setores da sociedade, tem todo o direito de questionar as instituições públicas, os governantes e os políticos em geral, da mesma forma como também pode – e deve – ser questionada em relação à qualidade de seus serviços e à precisão de suas informações. Embora alguns governantes e ocupantes de cargos públicos tenham dificuldade para aceitar críticas, a imprensa costuma refletir as visões da sociedade.

E parece inquestionável que os brasileiros estão insatisfeitos com o funcionamento das instituições, especialmente das públicas. Depois das manifestações de junho, o Ibope constatou que 18 instituições pesquisadas perderam pontos na confiança dos brasileiros. Os partidos políticos apareceram como campeões do descrédito, seguidos no ranking da desconfiança pelo Congresso Nacional, pelo sistema público de saúde, pelos sindicatos, pelos governos municipais, sistema eleitoral, governo federal, presidente da República, Judiciário, escola pública, bancos, polícia e organizações da sociedade civil – todos com menos de 50% de aprovação. Na parte de cima do ranking, mas também sofrendo alguma queda de confiança, estão bombeiros, igrejas, Forças Armadas, meios de comunicação e empresas.

Os protestos de rua, como se sabe, mexeram com todas essas instituições. Algumas reagiram com medidas concretas, outras ainda buscam alternativas para aperfeiçoar seus serviços e produtos, mas também se percebe que, passada a pressão inicial, algumas voltaram ao imobilismo e às práticas de sempre.

Neste contexto, cabe aos cidadãos, investidos de seus direitos constitucionais, avaliar quais instituições públicas e privadas os estão representando satisfatoriamente. E continuar cobrando eficiência, transparência e ética.


Site ILHANOTICIAS.COM.BR (RJ)

GENTE E FATOS

Newton Braga
Alunos e professores do tradicional Colégio Newton Braga fizeram manifestão contra a demissão de 19 funcionários. O colégio vem sofrendo, há algum tempo, com o corte de verbas e de apoio do III Comar. Há suspeitas de que a instituição possa ser gerida pelo MEC.
Imagem


Site NOTICIASBR.COM.BR (SP)

Embraer compete com maiores cargueiros do mundo

A Embraer fabrica aeronaves e está com um jato KC-390 para competir com máquinas gigantes do mercado. Há anos, a empresa não demonstrava empolgação em inovar e passa longe dos grandes aviões. Mas, atualmente a historia é outra. Um cargueiro militar vem para mudar o cenário.
O jato da empresa brasileira voa alto, é rápido e mais encorpado até mesmo em relação ao famoso Hércules, o cargueiro da Lockheed Martin. A diferença é que a máquina brasileira apresenta um preço abaixo do da concorrência. O Brasil busca mais credibilidade no setor aéreo.
Tempos atrás, o país estava preocupado em equipamentos usados. Agora, quer defender a produção nacional e até mesmo exportação de máquinas militares , visto que o mercado internacional está bastante restrito. A previsão é de que o KC-390 esteja voando no final de 2014. Se os planos se confirmarem, o Brasil dará um impulso no segmento que está cambaleando.
O país deve deslanchar na frente da China, Índia e Rússia. O KC-390 promete ser o maior avião que já foi produzido em toda a América Latina. O corpo deve ser grande o bastante para que caiba um helicóptero Blackhawk. O consultor de aviação chamado Richard Aboulafia declarou à imprensa que não acredita ter havido uma concorrência tão forte para o Hércules como será o KC-390. Ele pertence ao Teal Group.
A aposta da Embraer é superar o Hércules usando motores a jato no lugar de turboélices, que são utilizadas nos equipamentos da Lockheed desde 1950. A Embraer quer investir em modelos de motores como os do Airbus A320. Além, quer levar vantagem em relação a quantidade de carga útil, altitude e velocidade de cruzeiro. Apesar de a Lockheed dizer que não há nada igualável à vida útil das turboélices.
As vantagens levantadas pela Lockheed é de que as turboélices conseguem entrar em terra, pistas impróprias e cascalhos. O ex-piloto Larry Gallogly diz que motor a jato nessas condições pode acontecer o pior. Os executivos da Embraer estão projetando o avião de carga para que a Força Aérea possa pousar em situações improvisadas em regiões da Amazônia até a Antártida.



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